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Vestcursos - História - Apostila - 01

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SUMÁRIO 
 
História Geral 
Aula 1 – CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA E MESOPOTÂMICA .............................................................................................. 1 
Aula 2 – CIVILIZAÇÃO HEBRÁICAL ........................................................................................................................ 16 
Aula 3 – CIVILIZAÇÕES FENÍCIA E PERSA ........................................................................................................... 24 
Aula 4 – CIVILIZAÇÃO GREGA ................................................................................................................................ 32 
Aula 5 – CIVILIZAÇÃO ROMANA ............................................................................................................................. 48 
Aula 6 – FEUDALISMO E POVOS BÁRBAROS NA EUROPA MEDIEVAL ............................................................. 65 
Aula 7 – BIZANTINOS, FRANCOS E ÁRABES ........................................................................................................ 74 
Aula 8 – O PODER DA IGREJA CATÓLICA, A BAIXA IDADE MÉDIA E A CULTURA MEDIEVA .......................... 83 
Aula 9 – FORMAÇÃO DOS ESTADOS MODERNOS, ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO ................................ 95 
Aula 10 – RENASCIMENTO CULTURAL ............................................................................................................... 104 
Aula 11 – REFORMA E CONTRA-REFORMA ....................................................................................................... 114 
Aula 12 – EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPEIA ............................................................................ 128 
Aula 13 – CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS ................................................................................................... 139 
Aula 14 – REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉC. XVII ............................................................................................ 152 
Aula 15 – FORMAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS INGLESAS.............................................. 161 
Aula 16 – ILUMINISMO ........................................................................................................................................... 172 
Aula 17 – REVOLUÇÃO FRANCESA ..................................................................................................................... 183 
Aula 18 – ERA NAPOLEÔNICA E REAÇÃO CONSERVADORA EUROPEIA ....................................................... 198 
 
História do Brasil 
Aula 1 – OCUPAÇÃO E INÍCIO DA COLONIZAÇÃO ............................................................................................. 210 
Aula 2 – SOCIEDADE COLONIAL .......................................................................................................................... 218 
Aula 3 – ECONOMIA AGROEXPORTADORA E O CICLO AÇUCAREIRO ........................................................... 234 
Aula 4 – CICLO MINERAÇÃO E ATIVIDADES SUBSIDIARIAS ............................................................................ 242 
Aula 5 – EXTENSÃO TERRITORIAL E INVASOES ESTRANGEIRAS .................................................................. 250 
Aula 6 – REVOLTAS COLONIAIS NATIVISTAS E EMANCIPACIONISTAS ......................................................... 260 
Aula 7 – BRASIL PERIODO JOANINO E INDEPENDENCIA ................................................................................ 267 
Aula 8 – BRASIL PRIMEIRO REINADO ................................................................................................................. 274 
Aula 9 – PERIODO REGENCIAL ............................................................................................................................ 281 
Aula 10 – ESTRUTURA POLITICA DO SEGUNDO REINADO .............................................................................. 287 
Aula 11 – BRASIL ECONOMIA E SOCIEDADE DO SEGUNDO REINADO ......................................................... 294 
Aula 12 – POLITICA EXTERNA DO SEGUNDO REINADO ................................................................................... 301 
Aula 13 – CRISE DO SEGUNDO REINADO .......................................................................................................... 306 
Aula 14 – PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA .................................................................. 311 
Respostas e Comentários Exercícios de Fixação ................................................................................................... 316 
 
 
 
 
 
 
 
História Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL 
Prof. Monteiro Jr. 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
AULA 1 – CIVILIZAÇÕES EGÍPCIA E MESOPOTÂMICA 
 
CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA 
 
CARACATERÍSTICAS GEOGRÁFICAS 
Os egípcios ergueram suas aldeias e cidades em meio a 
dois imensos desertos: o da Líbia e o da Arábia. E isso 
só foi possível porque souberam represar e distribuir as 
águas do rio Nilo e fertilizar as terras situadas às suas 
margens. 
Situado no nordeste da África, o Egito antigo possuía um 
território estreito e comprido que compreendia duas 
grandes regiões: o alto Egito (região vale) e o Baixo Egito 
(região do delta do Nilo). O delta, como se pode ver no 
mapa, tem a forma de um triângulo. 
Anualmente, de junho a setembro, o Nilo transborda e 
rega a terra, tornando-a favorável à agricultura. A partir 
de outubro, inicia-se o período da semeadura, que se 
prolonga até mais ou menos fevereiro. A colheita ocorre 
de abril a junho. 
 
OS PRIMEIROS TEMPOS DO EGITO 
Desde 5000 a.C., aldeias de camponeses espalharam-se 
ao longo do rio Nilo. Cada aldeia tinha seu chefe, que 
organizava os trabalhos e distribuía o que era produzido. 
Como resultado de longas disputas por terras entre as 
aldeias, surgiram os “nomos”, conjuntos de aldeias 
governadas pelos monarcas, nome dado aos chefes mais 
poderosos. 
Para demonstrar seu poder, os monarcas construíram 
templos, grandes residências para si e casas para seus 
servidores. Com o tempo, as disputas entre os monarcas 
por poder e terras geraram guerras e alianças entre eles. 
Alguns deles, ao vencerem os demais, tornavam-se reis, 
passando a controlar vários “nomos”. 
Surgiram então no Egito reinos que foram ficando cada 
vez maiores, até se resumirem a dois: o Alto Egito (no 
vale do Nilo) e o Baixo Egito (no delta do Nilo). Por volta 
do ano 3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito, conquistou 
o Baixo Egito, unificando os dois reinos. Menés tornou-se 
então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os 
egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de 
reis pertencentes a uma mesma família). 
 
O rio Nilo se estende por 6.500 quilômetros, desde 
os grandes lagos africanos até o Mediterrâneo. 
Como há cinco mil anos, ainda hoje os camponeses 
egípcios abrem canais para conduzir as águas do 
Nilo às terras mais afastadas. Às suas margens, 
cultivam-se extensas plantações de grãos, como 
trigo e cevada, além da fauna bastante diversificada. 
Observe na última foto, a embarcação utilizada 
atualmente no transporte de passageiros e de 
mercadorias. 
 
 
 
 2 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
 
 
 
HISTÓRIA POLÍTICA DO IMPÉRIO DO EGITO 
Os historiadores dividem a história política do império egípcio na 
Antiguidade em três períodos: Antigos Império (de 2570 a.C. a 
2140 a.C.), Médio Império (de 1995 a.C. a 1785 a.C.) e Novo 
Império (de 1540 a.C. a 1070 a.C.). Entre esses períodos, existiram 
o que os historiadores chamam de “períodos intermediários”, em 
que o Egito viveu momentos de crise devido a fatores que 
fragilizaram o poder do faraó, como invasões externase o 
predomínio do poder de governantes locais. 
 
ANTIGO IMPÉRIO 
Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram 
impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, 
coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas 
as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Porém, nesse 
período, o cargo de monarca tornou-se hereditário. Com isso, eles 
passaram a ter uma certa autonomia em relação ao faraó, o que 
originou conflitos de natureza política e administrativa. Além disso, 
revoltas ocorridas em vários lugares do Egito ameaçaram o 
governo central, enfraquecendo a autoridade do faraó. 
 
MÉDIO IMPÉRIO 
Neste período o faraó voltou a se fortalecer e os egípcios 
expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, 
região rica em minerais, entre os quais o ouro. Dentre os faraós 
daquele tempo, merece especial destaque Amenemá III, em cujo 
reinado foram construídos o palácio conhecido como “Labirinto” e o 
Lago Méris, onde ficavam represadas as águas que deviam irrigar 
as terras situadas no norte do reino. 
Apesar da prosperidade material, o reino continuou 
envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. 
Isso encorajou os hicsos, povos originário da Ásia Central, a 
atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o. A vitória 
dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, 
desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território 
egípcio durou mais de 150 anos. 
 
NOVO IMPÉRIO 
Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis, o líder 
militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os 
faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com 
cavalaria e carros de combate e adotaram uma política 
expansionista. Pela força, reconquistaram a Núbia, ocuparam a 
Síria, a Fenícia e a Palestina e estenderam seus domínios até o rio 
Eufrates. Depois de efetuar estas conquistas, o governo egípcio 
passou a exigir pesados impostos dos povos dominados. 
Por meio dos impostos e do controle das importantes rotas 
comerciais das regiões conquistadas, o faraó, os chefes militares e 
os sacerdotes aumentavam sua riqueza. Já a maioria da população 
empobrecia, justamente por ter de pagar impostos cada vez mais 
altos. Além disso muitos camponeses tinham de abandonar o 
cultivo da terra para servir na infantaria. Esta situação provocou 
revoltas sociais dentro do Egito, o que, somado às sublevações 
dos povos conquistados contra a cobrança de impostos abusivos, 
acabou debilitando o poder do faraó. 
A partir do século VIII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por 
núbios, assírios e persas, até que, em 332 a.C., foi conquistado por 
Alexandre Magno. 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
 
Para saber mais: 
Quem construiu o Egito? 
 
Foram pessoas de “carne e osso”, como nós, que 
construíram a civilização egípcia. As imponentes pirâmides de 
Gizé, uma das sete maravilhas do mundo, foram o resultado do 
trabalho forçado de camponeses sob as ordens dos auxiliares dos 
faraós. 
 
 
Quéops era a mais alta e volumosa das pirâmides. Tinha 146 metros de altura, o 
equivalente a um prédio de cinquenta andares. Os antigos egípcios demorariam 
vinte anos para construi-la. A pirâmide de tamanho médio é a de Quéfren e a menor 
a de Miquerinos. Todas são de faraós do Antigo Império. 
 
