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Direito Administrativo Em ExercíciosAula 11 Extra 01

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CURSO DE EXERCÍCIOS 
DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 
 
 
Prof. Edson Marques 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá pessoal, 
 
Atendendo ao nosso edital, vamos complementando 
com as aulas extras. Hoje vamos estudar licitações e contratos, 
conforme o seguinte: 
 
AULA EXTRA 01: 10. Licitações públicas e contratos 
administrativos. Sistema de Registro de Preços. 
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores. 
Pregão presencial e eletrônico e demais modalidades de 
licitação. Instrução Normativa SLTI/MP nº 02, de 2008. 
Contratos de repasse. Convênios. Termos de 
cooperação. Acordos, em sentido amplo, celebrados 
pela administração pública federal com órgãos ou 
entidades públicas ou privadas. Portaria Interministerial 
CGU/MF/MP n. 507/2011. 
 
Recomendo uma boa leitura nas citadas Portarias, pois 
a ESAF costuma cobrar a literalidade de alguns dispositivos 
regulamentares. 
 
No tocante às licitações e contratos deixe-me fazer uma 
breve introdução: 
 
A Constituição Federal impõe à Administração Pública a 
obrigatoriedade de quando for contratar empreender processo de 
licitação pública, ressalvado os casos autorizados por lei, conforme 
art. 37, inc. XXI, que assim dispõe: 
 
“Ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com cláusula que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o 
qual somente permitirá exigências de qualificação 
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DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
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técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações”. 
 
Devemos lembrar que o art. 22, inciso XXVII, CF/88, 
prescreve que compete privativamente à União criar normas gerais 
sobre licitações e contratos, conforme o seguinte: 
 
XXVII - Compete privativamente a União legislar sobre 
normas gerais de licitação e contratações, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, 
XXI, e para as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, nos termos do art. 173, §1º, III. 
 
Observe, assim, que a competência legislativa para 
editar norma geral sobre licitações e contratos é da União, de 
modo que Estados, DF e municípios devem seguir os ditames 
estabelecidos em norma geral cabendo-lhes, no que lhes for 
específico, editar suas normas, complementando a norma geral. 
 
Pois bem, no sentido de regulamentar o art. 37, inc. 
XIX, CF/88, e tendo em vista o art. 22, inc. XXVII, a União editou a 
Lei nº 8.666/93 que institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública. 
 
Portanto, é a Lei nº 8.666/93 a norma geral sobre 
licitações e contratos a ser observada pela Administração 
Pública, direta e indireta, de qualquer esfera de poder, seja da 
União, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
 
Mas o que é licitação? 
 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, licitação é o 
procedimento administrativo mediante o qual a Administração 
Pública seleciona proposta mais vantajosa para o contrato de 
seu interesse. 
 
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3 
Para a profa. Di Pietro, licitação é definida como sendo 
o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício 
da função administrativa, abre a todos os interessados, que se 
sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a 
possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e 
aceitará a mais conveniente para a celebração do contrato. 
 
Então, para contratar obras, compras, serviços ou 
alienações, convoca-se interessados a fim de que apresentem suas 
propostas e a Administração possa selecionar e obtenha a mais 
vantajosa. 
 
Cumpre dizer, portanto, que a licitação não é um ato, é 
um procedimento em que se conjugam vários atos, com intuito de 
permitir o maior número de participantes (licitantes) e para a 
Administração obter a proposta mais vantajosa. 
 
Lembre-se: A licitação é um procedimento. 
 
No entanto, devemos ter cuidado com o expresso no 
parágrafo único do art. 4º da Lei nº 8.666/93. É que, o referido artigo 
dispõe que “o procedimento licitatório previsto nesta Lei 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em 
qualquer esfera da Administração Pública”. 
 
Trata-se do princípio do formalismo. E, em que pese 
essa caracterização legal, não se deve olvidar que a licitação é um 
procedimento formal. 
 
Mas qual a finalidade da licitação? Então, como se trata 
de um procedimento prévio à contratação, podemos dizer que 
licitação tem dupla finalidade na medida em que de um lado busca 
selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e de 
outro visa propiciar a igualdade de condições para que todos os 
interessados participem do certame. 
 
Contudo, com a edição da MP 495/2010, convertida na 
Lei nº 12.349/2010, que alterou o art. 3º da Lei nº 8.666/93, temos 
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mais uma finalidade, qual seja: a promoção do desenvolvimento 
nacional. Observe o art. 3º na sua nova redação: 
 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a 
observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os 
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento 
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes 
são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 
2010) 
 
Com essa breve introdução, vamos às questões. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 
FCC/2010) São princípios da licitação expressamente citados 
na Lei nº 8.666/93, dentre outros, 
a) julgamento objetivo, competitividade e sigilo das propostas. 
b) vinculação ao instrumento convocatório, competitividade e sigilo 
das propostas. 
c) adjudicação compulsória, competitividade e igualdade. 
d) probidade administrativa, julgamento objetivo e igualdade. 
e) probidade administrativa, sigilo das propostas e adjudicação 
compulsória. 
 
Comentário: 
 
É importante dizer que a Administração na realização 
de procedimento licitatório deverá observar os princípios gerais 
administrativos, assim como os princípios específicos da licitação, 
sejam eles expressos ou implícitos. 
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Dentre os expressos temos os denominados princípios 
básicos, conforme o art. 3º da Lei nº 8.666/93 que assim dispõe: 
 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta 
mais vantajosa para a administração e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos 
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumentoconvocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes 
são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
 
O princípio da Legalidade (art. 4º) estabelece que a 
Administração, bem como todos os licitantes, deve seguir fielmente o 
procedimento traçado na lei, de modo que toda conduta 
administrativa está balizada na Lei. 
 
Hely Lopes Meirelles entende que se trata do princípio 
do procedimento formal que determina a fiel observância dos 
procedimentos legais, conforme expresso no parágrafo único do art. 
4º da Lei de Licitações e Contratos, que assim prevê: 
 
Art. 4º - 
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em 
qualquer esfera da Administração Pública. 
 
É importante salientar que no âmbito administrativo 
não se admite formalismo inútil, ou seja, o excesso de formalismo. 
 
Princípio da impessoalidade é corolário do princípio da 
igualdade, de modo que a Administração deve ser imparcial, não 
fixando regras tendenciosas, pautando-se por critérios objetivos, 
negando-se favoritismos ou discriminações por critérios subjetivos, 
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velando pelo acesso amplo aos que tenham ou possam vir a ter 
interesse. 
 
A moralidade impõe à Administração e aos 
participantes em geral a observância aos padrões éticos, agir com 
lealdade e boa-fé, sob pena de responsabilização administrativa, cível 
e penal. 
 
Corolário desse princípio, temos o princípio da 
probidade administrativa que estabelece a responsabilização dos 
agentes, inclusive terceiros, por atos ímprobos nos termos da Lei nº 
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), assim como a 
aplicação das sanções criminais estabelecidas nos artigos 89 a 99 da 
Lei de Licitações. 
 
