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Prévia do material em texto

BIZU PARA O ICMS-RJ – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL 
LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Olá, prezado aluno! 
Este material foi elaborado especialmente para você que irá se 
submeter à prova da FCC para o ICMS-RJ. Nele você encontrará um verdadeiro 
“bizu” dos principais assuntos que a banca costuma cobrar nos concursos: 
pronomes (ênfase no emprego dos relativos, dos oblíquos átonos lhe e o/a e na 
colocação pronominal), verbos (correlação entre tempos e modos, voz passiva), 
regência, crase, concordância (principalmente a que envolve verbo na voz 
passiva e sujeito posposto) e pontuação (vírgula). Não é hora para nos 
prolongarmos com extensas explicações sobre o conteúdo programático. O objetivo 
aqui é fazer você lembrar pontos importantes do programa. 
PRONOMES 
Aqui o foco principal deve estar sobre o emprego dos relativos, os quais 
retomarão um termo antecedente. Veja a diferença: 
Ex.: O avião [que chegou] estava danificado. (substitui “avião”) 
A casa [onde moro] pertenceu aos meus avós. (substitui “casa” – 
convém sempre lembrar que esse pronome só deve ser empregado para substituir 
termo que designe lugar) 
Revelou onde estava escondido o envelope. (não substitui nenhum 
termo, portanto não é pronome relativo; é advérbio) 
O pronome relativo quem não admite crase. Antes dele não deve haver 
artigo, só pode haver preposição. A construção seguinte está errada: Esta é a 
pessoa à quem fiz referência. 
Raciocínio semelhante você deve ter diante do relativo cujo. É errado 
usar artigo antes e depois dele. Por isso a crase também não terá vez aqui. Repare 
os erros: 
O professor cujo o filho nasceu está feliz. 
Esta é a pessoa à cuja obra fiz referência. 
A respeito dos pronomes demonstrativos, convém ressaltar alguns 
CASOS ESPECIAIS, em que são empregados como elementos de coesão anafórica 
e catafórica. 
Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. 
(catáfora = referência ao que se segue) 
Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento 
(anáfora = referência ao que foi dito) 
Falamos sobre democracia e justiça. Aquela não existe sem esta. 
(aquele(a) se refere ao primeiro termo; este(a) se refere ao último) 
 
Creio que você também não pode ir para a prova sem observar as 
regras de colocação dos pronomes oblíquos átonos. Sugiro que você grave os casos 
obrigatórios de próclise. 
BIZU PARA O ICMS-RJ – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL 
LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
2
 
 
 
VERBOS 
A FCC gosta de trabalhar o “se” tanto na voz passiva, quanto na voz 
ativa. Você deve ter essas estruturas muito claras na mente. O bizu é analisar a 
regência do verbo que acompanha o “se”. Fique de olho! 
 Aprenderam a lição. (voz ativa) 
 
A lição foi aprendida. (voz passiva analítica ou verbal) 
 
BIZU PARA O ICMS-RJ – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL 
LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
3
 
Aprendeu-se a lição. (voz passiva sintética ou pronominal) 
 
Agora você notará o “se” como índice de indeterminação do sujeito, 
com verbos que assumem outros regimes. 
 
