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SUMÁRIO História Geral Aula 1 – CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA E MESOPOTÂMICA .............................................................................................. 1 Aula 2 – CIVILIZAÇÃO HEBRÁICAL ........................................................................................................................ 16 Aula 3 – CIVILIZAÇÕES FENÍCIA E PERSA ........................................................................................................... 24 Aula 4 – CIVILIZAÇÃO GREGA ................................................................................................................................ 32 Aula 5 – CIVILIZAÇÃO ROMANA ............................................................................................................................. 48 Aula 6 – FEUDALISMO E POVOS BÁRBAROS NA EUROPA MEDIEVAL ............................................................. 65 Aula 7 – BIZANTINOS, FRANCOS E ÁRABES ........................................................................................................ 74 Aula 8 – O PODER DA IGREJA CATÓLICA, A BAIXA IDADE MÉDIA E A CULTURA MEDIEVA .......................... 83 Aula 9 – FORMAÇÃO DOS ESTADOS MODERNOS, ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO ................................ 95 Aula 10 – RENASCIMENTO CULTURAL ............................................................................................................... 104 Aula 11 – REFORMA E CONTRA-REFORMA ....................................................................................................... 114 Aula 12 – EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPEIA ............................................................................ 128 Aula 13 – CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS ................................................................................................... 139 Aula 14 – REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉC. XVII ............................................................................................ 152 Aula 15 – FORMAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS INGLESAS.............................................. 161 Aula 16 – ILUMINISMO ........................................................................................................................................... 172 Aula 17 – REVOLUÇÃO FRANCESA ..................................................................................................................... 183 Aula 18 – ERA NAPOLEÔNICA E REAÇÃO CONSERVADORA EUROPEIA ....................................................... 198 História do Brasil Aula 1 – OCUPAÇÃO E INÍCIO DA COLONIZAÇÃO ............................................................................................. 210 Aula 2 – SOCIEDADE COLONIAL .......................................................................................................................... 218 Aula 3 – ECONOMIA AGROEXPORTADORA E O CICLO AÇUCAREIRO ........................................................... 234 Aula 4 – CICLO MINERAÇÃO E ATIVIDADES SUBSIDIARIAS ............................................................................ 242 Aula 5 – EXTENSÃO TERRITORIAL E INVASOES ESTRANGEIRAS .................................................................. 250 Aula 6 – REVOLTAS COLONIAIS NATIVISTAS E EMANCIPACIONISTAS ......................................................... 260 Aula 7 – BRASIL PERIODO JOANINO E INDEPENDENCIA ................................................................................ 267 Aula 8 – BRASIL PRIMEIRO REINADO ................................................................................................................. 274 Aula 9 – PERIODO REGENCIAL ............................................................................................................................ 281 Aula 10 – ESTRUTURA POLITICA DO SEGUNDO REINADO .............................................................................. 287 Aula 11 – BRASIL ECONOMIA E SOCIEDADE DO SEGUNDO REINADO ......................................................... 294 Aula 12 – POLITICA EXTERNA DO SEGUNDO REINADO ................................................................................... 301 Aula 13 – CRISE DO SEGUNDO REINADO .......................................................................................................... 306 Aula 14 – PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA .................................................................. 311 Respostas e Comentários Exercícios de Fixação ................................................................................................... 