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Bizu Empresarial

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DIREITO EMPRESARIAL 
FISCAL - RJ 
PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA 
 
Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
BIZU – Direito Empresarial (Fiscal-RJ) 
 
Estimados concurseiros e futuros servidores públicos, apresentamos para 
vocês, nas linhas a seguir, o nosso BIZU de Direito Empresarial para o concurso 
de Fiscal para o Estado do Rio de Janeiro. 
É necessário lembrar que, dentre os doze tópicos previstos no edital, 
foram escolhidos os mais relevantes e que costumam atrair a atenção do 
examinador. Desta forma, recomendamos que a leitura da legislação também 
seja realizada, bem como o estudo dos assuntos não ventilados adiante, de 
modo a propiciar mais segurança ao candidato. 
Vamos lá! 
 
1. Fundamentos de Direito Empresarial e Registro 
 
Empresa atividade econômica organizada com a finalidade de fazer circular ou 
produzir bens ou serviços; pensar que não é algo físico, mas abstrato, é 
uma atividade. 
Empresário é quem exerce empresa, é o sujeito de direito que exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou 
de serviços. O empresário pode ser pessoa física (empresário individual) ou 
pessoa jurídica (sociedade empresária). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
���� Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; 
e, simples, a cooperativa. 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços 
Habitualidade, 
Continuidade 
Atividade Econômica, 
Lucro 
Organização: mão-de-
obra, matéria-prima, 
capital e tecnologia 
Produção ou circulação de 
bens ou serviços 
 
Elementos da 
Atividade 
Empresarial 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
FISCAL - RJ 
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Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 2 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da 
capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a 
exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
. 
 
 
 
 
 
 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor 
de herança. 
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das 
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, 
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes 
legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao 
tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo 
tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
 
���� A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua 
regularidade, e não da sua caracterização. 
 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, 
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, 
Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os 
condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; 
ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou 
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, 
enquanto perdurarem os efeitos da condenação. 
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depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a 
registro � exceção à obrigatoriedade de inscrição. 
 
2. Direito Societário 
 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, 
entre si, dos resultados. 
AS PESSOAS JURÍDICAS 
TÈM AUTORIZAÇÃO GENÉRICA 
PARA A PRÁTICA DOS ATOS 
JURÍDICOS, ENQUANTO OS 
ENTES DESPERSONALIZADOS SÓ 
PODEM PRATICAR OS ATOS 
PREVISTOS EM LEI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFORME DISPOSIÇÃO DO 
CÓDIGO CIVIL, A 
PERSONALIDADE JURÍDICA SE 
INICIA COM A INSCRIÇÃO NO 
RESPECTIVO REGISTRO. 
Responsabilidade 
ilimitada e solidária 
dos sócios 
Podem ser 
demandadas em 
juízo, mas não podem 
propor ações 
Terceiros podem provar sua 
existência por qualquer meio 
admitido em direito, já os 
sócios devem provar por 
escrito 
Sociedades em 
Comum 
Não terão acesso à 
recuperação judicial, 
nem terão autorização 
para requerer falência 
 
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Classificação Gênero Espécie 
Quanto à responsabilidade 
dos sócios 
Ilimitada Sociedade simples (regra) 
Sociedade em nome coletivo 
Limitada Sociedade anônima 
Sociedade limitada 
Sociedade simples (organizada como limitada) 
Mista Sociedades em comandita simples 
Sociedade em comandita por ações 
Quanto ao regime de 
constituição e de dissolução 
Contratuais Sociedade simples 
Sociedade em nome coletivo 
Sociedade em comandita simples 
Sociedade limitada 
Institucionais Sociedade anônima 
Sociedade em comandita por ações 
Quanto à composição De pessoas Sociedade simples 
Sociedade em nome coletivo 
Sociedade limitada (salvo se determinado o 
contrário no contrato social) 
De capital Sociedade anônima 
Sociedade em comandita por ações 
Dois sócios: oculto e 
ostensivo 
Só o sócio ostensivo 
se obriga perante 
terceiros 
Ainda que ocorra registro, tal 
sociedade não adquira 
personalidade jurídica 
Sociedades em 
Conta de 
Participação 
Os recursos do sócio oculto são entregues 
ao sócio ostensivo e junto com o 
patrimônio passam a ser considerados 
patrimônio especial 
Aplica-se 
subsidiariamente as 
regras relativas às 
sociedades simples 
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Mista Sociedade em comandita simples 
 
A TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA PERMITE 
QUE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, A AUTONOMIA PATRIMONIAL DAS 
SOCIEDADES SEJA AFASTADA, RESPONSABILIZANDO-SE OS SÓCIOS. 
 
