Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundamentos da Engenharia Bioquímica (EQB 367) Bioprocessos Industriais (EQB 475) Profa. Andrea Medeiros Salgado DEB-EQ/UFRJ Prof. Elcio Ribeiro Borges DEB-EQ/UFRJ Profa. Marcella Souza DEB-EQ/UFRJ Profa. Maria Antonieta Peixoto Gimenes DEB-EQ/UFRJ Profa. Priscilla Filomena Fonseca Amaral DEB-EQ/UFRJ EMENTA EQB367 PARTE TEÓRICA: Histórico e Evolução da Biotecnologia. Elementos de Biotecnologia. O Processo Industrial e sua Relação com a Fisiologia Microbiana. Estequiometria de Bioprocessos Industriais. Classificação de Bioprocessos. Equipamentos para Indústrias de Bioprocessos. Número econômico de biorreatores e dimensionamento da planta. Instrumentação em Bioprocessos. Cinética de crescimento microbiano. Cinética de Bioprocessos. Bioprocessos Contínuos . Bioprocessos Contínuos. Bioprocessos descontínuos com alimentação. Esterilização de meios e equipamentos. Esterilização de ar. Aeração de meios. Agitação de meios. Extrapolação de escala. PARTE PRÁTICA: Determinação do parâmetro Kla. Listas de exercícios. Dinâmicas de grupo. Trabalhos. Trabalho final. EMENTA EQB475 Histórico e Evolução da Biotecnologia. Elementos de Biotecnologia. O Processo Industrial e sua Relação com a Fisiologia Microbiana. Estequiometria de Bioprocessos Industriais. Classificação de Bioprocessos. Processos de bioconversão. Matérias-primas: tipos, caracterização e controle. Agentes microbianos. Meios de fermentação. Cinética de crescimento microbiano. Processos industriais: classificação, cinética, estequiometria, equipamentos e controles. Bioprocessos Contínuos. Operações unitárias aplicadas a bioprocessos. Bioprocessos não convencionais BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 1. Aiba, S.; Humphrey, A.; Millis, N. (1973) Biochemical Engineeering. 2nd Edition. Academic Press. 2. Bayley, J.E. e Ollis, D.F. (1992) Biochemical Engineering Fundamentals. McGraw-Hill. 3. Lima, U.A.; Aquarone, E.; Borzani, W. (2000) Biotecnologia. Vols. 1 a 4. Editora Edgar Blücher, São Paulo. 4. Apostilas e materiais complementares 4 testes Trabalhos (+ou-10): Soma até 1 ponto na media dos testes Relatório da prática (EQB-367) ou Trabalho teórico de caracterização de matérias- primas (EQB-475) Workshop Avaliação Avaliação Onde MT: média dos testes + ponto adicional; S: nota do workshop; P: nota da prática F > 75 - MT 0,65, S 0,25 , P 0,10 60 < F < 75 - MT 0,70, S 0,20 , P 0,10 40 < F < 60 - MT 0,80, S 0,10 , P 0,10 F< 40 - MT 0,90, S 0,05 , P 0,05 Avaliação Alunos com frequência ≥ 75% Dobrar a maior nota ou excluir a menor (o que resultar em maior vantagem para o aluno) para o cálculo da média dos testes Se a média for superior a 6,7, será dispensado da final, porém sem arredondamento da nota no lançamento Alunos com 60 <freqüência < 75% Dobrar a maior nota para o cálculo da média dos testes Alunos com 40 < frequência < 60% Cálculo da média dos testes com todas as notas, sem dobrar ou excluir Somar à média dos testes 5% da média dos trabalhos adicionais Alunos com frequência < 40% Reprovação por falta Cálculo da média dos testes com todas as notas, sem dobrar ou excluir Não somar trabalhos adicionais PROGRAMAÇÃO DE AULAS 13/10* TER 2 h Aula Inaugural: Histórico e Evolução da Biotecnologia Antonieta 15/10* QUI 2 h Elementos de Biotecnologia Antonieta 20/10* TER 2 h O Processo Industrial e sua Relação com a Fisiologia