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Direito Administrativo Em ExercíciosAula 05

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CURSO DE EXERCÍCIOS 
DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 
 
 
Prof. Edson Marques 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
 
Olá pessoal, 
 
Bom dia! Chegamos a nossa 5ª aula, e hoje o tema é 
quente! Um dos temas mais cobrado em concurso público, vamos tratar 
de atos administrativos, conforme o seguinte: 
 
AULA 05: 5. Atos Administrativos: fatos da Administração 
Pública, atos da Administração Pública e fatos administrativos. 
Conceito, formação, elementos, atributos e classificação. Mérito 
do ato administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo 
inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos 
motivos determinantes. Revogação, anulação e convalidação do 
ato administrativo. 
 
Então, vamos ao que interessa. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) Sobre o 
conceito de atos administrativos, está errado afirmar que 
a) os contratos também podem ser considerados atos jurídicos 
bilaterais. 
b) particulares no exercício de prerrogativas públicas também editam 
ato administrativo. 
c) os atos administrativos são sempre atos jurídicos. 
d) os Poderes Judiciário e Legislativo não editam ato administrativo. 
e) os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial. 
 
Comentário: 
 
Conforme conceitua Hely Lopes Meirelles, ato 
administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por 
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos 
administrados ou a si própria”. 
 
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DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 
 
 
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Porém, nem todos os atos praticados pela Administração 
será um ato administrativo, tal como os atos de direito privado, os atos 
de natureza política, os contratos administrativos. Ademais, é possível 
que uma entidade particular no exercício de função administrativa, por 
delegação, pratique um ato administrativo. 
 
Assim, a alternativa “a” está correta. De fato, alguns 
autores dão exemplo de ato administrativo os contratos. Todavia, é 
importante ressaltar que contrato é ato jurídico bilateral, ou seja, 
porque depende da vontade de pelos menos duas partes. Então, estaria 
na modalidade ato administrativo bilateral. 
 
A alternativa “b” está correta. Os atos administrativos 
podem ser editados pela Administração Pública, ou por particulares no 
exercício de prerrogativas públicas, ou seja, no exercício de função 
delegada pelo Estado. 
 
A alternativa “c” também é correta, ou seja, os atos 
administrativos são espécies do gênero atos jurídicos. É que o ato 
administrativo é um ato jurídico administrativo. 
 
A alternativa “d” está incorreta. É que também é possível 
verificarmos a existência de atos administrativos emanados pelos 
Poderes Judiciário e Legislativo, ou seja, não só o Executivo editará atos 
administrativos, mas os demais poderes no exercício da função 
administrativa também o farão. 
 
A alternativa “e” está correta. Como podemos verificar, os 
atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial. 
 
Gabarito: “D” 
 
 
2. (ESAF/2006 – CGU – AFC) No conceito de ato administrativo, 
arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas 
características. Aponte, no rol abaixo, aquela que não se 
enquadra no referido conceito. 
a) Consiste em providências jurídicas complementares da lei, em 
caráter necessariamente vinculado. 
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3 
 
b) É exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência do Direito 
Público. 
c) Trata-se de declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que 
produz efeitos de direito. 
d) Provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas 
estatais. 
e) Sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional, por não 
apresentar caráter de definitividade. 
 
Comentário: 
 
Conforme Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é 
“toda manifestação unilateral de vontade da Administração 
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato 
adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar 
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. 
 
Desse conceito, pode-se constatar que o ato 
administrativo é exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência 
do Direito Público, que se trata de declaração jurídica unilateral, 
mediante manifestação que produz efeitos de direito, proveniente do 
Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais. 
 
Ademais, o ato administrativo sujeita-se a exame de 
legitimidade por órgão jurisdicional, por não apresentar caráter de 
definitividade. 
 
Portanto, não se enquadra no conceito de ato 
administrativo a alternativa “a”, ou seja, consiste em providências 
jurídicas complementares da lei, em caráter necessariamente 
vinculado. Primeiro porque o ato administrativo nem sempre é 
vinculado, e também nem sempre se trata de providência jurídica 
complementar da Lei. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/PI – FCC/2009) Com relação ao 
ato administrativo, está errado afirmar: 
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a) É espécie do gênero ato da Administração. 
b) Está sujeito ao regime administrativo e é passível de controle 
jurisdicional. 
c) Nem sempre produz efeito jurídico. 
d) Possui não só conteúdo formal, mas também material. 
e) É todo ato lícito que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir, 
modificar ou extinguir direitos. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” e “b” estão corretas. De fato, o ato 
administrativo é espécie do gênero ato da Administração, estando 
sujeito ao regime administrativo e passível de controle jurisdicional. 
 
A alternativa “c” está errada, pois, como vimos, todo ato 
administrativo é ato jurídico e significa dizer que produzirá efeitos 
jurídicos. 
 
A alternativa “d” está correta. Os atos administrativos 
estão assentados em fundamento de fato (conteúdo material) e de 
direito (conteúdo formal). 
 
A alternativa “e” está correta. É todo ato lícito, ou seja, 
devemos extrair da definição de ato administrativo os atos ilícitos, estes 
são atos atentatórios ao ordenamento jurídico, daí serem denominados 
de atos ilícitos. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – 
FCC/2009) Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar 
que 
a) não podem ser praticados nas Mesas Legislativas. 
b) não podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das 
fundações. 
c) cabem exclusivamente aos órgãos executivos. 
d) podem ser emanados de autoridades judiciárias. 
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e) sua prática é vedada aos administradores de empresas estatais e 
serviços delegados. 
 
Comentário: 
 
Conforme observamos, os atos administrativos podem ser 
praticados pelo Executivo (função típica), quanto pelo Legislativo ou 
pelo Judiciário, no exercício da função administrativa (função atípica), 
ou seja, os atos administrativos são praticados pela Administração 
Pública seja direta ou indireta de quaisquer dos Poderes, de todos os 
entes políticos. 
 
Devemos ressalvar, no entanto, que as estatais, como 
regra, praticam atos inerentes ao regime privado. Todavia, por 
integrarem a AdministraçãoPública alguns de seus atos são atos 
administrativos, tal como a realização de concurso público, licitação, 
dentre outros. Por isso, também praticam atos administrativos. 
 
Outrossim, podemos também destacar que particulares 
podem praticar atos administrativos, quando atuando no exercício da 
função administrativa por meio de delegação, tal como um cartório 
(tabelião), uma universidade particular etc. 
 
Assim, as alternativas “a”, “b”, “c” e “e” estão erradas. 
Sendo a correta a alternativa “d”, ou seja, autoridades judiciárias 
também praticam atos administrativos. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
5. (ANALISTA JUDICÁRIO – TRT/18ª REGIÃO – FCC/2008) Sobre 
os atributos do ato administrativo, considere: 
I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que 
eivado de vícios ou defeitos. 
II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de 
certos atos administrativos. 
III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam 
de imediata e direta execução pela própria Administração, 
independentemente de ordem judicial. 
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As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes 
atributos: 
(A) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade. 
(B) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade. 
(C) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade. 
(D) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade. 
(E) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade. 
 
Comentário: 
 
O ato administrativo tem características especiais, que as 
denominamos de atributos do ato administrativo. Assim, na visão 
clássica, teríamos: a presunção de legalidade, a 
autoexecutoriedade e a imperatividade. Contudo, atualmente, 
temos destacado os seguintes atributos: 
 
P resunção de legitimidade e veracidade 
A utoexecutoriedade 
T Ipicidade 
I mperatividade 
 
A presunção de legitimidade e veracidade é o 
atributo segundo o qual todo ato administrativo é proferido de acordo 
com o ordenamento jurídico (legalidade) e são seus fundamentos 
verdadeiros. Trata-se de presunção relativa (iuris tantum), ou seja, 
admite-se prova em contrário. 
 
Tal atributo é que permite a imediata execução dos atos 
administrativos, ainda que defeituosos ou inválidos, enquanto não 
pronunciada sua nulidade. 
 