 
SOCIEDADES SIMPLES 
� ATIVIDADES PRÓPRIAS DE PROFISSÃO INTELECTUAL; 
� NÃO PODE ASSUMIR A FORMA DE SOCIEDADE POR AÇÕES; 
� AS NORMAS TAMBÉM SE APLICAM ÀS SOCIEDADES EM NOME COLETIVO, COMANDITA 
SIMPLES, ÀS SOCIEDADES LIMITADAS (SE O CONTRATO SOCIAL NÃO ELEGER A LEI DAS 
S.A. COMO DIPLOMA DE REGÊNCIA SUPLETIVA) E À SOCIEDADE EM CONTA DE 
PARTICIPAÇÃO; 
� CONSTITUÍDAS POR ATO ESCRITO, PARTICULAR OU PÚBLICO; 
� OS SÓCIOS PODEM SER PESSOAS NATURAIS EJURÍDICAS, MAS A ADMINISTRAÇÃO 
DEVE SER EXERCIDA POR PESSOAS NATURAIS; 
� É POSSÍVEL A UNIPESSOALIDADE TEMPORÁRIA E A ADMISSÃO DE SÓCIOS DE 
SERVIÇO. 
 
 
SOCIEDADES LIMITADAS 
� A RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS É RESTRITA AO VALOR DE SUAS QUOTAS, MAS 
TODOS RESPONDEM SOLIDARIAMENTE PELA INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL; 
�O SÓCIO PODE CEDER SUA QUOTA LIVREMENTE A SÓCIOS, OU A ESTRANHO, SE NÃO 
HOUVER OPOSIÇÃO DE MAIS DE UM QUARTO DO CAPITAL SOCIAL; 
� É POSSÍVEL A PREVISÃO CONTRATUAL DE ADMINISTRADORES NÃO SÓCIOS, MAS A 
DESIGNAÇÃO DESSES DEPENDERÁ DE APROVAÇÃO DA UNANIMIDADE DOS SÓCIOS, 
ENQUANTO O CAPITAL NÃO ESTIVER INTEGRALIZADO, E DE DOIS TERÇOS, NO MÍNIMO, 
APÓS A INTEGRALIZAÇÃO; 
� A INSTITUIÇÃO DO CONSELHO FISCAL É OPTATIVA; 
� NAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS, A MAIORIA É CALCULADA EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE 
QUOTAS E NÃO PELO NÚMERO DE SÓCIOS; 
� É POSSÍVEL O SÓCIO RETIRAR-SE DA SOCIEDADE QUANDO HOUVER MODIFICAÇÃO 
DO CONTRATO, FUSÃO DA SOCIEDADE, INCORPORAÇÃO DE OUTRA, OU DELA POR OUTRA; 
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� A EXPULSÃO DO SÓCIO QUE DESCUMPRE SEUS DEVERES, QUANDO HOUVER 
PREVISÃO CONTRATUAL EXPRESSA, PODE SER FEITA EXTRAJUDICIALMENTE; 
� O AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL SÓ PODE OCORRER APÓS SUA TOTAL 
INTEGRALIZAÇÃO. 
 
SOCIEDADES ANÔNIMAS 
� CAPITAL DIVIDIDO EM AÇÕES TRANSFERÍVEIS; 
� NATUREZA CAPITALISTA; 
� IDENTIFICADA POR DENOMINAÇÃO; 
� NECESSARIAMENTE EMPRESÁRIA; 
� RESPONSABILIDADE DOS ACIONISTAS LIMITADA AO PREÇO DE EMISSÃO DAS AÇÕES 
SUBSCRITAS. 
ABERTAS � AÇÕES ADMITIDAS PARA NEGOCIAÇÃO EM BOLSA; 
FECHADAS � AÇÕES NÃO SÃO ADMITIDAS PARA NEGOCIAÇÃO EM BOLSA. 
 