A FCC, algumas vezes, aborda a flexão do infinitivo. Geralmente são 
casos simples. Minha dica é que você grave que a flexão do infinitivo é obrigatória 
quando, na oração, o sujeito está explícito, claro ou é diferente do sujeito da 
oração anterior. Exemplos: 
É necessário [vocês chegarem cedo]. 
[Vejo] [estarem atrasados novamente]. 
 (eu) (vocês) 
A flexão é facultativa quando os sujeitos das orações são iguais ou 
quando o verbo surge após a preposição A. Exemplos. 
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os 
problemas da empresa]. (nós) 
O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem 
A FCC também gosta de trabalhar a conjugação do verbo INTERVIR, 
pois sabe que muita gente diz, erradamente, “interviu” e “interviram”, por exemplo. 
Esse verbo deriva do verbo vir. A tabela abaixo o ajudará a desfazer possíveis 
equívocos na hora da prova. 
INTERVIR 
(pres. do indic.) 
VIR 
(pres. do indic.) 
INTERVIR 
(pret. perf. do indic.) 
VIR 
(pret. perf. do indic.) 
eu intervenho 
tu intervéns 
ele intervém 
nós intervimos 
vós intervindes 
eles intervêm 
eu venho 
tu vens 
ele vem 
nós vimos 
vós vindes 
eles vêm 
eu intervim 
tu intervieste 
ele interveio 
nós interviemos 
vós interviestes 
eles intervieram 
eu vim 
tu vieste 
ele veio 
nós viemos 
vós viestes 
eles vieram 
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4
Também é preciso atentar para a correlação verbal nas provas da 
FCC. Essa correlação diz respeito à coerência que, em uma frase ou sequência de 
frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja 
articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a 
expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, 
combinar entre si. Veja este exemplo: 
Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição. 
O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos 
que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, 
em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período 
tenha lógica? 
Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um 
tempo que expressa, entre outras ideias, uma afirmação condicionada (que 
depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, 
provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já que a 
ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma 
possibilidade que não temos certeza se ocorrerá. 
Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal: 
Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição. 
Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está 
conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras 
ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que jamais 
aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, 
mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de 
dormir. 
A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são 
concordantes: 
1. presente do indicativo + presente do subjuntivo: 
Exijo que você faça o dever. 
2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: 
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5
Exigi que ele fizesse o dever. 
3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: 
Espero que ele tenha feito o dever. 
4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do 
subjuntivo: 
Queria que ele tivesse feito o dever. 
5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: 
Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. 
6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: 
Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. 
7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito 
composto do indicativo: 
Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. 
8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: 
Quando você fizer o dever, dormirei. 
9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: 
Quandovocê fizer o dever, já terei dormido. 
REGÊNCIA 
Cuidado com os nomes que regem preposição A, por possibilitarem a 
ocorrência de crase. 
Acessível a Favorável a Ódio a ou contra 
Acostumado a ou com Fiel a Odioso a ou para 
Alheio a Grato a Posterior a 
Alusão a Hábil em Preferência a ou por 
Ansioso por Habituado a Preferível a 
Atenção a ou para Inacessível a Prejudicial a 
Atento a ou em Indeciso em Próprio de ou para 
Benéfico a Invasão de Próximo a ou de 
Compatível com Junto a ou de Querido de ou por 
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Cuidadoso com Leal a Residente em 
Desacostumado a ou 
com 
Maior de Respeito a ou por 
Desatento a Morador em Sensível a 
Desfavorável a Natural de Simpatia por 
Desrespeito a Necessário a Simpático a 
Estranho a Necessidade de Útil a ou para 
Estranho a Nocivo a Versado em 
Eis a regência de alguns verbos importantes: 
ASSISTIR 
a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR; seu 
complemento é regido pela preposição A: Assistimos ao final do campeonato. 
b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER, TER 
DIREITO; seu complemento também é regido pela preposição A: Não assiste ao 
professor reclamar tanto. 
c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, exige 
preposição A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTÊNCIA: O médico 
assistiu a vítima. Igualmente correta estaria a construção: O médico assistiu à 
vítima. Repare o acento grave indicativo de crase (fusão da preposição A com o 
artigo feminino A(S) que antecede substantivo de mesmo gênero gramatical). 
d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: Há seis anos 
resido em Brasília. Observe a presença da preposição “em” exigida pelo verbo e 
que introduz o adjunto adverbial de lugar (não confunda esse termo com objeto 
indireto). 
LEMBRAR/ESQUECER 
É comum que algumas pessoas se atrapalhem com o uso desses 
verbos. Isso ocorre porque eles apresentam variados regimes. Vamos a eles! 
a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxílio do pronome 
(parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada detalhe. Temos aqui: 
I) sujeito oculto: eu e ele; 
II) objeto direto: “o livro” e “cada detalhe”. 
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b) Transitivos indiretos quando conjugados pronominalmente 
(parte integrante do verbo): Esqueci-me do livro. Lembrou-se de cada detalhe. O 
que temos agora? 
I) parte integrante do verbo: “me” e “se”; 
II) objeto indireto: “do livro”; “de cada detalhe”. 
c) Transitivos indiretos quando em construções nas quais a coisa 
esquecida assume a função de sujeito e a pessoa (normalmente representada pelo 
pronome oblíquo) representa o objeto indireto: Esqueceu-me o livro. Lembrou-me 
cada detalhe. Perceba: 
I) sujeito: “o livro” e “cada detalhe”; 
II) objeto indireto: “me”. 
ASPIRAR 
a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo. 
b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de 
gerente. 
IMPLICAR 
a) VTD = acarretar, trazer conseqüência: Teu nervosismo implicou a 
tua reprovação. 
b) VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu irmão. 
c) VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situações delicadas. 
INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR 
a) VTDI: Informei a prova ao aluno. 
Informei o aluno da (de + a) prova. 
Aqui, o que não pode acontecer é que coisa e pessoa sejam objeto 
direto ou objeto indireto: 
Informei a prova o aluno. (errado) 
Informei-lhe da prova. (errado) 
PREFERIR 
a) VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): 
Prefiro cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO – artigo de 
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um lado, artigo também de outro lado!). Prefiro mais cinema do (de + o) que 
televisão. (ERRADO). 
Observação – O significado de PREFERIR não admite gradações 
(mais... que; menos... que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege seu 
complemento indireto é, obrigatoriamente, A. 
VISAR 
a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre. 
b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque. 
c) VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino 
da linguagem. 
CRASE 
Basicamente, a crase surge da fusão da preposição A com: 
artigo feminino A Vou à praia. 
pronomes demonstrativos 
A (= aquela) 
AQUELE(S) 
AQUELA(S), 
AQUILO. 
 
