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CURSO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO Professor Paulo Isaac CONTATO: E-mail: prof.pauloisaac@yahoo.com.br Facebook: Paulo Isaac Twitter: @isaacpaulo CRIAÇÃO E ESTRUTURA DO INSS CRIAÇÃO o AUTARQUIA FEDERAL CRIADA ATRAVÉS DO DECRETO 99.350/90, COM AUTORIZAÇÃO DA LEI 8.029/90; o SEDE EM BRASÍLIA; o VINCULADA AO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL; 27 milhões de Beneficide Beneficiáários (05/10) rios (05/10) ((População do UzbequistãoPopulação do Uzbequistão)) 39 milhões de Contribuintes (05/10)de Contribuintes (05/10) (População da Polônia)(População da Polônia) Volume de benefícios: Volume de benefícios: R$ 18.752.147.368,96 (05/10) (05/10) (PIB da Ge(PIB da Geóórgia)rgia) ● PREVFONE: centrais de atendimento em Recife e em Caruaru, sendo 1350 atendentes Central de AtendimentoCentral de Atendimento 135135 58.647.398 ligaligaçções em 2008.ões em 2008. (População da Itália) 64.928.827 ligações em 2009.em 2009. (População do Canadá + Romênia) 5.500.000 mméédia mensal em dia mensal em ligaligaçções. ões. (População do Paraguai) ● PREVNET ● Serviços disponibilizados pela internet: Agendamento de serviços e benefícios Atualização de endereço Cadastramento de Acidente do Trabalho Cálculo de contribuição e emissão de GPS Consulta andamento de processo de benefícios Extrato de pagamento de Benefícios Extrato para Imposto de Renda Formulários e documentação para requerer benefícios Inscrição junto à Previdência Social Marcação do Pedido de Prorrogação e de Reconsideração Orientação, informação e legislação previdenciária Requerimento de: - salário-maternidade, - auxílio-doença e - pensão por morte (precedida) Simulação de Tempo de Contribuição Órgãos Específicos Singulares Órgãos de Assistência Direta e imediata ao Ministro de Estado Estrutura do Ministério da Previdência SocialEstrutura do Ministério da Previdência Social Entidades Vinculadas Órgãos Colegiados MPS Ministério da Previdência Social Secretaria Executiva Gabinete Estrutura do Ministério da Previdência SocialEstrutura do Ministério da Previdência Social Consultoria Jurídica Órgãos de Assistência Direta e imediata ao Ministro de Estado CRPS Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS Conselho Nacional de Previdência Social Estrutura do Ministério da Previdência SocialEstrutura do Ministério da Previdência Social CRPC Câmara de Recursos da Previdência Complementar CNPC Conselho Nacional de Previdência Complementar Órgãos Colegiados DATAPREV Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social INSS Instituto Nacional do Seguro Social Estrutura do Ministério da Previdência SocialEstrutura do Ministério da Previdência Social PREVIC Superintendência Nacional de Previdência Complementar Entidades Vinculadas ● ESTRUTURA INSS: – 5 SUPERINTENDENCIAS REGIONAIS; – 100 GERENCIAS EXECUTIVAS; – 1208 APS; – 10 APS-BI; – 17 APS ADJ PROCESSO Processo, em sentido amplo, é sucessão de atos realizada com a finalidade de produzir uma manifestação de vontade, podendo ser esta a produção de um ato normativo ou de uma decisão administrativa ou judicial. IN 45/2010 Art. 563. Considera-se processo administrativo previdenciário o conjunto de atos administrativos praticados através dos Canais de Atendimento da Previdência Social, iniciado em razão de requerimento formulado pelo interessado, de ofício pela Administração ou por terceiro legitimado, e concluído com a decisão definitiva no âmbito administrativo. Art. 564. Nos processos administrativos previdenciários serão observados, entre outros, os seguintes preceitos: I - presunção de boa-fé dos atos praticados pelos interessados; II - atuação conforme a lei e o Direito; III - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes e competências, salvo autorização em lei; IV - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; V - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; VI - condução do processo administrativo com a finalidade de resguardar os direitos subjetivos dos segurados, dependentes e demais interessados da Previdência Social, esclarecendo-se os requisitos necessários ao benefício ou serviço mais vantajoso; VII - o dever de prestar ao interessado, em todas as fases do processo, os esclarecimentos necessários para o exercício dos seus direitos, tais como documentação indispensável ao requerimento administrativo, prazos para a prática de atos, abrangência e limite dos recursos, não sendo necessária, para tanto, a intermediação de terceiros; VIII - publicidade dos atos praticados no curso do processo administrativo restrita aos interessados e seus representantes legais, resguardando-se o sigilo médico e dos dados pessoais, exceto se destinado a instruir processo judicial ou administrativo; IX - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; X - fundamentação das decisões administrativas, indicando os documentos e os elementos que levaram à concessão ou ao indeferimento do benefício ou