A imperatividade, também denominada por alguns de 
coercibilidade, é a possibilidade que tem a Administração de criar 
obrigações ou impôr restrições, unilateralmente, aos administrados. 
Decorre do chamado poder extroverso do Estado, ou seja, poder de 
restringir direitos ou criar obrigações para particulares. 
 
Com efeito, podemos constatar que esse atributo somente 
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estará presente nos atos administrativos que criem obrigações ou 
restrições (atos de polícia, por exemplo), não estando em outros atos 
(emissão de certidão), por não criarem qualquer obrigação. 
 
A autoexecutoriedade é o poder que tem a 
Administração de imediata e diretamente, executar seus atos, 
independentemente de ordem judicial. Pode-se dividir tal atributo em 
exigibilidade e executoriedade. 
 
A exigibilidade seria a obrigação do particular em 
cumprir as determinações da Administração (coerção indireta) e a 
executoriedade seria o poder de a Administração fazer o particular 
cumprir suas obrigações e em caso de não cumprimento ela mesma 
adotar as medidas inerentes ao cumprimento do ato (coerção direta). 
 
Assim, a multa administrativa não gozaria de 
executoriedade, eis que a Administração não poderia se valer de sua 
força para adentrar a esfera de patrimônio do administrativo, em caso 
de não cumprimento, a fim de se fazer cumprir. Por outro lado, é 
exigível na medida em que pode obrigar o administrado a cumpri-la por 
meios indiretos, tal como bloqueio de documento de veículo, por 
exemplo. 
 
Por fim, tipicidade que é o atributo no qual o ato 
administrativo deve corresponder às figuras estabelecidas previamente 
no ordenamento jurídico, ou seja, o ato deve estar tipificado, deve 
constar na lei como apto a produzir determinados efeitos. 
 
Por isso, assertiva “I” cuida da presunção de legitimidade 
e validade, pois é o atributo que autoriza a imediata execução do ato 
administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. 
 
Tome cuidado!!! Veja os planos do ato administrativo. 
Significa dizer que mesmo que o ato tenha algum vício (plano da 
validade), ele poderá ser executado (plano da eficácia), visto que goza 
de presunção de legitimidade. 
 
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A assertiva “II” cuida da imperatividade que é atributo 
que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos 
atos administrativos. 
 
E na assertiva “III” estamos diante da auto-
executoriedade novamente, na medida em que consiste na possibilidade 
que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução 
pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. 
 
Gabarito: “A” 
 
 
6. (PROCURADOR – PGE/MT – FCC/2011) Constitui atributo do 
ato administrativo: 
a) executoriedade, caracterizada pela possibilidade de a Administração 
colocá-lo em execução sem necessidade de intervenção judicial, 
independentemente de previsão legal. 
b) vinculação ao princípio da legalidade, impedindo a prática de atos 
discricionários. 
c) presunção de veracidade, não admitindo prova em contrário no que 
diz respeito aos seus fundamentos de fato. 
d) presunção de legitimidade, só podendo ser invalidado por decisão 
judicial. 
e) imperatividade, caracterizada pela sua imposição a terceiros, 
independentemente de concordância, constituindo, unilateralmente, 
obrigações a estes imputáveis. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. A executoriedade é 
subatributo da autoexecutoriedade, é caracteriza-se pela possibilidade 
de a Administração colocar o ato em execução sem necessidade de 
intervenção judicial, mas desde que haja previsão legal. 
 
A alternativa “b” está errada. A vinculação ao princípio da 
legalidade, não impede a prática de atos discricionários. Pelo contrário, 
é a própria lei que possibilita tal prática. 
 
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A alternativa “c” está errada. A presunção de veracidade 
é relativa, por isso admite prova em contrário. 
 
A alternativa “d” está errada. A presunção de legitimidade 
também é relativa e pode ser objeto de invalidação por decisão judicial 
ou administrativa. 
 
A alternativa “e” está correta. A imperatividade é 
caracterizada pela imposição a terceiros, independentemente de 
concordância, ou seja, unilateralmente, de obrigações. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
7. (ESAF/2004 – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os atos 
administrativos não são dotados do atributo de 
a) auto-executoriedade. 
b) imperatividade. 
c) irrevogabilidade. 
d) presunção de legitimidade. 
e) presunção de verdade. 
 
Comentário: 
 
Como observamos, o ato administrativo goza dos 
atributos da Presunção de legitimidade e veracidade (verdade), da 
autoexecutoriedade, da imperatividade e da tipicidade. Portanto, não é 
atributo seu a irrevogabilidade. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) A presunção de 
legitimidade,como atributo do ato administrativo, 
a) diz respeito à conformidade do ato com a lei. 
b) é absoluta, não podendo ser contestada. 
c) está presente apenas em alguns atos administrativos. 
d) pode, por ser relativa, ser afastada ex officio pelo Poder Judiciário. 
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e) pode ser contestada somente no âmbito administrativo. 
 
Comentário: 
 
A presunção de legitimidade diz respeito à qualidade do 
ato de se presumir de ter sido praticado de acordo com o ordenamento 
jurídico, ou seja, com a lei, de modo que deverá ser cumprido pela 
Administração e pelos administrados até que se declare sua nulidade 
pela própria Administração ou pelo Judiciário, quando instado a se 
manifestar. 
 
Com efeito, devemos lembrar que essa presunção é 
relativa (juris tantum) que significa dizer que admite prova em 
contrário. Diferente seria se fosse absoluta (jure et iure), de modo que 
não admitiria prova em contrário. 
 
Por fim, como ressaltado, todo ato administrativo goza 
dessa presunção. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 1ª – FCC/2011) Um dos 
atributos dos atos administrativos tem por fundamento a 
sujeição da Administração Pública ao princípio da legalidade, o 
que faz presumir que todos os seus atos tenham sido praticados 
em conformidade com a lei, já que cabe ao Poder Público a sua 
tutela. Nesse caso, trata-se do atributo da 
a) exigibilidade 
b) tipicidade. 
c) imperatividade. 
d) autoexecutoriedade. 
e) presunção de legitimidade. 
 
Comentário: 
 
Tendo em vista que a Administração Pública somente faz 
o que lei lhe permite ou autoriza, presume-se, por isso, que seus atos 
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estejam em conformidade com a lei, consoante a presunção de 
legitimidade, ou seja, presume-se que seus atos sejam legítimos. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AM – FCC/2010) Decorre do 
atributo de presunção de legitimidade e veracidade dos atos 
administrativos que: 
a) as prestações tipicamente administrativas podem ser exigidas 
imediata e diretamente pela Administração, sem necessidade de 
mandado judicial. 
b) o particular está obrigado ao fiel atendimento do ato, sob pena de se 
sujeitar a execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. 
c) na Administração Pública, só é permitido fazer o que a lei autoriza e 
seus preceitos não podem ser descumpridos. 
d) enquanto não sobrevier o pronunciamento de nulidade, os atos 
administrativos são tidos por válidos e operantes, quer para a 
Administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários de 
seus efeitos. 
e) toda atividade pública será ilegítima se não houver a sua adequação 
aos princípios da moralidade e da legalidade. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” diz respeito à auto-executoriedade, ou 
seja, as prestações tipicamente administrativas podem ser exigidas 
imediata e diretamente pela Administração, sem necessidade de 
mandado judicial. 
 
A alternativa “b” diz respeito à imperatividade, na medida 
em que o particular está obrigado ao fiel atendimento do ato, sob pena 
de se sujeitar a execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. 
 
A alternativa “c” diz respeito ao primado da legalidade, eis 
que na Administração Pública, só é permitido fazer o que a lei autoriza e 
seus preceitos não podem ser descumpridos. 
 
A alternativa “d” cuida da presunção de legitimidade e 
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veracidade, ou seja, enquanto não sobrevier o pronunciamento de 
nulidade, os atos administrativos são tidos por válidos e operantes, quer 
para a Administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários 
de seus efeitos, na medida em que se presume terem sido editados de 
acordo com a lei e que são verdadeiros. 
 