 
 
Ações das sociedades anônimas 
Ação ordinária Ação preferencial Ação de fruição 
Conferem direitos comuns 
aos acionistas 
Conferem alguma vantagem 
ao acionista, e, em regra, os 
acionistas não têm o direito 
de voto ou o tem de forma 
restrita 
Emitidas em substituição das 
ações ordinárias ou 
preferenciais que foram 
amortizadas. 
Os acionistas continuam a 
exercer certos direitos. 
 
 
Administração da Companhia 
Diretoria Conselho de Administração 
- composta por no mínimo dois membros; 
- prazo do mandato dos membros não pode 
ser superior a três anos, sendo possível a 
- será composto por, no mínimo, 3 (três) 
membros; 
- prazo máximo de mandato para seus 
membros é de três anos, sendo possível a 
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reeleição; 
- diretores devem ser pessoas naturais e 
residentes no Brasil; 
- até um terço dos membros do conselho de 
administração podem ser eleitos para a 
diretoria; 
- a representação da companhia é privativa 
dos diretores. 
reeleição; 
- deve ser composto por pessoas naturais, 
que sejam acionistas; 
 - as deliberações em regra serão por maioria 
de votos (quórum qualificado só será exigido 
para certas matérias previstas no estatuto); 
- preenchimento dos cargos do Conselho de 
Administração pode ser feito pelo critério 
majoritário ou proporcional – Há ainda a 
previsão de voto múltiplo e eleição em 
separado para certas hipóteses. 
 
Responsabilidade dos sócios: 
 
SOCIEDADE LIMITADA: A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor 
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do 
capital. 
 
SOCIEDADES ANÔNIMAS: O acionista responde somente pela 
integralização do preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. 
 
SOCIEDADES EM COMUM E EM NOME COLETIVO: Responsabilidade 
ilimitada. 
 
SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES E EM COMANDITAS POR AÇÕES: 
Regime misto de responsabilidade. 
 
 
SOCIEDADES SIMPLES: O contrato deve dispor sobre a responsabilidade 
dos sócios. 
 
 
 
 
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OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS 
Tipo Definição Extingue-se a 
soceidade? 
Há nova sociedade? 
Transformação Uma sociedade altera seu 
tipo societário. 
Não. Não. 
Incorporação Uma sociedade absorve 
outra(s) sociedade(s). 
A incorporada é 
extinta. 
Não. 
Fusão Duas ou mais sociedades 
se unem. 
Sim. Sim. 
Cisão Uma sociedade é 
desmembrada em duas ou 
mais sociedades. 
Há as duas 
possibilidades. 
Necessariamente, 
haverá, pelo menos, 
uma nova sociedade. 
 
3. Contratos Empresariais 
 
 NEGÓCIO JURÍDICO 
Requisito de existência Requisito de validade Resultado do defeito 
Agente Capacidade Nulidade, quando agente 
absolutamente incapaz; 
anulabilidade, quando 
relativamente incapaz 
Objeto Licitude, possibilidade e 
determinabilidade 
Nulidade 
Forma Conformidade com a lei ou a 
sua não vedação 
Nulidade 
Manifestação de vontade Ausência de vícios Anulabilidade, exceto nos 
casos de o motivo 
determinante, comum a 
ambas as partes, for ilícito ou 
tiver por objetivo fraudar lei 
imperativa, quando ocorrerá a 
nulidade 
 
É empresarial o contrato quando forem empresários os contratantes e a função 
econômica do negócio jurídico estiver relacionada à exploração de atividade empresarial. 
 