316 História Geral CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL Prof. Monteiro Jr. VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência AULA 1 – CIVILIZAÇÕES EGÍPCIA E MESOPOTÂMICA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA CARACATERÍSTICAS GEOGRÁFICAS Os egípcios ergueram suas aldeias e cidades em meio a dois imensos desertos: o da Líbia e o da Arábia. E isso só foi possível porque souberam represar e distribuir as águas do rio Nilo e fertilizar as terras situadas às suas margens. Situado no nordeste da África, o Egito antigo possuía um território estreito e comprido que compreendia duas grandes regiões: o alto Egito (região vale) e o Baixo Egito (região do delta do Nilo). O delta, como se pode ver no mapa, tem a forma de um triângulo. Anualmente, de junho a setembro, o Nilo transborda e rega a terra, tornando-a favorável à agricultura. A partir de outubro, inicia-se o período da semeadura, que se prolonga até mais ou menos fevereiro. A colheita ocorre de abril a junho. OS PRIMEIROS TEMPOS DO EGITO Desde 5000 a.C., aldeias de camponeses espalharam-se ao longo do rio Nilo. Cada aldeia tinha seu chefe, que organizava os trabalhos e distribuía o que era produzido. Como resultado de longas disputas por terras entre as aldeias, surgiram os “nomos”, conjuntos de aldeias governadas pelos monarcas, nome dado aos chefes mais poderosos. Para demonstrar seu poder, os monarcas construíram templos, grandes residências para si e casas para seus servidores. Com o tempo, as disputas entre os monarcas por poder e terras geraram guerras e alianças entre eles. Alguns deles, ao vencerem os demais, tornavam-se reis, passando a controlar vários “nomos”. Surgiram então no Egito reinos que foram ficando cada vez maiores, até se resumirem a dois: o Alto Egito (no vale do Nilo) e o Baixo Egito (no delta do Nilo). Por volta do ano 3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito, unificando os dois reinos. Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família). O rio Nilo se estende por 6.500 quilômetros, desde os grandes lagos africanos até o Mediterrâneo. Como há cinco mil anos, ainda hoje os camponeses egípcios abrem canais para conduzir as águas do Nilo às terras mais afastadas. Às suas margens, cultivam-se extensas plantações de grãos, como trigo e cevada, além da fauna bastante diversificada. Observe na última foto, a embarcação utilizada atualmente no transporte de passageiros e de mercadorias. 2 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. HISTÓRIA POLÍTICA DO IMPÉRIO DO EGITO Os historiadores dividem a história política do império egípcio na Antiguidade em três períodos: Antigos Império (de 2570 a.C. a 2140 a.C.), Médio Império (de 1995 a.C. a 1785 a.C.) e Novo Império (de 1540 a.C. a 1070 a.C.). Entre esses períodos, existiram o que os historiadores chamam de “períodos intermediários”, em que o Egito viveu momentos de crise devido a fatores que fragilizaram o poder do faraó, como invasões externase o predomínio do poder de governantes locais. ANTIGO IMPÉRIO Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Porém, nesse período, o cargo de monarca tornou-se hereditário. Com isso, eles passaram a ter uma certa autonomia em relação ao faraó, o que originou conflitos de natureza política e administrativa. Além disso, revoltas ocorridas em vários lugares do Egito ameaçaram o governo central, enfraquecendo a autoridade do faraó. MÉDIO IMPÉRIO Neste período o faraó voltou a se fortalecer e os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro. Dentre os faraós daquele tempo, merece especial destaque Amenemá III, em cujo reinado foram construídos o palácio conhecido como “Labirinto” e o Lago Méris, onde ficavam represadas as águas que deviam irrigar as terras situadas no norte do reino. Apesar da prosperidade material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. Isso encorajou os hicsos, povos originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150 anos. NOVO IMPÉRIO Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis, o líder militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com cavalaria e carros de combate e adotaram uma política expansionista. Pela força, reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina e estenderam seus domínios até o rio Eufrates. Depois de efetuar estas conquistas, o governo egípcio passou a exigir pesados impostos dos povos dominados. Por meio dos impostos e do controle das importantes rotas comerciais das regiões conquistadas, o faraó, os chefes militares e os sacerdotes aumentavam sua riqueza. Já a maioria da população empobrecia, justamente por ter de pagar impostos cada vez mais altos. Além disso muitos camponeses tinham de abandonar o cultivo da terra para servir na infantaria. Esta situação provocou revoltas sociais dentro do Egito, o que, somado às sublevações dos povos conquistados contra a cobrança de impostos abusivos, acabou debilitando o poder do faraó. A partir do século VIII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por núbios, assírios e persas, até que, em 332 a.C., foi conquistado por Alexandre Magno. Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Para saber mais: Quem construiu o Egito? Foram pessoas de “carne e osso”, como nós, que construíram a civilização egípcia. As imponentes pirâmides de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo, foram o resultado do trabalho forçado de camponeses sob as ordens dos auxiliares dos faraós. Quéops era a mais alta e volumosa das pirâmides. Tinha 146 metros de altura, o equivalente a um prédio de cinquenta andares. Os antigos egípcios demorariam vinte anos para construi-la. A pirâmide de tamanho médio é a de Quéfren e a menor a de Miquerinos. Todas são de faraós do Antigo Império. Mas para que serviam estas pirâmides? Do que eram feitas? Para construir Quéops, utilizaram-se dois milhões e trezentos mil blocos de pedra. Como faziam para carregar estas pedras, que