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1 FÍSICA TEÓRICA � Prof. Luciana Campos � luciana.campos@uerj.br UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA DFAT- DEPARTAMENTO DE FISICA APLICADA E TERMODINÂMICA Capítulo 17 – Ondas I O que são ondas?? 2 Conceito de Onda � É a perturbação em um meio � Uma onda é qualquer sinal que se transmite de um ponto a outro de um meio, com velocidade definida. � Em geral, fala-se de onda quando a transmissão do sinal entre dois pontos distantes ocorre sem que haja transporte de matéria de um desses pontos ao outro. � Uma onda transporta energia e momento. Conceito de Onda Natureza das Ondas Mecânica Precisa de um meio material para se propagar Eletromagnética Não precisa de um meio material para se propagar 3 Ondas Mecânicas Ondas Eletromagnéticas Esquema de uma Onda Eletromagnética B→Campo Magnético E→Campo Elétrico 4 Ondas Eletromagnéticas Ondas I � Como fazemos para estudar as ondas? � É monitorar as formas de onda quando elas se movem para direita � Outra possibilidade é monitorar o movimento de um elemento quando ele oscila para cima e para baixo enquanto uma onda passa por ele. DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO LONGITUDINAL Move-se paralelo ao pulso TRANSVERSAL Move-se perpendicular ao pulso 5 6 Ondas Transversais e Longitudinais Ondas Longitudinais: Vibração paralela à propagação. Pressão alta (crista) λ λ Numa onda sonora as partículas do meio vibram pra frente e pra trás. Pressão baixa (vale) Ondas Transversais Vibração perpendicular à propagação. Toda onda eletromagnética é transversal. 7 Dimensões das Ondas UNIDIMENSIONAIS BIDIMENSIONAIS TRIDIMENSIONAIS Ondas Progressivas � Tanto uma onda transversal quanto uma onda longitudinal são chamadas ondas progressivas, pois ambas se propagam de um ponto ao outro, como de uma extremidade da corda à outra ou de uma extremidade do tubo à outra. Observe que é a onda que se movimenta de uma extremidade à outra, não o material ( a corda ou o ar) através do qual a onda se movimenta. C1,C2: CRISTAS V1,V2: VALES N N: NÓ A: AMPLITUDE λ: COMPRIMENTO DE ONDA Ondas Periódicas Transversais 8 9 10 � Suponha que você balance a corda com um movimento harmônico simples. � Uma onda periódica produzida por um MHS é chamada de onda senoidal. Ondas Periódicas Transversais � Para descrevermos completamente uma onda em uma corda ( e o movimento de qualquer elemento ao longo de seu comprimento) precisamos de uma função que nos dê a forma da onda. Descrição matemática das ondas Deslocamento Amplitude Número de onda Posição Frequência angular Fase tempo � A amplitude ym de uma onda é a intensidade do deslocamento máximo dos elementos a partir de suas posições de equilíbrio quando a onda passa por eles. � Como ym é uma intensidade, ela é sempre positiva, mesmo se ela for medida para baixo. � A fase de onda é o argumento kx-ωt da função seno. Descrição matemática das ondas 11 � A distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos é denominada comprimento de onda. � É a distância entre repetições da forma da onda � Como o pulso se propaga com velocidade constante, vale a expressão: Comprimento de onda (λ) � É a distância entre repetições da forma da onda � Como o pulso se propaga com velocidade constante, vale a expressão: � Por definição, o deslocamento y é o mesmo nas duas extremidades deste comprimento de onda, isto é: Comprimento de onda (λ) � Uma função seno começa a se repetir quando o seu ângulo é aumentado de 2pi rad, portanto: � k é número de onda angular, sua unidade no SI é o radiano por metro (rad/m). Comprimento de onda (λ) e Número de Onda 12 � A figura mostra um gráfico do deslocamento y contra o tempo em uma certa posição ao longo da corda, escolhida como sendo x=0. Período, Frequência Angular e Frequência � O período de oscilação T de uma onda é o tempo que um elemento qualquer da corda leva para se mover realizando uma oscilação completa. Período, Frequência Angular e Frequência Período, Frequência Angular e Frequência � Frequência é o número de oscilações realizadas por um elemento de corda quando a onda passa por ele. 13 Constante de Fase � Quando a onda da figura se move, cada ponto da forma de onda que se move, por exemplo o ponto A marcado sobre um pico, permanece com seu deslocamento y. � Se o ponto mantiver o seu deslocamento ao se mover a fase que fornece este deslocamento deve permanecer constante. Velocidade de uma Onda Progressiva Velocidade de uma Onda Progressiva 14 � Devemos encontrar a equação de uma onda