A alternativa “e” caracteriza a atuação administrativa em 
descompasso com o ordenamento jurídico, sendo, portanto, passível de 
nulidade, pois não só quando contrária a lei, mas também contrário a 
moral, será tida por ilegítima a atuação administrativa. 
 
Gabarito: “D” 
 
 
11. (ESAF/2004 – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os atos 
administrativos, mesmo quando eivados de vícios passíveis de 
invalidá-los, gozam de atributo da presunção de legitimidade, o 
que 
a) autoriza sua imediata execução ou operacionalidade. 
b) impede sua anulação pela própria Administração. 
c) não admite impugnação nem prova em contrário. 
d) só admite sua anulação por decisão judicial. 
e) garante validade aos direitos produzidos, até antes de serem 
anulados. 
 
Comentário: 
 
A presunção de legitimidade é atributo no qual se 
presume que o ato foi praticado de acordo com o Direito, e, dessa 
forma, autoriza sua imediata execução ou operacionalidade. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
12. (FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/RJ – FGV/2008) O atributo 
do ato administrativo designado por auto-executoriedade deriva 
do princípio da legalidade: 
a) subjetiva. 
b) relativa. 
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c) absoluta. 
d) estrita. 
e) objetiva. 
 
Comentário: 
 
Aqui nós temos uma questão para quebrar as pernas dos 
candidatos. Veja o seguinte: O princípio da legalidade administrativa é 
também chamado legalidade estrita ou restrita. Daí, poderíamos 
concluir que os atributos do ato decorrem da legalidade estrita. 
 
Contudo, devemos considerar o seguinte. Quando uma 
pessoa qualquer tem certo direito e o postula à Administração, esta 
poderá, pelo seu poder de autotutela, conferi-lo, sem intervenção do 
Judiciário, eis a legalidade subjetiva. 
 
Agora, quando se trata de atuação geral e irrestrita, a 
Administração deve guardar coerência com a lei, e atuar objetivamente, 
independentemente de haver lesão ou não a direito de alguém, 
pautando-se pela observância dos ditames legais, isso é a legalidade 
objetiva. 
 
Assim, a autoexecutoriedade deriva do princípio da 
legalidade na sua acepção objetiva, já que, em tese, não se está diante 
da lesão de direito de outrem, mas a atuação objetiva da Administração 
no exercício regular de seus fins. 
 
Essa questão, convenhamos, é um verdadeiro absurdo. 
Deveria mesmo é ter sido anulada, pois a legalidade estrita também 
seria resposta adequada ao tema. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AM – 
FCC/2010) Sobre os atributos do ato administrativo, é correto 
afirmar que 
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a) a imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, 
unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes 
restrições. 
b) a presunção de legitimidade impede que o ato administrativo seja 
contestado perante o Judiciário. 
c) a auto-executoriedade está presente em todo e qualquer ato 
administrativo. 
d) a imperatividade implica o reconhecimento de que, até prova em 
contrário, o ato foi expedido com observância da lei. 
e) a presença da auto-executoriedade impede a sus- pensão preventiva 
do ato pela via judicial. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, a imperatividade, 
também denominada poder extroverso, traduz a possibilidade de a 
administração pública, unilateralmente, criar obrigaçõespara os 
administrados, ou impor-lhes restrições. 
 
A alternativa “b” está errada. A presunção de legitimidade 
e veracidade é relativa (júris tantum), por isso não impede que seja 
contestada, impugnada, tanto na via administrativa, quanto na judicial. 
 
A alternativa “c” está errada. Nem todo ato administrativo 
é auto-executável. É que existem atos que, muito embora exigíveis, não 
são executáveis, tal como a multa de trânsito, também em relação aos 
atos enunciativos. 
 
A alternativa “d” está errada. Não é da imperatividade, 
mas da presunção de legitimidade e veracidade que implica o 
reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com 
observância da lei. 
 
A alternativa “e” também está errada. Ocorre que a 
presença da auto-executoriedade não impede a suspensão preventiva 
do ato pela via judicial. A auto-executoriedade permite à Administração 
a execução direta de seus atos, mas isso poderá ser obstando pelo 
Poder Judiciário. 
 
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Gabarito: “A”. 
 
 
14. (ANALISTA SUPERIOR – MPE/SE – FCC/2009) A 
Administração Pública pode editar atos administrativos e 
cumprir suas determinações sem necessidade de oitiva ou 
autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra 
autoridade. Tem-se aí a definição de um dos atributos do ato 
administativo, consistente na 
(A) inexorabilidade de seus efeitos. 
(B) inafastabilidade do controle jurisdicional. 
(C) presunção de legitimidade. 
(D) auto-executoriedade. 
(E) insindicabilidade. 
 
Comentário: 
 
Percebam bem. Toda vez que se falar em a Administração 
pode executar diretamente, sem necessidade de autorização do 
Judiciário ou qualquer outra autoridade, significa que estaremos diante 
da auto-executoriedade, ou seja, qualidade que confere aos atos 
administrativos a possibilidade de serem direta e imediatamente 
exigidos e executados. 
 
Gabarito: “D” 
 
 
15. (PROCURADOR – TCE/SP – FCC/2011) O ato administrativo 
distingue-se dos atos de direito privado por, dentre outras 
razões, ser dotado de alguns atributos específicos, tais como 
a) autodeterminação, desde que tenha sido praticado por autoridade 
competente, vez que o desrespeito à competência é o único vício 
passível de ser questionado quando se trata deste atributo. 
b) autoexecutoriedade, que autoriza a execução de algumas medidas 
coercitivas legalmente previstas diretamente pela Administração. 
c) presunção de legalidade, que permite a inversão do ônus da prova, 
de modo a caber ao particular a prova dos fatos que aduz como 
verdadeiros. 
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d) imperatividade, desde que tenha sido praticado por autoridade 
competente, vez que o desrespeito à competência é o único vício 
passível de ser questionado quando se trata deste atributo. 
e) presunção de veracidade, que enseja a presunção de conformidade 
do ato com a lei, afastando a possibilidade de dilação probatória sobre a 
questão fática. 
 
Comentário: 
 
São atributos do ato administrativo a presunção de 
legitimidade e veracidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e a 
tipicidade. 
 
Assim, a alternativa “a” está errada. Não há o atributo da 
autodeterminação. 
 
A alternativa “b” está correta. De fato, a 
autoexecutoriedade, que autoriza a execução de algumas medidas 
coercitivas legalmente previstas diretamente pela Administração. 
 
A alternativa “c” está errada. A presunção de legitimidade 
e veracidade que estabelece serem legítimos e verídicos os fatos e 
fundamentos que deram ensejo ao ato. Assim, caberá ao particular o 
ônus da prova, para demonstrar que o ato é falso, inexistente ou 
incompatível com o ordenamento jurídico. 
 
De toda sorte, entendo que essa questão é mal 
formulada, pois há a visão clássica da presunção de legalidade, a qual 
estabelece a inversão do ônus da prova, ou seja, de que cabe ao 
particular demonstrar que o ato é falso ou nulo. O erro seria apenas 
que, neste ponto, não diverge dos atos privados, na medida em que 
também nestes que alega deve provar, assim que alega que o ato tem 
vício, deve provar. 
 
A alternativa “d” está errada. A imperatividade quando o 
ato gozar desse atributo, ainda que tenha sido praticado por autoridade 
competente (presunção de legitimidade). E, ademais, esse não é o 
único vício passível de ser questionado quando se trata deste atributo, 
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porque os demais elementos também podem ser questionados, tal 
como a forma, a finalidade etc. 
 
A alternativa “e” está errada. A presunção de veracidade 
enseja a presunção em relação aos fatos. Já a presunção de 
legitimidade é que enseja a presunção de conformidade do ato com a 
lei. E, de todo modo, não se afasta a possibilidade de dilação probatória 
sobre a questão fática. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) A auto-
executoriedade, como um dos atributos do ato administrativo, 
a) afasta a apreciação judicial do ato. 
b) existe em todos os atos administrativos. 
c) é a qualidade do ato que dá ensejo à Administração Pública de, direta 
e imediatamente, executá-lo. 
d) significa que a Administração Pública tem a possibilidade de, 
unilateralmente, criar obrigações para os administrados. 
e) implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi 
expedido com observância da lei. 
 
