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PREVIDENCIARIO 34 PROF. PAULO 24.05.14

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Prof. Paulo Isaac
Prof.pauloisaac@yahoo.com.br
Facebook: Paulo Isaac
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Advogado Previdenciário;
Membro da Comissão de Direito Previenciário OAB sub. São José dos Campos;
Ex servidor INSS – gerente de APS e gerente de benefícios de São José dos Campos – Coordenador do Programa de Educação Previdenciária GEX SJC – Instrutor responsável pelo programa de educação continuada de servidores; 
Pós Graduado em Direito Previdenciário – especialista em dano moral previdenciário;
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CONCEITO
(Fabio Zambitte Ibrahim – curso de direito previdenciário): O salário de contribuição, instituto exclusivo do direito previdenciário, é a expressão que quantifica a base de cálculo da contribuição previdenciária dos segurados da previdência social, configurando a tradução numérica do fato gerador. Ao afirmarmos que o fato gerador da contribuição é a atividade remunerada, é necessário quantificar este evento, de modo que possa ser tributado. Aí entra o salário de contribuição. O tema é tratado na Lei 8.212/91, art. 28, e no RPS, art. 214
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FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201
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Base do Salário de benefício;
Base do empregador doméstico, cota patronal e MEI;
Não se aplica ao segurado especial (alíquota vendas 2% financiamento seguridade social + 0,1% RAT + 0,2 SENAR), salvo quando contribui facultativamente C I
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o conceito no direito previdenciário é diferente do conceito do direito trabalhista;
deve-se de modo geral entender como salário de contribuição as prestações que tem o condão de remunerar o labor, diferindo das que tem caráter indenizatório;
fato gerador do salário de contribuição é a prestação do serviço, tanto para o segurado, quanto para a empresa;
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DEFINIÇÃO
empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais, sob forma de utilidades e os aditamentos de correntes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo, à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa
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empregado doméstico: a remuneração registrada na carteira de trabalho;
contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês;
segurado facultativo: o valor declarado por ele.
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SEGURADO EMPREGADO
a incidência independe do pagamento, pois é responsabilidade da empresa em recolher;
rubricas criativas não ilidem a essência, posto que se é remuneração pelo labor, será considerado salário de contribuição;
salário utilidade, remuneração paga em forma diferente de pecúnia, mas que também tem o condão de remunerar o trabalho, que se pago com habitualidade deverá ser considerado salário de contribuição;
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IN RFB 971/09 
Art. 55. Entende-se por salário-de-contribuição: I - para os segurados empregado e trabalhador avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos que lhes são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa, observado o disposto no inciso I do § 1º e nos §§ 2º e 3º do art. 54;
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PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE APELAÇÃO PELO ENTE PÚBLICO. ACÓRDÃO DENEGATÓRIO DE REEXAME NECESSÁRIO. PRECLUSÃO LÓGICA. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. TRANSPORTE ONEROSO. CONTRATO DE LOCAÇÃO ENTRE EMPREGADOR E EMPREGADO. NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. A Corte Especial, em 1.9.2010, no julgamento dos embargos de divergência 1.119.666/RS, da relatoria da Min. Eliana Calmon, reconheceu a possibilidade de interposição de recurso especial contra acórdão que decidiu reexame necessário. Ficou assentado que a ausência de apelação por parte do ente público não obsta a interposição do apelo extremo, não cabendo falar em preclusão lógica.
2. In casu, o contrato de locação de automóveis firmado entre empregador e seus empregados não configura salário utilidade e, por conseguinte, não integra o conceito de salário-contribuição para fins de incidência de contribuição tributária. Isto porque não ficou caracterizada a gratuidade do benefício aos empregados.
3. "A jurisprudência da Corte tem entendido que o transporte, quando gratuitamente fornecido pelo empregador, sem compensação ou desconto, constitui-se salário in natura" (REsp 443.820/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 3.8.2004, DJ 4.10.2004 p. 232).
Embargos de declaração acolhidos, com efeitos modificativos, para conhecer o recurso e negar-lhe provimento. (EDcl no AgRg no REsp 729987 / MG)
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EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PRESCRIÇÃO. FÉRIAS GOZADAS E TERÇO CONSTITUCIONAL. AUXÍLIO-DOENÇA. PRIMEIROS QUINZE DIAS DE AFASTAMENTO. AUXÍLIO-CRECHE. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. VALE REFEIÇÃO PAGO EM PECÚNIA. COMPENSAÇÃO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
[...]