Microbiana Estequiometria de Bioprocessos Industriais Antonieta 22/10* QUI 2 h Classificação de Bioprocessos Antonieta 27/10* TER 2 h Classificação de Bioprocessos Antonieta 29/10* QUI 2 h Classificação de Bioprocessos Antonieta 03/11* TER 2 h Equipamentos para Indústrias de Bioprocessos Antonieta 05/11* QUI 2h JIC 10/11* TER 2 h JIC 12/11* QUI 2h Instrumentação em Bioprocessos Número econômico de biorreatores e dimensionamento da planta Antonieta 17/11* TER 2h 1o. Teste Priscilla 19/11* QUI 2 h Cinética de crescimento microbiano Priscilla 24/11* TER 2 h Cinética de crescimento microbiano Antonieta 26/11* QUI 2 h Cinética de Bioprocessos Antonieta 01/12 TER 2 h Bioprocessos Contínuos Antonieta 03/12 QUI 2 h Bioprocessos Contínuos Antonieta 08/12 TER 2 h Estudo dirigido Antonieta 10/12* QUI 2 h 2o.Teste Antonieta *Aulas e testes compartilhados com a Turma da Química Industrial PROGRAMAÇÃO DE AULAS 15/12 TER 2 h Bioprocessos descontínuos com alimentação Priscilla 17/12 QUI 2 h Esterilização de meios e equipamentos Priscilla 05/01 TER 2 h Esterilização de meios e equipamentos Priscilla 07/01 QUI 2 h Esterilização de ar Priscilla 12/01 TER 2 h Aeração de meios Priscilla 14/01 QUI 2 h Aeração de meios Priscilla 19/01 TER 2 h Estudo dirigido Priscilla 21/01 QUI 2 h 3o. Teste Priscilla 26/01 TER 2 h Agitação de meios Priscilla 28/01 QUI 2h Extrapolação de escala Priscilla 02/02 TER 2 h Teoria da prática e divisão dos grupos Priscilla 04/02 QUI 2 h Determinação do parâmetro KLa (Prática) Priscilla. 09/02 TER 2h FERIADO 11/02 QUI 2 h FERIADO 16/02 TER 2 h Determinação do parâmetro KLa (Prática) Priscilla. 18/02 QUI 2 h Determinação do parâmetro KLa (Prática) Priscilla 23/02 TER 2 h 4o. Teste Priscilla 25/02 QUI 2 h Workshop (para as duas turmas) Pri/Ant. 01/03 TER 2 h EXAME FINAL (para as duas turmas) Pri/Ant. 03/03 QUI 2 h EXAME FINAL (opção para as duas turmas) Pri/Ant. *Aulas e testes compartilhados com a Turma da Química Industrial Matéria dos Testes Conteúdo dos testes: T1: aulas iniciais; T2: até cinética de bioprocessos; T3: até esterilização de meios e equipamentos; T4: até extrapolação de escala; Biotecnologia - Definição - Prof. Antonio Paes de Carvalho (Patentes para a Biotecnologia, 1993) “Entende-se por Biotecnologia o conjunto de conhecimentos, técnicas e métodos, de base científicaou prática, que permite a utilização de seres vivos como parte integrante e ativa do processo de produção industrial de bens e de serviços“ - Office of Technology Assesment “O conjunto de processos industriais que englobam processos biológicos“ - Union Internationale de Chemie Pure et Appliquée “Aplicação da Bioquímica, da Biologia, da Microbiologia e da Engenharia Química aos processos e produtos industriais (incluindo produtos relativos à saúde, energia e agricultura) e ao meio ambiente“ - CNPq “Utilização de sistemas celulares para obtenção de produtos ou desenvolvimento de processos industriais“ ... Princípios científicos e de engenharia Processamento de materiais Bens de consumo Agentes Biológicos Biotecnologia - Definição BIOTECNOLOGIA é uma ciência que possui muitas definições. Elas se referem a Biotecnologia como sendo toda tecnologia de processo ou produto ou de serviços que utilize, em pelo menos uma de suas etapas, da ação de microorganismos, células animais ou vegetais, ou de substâncias por eles produzidas, sendo caracterizada