se propagando no sentido oposto substituindo t por –t. � A equação acima exige que x diminua com o tempo. � A onda se propagando no sentido negativo de x é descrita pela equação: Velocidade de uma Onda Progressiva � Podemos obter a velocidade: � A equação acima exige que x diminua com o tempo. � A onda se propagando no sentido negativo de x é descrita pela equação: Velocidade de uma Onda Progressiva � Considere uma onda de foram arbitrária: � h representa qualquer função. Velocidade de uma Onda Progressiva Representa uma onda progressiva Não representa uma onda progressiva 15 Velocidade de uma onda em uma corda esticada � A velocidade de uma onda está relacionada com o comprimento de onda e com a frequência da onda. � Mas a velocidade fica determinada pelas propriedades do meio. � Para que uma onda se propague através de um meio como água, ar, aço ou uma corda esticada, ela deve fazer com que as partículas desse meio oscilem quando ela passar. � O meio deve possuir massa ( energia cinética) e elasticidade (energia potencial). Velocidade de uma onda em uma corda esticada � Massa específica linear (µ) =Massa de um elemento de corda: � Não se consegue enviar uma onda ao longo de uma corda a não ser que a corda esteja tracionada. � Isto significa que ela foi alongada e mantida esticada por forças nas suas duas extremidades. Velocidade de uma onda em uma corda esticada � Uma força com intensidade igual à tração na corda puxa tangencialmente este elemento em cada extremidade. � As componentes horizontais dessa força se cancelam, mas as verticais se somam para formarem uma força restauradora radial . 16 Velocidade de uma onda em uma corda esticada � Assumimos que sen θ = θ (ângulos pequenos). � µ é a massa específica linear da corda. � No instante mostrado o elemento de corda ∆l está se movendo em um arco de círculo. � Possui aceleração centrípeta em direção ao centro desse círculo. Velocidade de uma onda em uma corda esticada � Obtemos a velocidade do pulso da figura anterior e a velocidade de qualquer outra onda sobre a corda sujeita à tração. A velocidade de uma onda ao longo de uma corda ideal esticada depende apenas da tração e da massa específica linear da corda e não da frequência da corda. Equação de Onda � A figura mostra um instantâneo de um elemento de corda de massa dm e comprimento λ quando uma onda se propaga em uma corda de massa específica µ que está esticada ao longo de um eixo x horizontal. � Supomos uma pequena amplitude � A aplicação da 2º Lei de Newton: 17 Equação de Onda � Analisando a equação temos: � Massa: � Aceleração: Equação de Onda � Analisando a equação temos: � Forças: � Como é tangente podemos relacionar a inclinação da extremidade direita da corda: � Podemos relacionar as componentes ao módulo: � Como a inclinação é pequena: Equação de Onda � Analisando a equação temos: � Forças: � Logo: � Substituindo: 18 Equação de Onda Equação Diferencial: Princípio de Superposiçãode Ondas Princípio da superposição � Duas ou mais ondas podem passar simultaneamente pela mesma região. � Suponha que duas ondas se propaguem simultaneamente ao longo da mesma corda esticada. � O deslocamento da cordas quando as ondas se sobrepõem é dado pela soma algébrica: Ondas superpostas se somam algebricamente para produzirem uma onda resultante. 19 Princípio da superposição � Duas ou mais ondas podem passar simultaneamente pela mesma região. � Suponha que duas ondas se propaguem simultaneamente ao longo da mesma corda esticada. � O deslocamento da cordas quando as ondas se sobrepõem é dado pela soma algébrica: Ondas superpostas se somam algebricamente para produzirem uma onda resultante. Princípio da superposição Ondas superpostas não se afetam mutuamente Interferência de Ondas 20 Interferência de Ondas � Suponha que produzimos duas ondas senoidais de mesmo comprimento de onda e amplitude que se propagam no mesmo sentido em uma corda. � O princípio de superposição pode ser usado? � Que forma tem a onda resultante? A forma da onda resultante depende da fase relativa das duas ondas Interferência de Ondas � O fenômeno de combinação de ondas recebe o nome de interferência e dizemos que as ondas interferem entre si. � Suponha que uma das ondas que se propagam em uma corda é dada por: � A outra deslocada em relação à primeira é dada por: Ambas se propagam no sentido positivo do eixo x, com a mesma velocidade. Elas diferem apenas de uma ângulo constante φ. Interferência de Ondas � Segundo o princípio de superposição a onda resultante é a soma algébrica das