7. A ajuda de custo alimentação, quando prestada de forma habitual, em espécie ou utilidade, fora da sede da empresa, e sem qualquer desconto do salário do empregado, enseja incidência de contribuição previdenciária, porquanto compõe o salário-de-contribuição.
[...]
(TRF4, APELREEX 5002617-32.2011.404.7106, Primeira Turma, Relator p/ Acórdão Jorge Antonio Maurique, juntado aos autos em 26/09/2013)
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a remuneração pelo trabalho ocorre até quando o segurado está em inatividade, mas à disposição do empregador;
há presunção absoluta da contribuição, mesmo que não seja recolhida pelo empregador
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EMPREGADO DOMÉSTICO
é o valor que registrado em CTPS;
a diferença poderá ser cobrada, a partir do momento em que fique comprovado a real remuneração do empregado doméstico, ficando o empregador obrigado fazer a complementação;
a responsabilidade de recolhimento da contribuição é do empregador, caso não sejam verificadas as contribuições, será concedido o benefício no valor mínimo, até que seja comprovado o recolhimento no montante descrito no contrato de trabalho;
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lei 11324/06 trouxe o impedimento de descontos no salário do empregado domestico à titulo de alimentação, vestuário, higiene, moradia, por não terem natureza salarial, portanto não integram o salário de contribuição
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CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
todos os valores pagos em decorrência dos serviços prestados para pessoa física ou jurídica;
radical mudança a partir da Lei 9.786/99, antes vigia a tabela conhecida como salário base, espécie de remuneração ficta;
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Salário Base:
composto por 10 classes, a 1ª salário mínimo e a 10ª o teto;
até a edição da lei 8213 os valores das classes correspondiam ao número de salários mínimos, depois foi desvinculado;
a progressão entre as classes era voluntária, no entanto deveria acontecer por interstícios legais que iam de 12 a 60 meses;
poderia progredir o segurado que estivesse
com suas contribuições em dia;
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SEGURADO FACULTATIVO
a grosso modo enquadra-se nas regras do contribuinte individual, inclusive quando vigorava a tabela de salário base.
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LIMITES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
mínimo, de modo geral recai no salário mínimo, mas se dada categoria houver piso salarial, legal ou normativo, este deverá ser verificado como limite mínimo; ex. salário mínimo paulista R$ 810,00;
o limite mínimo não é verificado somente na sua porção mensal, mas também, se contratado, na porção diária ou horária, ou na fração de mês;
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salário de contribuição inferior ao mínimo legal, mesmo salário mínimo, no caso de horário, meio expediente ou diário, será considerado para fins de contribuição e o benefício, não poderá ser inferior ao salário mínimo;
no caso do contribuinte individual, não é possível o limite mínimo ser inferior ao salário mínimo. Mesmo que sua remuneração mensal seja inferior ao salário mínimo, deverá complementar;
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o facultativo também terá limite mínimo mensal, impreterivelmente, o salário mínimo;
máximo, para os segurados, será o fixado em lei, sendo atualizado da mesma forma que os benefícios (art. 28, §5º lei 8212);	
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a contribuição patronal não está adstrita ao limite máximo, deverá ser calculada sobre o total das remunerações dos seus empregados e contribuintes individuais que lhe prestam serviços;
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PARCELAS INTEGRANTES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
qualquer parcela que tenha caráter de remuneração pelo labor;
há parcelas expressas em lei, por terem caráter especial (lei 8212, §7º):
O décimo terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário de contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em regulamento. (abono anual dos benefícios)(pacificada a cobrança pelo STF RE 219,689, 220.779);
o total das diárias pagas, quando excedente a cinqüenta por cento da remuneração mensal;
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em regra nenhum benefício integra o salário de contribuição, exceto o salário maternidade;
outro beneficio que foge a regra é o auxílio acidente, que por expressa ordem legal integra o salário de contribuição para o calculo de qualquer aposentadoria. (art. 31 lei 8213);
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o auxílio acidente antes da edição da lei 9528/97, poderia cumular com qualquer aposentadoria, com a restrição trazida pela norma, passou a fazer parte do cálculo do salário de benefício, sendo somado ao salário de contribuição, mês a mês.
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PARCELAS NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
ainda persiste o conceito de que somente integra o salário de contribuição as parcelas que visam a remuneração do labor, entretanto, como as parcelas indenizatórias causam certa confusão, o legislador exemplificou algumas no §9º do art. 28 da lei 8212:
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os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;
as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;
a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976;
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as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;
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1.2 Terço constitucional de férias.