por sua INTER, MULTI E TRANSDISCIPLINARIDADE. Eng.Química/ Química Industrial Eng. Bioquímica/ Bioprocessos Industrias Biologia Molecular Microbiologia Tec. & Eng. de Alimentos Tec. das Fermentações Eng. Eletrônica Meio Ambiente Bioquímica/ Química Natureza Multidisciplinar da Biotecnologia Biotecnologia - Definição BIOTECNOLOGIA CLÁSSICA BIOTECNOLOGIA MODERNA BIOLOGIA MOLECULAR Biotecnologia - Definição Biotecnologia – Biotecnologia no Brasil O mercado brasileiro de produtos e processos biotecnológicos no Brasil, responde por uma cifra equivalente a US$ 17 bilhões, cabendo aos segmentos químico e energético a maior parcela de participação no mercado global Segmento Valor (US$ milhões) Químico e Energia 10.040,00 Alimentos 3.980,00 Farmacêutico e Especialidades 2.040,00 Agricultura 1.060,00 outros 130,00 TOTAL 17.250,00 Mercado Brasileiro de Produtos e Processos Biotecnológicos Biotecnologia – Biotecnologia no Brasil Empresa Linha de Produção BIOBRÁS Enzimas (alfa-amilase, papaína, pepsina, celulase) e Insulina CIBRAN Antibióticos: eritromicina, gentamicina EMBRABIO Reagentes para diagnóstico IMOVAL Soros e vacinas, hemoderivados e imunomoduladores VALLÉ Reagentes para diagnóstico FIOCRUZ Soros e vacinas, reagentes para diagnóstico, enzimas de restrição, síntese de DNA e peptídeos AGROCERES Mudas e sementes, matrizes para pecuária SBS Cultura de tecidos vegetais para obtenção de mudas e sementes VALLÉ NORDESTE Vacinas e produtos farmacêuticos para uso animal Principais empresas de biotecnologia no Brasil Fabricação de pão levedurado Antes de 3000 AC Fermentação de sucos à bebidas alcoólicas Antes de 3000 AC Conhecimento da formação de vinagre em sucos fermentados Antes de 3000 AC Fabricação de cerveja na Babilônia e Egito 3o século AC Primeiro registro da destilação do etanol 1150 Produção industrial de vinagre (Processo Orleans) Século XIV Visualização de leveduras por Leuwenhoek 1680 Descrição da fermentação láctica por Pasteur 1857 Descoberta da participação de enzimas na fermentação 1858 Descoberta do gênero Acetobacter por Hansen 1879 Produção de ácido láctico por fermentação 1881 Biotecnologia – História MARCOS HISTÓRICOS NO DESENVOLVIMENTO DA BIOTECNOLOGIA Detecção de enzimas em leveduras por Buchner 1887 Primeiras plantas de tratamento biológico de efluentes em Berlim, Hamburg, Munich, Paris e outras cidades Final do séc. XIX Descoberta da piocianase por Ermerich e Low 1901 Produção de fermento de panificação na Alemanha 1915 Produção de acetona e butanol (Processo Weizmann) 1915/1916 Produção de glicerol (Processo sulfito – Connstein e Lüdecke) 1915/1916 Produção de ácido cítrico por processo em superfície 1920 Descoberta da penicilina por Fleming 1928/1929 Início da produção industrial de penicilina 1941/1944 Descoberta da estreptomicina por Schatz e Waksman 1944 Processo submerso para a produção de ácido acético 1949 Biotecnologia – História MARCOS HISTÓRICOS NO DESENVOLVIMENTO DA BIOTECNOLOGIA Publicação do trabalho sobre a estrutura em dupla hélice do DNA por Watson e Crick 1953 Processo submerso para a produção de ácido cítrico 1955/1956 Produção de ácido glutâmico por Kinoshita et al 1957 Descoberta de leveduras fermentadoras de pentoses Década de 70 PROÁLCOOL (Brasil) 1975 Desenvolvimento de técnicas de manipulação genética de microorganismos e outros seres vivos A partir dos anos 80 Programa de Auto-suficiência