duas ondas e tem um deslocamento: 21 Interferência de Ondas � Amplitude: � Se φ=0 e o resultado é: � Essa é a maior amplitude que uma onda resultante pode ter. � Interferência Totalmente Construtiva φ=0 Interferência de Ondas � Se φ=pi, o resultado é: � cos(φ/2)=cos(pi/2)=0 � Interferência Totalmente Destrutiva φ= pi Interferência de Ondas 22 Como a forma de uma onda senoidal se repete a cada 2pi rad, uma diferença de fase φ=2pi rad corresponde a uma defasagem de uma onda em relação à outra equivalente a um comprimento de onda. As diferenças de fase podem ser descritas tanto em termos de ângulos como em termos de comprimentos de onda. Interferência de Ondas Duas oscilações com pequena diferença nas suas freqüências quando somadas, produzem o fenômeno do: BATIMENTO!!! Ondas Estacionárias 23 Ondas Estacionárias � Discutimos o caso de duas ondas senoidais de mesmo comprimento de onda e mesma amplitude que se propagam no mesmo sentido em uma corda. O que acontece se as se propagam em sentidos opostos? Ondas propagam-se e, se há vinculo imposto na sua parte inicial e terminal, teremos a reflexão da onda inicial. A soma destas duas oscilações resulta uma onda estacionária. Onda Progressiva nesta Direção.� onda estacionária� Onda Progressiva nesta Direção. Ondas Estacionárias Ondas Estacionárias 24 Ondas Estacionárias � Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e mesmo comprimento de onda se propagam em sentidos opostos em uma corda, a interferência mútua produz uma onda estacionária. � Podemos representar as ondas pelas equações: Ondas Estacionárias � A onda resultante é dada por: Em uma onda senoidal progressiva, a amplitude da onda é a mesma para todos os elementos da corda. Isto não é verdade para uma onda estacionária, na qual a amplitude varia com a posição. Ondas Estacionárias � Na onda estacionária, a amplitude é zero para valores de kx tais que senkx=0. Esses valores são dados por: � Fazendo k=2pi/λ, temos: 25 Ondas Estacionárias � A amplitude da onda estacionária tem um valor máximo de 2ym que ocorre para valores de kx tais que |senkx=1| � Fazendo k=2pi/λ, temos: Reflexões em uma interface Extremo Livre. Sem inversão da fase da onda refletida. Extremo Fixo. Observa-se a inversão da fase da onda refletida. Quando há mudança na propriedade do meio de propagação de uma onda também temos fenômenos de reflexão mas com inversão de fase. Meio de densidade A. Meio de densidade B. Observa-se INVERSÃO da fase da onda refletida. Densidade de A < Densidade de B 26 Densidade de A > Densidade de B Observa-se a NÃO inversão da fase da onda refletida. Duas oscilações com pequena diferença nas suas freqüências quando somadas, produzem o fenômeno do: BATIMENTO!!! Ondas Estacionárias e Ressonância � Considere uma corda de violão esticada entre duas presilhas. � Suponha que produzimos uma onda senoidal contínua de uma certa frequência que se propaga para a direita. � Para certas frequências a onda produz uma onda estacionária com nós e antinós. � Dizemos que uma onda estacionária desse tipo é gerada quando existe ressonância e que a corda ressoa nessas frequências, conhecidas como frequência de ressonância. 27 Ondas Estacionárias e Ressonância � Suponha que uma corda esteja presa entre duas presilhas separadas por uma distância L. � Deve existir um nó em cada extremidade, pois as extremidades são fixas e não podem oscilar Ondas estacionárias numa corda. Meia onda. λ/2=L Ondas estacionárias numa corda. Onda inteira. λ=L 28 Ondas estacionárias numa corda. 1½ de onda. λ=2L/3 Ondas Estacionárias e Ressonância � Poderíamos continuar essa progressão desenhando configurações cada vez mais complicadas. � Em cada passo da progressão, o padrão teria um nó e um antinó a mais que o passo anterior e um meio comprimento de onda adicional em um mesmo comprimento L. � Assim uma onda estacionária pode ser excitada em uma corda de comprimento L por qualquer onda cujo comprimento de onda satisfaz a condição: Ondas Estacionárias e Ressonância � As frequências de ressonância que correspondem a esse comprimento de onda podem ser calculadas usando: � O modo de oscilação com a menor frequência é chamado de modo fundamental ou primeiro harmônico. � O segundo harmônico é o modo de oscilação n=2 e o terceiro harmônico é o modo com n=3 e assim por diante. 29 Ondas Estacionárias e Ressonância � O conjunto de todos os modos de oscilação possíveis é chamado de série harmônica. � n é chamado de número harmônico do enésimo harmônico.
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