A compra e venda mercantil é o contrato em que um empresário se obriga a transferir 
o domínio de coisa e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro, sendo o objeto 
contratual relacionado à exploração de atividade empresarial. 
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Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o 
domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. 
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará 
sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de 
concluir contrato aleatório. 
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes 
logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará 
sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa. 
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, 
em certo e determinado dia e lugar. 
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que 
suscetíveis de objetiva determinação. 
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua 
determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram 
ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. 
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o 
termo médio. 
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de 
uma das partes a fixação do preço. 
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo 
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar 
onde ela se encontrava, ao tempo da venda. 
normas dispositivas ���� as partes podem pactuar qualquer disposição diversa. Assim, se 
nada for pactuado e a coisa encontrar-se, por exemplo, na loja do vendedor, a este 
cumpre apenas disponibilizá-la ao comprador. Porém, caso seja estipulado que ela 
deverá ser entregue no domicílio do comprador, ao vendedor caberá as despesas com o 
transporte SE não for pactuado algo diverso. 
O Código Civil ainda prevê alguns pactos adjetos à compra e venda, que são cláusulasespeciais que podem estar contidas nestes contratos ou não: retrovenda (arts. 505 a 
508), venda a contento (arts. 509, 511 e 512), venda sujeita a prova (arts. 510, 511 e 
512), preempção ou preferência (arts. 513 a 520), venda com reserva de domínio (arts. 
521 a 528), venda sobre documentos (arts. 529 a 532). 
 
Contratos de colaboração comercial - característica marcante é a obrigação de uma 
parte auxiliar nos negócios de outro empresário, seja realizando ou intermediando 
negócios ou revendendo produtos. 
- Representação comercial (agência) 
Art. 4º Não pode ser representante comercial: 
a) o que não pode ser comerciante; 
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b) o falido não reabilitado; 
c) o que tenha sido condenado por infração penal de natureza infamante, tais como 
falsidade, estelionato, apropriação indébita, contrabando, roubo, furto, lenocínio ou 
crimes também punidos com a perda de cargo público; 
d) o que estiver com seu registro comercial cancelado como penalidade. 
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem 
vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante 
retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a 
distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. 
- Comissão Mercantil 
Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo 
comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. 
Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem 
contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se 
o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. 
- Concessão mercantil 
A concessão mercantil é o contrato de colaboração em que o colaborador 
(concessionário), além de comercializar o produto do fornecedor (concedente), assume 
também a obrigação de prestar serviços de assistência técnica aos consumidores do 
produto. (Projeto do Novo Código Civil Comercial) 
 
Contratos bancários 
- Depósito bancário é o contrato pelo qual o banco — depositário — recebe uma quantia 
em dinheiro do correntista — depositante —, para guardar, até que este, que se torna 
credor do banco, reclame a quantia depositada 
- Desconto bancário - o banco antecipa o pagamento de um crédito de determinado 
cliente, que o cede ao banco. Ou seja, o banco “compra” o crédito de uma pessoa, 
naturalmente, a um preço menor, pois esta dedução do valor total — chamada de 
deságio — é a remuneração do banco pelo seu serviço. 
- Abertura de crédito - o banco disponibiliza ao cliente certa quantia monetária — crédito 
— que poderá ou não ser utilizada. É o que, no linguajar coloquial, chama-se de cheque 
especial. Ou seja, mais do que é um mútuo, é uma possibilidade de mútuo. O banco 
oferece ao cliente a possibilidade de ser mutuário, mas o mútuo só se realiza quando o 
cliente utiliza a quantia disponibilizada, seja integral ou parcialmente. 
- Alienação fiduciária em garantia - uma parte aliena um determinado bem a outra, que 
se obriga a devolvê-la quando ocorrer determinado fato jurídico. 
Súmula 28 STJ: o contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem 
que já integrava o patrimônio do devedor. 
- Arrendamento mercantil - locação especial por tempo determinado, cujo término do 
prazo permite ao arrendatário três opções: i) renovar o aluguel; ii) encerrar o contrato; 
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iii) comprar o bem alugado, pagando o valo residual — uma diferença entre o valor de 
locação e o valor de compra. 
 
Contrato de seguro: o segurador — uma sociedade que seja legalmente autorizada 
para este fim — garante que, na ocorrência de um determinado evento — chamado de 
sinistro —, garantirá interesse legítimo do segurado, o que, em regra, resume-se a uma 
quantia pecuniária (art. 776). O segurado, por sua vez, obriga-se a pagar o prêmio, que 
pode ser à vista ou a prazo. O segurado deverá pagá-lo independentemente da 
ocorrência do sinistro. 
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do 
prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra 
riscos predeterminados. 
Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, 
entidade para tal fim legalmente autorizada. 
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do 
seguro, e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo 
prêmio. 
Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a 
declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco. 
Art. 760. A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e 
mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e 
o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário. 
 