O princípio da igualdade ou isonomia, como 
abordado, é um dos fundamentos da licitação, com envergadura 
constitucional, eis que a Constituição (art. 37, XXI) firma a 
necessidade de tratamento isonômico entre os licitantes, vedando-se 
tratamento discriminatório, conforme art. 3º, § 1º, incs. I e II, da Lei 
de Licitação e Contratos, vejamos: 
 
Art. 3º. 
§ 1º É vedado aos agentes públicos: 
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de 
convocação, cláusulas ou condições que comprometam, 
restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive 
nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam 
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede 
ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância 
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e 
no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; 
(Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza 
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer 
outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no 
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, 
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mesmo quando envolvidos financiamentos de agências 
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e 
no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. 
 
O princípio da publicidade impõe o dever de se dá 
ampla divulgação ao certame, sendo vedado o caráter sigiloso dos 
atos, inclusive sendo permitido o acesso aos particulares, tudo com o 
intuito de se fiscalizar o cumprimento das determinações legais e 
afastar condutas ilícitas, impondo-se, ainda, o dever de motivação de 
todas as decisões proferidas em quaisquer das etapas. 
 
Tais princípios, é bom ressaltar, são os que orientam, 
de forma geral, toda a Administração Pública, conforme art. 37, da 
CF/88. Há outros princípios, no entanto, que são mais específicos, ou 
seja, aplicando-se somente à licitação, como é o caso da vinculação 
ao instrumento convocatório, sigilo das propostas, julgamento 
objetivo, adjudicação compulsória. 
 
Segundo o princípio da vinculação ao instrumento 
convocatório o Edital é a lei do certame, ou seja, o instrumento 
da convocar, chamar, dar notícia aos interessados acerca de 
determinado objeto pretendido pela a Administração a vincula, como 
também vincula os licitantes que deverão observar as condições e 
requisitos que foram fixados no edital durante todo o procedimento 
licitatório e na execução do ajuste. 
 
Assim, prevê o art. 41 da Lei de Licitações que a 
Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, 
ao qual se acha estritamente vinculada, sendo, pois, o julgamento 
das propostas realizado com base no que estabelece o instrumento 
convocatório. 
 
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e 
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 
 
O princípio do julgamento objetivo estabelece a 
obrigatoriedade de que serão observados, nas análises das propostas, 
os critérios objetivamente fixados no edital (denominados tipos de 
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licitação: menor preço, melhor técnica, técnica e preço ou maior 
lance ou oferta), sem aferições subjetivas ou imprecisões, evitando-
se apreciações discricionárias na decisão acerca das propostas, 
conforme determina os arts. 44 e 45, da Lei nº 8.666/93. 
 
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em 
consideração os critérios objetivos definidos no edital ou 
convite, os quais não devem contrariar as normas e 
princípios estabelecidos por esta Lei. 
 
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo 
a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-
lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios 
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo 
com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a 
possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de 
controle 
 
A doutrina fala, ainda, em princípios licitatórios 
implícitos específicos, tal como: competitividade, procedimento 
formal, sigilo das propostas e adjudicação compulsória. 
 
A competitividade seria, conforme destaca Celso 
Bandeira de Mello, a obrigatoriedade de observância do caráter 
competitivo do procedimento licitatório, não se permitindo 
artimanhas ou mecanismos para frustrar tal propósito. 
 
O procedimento formal, conforme ressaltei quando 
da abordagem do princípio da legalidade, é a configuração de que a 
licitação caracteriza-se como ato administrativo formal, ou seja, tem 
seu rito e fórmulas legalmente estabelecidas, além de ser obrigatório 
o registro de seus atos documentadamente. 
 
O princípio do sigilo das propostas que, muito 
embora vigore o princípio da publicidade, as propostas serão 
realizadas de forma sigilosa, evitando-se o conluio ou a fraude, 
mantendo-se o caráter competitivo, sendo inacessível até o momento 
de abertura, que será realizado em sessão pública. 
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Finalmente, o princípio da adjudicação obrigatório 
ou compulsória segundo o qual o vencedor do certame tem direito 
subjetivo a que o objeto da licitação lhe seja atribuído, de modo que 
veda eventual contratação com outrem. 
 
É de se observar que a adjudicação somente é 
garantia de que a Administração não poderá contratar com 
outrem senão com o próprio vencedordo certame. 
 
Ademais, tal princípio veda que a Administração 
promova nova licitação sobre mesmo objeto enquanto válida a 
adjudicação anterior. 
 
O prof. Carvalho Filho cita ainda os princípios correlatos 
ao princípio da igualdade, tal como o princípio da competitividade, 
conforme já enunciado, ao estabelecer que a Administração não pode 
criar regras que comprometam ou frustrem o caráter competitivo da 
licitação. O princípio indistinção que estabelece a vedação de criar 
preferências ou distinções relativas à naturalidade, à sede ou ao 
domicílio dos licitantes, com algumas ressalvas (art. 3º, §1º, inc. I, 
Lei nº 8.666/93). 
 
E, ainda, também correlato a outros princípios, os 
princípios inalterabilidade do edital, do sigilo das propostas, do 
formalismo procedimental e o da obrigatoriedade de licitar. 
 
Então, não se verifica expressamente o princípio da 
competitividade, por isso, já descartamos as alternativas “a”, “b” e 
“c”. Também não se verifica, expressamente, o princípio da 
adjudicação compulsória, por isso a alternativa “e” não atende ao 
comando da questão. 
 
Assim, a alternativa “d” é a correta, pois, dentre os 
princípios expressos, temos probidade administrativa, julgamento 
objetivo e igualdade. 
 
Gabarito: “D” 
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2. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO) Os procedimentos licitatórios destinam-se 
a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a 
Administração Pública. São princípios básicos a serem 
observados no julgamento das licitações, exceto: 
a) vinculação ao instrumento convocatório. 
b) confidencialidade do procedimento. 
c) julgamento objetivo. 
d) probidade administrativa. 
e) impessoalidade. 
 
Comentário: 
 
Conforme expresso no art. 3º da Lei nº 8.666/93, são 
princípios básicos da Licitação, os princípios da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo, além de outros correlatos. 
 
Portanto, a confidencialidade do procedimento não é 
princípio básico da licitação. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – BIBLIOTECONOMIA – TRE/AM – 
FCC/2010) NÃO é princípio expressamente previsto na Lei de 
Licitação (Lei nº 8.666/93): 
a) supremacia do interesse público. 
b) publicidade. 
c) legalidade. 
d) julgamento objetivo. 
e) vinculação ao edital ou convite. 
 