pesavam toneladas? Ao buscar respostas a estas perguntas, certamente vamos conhecer aspectos importantes da sociedade egípcia da época. Veja o que diz a esse respeito o texto abaixo: As pirâmides podem ser consideradas a maior proeza arquitetônica realizada pelo homem. Os milhões de blocos de pedra que compõem a pirâmide de Quéops foram cortados com tal precisão que se encaixam uns nos outros sem uso de argamassa, deixando nas juntas um espaço correspondente a um milésimo de polegada. Centenas de obras foram escritas, com evidente desperdício de papel, para explicar, de modo fantástico, como foi possível ao homem, em tempos tão remotos, realizar obras tão grandes. Também foi sempre motivo de discussão quem teria trabalhado em tão grande empreendimento. Atualmente, acredita-se que os faraós não utilizaram escravos, mas pessoas livres para executar aqueles trabalhos. O período das enchentes deixava eram disponibilidade um número elevadíssimo de camponeses, que, naqueles momentos, eram aproveitados nos trabalhos públicos. (FERREIRA, Olavo Leonel. Egito: terra dos faraós.p. 55-6. Adaptado.) SOCIEDADE A sociedade egípcia mudou pouco ao longo de séculos, pois as chances de ascensão social eram mínimas. Quase sempre o indivíduo nascia e morria pertencendo ao mesmo grupo social. Alguém nascido numa família camponesa, por exemplo, nunca podia tornar-se um alto funcionário. As pirâmides eram os túmulos dos faraós. Como vimos, a construção desses túmulos exigia muito tempo, gastos elevados e o esforço organizado de milhares de trabalhadores. Por tudo isso, as pirâmides mostram o imenso poder do faraó naquela sociedade. Para os egípcios, o faraó era muito mais do que um ser de origem divina: era o próprio deus. E, além disso, era também o chefe militar e o juiz supremo. Veja o seguinte comentário a respeito dos primeiros faraós: Eram considerados deuses vivos. Diante deles, as pessoas tinham de apresentar- se arrastando-se pelo chão. Não podiam olhar-lhes o rosto. Nem mesmo o nome dos faraós podia ser pronunciado: a palavra “faraó”, que significa casa-grande”, era uma forma indireta de referir-se ao rei do Egito em razão de sua condição divina. FERREIRA, Olavo Leonel, Egito, terra dos faraós, p. 15. (Adaptado.) A estátua do faraó Quéfren encontra-se no Museu do Cairo. Junto ao rei está a figura do deus-falcão, Hórus. Essa estátua foi feita entre 2540 e 2505 a.C. Além de poder e prestígio, o faraó possuía enorme riqueza. Era considerado o dono de todas as terras do Egito. Por isso, tinha o direito de receber impostos (pagos em produto) das aldeias. O faraó e sua família levavam uma vida luxuosa e confortável. Os móveis de seus palácios eram feitos com cedro, do atual Líbano, ébano, ouro e marfim, do centro e do sul da África. Ocupavam a maior parte do tempo com caçadas, pescarias, obrigações religiosas ou festas animadas por músicos e cantores. Nestas festas eram servidas comidas à base de peixes, carnes se cereais, além de bebidas diversas, com destaque para o vinho (a cerveja de cevada era a bebida dos pobres). Geralmente os faraós casavam-se com pessoas de sua família, às vezes com as próprias irmãs, acreditando que assim conservariam a pureza de sangue. Com isso, mantinham a riqueza no interior da família real. Depois do faraó, a maior autoridade era o vizir. Cabia a ele tomar 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) as decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do faraó. Abaixo do faraó e seus familiares, o grupo mais poderoso era o dos sacerdotes. Eles administravam os templos, que geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela população. Depois deles, vinham os nobres, que também viviam cercados de luxo e conforto. Descendentes das famílias mais importantes dos antigos nomos, cuidavam da administração das províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército. Entre os funcionários do faraó, encontrava-se o escriba, que, por seu conhecimento de escrita e contabilidade,tinha enorme prestígio na sociedade egípcia. A função do escriba era registrar toda a vida econômica do reino: as áreas cultivadas, a quantidade de cereais nos armazéns, os impostos arrecadados etc. Nessa escultura do Antigo Império, que se encontra no Museu de Boston, vemos o faraó Miquerinos e a rainha Khamerernebty II. Havia também os comerciantes, os artesãos (barbeiro, marceneiro, escultor, ourives, tecelão), os camponeses e os escravos, em geral prisioneiros de guerra que labutavam como domésticos ou como trabalhadores nas minas e pedreiras. Os camponeses, chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria da população. Eles trabalhavam nas propriedades dos faraós e dos sacerdotes e tinham direito apenas a uma parte do que plantavam; a outra servia para pagar um imposto coletivo: uma certa quantidade de cereais, que era recolhida aos armazéns do faraó. Eram também obrigados a trabalhar na construção de obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpezas de canais, transporte de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos, templos e palácios. LEITURA COMPLEMENTAR A mulher no Egito antigo A mulher egípcia gozava de certo prestígio socia, e a filiação materna era tão importante quanto a ascendência paterna. Mas nem toda as mulheres viviam do mesmo jeito: as da nobreza administravam a propriedade de seus maridos quando eles se ausentavam e tinham criadas para servi-las; já as mulheres pobres tinham de ajudar o marido na agricultura ou no artesanato, além do trabalho doméstico. Apesar de ter uma posição de algum destaque, a mulher nobre egípcia não podia ocupar postos importantes no governo. Ela usava túnicas largas, de tecido branco transparente, e também vestidos longos feitos de linho, um tecido produzido com fibras da planta de mesmo nome. Usava também pinturas nos olhos, no rosto e nos lábios, perfumes, perucas e jóias. No alto, à direita, potes para cosméticos e perfumes feitos de vidro, mostrando que os egípcios já dominavam a técnica de trabalhar com esse material. Acima, servas ajudam uma jovem da nobreza a se vestir, a colocar suas joias e a se perfumar após o banho. Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência ECONOMIA O Estado egípcio controlava, planejava e fiscalizava todas as atividades econômicas. A principal atividade econômica no Egito antigo era a agricultura. Assim que as águas do Nilo retornavam ao leito e deixavam a terra fertilizada em suas margens, os egípcios davam início ao cultivo de cereais – como o trigo, o centeio e a cevada –, legumes, frutas, linho, algodão e papiro. O papiro é uma planta nativa do Egito com a qual se faziam cordas, esteiras, sandálias e, sobretudo, uma espécie de papel de boa qualidade. Para retirar água do Nilo, os egípcios usavam o shaduf, um instrumento que possui um peso amarrado na extremidade da vara. Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos e cabritos. Além disso, praticavam também a mineração de ouro, pedras preciosas e cobre, este último muito usado nas trocas comerciais com outros povos. O comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno comércio e à permutação de artigos de luxo com o exterior. Essa atividade atingiu seu apogeu no Novo Império, quando intensificaram-se os contatos comerciais com a ilha de Creta, a Palestina, a Síria e a Fenícia. Para construir seus navios, os faraós mandavam buscar da Fenícia o cedro, uma madeira nobre encontrada em grande quantidade nas florestas próximas à cidade de Biblos. Em troca do cedro, os egípcios forneciam papiro e cereais para os fenícios. Outros artigos exportados pelos egípcios eram o linho e a cerâmica. O artesanato do Egito era conhecido no mundo antigo. Com a madeira, o cobre, o ouro, o marfim, o couro, o papiro, o bronze, seus artesãos produziam móveis, brinquedos, joias, tecidos, barcos, armas, tijolos e uma variedade de outros objetos. RELIGIÃO A religiosidade era um traço fundamental da sociedade egípcia. Desde o mais humilde camponês até o poderoso faraó, todos acreditavam na existência de uma vida após a morte. Por isso, vários faraós empenharam-se na construção de seus imensos túmulos, as pirâmides. Para o faraó, mandar erguer uma pirâmide era uma forma de garantir sua “casa da eternidade”, local onde esperavam continuar desfrutando dos prazeres terrenos. No Egito, segundo a maioria dos historiadores, predominou a crença em vários deuses (politeísmo). Seus deuses eram representados com forma humana, como Osíris e Ísis, com forma humana e animal, como Hórus (corpo de homem e cabeça de falcão), ou com forma de animal, como o deus Anúbis, que tinha a forma de um chacal. Osíris, sentado no trono, era um dos deuses mais venerados pelos egípcios, sendo considerado o senhor do mundo subterrâneo e da morte. Desde o período Pré-dinástico, existiam no Egito vários deuses locais, que, na maioria das vezes, eram representados por animais da região, como falcões, hipopótamos, crocodilos, leões e chacais. Os nomos os tinham como seus protetores. Com a unificação do país, os deuses locais passaram a conviver com novos deuses, cultuados em toda a extensão do reino. O mais importante desses novos deuses foi Rá, considerado pelos egípcios como o criador do universo. Quando a capital do império passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos, e Rá passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. Enquanto Amon-Rá era o mais temido e mais cultuado oficialmente, Osíris, o deus da fertilidade, era o mais popular dos deuses. Além de crer na vida após a morte, os egípcios acreditavam que, ao partir desta vida, a alma comparecia ao Tribunal de Osíris para ser julgada. Em caso de absolvição, a alma podia reocupar o corpo ao qual pertencera. Mas para isso, diziam eles, era necessário que o corpo estivesse em condições de recebê-la. Desenhos de deuses egípcios. A deusa Ísis, esposa e irmã de Osíris. Isso explica por que os egípcios desenvolveram a técnica de mumificação, tratamento por meio do qual se evitava a decomposição do cadáver, transformando-o em múmia, que era colocada num sarcófago e conduzida ao túmulo. Junto aos sarcófagos, costumava-se deixar joias, armas e alimentos, que posteriormente, segundo acreditavam, teriam grande utilidade para o morto. 