4. Direito Falimentar 
 
A falência é a execução concursal do devedor empresário insolvente, ou seja, nada mais é 
do que uma organização legal e processual de defesa coletiva dos credores em face da 
impossibilidade de poder o devedor comum saldar seus compromissos. É um procedimento 
disciplinado pela Lei nº 11.101/05 e que garante a execução coletiva dos bens do devedor 
empresário. Com efeito, deflagra-se um processo no qual concorrem todos os credores para 
arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos e saldar o passivo em rateio, 
observadas as preferências legais. 
 
PRESUPOSTOS PARA A FALÊNCIA 
Devedor sociedade empresária 
Insolvência 
Sentença declaratória de falência 
 
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A insolvência de facto ocorre quando o devedor possui ativo inferior ao passivo. Porém, 
nosso Direito não adota a teoria da insolvência real, mas a da insolvência 
presumida. A insolvência, para fins de falência, ocorre em casos que a lei tipifica, 
havendo presunção jure et de jure da insolvência do devedor. 
 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não 
nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de 
recuperação judicial: 
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso 
ou fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar 
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da 
totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de 
todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de 
burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar 
com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes 
para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se deseu 
domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de 
recuperação judicial. 
 
Podemos dividir os fatos que geram a falência do empresário em três: impontualidade 
injustificada de obrigação ilíquida (inciso I), incorrer em execução frustrada (inciso II) e 
prática de atos de falência (inciso III). Tais fatos geram a presunção legal de que o 
empresário está insolvente. 
Quando o pedido de falência tem como fundamento a impontualidade injustificada ou 
execução frustrada, o devedor poderá elidi-lo com o depósito em juízo do respectivo 
valor acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios. Isto se chama 
elisão da falência. 
 
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Não são alcançadas pela Lei de Falências 
I. Empresa pública. 
II. Sociedade de economia mista. 
III. Instituição financeira pública ou privada. 
IV. Cooperativa de crédito. 
V. Consórcio. 
VI. Entidade de previdência complementar. 
VII. Sociedade operadora de plano de assistência à saúde. 
VIII. Sociedade seguradora. 
IX. Sociedade de capitalização. 
X. Outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
A priori, qualquer credor pode requerer a falência do devedor empresário. É importante 
salientar que não é necessário ser comerciante para fazer o pedido de falência, um civil 
pode fazê-lo. Entretanto, no pólo passivo, a lei falimentar brasileira não se aplica ao 
devedor civil, só atingindo os empresários. 
Frise-se que a lei permite que o próprio devedor requeira sua falência. Na realidade, 
trata-se de um dever legal imposto ao devedor quando não atender às condições para 
obter a recuperação judicial, nos termos do art. 105 da LRE. É a chamada autofalência.A 
autofalência também pode ser requerida pelo sócio ou acionista, pelo cônjuge 
sobrevivente, pelos herdeiros do devedor ou pelo inventariante (art. 9º I e II, LF). 
 
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: 
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e 
cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; 
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, 
excetuadas as multas tributárias; 
IV – créditos com privilégio especial, a saber: 
a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; 
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta 
Lei; 
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em 
garantia; 
V – créditos com privilégio geral, a saber: 
a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; 
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; 
c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta 
Lei; 
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VI – créditos quirografários, a saber: 
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; 
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao 
seu pagamento; 
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite 
estabelecido no inciso I do caput deste artigo; 
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou 
administrativas, inclusive as multas tributárias; 
VIII – créditos subordinados, a saber: 
a) os assim previstos em lei ou em contrato; 
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício. 
 
 O Juízo de Falência é chamado de Juízo Universal, atrai para si todas as ações e 
execuções envolvendo o falido. Tem a chamada vis attractiva. E o juízo competente, 
como determina o art. 3º da LRE, é “o juízo do local do principal estabelecimento do 
devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil”. A doutrina entende que 
este principal estabelecimento não é uma mera definição formal — aquele que o estatuto 
ou contrato social indicar —, mas onde houver o maior volume de negócios do 
falido ou recuperando. 
� Exceção ao Juízo Universal da Falência: créditos trabalhistas (Ações Trabalhistas). Por 
ser a Justiça do Trabalho especializada, o processo trabalhista continua tramitando no 
respectivo órgão judiciário até que se apure o valor final da condenação. Todavia, 
apurado este valor, a execução do valor apurado não será realizada na própria 
Justiça do Trabalho, mas no Juízo Falimentar. 
 
