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7 TECIDO NERVOSO CORTE 1

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TECIDO NERVOSO
Professor Fco Edson Alves Garantizado
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO (IFCE)
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Disciplina: Embriologia e Histologia Animal Comparada
INTRODUÇÃO
O tecido nervoso constituído por até um trilhão de neurônios com milhares de interconexões, forma o complexo sistema de comunicação neuronal dentro do corpo.
Alguns neurônios têm receptores, elaborados em seus terminais, que são especializados na recepção de diferentes tipos de estímulos (ex.: mecânicos, químicos, térmicos) e na sua transdução em impulsos nervosos, que podem finalmente ser conduzidos aos centros nervosos.
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INTRODUÇÃO
Evolução dos Metazoários: 2 Sistemas de integração:
Divisão anatômica
Sistema Nervoso Central (SNC)
Encéfalo
Constituintes neurais do sist. Fotorreceptor
Medula espinhal
2) Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Nervos (cranianos e espinais)
Gânglios nervosos (assoc. aos nervos): pequenos agregados de células nervosas;
Nervoso
Endócrino
Nervos cranianos = se originam no encéfalo; Nervos espinais = se originam na medula espinhal
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INTRODUÇÃO
Desenho esquemático e simplificado mostrando a organização funcional do sistema nervoso
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INTRODUÇÃO
SNC
Componente sensorial (aferente):
Recebe e transmite impulsos ao SNC para processamento
Componente motor
 (eferente):
Se origina no SNC e transmite os impulsos nervosos aos órgãos efetores ao longo do corpo.
Sistema autônomo:
Os impulsos do SNC 1º são transmitidos a um gânglio autônomo através de um neurônio; um 2º neurônio originado no gânglio autônomo transmite os impulsos à musculatura lisa, cardíaca, ou a glândulas
Sistema somático:
os impulsos originados no SNC são transmitidos diretamente (através de um único neurônio) ao músculo esquelético
SNP
Funcionalmente, o SNP está dividido em um componente sensorial (aferente) e um componente motor (eferente).
O componente efetor é subsequentemente dividido da seguinte maneira: Sistema somático e autônomo
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INTRODUÇÃO
Tecido Nervoso apresenta 2 componentes principais:
SNC: segregação entre corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos = reconhecimento de duas porções distintas
Substância cinzenta
Cor macroscópica
Formada princ. por corpos celulares dos neurônios e células da glia
Contém também prolongamentos de neurônios
2) Substância branca
Ausência de corpos celulares
Constituída por prolongamentos de neurônios e células da glia
Cor: mielina (envolve alguns prolongamentos de neurônios)
1) Neurônios: células com longos prolongamentos (percepção, integração e motoras do SN)
2) Células da Glia ou Neuroglia: sustentam e protegem os neurônios
Reconhecimento no encéfalo e na medula espinhal
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INTRODUÇÃO
Funções fundamentais do Sistema Nervoso são:
Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno;
Organizar e coordenar (direta ou indiretamente) o funcionamento de quase todas as funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas)
Estabiliza as condições intrínsecas do organismo:
Pressão sanguínea
Tensão de O2 e CO2;
Teor de Glicose, hormônios e pH do sangue
Participa dos padrões de comportamento:
Alimentação
Reprodução
Defesa
Interação com outros seres vivos;
Sistema Nervoso
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NEURÔNIOS
Células nervosas ou neurônios: 
responsáveis pela recepção, transmissão e processamento dos impulsos nervosos do e para o SNC;
Influenciam diversas atividades do organismo;
Liberam neurotransmissores e outras moléculas informacionais;
Diâmetro variando entre 5 a 150 nm (neurônios estão entre as menores e maiores células do corpo);
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NEURÔNIOS
Dendritos: prolongamentos numerosos especializados para a recepção de estímulos advindos de células sensoriais, axônios e de outros neurônios;
Morfologia complexa: 3 componentes
Corpo celular, pericário ou soma: porção central da célula, onde se situa o núcleo e o citoplasma perinuclear. É capaz de receber estímulos;
Axônio: prolongamento único, especializado na condução de impulsos → transmitem informação do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares)
Quase todos os neurônios apresentam os três componentes
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A. Neurônio motor típico. B. Eletromicrografia de um neurônio do corno ventral da medula espinal com vários de seus dendritos (1300 x ).
NEURÔNIOS
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NEURÔNIOS
Neurônios: diferenças no formato do corpo celular
SNC: poligonais, com superfícies côncavas entre alguns prolongamentos celulares
SNP: corpo celular arredondado do qual parte somente um único prolongamento
Fotomicrografia da substância cinzenta da medula espinal (270 x). Observe os corpos celulares de neurônios multipolares (mN) e seus prolongamentos. 
Fotomicrografia de um gânglio sensitivo (270 x). Observe os grandes corpos celulares neuronais (N) com nucléolos evidentes em seus núcleos (n).
N
n
mN
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NEURÔNIOS
De acordo com o número de prolongamentos (morfologia), os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos: 
Multipolares = apresentam mais de dois prolongamentos celulares (geralmente muitos) que partem de um soma em formato poligonal. Os prolongamentos incluem um único axônio e mais de um dendrito.