No que se refere ao adicional de férias relativo às férias indenizadas, a não incidência de contribuição previdenciária decorre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, "d", da Lei 8.212/91 - redação dada pela Lei 9.528/97).
Em relação ao adicional de férias concernente às férias gozadas, tal importância possui natureza indenizatória/compensatória, e não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre ela não é possível a incidência de contribuição previdenciária (a cargo da empresa). A Primeira Seção/STJ, no julgamento do AgRg nos EREsp 957.719/SC (Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de 16.11.2010), ratificando entendimento das Turmas de Direito Público deste Tribunal, adotou a seguinte orientação: "Jurisprudência das Turmas que compõem a Primeira Seção desta Corte consolidada no sentido de afastar a contribuição previdenciária do terço de férias também de empregados celetistas contratados por empresas privadas" .(REsp 1.230.957)
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as importâncias:
	1 - previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições 	Constitucionais Transitórias;
	2 - relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS;
	3 - recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;
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	4 - recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 	5.889, de 8 de junho de 1973;
	5 - recebidas a título de incentivo à demissão;
	6 - recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;
	7 - recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;
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	8 - recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
	9 - recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;
	
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as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração mensal;
a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977 (lei revogada pela Lei 11.788/08);
a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;
a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica (lei 10.101/2000);
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o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP;
os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;
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a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965 (art. revogado, sem correspondente);
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o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT;
o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;
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o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;
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o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo,
que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB);
a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA);
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os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;
o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.
o valor correspondente ao vale-cultura.
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valor básico para o cálculo da renda mensal do benefício previdenciário;
não utilizam o salário de benefício como base da renda mensal o salário família, a pensão por morte, o salário maternidade e os demais benefícios de legislação especial;
diferença entre salário de contribuição e salário de benefício;
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consiste o salário de benefício em:
para as aposentadorias por idade e tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
para a aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio doença e auxílio acidente, na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
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confusão do art. 29, II LBPS:
a lei de benefícios prevê que no calculo da média dos benefícios por incapacidade, há de se considerar os 80% maiores salários de contribuição, no entanto, o Dec. 3265/99, inovou essa regra, determinando que, se o segurado não possuísse, pelo menos 60% do número de meses contribuídos, entre a competência julho de 1994 até a DER, deveria ser dividida a soma obtida das contribuições, pelo exato numero de contribuições mensais apuradas;
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em 2009 foi mudado o entendimento, com a edição do dec. 6939, onde retornou a possibilidade da divisão das 80% maiores contribuições;
após a edição deste decreto, o INSS publicou algumas portarias, onde determinava que grupos de trabalho, fizesse a revisão dos benefícios concedidos nesse intervalo, no entanto, no mesmo passo que designava comissão para revisão, logo depois, publicava outra portaria mandando suspender;
por este motivo, o MPF de São Paulo propôs ação civil pública, para determinar que o INSS fizesse a revisão dos beneficiários prejudicados com o entendimento desastroso da Autarquia;
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por este motivo, o MPF de São Paulo propôs ação civil pública, para determinar que o INSS fizesse a revisão dos beneficiários prejudicados com o entendimento desastroso da Autarquia;
como resultado da ACP, foi proposto um acordo, em que o INSS se comprometia a revisar todos os benefícios ativos em fevereiro de 2013, além disso, iria pagar os atrasados escalonadamente, a começar de 2013 e com final em 2022;
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benefício por incapacidade no PBC é considerado salário de contribuição;
se não houver salário de contribuição no período básico de cálculo, será considerado como salário de benefício o salário mínimo;
o auxílio acidente é somado ao salário de contribuição, para o cálculo do salário de benefício, para qualquer aposentadoria;
os salários de contribuição vertidos para outro regime de previdência será considerado para o cálculo do salário de benefício após a sua filiação ao RGPS;
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para a soma dos salários de contribuição, estes serão corrigidos de acordo com a variação integral do INPC/FGV (art 29-B LBPS);