Comentário: 
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Como observamos, estão expressos na Lei de Licitações 
os princípios da legalidade, publicidade, julgamento objetivo e 
vinculação ao instrumento convocatório, conforme art. 3º, que assim 
dispõe: 
 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade 
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, 
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
(Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
 
Assim, não é princípio expresso, o da supremacia do 
interesse público, estando implícito, pois orientador de toda a 
atividade administrativa, sendo fundamento do próprio regime 
jurídico-administrativo. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
4. (PROCURADOR – TCE/SP – FCC/2011) A Administração 
Pública realizou licitação para venda de ativos mobiliários à 
vista. Venceu o licitante que apresentou proposta de maior 
valor. Em razão de oscilações no mercado financeiro, o 
licitante apresentou, posteriormente, requerimento para 
parcelamento do valor ofertado. A Administração Pública 
deverá 
a) indeferir o pedido, com base no princípio da publicidade. 
b) deferir o pedido, com fundamento no princípio da legalidade, já 
que não há vedação expressa. 
c) indeferir o pedido, com base no princípio da vinculação ao 
instrumento convocatório. 
d) deferir o pedido, em razão do princípio da manutenção do 
equilíbrio econômico-financeiro. 
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e) deferir o pedido, com base no princípio do julgamento objetivo das 
propostas, desde que as parcelas sejam atualizadas monetariamente. 
 
Comentário: 
 
É inerente aos ativos mobiliários (ações, por exemplo) 
que haja oscilações no mercado financeiro. Assim, não poderá a 
Administração deferir o pedido de parcelamento se tal condição não 
estava prevista no certame, sob pena de estar beneficiando o licitante 
vencedor da proposta em detrimentos dos demais. 
 
Por isso, deverá indeferir o pedido, com base no 
princípio da vinculação ao instrumento convocatório. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
5. (AUDITOR FISCAL DE RECEITA ESTADUAL – SEFAZ/RJ – 
FGV/2011) A Comissão de Licitação de um órgão público 
estadual, em procedimento licitatório de Tomada de Preços, 
decidiu por inabilitar determinada licitante que havia 
descumprido norma editalícia pertinente à comprovação de 
sua habilitação jurídica para execução do objeto contratual. A 
decisão da Comissão de Licitação pauta-se no princípio 
setorial das licitações conhecido por 
a) julgamento objetivo das propostas. 
b) padronização. 
c) vinculação ao instrumento convocatório. 
d) lealdade processual. 
e) instrumentalidade das formas. 
 
Comentário: 
 
O princípio da vinculação ao instrumento convocatório 
estabelece que Administração não pode descumprir as normas e 
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada, 
conforme art. 41 da Lei nº 8.666/93. 
 
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Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e 
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 
 
Ademais, cumpre dizer que não só a Administração está 
vinculada a tais normas, também os licitantes. Assim, se eventual 
licitação não possui as condições para habilitação, conforme fixado no 
edital, sua inabilitação se dá por força do princípio da vinculação ao 
instrumento convocatório. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
6. (AUDITOR – TC/AL – FCC/2008) “Qualquer modificação no 
edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto 
original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, 
exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a 
formulação das propostas.” O art. 21, § 4º, da Lei federal nº 
8.666/93, transcrito acima, ao garantir a reabertura do prazo 
para recebimento das propostas sempre que alterado 
substancialmente o edital de licitação, revela a aplicação do 
princípio: 
a) do julgamento objetivo. 
b) da impessoalidade. 
c) da adjudicação compulsória. 
d) da vinculação ao instrumento convocatório. 
e) da ampla defesa. 
 
Comentário: 
 
Deve-se observar que a licitação é um procedimento 
competitivo, que visa à promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável, e permitir ampla participação a fim de se possibilitar a 
seleção de proposta mais vantajosa para a Administração. 
 
Em conformidade com o art. 21, §4º, da Lei nº 
8.666/93, qualquer modificação no edital exige divulgação pela 
mesma forma que se deu o texto original. 
 
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Como assim? É que se o edital havia sido publicado em 
jornal de grande circulação, a sua modificação também deverá seguir 
mesma forma. 
 
Com isso, reabre-se o prazo inicialmente estabelecido, 
exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a 
formulação das propostas. 
 
A inobservância a esse dever levará a ofensa à 
impessoalidade na medida em que a ação administrativa deve se 
pautar pelo tratamento isonômico de modo a propiciar a todos que 
tiverem interesse em participar do procedimento competitivo, 
conhecer de seus termos e condições. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AM – 
FCC/2010) O dever que tem a Comissão de licitação ou o 
responsável pelo convite de realizá-lo em conformidade com 
os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no 
ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente 
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos 
licitantes e pelos órgãos de controle, traduz o princípio 
a) da legalidade. 
b) do julgamento objetivo. 
c) da vinculação ao instrumento convocatório. 
d) da adjudicação compulsória. 
e) do sigilo das propostas. 
 
Comentário: 
 
Cuidado! Podemos pensar que a situação descrita no 
comando da questão indique a vinculação ao instrumento 
convocatório. Todavia, chamo a atenção para algumas palavrinhas!! 
Em concurso, é sempre bom tomar diversos cuidados, ler e reler a 
questão, para não sermos pegos. 
 
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Percebam que no comando diz para conduzir o 
procedimento em conformidade com o tipo de licitação, com os 
critérios estabelecidos no edital. 
 
O foco da questão está em observar os critérios de 
julgamento definidos no instrumento convocatório, ou seja, os tipos 
de licitação (menor preço, melhor técnica, técnica e preço etc), ou 
seja, trata-se do princípio do julgamento objetivo, segundo o qual a 
Administração deve observar os critérios estabelecidos no edital a fim 
de julgar as propostas. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) O princípio 
segundo o qual os critérios e fatores seletivos previstos no 
edital devem ser adotados inafastavelmente para o 
julgamento, evitando-se, assim, qualquer surpresa para os 
participantes da licitação, denomina-se: 
a) Adjudicação Compulsória. 
b) Publicidade. 
c) Julgamento Objetivo. 
d) Impessoalidade. 
e) Probidade Administrativa. 
 
Comentário: 
 
Então, o princípio do julgamento objetivo é o que 
determina quais os critérios e fatores seletivos previstos no edital 
devem ser adotados para o julgamento, evitando-se, assim, qualquer 
surpresa para os participantes da licitação. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 
20ª REGIÃO – FCC/2011) Em determinado edital de licitação, 
foi previsto o critério de menor preço para a escolha do 
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vencedor do certame. No entanto, o licitante que apresentou a 
proposta de menor preço foi preterido no julgamento, tendo 
sido adjudicado ao licitante que apresentou o quinto maior 
preço. A justificativa da Administração Pública foi no sentido 
de que escolheu a proposta mais vantajosa, que nem sempre 
coincide com a de menor preço. A conduta da Administração 
Pública 
a) está correta, tendo em vista a necessidade de respeito ao princípio 
da adjudicação compulsória. 
b) está correta, pois ela deve buscar sempre a seleção da proposta 
mais vantajosa. 
c) não está correta, por implicar em violação ao princípio da 
finalidade. 
d) não está correta, por implicar em violação ao princípio do 
julgamento objetivo. 
e) está correta, pois ela deve buscar sempre o respeito ao princípio 
da impessoalidade 
 
Comentário: 
 
Tendo em vista que a Administração esta vinculado aos 
temos do instrumento convocatório, não pode adotar outro critério de 
julgamento, senão o fixado no próprio instrumento. 
 