= Maioria (Ex: células piramidais do córtex cerebral, células de Purkinje e neurônios do córtex cerebelar
Bipolares = dois prolongamentos, possuidores de um dendrócito e de um axônio.
= São encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória
Pseudo-unipolares = apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC
= São encontrados nos gânglios espinhais e cranianos
Classificação Morfológica
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NEURÔNIOS
De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos: 
Representação simplificada da morfologia dos três tipos principais de neurônios
Os neurônios pseudobipolares aparecem na vida embrionária como N. bipolares (com um axônio e um dendrito originando-se de extremidades opostas do pericárdio). Durante o desenvolvimento, os dois prolongamentos se aproximam e se fundem por um pequeno percurso, próximo ao pericárdio (daí o termo pseudo). Os dois prolongamentos das células pseudounipolares são axônios (caract. morfofisiológicas), mas as arborizações terminais do ramo periférico recebem estímulos e funcionam como dendritos, transmitindo o estimulo diretamente para o terminal axônico, sem passar pelo corpo celular.
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NEURÔNIOS
As dimensões e as formas das células nervosas e seus prolongamentos são muito variáveis
Esquemas de alguns tipos de neurônios. A morfologia dessas células é muito complexa. Todos os neurônios mostrados, exceto os dois neurônios bipolares e o pseudounipolar, que não são muito numerosos no tecido nervoso, são neurônios do tipo multipolar 
Bipolar
Pseudo
unipolar
Multi
polares
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NEURÔNIOS
De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos: 
Representação simplificada da morfologia dos três tipos principais de neurônios
Multipolares = apresentam mais de dois prolongamentos celulares
Bipolares = possuidores de um dendrócito e de um axônio
Pseudo-unipolares = apresentam, próximo ao corpo celular, prolon.gamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC
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Tipos de neurônios: bipolares, pseudounipolares e multipolares
Multipolares = apresentam mais de dois prolongamentos celulares
Bipolares = possuidores de um dendrócito e de um axônio
Pseudo-unipolares = apresentam, próximo ao corpo celular, prolon.gamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC
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NEURÔNIOS
Classificação funcional
Motores= controlam órgãos efetores, tais como glândulas endócrinas, exócrinas e fibras musculares;
Sensoriais = recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo;
Interneurônios = estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos;
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NEURÔNIOS
Corpo Celular
É a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que envolve o núcleo;
Principalmente um centro trófico;
Função receptora e integradora de estímulos: recebe estímulos excitatórios ou inibitórios gerados em outras células;
>: Núcleo esférico e pouco corado (cromossomos ↑ descondensados = ↑ ativ. sintética) com 1 nucléolo (grande e central
Próximo ao nucléolo ou à membrana nuclear é observado a cromatina sexual sob a forma de um grânulo esférico. A cromatina sexual é constituída pelo cromossomo X, que permanece condensado e inativo na intérfase (portanto visível ao M.O.)
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Desenho com base em micrografias eletrônicas. A superfície do neurônio é completamente coberta por terminações sinápticas de outros neurônios ou por prolongamentos de células da glia. Nas sinapses, a membrana do neurônio é mais espessa, sendo chamada membrana pós-sináptica. O prolongamento do neurônio sem ribossomos (parte inferior da figura) é o cone de implantação do axônio. Os outros prolongamentos da célula são dendritos. Note a ausência de material extracelular.
Rico em REG = Corpúsculos de Nissl
Aparelho de Golgi = localização exclusiva no pericário – grupos de cisternas localizadas em torno do núcleo
Mitocôndrias = numerosas e dispersas por todo o pericário.
+ abundantes nos terminais axônicos
Microtúbulos = ~ a outros tipos celulares
Rico em REG, que formam agregados de cisternas paralelas, ocorrendo numerosos polirribossomos livres. Esses conjuntos de cisternas e ribossomos se apresentam ao M.O. como manchas basófilas espalhadas pelo citoplasma (Corpúsculos de Nissl).
Em geral, as mitocôndrias nos neurônios são mais delgadas do que em outras células e suas cristas estão ocasionalmente orientadas longitudinalmente, e não transversalmente.
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NEURÔNIOS
Corpo Celular
Fotomicrografia de um neurônio motor, uma célula muito grande da medula espinal, cujo citoplasma apresenta muitos grânulos de Nissl. O prolongamento celular (parte superior) é um dendrito. No centro do corpo celular observa-se o núcleo grande, com um nucléolo esférico, fortemente corado
A quantidade de REG varia com o tipo e estado funcional dos neurônios, sendo mais abundante nos maiores, particularmente nos neurônios motores
↑ REG = ↑ Corpúsculos de Nissl
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NEURÔNIOS
Corpo Celular
Ultra-estrutura do corpo celular de neurônio
Pigmentos encontrados: melanina (função desconhecida) e Lipofuscina (cor parda) contém lipídeos que se acumulam com o decorrer da idade (material digerido pelos lisossomos);
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NEURÔNIOS
Dendritos
↑ Superfície celular: torna possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais axônicos de outros neurônios;
Os dendritos tornam-se mais finos à medida que se ramificam (arborização);
A composição do citoplasma da base dos dendritos é semelhante à do corpo celular (não apresentam Golgi);
> impulsos que chegam a um neurônio são recebidos por pequenas projeções dos dendritos: espinhas, espículas ou gêmulas;
Ex: Calculou-se que até 200.000 terminações de axônios estabelecem contato funcional com os dendritos de uma única Célula de Purkinje.