serviço; XI - identificação do servidor responsável pela prática de cada ato e a respectiva data; XII - adoção de formas e vocabulário simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos usuários da Previdência Social, evitando-se o uso de siglas ou palavras de uso interno da Administração que dificultem o entendimento pelo interessado; XIII - compartilhamento de informações com órgãos públicos, na forma da lei. XIV - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; XV - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as prevista em lei; XVI - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; e XVII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. ● O art. 5º da Lei 9.784/99, determina que o processo administrativo em âmbito federal terá seu início de ofício ou a pedido do interessado. ● Em âmbido previdenciário não será necessário pedido por escrito, nos termo do art. 6º da Lei 9.784, no entanto é interessante que se faça a petição para fundamentar o que se pede e tornar o pedido intrumento probante o pedido inicial. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Isonomia (art. 5º, CF/88): “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza Legalidade (art. 37, CF/88): “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]” Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, CF/88): “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;” Contraditório e Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF/88): “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” Oficialidade: A Administração Pública tem o dever de dar prosseguimento ao processo, podendo, por sua conta, providenciar a produção de provas, solicitar laudos e pareceres efazer tudo aquilo que for necessário para que se chegue a uma decisão final conclusiva. Informalismo Procedimental Dispensa ritos sacramentais e formas rígidas para o processo administrativo. Verdade Material: No processo administrativo o julgador deve sempre buscar a verdade, ainda que, para isso, tenha que se valer de outros elementos além daqueles trazidos aos autos pelos interessados. Motivação (art. 50, Lei 9.784/1999) “Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção; IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V – decidam recursos administrativos; VI – decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. Celeridade (art. 5º, LXXVIII, CF/88) Princípio segundo o qual os atos processuais devem ser praticados tão prontamente quanto possível. “LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.” FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO FASE INICIAL: ● O requerimento ou agendamento, podem ser realizados pelos seguintes canais remotos (art. 572 IN/45): ● Internet; www.inss.gov.br ● Telefone; 135 ● Unidade de atendimento. qualquer que seja a forma de requerimento será considerada a DER na data do pedido (agendamento ou pedido presencial) Art. 573. Todo pedido de benefício ou serviço, CTC, pedido de revisão, validação e acerto de dados do CNIS, deverá ser protocolado no sistema informatizado da previdência social, na data da apresentação do requerimento ou comparecimento do interessado. Art. 575. O requerimento do benefício ou serviço poderá ser apresentado em qualquer Unidade de Atendimento da Previdência Social, independentemente do local de seu domicílio, exceto APS de Atendimento a Demandas Judiciais – APSADJ e Equipes de Atendimento a Demandas Judiciais – EADJ. ● Em hipótese alguma o servidor poderá recusar requerimento: Art. 105. da Lei 8.213/91: “A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício.” Art. 6o da Lei 9784/99: “O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados (...) Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Art. 176. Do Decreto 3048/99 - A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício Art. 576. Da IN 45/2010. Conforme preceitua o art. 176 do RPS, a apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício, ainda que, de plano, se possa constatar que o segurado não faz jus ao benefício ou serviço que pretende requerer, sendo obrigatória a protocolização de todos os pedidos administrativos, cabendo, se for o caso, a emissão de carta de exigência ao requerente, na forma do art. 586. ● A legislação, inclusive a Instrução de Trabalho da Autarquia, determina que o servidor não poderá recusar o requerimento dos segurados, podendo, na falta de documentação emitir carta de exigência, dando prazo não inferior a 30 dias para complementação, conforme art. 586 da IN/45. ● Pode o segurado ser representado quando do requerimento do benefício previdenciário; ● A procuração pode ser pública ou particular, exceto no caso de analfabeto que se exige a procuração pública; ● Qualquer cidadão pode ser outorgado para o requerimento de benefício, sendo Advogado ou não; ● Poderá haver substabelecimento, desde que conste tal poder no instrumento originário. ● Os documentos a serem apresentados quando do requerimento administrativo, poderão ser