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação 
judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do 
devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. 
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar 
quantia ilíquida. 
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou 
modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza 
TRABALHISTA, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, 
serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo 
crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado 
em sentença. 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: 
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, 
ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei [...]. 
 
Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência: 
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I – as obrigações a título gratuito; 
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na 
falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor 
 
 
HABILITAÇÃO DO CRÉDITO 
Momento processual Forma de habilitação 
Arrolamento pelo devedor. Nenhuma ação necessária. 
Prazo do art. 7º, §1º. Habilitação de crédito stricto sensu. 
Entre o fim do prazo do art. 7º, §1º, e a 
homologação do quadro-geral de 
credores. 
Habilitação de crédito retardatária, recebida 
como impugnação. 
Após a homologação do quadro-geral de 
credores. 
Habilitação de crédito retardatária na forma 
de ação autônoma de retificação do quadro-
geral de credores. 
 
Formas de extinção das obrigações do falido 
I – pagamento de todos os créditos; 
II – pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) 
dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária 
para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo; 
III – decurso prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido 
não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei; 
IV – decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido 
tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. 
 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL – figura jurídica que tem por objetivo viabilizar a superação 
da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da 
fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, 
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à 
atividade econômica. 
 
Art. 50. Constituem meios de recuperaçãojudicial, observada a legislação pertinente a 
cada caso, dentre outros: 
I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas 
ou vincendas; 
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de 
subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos 
termos da legislação vigente; 
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III – alteração do controle societário; 
IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus 
órgãos administrativos; 
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de 
poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; 
VI – aumento de capital social; 
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída 
pelos próprios empregados; 
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo 
ou convenção coletiva; 
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de 
garantia própria ou de terceiro; 
X – constituição de sociedade de credores; 
XI – venda parcial dos bens; 
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo 
como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se 
inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação 
específica; 
XIII – usufruto da empresa; 
XIV – administração compartilhada; 
XV – emissão de valores mobiliários; 
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento 
dos créditos, os ativos do devedor. 
 
Requisitos para a recuperação judicial 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, 
exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos 
seguintes requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em 
julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com 
base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa 
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
Parágrafo único. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge 
sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. 
 
Convolação da recuperação judicial em falência 
Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial: 
I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei; 
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II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 
desta Lei; 
III – quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos termos do § 4o do art. 56 
desta Lei; 
IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na 
forma do § 1o do art. 61 desta Lei. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por 
inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos termos dos incisos I 
ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no inciso III do caput 
do art. 94 desta Lei. 
 
5. Títulos de crédito 
 
Título de crédito � documento necessário para o exercício do direito, 
literal e autônomo nele mencionado. 
 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito 
literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os 
requisitos da lei. 
 
Princípios dos títulos de crédito 
Cartularidade O título de crédito deve materializar-se em um 
documento tangível e concreto. 
Literalidade O direito contido em um título de crédito deve 
ser expresso literalmente, não podendo o 
credor exigir mais do que isto nem o devedor 
pretender pagar menos. 
Autonomia As obrigações contidas em um título de crédito 
são autônomas entre si e a invalidade de uma 
não afeta outra. 
As obrigações contidas em um título de crédito 
são independentes de qualquer outra 
obrigação do mundo jurídico. 
O devedor não pode opor exceções pessoas 
que tenha contra o emitente do título de 
crédito ao terceiro credor de boa-fé. 
 