Assim, tal conduta não está correta, por implicar em 
violação ao princípio do julgamento objetivo, na medida em que não 
se observou o critério fixado, utilizando-se outro não definido 
objetivamente no instrumento convocatório. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
10. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ARQUIVOLOGIA – TRT 1ª 
REGIÃO – FCC/2011) Considere a seguinte hipótese: a 
Administração Pública, após concluído determinado 
procedimento licitatório, atribuiu o objeto da licitação a 
outrem que não o vencedor. O ato administrativo 
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a) é válido se o vencedor do certame desistiu expressamente do 
contrato. 
b) jamais será válido, por ferir o princípio da adjudicação 
compulsória. 
c) é válido se o vencedor do certame não firmou o contrato no prazo 
estabelecido, ainda que comprove justo motivo. 
d) não é válido, pois a Administração, ao invés de atribuir a outrem o 
objeto licitatório, deveria obrigatoriamente ter aberto nova licitação, 
mesmo sendo válida a anterior. 
e) é sempre válido porque não há direito subjetivo à adjudicação. 
 
Comentário: 
 
Conforme o princípio da adjudicação compulsória, a 
Administração Pública deve atribuir o objeto licitado ao licitante que 
fez a melhor proposta, ou seja, ao vencedor do certame. 
 
Assim, de acordo com o art. 50 da Lei de Licitações, a 
Administração não poderá celebrar o contrato com preterição 
da ordem de classificação das propostas ou com terceiros 
estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade. 
 
Contudo, é válido atribuir o objeto ao segundo colocado 
e assim sucessivamente, se o vencedor do certame desistiu 
expressamente do contrato, desde que mantidas as bases da melhor 
oferta. 
 
Art. 64. A Administração convocará regularmente o 
interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou 
retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e 
condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à 
contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 
desta Lei. 
§ 1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 
uma vez, por igual período, quando solicitado pela 
parte durante o seu transcurso e desde que ocorra 
motivo justificado aceito pela Administração. 
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§ 2º É facultado à Administração, quando o convocado 
não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou 
retirar o instrumento equivalente no prazo e condições 
estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, 
na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo 
e nas mesmas condições propostas pelo primeiro 
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de 
conformidade com o ato convocatório, ou revogar a 
licitação independentemente da cominação prevista no art. 81 
desta Lei. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/TO – 
FCC/2011) No que concerne aos princípios das licitações, é 
correto afirmar: 
a) O desrespeito ao princípio da vinculação ao instrumento 
convocatório não torna inválido o procedimento licitatório. 
b) Apenas o licitante lesado tem direito público subjetivo de impugnar 
judicialmente procedimento licitatório que não observou ditames 
legais. 
c) A licitação não será sigilosa, sendo públicostodos os atos de seu 
procedimento, como por exemplo, o conteúdo das propostas, 
inclusive quando ainda não abertas. 
d) É possível a abertura de novo procedimento licitatório, ainda que 
válida a adjudicação anterior. 
e) A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da 
ordem de classificação das propostas, sob pena de nulidade. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. O desrespeito ao princípio 
da vinculação ao instrumento convocatório torna inválido o 
procedimento licitatório. 
 
A alternativa “b” está errada. Qualquer pessoa tem 
direito público subjetivo de impugnar administrativamente ou 
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judicialmente procedimento licitatório que não observou ditames 
legais. 
 
No âmbito administrativo aplica-se a regra do art. 41, 
§1º, que estabelece que “qualquer cidadão é parte legítima para 
impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação 
desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis 
antes da data fixada para a abertura dos envelopes de 
habilitação, devendo a Administração julgar e responder à 
impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade 
prevista no § 1º do art. 113”. 
 
No âmbito judicial, lembre-se que nenhuma lesão ao 
ameaça a direito será afastada da apreciação do poder judiciário. 
Assim, a pessoa que ostente a qualidade de cidadão, poderá, por 
exemplo, propor uma ação popular para anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou a moralidade administrativa. 
 
A alternativa “c” está errada. A licitação não será 
sigilosa, sendo públicos todos os atos de seu procedimento, exceto o 
conteúdo das propostas, até o momento de sua abertura. 
 
A alternativa “d” está errada. Conforme o princípio da 
adjudicação obrigatória é vedado à abertura de novo procedimento 
licitatório, se válida a adjudicação anterior. 
 
A alternativa “e” está correta. A Administração não 
poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação 
das propostas, sob pena de nulidade. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
12. (ESAF/2005 – SET/RN – AUDITOR FISCAL DO TESOURO 
ESTADUAL) A licitação, conforme previsão expressa na Lei nº 
8.666/93, destina-se à observância do princípio constitucional 
da isonomia e, em relação à Administração Pública, a 
selecionar a proposta que lhe 
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a) ofereça melhores condições. 
b) seja mais conveniente. 
c) seja mais vantajosa. 
d) proporcione melhor preço. 
e) atenda nas suas necessidades. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 3º da Lei nº 8.666/93, a licitação 
destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração 
e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
13. (ESAF/2006 – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E 
CONTROLE) A licitação, regulada pela Lei n. 8.666/93, 
destina-se a garantir observância do princípio constitucional 
da isonomia e a selecionar propostas de preços mais baratos, 
para a Administração contratar compras, obras e serviços, 
devendo ser processada e julgada com observância da 
impessoalidade, igualdade e publicidade, entre outros. 
a) Correta a assertiva. 
b) Incorreta a assertiva, porque a licitação destina-se a selecionar 
proposta mais vantajosa para a Administração, ainda que 
eventualmente não seja a mais barata. 
c) Incorreta, porque o sigilo da licitação afasta a observância do 
princípio da publicidade. 
d) Incorreta, porque a exigência de habilitação prévia afasta a 
observância do princípio da impessoalidade. 
e) Incorreta, porque a exigência de condições passíveis de valorar 
propostas afasta a incidência do princípio da igualdade. 
 
Comentário: 
 
Incorreta, porque não se visa selecionar a proposta 
mais barata. O objetivo é selecionar a proposta mais vantajosa para a 
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Administração, que às vezes poderá ser a de menor preço, porém, 
poderá também não ser a mais barata. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
14. (ESAF/2010 – CVM – ANALISTA) Recentemente alterada 
pela Medida Provisória n. 495/2010, a Lei n. 8.666/1993 
passou a estabelecer que, além da observância do princípio 
constitucional da isonomia e da seleção da proposta mais 
vantajosa para a Administração, a licitação também se destina 
a garantir: 
a) a não-ocorrência de fraudes e danos ao erário. 
b) o fortalecimento do Mercosul. 
c) a promoção do desenvolvimento nacional. 
d) o cumprimento das obras do PAC. 
e) a observância do princípio constitucional da eficiência. 
 