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NEURÔNIOS
Dendritos: 
Espículas
São formadas por parte alongada presa ao dendrito e termina em pequena dilatação;
Importantes funções: 1º local de processamento dos sinais (impulsos nervosos) que chegam aos neurônios;
= Participam da plasticidade dos neurônios relacionadas com a adaptação, memória e aprendizado.
Ultra-estrutura do corpo celular de neurônio
Componentes de um neurônio
Esse mecanismo de processamento localiza-se num complexo de diversas proteínas presas à superfície interna da membrana pós-sináptica (M.E,)
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As gêmulas são estruturas dinâmicas, com plasticidade morfológica baseada na proteína actina, um componente do citoesqueleto que está relacionado à formação das sinapses e à sua adaptação funcional, mesmo em adultos.
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NEURÔNIOS
Axônios
Transmitem impulsos a outros neurônios ou a células efetoras (c. musculares e glândulas);
Cada neurônio possui apenas um único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variáveis conforme o tipo de neurônio;
= > são mais longos que dendritos da mesma célula;
= Espessura x Velocidade de condução = ↑ Espesso. ↔ ↑ Veloc.
Em toda a sua extensão, os axônios tem diâmetro constante e não se ramificam abundantemente, como os dendritos;
Nasce de uma estrutura piramidal do corpo celular denominada cone de implantação;
Ex: Os axônios das células motoras da medula espinhal que inervam os músculos do pé tem cerca de 1 metro de comprimento;
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NEURÔNIOS
Axônios
Neurônios cujos axônios são mielinizados:
- Segmento inicial (Zona de disparo): a parte do axônio entre o cone de implantação e o início da bainha de mielina
= Onde os impulsos excitatórios e inibitórios se somam para determinar se ocorrerá a propagação de Potencial de Ação
- Ramo colateral: ramificações em ângulo reto (90º);
A M.P. de algumas cél. neurogliais forma uma bainha de mielina ao redor de alguns axônios (SNC e SNP: axônios mielínicos
Este segmento recebe muitos estímulos (excitatórios e inibitórios), de cujo resultado pode originar-se um potencial de ação cuja propagação é o impulso nervoso. O segmento inicial contém vários canais iônicos, importantes para gerar o impulso nervoso
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NEURÔNIOS
Citoplasma do axônio (axoplasma): pobre em organelas
→ Poucas mitocôndrias, algumas cisternas de REL e muitos microfilamentos e microtúbulos
→ Ausência de REG e polirribossomos ↔ axônio é mantido pela ativ. sintética. do pericário
Axônios
Porção final do axônio é geralmente ramificada e denominada telodendro;
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NEURÔNIOS
Existe um movimento muito ativo de moléculas e organelas ao longo dos axônios. 
= Microtúbulos e proteínas motoras são responsáveis pelos fluxos axonais
Axônios
As proteínas motoras prendem vesículas, organelas ou moléculas e “caminham” sobre os microtúbulos
= quinesina (cinesina): fluxo anterógrado
= dineína (fluxo retrógrado)
ambas são ATPases 
(rompem ATP: liberam energia)
O centro de produção de proteínas é o pericárdio, e as moléculas proteicas sintetizadas migram pelos axônios (fluxo anterógrado→);
Existe também um transporte de substâncias em sentido contrário (fluxo retrógrado←) que leva moléculas diversas para serem reutilizadas no corpo celular;
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Axônios
NEURÔNIOS
Aplicação Médica:
 fluxo retrógrado (←) pode levar moléculas e partículas estranhas prejudiciais para o corpo celular situado no SNC;
Ex: Por esta via que os vírus da raiva e herpes simples são transportados para o corpo das células nervosas, causando uma encefalite muito grave
SNC
SNC
Este também é o método pelo qual toxinas (p. ex. tétano) são transportadas da periferia para o SNC.
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POTENCIAIS DE MEMBRANA
Os impulsos nervosos são sinais elétricos gerados na zona de disparo de um neurônio como resultado da despolarização da membrana plasmática e são conduzidos ao longo do axônio até as terminações axônicas;
Estado de repouso;
Potencial de ação, despolarização e repolarização;
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POTENCIAIS DE MEMBRANA
+ + + + + + + + + + + +
- - - - - - - - - - - - - - - - 
Os canais vazantes de K+ na membrana plasmática possibilitam um fluxo relativamente livre de íons para fora da célula, seguindo o seu gradiente de concentração. Embora os canais vazantes de K+ permitam a entrada de íons Na+ na célula, a proporção de íons K+ em relação aos íons Na+ é de 100:1, de modo que muito mais íons K+ saem da célula do que íons Na+ entram na célula; assim, uma pequena carga elétrica positiva se acumula no lado de fora da membrana plasmática;
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POTENCIAISDE MEMBRANA
Este é o potencial de repouso da membrana
- A célula nervosa tem moléculas na membrana que são bombas ou então canais para o transporte de íons para dentro e para fora do citoplasma;
O axolema (membrana plasmática do axônio) bombeia Na+ para fora do axoplasma, mantendo uma concentração de Na+ que é apenas 1/10 da concentração no fluido extracelular;
- Ao contrário, a concentração de K+ é mantida muito mais alta que no fluido extracelular
Desse modo, existe uma diferença de potencial de – 65 mV (-90 mV) através da membrana, sendo o interior negativo em relação ao exterior.
