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SOBREVIVÊNCIA NO GELO SOBREVIVÊNCIA NO GELO INTRODUÇÃO • Durante meses o sol desaparece atrás da linha do horizonte. Mas isso é ainda melhor do que no inverno, quando ele nunca aparece. • Na Antártica, no Ártico, ou em qualquer outra região, o homem sente – se frágil e pequeno. INTRODUÇÃO • Em momentos, tudo pode se transformar num inferno Branco de ventos furiosos; horas depois, pode – se sentir em pleno paraíso, cercado de animais. • O gelo e o frio foram os principais fatores que fizeram do Ártico e da Antártida as últimas regiões exploradas pelo homem. • A descoberta e a colonização das áreas geladas são, ainda hoje, desafios à sobrevivência humana. INTRODUÇÃO • Temperatura muito baixa, escassez de alimentos e, principalmente, a ação dos ventos fazem com que o homem, caso não conheça algumas noções básicas de sobrevivência tenha uma sobrevida muito pequena. ORIENTAÇÕES BÁSICAS • A maior quantidade possível de roupas deve ser mantida. A manutenção da temperatura do corpo é um dos maiores segredos para o êxito numa sobrevivência no gelo. • As extremidades (mãos, pés, orelhas, cabeça e nariz), mucosas e faces devem ser muito bem protegidas. ORIENTAÇÕES BÁSICAS • Um pouso em regiões geladas pode acontecer sobre uma camada espessa do gelo continental, suficientemente forte para suportar o peso da aeronave (ICE – SHELF) ou sobre uma camada mais fina, que se forma sobre o mar e cuja resistência é limitada (PACK – ICE), esta camada se quebra pela ação de ventos e marés, dificultando ainda mais a situação. AÇÕES IMEDIATAS • As ações imediatas (prestação de primeiros socorros e acionamento dos radiofaróis de emergência) são idênticas as apresentações no Manual de sobrevivência. • Importante lembrar que os grânulos de sílica – gel devem ser utilizadas na sua finalidade anticongelante para o acionamento dos radiofaróis de emergência (Beacon) modelo RESCU 99. AÇÕES SUBSEQÜENTES • Deve – se providenciar ABRIGO imediatamente após o acionamento dos radiofaróis de emergência (Beacon), pois, inclusive, a deficiência na prestação de primeiros socorros poderá depender deste fator. • Seria muito difícil sobreviver no gelo sem abrigo e calor; o ser humano resistiria poucas horas, somente. Por isso, tão logo quanto possível, um tripulante deverá coordenar a construção de abrigo e, no seu interior, acender um foco de fogo. ABRIGOS • Deve – se avaliar a área ao redor da aeronave para determinar o local mais adequado à construção do abrigo, considerando a disponibilidade de água e alimentos. • O interior da aeronave NÃO deverá ser utilizada como abrigo, visto que a sua temperatura será, também reduzida drasticamente. Entretanto, partes de sua fuselagem e/ou interior (forração, assentos, etc) poderão ser utilizadas para a confecção de um abrigo. ABRIGOS • Deve – se ter um cuidado especial ao manusear partes metálicas da aeronave que não estejam pintadas, porque em contato direto com a pele, poderão causar lesões irreversíveis. • Escorregadeiras e barcos salva – vidas também poderão servir como abrigos, desde que devidamente fixados sobre o gelo. ABRIGOS • É importante se ter certeza de que o abrigo será construído sobre blocos sólidos de gelo, distantes de fenda ou do mar aberto • Dentre os vários tipos de abrigo que podem ser construídos, destacam – se: TRINCHEIRA • Pode ser constituído rapidamente e proporciona uma proteção eficiente. • Devendo – se cuidar para que a entrada não se localize na direção de vento. • Para a cobertura da trincheira pode – se usar toldos, escorregadeiras, pedaços da fuselagem ou blocos de neve formando um “V” invertido. TRINCHEIRA CAVERNA NA NEVE • É cômoda, porém de difícil construção. • Apresenta maior possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono (proveniente da fonte de calor) do que a trincheira. IGLU • Na eventualidade de uma sobrevivência prolongada no gelo, deve – se buscar um abrigo de construção mais sólida, como por exemplo, o iglu. • Para a sua confecção são necessários blocos de gelo com medidas aproximadamente de 50 cm x 30 cm x 30cm. IGLU IGLU • A forração do local onde se for deitar é importante para que a neve não derreta sob o corpo. • Em qualquer abrigo deve – se acender uma vela (ou outra fonte de calor) de forma a manter a temperatura do abrigo próximo a 0 GRAUS CELSIUS e o teto deve ser bem liso para evitar que a neve derretida fique gotejando. FOGO • Os únicos combustíveis inflamáveis numa sobrevivência no gelo são os provenientes da própria aeronave (querosene e óleos) e as gorduras de origem animal. • Para promover fogo em gordura de origem animal, deve-se depositá-la em recipientes (jarras, baldes de gelo, etc), utilizando um pavio para acendê- la. A chama proveniente da queima deste combustível é muito brilhante e pode ser avistada a grandes distâncias. ÁGUA • Há