Características dos títulos de crédito 
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Classificações dos títulos de crédito 
Quanto ao modelo Livres Nota promissória e letra de câmbio 
Vinculados Cheque e duplicata 
Quanto à estrutura Ordem de pagamento Letra de câmbio, cheque e duplicata 
Promessa de pagamento Nota promissória 
Quanto à circulação Ao portador Cheque até o limite de R$ 100,00 
(transmissão por tradição) 
Nominal à ordem Todos, em regra (transmissão por 
tradição + endosso) 
Nominal não à ordem Todos, quando expressa (transmissão 
por cessão de crédito civil) 
Nominativos Nenhum (parte da doutrina não 
considera esta modalidade aplicável) 
Quanto à emissão Abstratos (não 
condicionados) 
Nota promissória e cheque 
Limitados Letra de câmbio 
Causais (condicionados) Duplicata 
 
Requisitos das letras de câmbio (art. 1º) Requisitos das notas promissórias (art. 75) 
1. A palavra “letra” (ou a expressão “letra de 
câmbio”) inserta no próprio texto do título e 
expressa na língua empregada para a redação 
desse título. 
1. Denominação "nota promissória" inserta no 
próprio texto do título e expressa na língua 
empregada para a redação desse título. 
2. O mandato puro e simples de pagar uma 2. A promessa pura e simples de pagar uma 
Negociabilidade: são títulos de circulação. 
Executividade: são títulos executivos. 
Obrigações creditícias, expressas em dinheiro: são títulos de 
resgate. 
Documentos formais. 
Bens móveis. 
Obrigações quesíveis. 
Natureza pro solvendo. 
Títulos de apresentação. 
Natureza comercial. 
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quantia determinada. quantia determinada. 
3. O nome daquele que deve pagar (sacado). —x— 
4. A época do pagamento. 3. A época do pagamento. 
5. A indicação do lugar em que se deve 
efetuar o pagamento. 
4. A indicação do lugar em que se efetuar o 
pagamento. 
6. O nome da pessoa a quem ou à ordem de 
quem deve ser paga. 
5. O nome da pessoa a quem ou à ordem de 
quem deve ser paga. 
7. A indicação da data em que, e do lugar 
onde a letra é passada. 
6. A indicação da data em que e do lugar onde 
a nota promissória é passada. 
8. A assinatura de quem passa a letra 
(sacador). 
7. A assinatura de quem passa a nota 
promissória (subscritor). 
 
Estrutura dos títulos de crédito 
Letra emitida à ordem do próprio 
sacador 
Letra emitida sobre o próprio sacador 
Sacador /
Tomador SacadoManda pagar ecobra de...
Paga a...
Emite letra em
benefício próprio
 
Sacador /
Sacado Tomador
Emite letra em
benefício de...
Cobra de...
Paga a...
 
Letra emitida à ordem de terceiro Nota promissória 
Sacador Tomador
Sacado
Emite letra em
benefício de...
Cobra de...
Paga a...
Manda
pagar ao
tomador
 
Subscritor TomadorEmite nota embenefício de...
Cobrade...
Paga a...
 
 
Vencimento Início do prazo para aceite Fim do prazo para aceite 
À vista Padrão: a partir do saque. Padrão: um ano. 
Definição: vence ao ser 
apresentada para aceite. 
Opcional: pode ser definida 
data certa ou prazo a partir do 
saque para o início do prazo; 
também é possível a inclusão 
Opcional: o prazo pode ser 
encurtado ou dilatado. 
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de cláusula não aceitável. 
A um certo termo de vista Padrão: a partir do saque. Padrão: um ano. 
Definição: vence em um 
prazo iniciado a partir do 
aceite. 
Opcional: pode ser definida 
data certa ou prazo a partir do 
saque para o início do prazo; 
NÃO é possível a inclusão de 
cláusula não aceitável. 
Opcional: o prazo pode ser 
encurtado ou dilatado. 
A um certo termo de data Padrão: a partir do saque. O mesmo do vencimento. 
Definição: vence em um 
prazo a partir da data do 
saque. 
Opcional: pode ser definida 
data certa ou prazo a partir do 
saque para o início do prazo; 
também é possível a inclusão 
de cláusula não aceitável. 
Pagável num dia fixado Padrão: a partir do saque. O mesmo do vencimento. 
Definição: vence em uma 
data certa, exemplo: 
01/01/2013. 
Opcional: pode ser definida 
data certa ou prazo a partir do 
saque para o início do prazo; 
também é possível a inclusão 
de cláusula não aceitável. 
 
