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DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 1 BIZU – Direito Empresarial (Fiscal-RJ) Estimados concurseiros e futuros servidores públicos, apresentamos para vocês, nas linhas a seguir, o nosso BIZU de Direito Empresarial para o concurso de Fiscal para o Estado do Rio de Janeiro. É necessário lembrar que, dentre os doze tópicos previstos no edital, foram escolhidos os mais relevantes e que costumam atrair a atenção do examinador. Desta forma, recomendamos que a leitura da legislação também seja realizada, bem como o estudo dos assuntos não ventilados adiante, de modo a propiciar mais segurança ao candidato. Vamos lá! 1. Fundamentos de Direito Empresarial e Registro Empresa atividade econômica organizada com a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços; pensar que não é algo físico, mas abstrato, é uma atividade. Empresário é quem exerce empresa, é o sujeito de direito que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. O empresário pode ser pessoa física (empresário individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária). ���� Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços Habitualidade, Continuidade Atividade Econômica, Lucro Organização: mão-de- obra, matéria-prima, capital e tecnologia Produção ou circulação de bens ou serviços Elementos da Atividade Empresarial DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 2 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. . Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. ���� A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não da sua caracterização. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 3 depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro � exceção à obrigatoriedade de inscrição. 2. Direito Societário Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. AS PESSOAS JURÍDICAS TÈM AUTORIZAÇÃO GENÉRICA PARA A PRÁTICA DOS ATOS JURÍDICOS, ENQUANTO OS ENTES DESPERSONALIZADOS SÓ PODEM PRATICAR OS ATOS PREVISTOS EM LEI. CONFORME DISPOSIÇÃO DO CÓDIGO CIVIL, A PERSONALIDADE JURÍDICA SE INICIA COM A INSCRIÇÃO NO RESPECTIVO REGISTRO. Responsabilidade ilimitada e solidária dos sócios Podem ser demandadas em juízo, mas não podem propor ações Terceiros podem provar sua existência por qualquer meio admitido em direito, já os sócios devem provar por escrito Sociedades em Comum Não terão acesso à recuperação judicial, nem terão autorização para requerer falência DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 4 Classificação Gênero Espécie Quanto à responsabilidade dos sócios Ilimitada Sociedade simples (regra) Sociedade em nome coletivo Limitada Sociedade anônima Sociedade limitada Sociedade simples (organizada como limitada) Mista Sociedades em comandita simples Sociedade em comandita por ações Quanto ao regime de constituição e de dissolução Contratuais Sociedade simples Sociedade em nome coletivo Sociedade em comandita simples Sociedade limitada Institucionais Sociedade anônima Sociedade em comandita por ações Quanto à composição De pessoas Sociedade simples Sociedade em nome coletivo Sociedade limitada (salvo se determinado o contrário no contrato social) De capital Sociedade anônima Sociedade em comandita por ações Dois sócios: oculto e ostensivo Só o sócio ostensivo se obriga perante terceiros Ainda que ocorra registro, tal sociedade não adquira personalidade jurídica Sociedades em Conta de Participação Os recursos do sócio oculto são entregues ao sócio ostensivo e junto com o patrimônio passam a ser considerados patrimônio especial Aplica-se subsidiariamente as regras relativas às sociedades simples DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 5 Mista Sociedade em comandita simples A TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PERMITE QUE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, A AUTONOMIA PATRIMONIAL DAS SOCIEDADES SEJA AFASTADA, RESPONSABILIZANDO-SE OS SÓCIOS. SOCIEDADES SIMPLES � ATIVIDADES PRÓPRIAS DE PROFISSÃO INTELECTUAL; � NÃO PODE ASSUMIR A FORMA DE SOCIEDADE POR AÇÕES; � AS NORMAS TAMBÉM SE APLICAM ÀS SOCIEDADES EM NOME COLETIVO, COMANDITA SIMPLES, ÀS SOCIEDADES LIMITADAS (SE O CONTRATO SOCIAL NÃO ELEGER A LEI DAS S.A. COMO DIPLOMA DE REGÊNCIA SUPLETIVA) E À SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO; � CONSTITUÍDAS POR ATO ESCRITO, PARTICULAR OU PÚBLICO; � OS SÓCIOS PODEM SER PESSOAS NATURAIS EJURÍDICAS, MAS A ADMINISTRAÇÃO DEVE SER EXERCIDA POR PESSOAS NATURAIS; � É POSSÍVEL A UNIPESSOALIDADE TEMPORÁRIA E A ADMISSÃO DE SÓCIOS DE SERVIÇO. SOCIEDADES LIMITADAS � A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS É RESTRITA AO VALOR DE SUAS QUOTAS, MAS TODOS RESPONDEM SOLIDARIAMENTE PELA INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL; �O SÓCIO PODE CEDER SUA QUOTA LIVREMENTE A SÓCIOS, OU A ESTRANHO, SE NÃO HOUVER