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) Na imagem ao lado, o deus Anúbis prepara uma múmia e, na imagem abaixo, ele pesa o coração de um morto. Absolvida no Tribunal de Osíris, a alma podia retornar ao corpo, desde que este estivesse em condições de recebê-la. Por isso, os egípcios desenvolveram uma técnica de mumificação, tratamento que evitava a decomposição do cadáver, transformando-o em múmia. Acreditavam que, no Tribunal de Osíris, o coração do defunto era colocado no prato de uma balança e no outro prato era colocada uma pena. O coração devia pesar menos que a pena para que a pessoa fosse absolvida. Junto ao sarcófago que guardava a múmia, colocava-se um conjunto de textos por meio dos quais o morto expunha suas qualidades e pedia ao deus Osíris que o absolvesse. Reunidos, mais tarde, num só conjunto, esses texto formaram o Livro dos Mortos. A ESCRITA A escrita surgiu no Egito por volta de 3000 a.C.; os caracteres que os egípcios usavam para escrever eram chamados de hieróglifos, usados geralmente em inscrições oficiais e sagradas gravadas em pedra. Veja abaixo um exemplo da escrita egípcia. Detalhe de caracteres hieroglíficos. Os egípcios desenvolveramtambém uma forma simplificada dessa escrita hieroglífica chamada escrita hierática, utilizada principalmente pelos sacerdotes sobre madeira ou papiro. Por fim, havia ainda a escrita demótica, mais popular, que era uma simplificação da hierática, geralmente usada em cartas e registros sobre papiro. Foi o francês Champollion que conseguiu descobrir o segredo das escritas egípcias. Para isso, ele dedicou onze anos de sua vida ao estudo de um documento conhecido como Pedra de Roseta. A Pedra de Roseta, um bloco de basalto encontrado pelos soldados de Napoleão no delta do Nilo em 1799, continha o mesmo texto em três escritas diferentes: em grego, em caracteres hieroglíficos e na escrita demótica. Comparando a palavra Ptolomeu nessas três escritas, Champollion finalmente conseguiu desvendar a escrita do Egito antigo em 1822. É importante lembrar ainda que, no Egito antigo, saber ler e escrever era um privilégio reservado quase somente aos escribas, sacerdotes e membros da família real. A TEOCRACIA DOS EGÍPCIOS A realeza divina foi a instituição básica da civilização egípcia. Para os povos do Egito Antigo, o rei era um deus, graças ao qual se vivia; era o pai e a mãe dos homens; um governante com autoridade sobrenatural para recrutar o trabalho em massa necessário à manutenção do sistema de irrigação. O poder do faraó estendia-se a todos os setores da sociedade. Os camponeses eram recrutados para servir como mineiros ou trabalhadores nas construções. O comércio exterior era monopólio do Estado e conduzido de acordo com as necessidades do reino. Como senhor supremo, o faraó comandava um exército de funcionários que recolhiam impostos, fiscalizavam obras de irrigação, administravam projetos de construção, controlavam a terra, mantinha registros e supervisionavam os armazéns governamentais, onde o cereal era guardado para o caso de uma má colheita. Como a palavra do faraó era considerada uma manifestação divina, o Egito não possuía leis escritas. Todos os egípcios estavam sujeitos ao faraó e não havia nenhuma concepção de liberdade política. Eles acreditavam que a instituição da realeza datava da criação do Universo, era necessária e benéfica aos seres humanos, e que havia uma ordem divina dos cosmos que propiciava a justiça e a segurança. Pela mumificação, para preservar os mortos, eles mostravam seu desejo de eternidade e de superar a morte. Para os egípcios, o outro mundo encerrava os mesmos prazeres desfrutados na terra – – amigos, criados, pesca, caça, excursões com a família, diversão com músicos e dançarinas, e boa comida. Período Pré-Dinástico Data: aprox. 5.000 a 3.100 a.C. Comunidades agrícolas se instalam às margens do Rio Nilo. Obras de irrigação sob o controle de chefes locais. Antigo Império Data: aprox. 3.100 a 2.181 a.C. Unificação do país. Os primeiros faraós submetem todos os chefes locais. Grandes pirâmides. Médio Império Data: 2.181 a 1.567 a.C. Guerras internas. Governantes dos nomos disputavam o cargo de faraó. Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 7 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Novo Império Data: 1.567 a 1.085 a.C. Faraós montam poderoso exército e conquistam um amplo território: Síria, Palestina, Babilônia, Núbia. Pós-Novo Império Data: 1.085 a 332 a.C. Perda dos territórios conquistados. Estrangeiros invadem o Egito: assírios (séc. VIII a.C.), persas(525 a.C), greco- macedônios(332 a. C) e romanos(30 a.C) Greco-Romano Data: 332 a 33 a.C. Influência grega com a conquista de Alexandre, o Grande. Egito se torna parte do território romano no tempo da rainha Cleópatra CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO A Mesopotâmia antiga corresponde em linhas gerais ao atual território do Iraque. A expressão Mesopotâmia foi criada pelos gregos para designar os povos que habitavam a região do Oriente Médio na área compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. É comum a associação quase que mecânica das condições históricas e geográficas do Egito com a Mesopotâmia. Ambas as civilizações nasceram às margens de rios, tinham na agricultura a sua base produtiva, estavam organizadas sob o Modo de Produção Asiático, possuíam Impérios Teocráticos de regadio baseados na exploração do campesinato submetido a um regime de servidão coletiva. É conveniente notar, todavia, que enquanto o Egito possuiu uma história política estruturalmente estável e que, embora tenha sofrido invasões estrangeiras através dos tempos, possuía um sistema de proteção geográfica natural porque cercado pelos desertos da Arábia e da Líbia, a Mesopotâmia, ao contrário, teve uma história política instável e descontínua sendo ocupada em momentos diversos por