Comentário: 
 
Observe a cobrança da alteração empreendida pela MP 
495/2010. Assim, conforme prevê o art. 3º da Lei nº 8.666/93, a 
licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
15. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 20ª REGIÃO – FCC/2011) 
Nos termos da Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações), é 
INCORRETO afirmar: 
a) Em regra, é vedado aos agentes públicos incluir, nos atos de 
convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou 
frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades 
cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da 
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra 
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circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato. 
b) O procedimento licitatório caracteriza ato administrativo formal, 
seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública, e 
qualquer cidadão pode acompanhar seu desenvolvimento, desde que 
não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos 
trabalhos. 
c) Subordinam-se ao regime da Lei de Licitações e Contratos 
Administrativos as sociedades de economia mista e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
d) É vedado aos agentes públicos estabelecer tratamento diferenciado 
de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer 
outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se 
refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, desde que não 
envolvidos financiamentos de agências internacionais. 
e) Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras 
poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, 
exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade 
integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a 
partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, 
industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de 
financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo 
Poder Executivo federal. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, em regra, é 
vedado aos agentes públicos incluir, nos atos de convocação, 
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o 
seu caráter competitivo (princípio da competividade). 
 
Ademais, conforme princípio da indistinção, aplicando-
se, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e vedado 
estabelecer regras que criem preferências ou distinções em razão da 
naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou dequalquer outra 
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato. 
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Art. 3º 
§ 1º É vedado aos agentes públicos: 
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de 
convocação, cláusulas ou condições que comprometam, 
restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive 
nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam 
preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede 
ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância 
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e 
no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; 
(Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza 
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer 
outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no 
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, 
mesmo quando envolvidos financiamentos de agências 
internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e 
no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. 
 
A alternativa “b” está correta. Como já observamos, o 
procedimento licitatório caracteriza ato administrativo formal, seja ele 
praticado em qualquer esfera da Administração Pública, e qualquer 
cidadão pode acompanhar seu desenvolvimento, desde que não 
interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos. 
 
Art. 4º Todos quantos participem de licitação promovida 
pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm 
direito público subjetivo à fiel observância do pertinente 
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer 
cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não 
interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos 
trabalhos. 
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em 
qualquer esfera da Administração Pública. 
 
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A alternativa “c” está correta. Nos termos do art. 1º, 
subordinam-se ao regime da Lei de Licitações e Contratos 
Administrativos as sociedades de economia mista e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e 
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, 
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no 
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além 
dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as 
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
 
A alternativa “e” está correta. Os editais de licitação 
para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante 
prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado 
promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração 
pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, 
medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso 
a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, 
na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. 
 
Art. 3º 
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, 
serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da 
autoridade competente, exigir que o contratado promova, em 
favor de órgão ou entidade integrante da administração 
pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo 
isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, 
tecnológica ou acesso a condições vantajosas de 
financiamento, cumulativamente ou não, na forma 
estabelecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela 
Lei nº 12.349, de 2010) 
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Assim, a alternativa “d” está errada, na parte final, ou 
seja, mesmo que envolvido financiamento de agência internacional 
não poderá haver discriminação ou tratamento diferenciado. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/PI – 
FCC/2009) Quando a Administração Pública contrata obra ou 
serviço por preço certo e total, diz-se que a contratação é pelo 
regime de 
a) administração contratada. 
b) empreitada por preço unitário. 
c) tarefa. 
d) empreitada integral. 
e) empreitada por preço global. 
 
Comentário: 
 
A Lei de Licitações apresenta algumas definições legais, 
as quais são importantes observamos. Assim, temos: 
 
• Obra: toda construção, reforma, fabricação, 
recuperação ou ampliação, realizada por execução 
direta ou indireta. 
 
• Serviço: toda atividade destinada a obter 
determinada utilidade de interesse para a 
Administração, tais como: demolição, conserto, 
instalação, montagem, operação, conservação, 
reparação, adaptação, manutenção, transporte, 
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos 
técnico-profissionais; 
 
• Compra: toda aquisição remunerada de bens para 
fornecimento de uma só vez ou parceladamente; 
 
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• Alienação: toda transferência de domínio de bens a 
terceiros; 
 
• Obras, serviços e compras de grande vulto: 
aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte 
e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do 
inciso I do art. 23 desta Lei; 
 
• Seguro-Garantia: o seguro que garante o fiel 
cumprimento das obrigações assumidas por 
empresas em licitações e contratos; 
 
• Execução direta: a que é feita pelos órgãos e 
entidades da Administração, pelos próprios meios; 
 
• Execução indireta: a que o órgão ou entidade 
contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes 
regimes: 
 
• Empreitada por preço global: quando se contrata 
a execução da obra ou do serviço por preço certo e 
total; 
 
• Empreitada por preço unitário: quando se 
contrata a execução da obra ou do serviço por preço 
certo de unidades determinadas; 
 
• Tarefa: quando se ajusta mão-de-obra para 
pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem 
fornecimento de materiais; 
 
• Empreitada integral: quando se contrata um 
empreendimento em sua integralidade, 
compreendendo todas as etapas das obras, serviços 
e instalações necessárias, sob inteira 
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao 
contratante em condições de entrada em operação, 
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua 
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utilização em condições de segurança estrutural e 
operacional e com as características adequadas às 
finalidades para que foi contratada; 
 
• Projeto Básico: conjunto de elementos necessários 
e suficientes, com nível de precisão adequado, para 
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras 
ou serviços objeto da licitação, elaborado com base 
nas indicações dos estudos técnicos preliminares, 
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado 
tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento,e que possibilite a avaliação do 
custo da obra e a definição dos métodos e do prazo 
de execução. 
 
• Projeto Executivo: o conjunto dos elementos 
necessários e suficientes à execução completa da 
obra, de acordo com as normas pertinentes da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; 
 
• Administração Pública: a administração direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades 
com personalidade jurídica de direito privado sob 
controle do poder público e das fundações por ele 
instituídas ou mantidas; 
 
• Administração: órgão, entidade ou unidade 
administrativa pela qual a Administração Pública 
opera e atua concretamente; 
 
• Imprensa Oficial: veículo oficial de divulgação da 
Administração Pública, sendo para a União o Diário 
Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, o que for definido nas 
respectivas leis 
 
• Contratante: é o órgão ou entidade signatária do 
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instrumento contratual; 
 
• Contratado: a pessoa física ou jurídica signatária de 
contrato com a Administração Pública; 
 
• Comissão: comissão, permanente ou especial, 
criada pela Administração com a função de receber, 
examinar e julgar todos os documentos e 
procedimentos relativos às licitações e ao 
cadastramento de licitantes. 
 