Apesar de a manutenção do potencial de repouso depender primariamente dos canais vazantes de K+, as bombas de Na+ K+ (Na+ K+ ATPases) na M.P. auxiliam o bombeamento de Na+ para fora da célula e de K+ para dentro da célula. Para cada 3 Na+ bombeados para fora, 2 K+ entram na célula, também dando uma pequena contribuição para a diferença de potencial existente entre os dois lados da membrana
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POTENCIAIS DE MEMBRANA
Quando o neurônio é estimulado, os canais iônicos se abrem e ocorre um rápido influxo de Na+ extracelular. Esse influxo modifica o potencial de repouso de – 65 mV (-90) para +30 mV (+35); O interior do axônio se torna positivo em relação ao meio extracelular, originando o potencial de ação ou impulso nervoso; Todavia, o potencial de +30 mV fecha os canais de Na+ e a M.P torna-se novamente impermeável a este íon;
Nos axônios, em poucos milissegundos a abertura dos canais de K+ modifica essa situação iônica. Devido a alta concentração de K+ intracelular, estes íons saem do axônio por difusão e o potencial de membrana volta ser de -65 mV, terminando o potencial de ação
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POTENCIAIS DE MEMBRANA
Aplicação Médica
 Os anestésicos de aplicação local atuam sobre os axônios:
São moléculas que se ligam aos canais de Na+, inibindo o transporte desse íon = inibe o Potencial de Ação responsável pelo Impulso Nervoso
 Assim, ficam bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor;
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
A sinapse é responsável pela transmissão unidirecional de uma mensagem química em resposta a um potencial de ação
As sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras (músculo ou glândula);
Função: transformar um sinal elétrico (IN) do neurônio pré-sináptico em um sinal químico (neurotransmissor ou neuromodulador) que atua sobre a célula pós-sináptica;
A sinapse se compõe por um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que traz o sinal; uma região na superfície de outra célula, onde se gera um novo sinal (terminal pós-sináptico); e um espaço muito delgado entre os dois terminais (fenda sináptica).
Neurotransmissores = são substâncias que quando se combinam com proteínas receptoras, abrem ou fecham canais iônicos ou então desencadeiam uma cascata molecular na célula pós-sináptica = que produz 2º mensageiros intracelulares; Ex: aminas, aminoácidos ou pequenos peptídeos (neuropeptídios) = ainda outras moléculas e o gás Oxido Nítrico;
Neuromoduladores = são mensageiros químicos que não agem diretamente sobre as sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios; Ex: neuropeptídios ou esteroides produzidos no tecido nervoso ou esteroides circulantes no sangue;
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
Principais aspectos funcionais das duas partes da sinapse: o terminal axônico, pré-sináptico, e a membrana do neurônio pós-sináptico do circuito. Os números indicam a sequência dos eventos durante a atividade da sinapse. REL, retículo endoplasmático liso.
Micrografia eletrônica de sinapse preparada pela técnica de criofratura. Aparece um terminal axônico que mostra numerosas vesículas sinápticas e uma mitocôndria (M) (25000 x)
- A despolarização que se propaga ao longo da membrana celular abre canais na região pré-sináptica, promovendo o influxo de Cálcio que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. Os neurotransmissores liberados por exocitose reagem com os receptores da membrana pós-sináptica, provocando a despolarização da membrana pós-sináptica. Essas sinapses são excitatórias, porque causam impulsos na membrana pós-sináptica.
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
Exemplos de sinapses excitatórias e inibitórias em um neurônio motor.
Em outras sinapses, a interação do neurotransmissor com os receptores provoca uma hiperpolarização, sem transmissão do impulso nervoso;
 Sinapses são ditas inibitórias;
Assim, as sinapses podem excitar ou inibir a transmissão do impulso;
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
Tipos de sinapses. Os terminais axônicos geralmente transmitem os impulsos nervosos para dendritos ou para corpos celulares de neurônios, porém, embora com menor frequência, podem estabelecer sinapses com outros axônios.
Tipos de Sinapses:
a) Axo-somática: a sinapse de um axônio com o corpo celular;
b) Axo-dendrítica: a sinapse com um dendrito;
c) Axo-axônica: a sinapse entre dois axônios;
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
Tipos de sinapses. 