Mas para que serviam estas pirâmides? Do que eram feitas? Para 
construir Quéops, utilizaram-se dois milhões e trezentos mil blocos 
de pedra. Como faziam para carregar estas pedras, que pesavam 
toneladas? Ao buscar respostas a estas perguntas, certamente 
vamos conhecer aspectos importantes da sociedade egípcia da 
época. Veja o que diz a esse respeito o texto abaixo: 
 
As pirâmides podem ser consideradas a maior proeza arquitetônica 
realizada pelo homem. Os milhões de blocos de pedra que 
compõem a pirâmide de Quéops foram cortados com tal precisão 
que se encaixam uns nos outros sem uso de argamassa, deixando 
nas juntas um espaço correspondente a um milésimo de polegada. 
Centenas de obras foram escritas, com evidente desperdício de 
papel, para explicar, de modo fantástico, como foi possível ao 
homem, em tempos tão remotos, realizar obras tão grandes. 
Também foi sempre motivo de discussão quem teria trabalhado em 
tão grande empreendimento. Atualmente, acredita-se que os faraós 
não utilizaram escravos, mas pessoas livres para executar aqueles 
trabalhos. O período das enchentes deixava eram disponibilidade 
um número elevadíssimo de camponeses, que, naqueles 
momentos, eram aproveitados nos trabalhos públicos. 
(FERREIRA, Olavo Leonel. Egito: terra dos faraós.p. 55-6. Adaptado.) 
 
SOCIEDADE 
A sociedade egípcia mudou pouco ao longo de séculos, pois as 
chances de ascensão social eram mínimas. Quase sempre o 
indivíduo nascia e morria pertencendo ao mesmo grupo social. 
Alguém nascido numa família camponesa, por exemplo, nunca 
podia tornar-se um alto funcionário. 
As pirâmides eram os túmulos dos faraós. Como vimos, a 
construção desses túmulos exigia muito tempo, gastos elevados e 
o esforço organizado de milhares de trabalhadores. Por tudo isso, 
as pirâmides mostram o imenso poder do faraó naquela sociedade. 
Para os egípcios, o faraó era muito mais do que um ser de origem 
divina: era o próprio deus. E, além disso, era também o chefe 
militar e o juiz supremo. 
Veja o seguinte comentário a respeito dos primeiros faraós: 
 
 
Eram considerados 
deuses vivos. 
Diante deles, as 
pessoas tinham de apresentar-
se arrastando-se pelo chão. 
Não podiam olhar-lhes o rosto. 
Nem mesmo o nome dos faraós 
podia ser pronunciado: a 
palavra “faraó”, que significa 
casa-grande”, era uma forma 
indireta de referir-se ao rei do 
Egito em razão de sua condição 
divina. 
 
FERREIRA, Olavo Leonel, 
Egito, terra dos faraós, p. 15. 
(Adaptado.) 
 
A estátua do faraó Quéfren encontra-se no Museu do Cairo. Junto 
ao rei está a figura do deus-falcão, Hórus. Essa estátua foi feita 
entre 2540 e 2505 a.C. 
 
Além de poder e prestígio, o faraó possuía enorme riqueza. Era 
considerado o dono de todas as terras do Egito. Por isso, tinha o 
direito de receber impostos (pagos em produto) das aldeias. 
O faraó e sua família levavam uma vida luxuosa e confortável. Os 
móveis de seus palácios eram feitos com cedro, do atual Líbano, 
ébano, ouro e marfim, do centro e do sul da África. Ocupavam a 
maior parte do tempo com caçadas, pescarias, obrigações 
religiosas ou festas animadas por músicos e cantores. Nestas 
festas eram servidas comidas à base de peixes, carnes se cereais, 
além de bebidas diversas, com destaque para o vinho (a cerveja de 
cevada era a bebida dos pobres). 
Geralmente os faraós casavam-se com pessoas de sua família, às 
vezes com as próprias irmãs, acreditando que assim conservariam 
a pureza de sangue. Com isso, mantinham a riqueza no interior da 
família real. 
Depois do faraó, a maior autoridade era o vizir. Cabia a ele tomar 
 
 
 
 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
as decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do 
faraó. Abaixo do faraó e seus familiares, o grupo mais poderoso 
era o dos sacerdotes. Eles administravam os templos, que 
geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela 
população. Depois deles, vinham os nobres, que também viviam 
cercados de luxo e conforto. Descendentes das famílias mais 
importantes dos antigos nomos, cuidavam da administração das 
províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército. Entre os 
funcionários do faraó, encontrava-se o escriba, que, por seu 
conhecimento de escrita e contabilidade,tinha enorme prestígio na 
sociedade egípcia. A função do escriba era registrar toda a vida 
econômica do reino: as áreas cultivadas, a quantidade de cereais 
nos armazéns, os impostos arrecadados etc. 
 
Nessa escultura do 
Antigo Império, que 
se encontra no 
Museu de Boston, 
vemos o faraó 
Miquerinos e a 
rainha 
Khamerernebty II. 
 
 
 
Havia também os comerciantes, os artesãos (barbeiro, marceneiro, 
escultor, ourives, tecelão), os camponeses e os escravos, em geral 
prisioneiros de guerra que labutavam como domésticos ou como 
trabalhadores nas minas e pedreiras. 
Os camponeses, chamados no Egito de felás, constituíam a 
imensa maioria da população. Eles trabalhavam nas propriedades 
dos faraós e dos sacerdotes e tinham direito apenas a uma parte 
do que plantavam; a outra servia para pagar um imposto coletivo: 
uma certa quantidade de cereais, que era recolhida aos armazéns 
do faraó. Eram também obrigados a trabalhar na construção de 
obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpezas de 
canais, transporte de pedras necessárias às grandes obras, como 
túmulos, templos e palácios. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
A mulher no Egito antigo 
A mulher egípcia gozava de certo prestígio socia, e a filiação 
materna era tão importante quanto a ascendência paterna. Mas 
nem toda as mulheres viviam do mesmo jeito: as da nobreza 
administravam a propriedade de seus maridos quando eles se 
ausentavam e tinham criadas para servi-las; já as mulheres pobres 
tinham de ajudar o marido na agricultura ou no artesanato, além do 
trabalho doméstico. 
Apesar de ter uma posição de algum destaque, a mulher nobre 
egípcia não podia ocupar postos importantes no governo. Ela 
usava túnicas largas, de tecido branco transparente, e também 
vestidos longos feitos de linho, um tecido produzido com fibras da 
planta de mesmo nome. Usava também pinturas nos olhos, no 
rosto e nos lábios, perfumes, perucas e jóias. 
 
 
 
 
 
No alto, à direita, potes para cosméticos e perfumes feitos de vidro, 
mostrando que os egípcios já dominavam a técnica de trabalhar 
com esse material. Acima, servas ajudam uma jovem da nobreza a 
se vestir, a colocar suas joias e a se perfumar após o banho. 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ECONOMIA 
O Estado egípcio controlava, planejava e fiscalizava todas as 
atividades econômicas. A principal atividade econômica no Egito 
antigo era a agricultura. Assim que as águas do Nilo retornavam ao 
leito e deixavam a terra fertilizada em suas margens, os egípcios 
davam início ao cultivo de cereais – como o trigo, o centeio e a 
cevada –, legumes, frutas, linho, algodão e papiro. O papiro é uma 
planta nativa do Egito com a qual se faziam cordas, esteiras, 
sandálias e, sobretudo, uma espécie de papel de boa qualidade. 
Para retirar água do Nilo, os egípcios usavam o shaduf, um 
instrumento que possui um peso amarrado na extremidade da 
vara. 
Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos 
e cabritos. Além disso, praticavam também a mineração de ouro, 
pedras preciosas e cobre, este último muito usado nas trocas 
comerciais com outros povos. 
O comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno 
comércio e à permutação de artigos de luxo com o exterior. Essa 
atividade atingiu seu apogeu no Novo Império, quando 
intensificaram-se os contatos comerciais com a ilha de Creta, a 
Palestina, a Síria e a Fenícia. Para construir seus navios, os faraós 
mandavam buscar da Fenícia o cedro, uma madeira nobre 
encontrada em grande quantidade nas florestas próximas à cidade 
de Biblos. Em troca do cedro, os egípcios forneciam papiro e 
cereais para os fenícios. Outros artigos exportados pelos egípcios 
eram o linho e a cerâmica. 
O artesanato do Egito era conhecido no mundo antigo. Com a 
madeira, o cobre, o ouro, o marfim, o couro, o papiro, o bronze, 
seus artesãos produziam móveis, brinquedos, joias, tecidos, 
barcos, armas, tijolos e uma variedade de outros objetos. 
 
RELIGIÃO 
A religiosidade era um traço fundamental da sociedade egípcia. 
Desde o mais humilde camponês até o poderoso faraó, todos 
acreditavam na existência de uma vida após a morte. Por isso, 
vários faraós empenharam-se na construção de seus imensos 
túmulos, as pirâmides. Para o faraó, mandar erguer uma pirâmide 
era uma forma de garantir sua “casa da eternidade”, local onde 
esperavam continuar desfrutando dos prazeres terrenos. 
No Egito, segundo a maioria dos historiadores, predominou a 
crença em vários deuses (politeísmo). Seus deuses eram 
representados com forma humana, como Osíris e Ísis, com forma 
humana e animal, como Hórus (corpo de homem e cabeça de 
falcão), ou com forma de animal, como o deus Anúbis, que tinha a 
forma de um chacal. 
 