múltiplas atividades, soma-se os salários de contribuição de todas as atividades conforme o seguinte:
Quando o segurado satisfizer as condições para o benefício em todas as atividades, soma-se integralmente os salários de contribuição de todas as atividades;
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Quando não satisfizer as condições para todas as atividades, soma-se os salários de contribuição das atividades que satisfez os requisitos e as demais, será um percentual da média do SC de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completos de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;
Quando se tratar de benefício por tempo de contribuição, o percentual das atividades em que não satisfez os requisitos será o resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de contribuição para a concessão do benefício;
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EXEMPLO: se o segurado ao aposentar-se por idade, trabalhou por 15 anos em duas empresas, naturalmente soma-se ambos os salários de contribuição, pois contemplou os requisitos para ambas as atividades, mas, se trabalhou por 15 anos em uma empresa e concomitantemente por 10 anos em outra, considera-se integralmente as contribuições da empresa em que satisfez os requisitos, e na outra, será feito o percentual de 120/180, para cada salário de contribuição, para depois disso proceder-se à soma, em outras palavras, se este segurado recebesse R$ 1000,00 em cada emprego, o salário de contribuição seria considerado com as seguintes parcelas: R$ 1000,00+[(120/180)*R$ 1000,00] ou seja, R$ 1000,00+R$ 666,66;
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a renda mensal inicial do benefício será aquele efetivamente pago pela previdência social ao segurado;
será o resultado da percentagem de cada espécie de benefício sobre o salário de benefício obtido da média dos salários de contribuição;
não será inferior ao salário mínimo nem superior ao teto, exceto para aposentadoria por invalidez acrescida de 25%, salário maternidade, e inferior ao salário mínimo no caso de auxílio acidente;
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se da média dos salários de contribuição, resultar salário de benefício superior ao teto, a diferença percentual será aplicada com o próximo reajuste do benefício, mas mesmo assim não poderá ser superior ao teto, o que extrapolar da diferença percentual, ficará então para o próximo reajuste e assim sucessivamente até sanar a diferença teto;
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cada benefício tem é concedido em razão de uma percentagem do salário de benefício:
Auxílio doença (B31/B91) – 91%;
Aposentadoria por invalidez (B32/B92) – 100%;
Aposentadoria por idade (B41) – 70% + 1% por grupo de doze contribuições até o limite de 30%;
Aposentadoria por tempo de contribuição (B42/B57) – 100%;
Aposentadoria especial (B46) – 100%;
Auxílio acidente (B36/B94) – 50%.
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segurado empregado e trabalhador avulso que não possam comprovar os salários de contribuição no PBC será concedido o benefício no valor de 1 salário mínimo;
empregado doméstico que não possa comprovar as contribuições, mas tem o contrato de trabalho devidamente anotado na CTPS será concedido o benefício no valor de 1 salário mínimo;
nas duas hipóteses anteriores, o benefício será recalculado quando da comprovação das contribuições;
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a aposentadoria por invalidez precedida de auxílio doença terá como renda mensal inicial 100% do salário de benefício que serviu de base para a concessão do benefício anterior, reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios;
a pensão por morte e o auxílio reclusão terão como RMI o mesmo valor da aposentadoria que o segurado instituidor recebia ou a que teria direito na data do óbito;
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	1 – considere que Maria receba salário Maternidade. Nessa situação, não haverá desconto da contribuição previdenciária do valor desse benefício.
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	2 – Considere que Joana seja empregada e não tenha conseguido comprovar o valor dos seus salários de contribuição, no período básico de cálculo. Nessa situação, mesmo que preenchidos os requisitos para a concessão do benefício, Joana não fará jus ao benefício pleteado.
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	3 – Sobre os valores recebidos pelo segurado empregado a título de gratificação natalina, também conhecida como décimo terceiro salário, não incide contribuição prevideciária;
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	4 – considere a seguinte situação hipotética. Estevão pediu demissão da empresa em que
trabalhava, concordando em trabalhar durante o período de aviso prévio equivalente a 30 dias, prazo concedido para que o empregador providenciasse a contratação de um novo empregado. Nessa situação, sobre o valor pago durante o último mês que Estêvão trabalhou não incide contribuição previdenciária, pois se trata de verba indenizatória.
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	5 - Conforme a legislação vigente, o valor da maior parte dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social deve ser calculado com base no salário-de-benefício. Tratando-se de aposentadoria por idade, esse salário-de-benefício equivale à média aritmética simples dos salários de contribuição médios correspondentes a 100% de todo o período contributivo.
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	6 - Ao segurado contribuinte individual que, satisfazendo as condições exigidas para a concessão do benefício requerido, não comprovar o efetivo recolhimento das contribuições devidas será concedido o benefício de valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentação da prova do recolhimento das contribuições.
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Prof. Paulo Isaac

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