originais, cópias autenticadas ou cópia simples, para conferência com o original por parte do servidor; ● O art. 584 da IN/45, determina que os documentos digitalizados podem ter declaração de autenticidade do próprio Advogado particular, sem a necessidade de apresentação do original ou cópia autenticada; ● A reprografia de documentos ficará à cargo do INSS (art. 579, §2º, IN/45); FASE INSTRUTÓRIA A fase instrutória é a fase destinada a averiguar e comprovar os requisitos legais para a concessão de benefícios ou para a atualização de cadastro, sendo a produção de provas um direito do segurado. Nesta fase será feita a produção de provas para verificação do direito do segurado ao benefício previdenciário, podem ser produzidas: ● Prova documental; ● Prova oral; ● Pesquisa externa. Art. 588. São admissíveis no processo administrativo todos os meios de prova que se destinem a esclarecer a existência do direito ao recebimento do benefício ou serviço, salvo se a lei exigir forma determinada.(IN/45) ● Caso o segurado já tenha outro processo de benefício indeferido, poderá solicitar o desentranhamento de documentos que lá se encontrem, independente de onde tenha sido requerido; ● Se para o esclarecimento de situação ou comprovação de direito, necessite-se de documento que esteja sob o poder de terceiros, o servidor solicitará ao segurado através de exigência, na negativa, expedirá pesquisa externa ou requisição de diligência; Documentação básica: ● Documentos de identificação; ● Certidões Públicas; ● Documentos digitalizados e juntados ao processo por repartições públicas e advogados; ● Documento microfilmado; ● Documentos em língua estrangeira; ● CTPS; ● Utilização de documento apresentada em outro processo administrativo (Art. 593, da IN 45/2010); ● Documentos em posse de terceiros (Art. 594, da IN 45/2010); ● Vale ressaltar que os dados constantes no CNIS são considerados prova plena, relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de serviço ou de contribuição e salário-de- contribuição; ● Quando a informação necessária ao reconhecimento do direito do segurado estiver de posse de outro órgão da Administração, deverá o servidor, de ofício, requerer diretamente tal informação, sendo exigir tal procedimento ao segurado (art. 592 IN/45); JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA ● Procedimento destinado a produzir prova de fato ou suprir quaisquer informações necessárias o implemento do direito do segurado e será processada sem ônus para o segurado: ● O Dec. 3.048/99 determina que a J.A. Será procedimento de exceção, devendo oportunizar outros meios capazes para a produção da prova. ● Para o processamento de J.A., deve-se haver início de prova material do que se quer provar; ● O início de prova material será dispensado quando o que deseja comprovar, quando esta não existir devido a fatofortuido ou de força maior; Dec. 3.048/99, art. 143: § 2º Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de ocorrência notória, tais como incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em época própria ou apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado. ● Para o processamento da J.A. o segurado deverá , no requerimento, expor de forma clara os pontos que quer comprovar e apresentar o número de três a seis testemunhas, que serão inquiridas em dia e hora designadas pela Autarquia; ● As testemunhas deverão ser capazes civilmente e maiores de dezesseis anos, que prestarão compromisso conforme art. 299 do Código Penal; ● O Dec. 3.048/99, dispõe que a J.A. pode ou não ser homologada pela Autarquia, inclusive, na não homologação não caberá recurso (neste ponto aplicar art. 56 da Lei 9.784/99); ● O servidor processante, poderá tomar o depoimento do próprio segurado; ● O segurado ou seu procurador, poderão formular perguntas para as testemunhas, que serão dirigidas ao processante que as deferirá ou não, neste caso, deverá constar do termo o indeferimento; ● No caso de alguma das testemunhas não residirem no âmbito da APS processante, o servidor encaminhará requerimento para a APS do âmbito da localidade da testemunha para inquirí-la; O que se pode provar? (exemplificativo) ● Idade avançada, morte, prisão, maternidade; ● Dependência econômica; ● Incapacidade para o trabalho ou atividade habitual; ● Qualidade de segurado ou de dependente; ● Filiação ou inscrição; ● Carência e qualidade de segurado ● Atividade especial; ● Salário de contribuição. PESQUISA EXTERNA ● O INSS pode designar servidores para a realização de pesquisas externas necessárias à concessão, manutenção e revisão de benefícios, bem como ao desempenho das atividades de serviço social, perícias médicas, habilitação e reabilitação profissional e arrecadação, junto a beneficiários, empresas, órgãos públicos, entidades representativas de classe, cartórios e demais entidades e profissionais credenciados. (art. 357 RPS) ● É atividade externa realizada por servidor da Autarquia, devidamente autorizado, mediante portaria do gerente