 
Osíris, sentado no trono, era um dos deuses mais venerados pelos egípcios, sendo 
considerado o senhor do mundo subterrâneo e da morte. 
Desde o período Pré-dinástico, existiam no Egito vários deuses 
locais, que, na maioria das vezes, eram representados por animais 
da região, como falcões, hipopótamos, crocodilos, leões e chacais. 
Os nomos os tinham como seus protetores. 
Com a unificação do país, os deuses locais passaram a conviver 
com novos deuses, cultuados em toda a extensão do reino. 
O mais importante desses novos deuses foi Rá, considerado pelos 
egípcios como o criador do universo. Quando a capital do império 
passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos, e Rá 
passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. 
Enquanto Amon-Rá era o mais temido e mais cultuado 
oficialmente, Osíris, o deus da fertilidade, era o mais popular dos 
deuses. 
Além de crer na vida após a morte, os egípcios acreditavam que, 
ao partir desta vida, a alma comparecia ao Tribunal de Osíris para 
ser julgada. Em caso de absolvição, a alma podia reocupar o corpo 
ao qual pertencera. Mas para isso, diziam eles, era necessário que 
o corpo estivesse em condições de recebê-la. 
 
 
Desenhos de deuses egípcios. 
 
 
A deusa Ísis, esposa e irmã de Osíris. 
 
 Isso explica por que os egípcios desenvolveram a técnica de 
mumificação, tratamento por meio do qual se evitava a 
decomposição do cadáver, transformando-o em múmia, que era 
colocada num sarcófago e conduzida ao túmulo. Junto aos 
sarcófagos, costumava-se deixar joias, armas e alimentos, que 
posteriormente, segundo acreditavam, teriam grande utilidade para 
o morto. 
 
 
 
 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
 
Na imagem ao lado, o deus Anúbis prepara uma múmia e, na imagem abaixo, ele 
pesa o coração de um morto. 
Absolvida no Tribunal de Osíris, a alma podia retornar ao corpo, desde que este 
estivesse em condições de recebê-la. Por isso, os egípcios desenvolveram uma 
técnica de mumificação, tratamento que evitava a decomposição do cadáver, 
transformando-o em múmia. 
 
Acreditavam que, no Tribunal de Osíris, o coração do defunto era 
colocado no prato de uma balança e no outro prato era colocada 
uma pena. O coração devia pesar menos que a pena para que a 
pessoa fosse absolvida. 
 
Junto ao sarcófago que guardava a múmia, colocava-se um 
conjunto de textos por meio dos quais o morto expunha suas 
qualidades e pedia ao deus Osíris que o absolvesse. Reunidos, 
mais tarde, num só conjunto, esses texto formaram o Livro dos 
Mortos. 
 
A ESCRITA 
A escrita surgiu no Egito por volta de 3000 a.C.; os caracteres que 
os egípcios usavam para escrever eram chamados de hieróglifos, 
usados geralmente em inscrições oficiais e sagradas gravadas em 
pedra. 
Veja abaixo um exemplo da escrita egípcia. 
 
 
Detalhe de caracteres hieroglíficos. 
Os egípcios desenvolveramtambém uma forma simplificada dessa 
escrita hieroglífica chamada escrita hierática, utilizada 
principalmente pelos sacerdotes sobre madeira ou papiro. Por fim, 
havia ainda a escrita demótica, mais popular, que era uma 
simplificação da hierática, geralmente usada em cartas e registros 
sobre papiro. 
Foi o francês Champollion que conseguiu descobrir o segredo das 
escritas egípcias. Para isso, ele dedicou onze anos de sua vida ao 
estudo de um documento conhecido como Pedra de Roseta. A 
Pedra de Roseta, um bloco de basalto encontrado pelos soldados 
de Napoleão no delta do Nilo em 1799, continha o mesmo texto em 
três escritas diferentes: em grego, em caracteres hieroglíficos e na 
escrita demótica. 
Comparando a palavra Ptolomeu nessas três escritas, Champollion 
finalmente conseguiu desvendar a escrita do Egito antigo em 1822. 
É importante lembrar ainda que, no Egito antigo, saber ler e 
escrever era um privilégio reservado quase somente aos escribas, 
sacerdotes e membros da família real. 
 
A TEOCRACIA DOS EGÍPCIOS 
A realeza divina foi a instituição básica da civilização egípcia. Para 
os povos do Egito Antigo, o rei era um deus, graças ao qual se 
vivia; era o pai e a mãe dos homens; um governante com 
autoridade sobrenatural para recrutar o trabalho em massa 
necessário à manutenção do sistema de irrigação. 
O poder do faraó estendia-se a todos os setores da sociedade. Os 
camponeses eram recrutados para servir como mineiros ou 
trabalhadores nas construções. O comércio exterior era monopólio 
do Estado e conduzido de acordo com as necessidades do reino. 
Como senhor supremo, o faraó comandava um exército de 
funcionários que recolhiam impostos, fiscalizavam obras de 
irrigação, administravam projetos de construção, controlavam a 
terra, mantinha registros e supervisionavam os armazéns 
governamentais, onde o cereal era guardado para o caso de uma 
má colheita. 
 Como a palavra do faraó era considerada uma manifestação 
divina, o Egito não possuía leis escritas. Todos os egípcios 
estavam sujeitos ao faraó e não havia nenhuma concepção de 
liberdade política. Eles acreditavam que a instituição da realeza 
datava da criação do Universo, era necessária e benéfica aos 
seres humanos, e que havia uma ordem divina dos cosmos que 
propiciava a justiça e a segurança. 
 Pela mumificação, para preservar os mortos, eles mostravam 
seu desejo de eternidade e de superar a morte. Para os egípcios, o 
outro mundo encerrava os mesmos prazeres desfrutados na terra –
– amigos, criados, pesca, caça, excursões com a família, diversão 
com músicos e dançarinas, e boa comida. 
 
Período Pré-Dinástico 
Data: aprox. 5.000 a 3.100 a.C. 
Comunidades agrícolas se instalam às 
margens do Rio Nilo. Obras de irrigação sob 
o controle de chefes locais. 
Antigo Império 
Data: aprox. 3.100 a 2.181 a.C. 
Unificação do país. Os primeiros faraós 
submetem todos os chefes locais. Grandes 
pirâmides. 
Médio Império 
Data: 2.181 a 1.567 a.C. 
Guerras internas. Governantes dos nomos 
disputavam o cargo de faraó. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
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Novo Império 
Data: 1.567 a 1.085 a.C. 
Faraós montam poderoso exército e 
conquistam um amplo território: Síria, 
Palestina, Babilônia, Núbia. 
Pós-Novo Império 
Data: 1.085 a 332 a.C. 
Perda dos territórios conquistados. 
Estrangeiros invadem o Egito: assírios (séc. 
VIII a.C.), persas(525 a.C), greco-
macedônios(332 a. C) e romanos(30 a.C) 
Greco-Romano 
Data: 332 a 33 a.C. 
Influência grega com a conquista de 
Alexandre, o Grande. Egito se torna parte 
do território romano no tempo da rainha 
Cleópatra 
 
 
 
 
 
CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA 
 
POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
A Mesopotâmia antiga corresponde em linhas gerais ao atual 
território do Iraque. A expressão Mesopotâmia foi criada pelos 
gregos para designar os povos que habitavam a região do Oriente 
Médio na área compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. 
É comum a associação quase que mecânica das condições 
históricas e geográficas do Egito com a Mesopotâmia. Ambas as 
civilizações nasceram às margens de rios, tinham na agricultura a 
sua base produtiva, estavam organizadas sob o Modo de Produção 
Asiático, possuíam Impérios Teocráticos de regadio baseados na 
exploração do campesinato submetido a um regime de servidão 
coletiva. É conveniente notar, todavia, que enquanto o Egito 
possuiu uma história política estruturalmente estável e que, embora 
tenha sofrido invasões estrangeiras através dos tempos, possuía 
um sistema de proteção geográfica natural porque cercado pelos 
desertos da Arábia e da Líbia, a Mesopotâmia, ao contrário, teve 
uma história política instável e descontínua sendo ocupada em 
momentos diversos por diferentes povos como sumérios, acádios, 
assírios e babilônicos. O território que constituía a Mesopotâmia 
era de fácil acesso e se constituía no caminho natural entre o 
Mediterrâneo e a Ásia sendo suscetível às invasões de vários 
povos. 
O território da Mesopotâmia era constituído por duas áreas bem 
diferentes: A Caldéia ao sul, região formada por pântanos e 
terrenos fertilizados pelas cheias dos rios Tigre e Eufrates, e a 
Assíria ao norte, uma região mais montanhosa, de vegetação 
escassa e clima quente e seco. 
 
SUMÉRIOS E ACÁDIOS 
Os Sumérios constituem o primeiro povo a ocupar a Mesopotâmia, 
precisamente na região caldaica, ao sul, em torno de 3500 a.C. .Os 
Sumérios estavam organizados em cidades-estados politicamente 
autônomos. As principais cidades eram Ur, Uruk, Nipur, Eridu e 
Lagash. Cada uma delas era governada por um chefe político-
religioso, tido como representante de Deus, chamado Patesi. 
A Suméria forjou a base cultural dos povos mesopotâmicos. Seu 
sistema de escrita era cuneiforme, onde os símbolos gráficos eram 
gravados em forma de cunha em pequenas tábuas de argila. O 
direito sumeriano era consuetudinário e baseado na lei do 
talião(olho por olho, dente por dente). 
A religião sumeriana era politeísta (crença em vários deuses), 
antropomórfica (deuses com formas humanas) e monísticas (os 
deuses eram capazes de praticar tanto o bem quanto o mal). Os 
sumérios não alimentavam esperança de uma vida após a morte 
corpórea. Aos cadáveres não era reservado nenhum tratamento 
especial em forma de túmulo ou mumificação e, frequentemente, 
eram enterrados sem caixão no próprio piso da casa. 
A ausência de um poder central comum e as constantes guerras 
entre suas cidades-estados enfraqueceram os sumérios e abriram 
terreno para invasões estrangeiras, especialmente dos acádios. 
No ano de 2550 a.C. ,Sargão I, líder dos acádios, comandou a 
conquista das cidades sumerianas. Em pouco tempo toda a 
Mesopotâmia estava sob o jugo acadiano e Sargão I ficou 
conhecido como “governante dos quatro cantos da terra”. 
A hegemonia dos acádios foi circunstancial. Após a morte de 
Sagão I, as várias cidades sumerianas se revoltaram contra o 
domínio dos acadiano. Mesmo sufocadas essas revoltas 
enfraqueceram os acádios que acabaram conquistados pelos Guti, 
ferozes guerreiros vindos da Ásia. Os levantes das cidades 
sumerianas continuavam e, finalmente, em 2300 a.C., os gutis 
foram derrotados pela cidade sumeriana de Ur. 
Novos tempos, novas invasões. Aproximadamente em 2000 a.C. 
os amoritas derrotaram os sumérios e construíram um novo império 
na Mesopotâmia. 
 