Tipos de Sinapses:
SLIDE EXIT
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COMUNICAÇÃO SINÁPTICA
Tipos de Sinapses:
Existem ainda as sinapses elétricas: as células nervosas unem-se por junções comunicantes, possibilitando a passagem de íons de uma célula para outra;
Promove uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos;
Raras nos mamíferos (N. tronco encefálico, m. cardíacos e liso)
Encontrada em vertebrados inferiores e invertebrados
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Funcionam dando suporte físico, metabólico e proteção aos neurônios;
→coletivamente formam a neuroglia;
Sob a designação de neuroglia ou glia, incluem-se vários tipos celulares presentes no SNC ao lado dos neurônios;
SNC: 10:1 Cél. glia/neurônio = mas devido ao tam ↓ = ocupam ½ vol. tec. SNC;
O “tecido conjuntivo” do SNC
Não se destacam bem na coloração HE, aparecendo apenas os seus núcleos, entre os núcleos maiores dos neurônios
Estudos morfologia celular = impregnação por prata ou ouro
 No S. N. podem existir 10 x mais células neurogliais do que neurônios. As células neurogliais se dividem por mitose, enquanto os neurônios não podem – somente seus progenitores.
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Fotomicrografias de preparados realizados com o método de impregnação metálica de Golgi, que mostram células da neuroglia do córtex cerebral. 
A. Astrócitos fibrosos, com prolongamentos em torno de vasos sanguíneos (VS)
B. Astrócitos protoplasmáticos próximos à superfície do cérebro (seta).
C. Célula da micróglia
D. Oligodendrócitos.
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Os vários tipos de células da neuroglia central
As células neurogliais que residem exclusivamente no SNC incluem: astrócitos, oligodendrócitos, células da microglia e células ependimárias;
Apesar de as células neurogliais formarem junções do tipo gap com outras células neurogliais, elas não reagem a ou propagam impulsos nervosos;
- As células de Schwann, embora localizadas no SNP, também são consideradas como células da neuroglia;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Os oligodendrócitos produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do SNC;
Oligodendrócitos e Células de Schwann
As células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em torno dos axônios do SNP;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Oligodendrócitos e Células de Schwann
Os oligodendrócitos tem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina
Bainha de mielina do SNC. Um único oligodendrócito, por seus prolongamentos, forma bainhas de mielina para diversas fibras nervosas. O nódulo de Ranvier, no SNC, pode ser recoberto por prolongamentos de outras células da neuroglia ou ficar exposto ao meio extracelular. Na parte superior esquerda da figura aparece uma vista da superfície externa do oligodendrócito.Cit: citoplasma do oligodendrócito; EE: espaço extracelular
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Oligodendrócitos e Células de Schwann
Processo de mielinização no sistema nervoso central. Ao contrário da célula de Schwann do sistema nervoso periférico, cada oligodendrócito é capaz de mielinizar vários axônios. 
Os oligodendrócitos tem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Oligodendrócitos e Células de Schwann
Desenho de quatro fases sucessivas da formação de mielina pela membrana da célula de Schwann. No primeiro desenho (superior esquerdo), o axônio começa a ser envolvido pelo citoplasma da célula de Schwann. No último (inferior direito), observam-se o mesaxônio interno e o externo.
Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio: membrana da célula de Schwann se enrola em volta do axônio
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Oligodendrócitos e Células de Schwann
A ultra-estrutura de uma fibra nervosa mielínica e sua célula de Schwann. 
As células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em torno dos axônios do SNP;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos
São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular;
Apresentam feixes citoplasmáticos de filamentos intermediários (8 a 11 nm) constituídos pela proteína ácida fibrilar glial (GFAP), exclusiva dos astrócitos = reforçam a estrutura celular;
Os astrócitos dão suporte estrutural e metabólico para os neurônios e atuam como captadores de íons e de neurotransmissores liberados no espaço extracelular; 
Marcação com imunofluorescência de astrócitos humanos em cultura. As células foram imunomarcadas com um anticorpo antiproteína ácida fibrilar glial (GFAP), a qual é exclusiva de astrócitos no SNC. 
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos
Função: participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios;
Alguns astrócitos apresentam prolongamentos que se expandem sobre os capilares sanguíneos denominados pedicelos ou pés vasculares;
Esses prolongamentos transferem moléculas e íons do sangue para os neurônios
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos: 
Ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter (delgada camada de tec. Conj que reveste o SNC);
Astrócito protoplasmático: prolongamentos com extremidades dilatadas, semelhantes aos pés vasculares, os quais entram em contato com a pia-máter;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos
Os astrócitos localizados na periferia do SNC formam uma camada contínua sobre os vasos sanguíneos e podem auxiliar na manutenção da barreira hematoencefálica;
Se comunicam uns com os outros por junções gap: rede de informações
Junções gap = informações podem transitar de um local para outro, atingindo grandes distâncias dentro do SNC;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos: classificação
Astrócitos fibrosos: possuem prolongamentos menos numerosos e mais longos; = se localizam na substância branca;
Astrócitos protoplasmáticos: apresentam maior No de prolongamentos, curtos e muito ramificados = se localizam princ. Substância cinzenta;
Alguns pesquisadores sugeriram que eles podem ser as mesmas células atuando em diferentes ambientes;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos: classificação
Astrócitos fibrosos:
Corte de cérebro impregnado pela prata que mostra astrócitos fibrosos com seus prolongamentos terminando na superfície externa de vasos sanguíneos
Fotomicrografia de um astrócito fibroso (seta) no cerebelo humano (132 x )
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Astrócitos: classificação
Astrócitos protoplasmático
B. Astrócitos protoplasmáticos próximos à superfície do cérebro (seta).
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células Ependimárias
Formam membranas de revestimento e também podem atuar no transporte do fluido cérebro-espinal.