Nacional em Imunobiológicos 1982 Início do Projeto Genoma 1990 Anúncio da descoberta do sequenciamento do genoma humano 2000 Liberação da produção e consumo de alimentos transgênicos 2003 Discussão sobre o uso de embriões humanos em pesquisas com células tronco 2008 Biotecnologia – História MARCOS HISTÓRICOS NO DESENVOLVIMENTO DA BIOTECNOLOGIA VITAMINAS ENZIMA ÁCIDOS ORGÂNICOS COMBUSTÍVEIS ‘KIT’DIAGNÓSTICO SOLVENTES BIOPOLÍMEROS ALIMENTOS FERMENTADOS ANTIBIÓTICOS E OUTROS FÁRMACOS PROTEÍNA DE PLÁSTICOS UNICELULAR MEDICAMENTOS BIODEGRADÁVEIS TRATAMENTO DE RESÍDUOS BIOTECNOLOGIA Biotecnologia – Produtos e serviços PROCESSOS, PRODUTOS E SERVIÇOA ONDE A BIOTECNOLOGIA SE FAZ PRESENTE VITAMINAS ENZIMA ÁCIDOS ORGÂNICOS COMBUSTÍVEIS ‘KIT’DIAGNÓSTICO SOLVENTES BIOPOLÍMEROS ALIMENTOS FERMENTADOS ANTIBIÓTICOS E OUTROS FÁRMACOS PROTEÍNA DE PLÁSTICOS UNICELULAR MEDICAMENTOS BIODEGRADÁVEIS TRATAMENTO DE RESÍDUOS BIOTECNOLOGIA Biotecnologia – Produtos e serviços PROCESSOS, PRODUTOS E SERVIÇOA ONDE A BIOTECNOLOGIA SE FAZ PRESENTE Setor Atividade Química Orgânica Etanol, acetona, butanol, ac. orgânicos, enzimas, polímeros, etc. Química Inorgânica Lixiviação de minérios, corrosão microbiana Farmacêutico Antibióticos, vacinas, esteróides, vitaminas Energia Etanol, metano (biogás) Alimentos Bebidas, laticínios, polióis, aditivos, amidos modificados Têxtil Uso de enzimas aplicadas a tecidos (Tratamento de fibras) Papel e celulose Uso de enzimas aplicadas a tecidos (Biobranqueamento de polpas) Agricultura e Pecuária Vacinas veterinárias, biopesticidas, inoculantes bacterianos Meio ambiente Tratamento de efluentes, purificação de águas, biorremediação, etc. Biotecnologia – Ramos de atividade Aminoácidos: glutâmico, triptofano, isoleucina, lisina, alanina Antibióticos: penicilinas, griseofulvina, tetraciclinas, estreptomicina, eritromicina, bacitracina, ac. Clavulânico, etc Biomassa celular: leveduras, algas e bactérias Enzimas: amilases, proteases, celulases, hemicelulases, lipases, pectinases, etc. Ácidos orgânicos: cítrico, acético, glutâmico, láctico, glicônico, itacônico, etc. Ácidos nucleicos: inosínico, guanílico, etc Polímeros: xantana, dextrana, levana, poli-hidróxi-butirato Solventes, intermediários e combustíveis: etanol, acetona, butanol, 2,3- butanodiol, glicerol, xilitol, álcoois superiores Vitaminas: cianocobalamina, riboflavina, ac. Ascórbico, carotenóides Outros: Vacinas, bioinseticidas, proteínas reguladoras, hormônios Biotecnologia – Produtos de fermentação Biotecnologia – CLASSIFICAÇÃOEM FUNÇÃO DE VOLUME DE PRODUÇÃO E VALOR DE MERCADO Volume elevado e valor baixo: combustíveis, biomassa para alimentação animal, tratamento de efluentes Volume elevado e valor intermediario: aminoácidos e ac. orgânicos, alimentos, levedura de panificação, solventes, polímeros Volume pequeno e valor elevado: antibióticos e demais biofármacos, enzimas, vitaminas Biotecnologia - IMPACTOS DECORRENTES DE INOVAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS • Melhoria na produção de um produto já comercializado e tradicionalmente obtido por rota biotecnológica, com melhoria da qualidade do produto e/ou maiores rendimento e/ou produtividade e/ou redução de custos de produção; • Introdução de processo biotecnológico novo na obtenção de bens já comercializados e produzidos por outras rotas tecnológicas, levando à mudança da base tecnológica de