Dirigiu-se à que estava ali. 
Refiro-me àquele concurso. 
Deu o recado àquela moça. 
Sou favorável àquilo que propôs. 
Por favor, não se esqueça dos casos proibidos: 
1. Antes de nomes masculinos 
a) Comprou a prazo. 
2. Antes de verbo. 
a) Começou a chover. 
3. Antes de pronome de tratamento (exceções: SENHORA, SENHORITA, 
MADAME) 
a) Referiu-se a Vossa Excelência. 
4. Antes de pronomes oblíquos 
a) Dedico o meu trabalho a ela. 
5. Antes de pronomes e artigos indefinidos 
a) Ofereci um presente a alguém desta sala. 
b) Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre. 
6. Quando a preposição A se encontra entre palavras idênticas 
a) Perdeu o gol cara a cara com o goleiro. 
7. Antes dos pronomes demonstrativos ESTA, ESSA 
a) Chegamos a esta cidade há cinco anos. 
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CONCORDÂNCIA 
Alguns casos emblemáticos nas provas da FCC são os que aprecem no 
exemplo abaixo, envolvendo SUJEITO ORACIONAL, PRONOME RELATIVO NA 
FUNÇÃO DE SUJEITO e VERBO FLEXIONADO NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA. 
1. (FCC/2013/TRT-1ª Região (RJ)/Analista Judiciário) As normas de concordância 
verbal estão plenamente observadas na frase: 
a) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher as palavras que mais 
lhes parecem convenientes. 
b) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual, segundo lhe parecia certo, 
viessem a impressionar os ouvidos de meu pai. 
c) As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no dicionário, 
mas também segundo o contexto em que se emprega. 
d) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para intimidar o oponente, 
numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário. 
e) Não convém policiar as palavras que se pronuncia numa conversa informal, 
quando impera a espontaneidade da fala. 
Comentário – Alternativa A: errada. Temos aqui um período subordinado em que 
a oração constituída pelo verbo “escolher” é sujeito do verbo “Cabem”, o qual 
constitui a oração principal. Quando o sujeito é uma oração subordinada, diz a 
regra que o verbo da oração principal permanece no singular. Veja a correção: 
Cabe a cada um dos usuários de uma língua escolher... Aqui vai uma dica para 
você: substitua a oração subordinada substantiva subjetiva pelo pronome 
demonstrativo ISSO e coloque-o antes do verbo da oração principal, pois essa é a 
posição natural do sujeito: ISSO cabe a cada um dos usuários de uma língua. 
Alternativa B: errada. O verbo “viessem” tem como referência para 
seu sujeito o substantivo singular “palavrório”. Portanto nada justifica a flexão 
verbal no plural. Vamos corrigir a frase: ...um palavrório pelo qual, segundo lhe 
parecia certo, viesse a impressionar... 
Alternativa C: errada. Observe a forma verbal “se emprega”. Você 
notou que temos uma estrutura de voz passivasintética (VTD + SE)? O sujeito do 
verbo está oculto na oração adjetiva “em que se emprega” e tem como referência o 
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substantivo “palavras”. A ideia é a seguinte: ...segundo o contexto em que (elas 
[= palavras]) são empregadas. 
Alternativa D: certa. Observamos nesta opção o emprego do 
pronome relativo que como sujeito do verbo demandar. Como o pronome relativo 
tem como referência o substantivo plural “termos”, o verbo foi corretamente 
flexionado no plural. ...utilizar termos, para intimidar o oponente, numa polêmica, 
que demandem uma consulta ao dicionário. O trecho intercalado “para intimidar o 
oponente, numa polêmica” serviu para desvirtuar nossa atenção. Tente analisar a 
relação de concordância sem ele: ...utilizar termos... que demandem uma 
consulta ao dicionário. 
Alternativa E: errada. Observe também a estrutura “se pronuncia”. 
Agora ficou mais fácil perceber que ela também representa voz passiva sintética 
(VTD + SE). O sujeito do verbo é o pronome relativo “que”. Este substitui o 
antecedente “palavras”, no plural. Portanto o verbo também deve ser flexionado no 
plural: ...as palavras que se pronunciam... 
Resposta – D 
PONTUAÇÃO 
Sem dúvida, o sinal mais explorado é a vírgula. Cabe neste bizu 
relembrar os casos proibidos. 
a) Entre sujeito e predicado: 
[Os dois filhotes de vira-lata] [destruíram meu jardim]. 
b) Entre o verbo e seu complemento (OD ou OI): 
[Entreguei] [o presente ao aniversariante]. 
c) Entre o nome e seu complemento: 
Não há [necessidade][de tanta estupidez]. 
d) Para isolar o agente da passiva: 
As medidas foram aprovadas [pelo presidente]. 
e) Para separar orações subordinadas substantivas (exceto a apositiva) da sua 
principal: 
[Duvido] [de que esse prefeito dê prioridade às questões sociais]. 
 
São esses os “bizus” que julgo importantes neste momento que 
antecede a prova. 
Desejo que Deus o abençoe e que o seu desempenho na prova seja 
excelente.

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