• Produtos manufaturados nacionais: produtos 
manufaturados, produzidos no território nacional de 
acordo com o processo produtivo básico ou regras de 
origem estabelecidas pelo Poder Executivo Federal; 
 
• Serviços nacionais: serviços prestados no País, nas 
condições estabelecidas pelo Poder Executivo 
Federal; 
 
• Sistemas de tecnologia de informação e 
comunicação estratégicos: bens e serviços de 
tecnologia da informação e comunicação cuja 
descontinuidade provoque dano significativo à 
administração pública e que envolvam pelo menos 
um dos seguintes requisitos relacionados às 
informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, 
segurança e confidencialidade. 
 
Então, de acordo com a definição legal, quando se 
contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total, 
estaremos diante da empreitada por preço global. 
 
Gabarito: “E” 
 
 
17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRF 1ª 
REGIÃO – FCC/2011) Com relação aos componentes exigidos 
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do Projeto Básico, no âmbito da Lei nº 8.666 de 1993, 
considere as afirmativas abaixo: 
I. Orçamento geral da obra, sem quantitativos detalhados de serviços 
e fornecimentos estimativamente avaliados, sujeitos a futuras 
modificações por parte da Administração. 
II. Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e 
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que 
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem 
frustrar o caráter competitivo para a sua execução. 
III. Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente 
detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou 
de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e 
de realização das obras e montagem. 
IV. Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão 
global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com 
clareza. 
V. Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, 
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as 
normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
a) II, III e IV. 
b) I, III e IV. 
c) I, II, III e V. 
d) II, III, IV e V. 
e) II, IV e V. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 6º, inc. IX, da Lei nº 8.666/93, o 
projeto básico é definido como conjunto de elementos necessários e 
suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra 
ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação. 
 
Assim, deverá ser elaborado com base nas indicações 
dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade 
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a 
definição dos métodos e do prazo de execução. 
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Ademais, deverá conter os seguintes elementos: 
 
o Desenvolvimento da solução escolhida de forma a 
fornecer visão global da obra e identificar todos os 
seus elementos constitutivos com clareza; 
 
o Soluções técnicas globais e localizadas, 
suficientemente detalhadas, de forma a minimizar 
a necessidade de reformulação ou de variantes 
durante as fases de elaboração do projeto 
executivo e de realização das obras e montagem; 
 
o Identificação dos tipos de serviços a executar e de 
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem 
como suas especificações que assegurem os 
melhores resultados para o empreendimento, sem 
frustrar o caráter competitivo para a sua 
execução; 
 
o Informações que possibilitem o estudo e a dedução 
de métodos construtivos, instalações provisórias e 
condições organizacionais para a obra, sem 
frustrar o caráter competitivo para a sua 
execução; 
 
o Subsídios para montagem do plano de licitação e 
gestão da obra, compreendendo a sua 
programação, a estratégia de suprimentos, as 
normas de fiscalização e outros dados necessários 
em cada caso; 
 
o Orçamento detalhado do custo global da obra, 
fundamentado em quantitativos de serviços e 
fornecimentos propriamente avaliados; 
 
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Assim, estão corretos os itens II, III, IV e V, sendo 
errado o item I, na medida em que o orçamento terá os quantitativos 
detalhados. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
18. (ESAF/2010 – CVM – ANALISTA) Acerca da elaboração de 
especificações técnicas e projetos básicos para contratação de 
obras e serviços, é correto afirmar que: 
a) o projeto básico deve ser elaborado posteriormente à licitação e 
receber a aprovação formal da autoridade competente. 
b) se a referência de marca ou modelo for indispensável para a 
perfeita caracterização do material ou equipamento, a especificação 
deve conter obrigatoriamente a expressão “ou equivalente”. X 
c) as especificações técnicas podem reproduzir catálogos de 
determinado fornecedor ou fabricante, de modo a permitir 
alternativas de fornecimento 
d) o projeto básico de uma licitação não pode ser elaborado pelo 
próprio órgão licitante. 
e) durante a licitação é facultado verificar ou não se o 
empreendimento necessita de licenciamento ambiental. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. O projeto básico deve ser 
elaborado antes de se proceder à licitação. 
 
Art. 7º 
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados 
quando: 
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade 
competente e disponível para exame dos interessados em 
participar do processo licitatório; 
 
A alternativa “b” está correta. De fato, se a referência 
de marca ou modelo for indispensável para a perfeita caracterização 
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do material ou equipamento, a especificação deve conter 
obrigatoriamente a expressão “ou equivalente”. 
 
Art. 7º 
§ 5º Évedada a realização de licitação cujo objeto inclua 
bens e serviços sem similaridade ou de marcas, 
características e especificações exclusivas, salvo nos casos 
em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o 
fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o 
regime de administração contratada, previsto e discriminado 
no ato convocatório. 
 
A alternativa “c” está errada. As especificações técnicas 
não podem reproduzir catálogos de determinado fornecedor ou 
fabricante. 
 
A alternativa “d” está errada. De fato, em regra, é 
vedada a participação do autor do projeto básico na respectiva 
licitação. Contudo, será permitido na hipótese do art. 1º do art. 9º da 
Lei de Licitações que assim expressa: 
 
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da 
licitação ou da execução de obra ou serviço e do 
fornecimento de bens a eles necessários: 
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou 
jurídica; 
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável 
pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o 
autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou 
detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com 
direito a voto ou controlador, responsável técnico ou 
subcontratado; 
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante 
ou responsável pela licitação. 
§ 1º É permitida a participação do autor do projeto ou 
da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na 
licitação de obra ou serviço, ou na execução, como 
consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, 
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supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a 
serviço da Administração interessada. 
 
A alternativa “e” está errada. Durante a licitação é 
obrigatório verificar se o empreendimento necessita de licenciamento 
ambiental, eis que é requisito constante dos projetos a análise do 
impacto ambiental. 
 
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras 
e serviços serão considerados principalmente os seguintes 
requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
I - segurança; 
II - funcionalidade e adequação ao interesse público; 
III - economia na execução, conservação e operação; 
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, 
tecnologia e matérias-primas existentes no local para 
execução, conservação e operação; 
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem 
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; 
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança 
do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 
1994) 
VII - impacto ambiental. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ENG. CIVIL – TRE/RN – 
FCC/2011) De acordo com a Lei nº 8.666/1993, obras e 
serviços de engenharia somente poderão ser licitadas 
quando: 
I. Existir projeto básico aprovado por autoridade competente e 
disponível para exame dos interessados em participar do processo 
licitatório. 
II. Existir orçamento detalhado do serviço de engenharia e 
composição dos custos unitários. 
III. Existir previsão de recursos orçamentários que assegure o 
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem 
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executados no exercício financeiro em curso, de acordo com o 
respectivo cronograma. 
Está correto que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Comentário: 
 
Dispõe o art. 7º da Lei nº 8.666/93 que as licitações 
para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerá a 
seguinte sequência: 
 
I - projeto básico; 
II - projeto executivo; 
III - execução das obras e serviços. 
 