um dado ramo industrial; • Introdução no mercado de um produto totalmente novo, viabilizado mediante recentes inovações biotecnológicas empregando a biologia molecular como ferramenta • Adoção de tecnologias limpas Biotecnologia - TECNOLOGIA LIMPA Segundo o PNUMA/ONU é a: “aplicação continuada de uma estratégia preventiva integrada aplicada a processos, produtos e serviços com vista a reduzir os riscos para a saúde humana e ambiente e a conseguir benefícios econômicos para as empresas” USO DE MATÉRIAS PRIMAS RENOVÁVEIS PROCESSOS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PRODUTOS AMBIENTALMENTE CORRETOS REJEITOS DE BAIXA TOXICIDADE MENOR DEMANDA ENERGÉTICA Biotecnologia –Bioprocesso ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E O CICLO DE CARBONO Cana Glicose 2 etanol + 2 CO2 Fermentação Reutilização na Fotossíntese Combustão CO2 + H2O Biotecnologia –Bioprocesso CO2 + H2O Produção Refino Distribuição Combustão Acúmulo na atmosfera COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E O CICLO DE CARBONO BIOPROCESSO CATÁLISE ENZIMÁTICA METABOLISMO MICROBIANO Biotecnologia –Bioprocesso CATÁLISE ENZIMÁTICA Biotecnologia –Bioprocesso NUTRIENTES + FONTE DE CARBONO + (OXIGÊNIO) Microrganismo PRODUTOS + SUBPRODUTOS + ENERGIA Biotecnologia –Bioprocesso 1- Seleção e Melhoramento da Linhagem produtora 2- Otimização do Meio de Cultura 3- Testes em Biorreatores 4- Operações em Escala Piloto 5- Operações em Larga Escala Biotecnologia – Etapas de um Bioprocesso 1- Seleção e Melhoramento da Linhagem produtora 2- Otimização do Meio de Cultura 3- Testes em Biorreatores 4- Operações em Escala Piloto 5- Operações em Larga Escala Biotecnologia –Bioprocesso Biotecnologia –Estrutura da Célula Biotecnologia –Estrutura da Célula TODO NUTRIENTE DEVE SER PREVIAMENTE SOLUBILIZADO PREVIAMENTE AO TRANSPORTE DO MESMO PARA O INTERIOR DA CÉLULA. Digestão in situ: a célula produz hidrolases que catalisam a hidrólise das macromoléculas, durante o bioprocesso Digestão ex situ: a hidrólise das macromoléculas é realizada em etapa anterior ao bioprocesso Biotecnologia –Reações Biológicas Dois tipos de reação Síntese ou Assimilação Anabolismo: Moléculas complexas , reações endergônicas Degradação Catabolismo: Moléculas simples, reações exoergônicas METABOLISMO = CATABOLISMO + ANABOLISMO A ENERGIA NA FORMA DE ATP FORMADA NAS ROTAS DE DEGRADAÇÃO É UTILIZADA NAS ROTAS DE BIOSSÍNTESE Biotecnologia –Reações Biológicas Biotecnologia –Reações Biológicas DESTINOS DO PIRUVATO Biotecnologia –Reações Biológicas DESTINOS DO PIRUVATO FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Biotecnologia –Reações Biológicas DESTINOS DO PIRUVATO FERMENTAÇÃO LÁCTICA Biotecnologia –Reações Biológicas DESTINOS DO PIRUVATO ACETIL CoA Biotecnologia –Reações Biológicas Biotecnologia –Reações Biológicas Biotecnologia –Reações Biológicas Biotecnologia É UMA SUBSTÂNCIA DE INTERESSE COMERCIALACUMULADA DEVIDO À DIFERENÇAS NAS TAXAS REACIONAIS DAS REAÇÕES DO METABOLISMO CELULAR PODE SER EXTRACELULAR OU INTRACELULAR O QUE É PRODUTO? É UMA SUBSTÂNCIA DE INTERESSE COMERCIALACUMULADA DEVIDO À DIFERENÇAS NAS TAXAS REACIONAIS DAS REAÇÕES DO METABOLISMO CELULAR PODE SER EXTRACELULAR OU INTRACELULAR O QUE É PRODUTO? Biotecnologia AGENTES DE FERMENTAÇÃO: CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS VIABILIDADE POTÊNCIA ESTABILIDADE INOCUIDADE Biotecnologia –Bioprocesso