duas maneiras de se obter água em uma sobrevivência no gelo: • Derretendo – se o gelo. Tendo o cuidado de não utilizar aquele proveniente de áreas onde haja colônias de pingüins ou concentração de outros animais. • Colhendo água de fonte natural oriunda de gelo, cujo curso, sob camadas livres de gelo, muitas vezes se pode ouvir. ALIMENTO • Excetuando – se todo alimento que estiver disponível no interior da aeronave, e que deverá ser retirado, nas regiões polares a alimentação se limitará aos alimentos de origem animal: focas, leões – marinhos, aves, peixes e demais animais marinhos, sendo que, provavelmente as focas serão a principal fonte. ALIMENTO • Somente em último caso se deve ingerir a carne de pingüins, pois muito comumente está contaminada por vermes. • No caso de regiões continentais geladas (Cordilheira, por exemplo), cuja localização é afastada do mar, a alimentação pode se basear, além dos mantimentos encontrados na aeronave, nos animais de caça e possíveis roedores. CUIDADOS NO GELO ENVENENAMENTO POR MONÓXIDO DE CARBONO • A queima de velas, lamparinas, etc. no interior dos abrigos, promove a liberação de monóxido de carbono (gás altamente tóxico). A fim de evitar o excesso de sua concentração e consequentemente envenenamento dos sobreviventes no abrigo, deve – se manter uma ventilação adequada em seu interior. CONGELAMENTO • O congelamento a nível epitelial podem ser, basicamente, classificados em três grupos, a saber: • 1º grau: ARREPIOS – não são perigosos e servem como primeiro sinal. CONGELAMENTO • 2º grau: FLICTENAS (OU BOLHAS) – indicam um processo de queimadura nos tecidos. • 3º grau: NECROSE – gangrenas ou manchas escuras na pele indicam uma diminuição muito grande de fluxo sangüíneo para a região CONGELAMENTO • Qualquer sensação de amortecimento ou anestesia (dormência) deve ser encarado como pronúncia de congelamento. O frio intenso também pode ocasionar o estado de choque e perda da razão, devido ao estreitamento dos vasos sangüíneos pela hipotermia, ficando o indivíduo em estado letárgico. CONGELAMENTO • Deve o sobrevivente, neste caso, ser tratado à base de banhos de imersão iniciando – se o tratamento com água fria e, aos poucos, aquecendo – a (tratamento muito difícil de ser executando sob as condições encontradas na sobrevivência). IMPORTANTE • O congelamento nunca deverá ser tratado através de fricção. Desta maneira ao invés de apresentar melhoras no quadro clínico, a vítima teria sua situação agravada. CONGELAMENTO • O congelamento inicial da face pode ser tratado colocando – se as mãos quentes sobre a mesma. O congelamento dos dedos pode ser resolvido colocando – se as mãos sob as axilas ou dentro das calças. CONGELAMENTO • Caso hajaum princípio de congelamento dos pés, o melhor a fazer, colocá – los dentro das vestimentas de outro sobrevivente, caso não disponha de meios mais apropriados, com os descritos anteriores. CONGELAMENTO • Quando se estiver desenvolvendo esforços físicos, deve – se evitar ao máximo a transpiração, pois quando cessar a atividade, o suor se congelará rapidamente, causando a hipotermia. CONGELAMENTO • Por esta razão deve – se retirar paulatinamente as peças de roupas de modo a não manter a temperatura do corpo excessivamente alta. Ao se retirar uma peça de roupa deve – se cuidar para que esteja bem protegida a fim de não ficar úmida ou molhada. CONGELAMENTO • Encerrando – se a atividade física, as peças devem ser vestidas gradualmente, de modo a manter a temperatura normal do corpo. CEGUEIRA • Não há uma adaptação natural da visão aos reflexos solares na neve, no gelo e na água. • Os raios infravermelhos provocam fadiga ótica e dor intensa. Deve – se proteger os olhos (utilizando óculos escuros, vendas ou abrigando – se em lugares pouco iluminados) ao primeiro sinal de dor ocular. AÇÃO DO VENTO • O corpo humano queima energia para manter sua temperatura. Em regiões geladas este gasto energético é aumentado; o vento aumenta ainda mais a perda de calor, e conseqüentemente sensação de frio ao dispersar as camadas de ar “aquecido” existente entre a roupa e a pele. Esta dispersão é proporcionada à velocidade do vento. AÇÃO DO VENTO • Para se reduzir este problema, os sobreviventes devem se proteger do vento, valendo – se de anteparos (a aeronave, os abrigos, etc.) ou qualquer meios que minimize a ação eólica. GRETAS (OU FENDAS) • São fendas encobertas de neve e se constituem, em perigo potencial para quem caminha sobre o gelo. • Sua formação se deve à acomodação de camadas de neve e gelo em trechos de relevo irregular. • Os deslocamentos somente deverão acontecer quando todos os elementos estiverem amarrados entre si e, o primeiro homem (homem – guia) for capaz de vistoriar o solo com um bastão (ou similar) e detectar as gretas existentes. GRETAS (OU FENDAS)
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