Com efeito, de acordo com o §1º desse artigo, a 
execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da 
conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos 
relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual 
poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das 
obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração. 
 
E, finalmente, conforme determina o §2º, as obras e os 
serviços somente poderão ser licitados quando: 
 
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade 
competente e disponível para exame dos interessados em participar 
do processo licitatório; 
 
II - existir orçamento detalhado em planilhas que 
expressem a composição de todos os seus custos unitários; 
 
III - houver previsão de recursos orçamentários que 
assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou 
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serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de 
acordo com o respectivo cronograma; 
 
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da 
Constituição Federal, quando for o caso. 
 
Assim, todos os itens estão corretos. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
20. (ESAF/2006 – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E 
CONTROLE) Não se considera pressuposto necessário ao 
procedimento licitatório, para obras e serviços, nos termos da 
legislação respectiva, 
a) existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a 
composição de todos os seus custos unitários. 
b) haver projeto executivo, com o detalhamento técnico das 
atividades a serem realizadas pelos contratados. 
c) haver previsão de recursos orçamentários que assegurem o 
pagamento das obrigações decorrentes da obra ou serviço a serem 
executadas no exercício financeiro em curso, conforme o cronograma. 
d) que o produto esteja previsto no respectivo Plano Plurianual, 
quando for o caso. 
e) haver projeto básico aprovado pela autoridade competente e 
disponível para exame dos interessados em participar da licitação. 
 
Comentário: 
 
Dispõe o art. 7º da Lei nº 8.666/93 que as licitações 
para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerá a 
seguinte sequência: 
 
I - projeto básico; 
II - projeto executivo; 
III - execução das obras e serviços. 
 
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Assim, de acordo com o §2º do art. 7º, as obras e os 
serviços somente poderão ser licitados quando: 
 
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade 
competente e disponível para exame dos interessados 
em participar do processo licitatório; 
 
II - existir orçamento detalhado em planilhas que 
expressem a composição de todos os seus custos 
unitários; 
 
III - houver previsão de recursos orçamentários que 
assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de 
obras ou serviços a serem executadas no exercício 
financeiro em curso, de acordo com o respectivo 
cronograma; 
 
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata 
o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso. 
 
Assim, não é pressuposto necessário ao procedimento 
licitatório que haja projeto executivo, com o detalhamento 
técnico das atividades a serem realizadas pelos contratados. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS - 
TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Sobre as modalidades de 
licitação, considere: 
I. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
paraescolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme 
critérios constantes de edital. 
II. Pregão é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados no órgão licitante para escolha de trabalho 
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
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remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital. 
III. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, devidamente cadastrados, escolhidos e 
convidados em número mínimo de 2 (dois) pela unidade 
administrativa. 
IV. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições 
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
V. É possível a combinação das modalidades de licitação, de modo a 
se estabelecer nova modalidade, desde que todos os requisitos 
estejam previstos na lei. 
Está correto o que contém APENAS em 
(A) I e IV. 
(B) I, II e V. 
(C) II e IV. 
(D) II, III e V. 
(E) IV e V. 
 
Comentário: 
 
Já sabemos que a licitação é um procedimento 
administrativo no qual a Administração Pública convoca os 
interessados, com qualificação para tanto, para, dentre as propostas 
apresentadas, selecionar a que lhe for mais vantajosa. 
 
Dessa forma, a fim de realizar referido procedimento, 
foram criadas as denominadas modalidades de licitação, as quais, 
conforme previstas na Lei nº 8.666/93, são: concorrência, tomada 
de preço, convite, leilão e concurso (art. 20). 
 
A Lei nº 8.666/93, em seu artigo 22, §8º, veda a 
criação ou a combinação de modalidades de licitação. No 
entanto, devemos entender que tal vedação é destinada a 
Administração Pública, e não ao legislador, de modo que poderá ser 
criada nova modalidade por meio de lei. 
 
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Até por isso, foi criado o pregão, conforme previsto na 
Lei nº 10.520/02. Há ainda a consulta, prevista na Lei da ANATEL 
(Lei nº 9.964/01). 
 
É importante observamos que a doutrina vem 
chamando de modalidades básicas à concorrência, a tomada de 
preço e o convite na medida em que, em regra, são definidas pelo 
valor. 
 
A concorrência, de acordo com o art. 22, §1º, da Lei 
de Licitações é “a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto”. 
 
A concorrência será utilizada para contratações de 
grande vulto, ou seja, para obras e serviços de engenharia cujo valor 
seja superior a 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil) e para 
outros bens e serviços cujos valores sejam superiores a 650.000,00 
(seiscentos e cinquenta mil). 
 
No entanto, para alguns casos, independentemente do 
valor, será obrigatória a utilização da concorrência, tal como: 
 
• Concessão de serviço público; 
• Concessões de obras ou serviços (Parcerias Público-Privadas) 
• Concessões de direito real de uso; 
• Alienação bens imóveis; 
• Licitações internacionais; 
• Contratos de empreitada integral (art. 6º); 
 
De qualquer sorte, por ser procedimento mais 
complexo, a concorrência poderá substituir a tomada de preço ou o 
convite. 
 
Como assim? Significa dizer que nos casos em que 
couber o convite, poderá ser utilizada a tomada de preço e, em 
qualquer caso, a concorrência, ou seja, seria a concorrência uma 
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espécie de modalidade superior a tomada de preço e ao convite, 
conforme prevê o art. 23, §4º, da Lei de Licitações: 
 
Art. 23. 
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá 
utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. 
 
A tomada de preço é “a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação”. (art. 22, §2º, Lei nº 8.666/93) 
 
É modalidade utilizada para contratações de valores 
intermediários, ou seja, para contratação de obras e serviços de 
engenharia de valores entre 150.000,00 (cento e cinquenta 
mil) até 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil), e para 
outros bens e serviços de valores entre 80.000 (oitenta mil) 
até 650.000 (seiscentos e cinquenta mil). 
 
Além do valor, o que caracteriza a tomada de preço é a 
habilitação prévia, em razão do cadastramento, ou a possibilidade de 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data de recebimento das 
propostas. 
 
É admitida nas licitações internacionais, como exceção 
à obrigatoriedade de utilizar a concorrência, desde que a entidade ou 
órgão licitante disponha de cadastro internacional de fornecedores e o 
contrato esteja dentro do limite de valor fixado para essa 
modalidade. 
 
O convite é, nos termos do art. 22, §3º, da Lei de 
Licitações, “a modalidade utilizada entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na 
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correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas”. 
 