Biotecnologia – Bioprocesso EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS CARBONO NITROGÊNIO FÓSFORO ENXOFRE SAIS MINERAIS VITAMINAS Heterotróficos: necessitam do nutriente na forma orgânica MICRORGANISMOS Autotróficos: são capazes de utilizar o nutriente na forma inorgânica EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS Biotecnologia – Bioprocesso EXEMPLOS DE FONTES DE NUTRIENTES CARBONO Orgânico: açúcares, polissacarídeos Inorgânico: CO2 NITROGÊNIO Orgânico: aminoácidos, peptídeos Inorgânico: NH4 +, NO3 = FÓSFORO Fosfatos ENXOFRE Orgânico: aminoácidos sulfidrilados Inorgânico: sulfatos VITAMINAS Extrato de lêvedo, resíduos da indústria de alimentos Biotecnologia – Bioprocesso CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO MEIO DE CULTIVO Ser o mais barato possível. Atender as necessidades nutricionais do microrganismo. (Fontes de C, N, P, outros elementos: metais, precursores ou cofatores, vitaminas e “fatores de crescimento” quando necessários). Ter composição rezoavelmente fixa. Não causar problemas na recuperação e purificação do produto (problemas tratamento de águas residuais). Não causar dificuldades no tratamento final do efluente Biotecnologia – Bioprocesso MATÉRIA PRIMA é a fonte do substrato para um determinado Bioprocesso. Pode ser de natureza orgânica (produtos ou resíduos agrícolas, por exemplo) ou inorgânica (CO2, minérios, etc.) DEFINIÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA MATÉRIAS-PRIMAS PARA A INDÚSTRIA DE BIOPROCESSOS Biotecnologia – Bioprocesso DEFINIÇÃO DE SUBSTRATO SUBSTRATO é a substância química cuja estrutura ou parte da mesma está presente na molécula do produto. Pode ser de natureza orgânica (açúcares, por exemplo) ou inorgânica (CO2, sais inorgânicos, etc.) Biotecnologia – Bioprocesso SUBSTRATOS PARA A INDÚSTRIA DE BIOPROCESSOS DEFINIÇÃO DE INSUMO INSUMO é um componente essencial do meio, indiretamente relacionado à formação do produto. Fontes de sais minerais e de vitaminas, ácidos e álcalis são exemplos de insumos. Biotecnologia – Bioprocesso EXEMPLOS DE MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSTRATOS MATÉRIA-PRIMA SUBSTRATOS Cana-de-açúcar Sacarose, glicose, frutose Mandioca Amido, glicose Sabugo de Milho Celulose, hemiceluloses Leite Lactose, proteínas Soro de Leite Lactose Biotecnologia – Bioprocesso CRITÉRIOS DE ESCOLHA DE MATÉRIAS-PRIMAS BAIXA TOXICIDADE PRESENÇA E TEOR DE SUBSTRATO ESPECIFICAÇÃO DO PRODUTO CUSTO DISPONIBILIDADE FACILIDADE DE BENEFICIAMENTO FACILIDADE DE TRANSPORTE E ESTOCAGEM CARÁTER DE SAZONALIDADE Biotecnologia – Bioprocesso FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS MATÉRIAS-PRIMAS Biotecnologia – Bioprocesso CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATÉRIAS- PRIMAS QUANTO À NATUREZA DO SUBSTRATO QUANTO À ACESSIBILIDADEDO SUBSTRATO Biotecnologia – Bioprocesso SACARÍNEAS OU AÇUCARADAS AMILÁCEAS LIGNOCELULÓSICAS ALCOÓLICAS OUTRAS (não açucaradas: protéicas, lipídicas, hidrocarbonetos, esteróis, etc.) CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATÉRIAS- PRIMAS QUANTO À NATUREZA DO SUBSTRATO Biotecnologia – Bioprocesso Matérias-primas SACARÍNEAS OU AÇUCARADAS OS SUBSTRATOS PRESENTES ENCONTRAM-SE SOB A FORMA DE MONO OU DISSACARÍDEOS, DIRETAMENTE DISPONÍVEIS PARA O CULTIVO (GLICOSE, FRUTOSE, SACAROSE, LACTOSE, ETC.) NÃO NECESSITAM DE TRATAMENTOS MUITO ONEROSOS Ex.: CANA, FRUTAS , SUCOS