Comentário: 
 
Alternativa “A” está errada, pois é sempre possível o 
controle judicial dos atos administrativos. 
 
Alternativa “B” está errada. E muito boa para podermos 
complementar nosso conhecimento. Devemos entender que o único 
requisito que todo administrativo realmente goza é da presunção, e 
podemos dizer da tipicidade, ou seja, a auto-executoriedade e a 
imperatividade podem não serem encontradas em alguns atos 
administrativos, por exemplo os enunciativos (certidões, declarações). 
 
A auto-executoriedade, como vimos, pode ser 
desmembrada em executoridade e exigibilidade. Para o ato ser auto-
executório, ele deve ser exigível e executável. 
 
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Temos, por exemplo, algumas multas administrativas (por 
exemplo, a de Trânsito) que não gozam do atributo da executoriedade, 
ou seja, não pode a Administração se fazer cumprir diretamente, tem 
que ir a juízo para cobrar, acaso o cidadão não a cumpra 
voluntariamente. No entanto, pode criar mecanismos de exigibilidade 
(coerção indireta) para que o indivíduo venha pagá-la, tal como dar um 
descontinho, não emitir documento de licenciamento de veículo etc. 
 
Atenção: não estamos a discutir a legitimidade desses 
instrumentos de coerção indireta. Isso é uma outra coisa, diz respeito à 
validade. 
 
A alternativa “c” é a correta, ou seja, a auto-
executoriedade é a qualidade do ato que dá ensejo à Administração 
Pública de, direta e imediatamente, executá-lo. 
 
A alternativa “d” se refere à imperatividade que significa 
que a Administração Pública tem a possibilidade de, unilateralmente, 
criar obrigações para os administrados. 
 
Por fim, a alternativa “e” é a presunção de legitimidade, a 
qual implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi 
expedido com observância da lei. Por isso, diz-se que se trata de 
presunção relativa (juris tantum), ou seja, que admite provaem 
contrário. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/PI – FCC/2009) Em tema de 
atributos dos atos administrativos, considere: 
I. Legitimidade é atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe 
ao particular, independentemente de sua concordância. 
II. Depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse 
até a impugnação administrativa ou jurisdicional. 
III. Auto-executoriedade significa que a Administração Pública pode 
executar suas decisões, com coercitividade, desde que submeta o ato 
previamente ao Poder Judiciário. 
É correto o que consta APENAS em 
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a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) II e III. 
e) I e III. 
 
Comentário: 
 
Item “I” está errado. Já vimos que o atributo segundo o 
qual o ato administrativo se impõe ao particular, independentemente de 
sua concordância, é a imperatividade (coercibilidade direta). 
 
Item “II” é correto. Como afirmado, depois de editado o 
ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a impugnação 
administrativa ou jurisdicional, pois goza de presunção de legitimidade 
e veracidade. 
 
Item “III” está errado, pois não necessita a Administração 
Pública de submeter seus atos previamente ao Judiciário para executá-
los, como visto, a auto-executoriedade permite a execução direta e 
imediata, independentemente de autorização judicial. 
 
Portanto, somente o item “I” está correto. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
18. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – 
FCC/2010) Sobre os atributos do ato administrativo, é correto 
afirmar que 
a) a imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, 
unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes 
restrições. 
b) a presunção de legitimidade impede que o ato administrativo seja 
contestado perante o Judiciário. 
c) a auto-executoriedade está presente em todo e qualquer ato 
administrativo. 
d) a imperatividade implica o reconhecimento de que, até prova em 
contrário, o ato foi expedido com observância da lei. 
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e) a presença da auto-executoriedade impede a suspensão preventiva 
do ato pela via judicial. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta, ou seja, é o atributo da 
imperatividade que possibilita à Administração Pública, unilateralmente, 
criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições. 
 
A alternativa “b” está errada, como sabemos não é 
porque o ato administrativo goza de presunção de legitimidade que se 
impede sua impugnação perante o Judiciário. Sabidamente essa 
presunção é relativa, portanto, admite-se que se prova sua invalidade, 
tanto administrativamente quanto judicialmente. 
 
A alternativa “c” está errada, pois verificamos que nem 
todo ato administrativo é autoexecutável, tal com o exemplo de multas 
de trânsito, certidões ou atestados. 
 
A alternativa “d” está errada. A imperatividade é a criação 
de obrigações, de forma unilateral, pela Administração. O 
reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com 
observância da lei, trata-se da presunção de legitimidade e veracidade. 
 
A alternativa “e” está errada, pois poderá o ato 
administrativo ser contestado de forma repressiva, ou seja, quando já 
deflagrado, ou poderá de forma preventiva, ou seja, na iminência de ser 
editado, poderá ser objeto de controle judicial, que poderá determinar a 
suspensão preventiva. 
 
Gabarito: “A” 
 
 
19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – 
FCC/2009) O atributo do Ato Administrativo que impõe a 
coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a 
a) discricionariedade vinculada. 
b) auto-executoriedade. 
c) eficácia. 
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d) presunção de veracidade. 
e) imperatividade. 
 
Comentário: 
 
Bem, vimos que a coercibilidade é decorrência da 
imperatividade, ou seja, poder que tem a Administração de criar 
obrigações, de forma unilateral, para nós administrados. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 7ª REGIÃO – FCC/2009) 
Imperatividade é o atributo pelo qual o ato administrativo 
a) deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei. 
b) está de conformidade com a lei. 
c) pode ser posto em execução pela própria Administração, sem 
necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 
d) se impõe a terceiros, independentemente de sua concordância. 
e) goza da presunção quanto à veracidade dos fatos alegados pela 
Administração. 
 
Comentário: 
 
A imperatividade se traduz no poder dado à 
Administração para impor obrigações aos administrados (terceiros) 
independentemente de sua concordância, ou seja, unilateralmente. 
 
Assim, a alternativa “a” está errada, porque diz respeito à 
tipicidade. 
 
A alternativa “b” está errada. Trata-se da presunção de 
legitmidade. 
 
A alternativa “c” está errada, porque se refere à auto-
executoriedade. 
 
E, enfim, a alternativa “e” está errada, por se tratar da 
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presunção de veracidade. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
21. (ADVOGADO – BADESC – FGV/2010) O atributo pelo qual 
atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que de forma 
contrária a sua concordância, é denominado: 
a) competência. 
b) veracidade. 
c) vinculação. 
d) imperatividade. 
e) autoexecutoriedade. 
 
Comentário: 
 
Conforme já observamos, a imperatividade é o 
atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que 
de forma contrária a sua concordância, na medida em que permite à 
Administração impor, unilateralmente, obrigações aos administrados. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) Sobre os 
requisitos e atributos do ato administrativo é correto afirmar: 
(A) a imperatividade é atributo presente em todos os atos 
administrativos. 
(B) finalidade é requisito discricionário de qualquer ato administrativo. 
(C) auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos 
administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria 
Administração, independentemente de ordem judicial. 
(D) a forma escrita é da essência do ato administrativo, não sendo 
admitida outra forma. 
(E) nem todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação 
ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas 
ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. 
 
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Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Alguns atos administrativos 
podem não gozar da imperatividade, ou seja, o atributo da 
imperatividade ou coercibilidade traduz-se na possibilidade de a 
Administração criar obrigações ou impor restrições, unilateralmente, 
aos administrados. 
 
Como já destacado, trata-se de uma decorrência do 
chamado poder extroverso, ou seja, poder de restringir direitos ou 
criar obrigações para particulares. 
 
Com efeito, tal atributo não se verifica nos atos 
declaratórios, por só expressarem situação de fato, sendo exemplo as 
declarações, as certidões etc. 
 
A alternativa “b” está errada. A finalidade não é requisito 
discricionário do ato administrativo, conforme veremos, a finalidadeé 
sempre um requisito vinculado, ou seja, sempre o agente público deve-
se pautar no sentido de alcançar, satisfazer o interesse público. 
 