Percebam que aqui, os interessados serão convidados 
ou escolhidos pela Administração Pública (carta-convite), em número 
mínimo de 3 (três), mas qualquer cadastrado poderá participar desde 
que manifeste-se até 24 horas da apresentação das propostas. 
 
Entretanto, é possível que a carta-convite seja, 
excepcionalmente, enviada para menos de três cadastrados ou 
interessados, quando houver limitação no mercado ou manifesto 
desinteresse, e, assim, seja impossível a obtenção do número 
mínimo, caso que deverá estar devidamente justificado no processo, 
sob pena de repetição do convite. 
 
A propósito, quando houver mais de três interessados 
na praça, a cada novo convite para objeto idêntico ou assemelhado, 
deverá obrigatoriamente a Administração estender o convite a, no 
mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados que 
não participaram das licitações anteriores. 
 
É utilizada para valores menores, nos limites do art. 23, 
ou seja, até 150.000 (cento e cinquenta mil) no caso de obras 
e serviços de engenharia e até 80.000 (oitenta mil) para 
outros bens e serviços. 
 
É importante ressaltar, novamente, que a cada novo 
convite, no caso de existirem interessados na praça, é preciso 
renovar ou estender o convite a outros interessados que não 
participaram do certame anterior. 
 
O instrumento convocatório, nesta modalidade, é 
a carta-convite que deve ser encaminhada aos licitantes convidados 
e fixada em local acessível ao público no prédio da Administração, 
não se exigindo, no entanto, publicação no diário oficial ou em jornal 
de grande circulação. 
 
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Ademais, consoante estabelece o art. 23, §3º, Lei nº 
8.666/93, é possível a utilização do convite em licitações 
internacionais (mais uma exceção à concorrência), respeitados os 
valores para essa modalidade, quando não houver fornecedor do bem 
ou serviço no Brasil. 
 
Então, podemos assim sintetizar: 
 
� Obras e serviços de engenharia 
� Concorrência (acima de 1,5 milhões) 
� Tomada de Preço (de 150mil até 1,5 milhões) 
� Convite (até 150mil) 
 
� Compras e outros serviços 
� Concorrência (acima de 650mil) 
� Tomada de Preço (de 80mil até 650mil) 
� Convite (até 80mil) 
 
Tais valores, no entanto, quando se referirem a 
consórcios públicos, formados por até três entes federativos, será 
o dobro e, quando formado por mais, será triplicado. (§8º, art. 
23) 
 
Concurso é modalidade de licitação em que se 
estabelece uma disputa entre quaisquer interessados que possuam a 
qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico, científico ou 
artístico, com a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores (art. 22, §4º). 
 
O intervalo mínimo a ser observado é de 45 dias, 
devendo ser observado que, nesta modalidade, a lei não estabelece 
os critérios para julgamento, os quais deverão ser fixados em 
regulamento próprio. 
 
A propósito, muita gente acredita que essa modalidade 
de licitação é a que se aplica no caso de processo seletivo para 
ingresso em cargo público. Vejam que muito embora o nome seja o 
mesmo, CONCURSO, trata-se de institutos distintos. Com efeito, não 
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devemos confundir a modalidade de licitação concurso que é 
utilizada para trabalhos técnicos, científicos ou artísticos, com 
concurso público. 
 
Concurso público é procedimento para selecionar 
pessoal mais qualificado para preenchimento de cargo público de 
natureza efetiva, não sendo, portanto, modalidade de licitação. 
 
O concurso licitatório é, em regra, a modalidade 
utilizada para contratação de serviços técnicos profissionais 
especializados, ressalvada a hipótese de inexigibilidade. 
 
Leilão, conforme art. 22, §5º, é modalidade de 
licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis 
inservíveis para a administração ou de produtos legalmente 
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
decorrentes de decisão judicial ou dação em pagamento (art. 19), a 
quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
O prazo de intervalo mínimo é de 15 dias, tendo como 
único critério de seleção, o melhor lance. 
 
Por fim, o pregão é modalidade de licitação aplicável 
para a aquisição de bens e serviços comuns, que são aqueles cujos 
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado, 
independente dos valores. 
 
O pregão independe do valor, cuida de modalidade 
utilizada para contratação de bens e serviços comuns. 
 
Assim, o item I está certo, conforme art. 23, inc. I, da 
Lei nº 8.666/93. 
 
O item II está errado, pois mistura as modalidades 
convite e concurso. Vimos que o pregão é modalidade utilizada para a 
contratação de serviços comuns. 
 
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O item III está errado, porque estabelece número 
mínimo inferior ao previsto legalmente. De acordo com o art. 22, §3º 
o convite deverá ter no mínimio 3 (três) licitantes. 
 
O item IV está certo. Conforme art. 22, §2º a tomada 
de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das 
propostas, observada a necessária qualificação. 
 
Por fim, o item V está errado, na medida em que o art. 
22, §8º da Lei de Licitações veda a combinação das modalidades de 
licitação. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
22. (ANALISTA DE SISTEMAS – MEC – FGV/2009) 
Relativamente às modalidades de licitação previstas na Lei 
8.666/93, assinale a alternativa incorreta. 
a) São modalidades de licitação previstas no art. 22, da Lei de 
Licitações (lei 8.666/93) a concorrência, a tomada de preços, o 
convite, o concurso e o leilão. 
b) Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem 
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. 
c) Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições 
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
d) Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de 
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação 
de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, 
igual ou superior ao valor da avaliação. 
e) É permitida a criação de outras modalidades de licitação ou a 
combinação das modalidades referidas no art. 22 da Lei de Licitações 
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(lei 8.666/93). 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, são modalidades 
de licitação previstas no art. 22, da Lei de Licitações (lei 8.666/93) a 
concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão. O 
pregão está previsto na Lei nº 10.520/02. 
 
A alternativa “b” está correta. Conforme art. 22, §1º, 
da Lei 8.666/93, a concorrência é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto. 
 
A alternativa “c” está correta. Nos termos do art. 22, 
§2º, a tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à 
data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação. 
 
A alternativa “d” está correta. O leilão é a modalidade 
de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente 
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior 
ao valor da avaliação, conforme art. 22, §5º, Lei 8.666/93. 
 
Assim, a alternativa “e” está errada. Não é permitida a 
criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das 
modalidades referidas no art. 22 da Lei de Licitações (lei 8.666/93), 
conforme o §8º, que assim expressa: 
 
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de licitação 
ou a combinação das referidas neste artigo. 
 
Gabarito: “E”. 
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23. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO) Associe a modalidade de licitação a suas 
características respectivas. Ao final, assinale a opção 
correspondente. 
1. Concorrência 
2. Tomada de preços 
3. Convite 
4. Concurso 
5. Leilão 
( ) Realiza-se entre interessados devidamente cadastrados, ou que 
atendam a todas as condições exigidas para o cadastramento até o 
terceiro dia anterior à data do recebimento

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