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CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Bom dia! Chegamos a nossa 5ª aula, e hoje o tema é quente! Um dos temas mais cobrado em concurso público, vamos tratar de atos administrativos, conforme o seguinte: AULA 05: 5. Atos Administrativos: fatos da Administração Pública, atos da Administração Pública e fatos administrativos. Conceito, formação, elementos, atributos e classificação. Mérito do ato administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos motivos determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo. Então, vamos ao que interessa. QUESTÕES COMENTADAS 1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) Sobre o conceito de atos administrativos, está errado afirmar que a) os contratos também podem ser considerados atos jurídicos bilaterais. b) particulares no exercício de prerrogativas públicas também editam ato administrativo. c) os atos administrativos são sempre atos jurídicos. d) os Poderes Judiciário e Legislativo não editam ato administrativo. e) os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial. Comentário: Conforme conceitua Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 2 Porém, nem todos os atos praticados pela Administração será um ato administrativo, tal como os atos de direito privado, os atos de natureza política, os contratos administrativos. Ademais, é possível que uma entidade particular no exercício de função administrativa, por delegação, pratique um ato administrativo. Assim, a alternativa “a” está correta. De fato, alguns autores dão exemplo de ato administrativo os contratos. Todavia, é importante ressaltar que contrato é ato jurídico bilateral, ou seja, porque depende da vontade de pelos menos duas partes. Então, estaria na modalidade ato administrativo bilateral. A alternativa “b” está correta. Os atos administrativos podem ser editados pela Administração Pública, ou por particulares no exercício de prerrogativas públicas, ou seja, no exercício de função delegada pelo Estado. A alternativa “c” também é correta, ou seja, os atos administrativos são espécies do gênero atos jurídicos. É que o ato administrativo é um ato jurídico administrativo. A alternativa “d” está incorreta. É que também é possível verificarmos a existência de atos administrativos emanados pelos Poderes Judiciário e Legislativo, ou seja, não só o Executivo editará atos administrativos, mas os demais poderes no exercício da função administrativa também o farão. A alternativa “e” está correta. Como podemos verificar, os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial. Gabarito: “D” 2. (ESAF/2006 – CGU – AFC) No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características. Aponte, no rol abaixo, aquela que não se enquadra no referido conceito. a) Consiste em providências jurídicas complementares da lei, em caráter necessariamente vinculado. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 3 b) É exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência do Direito Público. c) Trata-se de declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que produz efeitos de direito. d) Provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais. e) Sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional, por não apresentar caráter de definitividade. Comentário: Conforme Hely Lopes Meirelles, ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”. Desse conceito, pode-se constatar que o ato administrativo é exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência do Direito Público, que se trata de declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que produz efeitos de direito, proveniente do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais. Ademais, o ato administrativo sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional, por não apresentar caráter de definitividade. Portanto, não se enquadra no conceito de ato administrativo a alternativa “a”, ou seja, consiste em providências jurídicas complementares da lei, em caráter necessariamente vinculado. Primeiro porque o ato administrativo nem sempre é vinculado, e também nem sempre se trata de providência jurídica complementar da Lei. Gabarito: “A”. 3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/PI – FCC/2009) Com relação ao ato administrativo, está errado afirmar: CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 4 a) É espécie do gênero ato da Administração. b) Está sujeito ao regime administrativo e é passível de controle jurisdicional. c) Nem sempre produz efeito jurídico. d) Possui não só conteúdo formal, mas também material. e) É todo ato lícito que tenha por fim adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Comentário: A alternativa “a” e “b” estão corretas. De fato, o ato administrativo é espécie do gênero ato da Administração, estando sujeito ao regime administrativo e passível de controle jurisdicional. A alternativa “c” está errada, pois, como vimos, todo ato administrativo é ato jurídico e significa dizer que produzirá efeitos jurídicos. A alternativa “d” está correta. Os atos administrativos estão assentados em fundamento de fato (conteúdo material) e de direito (conteúdo formal). A alternativa “e” está correta. É todo ato lícito, ou seja, devemos extrair da definição de ato administrativo os atos ilícitos, estes são atos atentatórios ao ordenamento jurídico, daí serem denominados de atos ilícitos. Gabarito: “C”. 4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – FCC/2009) Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar que a) não podem ser praticados nas Mesas Legislativas. b) não podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das fundações. c) cabem exclusivamente aos órgãos executivos. d) podem ser emanados de autoridades judiciárias. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 5 e) sua prática é vedada aos administradores de empresas estatais e serviços delegados. Comentário: Conforme observamos, os atos administrativos podem ser praticados pelo Executivo (função típica), quanto pelo Legislativo ou pelo Judiciário, no exercício da função administrativa (função atípica), ou seja, os atos administrativos são praticados pela Administração Pública seja direta ou indireta de quaisquer dos Poderes, de todos os entes políticos. Devemos ressalvar, no entanto, que as estatais, como regra, praticam atos inerentes ao regime privado. Todavia, por integrarem a AdministraçãoPública alguns de seus atos são atos administrativos, tal como a realização de concurso público, licitação, dentre outros. Por isso, também praticam atos administrativos. Outrossim, podemos também destacar que particulares podem praticar atos administrativos, quando atuando no exercício da função administrativa por meio de delegação, tal como um cartório (tabelião), uma universidade particular etc. Assim, as alternativas “a”, “b”, “c” e “e” estão erradas. Sendo a correta a alternativa “d”, ou seja, autoridades judiciárias também praticam atos administrativos. Gabarito: “D”. 5. (ANALISTA JUDICÁRIO – TRT/18ª REGIÃO – FCC/2008) Sobre os atributos do ato administrativo, considere: I. Autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. II. É o que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos atos administrativos. III. Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 6 As assertivas I, II e III referem-se, respectivamente, aos seguintes atributos: (A) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-executoriedade. (B) imperatividade, auto-executoriedade e presunção de legitimidade. (C) auto-executoriedade, presunção de legitimidade e imperatividade. (D) presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade. (E) auto-executoriedade, imperatividade e presunção de legitimidade. Comentário: O ato administrativo tem características especiais, que as denominamos de atributos do ato administrativo. Assim, na visão clássica, teríamos: a presunção de legalidade, a autoexecutoriedade e a imperatividade. Contudo, atualmente, temos destacado os seguintes atributos: P resunção de legitimidade e veracidade A utoexecutoriedade T Ipicidade I mperatividade A presunção de legitimidade e veracidade é o atributo segundo o qual todo ato administrativo é proferido de acordo com o ordenamento jurídico (legalidade) e são seus fundamentos verdadeiros. Trata-se de presunção relativa (iuris tantum), ou seja, admite-se prova em contrário. Tal atributo é que permite a imediata execução dos atos administrativos, ainda que defeituosos ou inválidos, enquanto não pronunciada sua nulidade. A imperatividade, também denominada por alguns de coercibilidade, é a possibilidade que tem a Administração de criar obrigações ou impôr restrições, unilateralmente, aos administrados. Decorre do chamado poder extroverso do Estado, ou seja, poder de restringir direitos ou criar obrigações para particulares. Com efeito, podemos constatar que esse atributo somente CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 7 estará presente nos atos administrativos que criem obrigações ou restrições (atos de polícia, por exemplo), não estando em outros atos (emissão de certidão), por não criarem qualquer obrigação. A autoexecutoriedade é o poder que tem a Administração de imediata e diretamente, executar seus atos, independentemente de ordem judicial. Pode-se dividir tal atributo em exigibilidade e executoriedade. A exigibilidade seria a obrigação do particular em cumprir as determinações da Administração (coerção indireta) e a executoriedade seria o poder de a Administração fazer o particular cumprir suas obrigações e em caso de não cumprimento ela mesma adotar as medidas inerentes ao cumprimento do ato (coerção direta). Assim, a multa administrativa não gozaria de executoriedade, eis que a Administração não poderia se valer de sua força para adentrar a esfera de patrimônio do administrativo, em caso de não cumprimento, a fim de se fazer cumprir. Por outro lado, é exigível na medida em que pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios indiretos, tal como bloqueio de documento de veículo, por exemplo. Por fim, tipicidade que é o atributo no qual o ato administrativo deve corresponder às figuras estabelecidas previamente no ordenamento jurídico, ou seja, o ato deve estar tipificado, deve constar na lei como apto a produzir determinados efeitos. Por isso, assertiva “I” cuida da presunção de legitimidade e validade, pois é o atributo que autoriza a imediata execução do ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos. Tome cuidado!!! Veja os planos do ato administrativo. Significa dizer que mesmo que o ato tenha algum vício (plano da validade), ele poderá ser executado (plano da eficácia), visto que goza de presunção de legitimidade. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 8 A assertiva “II” cuida da imperatividade que é atributo que impõe a coercibilidade para o cumprimento ou execução de certos atos administrativos. E na assertiva “III” estamos diante da auto- executoriedade novamente, na medida em que consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. Gabarito: “A” 6. (PROCURADOR – PGE/MT – FCC/2011) Constitui atributo do ato administrativo: a) executoriedade, caracterizada pela possibilidade de a Administração colocá-lo em execução sem necessidade de intervenção judicial, independentemente de previsão legal. b) vinculação ao princípio da legalidade, impedindo a prática de atos discricionários. c) presunção de veracidade, não admitindo prova em contrário no que diz respeito aos seus fundamentos de fato. d) presunção de legitimidade, só podendo ser invalidado por decisão judicial. e) imperatividade, caracterizada pela sua imposição a terceiros, independentemente de concordância, constituindo, unilateralmente, obrigações a estes imputáveis. Comentário: A alternativa “a” está errada. A executoriedade é subatributo da autoexecutoriedade, é caracteriza-se pela possibilidade de a Administração colocar o ato em execução sem necessidade de intervenção judicial, mas desde que haja previsão legal. A alternativa “b” está errada. A vinculação ao princípio da legalidade, não impede a prática de atos discricionários. Pelo contrário, é a própria lei que possibilita tal prática. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 9 A alternativa “c” está errada. A presunção de veracidade é relativa, por isso admite prova em contrário. A alternativa “d” está errada. A presunção de legitimidade também é relativa e pode ser objeto de invalidação por decisão judicial ou administrativa. A alternativa “e” está correta. A imperatividade é caracterizada pela imposição a terceiros, independentemente de concordância, ou seja, unilateralmente, de obrigações. Gabarito: “E”. 7. (ESAF/2004 – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os atos administrativos não são dotados do atributo de a) auto-executoriedade. b) imperatividade. c) irrevogabilidade. d) presunção de legitimidade. e) presunção de verdade. Comentário: Como observamos, o ato administrativo goza dos atributos da Presunção de legitimidade e veracidade (verdade), da autoexecutoriedade, da imperatividade e da tipicidade. Portanto, não é atributo seu a irrevogabilidade. Gabarito: “C”. 8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) A presunção de legitimidade,como atributo do ato administrativo, a) diz respeito à conformidade do ato com a lei. b) é absoluta, não podendo ser contestada. c) está presente apenas em alguns atos administrativos. d) pode, por ser relativa, ser afastada ex officio pelo Poder Judiciário. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 10 e) pode ser contestada somente no âmbito administrativo. Comentário: A presunção de legitimidade diz respeito à qualidade do ato de se presumir de ter sido praticado de acordo com o ordenamento jurídico, ou seja, com a lei, de modo que deverá ser cumprido pela Administração e pelos administrados até que se declare sua nulidade pela própria Administração ou pelo Judiciário, quando instado a se manifestar. Com efeito, devemos lembrar que essa presunção é relativa (juris tantum) que significa dizer que admite prova em contrário. Diferente seria se fosse absoluta (jure et iure), de modo que não admitiria prova em contrário. Por fim, como ressaltado, todo ato administrativo goza dessa presunção. Gabarito: “A”. 9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 1ª – FCC/2011) Um dos atributos dos atos administrativos tem por fundamento a sujeição da Administração Pública ao princípio da legalidade, o que faz presumir que todos os seus atos tenham sido praticados em conformidade com a lei, já que cabe ao Poder Público a sua tutela. Nesse caso, trata-se do atributo da a) exigibilidade b) tipicidade. c) imperatividade. d) autoexecutoriedade. e) presunção de legitimidade. Comentário: Tendo em vista que a Administração Pública somente faz o que lei lhe permite ou autoriza, presume-se, por isso, que seus atos CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 11 estejam em conformidade com a lei, consoante a presunção de legitimidade, ou seja, presume-se que seus atos sejam legítimos. Gabarito: “E”. 10. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AM – FCC/2010) Decorre do atributo de presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos que: a) as prestações tipicamente administrativas podem ser exigidas imediata e diretamente pela Administração, sem necessidade de mandado judicial. b) o particular está obrigado ao fiel atendimento do ato, sob pena de se sujeitar a execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. c) na Administração Pública, só é permitido fazer o que a lei autoriza e seus preceitos não podem ser descumpridos. d) enquanto não sobrevier o pronunciamento de nulidade, os atos administrativos são tidos por válidos e operantes, quer para a Administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários de seus efeitos. e) toda atividade pública será ilegítima se não houver a sua adequação aos princípios da moralidade e da legalidade. Comentário: A alternativa “a” diz respeito à auto-executoriedade, ou seja, as prestações tipicamente administrativas podem ser exigidas imediata e diretamente pela Administração, sem necessidade de mandado judicial. A alternativa “b” diz respeito à imperatividade, na medida em que o particular está obrigado ao fiel atendimento do ato, sob pena de se sujeitar a execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. A alternativa “c” diz respeito ao primado da legalidade, eis que na Administração Pública, só é permitido fazer o que a lei autoriza e seus preceitos não podem ser descumpridos. A alternativa “d” cuida da presunção de legitimidade e CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 12 veracidade, ou seja, enquanto não sobrevier o pronunciamento de nulidade, os atos administrativos são tidos por válidos e operantes, quer para a Administração, quer para os particulares sujeitos ou beneficiários de seus efeitos, na medida em que se presume terem sido editados de acordo com a lei e que são verdadeiros. A alternativa “e” caracteriza a atuação administrativa em descompasso com o ordenamento jurídico, sendo, portanto, passível de nulidade, pois não só quando contrária a lei, mas também contrário a moral, será tida por ilegítima a atuação administrativa. Gabarito: “D” 11. (ESAF/2004 – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os atos administrativos, mesmo quando eivados de vícios passíveis de invalidá-los, gozam de atributo da presunção de legitimidade, o que a) autoriza sua imediata execução ou operacionalidade. b) impede sua anulação pela própria Administração. c) não admite impugnação nem prova em contrário. d) só admite sua anulação por decisão judicial. e) garante validade aos direitos produzidos, até antes de serem anulados. Comentário: A presunção de legitimidade é atributo no qual se presume que o ato foi praticado de acordo com o Direito, e, dessa forma, autoriza sua imediata execução ou operacionalidade. Gabarito: “A”. 12. (FISCAL DE RENDAS – SEFAZ/RJ – FGV/2008) O atributo do ato administrativo designado por auto-executoriedade deriva do princípio da legalidade: a) subjetiva. b) relativa. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 13 c) absoluta. d) estrita. e) objetiva. Comentário: Aqui nós temos uma questão para quebrar as pernas dos candidatos. Veja o seguinte: O princípio da legalidade administrativa é também chamado legalidade estrita ou restrita. Daí, poderíamos concluir que os atributos do ato decorrem da legalidade estrita. Contudo, devemos considerar o seguinte. Quando uma pessoa qualquer tem certo direito e o postula à Administração, esta poderá, pelo seu poder de autotutela, conferi-lo, sem intervenção do Judiciário, eis a legalidade subjetiva. Agora, quando se trata de atuação geral e irrestrita, a Administração deve guardar coerência com a lei, e atuar objetivamente, independentemente de haver lesão ou não a direito de alguém, pautando-se pela observância dos ditames legais, isso é a legalidade objetiva. Assim, a autoexecutoriedade deriva do princípio da legalidade na sua acepção objetiva, já que, em tese, não se está diante da lesão de direito de outrem, mas a atuação objetiva da Administração no exercício regular de seus fins. Essa questão, convenhamos, é um verdadeiro absurdo. Deveria mesmo é ter sido anulada, pois a legalidade estrita também seria resposta adequada ao tema. Gabarito: “E”. 13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) Sobre os atributos do ato administrativo, é correto afirmar que CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 14 a) a imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições. b) a presunção de legitimidade impede que o ato administrativo seja contestado perante o Judiciário. c) a auto-executoriedade está presente em todo e qualquer ato administrativo. d) a imperatividade implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei. e) a presença da auto-executoriedade impede a sus- pensão preventiva do ato pela via judicial. Comentário: A alternativa “a” está correta. De fato, a imperatividade, também denominada poder extroverso, traduz a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigaçõespara os administrados, ou impor-lhes restrições. A alternativa “b” está errada. A presunção de legitimidade e veracidade é relativa (júris tantum), por isso não impede que seja contestada, impugnada, tanto na via administrativa, quanto na judicial. A alternativa “c” está errada. Nem todo ato administrativo é auto-executável. É que existem atos que, muito embora exigíveis, não são executáveis, tal como a multa de trânsito, também em relação aos atos enunciativos. A alternativa “d” está errada. Não é da imperatividade, mas da presunção de legitimidade e veracidade que implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei. A alternativa “e” também está errada. Ocorre que a presença da auto-executoriedade não impede a suspensão preventiva do ato pela via judicial. A auto-executoriedade permite à Administração a execução direta de seus atos, mas isso poderá ser obstando pelo Poder Judiciário. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 15 Gabarito: “A”. 14. (ANALISTA SUPERIOR – MPE/SE – FCC/2009) A Administração Pública pode editar atos administrativos e cumprir suas determinações sem necessidade de oitiva ou autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra autoridade. Tem-se aí a definição de um dos atributos do ato administativo, consistente na (A) inexorabilidade de seus efeitos. (B) inafastabilidade do controle jurisdicional. (C) presunção de legitimidade. (D) auto-executoriedade. (E) insindicabilidade. Comentário: Percebam bem. Toda vez que se falar em a Administração pode executar diretamente, sem necessidade de autorização do Judiciário ou qualquer outra autoridade, significa que estaremos diante da auto-executoriedade, ou seja, qualidade que confere aos atos administrativos a possibilidade de serem direta e imediatamente exigidos e executados. Gabarito: “D” 15. (PROCURADOR – TCE/SP – FCC/2011) O ato administrativo distingue-se dos atos de direito privado por, dentre outras razões, ser dotado de alguns atributos específicos, tais como a) autodeterminação, desde que tenha sido praticado por autoridade competente, vez que o desrespeito à competência é o único vício passível de ser questionado quando se trata deste atributo. b) autoexecutoriedade, que autoriza a execução de algumas medidas coercitivas legalmente previstas diretamente pela Administração. c) presunção de legalidade, que permite a inversão do ônus da prova, de modo a caber ao particular a prova dos fatos que aduz como verdadeiros. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 16 d) imperatividade, desde que tenha sido praticado por autoridade competente, vez que o desrespeito à competência é o único vício passível de ser questionado quando se trata deste atributo. e) presunção de veracidade, que enseja a presunção de conformidade do ato com a lei, afastando a possibilidade de dilação probatória sobre a questão fática. Comentário: São atributos do ato administrativo a presunção de legitimidade e veracidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e a tipicidade. Assim, a alternativa “a” está errada. Não há o atributo da autodeterminação. A alternativa “b” está correta. De fato, a autoexecutoriedade, que autoriza a execução de algumas medidas coercitivas legalmente previstas diretamente pela Administração. A alternativa “c” está errada. A presunção de legitimidade e veracidade que estabelece serem legítimos e verídicos os fatos e fundamentos que deram ensejo ao ato. Assim, caberá ao particular o ônus da prova, para demonstrar que o ato é falso, inexistente ou incompatível com o ordenamento jurídico. De toda sorte, entendo que essa questão é mal formulada, pois há a visão clássica da presunção de legalidade, a qual estabelece a inversão do ônus da prova, ou seja, de que cabe ao particular demonstrar que o ato é falso ou nulo. O erro seria apenas que, neste ponto, não diverge dos atos privados, na medida em que também nestes que alega deve provar, assim que alega que o ato tem vício, deve provar. A alternativa “d” está errada. A imperatividade quando o ato gozar desse atributo, ainda que tenha sido praticado por autoridade competente (presunção de legitimidade). E, ademais, esse não é o único vício passível de ser questionado quando se trata deste atributo, CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 17 porque os demais elementos também podem ser questionados, tal como a forma, a finalidade etc. A alternativa “e” está errada. A presunção de veracidade enseja a presunção em relação aos fatos. Já a presunção de legitimidade é que enseja a presunção de conformidade do ato com a lei. E, de todo modo, não se afasta a possibilidade de dilação probatória sobre a questão fática. Gabarito: “B”. 16. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) A auto- executoriedade, como um dos atributos do ato administrativo, a) afasta a apreciação judicial do ato. b) existe em todos os atos administrativos. c) é a qualidade do ato que dá ensejo à Administração Pública de, direta e imediatamente, executá-lo. d) significa que a Administração Pública tem a possibilidade de, unilateralmente, criar obrigações para os administrados. e) implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei. Comentário: Alternativa “A” está errada, pois é sempre possível o controle judicial dos atos administrativos. Alternativa “B” está errada. E muito boa para podermos complementar nosso conhecimento. Devemos entender que o único requisito que todo administrativo realmente goza é da presunção, e podemos dizer da tipicidade, ou seja, a auto-executoriedade e a imperatividade podem não serem encontradas em alguns atos administrativos, por exemplo os enunciativos (certidões, declarações). A auto-executoriedade, como vimos, pode ser desmembrada em executoridade e exigibilidade. Para o ato ser auto- executório, ele deve ser exigível e executável. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 18 Temos, por exemplo, algumas multas administrativas (por exemplo, a de Trânsito) que não gozam do atributo da executoriedade, ou seja, não pode a Administração se fazer cumprir diretamente, tem que ir a juízo para cobrar, acaso o cidadão não a cumpra voluntariamente. No entanto, pode criar mecanismos de exigibilidade (coerção indireta) para que o indivíduo venha pagá-la, tal como dar um descontinho, não emitir documento de licenciamento de veículo etc. Atenção: não estamos a discutir a legitimidade desses instrumentos de coerção indireta. Isso é uma outra coisa, diz respeito à validade. A alternativa “c” é a correta, ou seja, a auto- executoriedade é a qualidade do ato que dá ensejo à Administração Pública de, direta e imediatamente, executá-lo. A alternativa “d” se refere à imperatividade que significa que a Administração Pública tem a possibilidade de, unilateralmente, criar obrigações para os administrados. Por fim, a alternativa “e” é a presunção de legitimidade, a qual implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei. Por isso, diz-se que se trata de presunção relativa (juris tantum), ou seja, que admite provaem contrário. Gabarito: “C”. 17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/PI – FCC/2009) Em tema de atributos dos atos administrativos, considere: I. Legitimidade é atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe ao particular, independentemente de sua concordância. II. Depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a impugnação administrativa ou jurisdicional. III. Auto-executoriedade significa que a Administração Pública pode executar suas decisões, com coercitividade, desde que submeta o ato previamente ao Poder Judiciário. É correto o que consta APENAS em CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 19 a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) I e III. Comentário: Item “I” está errado. Já vimos que o atributo segundo o qual o ato administrativo se impõe ao particular, independentemente de sua concordância, é a imperatividade (coercibilidade direta). Item “II” é correto. Como afirmado, depois de editado o ato, ele produz seus efeitos como se válido fosse até a impugnação administrativa ou jurisdicional, pois goza de presunção de legitimidade e veracidade. Item “III” está errado, pois não necessita a Administração Pública de submeter seus atos previamente ao Judiciário para executá- los, como visto, a auto-executoriedade permite a execução direta e imediata, independentemente de autorização judicial. Portanto, somente o item “I” está correto. Gabarito: “B”. 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) Sobre os atributos do ato administrativo, é correto afirmar que a) a imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições. b) a presunção de legitimidade impede que o ato administrativo seja contestado perante o Judiciário. c) a auto-executoriedade está presente em todo e qualquer ato administrativo. d) a imperatividade implica o reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 20 e) a presença da auto-executoriedade impede a suspensão preventiva do ato pela via judicial. Comentário: A alternativa “a” está correta, ou seja, é o atributo da imperatividade que possibilita à Administração Pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições. A alternativa “b” está errada, como sabemos não é porque o ato administrativo goza de presunção de legitimidade que se impede sua impugnação perante o Judiciário. Sabidamente essa presunção é relativa, portanto, admite-se que se prova sua invalidade, tanto administrativamente quanto judicialmente. A alternativa “c” está errada, pois verificamos que nem todo ato administrativo é autoexecutável, tal com o exemplo de multas de trânsito, certidões ou atestados. A alternativa “d” está errada. A imperatividade é a criação de obrigações, de forma unilateral, pela Administração. O reconhecimento de que, até prova em contrário, o ato foi expedido com observância da lei, trata-se da presunção de legitimidade e veracidade. A alternativa “e” está errada, pois poderá o ato administrativo ser contestado de forma repressiva, ou seja, quando já deflagrado, ou poderá de forma preventiva, ou seja, na iminência de ser editado, poderá ser objeto de controle judicial, que poderá determinar a suspensão preventiva. Gabarito: “A” 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – FCC/2009) O atributo do Ato Administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a a) discricionariedade vinculada. b) auto-executoriedade. c) eficácia. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 21 d) presunção de veracidade. e) imperatividade. Comentário: Bem, vimos que a coercibilidade é decorrência da imperatividade, ou seja, poder que tem a Administração de criar obrigações, de forma unilateral, para nós administrados. Gabarito: “E”. 20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 7ª REGIÃO – FCC/2009) Imperatividade é o atributo pelo qual o ato administrativo a) deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei. b) está de conformidade com a lei. c) pode ser posto em execução pela própria Administração, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. d) se impõe a terceiros, independentemente de sua concordância. e) goza da presunção quanto à veracidade dos fatos alegados pela Administração. Comentário: A imperatividade se traduz no poder dado à Administração para impor obrigações aos administrados (terceiros) independentemente de sua concordância, ou seja, unilateralmente. Assim, a alternativa “a” está errada, porque diz respeito à tipicidade. A alternativa “b” está errada. Trata-se da presunção de legitmidade. A alternativa “c” está errada, porque se refere à auto- executoriedade. E, enfim, a alternativa “e” está errada, por se tratar da CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 22 presunção de veracidade. Gabarito: “D”. 21. (ADVOGADO – BADESC – FGV/2010) O atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que de forma contrária a sua concordância, é denominado: a) competência. b) veracidade. c) vinculação. d) imperatividade. e) autoexecutoriedade. Comentário: Conforme já observamos, a imperatividade é o atributo pelo qual atos administrativos se impõem a terceiros, ainda que de forma contrária a sua concordância, na medida em que permite à Administração impor, unilateralmente, obrigações aos administrados. Gabarito: “D”. 22. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) Sobre os requisitos e atributos do ato administrativo é correto afirmar: (A) a imperatividade é atributo presente em todos os atos administrativos. (B) finalidade é requisito discricionário de qualquer ato administrativo. (C) auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial. (D) a forma escrita é da essência do ato administrativo, não sendo admitida outra forma. (E) nem todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 23 Comentário: A alternativa “a” está errada. Alguns atos administrativos podem não gozar da imperatividade, ou seja, o atributo da imperatividade ou coercibilidade traduz-se na possibilidade de a Administração criar obrigações ou impor restrições, unilateralmente, aos administrados. Como já destacado, trata-se de uma decorrência do chamado poder extroverso, ou seja, poder de restringir direitos ou criar obrigações para particulares. Com efeito, tal atributo não se verifica nos atos declaratórios, por só expressarem situação de fato, sendo exemplo as declarações, as certidões etc. A alternativa “b” está errada. A finalidade não é requisito discricionário do ato administrativo, conforme veremos, a finalidadeé sempre um requisito vinculado, ou seja, sempre o agente público deve- se pautar no sentido de alcançar, satisfazer o interesse público. A alternativa “c” está correta. A autoexecutoridade enseja essa possibilidade de a própria Administração direta e imediatamente executar seus atos, independentemente de ordem ou autorização judicial. Significa dizer que a Administração Pública não precisa de autorização ou ordem judicial para tomar providências a fim de resguardar o interesse público. Por exemplo, se alguém invade área pública, não é necessário que a Administração vá a Juízo para obter provimento para retirar o indivíduo da localidade, basta que ela mesma, por meio de seus agentes, retire o ocupante. A alternativa “d” está errada. O ato administrativo como regra terá a forma escrita. Porém, admite-se outras formas previstas em lei, tal como a sonora (apito do guarda de trânsito), por sinais (placas e sinalizações), a verbal (ordens administrativas). A alternativa “e” também está errada. Todo ato CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 24 administrativo se presta para tais finalidades, ou seja, de criar, modificar, ou comprovar situações jurídicas que dizem respeito a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder Público. Gabarito: “C”. 23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AM – FCC/2010) Dentre os requisitos do ato administrativo, inclui-se a a) auto-executoriedade. b) presunção de legitimidade. c) finalidade. d) imperatividade. e) tipicidade. Comentário: Não vamos confundir os atributos com os elementos (requisitos) dos atos administrativos. Os atributos são características, qualidades do ato (presunção de legitimidade e veracidade, autoexecutoriedade, imperatividade e tipicidade*). Os elementos (requisitos) são componentes formadores ou que integram o ato administrativo (competência, finalidade, motivo, forma e objeto). Gabarito: “C”. 24. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AP – FCC/2011) Analise as seguintes assertivas sobre os requisitos dos atos administrativos: I. O objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato produz. II. Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido, se os motivos forem verdadeiros. III. O requisito finalidade antecede à prática do ato. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 25 Está correto o que se afirma em a) III, somente. b) I e II, somente. c) I e III, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III. Comentário: Com base na Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) é possível extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo, sendo: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. a) Competência Competência é o poder conferido por lei a um determinado agente público para desempenho de certas atribuições. A competência sempre decorre de lei, sendo portanto um dever seu exercício, ou seja, dever-poder, visto que o agente não cabe escolher exercitá-la ou não, devendo atuar sempre e quando for determinado por lei. Diante disso, podemos dizer que a competência possui as seguintes características: � Seu exercício é obrigatório (dever-poder) � É irrenunciável, não se admite que o agente renuncie, abdique, ou seja, abra mão de sua competência. � É intransferível, ou seja, não poderá o agente público transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei. � É inderrogável, ou seja, não se modifica pela vontade do agente, da Administração ou de terceiros. Somente a lei pode modificá-la. � É imprescritível, significando dizer que não importa em CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 26 perda de sua competência o simples fato de não tê-la exercido, o agente público por certo período. Nestes termos dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo) que “a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos”. Todavia, é possível ao agente público delegar, parcial e temporariamente, suas atribuições, se e quando a lei permitir, de modo que nesta situação ele poderá revogar a delegação a qualquer tempo, não se tratando, portanto, de renúncia ou transferência de sua competência. Delegação é a transmissão de poderes para que outrem realize certos atos pelo agente delegante. E, avocar é chamar para si certos poderes de outro agente. Com efeito, não é vedada a delegação e avocação de competências. Todavia, deverão ser exercidas nos limites e termos permitidos por lei. Assim, devemos observar que a regra é a possibilidade de delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, na medida em que, conforme estabelece o art. 13, somente é vedada a delegação de: a) edição de atos de caráter normativo; b) a decisão de recursos administrativos; c) as matérias de competências exclusivas do órgão ou autoridade. Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode ocorrer quando: a) não existir impedimento legal; b) houver conveniência administrativa em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Não poderá, no entanto, ser total, deve ser apenas de parcela da competência e tem que ser temporária, ou seja, feita por prazo determinado. É importante mencionar que a delegação poderá ser feita para órgão ou agentes que estejam subordinados à autoridade delegante, como também poderá ser feita quando não exista CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 27 subordinação hierárquica. Significa dizer que o delegado, ou seja, aquele que recebe a delegação, órgão ou agente, não precisa ser necessariamente subordinado ao delegante. O ato de delegação, conforme determina a Lei, deverá conter a matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício de atribuições delegada. Assim, os atos praticados pelo delegado, no exercício da delegação, deverão constar tal fato, ou seja, que age na qualidade de delegado, de modo que os atos que praticar nessa condição deverão ser considerados editados pelo delegado. Por fim, o ato de delegação poderá a qualquer momento ser revogado pelo delegante, devendo, tanto este ato como o da própria delegação ser publicado no meio oficial. A avocação, por outro lado, é a possibilidade de um superior hierárquico chamar para si o exercício, temporário e excepcional, de parte de competências conferidas a um subordinado. Portanto, é sempre temporária e se dará por motivos relevantes devidamente justificados, não podendo ocorrer quando se tratar de competência exclusiva do subordinado. Dessa forma, a Lei nº 4.417/65 (Lei de Ação Popular – LAP) diz que são nulos os atos praticados com vício de incompetência, e que a incompetência caracteriza-se quando o ato não se incluir nas atribuições legais. Com efeito, quando tratamos de competência, somos levados a verificar o denominado abuso de poder, ou seja, o uso anormal do poder. O uso do poder é a utilização normal das prerrogativas públicas, abusode poder é, conforme lição de José dos Santos Carvalho Filho “a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa e implicitamente traçados na lei”. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 28 Diante disso, podemos perceber duas formas de vício quanto ao uso do poder, sendo o excesso de poder e o desvio de poder (desvio de finalidade). Ocorre o excesso de poder quando o agente atua fora ou além dos limites da competência que lhe foi atribuída. O desvio de poder ou de finalidade ocorre quando o agente, muito embora seja competente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida em lei para a prática de certo ato. Como disse, o desvio de poder também é conhecido como desvio de finalidade, ou seja, conduta do agente público que dá finalidade ao ato administrativo diverso daquela prevista na lei. Exemplo do superior que, no sentido de punir, perseguir, o subordinado, remove-o para comarca distinta da sua sede. Tanto quando há excesso de poder ou desvio de poder, diz-se que houve abuso de poder. Assim, agindo o agente, comete ato ilícito administrativo (além de ilícito penal, Lei nº 4.898/65), visto que o abuso de poder afronta o princípio da legalidade, sujeitando-se, portanto, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial (mandado de segurança, por exemplo). Ademais, podemos citar outros vícios relacionados à competência, por exemplo a chamada usurpação de poder ou de função e o exercício da função de fato. A usurpação de função acontece quando um indivíduo se faz passar pelo agente público competente para a realização de certas atribuições. Por exemplo: pessoa que se faz passar por um carteiro a fim de cometer ilícitos. Um agente da ABIN que se faz passar por um Delegado de Polícia a fim de obter documentos constantes de inquérito policial etc. Já o exercício da função de fato se dá quando o agente é investido em cargo, emprego ou função, muito embora exista alguma irregularidade que torna esse ato ilegal. Aqui nós teríamos a chamada teoria do servidor de fato, ou seja, de um agente que de fato CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 29 exerceu as atribuições ou competências administrativas como se de direito fosse um servidor. Nesse caso, deve ser aplicada a teoria da aparência, de modo a considerar os atos praticados por tal agente como válidos ou pelo menos seus efeitos, eis que não seria dado ao cidadão (administrado) imaginar que tal agente não era um servidor legalmente investido nas atribuições do cargo. O vício de competência poderá ensejar a declaração de nulidade do ato. No entanto, em certos casos, tal como o do exercício da função de fato, admite-se sua convalidação. No entanto, se o vício acerca da competência diz respeito à matéria, ou seja, se uma autoridade dispõe sobre matéria que não está afeta à sua competência ou ainda se é matéria de competência exclusiva, não há possibilidade de convalidação. De outro lado, se a competência diz respeito tão-somente à pessoa, desde que não se trate de competência exclusiva, mas o ato foi praticado no órgão correspondente, haverá a possibilidade de convalidação. Podemos, então, dizer que a competência será sempre um elemento ou requisito vinculado, ou seja, sempre é definida por lei. b) Finalidade A finalidade é outro requisito ou elemento do ato administrativo e diz respeito ao fim perseguido pelo ato, ou seja, qual o seu objetivo. Com efeito, todo e qualquer ato administrativo tem por objetivo, por fim, atender ao interesse público. Essa finalidade está sempre, expressa ou implicitamente, estabelecida na lei, de modo que a finalidade é sempre elemento vinculado. A violação aos fins legais, como vimos, importa em vício que acarreta a nulidade do ato administrativo, por abuso de poder, denominado desvio de poder ou desvio de finalidade. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 30 Os atos praticados com desvio de finalidade, ou seja, com ofensa à finalidade, são, em regra, para atender a sentimento pessoal do agente, que utiliza de seu poder, sua competência, para buscar a satisfação de seus desejos, violando a finalidade do ato. c) Forma A forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade da Administração, ou seja, consiste na realização do ato segundo os procedimentos ou solenidades descritas na norma. É como se materializa o ato administrativo. A doutrina clássica tem entendido que se trata também de um elemento vinculado, pois a lei determina como o ato deva ser praticado. Assim, em princípio, todo ato administrativo seria formal, adotando-se, como regra, a forma escrita. No entanto, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.784/99, e entendimento doutrinário mais moderno, ao qual aderimos, nem sempre a forma está prevista em lei, ou seja, às vezes ela é livre. Explico. Muito embora a Lei nº 9.784/99 determine que os atos do processo administrativo sejam realizados por escrito, o citado artigo estabelece que “os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”. Assim, é possível percebemos que a forma será livre, salvo quando a lei expressamente a estabelecer. Teríamos, portanto, o chamado princípio do formalismo moderado. Entretanto, quando a lei estabelecer que a forma seja da essência do ato, este somente será válido se observar tal determinação, não sendo possível a sua convalidação por vício dessa natureza. De mais a mais, é importante destacar que poderemos ter atos administrativos exteriorizados não só pela forma escrita, mas por meio verbal, por gestos ou mímica, até mesmo por meio de CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 31 equipamentos ou sinais. d) Motivo Motivo é o fundamento de fato e de direito que serve de suporte ao ato administrativo, ou seja, como bem destacado por Hely Lopes Meirelles, motivo ou causa, “é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo”. É preciso, no entanto, diferenciarmos motivo e motivação. A motivação, conforme leciona Celso Bandeira de Mello, integra a formalização do ato, sendo a exteriorização, exposição, dos fundamentos de fato e de direito que deram suporte a prática do ato, ou seja, é a demonstração ou exposição dos motivos. É controvertido, doutrinariamente, acerca da obrigatoriedade de ser expor a motivação do ato administrativo, sendo obrigatória para alguns (Celso Antônio, Di Pietro) e não obrigatória para outros (José dos Santos). Há, ainda, o entendimento no sentido de que a motivação seria obrigatória nos atos vinculados e dispensada para atos discricionários. Deve-se ressaltar, no entanto, que todo administrativo tem um motivo, porém nem todos têm motivação. Com efeito, alguns atos administrativos não precisam ser motivados, ou seja, não carecem da exposição de seus motivos, tal como é o caso da nomeação e exoneração de cargo comissionado, por ser declarado de livre nomeação e exoneração. Assim, a regra é os atos administrativos serem motivados. Todavia, existem atos administrativos que não carecem de motivação. Nesse aspecto, a Lei nº 9.784/99, exigiu expressamente a motivação de alguns atos, conformeart. 50, que assim determina; Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 32 I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. Desse modo, pode-se perceber que nem todos os atos administrativos deverão ser motivados. No entanto, é salutar que a Administração Pública, em razão do princípio da transparência, corolário da publicidade, adote como regra a motivação de seus atos. Assim, quando a motivação for obrigatória, trata-se de exigência que diz respeito à forma, de modo que sua ausência nulifica o ato, sendo vício insanável, pois não se admite a motivação posterior na medida em que ela deve ser contemporânea ao ato praticado. Diante disso, vale comentar a denominada Teoria dos Motivos Determinantes. Para esta teoria os motivos que deram suporte à prática do ato integram a sua validade, de maneira que se os motivos forem falsos ou inexistentes o ato estaria viciado, sendo inquinado de nulidade. Tal teoria aplica-se a qualquer ato, mesmo para aqueles que não se exige motivação, mas se declarou o motivo, está vinculado ao declarado. Essa teoria funda-se no princípio de que o motivo do ato administrativo deve sempre guardar correlação com a situação de fato apresentada, ou seja, que deu ensejo ao surgimento do ato. e) Objeto CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 33 Objeto é o resultado prático que a Administração se propõe a conseguir. É denominado, por alguns, como conteúdo, ou seja, é o efeito jurídico imediato do ato administrativo, é a coisa, a atividade, ou a relação de que o ato se ocupa e sobre o qual tende a recair. O objeto do ato administrativo pode ser discricionário ou vinculado, consoante tenha ou não margem para escolha, entre um objeto ou outro, pelo Administrador. Assim, assertiva I está correta. De fato, o objeto do ato administrativo é o efeito jurídico imediato que o ato produz, aquilo que ato gerará. A assertiva II está correta. A toda evidência, o ato deve guardar relação com o motivo que lhe deu ensejo, isto é, conforme a teoria dos motivos determinantes, a motivação vincula a Administração, se falso ou inexistente os fundamentos que deram suporte ao ato ele será inválido. A assertiva III está errada. A finalidade não é um requisito que antecede ao ato, mas é o consequente do ato, ou seja, o objetivo mediato. Gabarito: “B”. 25. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Associe os elementos do ato administrativo a seus conceitos, em linhas gerais. Ao final, assinale a opção correspondente. 1. Sujeito 2. Objeto ou conteúdo 3. Forma 4. Finalidade 5. Motivo ( ) É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 34 ( ) É o efeito jurídico imediato que o ato produz. ( ) É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. ( ) É aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. ( ) É a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua formação. a) 2, 4, 3, 1, 5 b) 2, 5, 1, 3, 4 c) 5, 2, 4, 1, 3 d) 5, 4, 2, 1, 3 e) 3, 1, 4, 2, 5 Comentário: O motivo (5) é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. O objeto (2) é o efeito jurídico imediato que o ato produz. A finalidade (4) é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. O sujeito (1) é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato. E, enfim, a forma (3) é a exteriorização do ato e/ou as formalidades que devem ser observadas durante o processo de sua formação. Gabarito: “C”. 26. (ESAF/2005 – RECEITA FEDERAL – AFRF) Analise o seguinte ato administrativo: O Governador do Estado Y baixa Decreto declarando um imóvel urbano de utilidade pública, para fins de desapropriação, para a construção de uma cadeia pública, por necessidade de vagas no sistema prisional. Identifique os elementos desse ato, correlacionando as duas CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 35 colunas. 1 Governador do Estado 2 Interesse Público 3 Decreto 4 Necessidade de vagas no sistema prisional 5 Declaração de utilidade pública ( ) finalidade ( ) forma ( ) motivo ( ) objeto ( ) competência a) 4/3/5/2/1 b) 4/3/2/5/1 c) 2/3/4/5/1 d) 5/3/2/4/1 e) 2/3/5/4/1 Comentário: Temos uma questão que envolve os elementos. Com efeito, na hipótese descrita, o Governador é a autoridade competente (1), o interesse público e a finalidade (2) que visa atingir a desapropriação, o decreto é a exteriorização do ato, ou seja, a forma do ato (3), a necessidade de vagas no sistema prisional é o motivo, ou seja, a razão de fato e de direito que levou à desapropriação (4). E, enfim, e o objeto do ato (conteúdo) e a declaração de utilidade pública (5). Assim, temos: (2) finalidade; (3) forma; (4) motivo; (5) objeto e (1) competência. Gabarito: “C”. 27. (ESAF/2004 – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Não constitui requisito ou elemento essencial de validade, dos atos administrativos em geral, o de a) agente capaz. b) autoridade competente. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 36 c) finalidade de interesse público. d) forma própria. e) objeto lícito. Comentário: Dentre os elementos ou requisitos de validade do ato administrativo temos a competência (sujeito ou autoridade competente), a finalidade (interesse público), a forma (prescrita e não vedada em lei), o motivo e o objeto (conteúdo). Assim, não é elemento ou requisito do ato administrativo o agente capaz. Gabarito: “A”. 28. (TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - TRT 19ª REGIÃO - FCC/2008) Tício, funcionário público federal, requer a contagem de tempo de serviço para aposentadoria. O órgão onde trabalha expede uma certidão nela constando todo o tempo, o que garante a aposentadoria do requerente. Essa certidão contém requisitos e atributos que são peculiares aos atos administrativos, podendo-se apontar, como atributo, dentre outros: a) o objeto. b) o motivo. c) a presunção de veracidade. d) a forma. e) a finalidade. Comentário: Conforme vimos, o ato administrativo possui os seguintes atributos: Presunção de legitimidade e veracidade (presunção de legitimidade e presunção de veracidade), autoexecutoridade (executoriedade e exigibilidade), imperatividade e tipicidade. ( P.A.T.I ) CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITOADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 37 De outro lado é preciso sabermos os requisitos do ato administrativo. Neste aspecto, a Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) nos permite extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo, sendo: a) Competência b) Finalidade c) Forma d) Motivo e) Objeto. Alguns autores, tal como o Prof. Celso Bandeira de Mello, separa em pressupostos e elementos, ou seja, diz que alguns dos ditos elementos são anteriores ao próprio ato e, por isso, seriam pressupostos. O fato é que para concurso, ficamos com a maioria, ou seja, também usaremos elementos ou requisitos. Assim, a única alternativa que contém atributo do ato administrativo é a alternativa “c” (presunção de veracidade), pois as demais trazem requisitos ou elementos. Gabarito: “C” 29. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) A respeito dos requisitos, ou elementos, do ato administrativo, considere: I. Competência é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo. II. Delegação de competência é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a um subordinado. III. Motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) I, II e III. (D) II e III, apenas. (E) III, apenas. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 38 Comentário: O item “I” está correto, eis que a competência, conforme destacado, é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo. O item “II” está errado, pois a delegação é o ato pelo qual o agente permite que outrem realize de forma, temporária e parcial, competência que lhe fora conferida. E, a avocação que é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de parte da competência atribuída originariamente a um subordinado. O item “III” é correto, pois o motivo é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. Gabarito: “B” 30. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/PI – FCC/2009) A competência, como um dos requisitos do ato administrativo, é a) transferível. b) renunciável. c) de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos. d) modificável por vontade do agente. e) prescritível. Comentário: Conforme destacado, a competência possui como características, os seguintes traços: � Seu exercício é obrigatório (dever-poder) � É irrenunciável, não se admite que o agente renuncie, abdique, ou seja, abra mão de sua competência. � É intransferível, ou seja, não poderá o agente público CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 39 transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei. � É inderrogável, ou seja, não se modifica pela vontade do agente, da Administração ou de terceiros. Somente a lei pode modificá-la. � É imprescritível, significando dizer que não importa em perda de sua competência o simples fato de não tê-la exercido, o agente público por certo período. Gabarito: “C”. 31. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) São critérios para a distribuição da competência, como requisito ou elemento do ato administrativo, dentre outros: a) delegação e avocação. b) conteúdo e objeto. c) matéria, forma e sujeito. d) tempo, território e matéria. e) grau hierárquico e conteúdo. Comentário: É possível constatar assim que a competência será estabelecida em razão de diversos critérios, tal como: • Em razão da matéria (ratione materiae), sendo exemplo disso a distribuição pelas diversas pastas, ou seja, a criação de órgãos ou entidades em razão da atividade, tal como os Ministérios, Secretarias, organizados por força da matéria), • Em razão do território (ratione loci), ou seja, por zonas de atuação, por força de delimitação territorial, tal como a delegacia da receita federal no Rio Grande do Sul, tal como o órgão de Defensoria Pública no Rio Grande do Norte etc. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 40 • Em razão da hierarquia (superior – subordinado – chefia x chefiado), • Há, ainda, a definição em razão do tempo (prazo certo para realização) e por fracionamento (ou seja, distribuída partes por órgãos num procedimento). Diante disso, temos a competência sendo distribuída em razão da matéria, do território, da hierarquia, do tempo, do fracionamento. Assim, a alternativa correta seria a “D”. Gabarito: “D”. 