diferentes povos como sumérios, acádios, assírios e babilônicos. O território que constituía a Mesopotâmia era de fácil acesso e se constituía no caminho natural entre o Mediterrâneo e a Ásia sendo suscetível às invasões de vários povos. O território da Mesopotâmia era constituído por duas áreas bem diferentes: A Caldéia ao sul, região formada por pântanos e terrenos fertilizados pelas cheias dos rios Tigre e Eufrates, e a Assíria ao norte, uma região mais montanhosa, de vegetação escassa e clima quente e seco. SUMÉRIOS E ACÁDIOS Os Sumérios constituem o primeiro povo a ocupar a Mesopotâmia, precisamente na região caldaica, ao sul, em torno de 3500 a.C. .Os Sumérios estavam organizados em cidades-estados politicamente autônomos. As principais cidades eram Ur, Uruk, Nipur, Eridu e Lagash. Cada uma delas era governada por um chefe político- religioso, tido como representante de Deus, chamado Patesi. A Suméria forjou a base cultural dos povos mesopotâmicos. Seu sistema de escrita era cuneiforme, onde os símbolos gráficos eram gravados em forma de cunha em pequenas tábuas de argila. O direito sumeriano era consuetudinário e baseado na lei do talião(olho por olho, dente por dente). A religião sumeriana era politeísta (crença em vários deuses), antropomórfica (deuses com formas humanas) e monísticas (os deuses eram capazes de praticar tanto o bem quanto o mal). Os sumérios não alimentavam esperança de uma vida após a morte corpórea. Aos cadáveres não era reservado nenhum tratamento especial em forma de túmulo ou mumificação e, frequentemente, eram enterrados sem caixão no próprio piso da casa. A ausência de um poder central comum e as constantes guerras entre suas cidades-estados enfraqueceram os sumérios e abriram terreno para invasões estrangeiras, especialmente dos acádios. No ano de 2550 a.C. ,Sargão I, líder dos acádios, comandou a conquista das cidades sumerianas. Em pouco tempo toda a Mesopotâmia estava sob o jugo acadiano e Sargão I ficou conhecido como “governante dos quatro cantos da terra”. A hegemonia dos acádios foi circunstancial. Após a morte de Sagão I, as várias cidades sumerianas se revoltaram contra o domínio dos acadiano. Mesmo sufocadas essas revoltas enfraqueceram os acádios que acabaram conquistados pelos Guti, ferozes guerreiros vindos da Ásia. Os levantes das cidades sumerianas continuavam e, finalmente, em 2300 a.C., os gutis foram derrotados pela cidade sumeriana de Ur. Novos tempos, novas invasões. Aproximadamente em 2000 a.C. os amoritas derrotaram os sumérios e construíram um novo império na Mesopotâmia. OS AMORITAS OU ANTIGOS BABILÔNIOS Originários do deserto árabe, os amoritas conquistam a Mesopotâmia e constroem um grande Império cuja capitalera a cidade de Babilônia. Sob o comando de Hamurábi (1728-1686 a.C.) os amoritas atingiram o apogeu de um império que se estendia do norte ao sul da Mesopotâmia. Hamurábi se notabilizou pelo registro das primeiras leis escritas da História da humanidade. Segundo a lenda amorita, Hamurábi recebeu suas leis diretamente das mãos de Shamash, o deus do sol e da justiça. Na verdade o que ocorreu foi a sistematização e compilação das leis orais da Suméria, baseadas na lei do talião, estimulando a vingança pessoal. Os babilônicos não eram iguais diante das leis do Código de Hamurábi que reconhecia e legitimava as desigualdades sociais. As punições variavam de acordo com o grau social do infrator e da vítima. Aos ricos aristocratas, penas brandas; aos pobres em geral, punições muito severas. Após a morte de Hamurábi, o império babilônico mergulhou em decadência sofrendo invasões de hititas e cassitas e acabaram caindo sob o domínio dos cruéis assírios. OS ASSÍRIOS A característica mais marcante dos assírios era o militarismo, a crueldade com os povos subjugados e o espírito belicoso. 8 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) Estruturaram o primeiro exército organizado e com recrutamento obrigatório e permanente da história. Possuíam uma infantaria composta de lanceiros e arqueiros, combatiam com as melhores armas do seu tempo: aríete, catapulta, espadas de ferro, cavalaria e carros de guerra. Seus principais líderes foram comandantes militares com Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. O tratamento dispensado aos povos derrotados impunha o domínio pelo terror: eram empalados, esfolados, pés e mãos eram cortados, olhos eram vazados ou arrancados e muitos eram enterrados vivos. Quais os motivos de tanta crueldade? Os assírios acabaram desenvolvendo o militarismo para garantir a posse de suas terras, ameaçado por constantes invasões. Oriundos do norte da Mesopotâmia, região montanhosa e árida, onde a fertilidade dos rios Tigres e Eufrates não alcançava. O solo, inadequado para a agricultura ,era rico em ferro, matéria-prima para construir armas. As principais cidades eram Assur e Nínive e se localizavam em uma região de passagem de comerciantes e tribos nômades. A prática guerreira também era um recurso para a obtenção de riquezas através de saques, cobrança de tributos e escravização dos povos derrotados. Pelo terror os assírios conquistaram quase todo o mundo conhecido em sua época. A Síria, a Fenícia, o reino de Israel e o Egito acabaram caindo sob seu domínio. O pequeno reino de Judá resistiu à fúria assíria. A Bíblia relata de forma fantástica este fato pois “um anjo do senhor Deus