OS AMORITAS OU ANTIGOS BABILÔNIOS 
Originários do deserto árabe, os amoritas conquistam a 
Mesopotâmia e constroem um grande Império cuja capitalera a 
cidade de Babilônia. 
Sob o comando de Hamurábi (1728-1686 a.C.) os amoritas 
atingiram o apogeu de um império que se estendia do norte ao sul 
da Mesopotâmia. 
Hamurábi se notabilizou pelo registro das primeiras leis escritas da 
História da humanidade. Segundo a lenda amorita, Hamurábi 
recebeu suas leis diretamente das mãos de Shamash, o deus do 
sol e da justiça. Na verdade o que ocorreu foi a sistematização e 
compilação das leis orais da Suméria, baseadas na lei do talião, 
estimulando a vingança pessoal. 
 
 
Os babilônicos não eram iguais diante das leis do Código de 
Hamurábi que reconhecia e legitimava as desigualdades sociais. 
As punições variavam de acordo com o grau social do infrator e da 
vítima. Aos ricos aristocratas, penas brandas; aos pobres em geral, 
punições muito severas. 
Após a morte de Hamurábi, o império babilônico mergulhou em 
decadência sofrendo invasões de hititas e cassitas e acabaram 
caindo sob o domínio dos cruéis assírios. 
 
OS ASSÍRIOS 
A característica mais marcante dos assírios era o militarismo, a 
crueldade com os povos subjugados e o espírito belicoso. 
 
 
 
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CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
Estruturaram o primeiro exército organizado e com recrutamento 
obrigatório e permanente da história. Possuíam uma infantaria 
composta de lanceiros e arqueiros, combatiam com as melhores 
armas do seu tempo: aríete, catapulta, espadas de ferro, cavalaria 
e carros de guerra. Seus principais líderes foram comandantes 
militares com Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. O tratamento 
dispensado aos povos derrotados impunha o domínio pelo terror: 
eram empalados, esfolados, pés e mãos eram cortados, olhos 
eram vazados ou arrancados e muitos eram enterrados vivos. 
Quais os motivos de tanta crueldade? 
Os assírios acabaram desenvolvendo o militarismo para garantir a 
posse de suas terras, ameaçado por constantes invasões. 
Oriundos do norte da Mesopotâmia, região montanhosa e árida, 
onde a fertilidade dos rios Tigres e Eufrates não alcançava. O solo, 
inadequado para a agricultura ,era rico em ferro, matéria-prima 
para construir armas. As principais cidades eram Assur e Nínive e 
se localizavam em uma região de passagem de comerciantes e 
tribos nômades. A prática guerreira também era um recurso para a 
obtenção de riquezas através de saques, cobrança de tributos e 
escravização dos povos derrotados. 
Pelo terror os assírios conquistaram quase todo o mundo 
conhecido em sua época. A Síria, a Fenícia, o reino de Israel e o 
Egito acabaram caindo sob seu domínio. O pequeno reino de Judá 
resistiu à fúria assíria. A Bíblia relata de forma fantástica este fato 
pois “um anjo do senhor Deus visitou à noite, o acampamento dos 
assírios e trucidou 185.000 deles” (II Reis, 19:35). Se houve 
intervenção divina é um caso discutível. O mais provável é que 
uma epidemia dizimou grande parte dos exércitos assírios. 
Se os assírios foram grandes guerreiros conquistadores também 
foram péssimos governantes de povos dominados. O crescimento 
exagerado do império tornou impossível a sua administração. A 
dominação pelo terror alimentava o ódio e o sentimento de revolta 
dos povos subjugados. Várias revoltas ocorreram até que, 
finalmente, os caldeus, povos estabelecido na Babilônia, atacaram 
e destruíram Nínive, pondo fim ao império assírio. 
 
CALDEUS OU NOVOS BABILÔNICOS: 
A cidade de Babilônia voltou a ser capital de um grande império 
quando os caldeus, aliados dos medos, derrotaram os assírios e 
iniciaram a sua hegemonia sobre a Mesopotâmia. 
Nabopolassar foi o comandante caldeu na guerra contra os 
assírios. Contudo o apogeu do novo Império Babilônico ocorreu no 
governo de seu filho, Nabucodonosor. No reinado deste, os 
caldeus conquistaram toda a Mesopotâmia e estenderam seus 
domínios pela Síria e Palestina. 
O reino de Judá foi conquistado, Jerusalém destruída e os judeus 
foram trazidos como escravos para a Mesopotâmia em um 
episódio conhecido como “Cativeiro Babilônico”. 
Nabucodonosor ordenou a construção de obras suntuosas que 
demonstravam o seu fausto, poder e ostentação. O jardim 
suspenso da Babilônia, uma das maravilhas do mundo antigo, foi 
construído nessa época. Os hebreus, escravizados, morrendo aos 
montes na construção dessas obras, chamaram o jardim de torre 
de Babel, fonte de discórdia entre os homens e elevação sem 
sentidos com fins de alcançar o céu. 
 
O domínio dos caldeus sobre a Mesopotâmia foi efêmero. Após a 
morte de Nabucodonosor, enfraquecido por crises internas, 
acabaram caindo em 539 a.C. diante dos persas, comandados por 
Ciro, o Grande. 
 
A ECONOMIA NA MESOPOTÂMIA 
A Mesopotâmia estava organizada economicamente sob o Modo 
de Produção Asiático. A agricultura era a principal atividade 
econômica em uma região profundamente dependente das 
condições ambientais (as cheias dos rios Tigre e Eufrates). Era 
comum a construção de canais, represas e diques para melhor 
aproveitar as águas, facilitando o plantio de arroz, trigo e legumes. 
O desenvolvimento comercial, especialmente entre os babilônicos, 
levou ao aparecimento de moedas de ouro e prata além de letras 
de câmbio e o registro escrito de contratos de comércio. 
 
RELIGIÃO 
A Religião mesopotâmica era politeísta, antropomórfica e de culto a 
deuses locais. Quando uma cidade ou região se projetava 
economicamente e politicamente, o seu Deus virava um objeto de 
culto nacional. Os principais deuses eram Anu, deus do céu; 
Shamash, deus do sol e da justiça; Ishnar, deusa do amor e da 
natureza; Sin, deusa da lua; Ea, deus das águas. Os babilônicos 
cultuavam Marduk, os assírios, Assur. 
A religião era monística onde um mesmo deus podia praticar tanto 
atos caridosos quanto atitudes cruéis. Não havia maiores 
preocupações com a vida após a morte, por isso, davam grande 
importância a vida, que devia ser aproveitada ao máximo, já que 
ninguém volta do reino dos mortos. Os templos funcionavam 
também como casas bancárias onde os homens trocavam favores 
com os deuses através de oferendas. 
Os mesopotâmicos acreditavam que a vida dos indivíduos já 
estava predestinada como produto da trama dos astros. Assim 
desenvolveram a astrologia e os horóscopos. Acreditavam em 
magia, adivinhação e que a natureza estava infestada de anjos ou 
demônios. 
 
 
 
1.20) SOCIEDADE 
 A sociedade mesopotâmica primitiva estava dividida em clãs, 
uma estrutura familiar ou tribal. Os patriarcas desses núcleos 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
9 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
tribais originaram a nobreza aristocrática que, juntamente com os 
sacerdotes e a aristocracia militar constituíam a classe dominante. 
O rei ou patesi era tido como representante de Deus. O Estado era 
o proprietário nominal do solo, mas reservava privilégios para altos 
funcionários e sacerdotes que se beneficiavam dos impostos 
cobrados sobre os artesãos e camponeses. A maior parte da 
população era constituída por camponeses, presos à terra e 
submetidos a um regime de servidão coletiva. Os escravos, pouco 
numerosos, eram geralmente prisioneiros de guerras e executavam 
o trabalho mais pesado. 
Havia algumas especificidades. Na Assíria o grupo dominante mais 
expressivo era constituído por nobres guerreiros. Na Babilônia os 
grandes comerciantes gozavam de tanto prestígio quanto os 
nobres ou sacerdotes. Na Suméria as mulheres gozavam de certos 
privilégios, não estando totalmente submissa ao homem como era 
tão comum na Antiguidade. Algumas mulheres chegavam ao cargo 
de sacerdotisas ou trabalhavam como escribas, gozando de 
grande prestígio. 
 
CULTURA 
Os maiores legados culturais mesopotâmicos são oriundos da 
Suméria. Estes desenvolveram aescrita cuneiforme e ergueram 
zigurates, construções em forma de torres sucessivas, uma sempre 
menor que a anterior. Os zigurates eram, simultaneamente, 
templos e observatórios astronômicos. 
Na astronomia os povos da Mesopotâmia observaram as fases da 
lua, identificaram planetas e elaboraram um calendário lunar. Na 
literatura produziram hinos, fábula, versos e, principalmente 
crônicas sobre feitos históricos de homens e deuses. Destaque 
para lendas como o “Dilúvio”, “História de Tagtub” e a “Epopéia de 
Gilgamesh”, primeiro trabalho literário gravado da história e narra 
as aventuras de Gilgamesh, rei da cidade de Uruk, em busca de 
fama e imortalidade. 
 