Regime cambiário Regime civil 
Um codevedor, que paga uma obrigação cam-
biária, pode cobrar o valor integral do devedor 
principal e dos codevedores que estejam abaixo 
dele na cadeia cambiária. 
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem 
direito a exigir de cada um dos codevedores a 
sua quota, dividindo-se igualmente por todos a 
do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, 
no débito, as partes de todos os codevedores. 
As pessoas acionadas em virtude de uma letra 
não podem opor ao portador exceções fundadas 
sobre as relações pessoais delas com o sacador 
ou com os portadores anteriores, a menos que o 
portador ao adquirir a letra tenha procedido 
conscientemente em detrimento do devedor. 
O devedor pode opor ao cessionário as exceções 
que lhe competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a ter conhecimento da 
cessão, tinha contra o cedente. 
 
 
Aval Fiança 
Não há benefício de ordem. Em regra, há benefício de ordem. 
O aval mantém-se mesmo no caso da obrigação 
que avalizou seja anulada por vício que não seja 
de forma. 
A nulidade do contrato principal anula a fiança, 
que é contrato acessório. 
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O avalista não pode opor as exceções pessoais 
relativas ao avalizado, caso seja demandado. 
O fiador, em geral, pode opor as exceções 
pessoais relativas ao afiançado. 
 
Cadeia cambiária 
Cadeia de transmissão 
Sacador
Avalistas do
Sacador
Sacado
(aceitante ou não)
Tomador
original
Endossante
Avalista do
Endossante
Endossatário /
Endossante
Portador com
endosso
em branco
Portador com
endosso
em branco
A
B
C D
E
F
G H I
 
 
 
Cadeia de regresso 
Sacador
Avalistas do
Sacador
Sacado/
Aceitante
Tomador
original
Endossante
Avalista do
Endossante
Endossatário /
Endossante
Portador com
endosso
em branco
Portador com
endosso
em branco
A B
C
D
E F G H I
 
Ações relativas aos títulos de crédito 
Tipo de ação Prescrição 
Ação cambial Contra o aceitante e seus avalistas Três anos 
Contra os demais codevedores Um ano 
Ação de regresso Contra o aceitante e seus avalistas Três anos 
Contra os demais codevedores Seis meses 
Ação causal Variável (art. 205 e 206, CC) 
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Ação de anulação e substituição Variável (art. 205 e 206, CC) 
 
Modalidades de cheques 
Cheque visado: o banco declara haver fundos 
e reserva a quantia da conta do correntista até 
o prazo de apresentação. 
Cheque administrativo: cheque do próprio 
banco a ser sacado em agência própria. 
Cheque cruzado em branco: cheque com dois 
traços transversais, em seu anverso, indicando 
que o valor deverá ser creditado em conta-
corrente do beneficiário. 
Cheque cruzado em preto: igual ao cruzado 
em branco, mas indicando o banco no qual 
deverá ser credita a quantia. 
Cheque a ser levado em conta: cheque 
indicando, tal qual como no cruzado em preto, 
além do banco, a conta na qual deverá ser 
creditada a quantia. 
Requisitos da duplicata (art. 2º, §1º) 
I - A denominação “duplicata”, a data de sua 
emissão e o número de ordem. 
VI - A praça de pagamento. 
II - O número da fatura. VII - A cláusula à ordem. 
III - A data certa do vencimento ou a 
declaração de ser a duplicata à vista. 
VIII - A declaração do reconhecimento de sua 
exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser 
assinada pelo comprador, como aceite, 
cambial. 
IV - O nome e domicílio do vendedor e do 
comprador. 
IX - A assinatura do emitente. 
V - A importância a pagar, em algarismos e 
por extenso. 
 
 
 
 
Cobrança de duplicatas 
Requisitos do cheque (art. 1º) 
I - A denominação “cheque’’ inscrita no 
contexto do título e expressa na língua em 
que este é redigido. 
II - A ordem incondicional de pagar quantia 
determinada. 
III - O nome do banco ou da instituição 
financeira que deve pagar (sacado). 
IV - A indicação do lugar de pagamento. 
V - A indicação da data e do lugar de emissão. 
VI - A assinatura do emitente (sacador), ou de 
seu mandatário com poderes especiais. 
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Forma de aceite Documentos necessários 
Aceite ordinário - Duplicata ou triplicata assinada pelo devedor. 
Aceite presumido - Duplicata ou triplicata não assinada. 
- Recibo de entrega das mercadorias. 
- Termo do protesto. 
Aceite por indicações - Termo do protesto por indicações. 
- Recibo de entrega das mercadorias.

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