A alternativa “c” está correta. A autoexecutoridade enseja 
essa possibilidade de a própria Administração direta e imediatamente 
executar seus atos, independentemente de ordem ou autorização 
judicial. Significa dizer que a Administração Pública não precisa de 
autorização ou ordem judicial para tomar providências a fim de 
resguardar o interesse público. 
 
Por exemplo, se alguém invade área pública, não é 
necessário que a Administração vá a Juízo para obter provimento para 
retirar o indivíduo da localidade, basta que ela mesma, por meio de 
seus agentes, retire o ocupante. 
 
A alternativa “d” está errada. O ato administrativo como 
regra terá a forma escrita. Porém, admite-se outras formas previstas 
em lei, tal como a sonora (apito do guarda de trânsito), por sinais 
(placas e sinalizações), a verbal (ordens administrativas). 
 
A alternativa “e” também está errada. Todo ato 
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administrativo se presta para tais finalidades, ou seja, de criar, 
modificar, ou comprovar situações jurídicas que dizem respeito a 
pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AM – FCC/2010) Dentre os 
requisitos do ato administrativo, inclui-se a 
a) auto-executoriedade. 
b) presunção de legitimidade. 
c) finalidade. 
d) imperatividade. 
e) tipicidade. 
 
Comentário: 
 
Não vamos confundir os atributos com os elementos 
(requisitos) dos atos administrativos. 
 
Os atributos são características, qualidades do ato 
(presunção de legitimidade e veracidade, autoexecutoriedade, 
imperatividade e tipicidade*). 
 
Os elementos (requisitos) são componentes formadores 
ou que integram o ato administrativo (competência, finalidade, 
motivo, forma e objeto). 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
24. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AP – 
FCC/2011) Analise as seguintes assertivas sobre os requisitos 
dos atos administrativos: 
I. O objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato 
produz. 
II. Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a 
motivação, ele só será válido, se os motivos forem verdadeiros. 
III. O requisito finalidade antecede à prática do ato. 
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Está correto o que se afirma em 
a) III, somente. 
b) I e II, somente. 
c) I e III, somente. 
d) II e III, somente. 
e) I, II e III. 
 
Comentário: 
 
Com base na Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) é 
possível extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo, 
sendo: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. 
 
a) Competência 
 
Competência é o poder conferido por lei a um 
determinado agente público para desempenho de certas atribuições. 
 
A competência sempre decorre de lei, sendo portanto 
um dever seu exercício, ou seja, dever-poder, visto que o agente não 
cabe escolher exercitá-la ou não, devendo atuar sempre e quando for 
determinado por lei. 
 
Diante disso, podemos dizer que a competência possui as 
seguintes características: 
 
� Seu exercício é obrigatório (dever-poder) 
 
� É irrenunciável, não se admite que o agente renuncie, 
abdique, ou seja, abra mão de sua competência. 
 
� É intransferível, ou seja, não poderá o agente público 
transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei. 
 
� É inderrogável, ou seja, não se modifica pela vontade do 
agente, da Administração ou de terceiros. Somente a lei 
pode modificá-la. 
 
� É imprescritível, significando dizer que não importa em 
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perda de sua competência o simples fato de não tê-la 
exercido, o agente público por certo período. 
 
Nestes termos dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 (Lei do 
Processo Administrativo) que “a competência é irrenunciável e se 
exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, 
salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos”. 
 
Todavia, é possível ao agente público delegar, parcial e 
temporariamente, suas atribuições, se e quando a lei permitir, de modo 
que nesta situação ele poderá revogar a delegação a qualquer 
tempo, não se tratando, portanto, de renúncia ou transferência 
de sua competência. 
 
Delegação é a transmissão de poderes para que outrem 
realize certos atos pelo agente delegante. E, avocar é chamar para si 
certos poderes de outro agente. 
 
Com efeito, não é vedada a delegação e avocação de 
competências. Todavia, deverão ser exercidas nos limites e termos 
permitidos por lei. 
 
Assim, devemos observar que a regra é a possibilidade 
de delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, na medida em que, 
conforme estabelece o art. 13, somente é vedada a delegação de: a) 
edição de atos de caráter normativo; b) a decisão de recursos 
administrativos; c) as matérias de competências exclusivas do 
órgão ou autoridade. 
 
Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode 
ocorrer quando: a) não existir impedimento legal; b) houver 
conveniência administrativa em razão de circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Não poderá, no 
entanto, ser total, deve ser apenas de parcela da competência e tem 
que ser temporária, ou seja, feita por prazo determinado. 
 
É importante mencionar que a delegação poderá ser feita 
para órgão ou agentes que estejam subordinados à autoridade 
delegante, como também poderá ser feita quando não exista 
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subordinação hierárquica. Significa dizer que o delegado, ou seja, 
aquele que recebe a delegação, órgão ou agente, não precisa ser 
necessariamente subordinado ao delegante. 
 
O ato de delegação, conforme determina a Lei, deverá 
conter a matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do 
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, 
podendo conter ressalva de exercício de atribuições delegada. 
 
Assim, os atos praticados pelo delegado, no exercício da 
delegação, deverão constar tal fato, ou seja, que age na qualidade de 
delegado, de modo que os atos que praticar nessa condição deverão ser 
considerados editados pelo delegado. 
 
Por fim, o ato de delegação poderá a qualquer 
momento ser revogado pelo delegante, devendo, tanto este ato 
como o da própria delegação ser publicado no meio oficial. 
 
A avocação, por outro lado, é a possibilidade de um 
superior hierárquico chamar para si o exercício, temporário e 
excepcional, de parte de competências conferidas a um subordinado. 
 
Portanto, é sempre temporária e se dará por motivos 
relevantes devidamente justificados, não podendo ocorrer quando se 
tratar de competência exclusiva do subordinado. 
 
Dessa forma, a Lei nº 4.417/65 (Lei de Ação Popular – 
LAP) diz que são nulos os atos praticados com vício de 
incompetência, e que a incompetência caracteriza-se quando o 
ato não se incluir nas atribuições legais. 
 
Com efeito, quando tratamos de competência, somos 
levados a verificar o denominado abuso de poder, ou seja, o uso 
anormal do poder. 
 
O uso do poder é a utilização normal das prerrogativas 
públicas, abusode poder é, conforme lição de José dos Santos Carvalho 
Filho “a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos 
objetivos expressa e implicitamente traçados na lei”. 
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Diante disso, podemos perceber duas formas de vício 
quanto ao uso do poder, sendo o excesso de poder e o desvio de 
poder (desvio de finalidade). 
 
Ocorre o excesso de poder quando o agente atua fora 
ou além dos limites da competência que lhe foi atribuída. O desvio de 
poder ou de finalidade ocorre quando o agente, muito embora seja 
competente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida em lei 
para a prática de certo ato. 
 
Como disse, o desvio de poder também é conhecido como 
desvio de finalidade, ou seja, conduta do agente público que dá 
finalidade ao ato administrativo diverso daquela prevista na lei. 
Exemplo do superior que, no sentido de punir, perseguir, o 
subordinado, remove-o para comarca distinta da sua sede. 
 
Tanto quando há excesso de poder ou desvio de poder, 
diz-se que houve abuso de poder. Assim, agindo o agente, comete ato 
ilícito administrativo (além de ilícito penal, Lei nº 4.898/65), visto que o 
abuso de poder afronta o princípio da legalidade, sujeitando-se, 
portanto, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial (mandado 
de segurança, por exemplo). 
 
Ademais, podemos citar outros vícios relacionados à 
competência, por exemplo a chamada usurpação de poder ou de 
função e o exercício da função de fato. 
 
A usurpação de função acontece quando um indivíduo 
se faz passar pelo agente público competente para a realização de 
certas atribuições. Por exemplo: pessoa que se faz passar por um 
carteiro a fim de cometer ilícitos. Um agente da ABIN que se faz passar 
por um Delegado de Polícia a fim de obter documentos constantes de 
inquérito policial etc. 
 
