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Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 1 CENTRO TÉCNICO TEMPLÁRIOS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DISCENTE______________________________________________________ Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 2 CLÍNICA CIRÚRGICA E CENTRO CIRÚRGICO A assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico, em uma Unidade de internação inicia-se no momento da sua admissão na Unidade. A partir desse momento, o ambiente hospitalar, por suas características impõe ao mesmo uma série de adaptações, tais como: Mudanças de hábitos diários (alimentação, higiene, necessidades fisiológicas, etc...); Restrição da liberdade (ambiente restrito, horários preestabelecidos, visitas controladas...); Exposição a agentes infecciosos; Ansiedade frente ao tratamento cirúrgico a que irá ser submetido; Medo da morte ou de incapacidade física; Solidão; CIRURGIA: É a parte da medicina que lida com doenças e condições físicas que necessitam da incisão dos tecidos humanos para remoção, reparação ou substituição da parte acometida através da técnica operatória. TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS: A nomenclatura e a definição de um procedimento cirúrgico são invariavelmente determinadas pela associação de um radical- que diz respeito ao tecido ou à estrutura cirurgiada, e ao sufixo- que se refere ao tipo de cirurgia realizada, ou seja, o que foi deito com esse tecido ou órgão no decorrer da cirurgia. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 3 PREFIXOS Adeno Glândula Cisto Bexiga Cole vesícula Colo ao colo Colpo vagina êntero Intestino gastro Estômago Hístero Útero Nefro Rim Oftalmo Olhos Oofor Ovários Orqui Testículos Ósteo Osso Oto Ouvido Procto Reto Rino Nariz Salpinge Trompas tráqueo traquéia SUFIXOS ectomia Remoção de um órgão ou parte dele tomia Abertura de um órgão stomia Abertura cirúrgica de um novo acesso pexia Fixação de um órgão platia Alteração de forma de um órgão Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 4 rafia Sutura scopia Olhar no interior OPERAÇÕES DE FIXAÇÃO (PEXIA) histeropexia Suspensão e fixação do útero nefropexia Suspensão e fixação do rim orquipexia Abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA) artrotomia Abertura da articulação broncotomia Abertura do brônquio cardiotomia Abertura da cárdia coledocotomia Abertura e exploração do colédoco duodenotomia Abertura do duodeno flebotomia Dissecção da veia laparotomia Abertura da cavidade abdominal nefrotomia Incisão cirúrgica de rim papailotomia Abertura da papila duodenal Toracotomia Abertura da parede torácica OPERAÇÕES P/ ACESSO (STOMIA) cistotomia Abertura da bexiga p/ drenagem de urina Colecistotomia Abertura e colocação de dreno na vesícula biliar coledocostomia Colocação de dreno no colédoco p/ drenagem Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 5 enterostomia Abertura do intestino através da parede abdominal gastrostomia Abertura de fístula gástrica p/ introdução de alimentos ou esvaziamento do estômago ileostomia Comunicação, construída cirurgicamente, do íleo coma parede abdominal anterior jejunostomia Colocação de sonda no jejuno p/ alimentação OPERAÇÕES P/ OBSERVAÇÃO (SCOPIA) broncoscopia Exame sob visão direta dos brônquios colposcopia Exame da vagina e do colo uterino esofagoscopia Exame do esôfago gastroscopia Exame do estômago laringoscopia Exame da laringe laparoscopia Exame da cavidade abdominal OPERAÇÕES P/ ALTERAÇÃO DA FORMA E/OU FUNÇÃO(PLASTIA) piroloplastia Plástica do piloro para aumentar seu diâmetro rinoplastia Plástica do nariz salpingoplastia Plástica da trompa p/ sua recanalização toracoplastia Plástica da parede torácica OPERAÇÕES P/ SUTURA (RAFIA) colporrafia Sutura da vagina gastrorrafia Sutura do estômago herniorrafia Sutura da hérnia Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 6 perineorrafia Sutura do períneo tenorrafia Sutura do tendão OPERAÇÕES P/ REMOÇÃO (ECTOMIA) apendicectomia Remoção do apêndice cistectomia Remoção da bexiga Celectomia Remoção do colo embolectomia Remoção de um êmbolo esofagectomia Remoção do esôfago esplenectomia Remoção do baço fistulectomia Remoção de fístula gastrectomia Remoção total ou parcial do estômago hemorraidectomia Remoção de parte do hemorróida hepatectomia Remoção de parte do fígado histerectomia Remoção do útero lobectomia Remoção de um lobo de um órgão mastectomia Remoção da mama miomectomia Remoção de mioma nefrectomia Remoção do rim ooforectomia Remoção do ovário pancreatectomia Remoção do pâncreas peneumectomia Remoção do pulmão prostatectomia Remoção da próstata retossigmoidectomia Remoção do retossigmóide salpingectomia Remoção da trompa tireoidectomia Remoção da tireóide Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 7 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS Quanto ao tempo: Eletiva: É aquela realizada quando é mais conveniente para o paciente e para quem opera. A realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia,cisto superficial; Urgente: tratamento cirúrgico que requer pronta atenção deverá ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Exemplificando: Apendicectomia; Emergência: tratamento cirúrgico que requer atenção imediata, por se tratar de uma situação crítica "salvar a vida". Exemplificando: Ferimento precordial por arma de fogo. Quanto ao porte: Grande porte: cirurgias com grande probabilidade de perda de fluido e sangue exigem técnicas maiores, um maior número de equipamentos. Exemplificando: cirurgias de emergências (ferimento na região precordial), cirurgias vasculares arteriais (correção de aneurisma aorta abdominal). Médio porte: cirurgias com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Exemplificando: vascular (endarterectomia de carótida), cabeça e pescoço (ressecção de carcinoma espino celular), ortopedia (prótese de quadril), urologia (ressecção transuretral de próstata), neurologia (ressecção de aneurisma cerebral). Pequeno porte: cirurgias com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Exemplificando: otorrinolaringologia (timpanoplastia), plástica (mamoplastia), endoscopia (endoscopia digestiva), oftalmologia (vitrectomia). Quanto à finalidade: Paliativa: é aquela que visa melhorar as condições do paciente e/ou compensação de certos distúrbios. . Ex. Gastrostomia. Radical ou Curativa: tem a finalidade de curar a patologia. Para essa finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 8 tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos. Ex. Apendicectomia. Exploradora: é a cirurgia cujo objetivo é de investigar o que esta acontecendo. Ex. laparotomia exploradora. Plástica: tem a finalidade de recomposição de tecidos corretivos ou estética. Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc Reparadora: Reconstitui artificialmente uma parte docorpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados. Quanto ao potencial de contaminação Ferida limpa - São feridas cirúrgicas não infectadas, em que não há inflamação e, que não são atingidos os tratos respiratórios, digestórios, genital ou urinário. Ex: cirurgia eletiva, fechamento em primeiro tempo, e não drenada, não traumática, não infectada Potencialmente contaminadas: são realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Exemplificando: gastrectomia; Contaminada: são realizadas em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por flora bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido: falha técnica grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção. Exemplificando: hemicolectomia; Infectada: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Exemplificando: nefrectomia com coleção de pus. Exemplo de cirurgias classificadas pelo seu potencial de contaminação Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 9 a) Limpas - Artoplastia do quadril - Cirurgia cardíaca - Herniorrafia de todos os tipos - Neurocirurgia - Procedimentos cirúrgicos ortopédicos (eletivos) - Mastoplastia - Mastectomia parcial e radical - Cirurgia de Ovário -b)Potencialmente contaminada - Histerectomia abdominal - Cirurgia do intestino delgado (eletiva) - Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar - Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos - Feridas traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez horas após traumatismo - Colecistectomia + colangiografia - Vagotomia + operação drenagem c) Contaminadas - Cirurgia de cólon - Debridamento de queimaduras - Cirurgia intranasal - Cirurgia bucal e dental - Fraturas expostas com atendimento após dez horas d) Infectadas - Cirurgia do reto e ânus com pus - Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon - Nefrectomia com infecção - Presença de vísceras perfuradas - Colecistectomia par colecistite aguda com empiema - Exploração das vias biliares em colangite supurativa Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 10 RISCO CIRÚRGICO Conceito: consiste numa serie de estudo realizados em um individuo candidato a uma cirurgia, para que seja efetuado um cálculo da probabilidade de um bom resultado cirúrgico, levando-se em consideração o,tipo de intervenção a ser realizada e as condições clínicas do doente. Fatores Analisados: Fatores Anestésicos: tipo de anestesia; drogas anestésicas utilizadas Fatores Crônicos Relacionados ao paciente Idade; Tende a aumentar o risco cirúrgico em pessoas >70 anos. Doenças associadas: cardiopatias; hepatopatias; renais; vasculares; endócrinas; diabetes; hipertensão arterial sistêmica; coagnulopatias; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Tabagismo1/3 dos pacientes cirúrgicos são fumantes, com risco para - Complicações pulmonares; Complicações circulatórias: Infecção de sítio cirúrgico Obesidade: Aumenta à dificuldade de cicatrização, da técnica cirúrgica, a abertura da ferida cirúrgica é mais freqüente; Maior probabilidade de infecção por causa da diminuição Maior risco de complicações pulmonares pós-operatória Alterações da resposta a muitas drogas anestésicas. Má Nutrição: A desnutrição pré-operatória em especial as deficiências protéicas dificultam a cicatrização da ferida cirúrgica. Fatores cirúrgicos: Porte da cirurgia; Emergência; Experiência da equipe Cirúrgica. Classificação das Intervenções de acordo com o risco: Pequeno risco - pacientes hígidos que serão submetidos a uma cirurgia de pequeno ou médio porte. Risco intermediário – operações eletivas de médio porte em idosos ou em doentes com ligeiras alterações orgânicas e as operações de urgência. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 11 Risco elevado – pacientes com doenças graves e com repercussões sistêmicas que serão submetidos à operação de grande porte ou com doenças associadas descompensadas ou com doenças graves na fase tardia ou operações de emergência absoluta. Avaliação do Risco Cirúrgico: Avaliação Clínica Exame físico e, Exames Complementares: Hemograma completo; Rx de tórax; Glicemia em jejum; Tipagem sanguínea; Plaquetas; Colesterol, triglicérides, HDL, LDL; Kttp- tempo de protombina (coagulograma); Sumario de urina; ECG (eletrocardiograma) ECO (ecocardiograma), Uréia, creatinina, acido úrico; Parasitológico de fezes, teste ergométrico e outros mais, que serão individualizados para cada paciente. CLÍNICA CIRÚRGICA: Conceito: É uma unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos períodos pré e pós-operatórios e, onde são preparados para ao ato cirúrgico e auxiliado após ele, a recuperarem o equilíbrio orgânico. Principais medicamentos utilizados na clinica cirúrgica: Antipiréticos e analgésicos: Acido acetil salisilico – aspirina Indicação: analgésico, antitérmico, antiinflamatório e diminui a adesividade plaquetaria; Novalgina/ nevragina/dipirona/baralgin Tramal/Silador Ansioliticos: Valium/Diazepam/lexotan/diempax; Indicação:ansiolítico, sedativo, hipnótico e relaxante muscular. Bloqueadores Colinergicos e Antiespasmódicos: Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 12 Buscopam/dimeticona/luftal/silidrom; Indicação: antiespasmódico Atiemeticos: Metroclopramida/plasil;Euci/plamet Indicação: intolerância a medicamentos, vômitos de origem orgânica, funcional e gravídicos, síndromes histênicas, dispéptica, enterocoliticas,pós- colecistectomia e posgastrectomia. Antiinfecciosos/antibióticos: Amicacina/novamin Indicações: infecções causadas por bactérias sensíveis. Ampicilina/binotal/amplacilina. Indicação: germes sensíveis. Cefalexina/keflex/ceporexin Indicações: germes sensíveis Cefalotina/ Keflin Flagyl/ metronidazol Diclofenaco/ voltaren/Ortoflan( antiinflamatórios) Obs:. Antak( ranitidina); omeprazol; tazepin: são protetores da mucosa gástrica Anticonvulsivantes: Fenitoína/hidantal/Epelin Indicação: anticonvulsivante, antiarrítmico, tem indicação nas arritmias provocadas pela intoxicação digitálica. Diuréticos: Furosemida/Lasix Indicação: edemas de diversas origens, hipertensão arterial; Hidrocloratiazida/Diidroclorotiaxida Indicação: edema associado a insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, corticosteróide e estrogênica. Manitol: indicação – diurético osmótico. Anestésicos Locais Lidocaína: Nome comercial: marcaína Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 13 Indicação: anestesia local em cirurgia, obstetrícia, bloqueios, diagnósticos terapêuticos, possui duração prolongada Lidocaina com epinefrina Nome comercial: xylocaína cm vaso- constrictor Indicação: anestésico local. A associação do vaso constrictor ao anestésico prolonga o tempo de ação deste. Hipoanalgesico/ Entorpecentes Dolantina/Demerol Indicação: analgésico potente. Para dor do infarto do miocárdio, como coadjuvante no tratamento do Edema Agudo do Pulmão(EAP), produz sedação e depressão respiratória e pressórica. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Consentimento cirúrgico Antes da cirurgia, o paciente deve assinar um formulário de consentimento cirúrgico ou permissão para realização da cirurgia. Quando assinado, esse formulário indica que o paciente permite a realização do procedimento e compreende seus riscos e benefícios, explicados pelo cirurgião. Se o paciente não compreender as explicações, o enfermeiro notifica ao cirurgião antes que o paciente assine o formulário de consentimento. Os pacientes devem assinar um formulário de consentimento para qualquer procedimento invasivo que exija anestesia e comporte risco de complicações. O tratamento cirúrgico geralmente ocorre em três fases interdependentes: FASE PRÉ-OPERATÓRIO: período que antecede o ato cirúrgico compreende o tempo desde quando tomada a decisão da intervenção cirúrgica até o paciente ser transferido para a mesa da sala de cirúrgica. Objetivos do pré- operatório: Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 14 feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos .Tem como objetivo também assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente. Classificação do período pré- operatório: Pré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão no planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações; compreende o período desde a internação até a véspera do dia da cirurgia. Os cuidados de enfermagem aqui neste período compreendem os preparos psicoespiritual e o preparo físico. Providenciar e preparar o paciente para os exames laboratoriais e outros exames auxiliares de diagnóstico. Controlar os SSVV. Observar o equilíbrio hidroeletrolítico e o estado nutricional, orientando, estimulando e administrando dietas adequadas, medicamentos, soros, etc. Ensinar exercícios respiratórios com frascos, luvas, principalmente aos que serão submetidos à anestesia geral, cuja finalidade é prevenir complicações pulmonares após a realização da cirurgia. Normalmente, se orienta para o paciente colocar as duas mãos na parte inferior das costelas, a fim de sentir o movimento torácico, expirar completamente, inspirar profundamente pelo nariz e expulsar todo o ar pela boca. Repetir esse exercício várias vezes. Existem pequenos aparelhos denominados expirômetros de incentivo, utilizados para a realização de exercícios respiratórios. Pré- operatório imediato corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica. Preparo da pele: Esse procedimento tem como finalidade eliminar ao máximo a flora bacteriana que normalmente habita a pele do paciente. A área em torno da futura ferida operatória deve ser limpa de modo completo e feita a tricotomia, que significa a raspagem dos pêlos em uma região do corpo. Em vários hospitais, a tricotomia Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 15 é realizada na véspera da cirurgia, à noite, muito embora seja mais indicado fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de germes após o preparo da pele- em menor área possível e com método o menos agressivo. A rotina de limpeza da pele depende do procedimento cirúrgico e das normas do cirurgião ou da