visitou à noite, o acampamento dos assírios e trucidou 185.000 deles” (II Reis, 19:35). Se houve intervenção divina é um caso discutível. O mais provável é que uma epidemia dizimou grande parte dos exércitos assírios. Se os assírios foram grandes guerreiros conquistadores também foram péssimos governantes de povos dominados. O crescimento exagerado do império tornou impossível a sua administração. A dominação pelo terror alimentava o ódio e o sentimento de revolta dos povos subjugados. Várias revoltas ocorreram até que, finalmente, os caldeus, povos estabelecido na Babilônia, atacaram e destruíram Nínive, pondo fim ao império assírio. CALDEUS OU NOVOS BABILÔNICOS: A cidade de Babilônia voltou a ser capital de um grande império quando os caldeus, aliados dos medos, derrotaram os assírios e iniciaram a sua hegemonia sobre a Mesopotâmia. Nabopolassar foi o comandante caldeu na guerra contra os assírios. Contudo o apogeu do novo Império Babilônico ocorreu no governo de seu filho, Nabucodonosor. No reinado deste, os caldeus conquistaram toda a Mesopotâmia e estenderam seus domínios pela Síria e Palestina. O reino de Judá foi conquistado, Jerusalém destruída e os judeus foram trazidos como escravos para a Mesopotâmia em um episódio conhecido como “Cativeiro Babilônico”. Nabucodonosor ordenou a construção de obras suntuosas que demonstravam o seu fausto, poder e ostentação. O jardim suspenso da Babilônia, uma das maravilhas do mundo antigo, foi construído nessa época. Os hebreus, escravizados, morrendo aos montes na construção dessas obras, chamaram o jardim de torre de Babel, fonte de discórdia entre os homens e elevação sem sentidos com fins de alcançar o céu. O domínio dos caldeus sobre a Mesopotâmia foi efêmero. Após a morte de Nabucodonosor, enfraquecido por crises internas, acabaram caindo em 539 a.C. diante dos persas, comandados por Ciro, o Grande. A ECONOMIA NA MESOPOTÂMIA A Mesopotâmia estava organizada economicamente sob o Modo de Produção Asiático. A agricultura era a principal atividade econômica em uma região profundamente dependente das condições ambientais (as cheias dos rios Tigre e Eufrates). Era comum a construção de canais, represas e diques para melhor aproveitar as águas, facilitando o plantio de arroz, trigo e legumes. O desenvolvimento comercial, especialmente entre os babilônicos, levou ao aparecimento de moedas de ouro e prata além de letras de câmbio e o registro escrito de contratos de comércio. RELIGIÃO A Religião mesopotâmica era politeísta, antropomórfica e de culto a deuses locais. Quando uma cidade ou região se projetava economicamente e politicamente, o seu Deus virava um objeto de culto nacional. Os principais deuses eram Anu, deus do céu; Shamash, deus do sol e da justiça; Ishnar, deusa do amor e da natureza; Sin, deusa da lua; Ea, deus das águas. Os babilônicos cultuavam Marduk, os assírios, Assur. A religião era monística onde um mesmo deus podia praticar tanto atos caridosos quanto atitudes cruéis. Não havia maiores preocupações com a vida após a morte, por isso, davam grande importância a vida, que devia ser aproveitada ao máximo, já que ninguém volta do reino dos mortos. Os templos funcionavam também como casas bancárias onde os homens trocavam favores com os deuses através de oferendas. Os mesopotâmicos acreditavam que a vida dos indivíduos já estava predestinada como produto da trama dos astros. Assim desenvolveram a astrologia e os horóscopos. Acreditavam em magia, adivinhação e que a natureza estava infestada de anjos ou demônios. 1.20) SOCIEDADE A sociedade mesopotâmica primitiva estava dividida em clãs, uma estrutura familiar ou tribal. Os patriarcas desses núcleos Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 9 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência tribais originaram a nobreza aristocrática que, juntamente com os sacerdotes e a aristocracia militar constituíam a classe dominante. O rei ou patesi era tido como representante de Deus. O Estado era o proprietário nominal do solo, mas reservava privilégios para altos funcionários e sacerdotes que se beneficiavam dos impostos cobrados sobre os artesãos e camponeses. A maior parte da população era constituída por camponeses, presos à terra e submetidos a um regime de servidão coletiva. Os escravos, pouco numerosos, eram geralmente prisioneiros de guerras e executavam o trabalho mais pesado. Havia algumas especificidades. Na Assíria o grupo dominante mais expressivo era constituído por nobres guerreiros. Na Babilônia os grandes comerciantes gozavam de tanto prestígio quanto os nobres ou sacerdotes. Na Suméria as mulheres gozavam de certos privilégios, não estando totalmente submissa ao homem como era tão comum na Antiguidade. Algumas mulheres chegavam ao cargo de sacerdotisas ou trabalhavam como escribas, gozando de grande prestígio. CULTURA Os maiores legados culturais mesopotâmicos são oriundos da Suméria. Estes desenvolveram aescrita cuneiforme e ergueram zigurates, construções em forma de torres sucessivas, uma sempre menor que a anterior. Os zigurates eram, simultaneamente, templos e observatórios astronômicos. Na astronomia os povos da Mesopotâmia observaram as fases da lua, identificaram planetas e elaboraram um calendário lunar. Na literatura produziram hinos, fábula, versos e, principalmente crônicas sobre feitos históricos de homens e deuses. Destaque