DE FRUTAS, BETERRABA, SORGO SACARINO, MELAÇOS, LEITE, SORO DE LEITE, ETC. Biotecnologia – Bioprocesso Matérias-primas SACARÍNEAS OU AÇUCARADAS Caldo de cana-de-açúcar Brix ~ 19º Componente Concentração (g/100 mL) Água 78-86 Sacarose 10-20 Glicose/ Frutose 0,1-2,0 Cinzas (K2O, SiO2, CaO, Na2O, MgO, P2O5, Fe2O3) 0,3-0,5 Ácidos orgânicos 1,0-1,2 Compostos nitrogenados 0,5-1,0 Gomas, ceras, gorgduras 0,1-0,3 Melaço Brix ~ 80º Componente Concentração (g/100 mL) Água 18-22 Sacarose 32-34 Glicose 14-16 Frutose 16-18 Cinzas (K2O, SiO2, CaO, Na2O, MgO, P2O5, Fe2O3) 8-10 Ácidos orgânicos 0,05 Compostos nitrogenados 7-9 Gomas, ceras, gorgduras 7-8 Biotecnologia – Bioprocesso Matérias-primas AMILÁCEAS O SUBSTRATO PRESENTE ENCONTRA-SE SOB A FORMA DE AMIDO NECESSITAM DE TRATAMENTO PRÉVIO PARA A HIDRÓLISE DO AMIDO PARA A LIBERAÇÃO DA GLICOSE Ex.: MANDIOCA, MILHO, MALTE, GRÃOS DE UMA FORMA GERAL Biotecnologia – Bioprocesso OS SUBSTRATOS PRESENTES ENCONTRAM-SE SOB A FORMA DE CELULOSE E HEMICELULOSES NECESSITAM DE EXTENSIVAS ETAPAS DE TRATAMENTO PRÉVIO PARA A HIDRÓLISE DOS POLISSACARÍDEOS VISANDO A OBTENÇÃO DOS AÇÚCARES Ex.: BAGAÇO DE CANA, SABUGO E TALOS DE MILHO, CASCAS DE GRÃOS, RESÍDUOS DE MADEIREIRAS, ETC. Matérias-primas LIGNOCELULÓSICAS Biotecnologia – Bioprocesso Matérias-primas LIGNOCELULÓSICAS Biotecnologia – Bioprocesso PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS PARA AS BIOCONVERSÕES AMILÁCEAS SACARÍNEAS LIGNOCELULÓSICAS AMIDO SACAROSE CELULOSE HEMICELULOSE GLICOSE FRUTOSE XILOSE MANOSE Biotecnologia – Bioprocesso CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE MATÉRIAS- PRIMAS QUANTO À ACESSIBILIDADE DO SUBSTRATO SUBSTRATOS SOLÚVEIS E DIRETAMENTE METABOLIZÁVEIS SUBSTRATOS INSOLÚVEIS DE FÁCIL HIDRÓLISE SUBSTRATOS INSOLÚVEIS DE DIFÍCIL HIDRÓLISE Biotecnologia – Bioprocesso MP SACARÍNEAS MP AMILÁCEAS MP LIGNOCELULÓSICAS EXTRAÇÃO EXTRAÇÃO PRÉ-TRATAMENTO: EXTRAÇÃO/HIDRÓLISE DA HEMICELULOSE FERMENTAÇÃO • BATELADA • BATELADA ALIMENTADA • CONTÍNUA RECUPERAÇÃO DO PRODUTO • DESTILAÇÃO • EXTRAÇÃO POR SOLVENTE • ADSORÇÃO HIDRÓLISE DA CELULOSE HIDRÓLISE DO AMIDO sacarose glicose frutose lactose galactose glicose RESÍDUO alimentação animal produção de energia RESÍDUO alimentação animal produção de energia xilose glicose LIGNINA produção de energia co2 ETANOL VINHOTO TECNOLOGIAS PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL DE BIOMASSAS Tecnologias maduras Tecnologia emergente Fonte: PEREIRA JR (1991) TRATAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA PREPARO DE MEIOS RESÍDUO TRATAMENTO/APROVEITAMENTO ESTERILIZAÇÃO BIORREATOR DE PROPAGAÇÃO BIORREATOR DE FERMENTAÇÃO SEPARAÇÃO DE CÉLULAS INOCULAÇÃO FILTRAÇÃO BANCO DE MICRORGANISMO S AERAÇÃO BIOMASSA MEIO FERMENTADO ROMPIMENTO CELULAR PURIFICAÇÃO DA BIOMOLÉCULA INTRACELULAR PURIFICAÇÃO DA BIOMOLÉCULA EXTRACELULAR EFLUENTES RESIDUOS Biotecnologia –Bioprocesso COMPARAÇÃO ENTRE PROCESSOS BIOQUÍMICOS (BIOPROCESSOS) E PROCESSOS QUÍMICOS CONVENCIONAIS PROCESSOS BIOQUÍMICOS Decorrentes de atividade microbiana Caracterizados pelo mecanismo Catalisadores de alta especificidade Condições brandas de T, P e pH Maiores volumes Requerem esterilidade PROCESSOS QUÍMICOS Decorrentes reações químicas Caracterizados pela matéria-prima Catalisadores não específicos Condições drásticas de T, P e pH Menores volumes Não requerem esterilidade Biotecnologia –Bioprocesso
Compartilhar