 
A "Torre de Babei" (ou de Babilônia), descrita na Bíblia, 
simbolizava um imenso zigurate. 
 
 
INDICAÇÕES PARA APROFUNDAMENTO 
01 - Filmes e Documentários 
• Cleópatra. Estados Unidos, 1963, 243 min, Fox Home Vídeo. 
Dir.: Joseph L. Mankiewicz. 
• Cleópatra: a última graça dos faraós. Alemanha, 1995, 50 min, 
Abril Coleções. Dir.: Günther Klein. (Civilizações perdidas). 
• Egito: em busca da eternidade. Estados Unidos, 1983, 60 min, 
Vídeo Arte. Dir.: Norris Brock. (National Geographic Video). 
• Egito: em busca da imortalidade. Brasil, 1999, 50 min, Abril 
Coleções. (Civilizações perdidas). 
• Mesopotâmia: retorno ao Éden. Brasil, 1999, 50 min, Abril 
Coleções. (Civilizações perdidas). 
• A civilização egípcia. Brasil, 1994, 30 min, 5BJ, Dir.: Sérgio 
Baldassarini Júnior. (História da humanidade, 2). 
 
02 - Endereços Eletrônicos (Internet) 
• Código de Hamurábi: http://vbcontrol.hypermart.net/hmrb 
• Locais históricos, monumentos e curiosidades do Egito: 
http://www.tourism.egnet.net 
• Museu do Louvre (Paris, França): http://www.louvre.fr 
 
03 - Literatura Complementar 
• LIMA, N. de P. (Trad. e Intr.) Epopéia de Gilgamesh: a busca da 
imortalidade. São Paulo: Hemus, 1995. 
• Ciro Flamarion Cardoso. Sete olhares sobre a Antiguidade. 
Editora Unb, 1994. 
• FERREIRA, Olavo Leonel. Egito: terra dos Faraós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Aos egípcios devemos uma herança rica em cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos 
cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e 
inventaram o sistema decimal e o ábaco. Sobre os egípcios, é correto afirmar também que: 
a) foram conhecidos pelas construções de navios, que os levaram a conquistar as rotas comerciais 
para o Ocidente, devido a sua posição geográfica, perto do mar Mediterrâneo. 
b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins 
práticos, e o demótico, uma forma simplificada e popular do hierático. 
c) praticaram o sacrifício humano como forma de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território 
onde se desenvolveram ser desértico. 
d) fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi utilizada para designar objetos concretos e 
depois ganhou maior complexidade. 
e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por exemplo, a observação astronômica. 
 
Questão 02 
Uma das regiões de maiores conflitos civilizacionais, ao longo da História, é a do Oriente Médio. Na 
Antiguidade, parte dessa região foi ocupada pelo Império Babilônico. Embora a riqueza de sua 
civilização seja mal conhecida, a Babilônia povoa o imaginário social até os tempos 
contemporâneos, em diversas manifestações culturais, a exemplo da ópera Nabucodonosor (do 
compositor italiano Giuseppe Verdi) e de algumas músicas brasileiras atuais, como a apresentada 
abaixo. 
 
Suspenderam os Jardins da Babilônia 
e eu para não ficar por baixo 
Resolvi botar as asas para fora, porque 
Quem não chora daqui, não mama dali [...] 
 (LEE, Marcucci; LEE, Rita. Jardins da Babilônia, 1978. Disponível em: <www.cliquemusic.com.br>. 
Acesso em: 15 ago. 2006). 
 
Sobre a civilização babilônica, é correto afirmar: 
a) A configuração geográfica de planície, na Mesopotâmia, foi elemento favorável a invasões de 
numerosos povos, que conseguiram conviver em um Estado unificado, estável e duradouro. 
b) A Babilônia foi fundada e tornou-se capital durante a primeira unificação política na região – o 
Primeiro Império Babilônico, quando cessaram as ondas migratórias na Mesopotâmia. 
c) A desagregação do Primeiro Império Babilônico não mais permitiu outra unificação política na 
região, impedida pelos assírios, povo do norte da Mesopotâmia, ainda hoje remanescente no 
Iraque. 
d) O esplendor da Babilônia ocorreu no Segundo Império, com a construção de grandes obras 
públicas: as muralhas da cidade, os palácios, a Torre de Babel e os Jardins Suspensos. 
e) A cultura babilônica, como a dos povos mesopotâmicos, em geral, apresentou um grande 
desenvolvimento da astronomia, da medicina e da matemática, que se separaram, respectivamente, 
da astrologia, da magia e da mística dos números. 
 
Questão 03 
As sociedades orientais da Antiguidade, especialmente a egípcia e a mesopotâmica, desenvolveram-
se em regiões, semiáridas, que necessitam de grandes obras hidráulicas para cultivo agrícola. Nessas 
sociedades: 
a) desenvolveu-se o modo de produção escravista intimamente relacionado ao caráter bélico e 
expansionista desses povos. 
b) o Estado constituía o principal instrumento de poder das camadas populares, assegurando e 
ampliando seu domínio sobre os outros grupos. 
c) a superação das comunidades levou ao surgimento da propriedade privada e, consequentemente, à 
utilização da mão-de-obra escrava. 
d) predominava a servidão coletiva, onde o indivíduo explorava a terra como membro da comunidade 
e servia ao estado, proprietário absoluto dessa terra. 
e) a produção de excedentes, necessária a intensificação das trocas comerciais e para o progresso 
econômico era garantida pela ampla utilização do trabalho livre. 
Anotações 
 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
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Questão 04 
O Nome do rei egípcio Amenófis IV (1377 a.C. – 1358 a.C.) está ligado à reforma religiosa que 
substituiu o culto a Amon-Rá por Aton e determinou o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, esta 
reforma buscava: 
a) limitar a riqueza e o poder político crescente dos sacerdotes; 
b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas pelos nomarcas; 
c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos cultos antropomórficos; 
d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos; 
e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa. 
 
Questão 05 
Leia com atenção as afirmativas abaixo sobre as condições sociais, políticas e econômicas da 
Mesopotâmia. 
I) As condições ecológicas explicam porque a agricultura de irrigação era praticada através de uma 
organização individualista. 
II) Na economia da baixa Mesopotâmia, as fomes e crises de subsistência eram frequentes, causadas 
pela irregularidade das cheias e também pelas guerras. 
III) Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos graças à riqueza que os sacerdotes 
administravam à custa do trabalho de grande parte da população. 
IV) A presença dos rios Tigre e Eufrates possibilitou o desenvolvimento da agricultura e da pecuária e 
também a formação do primeiro reino unificado da História. 
 
Sobre as afirmativas acima, é correto afirmar: 
a) I e II são verdadeiras. 
b) III e IV são verdadeiras. 
c) I e IV são verdadeiras. 
d) I e III são verdadeiras. 
e) II e III são verdadeiras. 
 
Questão 06 
Observe a ilustração, apresentadaabaixo. 
 
 
 
Considerando a representação da escrita egípcia, é correto afirmar que: 
a) a utilização de recursos decorativos favoreceu a escrita em virtude de facilitar a compreensão 
popular. 
b) os sinais apresentados constituíam um aperfeiçoamento da arte profana como forma de expressão. 
c) a diversidade de sinais utilizados tornava complexa a representação do que se queria exprimir. 
d) a diversidade de sinais utilizados na escrita resultou de uma imposição religiosa. 
e) os desenhos elaborados representavam uma simplificação da escrita hierática. 
 
Questão 07 
As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em 
comum o fato de: 
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de grandes 
civilizações hidráulicas; 
b) serem povos orientais que formaram diversas cidades Estado, as quais organizavam e controlavam 
a produção de cereais; 
c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da necessidade 
de controle hidráulico e da diferenciação social; 
d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que viabilizaram 
a formação de grandes impérios milenares. 
Anotações 
 
 
 
 
 12 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
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Questão 08 
Observe o mapa abaixo: 
 
 
 
 Sobre a importante civilização que ocupou o espaço representado no mapa acima e que se 
desenvolveu na Antiguidade, podemos afirmar, corretamente: 
a) A irrigação era fundamental para o aproveitamento das áreas agriculturáveis das margens dos rios 
Tigre e Eufrates. 
b) O poder dos faraós se manteve estável nas diversas dinastias, entre os anos 3.000 e 332 A. C., 
quando se deu a conquista do Egito por Alexandre. 
c) As inundações do Nilo e a consequente produção agrícola atenuavam os conflitos sociais. 
d) A ideologia religiosa era dispensável para o exercício do poder faraônico. 
e) O conceito de Modo de Produção Asiático é completamente inadequado para o estudo do Egito 
antigo. 
 
Questão 09 
O chamado Código de Hamurábi - escrito sobre uma coluna de pedra medindo 2,25 metros de altura 
por 1,50 metros de circunferência - encontra-se no Museu do Louvre, em Paris. 
Sobre o Código de Hamurábi, podemos afirmar, corretamente, que se trata de: 
a) um conjunto de leis redigidas a partir do reconhecimento da existência de diferenças sociais 
naquela sociedade. 
b) um conjunto de leis básicas, criadas pelo legislador e rei da Babilônia, a ser adotado pelo mundo 
civilizado. 
c) um corpo de leis que visava eliminar as diferenças sociais entre ricos e pobres. 
d) um simples documento revelador de aspectos interessantes da língua babilônica. 
e) uma legislação voltada para a defesa dos interesses comuns dos escravos e de seus proprietários. 
 