Já o exercício da função de fato se dá quando o agente 
é investido em cargo, emprego ou função, muito embora exista alguma 
irregularidade que torna esse ato ilegal. Aqui nós teríamos a chamada 
teoria do servidor de fato, ou seja, de um agente que de fato 
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exerceu as atribuições ou competências administrativas como se 
de direito fosse um servidor. 
 
Nesse caso, deve ser aplicada a teoria da aparência, de 
modo a considerar os atos praticados por tal agente como válidos ou 
pelo menos seus efeitos, eis que não seria dado ao cidadão 
(administrado) imaginar que tal agente não era um servidor legalmente 
investido nas atribuições do cargo. 
 
O vício de competência poderá ensejar a declaração 
de nulidade do ato. No entanto, em certos casos, tal como o do 
exercício da função de fato, admite-se sua convalidação. 
 
No entanto, se o vício acerca da competência diz respeito 
à matéria, ou seja, se uma autoridade dispõe sobre matéria que não 
está afeta à sua competência ou ainda se é matéria de competência 
exclusiva, não há possibilidade de convalidação. De outro lado, se a 
competência diz respeito tão-somente à pessoa, desde que não se trate 
de competência exclusiva, mas o ato foi praticado no órgão 
correspondente, haverá a possibilidade de convalidação. 
 
Podemos, então, dizer que a competência será sempre 
um elemento ou requisito vinculado, ou seja, sempre é definida por 
lei. 
 
b) Finalidade 
 
A finalidade é outro requisito ou elemento do ato 
administrativo e diz respeito ao fim perseguido pelo ato, ou seja, qual o 
seu objetivo. Com efeito, todo e qualquer ato administrativo tem por 
objetivo, por fim, atender ao interesse público. 
 
Essa finalidade está sempre, expressa ou implicitamente, 
estabelecida na lei, de modo que a finalidade é sempre elemento 
vinculado. 
 
A violação aos fins legais, como vimos, importa em vício 
que acarreta a nulidade do ato administrativo, por abuso de poder, 
denominado desvio de poder ou desvio de finalidade. 
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Os atos praticados com desvio de finalidade, ou seja, com 
ofensa à finalidade, são, em regra, para atender a sentimento pessoal 
do agente, que utiliza de seu poder, sua competência, para buscar a 
satisfação de seus desejos, violando a finalidade do ato. 
 
c) Forma 
 
A forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade da 
Administração, ou seja, consiste na realização do ato segundo os 
procedimentos ou solenidades descritas na norma. É como se 
materializa o ato administrativo. 
 
A doutrina clássica tem entendido que se trata também 
de um elemento vinculado, pois a lei determina como o ato deva ser 
praticado. Assim, em princípio, todo ato administrativo seria formal, 
adotando-se, como regra, a forma escrita. 
 
No entanto, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.784/99, e 
entendimento doutrinário mais moderno, ao qual aderimos, nem 
sempre a forma está prevista em lei, ou seja, às vezes ela é livre. 
 
Explico. Muito embora a Lei nº 9.784/99 determine que 
os atos do processo administrativo sejam realizados por escrito, o 
citado artigo estabelece que “os atos do processo administrativo não 
dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a 
exigir”. 
 
Assim, é possível percebemos que a forma será livre, 
salvo quando a lei expressamente a estabelecer. Teríamos, portanto, o 
chamado princípio do formalismo moderado. 
 
Entretanto, quando a lei estabelecer que a forma seja da 
essência do ato, este somente será válido se observar tal determinação, 
não sendo possível a sua convalidação por vício dessa natureza. 
 
De mais a mais, é importante destacar que poderemos ter 
atos administrativos exteriorizados não só pela forma escrita, mas por 
meio verbal, por gestos ou mímica, até mesmo por meio de 
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equipamentos ou sinais. 
 
d) Motivo 
 
Motivo é o fundamento de fato e de direito que serve de 
suporte ao ato administrativo, ou seja, como bem destacado por Hely 
Lopes Meirelles, motivo ou causa, “é a situação de direito ou de 
fato que determina ou autoriza a realização do ato 
administrativo”. 
 
É preciso, no entanto, diferenciarmos motivo e 
motivação. A motivação, conforme leciona Celso Bandeira de Mello, 
integra a formalização do ato, sendo a exteriorização, exposição, dos 
fundamentos de fato e de direito que deram suporte a prática do ato, 
ou seja, é a demonstração ou exposição dos motivos. 
 
É controvertido, doutrinariamente, acerca da 
obrigatoriedade de ser expor a motivação do ato administrativo, sendo 
obrigatória para alguns (Celso Antônio, Di Pietro) e não obrigatória para 
outros (José dos Santos). Há, ainda, o entendimento no sentido de que 
a motivação seria obrigatória nos atos vinculados e dispensada para 
atos discricionários. 
 
Deve-se ressaltar, no entanto, que todo administrativo 
tem um motivo, porém nem todos têm motivação. 
 
Com efeito, alguns atos administrativos não precisam ser 
motivados, ou seja, não carecem da exposição de seus motivos, tal 
como é o caso da nomeação e exoneração de cargo comissionado, por 
ser declarado de livre nomeação e exoneração. 
 
Assim, a regra é os atos administrativos serem 
motivados. Todavia, existem atos administrativos que não carecem de 
motivação. Nesse aspecto, a Lei nº 9.784/99, exigiu expressamente a 
motivação de alguns atos, conformeart. 50, que assim determina; 
 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, 
com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, 
quando: 
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I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou 
seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo 
licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a 
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e 
relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou 
convalidação de ato administrativo. 
 
Desse modo, pode-se perceber que nem todos os atos 
administrativos deverão ser motivados. No entanto, é salutar que a 
Administração Pública, em razão do princípio da transparência, corolário 
da publicidade, adote como regra a motivação de seus atos. 
 
Assim, quando a motivação for obrigatória, trata-se de 
exigência que diz respeito à forma, de modo que sua ausência nulifica o 
ato, sendo vício insanável, pois não se admite a motivação posterior na 
medida em que ela deve ser contemporânea ao ato praticado. 
 
Diante disso, vale comentar a denominada Teoria dos 
Motivos Determinantes. Para esta teoria os motivos que deram 
suporte à prática do ato integram a sua validade, de maneira que se os 
motivos forem falsos ou inexistentes o ato estaria viciado, sendo 
inquinado de nulidade. 
 
Tal teoria aplica-se a qualquer ato, mesmo para aqueles 
que não se exige motivação, mas se declarou o motivo, está vinculado 
ao declarado. 
 
Essa teoria funda-se no princípio de que o motivo do ato 
administrativo deve sempre guardar correlação com a situação de fato 
apresentada, ou seja, que deu ensejo ao surgimento do ato. 
 
e) Objeto 
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Objeto é o resultado prático que a Administração se 
propõe a conseguir. É denominado, por alguns, como conteúdo, ou 
seja, é o efeito jurídico imediato do ato administrativo, é a coisa, a 
atividade, ou a relação de que o ato se ocupa e sobre o qual tende a 
recair. 
 
O objeto do ato administrativo pode ser discricionário 
ou vinculado, consoante tenha ou não margem para escolha, entre um 
objeto ou outro, pelo Administrador. 
 
Assim, assertiva I está correta. De fato, o objeto do ato 
administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato produz, aquilo que 
ato gerará. 
 
A assertiva II está correta. A toda evidência, o ato deve 
guardar relação com o motivo que lhe deu ensejo, isto é, conforme a 
teoria dos motivos determinantes, a motivação vincula a Administração, 
se falso ou inexistente os fundamentos que deram suporte ao ato ele 
será inválido. 
 