Representação esquemática da topografia celular do encéfalo mostrando os quatro tipos de células da glia e suas relações com os neurônios, os capilares e a pia-máter.
São células epiteliais colunares baixas a cuboides que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal (canal ependimário);
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células Ependimárias
Em alguns regiões são ciliadas: facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCE);
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células da Microglia
São membros do sistema mononuclear fagocitário
São pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares;
São fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue:
Representam o sistema mononuclear fagocitário no SNC;
Quando ativadas, retraem seus prolongamentos e assumem a forma de macrófagos;
Ativada = tornam-se fagocitárias, apresentadoras de antígenos e secretam citocinas;
Removem restos celulares provenientes de lesões do SNC;
Macrófagos = tornam-se fagocitárias e apresentadoras de antígenos; = Protegem o Sistema Nervoso contra vírus, microrganismos e formação de tumores;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células da Microglia
São membros do sistema mononuclear fagocitário
São pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares;
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células da Microglia: aplicação clínica
Esclerose múltipla: bainhas de mielina são destruídas por mecanismo não bem esclarecido: distúrbios neurológicos
Os restos de mielina são removidos pela microglia (status = macrófago). Os restos de mielina fagocitados por estas células são digeridos pelas enzimas lisossomais;
Sintomas: tremores, dificuldades para andar, enxergar, falar e até paralisia
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CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL
Células da Microglia: aplicação clínica
HIV/AIDS: grandes popul. de células microgliais estão presentes nos cérebros de pacientes com a Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV – 1);
Apesar de o HIV-1 não atacar os neurônios, eles atacam as células microgliais, as quais então produzem citocinas que são tóxicas para os neurônios;
Sintomas: transtornos cognitivos e motores diminuídos
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Cortex = cérebro, cerebelo e a medula espinhal mostram 2 regiões: substância branca e substância cinzenta;
Sem elementos de tecido conjuntivo interpostos = gel semifirme;
Substância cinzenta
Composição: corpos de neurônios, dendritos, porção inicial não mielinizada dos axônios e células neurogliais;
Cor: ausência de mielina
Distribuição: predomina na superfície do cérebro e cerebelo (córtex cerebral e córtex cerebelar);
2) Substância branca
Composição: > axônios mielinizados, poucas fibras amielínicas, oligodendrócitos, outras células da Glia;
→Não contém corpos de neurônios
Cor: presença de mielina
Distribuição: predomina nas partes mais centrais;
Substância cinzenta ocorre as sinapses do SNC;
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
CAMADA BRANCA
CAMADA CINZENTA
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Córtex cerebral
Substância cinzenta está organizada em seis camadas diferenciadas pela forma e tamanho dos neurônios
a) neurônios aferentes (sensoriais): recebem e processam impulsos;
b)neurônios eferentes (motores): geram impulsos que controlam movimentos voluntários;
Corte do córtex cerebral impregnado pela prata, mostrando muitos neurônios de forma piramidal, seus prolongamentos e algumas células da neuroglia.
INTEGRAÇÃO: 
Sensação 
x 
resposta
Assim, as células sensoriais do córtex cerebral integram as informações sensoriais e iniciam as respostas voluntárias
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Córtex cerebelar
3 camadas: 
a) externa: camada molecular; 
b) central: com as grandes células de Purkinje;c) interna: camada granulosa
Células de Purkinje: muito grandes, bem visíveis e dendritos bem desenvolvidos, forma aspecto de leque
= Dendritos ocupam a > parte da camada molecular: cel. esparsas
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Córtex cerebelar
Fotomicrografia que mostra as três camadas da substância cinzenta do cerebelo e a substância branca, constituída apenas por fibras nervosas e células da glia. Pequeno aumento
Corte em que aparecem as três camadas do cerebelo. Uma célula de Purkinje mostra parte de sua rica arborização dendrítica.. Medio aumento.
Dendritos ocupam a > parte da camada molecular: células se tornam esparsas
Camada granulosa: neurônios muito pequenos: organização compacta
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Córtex cerebelar
G
PC
PC
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Traço horizontal de H (H medular): apresenta orifício (canal ependimário) = corte do canal central da medula, revestido por células ependimárias
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Medula espinal
Corte transv.: s. branca (externa) e s. cinza (interna: forma letra H)
No centro, aparece a medula espinal observada em corte transversal, com vista desarmada. À esquerda, demonstra-se a estrutura da substância cinzenta. À direita, da substância branca.
