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Modelo Japonês de administração 1 1 Conceito É um modelo de gestão empresarial fortemente embasado na participação direta dos funcionários, ou seja, na busca do aprimoramento continuo com o envolvimento de todos os funcionários e executivos. Busca qualidade total e dá ênfase ao trabalho em equipe com base no aproveitamento da potencialidade humana, é toda uma tradição de educação de berço do japonês, complementada por conhecimentos do management norte-americano a partir dos Anos 50. Em outras palavras, valores humanos japoneses complementados por conhecimentos técnicos em Administração norte-americanos, e aplicados em empresas japonesas.(Maximiano 2000) . 2 Origem A administração Japonesa nasceu no chão de fábrica, nos setores operacionais da manufatura, com a filosofia básica de evitar qualquer tipo de desperdício e de promover o melhoramento continuo. Após a Segunda Guerra Mundial o país sofreu uma defasagem na sua economia, criando um sistema que funcionasse de acordo com seus recursos para desenvolvimento do país. Assim, levando a busca de conhecimentos e tecnologias avançadas de produção e aliados ao favorecimento da política econômica governamental, os produtos japoneses alcançaram um diferencial competitivo no mercado internacional. 3 Origens do modelo japonês Sistema Toyota de Produção Modelo Japonês de Administração Deming Ford Taylor e outros da Administração Científica Shewhart Cultura Japonesa orientada para o trabalho de grupo e a economia de recursos Fonte: MAXIMIANO /TGA – Fig. 8.2 – Origens do modelo japonês de administração 4 Desperdícios e agregação de valor Ineficiências Inevitáveis Desperdícios Atividades que Agregam Valor ao Produto ou Serviço Espera. Transporte. Deslocamentos. Perdas inevitáveis. Fabricação de quantidade maior que o necessário. Refugos. Tempo perdido em consertar erros. Estoque. Realização de operações e atividades de transformação estritamente ligadas ao produto ou serviço. Fonte: MAXIMIANO /TGA – Fig. 8.5 – Desperdícios e agregação de valor 5 Principais características JUST IN TIME – sincronização do fluxo de produção, dos fornecedores aos clientes KANBAN – sistema de informação visual, que aciona e controla a produção Fonte:Administradores.com(2013) MUDA – busca da eliminação total de qualquer tipo de desperdício KAIZEN – busca do melhoramento continuo em todos os aspectos, portanto se refletindo na produtividade e na qualidade, sendo os círculos de controle da qualidade apenas um dos seus aspectos. 6 Administração participativa Prevalência do planejamento estratégico Visão sistêmica Supremacia do coletivo Busca da qualidade total Produtividade Flexibilidade Recursos humanos Tecnologia e padronização Manutenção Limpeza e arrumação Relação com fornecedores e distribuidores Cultura organizacional Características 7 Fatores culturais influentes Trabalho em grupo Combate ao desperdício País pequeno Poucos recursos naturais Capacidade de cooperação Espírito de economia e eficiência A necessidade de cooperar e o sistema feudal Processo decisório baseado no consenso Fonte: Agendor (2012) 8 Org. japonesas x org. americanas OrganizaçõesJaponesas Organizações Americanas Empregovitalício Emprego a curto prazo Avaliação e promoção lentas Avaliação e promoçãorápidas Trajetórias de carreira não especializadas Trajetórias de carreira especializadas Mecanismosde controle implícitos Mecanismos de controle explícitos Tomada de decisão coletiva Tomada de decisão individual Responsabilidade coletiva Responsabilidade individual Interesseholístivo Interesse segmentado 9 Resultados Fonte: A Máquina que Mudou o Mundo - Womack, James P., Jones, Daniel T,& Roos, Daniel – Ed. Campus, 1992. 10 TOyotismo O Toyotismo(Ohnoísmo) teve como maior idealizador o engenheiro Taiichi Ohno, que tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. A sua produção era visada apenas no necessário, não havendo desperdícios e reduzindo os estoques. Na época da crise do petróleo, quem aderiu esse sistema teve vantagens significativas, por utilizar menos matéria-prima e energia. As empresas Toyotistas acabaram conquistando grandes espaços no cenário mundial. Fonte: WordInformation (2013) 11 Sistema Toyota de Produção Fabricação com qualidade Objetivo primordial a identificação e correção de defeitos e eliminação de suas causas Fazer certo da primeira vez O trabalhador responsável pela qualidade de seu trabalho Correção dos erros em suas causas fundamentais Os “cinco por quês” ou 5 whys (Por que, O Que, Onde, Quando e Quem) ou (Why, What, Where, When, Who) Círculos da qualidade Estudo e proposta de solução de problemas que afetam a qualidade e a eficiência 12 Princípios +Eliminação de desperdícios Reduzir ao mínimo a atividade que não agrega valor ao produto +Racionalização da força de trabalho Líder em vez de supervisor + Just in time Reduzir ao mínimo o tempo e o volume de estoques + Produção flexível Produção em pequenos lotes conforme encomendas 13 Circulos de qualidade Metodologia dos Círculos da Qualidade Identificação dos problemas que causam prejuízos Identificação dos problemas prioritários Propor soluções e formas de implementá-las, para corrigir os problemas 14 Princípio do pareto Causas Efeitos Principais Causas significativas Muitas Causas insignificantes 20% das causas 80% das causas 20% dos efeitos 80% dos efeitos Fonte: MAXIMIANO (2007) Permite a empresa selecionar prioridades quando há um grande número de problemas . Diagrama de Ishikawa Tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário de qualidade . Fonte: Vide p. 140 (MAXIMIANO, 2007) 16 O modelo japonês na organização O Sistema Japonês de Produção vem sendo implantado em várias empresas do planeta, mas às vezes sem grande êxito. Os fatores culturais são às vezes a maior barreira. Pois toda a herança histórica e filosofia são fiéis ao modelo Japonês. A qualidade torna-se um fator determinante. Embora as organizações estejam com dificuldades em implantar os novos métodos, todas as organizações fizeram da melhoria na qualidade um fator central na resposta competitiva ao Japão e procuraram envolver seus fornecedores neste esforço. 17 Sucesso do modelo japonês Até meados dos anos 70 – círculos de controle da qualidade Anos 80 - implantação de empresas como a Toyota, Honda e Nissan nos EUA e Europa Funcionários envolvidos no processo decisório Abolição dos níveis hierárquicos Empresas ocidentais pressionadas 18 Empresas japonesas 19 Considerações finais Conclui-se que o método de administração japonês tornou-se exemplo mundial, pois a base estrutural da empresa era formada por normas como, por exemplo, “fazer certo da primeira vez” sem margens para erros, eliminando assim um sistema mecanicista e sem vícios, proporcionando participação dos funcionários nos processos decisórios, tornando-se assim um sistema mais racional e econômico, com qualidade, eficiência e eliminação de desperdícios, proporcionou a Toyota um crescimento, alto lucro e satisfação para seus clientes. Como o coletivo prevalece sobre o individual, este modelo apresenta uma série de dificuldades de implantação em países onde prevalece a carreira individual. Culturas onde se cultiva o individualismo não aceitam o modelo por completo . 20 Referências ABEPRO,Org.Disponível em:http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1997_T5210.PDF. Acesso em:15/11/2013 FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA M. I. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 2001 MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2007. 21 MASIERO, G. Organização e trabalho no Japão. Revista de Administração de Empresas, São Paulo: FGV,1994
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