Questão 10 
Um estudo comparativo entre as sociedades egípcias e as sociedades da Mesopotâmia permite-nos 
dizer que: 
a) existe uma estrutura mental distinta na Mesopotâmia, isto é, a ausência do pensamento místico. 
b) na Mesopotâmia o patesi era o próprio deus. 
c) no Egito o faraó era o representante de deus. 
d) a relação religião/poder é suficiente para explicar o processo histórico naquelas sociedades. 
e) em ambas as sociedades, a atitude mental em relação ao governante era de submissão. 
Anotações 
 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
13 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Em relação à religião no antigo Egito, pode-se afirmar que: 
a) a religião dominava todos os aspectos da vida pública e privada 
do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a 
cada ano, para garantir a chegada da inundação e, dessa forma, 
boas colheitas, que eram agradecidas pelo rei em solenidades às 
divindades; 
b) a religião no antigo Egito, como nos demais povos da 
Antiguidade, não tinha grande influência, já que estes povos, para 
sobreviverem, tiveram que desenvolver uma enorme disciplina no 
trabalho e viviam em constantes guerras; 
c) a religião tinha apenas influência na vida da família dos reis, que 
a usava como forma de manter o povo submetido a sua autoridade; 
d) o período conhecido como antigo Egito constitui o único em que 
a religião foi quase inteiramente esquecida, e o rei como também o 
povo dedicaram-se muito mais a seguir a tradição dos seus 
antepassados, considerados os únicos povos ateus da 
Antiguidade; 
e) a religião do povo no antigo Egito era bastante distinta da do rei, 
em razão do caráter supersticioso que as camadas mais pobres 
das sociedades antigas tinham, sobretudo por não terem acesso à 
escola e a outros saberes só permitidos à família real. 
 
Questão 02 
O florescimento da civilização egípcia estava condicionado ao rio, 
indicado no mapa abaixo, denominado: 
 
a) Jordão. 
b) Ganges. 
c) Tigre. 
d) Eufrates. 
e) Nilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 03 
A História Antiga é um domínio de estudos que se estende desde o 
aparecimento da escrita cuneiforme (cerca de 4.000 a.C.) até a 
tomada do Império Romano do Ocidente pelos povos bárbaros 
(476 d.C.). Sobre as sociedades antigas analise os itens seguintes 
e assinale o correto: 
a) a democracia grega era escravista, patriarcal, representativa e 
imperialista. Apenas os cidadãos gozavam de direitos políticos; 
b) os assírios formavam a base cultural dos povos da 
Mesopotâmia; 
c) diversas passagens bíblicas expressam a influência de outros 
povos antigos na trajetória dos hebreus; 
d) A Pérsia, atual Irã, constituía uma Monarquia despótica e 
teocrática, onde o Xá era o próprio Deus vivo e encarnado; 
e) A Fenícia era uma talassocracia e apresentava-se politicamente 
como um forte Estado centralizado. 
Questão 04 
“Imagine que não há países, tente 
Nenhuma razão para matar ou para morrer. 
Imagine todos os homens vivendo em paz. 
Você pode me chamar de um sonhador, mas eu não sou o único...” 
 
A utopia de John Lennon de um mundo sem guerras entra em 
confronto com a História da humanidade, marcada por conflitos 
violentos entre os povos desde a antiguidade até os tempos 
contemporâneos. Sobre alguns desses conflitos, analise as 
proposituras abaixo e assinale o único item correto: 
a) A Guerra do Peloponeso foi o confronto entre Cartago e Roma 
pela hegemonia das rotas comerciais do Mar Mediterrâneo; 
b) As Guerras Médicas culminaram com o triunfo persa diante dos 
gregos, porque estes não conseguiram superar as enormes 
diferenças culturais entre espartanos e atenienses; 
c) Os assírios subjugaram os hebreus no episódio conhecido como 
“Cativeiro Babilônico”; 
d) Cristãos e judeus conviveram harmonicamente durante os 
tempos antigos e medievais irmanados na mensagem comum do 
amor ao próximo e da rejeição à violência expressa no 
mandamento bíblico: “Não matarás!”; 
e) O triunfo sionista na Guerra dos Seis Dias recrudesceu a 
violência entre palestinos e judeus nas disputas pela “terra santa”. 
 
Questão 05 
Sobre a cultura dos antigos egípcios, é correto afirmar que: 
a) A escrita hieroglífica foi difundida, a fim de diminuir o número de 
analfabetos. 
b) Os sacerdotes promoveram a difusão do seu saber religioso 
com o povo. 
c) A instituição do Direito Civil foi fundamental para as leis 
ocidentais atuais. 
d) A religião politeísta foi um dos elementos mais vibrantes em sua 
sociedade. 
e) Os faraós tornaram comum o funcionamento de escolas 
públicas. 
 
Questão 06 
Analise proposituras abaixo e assinale o corretofrente a 
característica das sociedades antigas: 
a) Os fenícios adotaram o modelo clássico do Modo de Produção 
Asiático através da centralização teocrática do poder e economia 
de base agrária; 
b) A religião persa era messiânica, salvacionista, monoteísta e 
universal baseada nos fundamentos da Torá; 
c) A diáspora corresponde a saída dos hebreus do Egito e o 
retorno a “Terra Prometida” da Palestina, liderados por Moisés; 
d) A democracia grega era escravista, patriarcal, expansionista e 
representativa, mas excluía da cidadania, escravos, mulheres e 
estrangeiros; 
e) Os Sumérios constituíram a base cultural dos povos da 
Mesopotâmia e deixaram com legados importantes a escrita 
cuneiforme e templos em forma de zigurates. 
 
Questão 07 
Eu vejo a soberba desses ignóbeis senhores 
Que na sua “Boa aparência” escondem a sua ganância 
Toda a sua indecência 
Bem cuidados senhores de suas riquezas (...) 
Das vantagens fáceis do Poder. 
 
 
 
 14 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
Senhores do tráfico de influência 
 
Eles herdarão as Ruínas da Babilônia 
Eles herdarão os escombros da Babilônia 
Até o chão fugirá dos seus pés 
Ruirá com eles a sua grandeza” 
(Ruínas da Babilônia - Tribo de Jah) 
 
A cidade de Babilônia foi a capital do império amorita que entrou 
nas “chamas da destruição” ocasionada pela invasão dos assírios. 
A reconstrução dessa cidade foi realizada por um povo liberado por 
Nabucodonosor, os: 
a) caldeus 
b) sumérios 
c) acádios 
d) persas 
e) fenícios 
 
Questão 08 
Em relação aos povos da Antiguidade é correto afirmar que: 
a) Os assírios foram submetidos por Nabucodonosor, originando o 
episódio conhecido como o Cativeiro da Babilônia. 
b) Os fenícios foram os criadores do alfabeto, posteriormente 
aperfeiçoados pelos gregos e latinos. 
c) Os hebreus criaram um quadro religioso caracterizado pelo 
politeísmo e mumificação. 
d) Os egípcios estabeleceram, em 300 a. C., o importante Código 
de Hamurabi, um dos primeiros códigos jurídicos escritos. 
e) Os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre, 
conseguiram anexar o território grego ao seu império. 
 
Questão 09 
Sobre o Egito Antigo, assinale o correto: 
a) O sistema econômico tinha como uma de suas características o 
fato de não sofrer a influência do poder centralizado na figura do 
faraó. 
b) As várias formas de organização política tinham como 
característica predominante a organização teocrática de poder e os 
constantes conflitos entre o poder central e os poderes locais. 
c) No novo império egípcio, a revolução promovida por Amenófis IV 
teve grande significado porque consistiu na introdução da religião 
politeísta, a fim de limitar a influência política dos sacerdotes, que 
representavam um perigo para a monarquia. 
d) Os egípcios desenvolveram uma civilização geográfica e 
culturalmente potâmica, organizada politicamente em satrapias. 
e) A religião monoteísta era o elemento de embasamento da 
civilização egípcia, orientadora das instituições e grande 
inspiradora da arte. 
 
Questão 10 
Analise as seguintes proposições sobre as civilizações que se 
desenvolveram na Mesopotâmia. 
I. A primeira civilização mesopotâmica foi a dos sumérios que, 
pelo seu desenvolvimento, se constitui a base cultural das 
civilizações posteriores. 
II. A supremacia da Babilônia atingiu seu apogeu na época de 
Hamurábi, que fundou o primeiro império Babilônico. 
III. Os assírios tiveram o primeiro exército organizado do mundo. 
IV. A dominação assíria aos povos vencidos sempre se 
caracterizou pela brandura. 
V. O Segundo Império Babilônico foi dominado pelos assírios. 
a) estão certas I e III. 
b) estão certas I, III e V. 
c) estão certas I, III e IV. 
d) estão certas II, IV e V. 
e) estão certas I, II e III. 
 
Questão 11 
As primeiras civilizações, no Oriente Antigo, apresentavam 
condições gerais semelhantes, apesar das especificações de cada 
uma, assim podemos afirmar exceto que: 
a) nas sociedades agrícolas, a construção de obras hidráulicas 
requereu a centralização do poder despótico. 
b) na medida em que o intercâmbio de mercadorias se tornou 
imprescindível, civilizações como a Babilônia e a Fenícia 
desenvolveram o comércio. 
c) situada em litoral extenso e pouco fértil, a Fenícia desenvolveu a 
navegação e o comércio. 
d) ao nível político, o despotismo não atingiu a sociedade egípcia. 
e) entre os fenícios, os comerciantes formavam a camada 
privilegiada. 
 
Questão 12 
Leia os textos a seguir. 
I. (...) “Estes nomos eram cidades Estado, nas quais se iniciou a 
dissolução da propriedade coletiva, com o surgimento, no interior 
de cada um , de uma espécie de aristocracia, proprietária das 
melhores terras”. 
II. (...) “Era o Estado, personificado na figura do chefe supremo, 
que desenvolvia os grandes canais de irrigação, como meio de 
desenvolver a agricultura, dirigindo este fim o trabalho excedentes 
das comunidades”. 
III. (...) “Tivemos também a cristalização das camadas sociais, 
tendo-se formado uma poderosa burocracia estatal (administrativa 
e religiosa) que tornou seus cargos hereditários”. 
IV. (...) “Esta reforma religiosa, que estabeleceu o monoteísmo no 
Egito, teve por finalidade enfraquecer o poder dos sacerdote de 
Amon, que representavam um perigo para a Monarquia”. 
 