executivo, para a comprovação de dados e informações necessárias ao reconhecimento de direito do segurado; ● As pesquisas destinadas a esclarecer dúvidas ou obter informações referentes ao mérito do pedido do segurado deverão ser realizadas na fase instrutória, a priori, outras informações serão objeto de pesquisa a posteriori, ou seja, independentemente do caminhar processual; ● A pesquisa externa é procedimento subsidiário, sendo requerida quando da impossibilidade do segurado obter a documentação necessária para provar o seu direito; ● Será objeto, específico, mas não exaustivo, da pesquisa externa: – O exame de folhas de pagamento, livros ou fichas de registro de empregados e outros documentos ou elementos para os quais a lei não assegure sigilo, verificando-se, na oportunidade, a contemporaneidade dos documentos, bem como a ordem cronológica de emissão ou outros elementos que configurem a autenticidade – a verificação da veracidade dos documentos apresentados pelos requerentes, bem como a busca pelos órgãos do INSS de informações úteis à apreciação do requerimento formulado à Administração; – a conferência e o incremento dos dados constantes dos sistemas, dos programas e dos cadastros informatizados; – a realização de visitas necessárias ao desempenho das atividades de Serviço Social, perícias médicas, de habilitação, de reabilitação profissional e o acompanhamento da execução dos contratos com as unidades pagadoras pelo Serviço de Acompanhamento ao Atendimento Bancário - SAAB, ou para a adoção de medidas, realizada por servidor previamente designado; – atendimento de programas revisionais de benefícios previdenciários e de benefícios assistenciais previstos em legislação; – o atendimento das solicitações da PFE junto ao INSS e demais órgãos de execução da Procuradoria Geral Federal e do Poder Judiciário para coleta de informações úteis à defesa do INSS. ● No caso de necessidade de análise de documentos contábeis, ou que a lei exija sigilo, o pesquisador relatará o fato e indicará a realização de Requisição de Diligência, a ser realizada por fiscal da Receita Federal do Brasil; ● Dilação probatória: – Em regra as informações constantes do CNIS valem como prova; – Cabe ao segurada provar o que alegado; – Cabe ao segurado juntar toda documentação necessária para prova de seu direito, inclusive requerer diligências, pesquisas, justificações entre outros; – A recusa da Autarquia na produção de prova deverá ser motivada; – O segurado deverá ser comunicado de toda e qualquer produção de prova requerida pela própria Autarquia, com antecedência mínima de três dias úteis, sob pena de nulidade, em atendimento ao princípio do contraditório e da ampla defesa; – Poderá o interessado ter vistas dos autos e obter certidões ou informações acerca do processo, salvo os documentos protegidos por sigilo legal; – Deverá a Autarquia, verificado o direito de benefício diverso ou mais vantajoso, comunicar e orientar o segurado para exercer o direito de opção em trinta dias, inclusive com reafirmação da DER, se for o caso; – Encerrada a fase de instrução, o segurado terá direito a manifestar-se, no prazo de 10 dias; DA FASE DE DECISÃO ● O INSS, terminada a fase instrucional, tem o dever de decidir os requerimentos de benefícios e os processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, de interesse ou solicitados pelos segurados, dentro do prazo de 30 dias, salvo prorrogação por igual período devidamente fundamentada ● Pode o INSS, no momento do primeiro atendimento, sem prejuízo da formalização do processo administrativo, e verificado o direito ao melhor benefício do segurado, reconhecer de imediado o direito e conceder o benefício, finalizando o processo; ● É obrigação da Autarquia, ao decidir, emitir despacho fundamentado do que decidido, sendo defeso tomar como despacho a mensagem de indeferimento emitida por sistema informatizado (art. 624, §1º, IN/45) ● A motivação deve ser clara e coerente, indicando quais os requisitos legais que foram ou não atendidos, podendo fundamentar-se em decisões anteriores, bem como notas técnicas e pareceres do órgão consultivo competente, os quais serão parte integrante do ato decisório; ● São requisitos do despacho decisório: – Objetividade; – Analise e registro de informações baseadas em referências normativas ou jurisprudenciais; – Cabelho contendo a identificaçao do órgão julgador/setor emissor do despacho, seguido de data; – Identificação do processo, do interessado e do assunto; – Perfeita grafia e formatação; – Registro de todos os atos constantes do processo, bem como provas produzidas e outras situações pertinentes à decisão, bem como situações anômalas acontecidas no processo; ● Deverá o segurado ser cientificado da decisão de maneira pessoal, podendo ser por via postal com aviso de recebimento, pois este terá o prazo de trinta dias para interpor recurso administrativo às Juntas de Recurso da Previdência Social
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