OPOSIÇÃO DE MAIS DE UM QUARTO DO CAPITAL SOCIAL; � É POSSÍVEL A PREVISÃO CONTRATUAL DE ADMINISTRADORES NÃO SÓCIOS, MAS A DESIGNAÇÃO DESSES DEPENDERÁ DE APROVAÇÃO DA UNANIMIDADE DOS SÓCIOS, ENQUANTO O CAPITAL NÃO ESTIVER INTEGRALIZADO, E DE DOIS TERÇOS, NO MÍNIMO, APÓS A INTEGRALIZAÇÃO; � A INSTITUIÇÃO DO CONSELHO FISCAL É OPTATIVA; � NAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS, A MAIORIA É CALCULADA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE QUOTAS E NÃO PELO NÚMERO DE SÓCIOS; � É POSSÍVEL O SÓCIO RETIRAR-SE DA SOCIEDADE QUANDO HOUVER MODIFICAÇÃO DO CONTRATO, FUSÃO DA SOCIEDADE, INCORPORAÇÃO DE OUTRA, OU DELA POR OUTRA; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 6 � A EXPULSÃO DO SÓCIO QUE DESCUMPRE SEUS DEVERES, QUANDO HOUVER PREVISÃO CONTRATUAL EXPRESSA, PODE SER FEITA EXTRAJUDICIALMENTE; � O AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL SÓ PODE OCORRER APÓS SUA TOTAL INTEGRALIZAÇÃO. SOCIEDADES ANÔNIMAS � CAPITAL DIVIDIDO EM AÇÕES TRANSFERÍVEIS; � NATUREZA CAPITALISTA; � IDENTIFICADA POR DENOMINAÇÃO; � NECESSARIAMENTE EMPRESÁRIA; � RESPONSABILIDADE DOS ACIONISTAS LIMITADA AO PREÇO DE EMISSÃO DAS AÇÕES SUBSCRITAS. ABERTAS � AÇÕES ADMITIDAS PARA NEGOCIAÇÃO EM BOLSA; FECHADAS � AÇÕES NÃO SÃO ADMITIDAS PARA NEGOCIAÇÃO EM BOLSA. Ações das sociedades anônimas Ação ordinária Ação preferencial Ação de fruição Conferem direitos comuns aos acionistas Conferem alguma vantagem ao acionista, e, em regra, os acionistas não têm o direito de voto ou o tem de forma restrita Emitidas em substituição das ações ordinárias ou preferenciais que foram amortizadas. Os acionistas continuam a exercer certos direitos. Administração da Companhia Diretoria Conselho de Administração - composta por no mínimo dois membros; - prazo do mandato dos membros não pode ser superior a três anos, sendo possível a - será composto por, no mínimo, 3 (três) membros; - prazo máximo de mandato para seus membros é de três anos, sendo possível a DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 7 reeleição; - diretores devem ser pessoas naturais e residentes no Brasil; - até um terço dos membros do conselho de administração podem ser eleitos para a diretoria; - a representação da companhia é privativa dos diretores. reeleição; - deve ser composto por pessoas naturais, que sejam acionistas; - as deliberações em regra serão por maioria de votos (quórum qualificado só será exigido para certas matérias previstas no estatuto); - preenchimento dos cargos do Conselho de Administração pode ser feito pelo critério majoritário ou proporcional – Há ainda a previsão de voto múltiplo e eleição em separado para certas hipóteses. Responsabilidade dos sócios: SOCIEDADE LIMITADA: A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital. SOCIEDADES ANÔNIMAS: O acionista responde somente pela integralização do preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. SOCIEDADES EM COMUM E EM NOME COLETIVO: Responsabilidade ilimitada. SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES E EM COMANDITAS POR AÇÕES: Regime misto de responsabilidade. SOCIEDADES SIMPLES: O contrato deve dispor sobre a responsabilidade dos sócios. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 8 OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS Tipo Definição Extingue-se a soceidade? Há nova sociedade? Transformação Uma sociedade altera seu tipo societário. Não. Não. Incorporação Uma sociedade absorve outra(s) sociedade(s). A incorporada é extinta. Não. Fusão Duas ou mais sociedades se unem. Sim. Sim. Cisão Uma sociedade é desmembrada em duas ou mais sociedades. Há as duas possibilidades. Necessariamente, haverá, pelo menos, uma nova sociedade. 3. Contratos Empresariais NEGÓCIO JURÍDICO Requisito de existência Requisito de validade Resultado do defeito Agente Capacidade Nulidade, quando agente absolutamente incapaz; anulabilidade, quando relativamente incapaz Objeto Licitude, possibilidade e determinabilidade Nulidade Forma Conformidade com a lei ou a sua não vedação Nulidade Manifestação de vontade Ausência de vícios Anulabilidade, exceto nos casos de o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito ou tiver por objetivo fraudar lei imperativa, quando ocorrerá a nulidade É empresarial o contrato quando forem empresários os contratantes e a função econômica do negócio jurídico estiver relacionada à exploração de atividade empresarial. A compra e venda mercantil é o contrato em que um empresário se obriga a transferir o domínio de coisa e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro, sendo o objeto contratual relacionado à exploração de atividade empresarial. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 9 Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório. Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar. Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação. Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio. Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se encontrava, ao tempo da venda. normas dispositivas ���� as partes podem pactuar qualquer disposição diversa. Assim, se nada for pactuado e a coisa encontrar-se, por exemplo, na loja do vendedor, a este cumpre apenas disponibilizá-la ao comprador. Porém, caso seja estipulado que ela deverá ser entregue no domicílio do comprador, ao vendedor caberá as despesas com o transporte SE não for pactuado algo diverso. O Código Civil ainda prevê alguns pactos adjetos à compra e venda, que são cláusulasespeciais que podem estar contidas nestes contratos ou não: retrovenda (arts. 505 a 508), venda a contento (arts. 509, 511 e 512), venda sujeita a prova (arts. 510, 511 e 512), preempção ou preferência (arts. 513 a 520), venda com reserva de domínio (arts. 521 a 528), venda sobre documentos (arts. 529 a 532). Contratos de colaboração comercial - característica marcante é a obrigação de uma parte auxiliar nos negócios de outro empresário, seja realizando ou intermediando negócios ou revendendo produtos. - Representação comercial (agência) Art. 4º Não pode ser representante comercial: a) o que não pode ser comerciante; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 10 b) o falido não reabilitado; c) o que tenha sido condenado por infração penal de natureza infamante, tais como falsidade, estelionato, apropriação indébita, contrabando, roubo, furto, lenocínio ou crimes também punidos com a perda de cargo público; d) o que estiver com seu registro comercial cancelado como penalidade. Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. - Comissão Mercantil Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. - Concessão mercantil A concessão mercantil é o contrato de colaboração em que o colaborador (concessionário), além de comercializar o produto do fornecedor (concedente), assume também a obrigação de prestar serviços de assistência técnica aos consumidores do produto. (Projeto do Novo Código Civil Comercial) Contratos bancários - Depósito bancário é o contrato pelo qual o banco — depositário — recebe uma quantia em dinheiro do correntista — depositante —, para guardar, até que este, que se torna credor do banco, reclame a quantia depositada - Desconto bancário - o banco antecipa o pagamento de um crédito de determinado cliente, que o cede ao banco. Ou seja, o banco “compra” o crédito de uma pessoa, naturalmente, a um preço menor, pois esta dedução do valor total — chamada de deságio — é a remuneração do banco pelo seu serviço. - Abertura de crédito - o banco disponibiliza ao cliente certa quantia monetária — crédito — que poderá ou não ser utilizada. É o que, no linguajar coloquial, chama-se de cheque especial. Ou seja, mais do que é um mútuo, é uma possibilidade de mútuo. O banco oferece ao cliente a possibilidade de ser mutuário, mas o mútuo só se realiza quando o cliente utiliza a quantia disponibilizada, seja integral ou parcialmente. - Alienação fiduciária em garantia - uma parte aliena um determinado bem a outra, que se obriga a devolvê-la quando ocorrer determinado fato jurídico. Súmula 28 STJ: o contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o patrimônio do devedor. - Arrendamento mercantil - locação especial por tempo determinado, cujo término do prazo permite ao arrendatário três opções: i) renovar o aluguel; ii) encerrar o contrato; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 11 iii) comprar o bem alugado, pagando o valo residual — uma diferença entre o valor de locação e o valor de compra. Contrato de seguro: o segurador — uma sociedade que seja legalmente autorizada para este fim — garante que, na ocorrência de um determinado evento — chamado de sinistro —, garantirá interesse legítimo do segurado, o que, em regra, resume-se a uma quantia pecuniária (art. 776). O segurado, por sua vez, obriga-se a pagar o prêmio, que pode ser à vista ou a prazo. O segurado deverá pagá-lo independentemente da ocorrência do sinistro. Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio. Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco. Art. 760. A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário. 4. Direito Falimentar A falência é a execução concursal do devedor empresário insolvente, ou seja, nada mais é do que uma organização legal e processual de defesa coletiva dos credores em face da impossibilidade de poder o devedor comum saldar seus compromissos. É um procedimento disciplinado pela Lei nº 11.101/05 e que garante a execução coletiva dos bens do devedor empresário. Com efeito, deflagra-se um processo no qual concorrem todos os credores para arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos e saldar o passivo em rateio, observadas as preferências legais. PRESUPOSTOS PARA A FALÊNCIA Devedor sociedade empresária Insolvência Sentença declaratória de falência DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 12 A insolvência de facto ocorre quando o devedor possui ativo inferior ao passivo. Porém, nosso Direito não adota a teoria da insolvência real, mas a da insolvência presumida. A insolvência, para fins de falência, ocorre em casos que a lei tipifica, havendo presunção jure et de jure da insolvência do devedor. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se deseu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. Podemos dividir os fatos que geram a falência do empresário em três: impontualidade injustificada de obrigação ilíquida (inciso I), incorrer em execução frustrada (inciso II) e prática de atos de falência (inciso III). Tais fatos geram a presunção legal de que o empresário está insolvente. Quando o pedido de falência tem como fundamento a impontualidade injustificada ou execução frustrada, o devedor poderá elidi-lo com o depósito em juízo do respectivo valor acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios. Isto se chama elisão da falência. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 13 Não são alcançadas pela Lei de Falências I. Empresa pública. II. Sociedade de economia mista. III. Instituição financeira pública ou privada. IV. Cooperativa de crédito. V. Consórcio. VI. Entidade de previdência complementar. VII. Sociedade operadora de plano de assistência à saúde. VIII. Sociedade seguradora. IX. Sociedade de capitalização. X. Outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. A priori, qualquer credor pode requerer a falência do devedor empresário. É importante salientar que não é necessário ser comerciante para fazer o pedido de falência, um civil pode fazê-lo. Entretanto, no pólo passivo, a lei falimentar brasileira não se aplica ao devedor civil, só atingindo os empresários. Frise-se que a lei permite que o próprio devedor requeira sua falência. Na realidade, trata-se de um dever legal imposto ao devedor quando não atender às condições para obter a recuperação judicial, nos termos do art. 105 da LRE. É a chamada autofalência.A autofalência também pode ser requerida pelo sócio ou acionista, pelo cônjuge sobrevivente, pelos herdeiros do devedor ou pelo inventariante (art. 9º I e II, LF). Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV – créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; V – créditos com privilégio geral, a saber: a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 14 VI – créditos quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII – créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício. O Juízo de Falência é chamado de Juízo Universal, atrai para si todas as ações e execuções envolvendo o falido. Tem a chamada vis attractiva. E o juízo competente, como determina o art. 3º da LRE, é “o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil”. A doutrina entende que este principal estabelecimento não é uma mera definição formal — aquele que o estatuto ou contrato social indicar —, mas onde houver o maior volume de negócios do falido ou recuperando. � Exceção ao Juízo Universal da Falência: créditos trabalhistas (Ações Trabalhistas). Por ser a Justiça do Trabalho especializada, o processo trabalhista continua tramitando no respectivo órgão judiciário até que se apure o valor final da condenação. Todavia, apurado este valor, a execução do valor apurado não será realizada na própria Justiça do Trabalho, mas no Juízo Falimentar. Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. § 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida. § 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza TRABALHISTA, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença. Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei [...]. Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência: DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 15 I – as obrigações a título gratuito; II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor HABILITAÇÃO DO CRÉDITO Momento processual Forma de habilitação Arrolamento pelo devedor. Nenhuma ação necessária. Prazo do art. 7º, §1º. Habilitação de crédito stricto sensu. Entre o fim do prazo do art. 7º, §1º, e a homologação do quadro-geral de credores. Habilitação de crédito retardatária, recebida como impugnação. Após a homologação do quadro-geral de credores. Habilitação de crédito retardatária na forma de ação autônoma de retificação do quadro- geral de credores. Formas de extinção das obrigações do falido I – pagamento de todos os créditos; II – pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; III – decurso prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei; IV – decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. RECUPERAÇÃO JUDICIAL – figura jurídica que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Art. 50. Constituem meios de recuperaçãojudicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 16 III – alteração do controle societário; IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; VI – aumento de capital social; VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados; VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva; IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro; X – constituição de sociedade de credores; XI – venda parcial dos bens; XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica; XIII – usufruto da empresa; XIV – administração compartilhada; XV – emissão de valores mobiliários; XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. Requisitos para a recuperação judicial Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. Parágrafo único. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. Convolação da recuperação judicial em falência Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial: I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei; DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 17 II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei; III – quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos termos do § 4o do art. 56 desta Lei; IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do § 1o do art. 61 desta Lei. Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos termos dos incisos I ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei. 5. Títulos de crédito Título de crédito � documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo nele mencionado. Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Princípios dos títulos de crédito Cartularidade O título de crédito deve materializar-se em um documento tangível e concreto. Literalidade O direito contido em um título de crédito deve ser expresso literalmente, não podendo o credor exigir mais do que isto nem o devedor pretender pagar menos. Autonomia As obrigações contidas em um título de crédito são autônomas entre si e a invalidade de uma não afeta outra. As obrigações contidas em um título de crédito são independentes de qualquer outra obrigação do mundo jurídico. O devedor não pode opor exceções pessoas que tenha contra o emitente do título de crédito ao terceiro credor de boa-fé. Características dos títulos de crédito DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 18 Classificações dos títulos de crédito Quanto ao modelo Livres Nota promissória e letra de câmbio Vinculados Cheque e duplicata Quanto à estrutura Ordem de pagamento Letra de câmbio, cheque e duplicata Promessa de pagamento Nota promissória Quanto à circulação Ao portador Cheque até o limite de R$ 100,00 (transmissão por tradição) Nominal à ordem Todos, em regra (transmissão por tradição + endosso) Nominal não à ordem Todos, quando expressa (transmissão por cessão de crédito civil) Nominativos Nenhum (parte da doutrina não considera esta modalidade aplicável) Quanto à emissão Abstratos (não condicionados) Nota promissória e cheque Limitados Letra de câmbio Causais (condicionados) Duplicata Requisitos das letras de câmbio (art. 1º) Requisitos das notas promissórias (art. 75) 1. A palavra “letra” (ou a expressão “letra de câmbio”) inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título. 1. Denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título. 2. O mandato puro e simples de pagar uma 2. A promessa pura e simples de pagar uma Negociabilidade: são títulos de circulação. Executividade: são títulos executivos. Obrigações creditícias, expressas em dinheiro: são títulos de resgate. Documentos formais. Bens móveis. Obrigações quesíveis. Natureza pro solvendo. Títulos de apresentação. Natureza comercial. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 19 quantia determinada. quantia determinada. 3. O nome daquele que deve pagar (sacado). —x— 4. A época do pagamento. 3. A época do pagamento. 5. A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento. 4. A indicação do lugar em que se efetuar o pagamento. 6. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga. 5. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga. 7. A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada. 6. A indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada. 8. A assinatura de quem passa a letra (sacador). 7. A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). Estrutura dos títulos de crédito Letra emitida à ordem do próprio sacador Letra emitida sobre o próprio sacador Sacador / Tomador SacadoManda pagar ecobra de... Paga a... Emite letra em benefício próprio Sacador / Sacado Tomador Emite letra em benefício de... Cobra de... Paga a... Letra emitida à ordem de terceiro Nota promissória Sacador Tomador Sacado Emite letra em benefício de... Cobra de... Paga a... Manda pagar ao tomador Subscritor TomadorEmite nota embenefício de... Cobrade... Paga a... Vencimento Início do prazo para aceite Fim do prazo para aceite À vista Padrão: a partir do saque. Padrão: um ano. Definição: vence ao ser apresentada para aceite. Opcional: pode ser definida data certa ou prazo a partir do saque para o início do prazo; também é possível a inclusão Opcional: o prazo pode ser encurtado ou dilatado. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 20 de cláusula não aceitável. A um certo termo de vista Padrão: a partir do saque. Padrão: um ano. Definição: vence em um prazo iniciado a partir do aceite. Opcional: pode ser definida data certa ou prazo a partir do saque para o início do prazo; NÃO é possível a inclusão de cláusula não aceitável. Opcional: o prazo pode ser encurtado ou dilatado. A um certo termo de data Padrão: a partir do saque. O mesmo do vencimento. Definição: vence em um prazo a partir da data do saque. Opcional: pode ser definida data certa ou prazo a partir do saque para o início do prazo; também é possível a inclusão de cláusula não aceitável. Pagável num dia fixado Padrão: a partir do saque. O mesmo do vencimento. Definição: vence em uma data certa, exemplo: 01/01/2013. Opcional: pode ser definida data certa ou prazo a partir do saque para o início do prazo; também é possível a inclusão de cláusula não aceitável. Regime cambiário Regime civil Um codevedor, que paga uma obrigação cam- biária, pode cobrar o valor integral do devedor principal e dos codevedores que estejam abaixo dele na cadeia cambiária. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. Aval Fiança Não há benefício de ordem. Em regra, há benefício de ordem. O aval mantém-se mesmo no caso da obrigação que avalizou seja anulada por vício que não seja de forma. A nulidade do contrato principal anula a fiança, que é contrato acessório. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 21 O avalista não pode opor as exceções pessoais relativas ao avalizado, caso seja demandado. O fiador, em geral, pode opor as exceções pessoais relativas ao afiançado. Cadeia cambiária Cadeia de transmissão Sacador Avalistas do Sacador Sacado (aceitante ou não) Tomador original Endossante Avalista do Endossante Endossatário / Endossante Portador com endosso em branco Portador com endosso em branco A B C D E F G H I Cadeia de regresso Sacador Avalistas do Sacador Sacado/ Aceitante Tomador original Endossante Avalista do Endossante Endossatário / Endossante Portador com endosso em branco Portador com endosso em branco A B C D E F G H I Ações relativas aos títulos de crédito Tipo de ação Prescrição Ação cambial Contra o aceitante e seus avalistas Três anos Contra os demais codevedores Um ano Ação de regresso Contra o aceitante e seus avalistas Três anos Contra os demais codevedores Seis meses Ação causal Variável (art. 205 e 206, CC) DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 22 Ação de anulação e substituição Variável (art. 205 e 206, CC) Modalidades de cheques Cheque visado: o banco declara haver fundos e reserva a quantia da conta do correntista até o prazo de apresentação. Cheque administrativo: cheque do próprio banco a ser sacado em agência própria. Cheque cruzado em branco: cheque com dois traços transversais, em seu anverso, indicando que o valor deverá ser creditado em conta- corrente do beneficiário. Cheque cruzado em preto: igual ao cruzado em branco, mas indicando o banco no qual deverá ser credita a quantia. Cheque a ser levado em conta: cheque indicando, tal qual como no cruzado em preto, além do banco, a conta na qual deverá ser creditada a quantia. Requisitos da duplicata (art. 2º, §1º) I - A denominação “duplicata”, a data de sua emissão e o número de ordem. VI - A praça de pagamento. II - O número da fatura. VII - A cláusula à ordem. III - A data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista. VIII - A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial. IV - O nome e domicílio do vendedor e do comprador. IX - A assinatura do emitente. V - A importância a pagar, em algarismos e por extenso. Cobrança de duplicatas Requisitos do cheque (art. 1º) I - A denominação “cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido. II - A ordem incondicional de pagar quantia determinada. III - O nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado). IV - A indicação do lugar de pagamento. V - A indicação da data e do lugar de emissão. VI - A assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. DIREITO EMPRESARIAL FISCAL - RJ PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 23 Forma de aceite Documentos necessários Aceite ordinário - Duplicata ou triplicata assinada pelo devedor. Aceite presumido - Duplicata ou triplicata não assinada. - Recibo de entrega das mercadorias. - Termo do protesto. Aceite por indicações - Termo do protesto por indicações. - Recibo de entrega das mercadorias.
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