Cornos ventrais ou anterior (vertical inferior H): abrigam neurônios motores, cujos axônios originam raízes ventrais dos nervos raquidianos
Cornos dorsais ou posterior (vertical superior H): recebem os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos cujos corpos celulares estão situados nos gânglios da raiz dorsal
Esse canal representa a luz do tubo neural embrionário
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SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Medula espinal:
Neurônios multipolares e volumosos, principalmente no corno anterior;
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MENINGES
SNC está contido e protegido na caixa craniana e canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo: meninges;
São formadas por três camadas: 
Dura-máter (externa), Aracnoide (intermediária), Pia-máter (interna)
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77
MENINGES
Aracnoide: 
Apresenta duas partes:
I = uma em contato com a DM sob a forma de membrana;
II = a outra constituída por traves que ligam a aracnoide à pia-máter;
As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo: contém o líquido cefalorraquidiano (LCR);
Espaço subcoroide (cheio de LCR) funciona como um colhão hidráulico que protege o SNC contra traumatismos
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MENINGES
Barreira Hematoencefálica:
É uma barreira funcional que dificulta a passagem de algumas substâncias do sangue para o tecido nervoso (antibióticos, agentes químicos e toxinas); 
É possível que a interação dos prolongamentos dos astrócitos que envolvem completamente com os capilares sanguíneos façam parte da barreira;
→ Principal componente estrutural: junções oclusivas entre células endoteliais
É devido a uma < permeabilidade dos capilares sanguíneos do TN;
Essas células não são fenestradas e mostram raras vesículas de pinocitose;
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PLEXOS COROIDES E LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR)
São dobras da pia-máter (PM) ricas em capilares fenestrados e dilatados, responsáveis por saliências no interior dos ventrículos cerebrais;
São constituídos por TC frouxo da PM, revestidos por epitélio simples cúbico ou colunar baixo = células transportadoras de íons; 
Função: secretar o LCR = importante para o metabolismo do SNC e proteção contra traumatismos;
Fotomicrografia do corte do plexo coroide, que é constituído por uma parte central de tecido conjuntivo frouxo com muitos capilares sanguíneos (CS), coberto por epitélio cúbico simples (ponta de seta). HE Médio aumento.
Produção contínua e absorção nas vilosidades aracnoides (SNC: sem vasos linfáticos)
LCR: pequena quantidade de sólidos. Adulto: 140 ml de LCR (líquido claro e de baixa densidade; É produzido continuamente e isso explica a saída constante de líquido nas lesões cranianas que alcançam a aracnoide;
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PLEXOS COROIDES E LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR)
Aplicação médica: obstrução do fluxo de LCR (hidrocefalia)
Caracterizada pela dilatação dos ventrículos do encéfalo produzida pelo ↑ LCR ou ↓ absorção LCR pelas vilosidades aracnoides;
Neoplasma (Câncer) do plexo coroide: produz excesso de LCR; 
Sintomas neurológicos e psíquicos: consequência da compressão do córtex cerebral e outras estruturas do SNC:
Hidrocefalia infantil: causa o afastamento das suturas dos ossos cranianos e ↑ progressivo da cabeça, 
Hidrocefalia iniciada antes do nascimento ou na criança muito pequena causa o afastamento das suturas dos ossos cranianos e aumento progressivo da cabeça, podendo ocorrer convulsões, retardamento mental e fraqueza muscular;
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SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Os componentes do SNP são:
Nervos: feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo;
Gânglios;
Terminações nervosas;
Substância cinzenta ocorre as sinapses do SNC;
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias
Feixes (tratos): SNC
Nervos: SNP
Grupos de fibras nervosas formam 
Todos os axônios do T.N. (adulto) são envolvidos por dobras únicas ou múltiplas formadas por uma célula envoltória:
Fibras periféricas: 
- Cél. envoltória: Schwann
SNC: 
Cél. envoltória: oligodendrócitos
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra de células 
Constituem as fibras nervosas mielínicas (FM)
Axônios + calibrosos: a célula envoltória forma uma dobra enrolada em espiral em torno do axônio
Conj.desses 
envoltórios concêntricos: 
bainha de mielina
Constituem as fibras nervosas amielínicas (FA)
Quanto mais calibroso o axônio = maior o número de envoltórios concêntricos provenientes da célula de revestimento. O conjunto desses envoltórios concêntricos é denominado bainha de mielina e as fibras são chamadas de fibras nervosas mielínicas.
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas
Nas fibras mielínicas do SNP, a membrana plasmática da célula de Schwann se enrola em volta do axônio;
Desenho de quatro fases sucessivas da formação de mielina pela membrana da célula de Schwann. No primeiro desenho (superior esquerdo), o axônio começa a ser envolvido pelo citoplasma da célula de Schwann. No último (inferior direito), observam-se o mesaxônio interno e o externo.
Mesaxônios: 
porções de membrana de célula envoltória que se prendem intern. ao axônio e extern. à superfície da célula envoltória
FM
FA
Tanto nas fibras mielínicas (FM) como nas fibras amielínicas (FA) as porções de membrana da célula envoltória que se prendem internamente ao axônio e externamente à superfície da célula envoltória, constituem os mesaxônios (interno e externo)
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas
Essa membrana enrolada se funde e origina a mielina (complexo lipoproteico branco)
Desenhos tridimensionais esquemáticos que mostram a ultraestrutura de uma fibra mielínica (A) e de uma fibra amielínica (B).