Os textos acima estão ligados corretamente: 
a) a Amenófis IV; à estratificação social dos impérios teocráticos 
com agricultura de regadio; ao reinado de Ramsés II; à unificação 
política do Egito; 
b) à formação do Império Assírio; ao regime político dos impérios 
teocráticos com agricultura de regadio; a Amenófis IV; à formação 
de um Novo Império Egípcio; 
c) à formação do Império Egípcio; a Amenófis; à estratificação 
social dos impérios teocráticos com agricultura de regadio; à 
conquista do Egito pelos hicsos; 
d) à formação dos reinos egípcios; ao regime político do império 
teocrático com agricultura de regadio; à estratificação social dos 
impérios teocráticos de agricultura de regadio; a Amenófis IV; 
e) ao regime político dos impérios teocráticos com agricultura de 
regadio; à formação do Império Egípcio; a Amenófis IV; à 
implantação do monoteísmo judaico no Egito. 
 
Questão 13 
“O deus Amon criou o mundo, ele é o senhor de todos os homens; 
ora, o Rei do Egito é Amon encarnado; detém, por sua natureza 
divina, a soberania universal: resistir-lhe é rebelar-se contra o 
próprio criador.” 
(PIRENNE, J Le Grandys Courantes de L ‘Histoire Universalle: Des Oregines à L 
‘Islam). 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
15 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Assinale o que é FALSO sobre a civilização egípcia. 
a) O Estado egípcio era uma monarquia despótica, em que o 
soberano era um deus. Todas as regiões do Egito eram 
consideradas como de sua propriedade; 
b) Devido a importância da religião para os antigos egípcios, os 
sacerdotes, oriundos da aristocracia, acumularam riqueza e poder; 
c) A ideologia religiosa era dominante na sociedade do Antigo 
Egito, influenciando a vida econômica e dando origem a toda uma 
produção política, jurídica e cultural; 
d) A elevação de Amon, o deus protetor da cidade de Tebas, à 
condição de divindade dinástica e nacional, acarretava poder e 
prestígio para os sacerdotes que cuidavam de seu culto; 
e) O principal objetivo da reforma religiosa feita no Novo Império 
estabelecendo a crença apenas em Amon, o deus Sol, abolindo o 
politeísmo, era o de reforçar o monarquia, enfraquecendo o poderio 
crescente do clero de Aton em Tebas. 
 
Questão 14 
A religião tinha uma importância muito grande na civilização do 
Antigo Egito e podemos apontarentre as suas características as 
seguintes: 
a) ausência de antropomorfismo, proibição do culto de imagens e 
de culto de animais sagrados; 
b) materialista e mundana, só servia ao Estado e não se 
preocupava com a imortalidade da alma e a outra vida; 
c) monoteísta e espiritualista, não estava ligada à vida econômica, 
nem aos interesses do Estado; 
d) politeísta, acreditava na imortalidade da alma, no julgamento dos 
mortos e na existência de um lugar de repouso para os justos; 
e) Monoteísta, fundada na crença da vinda de um Messias 
libertador. 
 
Questão 15 
No Egito Antigo predominava o modo de produção asiático. Em 
relação a este modo de produção, é incorreto afirmar: 
a) o Estado dirigia a economia e controlava a produção; 
b) havia uma base social formada por comunidades aldeãs; 
c) a Classe Dominante, mais ou menos identificada com o Estado, 
explorava as comunidades aldeãs, mediante a exigência de 
tributos pagos em produtos e trabalho: conhecido como corveia 
real; 
d) predominava uma sociedade do tipo socialista; 
e) o papel decisivo do Estado devia-se à necessidade de 
construírem grandes obras hidráulicas para que fosse possível a 
agricultura irrigada. 
 
Questão 16 
No Egito Antigo, as várias formas de organização da estrutura 
tinham como características predominantes: 
a) a grande mobilidade na organização social; 
b) a preocupação da igualdade social, através da manutenção da 
posse coletiva da coletividade; 
c) a organização teocrática do poder, onde o faraó mantinha uma 
centralização política que entrava no conflito com os nomarcas; 
d) ausência de ligação entre os procedimentos políticos e 
religiosos; 
e) política de cunho nacionalista, principalmente no Antigo Império 
Egípcio. 
Questão 17 
“Se um homem negligenciar a fortificação de seu dique, se ocorrer 
uma brecha e o cantão inundar-se, o homem será condenado a 
restituir o trigo destruído por sua culpa. Se não puder restitui-lo, 
será vendido, assim como seus bens, e as pessoas do cantão de 
onde a água levou o trigo repartirão entre si o produto da venda". 
Este texto faz referência: 
a) à doutrina de Zoroastro e a seu livro Zend-Avesta; 
b) à Lei de Talião e ao Código de Hamurabi; 
c) ao Livro dos Mortos; 
d) à Sátira das Profissões; 
e) ao Hino ao Sol, de Amenófis IV. 
 
Questão 18 
O Despotismo Oriental (Mesopotâmia, Egito) revela, em sua 
denominação, a natureza das relações entre governantes e 
governados. 
Esse tipo de governo: 
a) eliminou as desigualdades sociais; 
b) garantiu a autonomia dos camponeses em relação ao Estado; 
c) subordinou autocraticamente a sociedade ao Estado; 
d) possibilitou ampla mobilidade social; 
e) era talassocrático, pois o poder estava concentrado em 
comerciantes e navegantes. 
 
Questão 19 
Os clamores da revolta e da destruição de Nínive, registrados na 
Bíblia, devem-se: 
a) ao pacifismo do povo assírio. 
b) às soluções arquitetônicas dos sumérios. 
c) ao mundo de produção asiático dos caldeus. 
d) aos atos despóticos e militaristas dos assírios. 
e) à região politeísta dos mesopotâmicos. 
 
Questão 20 
“Em cada cidade-estado havia um templo dedicado à divindade 
principal. Os deuses eram considerados proprietários das terras de 
cultivo, preparadas pelos camponeses, através da secagem dos 
pântanos e da irrigação dos desertos. Os sacerdotes 
administravam os templos e também a riqueza dos deuses como 
se fossem propriedade privada.” 
AQUINO, R.; FRANCO. D.; LOPES, O. História das Sociedades. 
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986. p. 110. 
 
O texto acima refere-se à: 
a) sociedade grega antiga, onde havia uma distinção clara entre o 
setor da produção, de caráter coletivo, e o religioso, de caráter 
privado. 
b) estrutura social da Mesopotâmia, cuja unidade ideológica e 
econômica se baseava no setor religioso, representado por 
santuários. 
c) organização do setor produtivo da Judéia, o qual se baseava 
num regime de parceria entre a classe sacerdotal e a camponesa. 
d) estrutura sócio religiosa das cidades fenícias, onde o poder 
político e econômico provinha de uma aristocracia latifundiária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL 
Prof. Monteiro Jr. 
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AULA 2 – CIVILIZAÇÃO HEBRAICA 
 
INTRODUÇÃO 
Os hebreus constituiram uma das mais imporantes civilizações que 
se desenvolveram no Crescente Fértil. O traço singular dos 
hebreus e seu legado mais importante para a posteridade foi a 
crença monoteísta que serviu de base para as três grandes 
religiões monoteístas universais: o Judaísmo, o Cristianismo e o 
Islamismo. 
 
FONTE HISTÓRICA 
O Antigo Testamento, livro sagrado dos judeus, é a principal fonte 
de estudo para a reconstituição da trajetória histórica hebraica. 
Cabe ao historiador separar o fato histórico da versão fantasiosa 
da Bíblia. A crença de que há um livro sagrado se baseia na fé (e 
não na razão). Assim, a Bíblia acaba refletindo a visão mítica que 
os hebreus tinham de si mesmo e da realidade. 
 
Além da Bíblia, a arqueologia tem funcionado como importante 
aliado para desvendar os segredos históricos dos hebreus. 
Descobertas recentes dos manuscritos do Mar Morto, preservados 
em pergaminho, localizados em cavernas, datados do século I 
a.C., produzidos por comunidades religiosas isoladas, têm 
fornecido importantes dados sobre a cultura hebraica. 
 
POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
Os hebreus, povo de origem semita, formavam uma pequena 
comunidade de pastores que habitavam perto de Ur, na 
Mesopotâmia. Segundo a Bíblia, Abraão recebeu a promessa de 
Jeová ( Iavé - Deus ) de uma Canaã ou paraíso onde mana o leite 
e o mel para o seu povo escolhido. Assim Abraão conduziu seu 
povo da Mesopotâmia à Palestina, a esperada terra prometida. 
 
O território da Palestina constitui o atual Estado de Israel e é 
formado por uma estreita faixa de terra entre o Mar Mediterrâneo e 
os desertos árabe e líbio. 
 
A terra prometida não era bem um paraíso. Na verdade, a 
Palestina era um território de clima semi-árido, de poucas chuvas e 
raros vales férteis. Além disso, era uma área de travessia, 
localizada entre os grandes impérios do Egito e Mesopotâmia. Isto 
favoreceu o surgimento de grandes cidades comerciais nas 
escalas de rotas caravaneiras e transformou a palestina em palco 
de sangrentas batalhas. 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
“Sai da tua terra , e da tua parentela, e da casa de teu pai, e 
vem para a terra que te mostrarei. E eu te farei pai de um 
grande povo, e te abençoarei; tornarei célebre o teu nome e tu 
serás Bendito ” (Gênesis, capítulo 12) 
 
As palavras bíblicas acima foram ditas por Iavé (Deus) ao primeiro 
patriarca dos hebreus, Abraão. Esta narrativa, na verdade, é bem 
posterior ao fato narrado – a saída dos hebreus da Mesopotâmia 
em direção a Palestina – pois Iavé ainda não era o Deus dos 
Hebreus à época de Abraão. Nessa época os hebreus estavam 
divididos em clãs, tribos formadas por pessoas que possuem um 
antepassado comum e cultuam uma mesma divindade protetora. 
Cada clã era constituído pelo patriarca, seus filhos, mulheres e 
servos. A principal atividade econômica era o pastoreio e a 
autoridade do patriarca era absoluta. O poder político se diluía 
entre as várias tribos. 
 