32. (ESAF/2009 – RECEITA FEDERAL – AFRF) Quanto à competência para a prática dos atos administrativos, assinale a assertiva incorreta. a) Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros. c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada. Comentário: A alternativa “a” está correta. De fato, a competência não se presume, é necessária previsão normativa expressa na medida em que a competência é elemento vinculado. A alternativa “b” está correta. A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 41 A alternativa “c” está correta. Como observado, a competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. A alternativa “d” está correta. De fato, nos termos do art. 13 da Lei nº 9.784/99, admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. A alternativa “e” está errada. A delegação transfere apenas a execução de parte da competência. Desse modo, com o ato, a competência para a prática do ato administrativo não deixa de pertencer à autoridade delegante. Gabarito: “E”. 33. (ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Sobre o abuso de poder, considere: I. Ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das suas finalidades administrativas. II. O abuso de poder só pode ocorrer na forma comissiva, nunca na omissiva. III. Desvio de finalidade não caracteriza abuso de poder. IV. O desvio de finalidade ou de poder ocorre quando a autoridade, atuando fora dos limites da sua competência, pratica o ato com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. V. O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso das suas faculdades administrativas.Está correto o que contém APENAS em (A) I e V. (B) I, II e IV. (C) I, II e V. (D) II e V. (E) III, IV e V. Comentário: CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 42 Conforme vimos, ocorrerá o abuso de poder por excesso de poder ou por desvio de poder (desvio de finalidade). O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora ou além dos limites da competência que lhe foi atribuída. Por outro lado, o desvio de poder ou de finalidade ocorre quando o agente, muito embora seja competente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida em lei ou com a exigida pelo interesse público para a prática de certo ato. Assim: Item I é correto, pois o abuso ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições (excesso) ou se desvia das suas finalidades administrativas (desvio). Item II é errado. Poderá ocorrer o abuso tanto por ação (conduta comissiva), quanto por omissão (conduta omissiva). É possível, por exemplo, citar o servidor que deixa de praticar um determinado ato que é de sua competência, mas sabendo que a inércia ira causar prejuízo a outro colega. Item III é errado. Tanto o excesso de poder, quanto o desvio de finalidade são modalidades de abuso de poder. Item IV é errado, pois se o agente atua fora dos limites de sua competência ocorre o excesso de poder e não o desvio, muito embora, ao final, também se possa caracterizar um desvio. Item V é certo. É Justamente isto, ou seja, o excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso das suas faculdades administrativas. Portanto, I e V estão corretas. Gabarito: “A” CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 43 34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) O ato administrativo praticado com fim diverso daquele objetivado pela lei ou exigido pelo interesse público caracteriza a) excesso de poder. b) desvio de finalidade. c) perda da finalidade. d) mera inadequação da conduta. e) crime de desvio de poder. Comentário: Devemos lembrar que toda vez que o agente, atuando no exercício de sua competência, utiliza-a para fins outros que não os legais ou exigidos pelo interesse público, estará cometendo desvio de finalidade. A propósito, é importante dizer que o abuso de poder também configura ilícito penal, tipificado como crime de abuso de autoridade e não crime de desvio de poder. Gabarito: “B” 35. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AL – FCC/2010) O abuso de poder a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança. b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas. c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar, sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa. d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de finalidade ou de poder. e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de nulidade do mesmo. Comentário: CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 44 Como pudemos observar o abuso de poder é o gênero, tendo como espécies o excesso e o desvio de poder. O abuso de poder é o uso anormal, ilegítimo, fora ou além do estabelecido pelo ordenamento jurídico. Dessa maneira, vejamos as alternativas: A alternativa “a” está errada. O ato administrativo viciado, em especial quando há abuso de poder, pode ser impugnado por meio do mandado de segurança, que visa proteger direito líquido e certo, não tutela por habeas corpus ou habeas data, violado ou ameaçado de violação por ilegalidade ou abuso de poder. A alternativa “b” está errada. Isso porque o abuso de poder tanto pode decorrer de conduta comissiva quanto omissiva, ou seja, pode também ser verificado nos atos omissivos, tal como o exemplo dado em questão anterior, quando determinado agente deixa de praticar ato de sua competência, mas sabendo que a inércia ira causar prejuízo a outro colega ou mesmo ao interesse público. A alternativa “c“ está errada, trata-se do que fora explicado na alternativa anterior. Ou seja, se a Administração retarda ato que deva praticar, está deixando de atuar de acordo com os fins pretendidos pelo interesse público. A alternativa “d” é a correta. Vimos que o abuso de poder pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de finalidade ou de poder. A alternativa “e” também está errada. As formas de abuso, tanto o excesso quanto o desvio, levam à nulidade do ato. Gabarito: “D”. 36. (ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA – TRE/AM – FCC/2010) A prática, pelo agente público, de ato que excede os limites de sua competência ou atribuição e de ato com finalidade diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 45 configuram, respectivamente: a) ato redundante e desvio de execução. b) usurpação de função e vício de poder. c) excesso de poder e ato de discricionariedade. d) excesso de poder e desvio de poder. e) falta de poder e excesso de atribuição. Comentário: Veja que é mera repetição. Então, como dito, a prática, pelo agente público, de ato que excede os limites de sua competência ou atribuição configura EXCESSO DE PODER (EXCEDE) Por outro lado, a prática de ato com finalidade diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei, configura DESVIO DE FINALIDADE (FINALIDADE) Gabarito: “D” 37. (ESAF/2003 – PGFN – PROCURADOR) A remoção de ofício de servidor público como punição por algum ato por ele praticado caracteriza vício quanto ao seguinte elemento do ato administrativo: a) motivo b) forma c) finalidade d) objeto e) competência Comentário: A remoção de ofício com o intuito de punir desvirtua o instituto, ou seja, dá ao instituto da remoção finalidade diversa da que a lei estabelece. Portanto, haverá desvio de finalidade, vício que atinge a finalidade do ato administrativo. Gabarito: “C”. CURSO DE EXERCÍCIOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO AUDITOR FISCAL DA RECEIA FEDERAL/2012 Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 46 38. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/PI – FCC/2009) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que a) o desvio de finalidade, sendo uma espécie de abuso, ocorre quando a autoridade, atuando fora dos limites da sua competência, pratica o ato com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. b) tem o mesmo significado de desvio de poder, sendo expressões sinônimas. c) pode se caracterizar tanto por conduta comissiva quanto por conduta omissiva. d) a invalidação da conduta abusiva só pode ocorrer pela via judicial. e) se caracteriza, na forma de excesso de poder, quando o agente, agindo dentro dos limites da sua competência, pratica o ato de forma diversa da que estava autorizado. Comentário: A alternativa “a” é uma maneira clássica de abordar o tema, ou seja, trocando um instituto pelo outro. Está errada. Vimos que no desvio de finalidade o agente atua nos limites de sua competência, e não fora dela, pois se EXCEDE há excesso e não desvio. Observe o pega: a) o desvio de finalidade, sendo uma espécie
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