 1, núcleo e citoplasma de célula de Schwann; 2, axônio; 3, microtúbulo; 4, neurofilamento; 5, bainha de mielina; 6, mesaxônio; 7, nódulo de Ranvier; 8, interdigitação dos processos das células de Schwann no nódulo de Ranvier; 9, vista lateral de um axônio amielínico; 10, lâmina basal.
Mielina é constituída por diversas camadas de membrana celular modificada
 (> prop. de lipídeos que M.P. em geral)
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas
Micrografias eletrônicas de fibras de mielina.
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas
A bainha de mielina se interrompe em intervalos regulares: nódulos de Ranvier
M.O.: observam-se na mielina fendas em forma de cones: incisuras de Schmidt-Lantermann (áreas em que o citoplasma da célula de Schwann permaneceu durante o processo de enrolamento; 
A bainha de mielina se interrompe em nódulos regulares, formando os nódulos de Ranvier, que são recobertos por expansões laterais (digitações laterais) das células de Schwann
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
O desenho superiormostra o tipo mais frequente de fibra amielínica, na qual cada axônio tem seu próprio mesaxônio. Quando os axônios são muito finos (desenho inferior), podem juntar-se em um mesmo compartimento de células de Schwann. Neste caso, há vários axônios para um só mesaxônio.
Fibras Amielínica
São os axônios não recobertos por mielina;
As fibras amielínicas são também envolvidas pelas células de Schwann: mas não ocorre o enrolamento em espiral
Não existe nódulos de Ranvier: cél. Schwann formam bainha contínua
Axônio calibroso:
1 axônio/mesaxônio
Axônio finos:
vários axônios/mesaxônio
No SNC os axônios amielínicos são mais numerosos
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SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas x Amielínicas:
Nas neurofibras mielinizadas a propagação do impulso nervoso é descontínua (“em saltos”), pois passa de um nó de Ranvier para o outro, acelerando a propagação.
 
As neurofibras sem bainha de mielina (não-mielinizadas) propagam o impulso nervoso continuamente ao longo da membrana do neurônio.
90
SNP: FIBRAS NERVOSAS
Fibras Mielínicas x Amielínicas:
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SNP: NERVOS
NO SNP as fibras nervosas agrupam-se em feixes: nervos;
Epineuro: tecido de sustentação dos nervos constituído de uma camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso (Colágeno + fibroblastos)
- reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas
Perineuro: bainha de várias camada de células achatadas justapostas que reveste os feixes
- As células da bainha perineural unem-se por junções oclusivas, constituindo uma barreira à passagem de muitas macromoléculas e importante mecanismo de defesa contra agentes agressivos
Endoneuro: camada mais interna à bainha perineural onde encontram-se os axônios, cada um envolvido pela bainha de células de Schwann e um envoltório conjuntivo constituído principalmente fibras reticulares
Conteúdo em mielina e colágeno: nervos são esbranquiçados, exceto os nervos muito finos (fibras amielínicas);
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SNP: NERVOS
ME de corte transversal de nervo, que mostra o epineuro, o perineuro e o endoneuro. O epineuro é um tecido conjuntivo denso rico em fibras colágenas (Col) e em fibroblastos (seta). O perineuro é constituído por diversas camadas de células achatadas e unidas para formar uma barreira à penetração de macromoléculas no nervo. O endoneuro é formado por fibras reticulares (FR) sintetizadas pelas células de Schwann (1200 x)
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SNP: NERVOS
Função:
Fibras Aferentes: levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente;
Os nervos estabelecem comunicação com os centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores (músculos, glândulas, etc)
Possuem fibras aferentes, eferentes
Fibras Eferentes: levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros;
Mistos: fibras dos dois tipos (FM + FA);
Sensitivos: apenas fibras aferentes
Motores: apenas fibras eferentes
NERVOS
(classificação funcional)
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SNP: NERVOS
Neurônio sensitivo e motor
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SNP: GÂNGLIOS
Acúmulo de neurônios fora do SNC;
São órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos
Direção do impulso nervoso: 
Gânglios sensoriais: aferentes
Gânglios do sistema nervoso autônomo (SNA): eferentes
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SNP: GÂNGLIOS
Gânglios Sensoriais:
Recebem fibras aferentes que levam impulsos para o SNC 
Associados aos nervos cranianos: G. cranianos
localizados nas raízes dorsais dos nervos espinhais:
 G. espinhais
São aglomerados de grandes corpos neuronais, com muitos corpos de Nissl e circundados por células da glia (satélites)
Gânglios S.N.Autônomo:
Formações bulbosas ao longo dos nervos do SNA
Alguns no interior de certos órgãos, p. parede do tubo digestório: g. intramurais 
Pequeno número de células, sem cápsula conjuntiva
Ambos: neurônios pseudo-unipolares
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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)
Relacionado
Divisão anatômica e funcional:
Simpático: noradrenalina
Parassimpático: acetilcolina
Ajustar certas atividades do organismos, mantendo constante meio interno (homeostase)
Controle da musculatura lisa
Modulação do ritmo cardíaco
Secreção de algumas glândulas
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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
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