 
A religião patriarcal era marcada pelo culto ao “Deus do pai” que 
era o Deus primitivo do antepassado imediato reconhecido pelos 
filhos. Chegando à Palestina, os hebreus se defrontaram com 
povos que cultuavam o Deus El, senhor dos deuses e dos homens, 
criador do universo. A fusão dessas crenças originou o traço 
fundamental da cultura hebraica: a crença monoteísta de um único 
Deus criador. 
 
Em homenagem a Deus, os patriarcas construíamaltares e 
sacrificavam animais que, depois de oferecidos a Deus eram 
servidos como refeição aos membros da tribo. 
 
OS PATRIARCAS HEBREUS 
Abraão: Foi o Primeiro patriarca dos hebreus. 
Isaac: Filho de Abraão 
Jacó: neto de Abraão, filho de Isaac. Jacó também era conhecido 
como Israel, por isso seus descendentesforam chamados de 
israelitas. Os doze filhos de Jacó tornaram-se chefes das dozes 
tribos hebraicas. 
Moisés: Comandou a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio 
e, segundo a crença religiosa dos judeus, recebeu de Deus, no 
Monte Sinai, Os Dez Mandamentos. 
 
Abraão comandou a retirada dos hebreus da Mesopotâmia, mas foi 
sob o comando de Jacó que teve início a ocupação da Palestina. 
Aula 2 – Civilização Hebráica 
 
 
 
 
 
17 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Nessa época a Palestina era habitada por diferentes povos. 
Filisteus e Cananeus viviam no litoral; nômades semitas percorriam 
o sul; Edomitas, Moabitas e Arameus habitavam o leste e o norte. 
O aramaico, idioma falado pelos Arameus, tornou-se a língua 
usada por todos os comerciantes do Oriente Médio. 
 
Os hebreus permaneceram por três séculos na Palestina. Ao final 
deste período uma terrível seca assolou a região e, tangidos pela 
fome e sede, os hebreus emigraram para o Egito. A chegada dos 
hebreus ao Egito foi contemporânea da ocupação do Egito pelos 
invasores hicsos. Os hebreus tornaram-se aliados dos hicsos na 
conquista do Egito e, após a derrota e expulsão dos hicsos, os 
hebreus passaram a sofrer perseguições, condenados a altos 
impostos ou a escravidão. 
 
Moisés, segundo a tradição bíblica, foi criado pela família de um 
faraó após ter sido encontrado em um cesto abandonado num rio. 
Moisés comandou os hebreus durante o Êxodo, ou seja, a 
libertação da servidão no Egito e o retorno a Palestina. Durante a 
travessia, ainda segundo a Bíblia, Iavé selou uma aliança com os 
hebreus e o símbolo dessa aliança foi a entrega, no Monte Sinai, 
de duas tábuas contendo os “Dez Mandamentos”. 
 
As dificuldades da travessia do duro retorno à “Terra Prometida” se 
fizeram acompanhar, em vários momentos, do retorno à idolatria e 
ao politeísmo entre os hebreus. Contudo a crença em um único 
Deus, Iavé, e em um único líder, Moisés, reforçava a autoridade de 
Moisés sobre o seu povo e todos os desvios de religião ou de 
conduta eram fortemente combatidos. O Êxodo teria durado 
quarenta anos e foi repleto de momentos fascinantes como a 
travessia do Mar Vermelho. Contudo Moisés morreu antes da 
chegada final dos hebreus a Palestina. 
 
AS DEZ PRAGAS DO EGITO. 
Por muitos anos, os judeus foram escravos no Egito. O livro do 
Êxodo conta que Deus escolheu Moisés para ser seu agente na 
libertação dos judeus e na sua condução para fora do Egito. Os 
egípcios, no entanto, não queriam perder sua fonte de trabalho 
gratuito. A fim de persuadi-los, Deus enviou dez pragas ao Egito. O 
rio Nilo transformou-se em sangue; rãs saíram do rio e cobriram a 
terra; houve um enxame de mosquitos e uma praga de moscas, e 
todos os rebanhos egípcios pereceram. 
 
O povo egípcio foi então acometido de úlceras e pústulas, houve 
tempestades de pedra e uma praga de gafanhotos; e veio a 
escuridão por três dias. Por fim, todos os seus primogênitos 
morreram. Isso acabou por convencer o faraó a libertar os 
israelitas. Deus havia mostrado seu poder. Ele então disse o 
primeiro mandamento: “Eu sou Iahweh teu Deus, que te fez sair 
da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terá outros 
deuses diante de mim”. (Êxodo 20:2-3). (John Bowker. Para 
entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. P. 117.) 
 
OS DES MANDAMENTOS 
1. Amar a Deus sobre todas as coisas. 
2. Não tomar seu santo nome em vão. 
3. Guardar o Dia do Senhor e os das festas. 
4. Honrar pai e mãe. 
5. Não matar. 
6. Não pecar contra acastidade. 
7. Não furtar. 
8. Não levantar falso testemunho. 
9. Não desejar a mulher do próximo. 
10. Não cobiçar as coisas alheias. 
 
 
 
Algumas das principais festas do judaísmo 
PÁSCOA – A Páscoa judaica comemora a libertação dos judeus do 
Egito e dura uma semana. 
ANO NOVO/TROMBETAS – Um tempo de reconciliação com 
Deus. 
YOM KIPPUR-DIA DA EXPIAÇÃO(PERDÃO) – É o dia mais santo 
de todo o calendário judaico. Os judeus devotos jejuam durante 24 
horas, passam todo o dia na sinagoga e usam uma veste branca 
como símbolo de pureza. No fim do dia, o crente considera- se 
espiritualmente renascido. 
TABERNÁCULOS – Festival de colheitas agradecendo a Deus 
pela sua bondade e os cuidados com os judeus durante os 
quarenta anos de travessia do deserto. 
 
OS JUÍZES E A FORMAÇÃO DA MONARQUIA HEBRAICA 
De volta a Palestina, os hebreus viram suas terras ocupadas por 
cananeus e filisteus o que provocou lutas entre esses povos pela 
posse da terra. Nesse período, os hebreus foram liderados por 
comandantes militares e políticos chamados de Juízes, 
destacando-se entre eles Samuel e Sansão, famoso por sua força. 
 
A divisão política dos hebreus em tribos provocou várias derrotas 
militares especialmente para os filisteus que conquistaram grande 
parte da Palestina. A formação da Monarquia hebraica foi uma 
necessidade militar, de centralizar a luta dos hebreus para a 
reconquista da Palestina. 
Saul foi o primeiro rei dos hebreus. Sua popularidade inicial foi 
solapada diante de derrotas militares e da oposição de Samuel, o 
último dos Juízes ,que pretendia se perpetuar no poder. Samuel 
passou a estimular o ambicioso Davi a disputar a liderança dos 
hebreus com Saul. Este, por sua vez, fragilizado e ferido em 
combate, pediu a um escudeiro que o matasse. Diante da recusa 
do soldado, Saul suicidou-se com a própria espada. 
 
 
 
 18 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
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Davi derrota o gigante Golias 
 
Davi foi o segundo rei hebraico. Segundo a Bíblia, Davi derrotou o 
gigante filisteu Golias acertando-lhe uma pedrada lançada de uma 
funda. Esta é, na verdade, uma metáfora que, fazendo uso de uma 
simbologia, quer dizer que, sob o comando de Davi, os Hebreus 
derrotaram os filisteus e reconquistaram a Palestina. 
 
O apogeu da Monarquia hebraica ocorreu no governo de Salomão, 
filho de Davi. São várias as histórias bíblicas que narram as 
virtudes de Salomão tido como um rei justo e sábio. Por exemplo, 
um dia duas mulheres tiveram filhos na mesma noite. Uma das 
mulheres, dormindo, rolou na cama e acabou por matar, 
acidentalmente, o filho que dormia ao seu lado. Desesperada, esta 
mulher acabou por trocar os filhos com a outra mulher. Esta, ao 
acordar, notou com tristeza a morte do filho. Olhou-o com atenção 
e viu que o bebê morto não era seu filho, que estava nos braços, 
bem vivo, da outra mulher. As duas mulheres brigaram pela posse 
do bebê. Salomão interveio e, ameaçou cortar o bebê ao meio com 
uma espada, entregando a cada mãe uma metade. A falsa mãe 
aceitou o trato enquanto a verdadeira mãe disse: - Não! Ela pode 
ficar com o filho. Mais uma vez Salomão interferiu e entregou a 
criança a mãe, dizendo que apenas o amor de mãe se comportaria 
dessa forma. 
 
Na verdade Salomão assassinou seu irmão e praticou vários atos 
de violência contra o seu povo. Vivendo em suntuoso palácio ao 
lado de 700 esposas e 300 amantes, as noites do Rei Salomão 
eram bastante agradáveis em contraste com o dia-a-dia dos 
hebreus submetidos a exorbitantes impostos e trabalhos forçados. 
 
Salomão selou aliança com Hiram, rei fenício da cidade de Tiro. Os 
fenícios forneciam madeira e arquitetos para a construção do 
Templo de Jerusalém, onde seria abrigada a Arca D’Aliança 
contendo os dez mandamentos. Em troca, a cada três meses, 30 
mil hebreus trabalhavam gratuitamente na Fenícia e nas minas do

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