A assertiva III está errada. A finalidade não é um 
requisito que antecede ao ato, mas é o consequente do ato, ou seja, o 
objetivo mediato. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
25. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO) Associe os elementos do ato administrativo 
a seus conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção 
correspondente. 
1. Sujeito 
2. Objeto ou conteúdo 
3. Forma 
4. Finalidade 
5. Motivo 
( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato 
administrativo. 
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( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz. 
( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do 
ato. 
( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. 
( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser 
observadas durante o processo de sua formação. 
a) 2, 4, 3, 1, 5 
b) 2, 5, 1, 3, 4 
c) 5, 2, 4, 1, 3 
d) 5, 4, 2, 1, 3 
e) 3, 1, 4, 2, 5 
 
Comentário: 
 
O motivo (5) é o pressuposto de fato e de direito que 
serve de fundamento ao ato administrativo. 
 
O objeto (2) é o efeito jurídico imediato que o ato produz. 
 
A finalidade (4) é o resultado que a Administração quer 
alcançar com a prática do ato. 
 
O sujeito (1) é aquele a quem a lei atribui competência 
para a prática do ato. 
 
E, enfim, a forma (3) é a exteriorização do ato e/ou as 
formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua 
formação. 
 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
26. (ESAF/2005 – RECEITA FEDERAL – AFRF) Analise o 
seguinte ato administrativo: O Governador do Estado Y baixa 
Decreto declarando um imóvel urbano de utilidade pública, para 
fins de desapropriação, para a construção de uma cadeia 
pública, por necessidade de vagas no sistema prisional. 
Identifique os elementos desse ato, correlacionando as duas 
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colunas. 
1 Governador do Estado 
2 Interesse Público 
3 Decreto 
4 Necessidade de vagas no sistema prisional 
5 Declaração de utilidade pública 
( ) finalidade 
( ) forma 
( ) motivo 
( ) objeto 
( ) competência 
a) 4/3/5/2/1 
b) 4/3/2/5/1 
c) 2/3/4/5/1 
d) 5/3/2/4/1 
e) 2/3/5/4/1 
 
Comentário: 
 
Temos uma questão que envolve os elementos. Com 
efeito, na hipótese descrita, o Governador é a autoridade competente 
(1), o interesse público e a finalidade (2) que visa atingir a 
desapropriação, o decreto é a exteriorização do ato, ou seja, a forma do 
ato (3), a necessidade de vagas no sistema prisional é o motivo, ou 
seja, a razão de fato e de direito que levou à desapropriação (4). E, 
enfim, e o objeto do ato (conteúdo) e a declaração de utilidade pública 
(5). 
 
Assim, temos: (2) finalidade; (3) forma; (4) motivo; (5) 
objeto e (1) competência. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
27. (ESAF/2004 – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Não 
constitui requisito ou elemento essencial de validade, dos atos 
administrativos em geral, o de 
a) agente capaz. 
b) autoridade competente. 
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c) finalidade de interesse público. 
d) forma própria. 
e) objeto lícito. 
 
Comentário: 
 
Dentre os elementos ou requisitos de validade do ato 
administrativo temos a competência (sujeito ou autoridade 
competente), a finalidade (interesse público), a forma (prescrita e não 
vedada em lei), o motivo e o objeto (conteúdo). 
 
Assim, não é elemento ou requisito do ato administrativo 
o agente capaz. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
28. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - TRT 19ª 
REGIÃO - FCC/2008) Tício, funcionário público federal, requer a 
contagem de tempo de serviço para aposentadoria. O órgão 
onde trabalha expede uma certidão nela constando todo o 
tempo, o que garante a aposentadoria do requerente. Essa 
certidão contém requisitos e atributos que são peculiares aos 
atos administrativos, podendo-se apontar, como atributo, dentre 
outros: 
a) o objeto. 
b) o motivo. 
c) a presunção de veracidade. 
d) a forma. 
e) a finalidade. 
 
Comentário: 
 
Conforme vimos, o ato administrativo possui os seguintes 
atributos: Presunção de legitimidade e veracidade (presunção de 
legitimidade e presunção de veracidade), autoexecutoridade 
(executoriedade e exigibilidade), imperatividade e tipicidade. ( P.A.T.I ) 
 
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De outro lado é preciso sabermos os requisitos do ato 
administrativo. Neste aspecto, a Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) 
nos permite extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo, 
sendo: 
 
a) Competência 
b) Finalidade 
c) Forma 
d) Motivo 
e) Objeto. 
 
Alguns autores, tal como o Prof. Celso Bandeira de Mello, 
separa em pressupostos e elementos, ou seja, diz que alguns dos ditos 
elementos são anteriores ao próprio ato e, por isso, seriam 
pressupostos. O fato é que para concurso, ficamos com a maioria, ou 
seja, também usaremos elementos ou requisitos. 
 
Assim, a única alternativa que contém atributo do ato 
administrativo é a alternativa “c” (presunção de veracidade), pois as 
demais trazem requisitos ou elementos. 
 
Gabarito: “C” 
 
 
29. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) A respeito 
dos requisitos, ou elementos, do ato administrativo, considere: 
I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o 
desempenho específico das atribuições de seu cargo. 
II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico 
traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída 
originariamente a um subordinado. 
III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza 
a realização do ato administrativo. 
É correto o que se afirma em 
(A) I e II, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) I, II e III. 
(D) II e III, apenas. 
(E) III, apenas. 
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Comentário: 
 
O item “I” está correto, eis que a competência, conforme 
destacado, é o poder legal conferido ao agente público para o 
desempenho específico das atribuições de seu cargo. 
 
O item “II” está errado, pois a delegação é o ato pelo qual 
o agente permite que outrem realize de forma, temporária e parcial, 
competência que lhe fora conferida. E, a avocação que é o ato pelo qual 
o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da 
competência atribuída originariamente a um subordinado. 
 
O item “III” é correto, pois o motivo é a situação de 
direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato 
administrativo. 
 
Gabarito: “B” 
 
 
30. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) A 
competência, como um dos requisitos do ato administrativo, é 
a) transferível. 
b) renunciável. 
c) de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos. 
d) modificável por vontade do agente. 
e) prescritível. 
 
Comentário: 
 
Conforme destacado, a competência possui como 
características, os seguintes traços: 
 
� Seu exercício é obrigatório (dever-poder) 
 
� É irrenunciável, não se admite que o agente renuncie, 
abdique, ou seja, abra mão de sua competência. 
 
� É intransferível, ou seja, não poderá o agente público 
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transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei. 
 
� É inderrogável, ou seja, não se modifica pela vontade do 
agente, da Administração ou de terceiros. Somente a lei 
pode modificá-la. 
 
� É imprescritível, significando dizer que não importa em 
perda de sua competência o simples fato de não tê-la 
exercido, o agente público por certo período. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
31. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – 
FCC/2010) São critérios para a distribuição da competência, 
como requisito ou elemento do ato administrativo, dentre 
outros: 
a) delegação e avocação. 
b) conteúdo e objeto. 
c) matéria, forma e sujeito. 
d) tempo, território e matéria. 
e) grau hierárquico e conteúdo. 
 
Comentário: 
 
É possível constatar assim que a competência será 
estabelecida em razão de diversos critérios, tal como: 
 
• Em razão da matéria (ratione materiae), sendo exemplo 
disso a distribuição pelas diversas pastas, ou seja, a 
criação de órgãos ou entidades em razão da atividade, tal 
como os Ministérios, Secretarias, organizados por força da 
matéria), 
 
• Em razão do território (ratione loci), ou seja, por zonas de 
atuação, por força de delimitação territorial, tal como a 
delegacia da receita federal no Rio Grande do Sul, tal como 
o órgão de Defensoria Pública no Rio Grande do Norte etc. 
 
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• Em razão da hierarquia (superior – subordinado – chefia x 
chefiado), 
 
• Há, ainda, a definição em razão do tempo (prazo certo para 
realização) e por fracionamento (ou seja, distribuída partes 
por órgãos num procedimento). 
 
Diante disso, temos a competência sendo distribuída em 
razão da matéria, do território, da hierarquia, do tempo, do 
fracionamento. Assim, a alternativa correta seria a “D”. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
32. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – AFRF) Quanto à 
competência para a prática dos atos administrativos, assinale a 
assertiva incorreta. 
a) Não se presume a competência administrativa para a prática de 
qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. 
b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, 
da hierarquia e do lugar, entre outros. 
c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. 
d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de 
competência administrativa pela autoridade superior competente, nos 
limites definidos em lei. 
e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato 
administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da 
autoridade delegada. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, a competência não 
se presume, é necessária previsão normativa expressa na medida em 
que a competência é elemento vinculado. 
 