instituição. O objetivo é diminuir a quantidade de microrganismos sem comprometer a integridade cutânea. Para uma cirurgia planejada, pode-se solicitar ao paciente que limpe a área determinada com um sabão detergente germicida durante vários dias antes do procedimento. Normalmente, os pêlos não são removidos antes da cirurgia, exceto se puderem interferir na incisão. Neste caso, os pêlos são removidos com tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia. Áreas de tricotomia segundo a região da cirurgia: Cirurgia craniana – raspa-se o couro cabeludo total ou parcialmente, e o pescoço. Nas cirurgias de pescoço, deve-se incluir o colo e as axilas; Cirurgia torácica - raspa-se os pêlos do tórax anterior e posterior até a cicatriz umbilical, podendo-se estender tal processo até a axila e região ingüinal; Cirurgia cardíaca - as áreas a serem raspadas são o tórax, metade do dorso, punhos, dobras dos cotovelos e região ingüinal, acrescentando-se a face interna das coxas quando das cirurgias de revascularização do miocárdio; Cirurgia abdominal - recomenda-se a tricotomia da região mamária até a região pubiana anterior (posterior no caso das cirurgias renais); nas cesáreas e cirurgia abdominal via baixa, raspa-se a região pubiana; Cirurgia dos membros – raspa-se o membro a ser operado, acrescentando- se ou não as regiões axilar e pubiana. Antes de iniciar a tricotomia em áreas de grande pilosidade,recomenda-se cortar o excesso de pêlo com uma tesoura. Preparo intestinal: Para a maioria das cirurgias, principalmente as realizadas sob anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que o paciente evacue durante Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 16 o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser realizada, o médico irá prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante até a aplicação de clister ou lavagem intestinal. Uma cirurgia de intestino grosso, por exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e limpo possível. Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a lavagem são feitos na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se dispensar a execução desse preparo, desde que o paciente tenha evacuado normalmente na manhã do dia da cirurgia. Um intestino limpo permite a visualização acurada do sitio cirúgico e previne traumas intestinais ou contaminação acidental do peritônio por fezes. Um enema evacuador ou um laxante é prescrito para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na manhã do dia da cirurgia. Quando uma cirurgia intestinal é programada, antibióticos também podem ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal. Higiene geral: Além do preparo local da pele, um banho completo antes da cirurgia, ajuda a evitar infecções, principalmente com uso de anti-sépticos degermantes. Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para o anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia. Orientar o paciente deamulante para ir ao banheiro, com o objetivo de esvaziar a bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada. Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti- la com a abertura para as costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo. Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro. Retirar próteses, lentes de contato, jóias, adornos em geral. Depois, para evitar que se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou encaminhar para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária antes da anestesia para alguns pacientes em violação da privacidade, onde alguns serviços tem como rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior devolução. Conferir os exames pré-operatórios,a autorização para a operação e as radiografias se estão junto ao prontuário médico do paciente. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 17 Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30 a 60 minutos antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da medicação estiver iniciando, o paciente deve permanecer sob observação, jamais sendo deixado sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como depressão respiratória ou mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa basicamente reduzir a ansiedade, diminuir secreções do trato respiratório e reduzir as intercorrências alérgicas. Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar, novamente, os SSVV, anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade observada. Importância do jejum: A manutenção do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA EM PRÉ-OPERATÓRIO Anamnese: APP (antecedentes patológicos pessoais): cardiopatias, DM, HAS, convulsão, outros. APF (antecedentes patológicos familiares): cardiopatias, DM, HAS, convulsão, desconhece, outros. Fatores de riscos: tabagismo, elitismo, obesidade, outros. Internações anteriores: sim (saber motivo) ou não; Estado nutricional: satisfatório, obeso, desnutrido; Medicações em uso; Nível de consciência: consciente, inconsciente, torporoso, letárgico, obnubilado, orientado, desorientado, comatoso, outros. Exame físico: Pele: íntegra, lesões, elasticidade/turgor; Cabeça: (couro cabeludo- íntegro, sujo, limpo, pediculose, lesões; olhos- mucosas: normocrômicas, hipercrômicas, acuidade: preservada ou não; ouvidos- integridade, dor, secreção, prurido, acuidade; boca- halitose, mucosas, prótese: inferior/superior, parcial/total, anodontia); Pescoço: rigidez de nuca, mobilidade, presença de massa cervical; Tórax: forma- simétrico, abaulado, escavado, assimétrico; dinâmica respiratória- eupnéia, taquipnéia, bradipnéia, dispnéia; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 18 taquidispnéia//ventilação: espontânea ou mecânica; FC- normocardia, taquicardia, bradicardia; mamas: dor, secreção, nódulos; Abdome: plano, tenso, flácido, escavado, globoso, ascítico, dor á palpação, RHA (ruídos hidroáereos) presentes/ausentes; Genitália: íntegra, fimose, prurido, lesão//ânus- hemorróidas, prolapso, fissura, sangramento, dor; MMSS/MMII: eutrófico, distrófico, edemas, varizes// extremidades: frias, aquecidas, oxigenação, perfusão; Outras observações: Locomoção: deambulação, cadeirante; Eliminações fisiológicas: micção- espontânea, oligúria, poliúria, polaciúria, disúria, hematúria, piúria; dejeções- obstipaçao, diarréia, melena; SSVV. Preparo pré-operatório mediato: Explicar os procedimentos a serem realizados; Condições físicas e emocionais para a cirurgia; Coleta e encaminhamento dos materiais para exames; Manutenção do jejum quando necessário; Aplicação de medicamentos, soro; Sinais vitais; Observações das eliminações fisiológicas; Observação de sinais e sintomas; Preparo pré-operatório imediato: Confirmar nome, data e hora da cirurgia, se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina; Observar sintomas como tosse, coriza, febre e outros; Higienização geral (banho, remover esmaltes, remoção de adornos, trocas de roupas, uso do gorro, retirar prótese dentária); Preparo da pele (tricotomia); Preparo do aparelho digestivo: Jejum e enema; Preparo do sistema urinário: esvaziamento vesical; Administração de medicação pré-anestésica, sob prescrição médica; Colocar e checar prontuário (presença dos exames) do paciente. No prontuário a anotação de encaminhamento para o centro cirúrgico deve conter: Condições gerais; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 19 Tempo de jejum; Preparo realizado (incluindo ultima diurese e evacuação); Condições de pensos, punções, cateteres e drenos; Retirada de próteses, órteses, e adornos - jóias (para onde foi encaminhado); Orientações feitas; Queixas; Sinais vitais; Medicações administradas. FASE TRANSOPERATÓRIA (OU INTRA-OPERATORIA): compreende o tempo de realização da intervenção cirúrgica propriamente dita; corresponde ao período desde quando o paciente é transferido da mesa cirúrgica até sua admissão na Sala de Recuperação Pós Anestésica- SRPA. ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO TRANS-OPERATÓRIO OU INTRA-OPERATÓRIO: Cabe ao Técnico em Enfermagem: Receber o cliente ( identificando-lhe pelo nome), mantê-lo calmo, ajudar em seu posicionamento na mesa cirúrgica. Desempenhar função de circulante: oferecer materiais quando solicitado, auxiliar o cirurgião em seu processo de paramentação (Avental cirúrgico, calçamento de luva estéril) Posicionar corretamente os fracos de solução, drenos e sondas; Posicionar corretamente o suporte de braço sob o colchonete da mesa cirúrgica; Ajudar os integrantes da equipe a se paramentarem; Controlar a PA pelo monitor; Prevenir hipotermia; Auxiliar no posicionamento do cliente; Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar iluminação adequada no campo cirúrgico, sem projeção de sombras e reflexos; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 20 Observar o gotejamento dos soros e sangue, líquidos drenados e sinais de intercorrências; controlar a quantidade e peso das compressas cirúrgicas e gazes, para evitar esquecimento acidental desses materiais no campo operatório; Avaliar a perda sangüínea e de líquidos pelas sondas e do sangue aspirado no frasco do aspirador. Realizar o registro do ato cirúrgico: Os registros são feitos em impresso próprio, anotando-se os medicamentos, soluções, sangue, equipamentos usados, intercorrências com o cliente, nome da operação e da equipe cirúrgica, bem como início e término da cirurgia. Atentar para os tempos Cirúrgicos: Diérese;hemostasia; exerese e síntese Identificar registrar e ter cuidados adequados com as amostras coletadas nas salas de cirurgia; Ao final da cirurgia desligar o foco e aparelhos, remover os campos cirúrgicos, pinças e outros materiais sobre o cliente Papel do Circulante: Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros. Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia. Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente. Realizar cateterismo vesical do paciente quando necessário. Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica. Auxiliar na anti-sepsia da área operatória. Colocas a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi). Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos. Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e equipamentos necessários ao ato operatório. Manter o ambiente asséptico. Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato operatório. Manter boa iluminação da área cirúrgica. Manter o ambiente calmo. Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e gazes utilizadas. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 21 Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a continuidade dos cuidados de enfermagem. No final da cirurgia, o circulante deve: - Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico. -Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico. - Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente. - Colocar o paciente em posição dorsal. - Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres. - Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico. - Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica. - Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas superiores. - Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações. - Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário. - Completar a ficha de débito. - Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra. - Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do CC. FASE PÓS-OPERATÓRIO: compreende o período posterior à realização do ato cirúrgico, começa com a admissão do paciente na SRPA e termina após uma avaliação de acompanhamento no ambiente clinico ou domiciliar. Pós-Operatório Imediato até 12 horas Pós -Operatório Mediato 24 horas até 10 dias Pós- Operatório Tardio a partir do 10 dia em diante, até um ano CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATORIO Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 22 Perioperatorio: compreende o pré-operatório; trans- operatório ou intra- operatório e pós-operatório. Ler com atenção o pedido de cirurgia, certificando-se do material básico, aparelhos ou alguma solicitação especial relativa ao tipo de cirurgia a ser realizada; Verificar as condições de limpeza da sala antes de equipá-la com os materiais e aparelhos solicitados; Fazer limpeza concorrente dos aparelhos; Revisar o material esterilizado existente na sala; Testar o funcionamento dos aparelhos; Equipar o carrinho de anestesia com as medicações especifica, impressos próprios e demais materiais necessários e colocá-lo à cabeceira da mesa cirúrgica; Dispor os pacotes de campos, aventais e luvas, e a caixa de instrumentais em local acessível; Preparar infusão endovenosa e bandeja de antissepsia; Manusear o material esterilizado com a técnica asséptica; Princípios da assepsia perioperatoria: Qualquer material que entre em contato com a ferida operatória e os tecidos expostos deve ser esterilizado: agulhas, curativos, luvas, campos e soluções. A degermação das mãos e antebraços deve ser realizada por todos que entram em contato com o campo operatório. É obrigatório ouso de EPI: gorro, máscara, pro pé, avental de manga, óculos (se necessário) e luva estéril. Após degermaçao e paramentação o profissional deve tocar somente em materiais estéreis; A assepsia do campo cirúrgico deve ser maior do que a área utilizada para incisão; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 23 Os controles ambientais são realizados através da limpeza do chão e dos equipamentos da sala cirúrgica, sendo que os entrarão em contato com o paciente necessitam ser esterilizados na CME. CENTRO CIRÚRGICO: DEFINIÇÃO: é um conjunto de elementos destinados as atividades cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica e pós-operatório; OBJETIVOS Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período Perioperatorio; Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro de condições idéias, técnicas assepsias; Favorecer o ensino e a pesquisa, a fim de contribuir para formação e aperfeiçoamento de recursos humanos; Proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisa, no sentido de aprimorar o conhecimento técnico-científico e melhorar a assistência prestada. LOCALIZAÇÃO: Em uma área onde há pouca circulação de pessoas, em que ocorra um livre transito de profissionais que atuem nessa unidade e de clientes que serão submetidos a intervenções cirúrgicas. Destaca-se que sua localização deverá possibilitar um fácil acesso às unidades de clinica cirúrgicas, emergência ou terapia intensiva, uma vez que mantêm forte relação com esses setores. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: Uma unidade de centro cirúrgico ou bloco cirúrgico, dependendo de sua complexidade e dimensão deverá ter em sua estruturas áreas não somente destinadas à realização de cirurgias ( salas de cirurgias) mas também áreas destinadas à circulação de pessoas, reservas e estocagem de materiais esterilizados, processamento de materiais contaminados( expurgo), áreas Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 24 destinadas a degermação das mãos ( lavabo) , esterilização de materiais,farmácia e vestiários. ESTRUTURA: 1. Secção de bloco operatório (salas de operação equipadas); 2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos equipados para atender ao paciente na recuperação Pós-anestésicas); 3. Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas , próteses etc.). ZONEAMENTO DOS AMBIENTES CIRÚRGICOS: Áreas críticas – ambientes onde existe risco aumentado de infecção, e se realizam procedimentos de risco, ou se encontram pacientes com o sistema imunológico deprimido.Os materiais utilizados são estéreis. O corredor interno, as áreas de escovação das mãos e a sala de operação (SO) são consideradas áreas restritas dentro do CC; para evitar infecção operatória, limita-se a circulação de pessoal, equipamentos e materiais Áreas semicríticas – todas as áreas ocupadas por pacientes de doenças não-infecciosas ou infecciosas de baixa transmissibilidade.As vestimentas consistem em roupas cirúrgicas, pro-pé e toucas. Nestas áreas pode haver circulação tanto do pessoal como de equipamentos, sem contudo provocarem interferência nas rotinas de controle e manutenção da assepsia. Como exemplos temos as salas de guarda de material, administrativa, de estar para os funcionários, copa e expurgo. Áreas não-críticas – todas as áreas não ocupadas por pacientes ou cujo acesso lhes é proibido (escritórios, depósito, sanitários). As áreas de circulação livre são consideradas áreas não-restritas e compreendem os vestiários, corredor de entrada para os clientes e funcionários e sala de espera de acompanhantes. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR: Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 25 Paredes e piso; sem rachaduras ou rejuntamento; devem ser dimensão mínima de 1,20x 2,10,flutuantes e moveis Janelas Iluminação. O foco tem por finalidade: Oferecer luz semelhante à natural, de modo a não alterar a cor da pele e mucosas do paciente; Fornecer iluminação adequada ao campo cirúrgico, sem projeção de sombras e emissão de reflexos; Produzir o mínimo de calor possível no campo operatório. Ventilação Instalações elétricas – “três conjuntos com quatro tomadas cada, alimentados por circuitos críticos” (BRASIL, 1994). EQUIPE DO CENTRO CIRÚRGICO: Anestesista; cirurgião. Enfermeira; técnico de enfermagem; instrumentador cirúrgico. EQUIPAMENTOS/MATERIAIS: Equipamentos fixos – são aqueles que não podem ser deslocados de uma para outra sala de operação, a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico de acordo com a especificidade, ou mesmo serem acrescidos durante o desenvolvimento da cirurgia: Negatoscópio; Sistema de canalização de ar e gases. Equipamentos moveis: Foco central;Mesa cirúrgica e acessórios (colchonete de espuma, perneiras metálicas, suporte de ombros e arco de narcose).Aparelho deanestesia, contendo “kits”de cânulas endotraqueais e de guedel; laringoscópios, pinças de Magil, esfingmomanômetro;Mesas auxiliares para instrumentos cirúrgicos ou termocautério;Aspirador de secreções;foco auxiliar; banco giratório; escada de dois degraus; estrado;equipamentos utilizados para ajudar no posicionamento do paciente, tais como: coxins de areia ou espuma de diferentes tamanhos e talas;carros para materiais de consumo e soluções anti-séptica; carro para materiais estéreis; monitores; balanças para pesar compressas e gazes Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 26 Materiais de consumo: são materiais geralmente descartáveis utilizados individualmente para cada paciente, em cada cirurgia. Exemplo: agulhas, seringas, gazes, compressas, medicamentos, drenos e sondas, etc. INSTRUMENTAIS E FIOS CIRÚRGICOS: Pinças: Diérese: utilizadas para cortar tais como bisturi e tesouras; Hemostaticos: auxiliam a estancar o sangramento, tais como as pinças de Kelly, Kocher e Rochester; Síntese cirúrgica: geralmente utilizados para fechamento de cavidades e incisões sendo o mais comum a agulha de sutura presa no porta-agulha; Apoio ou auxiliares: destinam-se a auxiliar o uso de outros grupos de instrumentais ( afastadores e pinças anatômica); Especiais: aqueles específicos para cada tipo de cirurgia, por exemplo: a pinça gêmea de abadie, utilizada nas cirurgias do trato digestivo; Fios: Conceito: é uma estrutura flexível, com formato circular e que apresenta um diâmetro reduzido. Pode ser de material sintético, de fibras vegetais ou de material orgânico. Mesmo sendo uma estrutura tão simples é um elemento da maior importância dentro da cirurgia, pois é parte essencial da sutura e dos nós cirúrgicos. Absorvíveis: São os que, decorrido algum tempo após a sutura, por ação orgânica são absorvidos, podem ser de origem animal ou sintéticos. Exemplos: catgut simples: é de origem animal, recebeu essa denominação oriunda do inglês que tem como tradução “tripa de gato”. Durante o processo de fabricação não foi submetido a nenhum tratamento especifico para alterar o seu tempo de absorção quando em contato com os tecidos orgânicos. O catgut simples é indicado para as seguintes cirurgias: Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo e ligaduras. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 27 Ob-Gin: anastomoses, episiorrafias. Gastrointestinal: anastomoses, epiplon . Urologia: bexiga, cápsula prostática, ureter, ligações de artérias vesículares, uretra. Oftalmologia: conjuntiva. Otorrinolaringologia: amigdalectomias. Catgut cromado: este tipo de fio é da mesma origem que o catgut simples, porém foi impregnado com sais de cromo ou tânico, para lhe conferir um maior tempo de força tensil e conseqüentemente aumentando o sue tempo de absorção. Os fios catgut simples e cromado são mantidos em álcool isopropilico, para manter as suas propriedades. O catgut cromado é indicado para as seguintes cirurgias: Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo e ligaduras. Ob-Gin: anastomoses, episiorrafias. Gastrointestinal: anastomoses, epiplon . Urologia: bexiga, cápsula prostática, ureter, ligações de artérias vesículares, uretra. Oftalmologia: conjuntiva. Otorrinolaringologia: amigdalectomias. Monocryl Tipo de material Sintético composiçao Poliglecaprone 25 (Copolímero de glicolida e caprolactona) Força tensil 21 Tempo de absorção 91 a 119 dias Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 28 Esterilização Oxido de etileno Apresentação 5-0 a 3-0 O monocryl é indicado para: Plástica (pele) Vicryl Tipo de material Sintético composiçao Poliglactina 910, coberta com Poliglactina 370 + estearato de cálcio. Força tensil 28 Tempo de absorção 56 a 70 dias Esterilização Oxido de etileno Apresentação 10-0 a 2 O vicryl é indicado para: Fechamento Geral: peritôneo, aponeurose, serosa, submucosa e pele. Neurologia: duramáter, fáscia aponeurótica e músculo. Oftalmologia: esclera, conjuntiva. Gastrointestinal: anastomoses, epiplon. Ob-Gin: ligaduras, cúpula vaginal, útero, bexiga, parede vaginal. Ortopedia: membrana sinovial e rótula. Urologia: bexiga, ureter e uretra. Inabsorvíveis: Conceito: são os que ficam permanentemente no organismo, mesmo sofrendo ação de elementos de defesa orgânica não se desfazem,são envolvidos por Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 29 algum tempo por tecidos fibrosos. Podem ser de origem animal, vegetal, mineral, sintéticos e mistos. Mononylon Tipo de material Sintético composiçao Fibras de linho Força tensil Perda de 20% ao ano Esterilização Oxido de etileno Apresentação 11-0 a 0 Usos freqüentes : Fechamento Geral: aponeurose. Microcirurgia: anastomoses. Plástica: pele. Oftalmologia: extração de cataratas, queroplastia penetrante, descolamento de retina, córnea, esclera. Linho Tipo de material Natural composiçao Fibras de linho Força tensil Indeterminado (perde a maior parte da força tênsil em menos de um ano) Esterilização Cobalto 60 Apresentação 3-0 a 1 Usos freqüentes : Geral: ligaduras Gastrointestinal: mucosa, submucosa. Seda Tipo de material Natural composiçao Casúlo do bicho-da-seda (70% Proteínas + 30% Goma) Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 30 – Fibroína (Proteina orgânica) Força tensil 1 ano Esterilização Cobalto 60 Apresentação 8-0 a 1 Usos freqüentes : Fechamento Geral: ligaduras. Gastrointestinal: mucosa, submucosa. Neurologia: duramáter, fáscia aponeurótica, músculo. Oftalmologia: extração de catarátas, queroplastia permanente, estrabismo(esclera), descolamento de retina. Plástica: pele. Prolene Tipo de material Sintético composiçao polipropileno Força tensil permanente Esterilização Oxido de etileno Apresentação 10-0 a 2 Usos freqüentes : Fechamento Geral: aponeurose. Gastrointestinal: anastomoses Plástica: pele. Cardiovascular: enxerto de derivação da artéria coronária, anastomoses proximal e distal, aortomia, aneurisma aorto-abdominal (AAA). Oftalmologia: fixação escleral. Ethibond Tipo de material Sintético composiçao Poliéster (16 carreiras). Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 31 Força tensil permanente Esterilização Oxido de etileno Apresentação 5-0 a 5 Usos freqüentes : Gastrointestinal: laparoscopia. Ortopedia: membranas sinoviais. Cardiovascular: canulação, fechamento do esterno, fixação de próteses, troca de válvulas. Aciflex Tipo de material Sintético composiçao Aço Inox 316L (baixo teor de carbono) Força tensil permanente Esterilização Oxido de etileno Apresentação 2-0 a 6 Usos freqüentes : Cardiovascular: Fechamento de esterno. Buco-maxilo: Fixação de mandíbula. Ortopedia: fixação óssea. Tempo para retirada dos fios: Catgut: Utilizado para suturar estruturas internas; são absorvíveis de 2 a 3 semanas( simples) e até 6 meses ( cromado) Não absorvíveis: devem ser retirados entre o 7º e 10º dia pós cirúrgico; Grampos de pele Método freqüentemente usado para fechamento da pele. Quando usados corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do estresse exercido individualmente pelas pontasde sutura. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 32 Fitas adesivas de pele As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas por uma fita adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para manterem as bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida. Instrumenal básico em cirurgia Instrumentos para diérese ou abertura Bisturi e tesouras curvas( pinças de mayo) Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 33 Instrumental para hemostasia Pinça kelly mixter Instrumental para síntese ou sutura Outros instrumentos: Apreensão Afastadores Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 34 Mesa cirúrgica Regras para a distribuição dos instrumentais cirúrgicos: Material de diérese permanece no canto inferior esquerdo; Material de síntese no canto superior esquerdo Material de hemostasia e preensão no meio da mesa, inferiormente, sendo os afastadores no canto superior, conforme figura acima. ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO: Realizar a contagem diária dos medicamentos e equipamentos do centro cirúrgico; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 35 Enviar materiais contaminados à CME; Repor os materiais após cada cirurgia; Auxiliar o instrumentador cirúrgico na contagem das pinças e gaze utilizadas; Fazer a previsão e a provisão dos materiais de consumo; Participar das capacitações permanentes; Auxiliar a equipe anestésica e cirúrgica; Fazer registros cirúrgicos (evolução e relatório de materiais); Receber o paciente no centro cirúrgico e fazer punção venosa; Realizar atividades educativas junto ao paciente (esclarecimentos, orientações); Oferecer uma assistência humanizada; CUIDADOS BÁSICOS PARA MANUTENÇÃO DA ASSEPSIA CIRÚRGICA: Geral: As superfícies ou artigos estéreis podem tocar outros artigos estéreis e permanecerem estéreis; o contato com objetos não estéril torna o material contaminado; Se existir duvida sobre a esterilidade do material ele é considerado não estéril; Os produtos estéreis devem ser utilizados para um paciente apenas e após uso devem ser descartados ou reesterilizados; Equipe: A equipe que fez degermação e paramentação só será considerada estéril enquanto estiver dentro do ambiente cirúrgico; A parte do corpo da pessoa considerada estéril e apenas da cintura até a área dos ombros.- mãos enluvadas devem ser mantidas a frente na linha da cintura e dos ombros; As pessoas que não realizaram a degermação devem permanecer distantes dos campos estéreis; Campos cirúrgicos: apenas a parte superior dos campos cirúrgicos é considerada estéril As dobras dos campos que caem na lateral da mesa são não contaminadas Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 36 Os campos estéreis são mantidos no local com uso de pinças e não devem ser removidos durante o procedimento cirúrgico; Campos que apresentarem rasgos ou perfuração devem ser descartados e substituídos; Entrega de suprimentos estéreis: Os pacotes devem ser selados de forma a facilitar a abertura sem contaminar os objetos; Os suprimentos devem ser segurados de tal forma que seja mantida a esterilidade dos objetos; As bordas dos campos ou partes externas dos frascos que contem solução estéril são consideradas contaminadas; O braço não estéril não deve ser estendido sobre a região estéril; Quando uma superfície estéril se torna úmida ela é considerada contaminada. Paramentação Cirúrgica Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados pelos trabalhadores. É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial. Técnica para paramentação: Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 37 Fonte PROFAE Fluxo do paciente no centro cirúrgico: Admissão: Verificar a identificação do paciente verbalmente com o mesmo (se possível), pela pulseira no braço e pela revisão do prontuário Checar se o prontuário do paciente esta completo: formulário de consentimento da cirurgia, registro da historia e exame físicos feitos pelo medico e enfermeira, resultados de exames; Notificar qualquer alergia, reações anteriores desfavoráveis à anestesia ou transfusões sanguíneas; Examinar o paciente quanto aos objetos pessoais, incluindo roupas, dinheiro, jóias, peruca, símbolos religiosos, próteses, lentes, óculos. Sendo responsabilidade do enfermeiro seu manuseio com segurança e disposição própria O paciente não deverá ser deixado sozinho ate o transporte para a Sala de Recuperação Pós Anestésica; Transferência do paciente para a mesa de operação: Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 38 Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a transferência do paciente, como: Nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca. Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente. Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente capaz. Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA: A posição ideal do paciente numa mesa cirúrgica depende do procedimento cirúrgico a ser realizado e da condição física do paciente; Em geral a posição deve facilitar o procedimento cirúrgico, mantendo o conforto e proteção do paciente. Deve ser evitado hiperextensão das articulações, compressão dos nervos, proeminências ósseas e vasos sanguíneos; Fatores a considerar para posicionamento do paciente: O paciente deve ficar na posição mais confortável possível estando ele acordado ou sedado; A área operatória deve estar adequadamente exposta; o suprimento vascular não deve ser obstruído pela posição ou pressão sobre a parte indevida; Não deve haver interferências sobre a respiração do paciente; Os nervos devem estar protegidos contra pressão indevida; As precauções de segurança do paciente devem ser observadas nos pacientes idosos, magros ou obesos; Centro Técnico Templários– Clínica Cirúrgica 39 Recursos de proteção: colchonetes; braçadeiras ; travesseiros ; perneiras ; fixadores de braços e pernas ; colchão piramidal (caixa de ovo); protetores de calcâneo ; protetores crânio - faciais A posição usual é o decúbito dorsal, um dos braço sobre a lateral da mesa e o outro apoiado sobre a tala de braço, para infusão endovenosa- essa posição é denominada posição recumbente, utilizada para maioria das cirurgias abdominais, exceto de pelve e vesícula; Trendelenburg- cirurgia de abdome inferior e pelve. A cabeça e o corpo ficam abaixo e os joelhos são flexionados; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 40 Litotomia ou ginecológica: é utilizada para quase todas as cirurgias perineais, retais e vaginais. O paciente permanece em decúbito dorsal com as pernas e as coxas fletidas em ângulo reto; Sims: é utilizada para cirurgia renal.o paciente é colocado sobre o lado não operatório com apoio de um travesseiro na região lombar. Posições para cirurgias Decúbito dorsal ou supina Posição ou decúbito lateral Posição prona ou decúbito ventral: Indicada para cirurgias da região dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital.Obs.: necessidade de expansão pulmonar – Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 41 liberação das mamas no sexo feminino – uso de coxins e travesseiros cabeça lateralizada e braços no suporte. Posição de trendelenburg reversa ou Proclive: Usada freqüentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente. Posição de fowler modificada: Indicada: neurocirurgias, mamoplastias e abdominoplastias. Essa é a posição sentada propriamente dita, isto é, em ângulo de 90º. Flexiona-se a parte dos MMII para prevenção de quedas. Ocorre o aumento do peso da paciente no dorso do corpo. O repouso do dorso é elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte de pé é mantido no lugar. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 42 Posição de canivete (Kraske): É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar. Posição na mesa de ortopedia TEMPOS CIRÚRGICOS: Diérese ou abertura: Entende-se como sendo a separação de tecidos. Pode ser realizada por vários métodos: mecânico, térmico, crioterapia e raio laser, sendo que o mais empregado é o mecânico, utilizando materiais cortantes, como o bisturi elétrico, tesoura, faca, serra trepano, agulhas e outros. Hemostasia: ação ou efeito de estancar um sangramento. hemostasia tem Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 43 como objetivo impedir ou coibir a hemorragia. Pode ser feito por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação e compressão. Estes métodos podem ser usados simultaneamente ou individualmente. No ato cirúrgico, evita-se a perda excessiva de sangue, propiciando melhores condições técnicas e aumentando, assim, o rendimento do trabalho. Após a operação, favorece a evolução normal da ferida operatória, evita a infecção e afasta a necessidade de recuperação para a drenagem de hematomas e abscessos. Hemostasia temporária: executada no campo operatório ou à distância do mesmo. Pode ser por pinçamento, garroteamento, ação farmacológica, parada circulatória com hipotermia ou oclusão endovascular; Hemostasia definitiva: interrompe para sempre a circulação do vaso sobre o qual é aplicada. Tipos: ligadura, cauterização, sutura, obturação e tamponamento. Exérese ou Cirurgia propriamente dita: é o momento que a cirurgia atinge o ponto desejado e realiza-se a intervenção. Consiste numa manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a totalidade de um órgão ou tecido visando à finalidade terapêutica. Síntese ou sutura: Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e instrumentais, destinadas a unir os tecidos separados, restituindo sua continuidade anatômica e funcional. A síntese pode ser classificada em: Cruenta: sutura é permanente ou removível Incruenta: sutura por meio de gesso, adesivo ou atadura Imediata: após a incisão Mediata: apos algum tempo da incisão Completa: em toda a extensão da incisão Incompleta: é mantida uma pequena abertura para a colocação de drenos. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 44 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SOB EFEITO ANESTÉSICO ANESTESIA Conceito: A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda de consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. Pode ser causada por: estados patológicos diversos ou provocada artificialmente, por agentes anestésicos. Analgesia: Também tem origem na palavra grega an = privação + algesía = sensação à dor + ia, que significa perda da sensibilidade à dor com conservação das demais sensações. Supressão temporária da dor sem perda da consciência. Os objetivos do ato anestésico são: - Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia com manutenção ou não da consciência; - Relaxamento muscular; - Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica. Para escolha do tipo de anestesia levam-se em consideração alguns fatores como: - Condições fisiológicas do pacientes; - Presença de severidade de doenças coexistentes; - Recuperação pós-operatória de vários tipos de anestesia; - Opções de manuseio da dor no pós-operatório; - Tipo e duração do procedimento cirúrgico; - Posição do paciente durante a cirurgia; - Exigências particulares do cirurgião. Durante a anestesia devem ser continuamente avaliadas as condições de oxigenação, ventilação, circulação e temperatura do paciente. Esta monitorização depende das condições fisiológicas e estabilidade do paciente; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 45 do procedimento cirúrgico; da extensão de perda sangüínea e das necessidades de monitoração prevista diante do uso de anestesia geral ou local. Fatores físicos e fisiológicos dos anestésicos Os anestésicos gerais produzem anestesia porque eles passam para o cérebro por uma alta pressão parcial. Quantidades relativamente grandes de anestésico devem ser administradas durante a indução e nas fases iniciais de manutenção, pois o anestésico recircula e é depositado nos tecidos corporais. À medida que estes tecidos se tornam saturados, pequenas quantidades de anestésico são necessárias para manter a anestesia devido ao equilíbrio, ou quase equilíbrio, que foi alcançado entre o cérebro, o sangue e os demais tecidos. Qualquer fator que diminua o fluxo sanguíneo periférico, tal como a vasoconstrição ou o choque, pode fazer requerer apenas pequenas quantidades de anestésico. Inversamente, quando o fluxo sanguíneoperiférico está extraordinariamente alto, como em um paciente com os músculos ativos ou em paciente apreensivo, a indução é lenta e grandes quantidades de anestésico são exigidas uma vez que o cérebro recebe uma menor quantidade de anestésico. Medicação pré-anestésica Consiste na administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato anestésico com o objetivo de produzir amnésia e sedação, diminuir a dor, potencializar os agentes anestésicos, diminuir secreções de vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume do conteúdo gástrico e aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos. Reduz a ansiedade, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. Portanto, a medicação pré-anestésica deve proporcionar a redução da ansiedade, de modo que a indução e manutenção da anestesia sejam mais fáceis, pois o estresse pré- operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 46 crise de angina. A medicação deve ser prescrita de acordo com as necessidades individuais do paciente, as quais podem ser distribuídas em três grupos: Anticolinérgicos: diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o coração. A atropina exerce sua ação por antagonismo competitivo com a acetilcolina. Ela tem como efeito colateral taquicardia devido ao bloqueio vagal, agitação psicomotora, hipertermia, sialosquiese, aumento da pressão intra-ocular em doentes glaucomatosos, midríase, no aparelho renal relaxa a bexiga e contrai os esfíncteres. A escopolamina provoca agitação e delírio por atravessar a barreira hematoencefálica. O glicopirrolato é mais potente que a atropina é mais potente que a atropina. Aumenta a freqüência cardíaca, atravessa a barreira hematoencefálica, Pode elevar o pH gástrico mais que a atropina. Tranqüilizantes: possuem efeitos ansiolíticos, amnéstico, sedativo, anticonvulsivante e relaxante muscular. Podem ser administrados por via intramuscular ou oral, com melhor absorção pela mucosa gástrica. O diazepan, lorazepan, flunitrazepan, midazolan são as drogas mais utilizadas, cujo efeito colateral mais significativo está relacionado com a depressão respiratória discreta, sendo mais perigosa em idosos; a sonolência pode se prolongar no período pós-anestésico, prejudicando a alta da sala de recuperação e a alta do doente de ambulatório. A principal alteração cardiovascular decorre da discreta redução da pressão sanguínea arterial média por diminuição da resistência vascular sistêmica. O midazolan tem a vantagem de provocar amnésia anterógrada, potencializa o efeito dos anestésicos gerais e pode provocar depressão respiratória. Hipnoanalgésicos: diminuem a ansiedade dolorosa com sedação. As drogas morfina, meperidina, dolantina, fentanil, alfentanil produzem analgesia em pacientes com dores pré-operatórias. Entretanto, em doses analgésicas podem deprimir a respiração e aumentar o risco de acidose respiratória e pneumonite aspirativa. Grandes doses podem causar hipotensão, náuseas, vômito, constipação e distensão abdominal. A ocorrência de urticária e Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 47 broncoespasmo indica hipersensibilidade. A morfina produz hipnose e analgesia. As principais complicações são: euforia, confusão mental, náuseas e vômitos, bradicardia, hipotensão arterial, hipoventilação pulmonar, espirro, em doses altas pode provocar rigidez e convulsões; miose, hiperglicemia, efeito constipante, aumento da pressão liquórica e das vias biliares, prurido, retenção urinária. A meperidina produz analgesia que se inicia dez minutos após administração intramuscular. Como complicações mais comuns provoca náuseas e vômitos, depressão respiratória, hipotensão postural, aumento da pressão intracraniana e disforia. O fentanil é um analgésico narcótico. Possui ação rápida, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina). Pode causar: depressão respiratória, espasmo da musculatura bronquiolar, aumento do tônus da musculatura esquelética, bradicardia, hipotensão arterial, náuseas e vômitos, sudorese, toxicomania. O início da ação do alfentanil é rápido. Pode causar depressão respiratória, embora de curta duração, raramente sendo necessário o emprego dos antagonistas dos hipnoanalgésicos ao término da cirurgia. TIPOS DE ANESTESIAS Anestesia Geral Consiste em um estado reversível de ausência de percepção dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso Via de administração endovenosa, inalatória ou combinada Efeito: ausência de sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos e inconsciência; Anestesia geral por inalação Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 48 A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou plástico, dentro da traquéia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões. São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno, metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano – combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a concentração do anestésico no cérebro. Anestesia geral endovenosa Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital sódico). Anestesia regional Indicação: cirurgias na região abdominal e de membros inferiores Raquianestesia: o anestésico é depositado no espaço subaracnóideo da região lombar, entre a 3ª e 4ª vértebras lombares. É obtida pela punção lombar e, no mesmo ato, injeta-se a solução de anestésico no líquido cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo Complicações: náuseas, vômitos, cefaléia, hipotensão e paraplegia; Indicações: cirurgias baixas, insuficiência respiratória, em emergência; cesariana; Anesteiscos Utilizado- lidocaína e prilocaina Contra-indicação: septicemia; hipotensão; transtornos cardíacos, doenças neurológicas; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 49 Posição: sentado ou DL com flexão dos MMII e a cabeça. Peridural ou epidural: o anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, no canal medular no espaço ao redor da dura-máter. Anestesia Local: Infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local da incisão cirúrgica. Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, esôfago e trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de anestésico nos tecidos nos quais deve passar a incisão). Indicação:alivio da dor na área lesionada, em ulceras e traumatismos, ou de mucosas das vias áreas e sistema geniturinário. REGRESSÃO DO EFEITO ANESTESICO A regressão do ato anestésico se inicia na sala de operação paralela à eliminação ou biotransformação dos agentes anestésicos tratando-se assim do processo de recuperação a consciência. Esta se processa em três fases e quatro estágios clínicos. Fases: - Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe presença de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação; - Intermediárias (minutos/horas); - Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos indesejáveis podem persistir por este período. Estágios clínicos: 1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso; 2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal; 3º estágio: o paciente responde a pergunta simples; 4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 50 SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA-SRPA Definição: é uma área destinada à permanência preferencial do cliente imediatamente após o término do ato cirúrgico e anestésico, onde ficará por um período de uma a seis horas para prevenção ou tratamento de possíveis complicações. Objetivo: Neste local busca-se aliviará a dor pós-operatória e assistir o paciente até a volta dos seus reflexos, normalização dos sinais vitais e recuperação da consciência. Deve possuir equipamentos, medicamentos e materiais que atendam a qualquer situação de emergência, tais como: Equipamentos básicos: cama/maca com grades laterais de segurança e encaixes para suporte de solução, suporte de solução fixo ou móvel, duas saídas de oxigênio, uma de ar comprimido, aspirador a vácuo, foco de luz, tomadas elétricas, monitor cardíaco, oxímetro de pulso, esfigmomanômetro, ventiladores mecânicos, carrinho com material e medicamentos de emergência; Materiais diversos: máscaras e cateteres de oxigênio, sondas de aspiração, luvas esterilizadas, luvas de procedimentos, medicamentos, frascos de solução, equipos de solução e de transfusão sangüínea, equipos de PVC (pressão venosa central), material para sondagem vesical, pacote de curativo, bolsas coletoras, termômetro, material de coleta para exames e outros porventura necessários. ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA (SRPA) A equipe de enfermagem deve esta atenta para certos cuidados com o paciente, como: Hora que se recebe o paciente na SRPA; Nível de consciência; Cor da pele, leito ungueal e lábios; Presença ou ausência de pulso periférico; SSVV e dados neurológicos; Quantidade e tipo de drenagem dos coletores; Quantidade e tipo de liquido intravenoso, tipo de cateter, localização e condições de infusão; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 51 Forma de administração de O2 e fluxo em litros; Presença de cânula, sonda endotraqueal ou traqueostomia; Medicamentos administrados; Quantidade de diurese excretada durante o procedimento cirúrgico até o momento de observação na SRPA; Variedade de líquidos administrados parentalmente durante a cirurgia; Situações pouco comuns como no caso de: precauções contra convulsões, alergia medicamentosa, enfermidade preexistente ou qualquer fenômeno durante a cirurgia. Aspectos fundamentais para o cuidado de enfermagem: Registros dos SSVV; Líquidos intravenosos a serem administrados; Cuidados com sondas e drenos; Situações potencialmente criticas: PAS < 90-100mmHg; P > 120 ou <60 bat/min; T> 38,5C; Anúria, agitação ou intranqüilidade. Cuidados de Enfermagem no Pós- Operatório Imediato (POI) Para os pacientes submetidos à anestesia geral, recomenda-se o decúbito dorsal horizontal sem travesseiro, com a cabeça lateralizada para evitar aspiração de vômito (caso ocorra). Para os clientes com sonda nasogástrica (SNG), indica-se a posição semi- fowler, para prevenir a ocorrência de esofagite de refluxo. Visando evitar a queda dos pacientes sonolentos, confusos e/ou agitados devido à ação dos anestésicos, as grades da cama devem ser mantidas elevadas. Pacientes que se apresenta hipotérmico ao retornar da Sala Operatória, em vista da ação depressora do sistema nervoso - provocada pelo anestésico. A primeira conduta é aquecê-lo com cobertores, fechar as janelas, ligar o aquecedor de ambiente e controlar sua temperatura com maior freqüência. É absolutamente contra-indicada a aplicação de bolsa de água quente, pelo risco de surgirem queimaduras causadas pela diminuição da sensibilidade dolorosa. Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 52 Na SRPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em 15 minutos; se estiver regular, de 30 em 30 minutos. Mantida a regularidade do quadro, o tempo de verificação do controle deve ser espaçado para 1/1h, 2/2h, e assim por diante. Nos cuidados com o curativo, observar se o mesmo está apertado demais ou provocando edema no local; se está frouxo demais ou se desprendendo da pele; ou se apresenta sujo de sangue, o que indica sangramento ou hemorragia. Nestas situações, a equipe de enfermagem solicita avaliação médica ou refaz o curativo, mantendo uma maior vigilância sobre o cliente que apresenta sangramento. No tocante à ansiedade e agitação apresentada por alguns pacientes, a equipe de enfermagem pode diminuir seus receios dizendo-lhes onde se encontram, perguntando-lhes o que os está incomodando ou tranqüilizando- os mediante aplicação de analgésicos ou tranqüilizantes. Atentar para sinais de choque: Sinais clássicos: palidez, pele fria e úmida, taquipneia, cianose de lábios, pulso filiforme e fraco com pressão decrescente, hipotensão e diurese (urina) concentrada. Atentar para sinais de hemorragias; paciente agitado, pele fria e úmida, taquicardico. Quando o cliente está com os reflexos presentes, sinais vitais estabilizados, drenos e sondas funcionantes, recebe alta médica da SRPA e é encaminhado para a unidade de internação. Cuidados de Enfermagem no pos-operatorio mediato OBSERVAR E REGISTRAR OS SINAIS VITAIS Observar e controlar a ingestão e excreção de líquidos, o débito urinário e descarga fecal; Pesar e avaliar o estado de hidratação diariamente; Observar o funcionamento de sondas, registrando as características das secreções drenadas; Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica 53 Atentar para a ocorrência de náuseas distensão abdominal, indicativos de obstrução; Estimular e observar a deambulação no pós-operatório; Limpar a pele ao redor de ostomias e feridas exudativas com água e sabão neutro e secar completamente; Trocar a bolsa após o banho e quando alcance 1/3 de sua capacidade; Realizar irrigação da colostomia no mesmo horário diariamente; Realizar curativo da ferida perianal atentando para a retirada do dreno após o 7º DPO; CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS ESPECIFÍCOS PARA: CIRURGIA CARDIACA Restringir fluxo Manter fixa a equipe de enfermagem, restrita exclusivamente à enfermaria da Cirurgia Cardíaca. Não permitir aos pacientes da Cirurgia cardíaca a entrada em outras enfermarias, bem como a movimentação livre pelos corredores. Não permitir a entrada de pacientes de outras enfermarias na enfermaria da Cirurgia Cardíaca. Curativo pós-operatório – incisão – irrigação com SF 0,9% e ocluir
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