A alternativa “b” está correta. A definição da competência 
decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, 
entre outros. 
 
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A alternativa “c” está correta. Como observado, a 
competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. 
 
A alternativa “d” está correta. De fato, nos termos do art. 
13 da Lei nº 9.784/99, admite-se, excepcionalmente, a avocação e a 
delegação de competência administrativa pela autoridade superior 
competente, nos limites definidos em lei. 
 
A alternativa “e” está errada. A delegação transfere 
apenas a execução de parte da competência. Desse modo, com o ato, a 
competência para a prática do ato administrativo não deixa de 
pertencer à autoridade delegante. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
33. (ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) 
Sobre o abuso de poder, considere: 
I. Ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, 
ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das suas 
finalidades administrativas. 
II. O abuso de poder só pode ocorrer na forma comissiva, nunca na 
omissiva. 
III. Desvio de finalidade não caracteriza abuso de poder. 
IV. O desvio de finalidade ou de poder ocorre quando a autoridade, 
atuando fora dos limites da sua competência, pratica o ato com fins 
diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. 
V. O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente 
para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso das suas 
faculdades administrativas.Está correto o que contém APENAS em 
(A) I e V. 
(B) I, II e IV. 
(C) I, II e V. 
(D) II e V. 
(E) III, IV e V. 
 
Comentário: 
 
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Conforme vimos, ocorrerá o abuso de poder por excesso 
de poder ou por desvio de poder (desvio de finalidade). 
 
O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora 
ou além dos limites da competência que lhe foi atribuída. 
 
Por outro lado, o desvio de poder ou de finalidade 
ocorre quando o agente, muito embora seja competente, atua em 
descompasso com a finalidade estabelecida em lei ou com a exigida 
pelo interesse público para a prática de certo ato. 
 
Assim: 
 
Item I é correto, pois o abuso ocorre quando a 
autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os 
limites de suas atribuições (excesso) ou se desvia das suas finalidades 
administrativas (desvio). 
 
Item II é errado. Poderá ocorrer o abuso tanto por ação 
(conduta comissiva), quanto por omissão (conduta omissiva). É 
possível, por exemplo, citar o servidor que deixa de praticar um 
determinado ato que é de sua competência, mas sabendo que a inércia 
ira causar prejuízo a outro colega. 
 
Item III é errado. Tanto o excesso de poder, quanto o 
desvio de finalidade são modalidades de abuso de poder. 
 
Item IV é errado, pois se o agente atua fora dos limites 
de sua competência ocorre o excesso de poder e não o desvio, muito 
embora, ao final, também se possa caracterizar um desvio. 
 
Item V é certo. É Justamente isto, ou seja, o excesso de 
poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o 
ato, vai além do permitido e exorbita no uso das suas faculdades 
administrativas. 
 
Portanto, I e V estão corretas. 
 
Gabarito: “A” 
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34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) O ato 
administrativo praticado com fim diverso daquele objetivado 
pela lei ou exigido pelo interesse público caracteriza 
a) excesso de poder. 
b) desvio de finalidade. 
c) perda da finalidade. 
d) mera inadequação da conduta. 
e) crime de desvio de poder. 
 
Comentário: 
 
Devemos lembrar que toda vez que o agente, atuando no 
exercício de sua competência, utiliza-a para fins outros que não os 
legais ou exigidos pelo interesse público, estará cometendo desvio de 
finalidade. 
 
A propósito, é importante dizer que o abuso de poder 
também configura ilícito penal, tipificado como crime de abuso de 
autoridade e não crime de desvio de poder. 
 
Gabarito: “B” 
 
 
35. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AL – 
FCC/2010) O abuso de poder 
a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança. 
b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas. 
c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar, 
sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa. 
d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de 
finalidade ou de poder. 
e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de 
nulidade do mesmo. 
 
Comentário: 
 
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Como pudemos observar o abuso de poder é o gênero, 
tendo como espécies o excesso e o desvio de poder. O abuso de poder 
é o uso anormal, ilegítimo, fora ou além do estabelecido pelo 
ordenamento jurídico. 
 
Dessa maneira, vejamos as alternativas: 
 
A alternativa “a” está errada. O ato administrativo 
viciado, em especial quando há abuso de poder, pode ser impugnado 
por meio do mandado de segurança, que visa proteger direito líquido e 
certo, não tutela por habeas corpus ou habeas data, violado ou 
ameaçado de violação por ilegalidade ou abuso de poder. 
 
A alternativa “b” está errada. Isso porque o abuso de 
poder tanto pode decorrer de conduta comissiva quanto omissiva, ou 
seja, pode também ser verificado nos atos omissivos, tal como o 
exemplo dado em questão anterior, quando determinado agente deixa 
de praticar ato de sua competência, mas sabendo que a inércia ira 
causar prejuízo a outro colega ou mesmo ao interesse público. 
 
A alternativa “c“ está errada, trata-se do que fora 
explicado na alternativa anterior. Ou seja, se a Administração retarda 
ato que deva praticar, está deixando de atuar de acordo com os fins 
pretendidos pelo interesse público. 
 
A alternativa “d” é a correta. Vimos que o abuso de poder 
pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de 
finalidade ou de poder. 
 
A alternativa “e” também está errada. As formas de 
abuso, tanto o excesso quanto o desvio, levam à nulidade do ato. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
36. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – 
FCC/2010) A prática, pelo agente público, de ato que excede os 
limites de sua competência ou atribuição e de ato com finalidade 
diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei 
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configuram, respectivamente: 
a) ato redundante e desvio de execução. 
b) usurpação de função e vício de poder. 
c) excesso de poder e ato de discricionariedade. 
d) excesso de poder e desvio de poder. 
e) falta de poder e excesso de atribuição. 
 
Comentário: 
 
Veja que é mera repetição. Então, como dito, a prática, 
pelo agente público, de ato que excede os limites de sua competência 
ou atribuição configura EXCESSO DE PODER (EXCEDE) 
 
Por outro lado, a prática de ato com finalidade diversa da 
que decorre implícita ou explicitamente da lei, configura DESVIO DE 
FINALIDADE (FINALIDADE) 
 
Gabarito: “D” 
 
 
37. (ESAF/2003 – PGFN – PROCURADOR) A remoção de ofício 
de servidor público como punição por algum ato por ele 
praticado caracteriza vício quanto ao seguinte elemento do ato 
administrativo: 
a) motivo 
b) forma 
c) finalidade 
d) objeto 
e) competência 
 
Comentário: 
 
A remoção de ofício com o intuito de punir desvirtua o 
instituto, ou seja, dá ao instituto da remoção finalidade diversa da que 
a lei estabelece. Portanto, haverá desvio de finalidade, vício que atinge 
a finalidade do ato administrativo. 
 
Gabarito: “C”. 
 
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38. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/PI – 
FCC/2009) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que 
a) o desvio de finalidade, sendo uma espécie de abuso, ocorre quando a 
autoridade, atuando fora dos limites da sua competência, pratica o ato 
com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse 
público. 
b) tem o mesmo significado de desvio de poder, sendo expressões 
sinônimas. 
c) pode se caracterizar tanto por conduta comissiva quanto por conduta 
omissiva. 
d) a invalidação da conduta abusiva só pode ocorrer pela via judicial. 
e) se caracteriza, na forma de excesso de poder, quando o agente, 
agindo dentro dos limites da sua competência, pratica o ato de forma 
diversa da que estava autorizado. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” é uma maneira clássica de abordar o 
tema, ou seja, trocando um instituto pelo outro. Está errada. Vimos que 
no desvio de finalidade o agente atua nos limites de sua competência, e 
não fora dela, pois se EXCEDE há excesso e não desvio. Observe o 
pega: 
 
a) o desvio de finalidade, sendo uma espécie

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