para lendas como o “Dilúvio”, “História de Tagtub” e a “Epopéia de Gilgamesh”, primeiro trabalho literário gravado da história e narra as aventuras de Gilgamesh, rei da cidade de Uruk, em busca de fama e imortalidade. A "Torre de Babei" (ou de Babilônia), descrita na Bíblia, simbolizava um imenso zigurate. INDICAÇÕES PARA APROFUNDAMENTO 01 - Filmes e Documentários • Cleópatra. Estados Unidos, 1963, 243 min, Fox Home Vídeo. Dir.: Joseph L. Mankiewicz. • Cleópatra: a última graça dos faraós. Alemanha, 1995, 50 min, Abril Coleções. Dir.: Günther Klein. (Civilizações perdidas). • Egito: em busca da eternidade. Estados Unidos, 1983, 60 min, Vídeo Arte. Dir.: Norris Brock. (National Geographic Video). • Egito: em busca da imortalidade. Brasil, 1999, 50 min, Abril Coleções. (Civilizações perdidas). • Mesopotâmia: retorno ao Éden. Brasil, 1999, 50 min, Abril Coleções. (Civilizações perdidas). • A civilização egípcia. Brasil, 1994, 30 min, 5BJ, Dir.: Sérgio Baldassarini Júnior. (História da humanidade, 2). 02 - Endereços Eletrônicos (Internet) • Código de Hamurábi: http://vbcontrol.hypermart.net/hmrb • Locais históricos, monumentos e curiosidades do Egito: http://www.tourism.egnet.net • Museu do Louvre (Paris, França): http://www.louvre.fr 03 - Literatura Complementar • LIMA, N. de P. (Trad. e Intr.) Epopéia de Gilgamesh: a busca da imortalidade. São Paulo: Hemus, 1995. • Ciro Flamarion Cardoso. Sete olhares sobre a Antiguidade. Editora Unb, 1994. • FERREIRA, Olavo Leonel. Egito: terra dos Faraós. 10 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM Questão 01 Aos egípcios devemos uma herança rica em cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e inventaram o sistema decimal e o ábaco. Sobre os egípcios, é correto afirmar também que: a) foram conhecidos pelas construções de navios, que os levaram a conquistar as rotas comerciais para o Ocidente, devido a sua posição geográfica, perto do mar Mediterrâneo. b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins práticos, e o demótico, uma forma simplificada e popular do hierático. c) praticaram o sacrifício humano como forma de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território onde se desenvolveram ser desértico. d) fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi utilizada para designar objetos concretos e depois ganhou maior complexidade. e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por exemplo, a observação astronômica. Questão 02 Uma das regiões de maiores conflitos civilizacionais, ao longo da História, é a do Oriente Médio. Na Antiguidade, parte dessa região foi ocupada pelo Império Babilônico. Embora a riqueza de sua civilização seja mal conhecida, a Babilônia povoa o imaginário social até os tempos contemporâneos, em diversas manifestações culturais, a exemplo da ópera Nabucodonosor (do compositor italiano Giuseppe Verdi) e de algumas músicas brasileiras atuais, como a apresentada abaixo. Suspenderam os Jardins da Babilônia e eu para não ficar por baixo Resolvi botar as asas para fora, porque Quem não chora daqui, não mama dali [...] (LEE, Marcucci; LEE, Rita. Jardins da Babilônia, 1978. Disponível em: <www.cliquemusic.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2006). Sobre a civilização babilônica, é correto afirmar: a) A configuração geográfica de planície, na Mesopotâmia, foi elemento favorável a invasões de numerosos povos, que conseguiram conviver em um Estado unificado, estável e duradouro. b) A Babilônia foi fundada e tornou-se capital durante a primeira unificação política na região – o Primeiro Império Babilônico, quando cessaram as ondas migratórias na Mesopotâmia. c) A desagregação do Primeiro Império Babilônico não mais permitiu outra unificação política na região, impedida pelos assírios, povo do norte da Mesopotâmia, ainda hoje remanescente no Iraque. d) O esplendor da Babilônia ocorreu no Segundo Império, com a construção de grandes obras públicas: as muralhas da cidade, os palácios, a Torre de Babel e os Jardins Suspensos. e) A cultura babilônica, como a dos povos mesopotâmicos, em geral, apresentou um grande desenvolvimento da astronomia, da medicina e da matemática, que se separaram, respectivamente, da astrologia, da magia e da mística dos números. Questão 03 As sociedades orientais da Antiguidade, especialmente a egípcia e a mesopotâmica, desenvolveram- se em regiões, semiáridas, que necessitam de grandes obras hidráulicas para cultivo agrícola. Nessas sociedades: a) desenvolveu-se o modo de produção escravista intimamente relacionado ao caráter bélico e expansionista desses povos. b) o Estado constituía o principal instrumento de poder das camadas populares, assegurando e ampliando seu domínio sobre os outros grupos. c) a superação das comunidades levou ao surgimento da propriedade privada e, consequentemente, à utilização da mão-de-obra escrava. d) predominava a servidão coletiva, onde o indivíduo explorava a terra como membro da comunidade e servia ao estado, proprietário absoluto dessa terra. e) a produção de excedentes, necessária a intensificação das trocas comerciais e para o progresso econômico era garantida pela ampla utilização do trabalho livre. Anotações Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 11 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Questão 04 O Nome do rei egípcio Amenófis IV (1377 a.C. – 1358 a.C.) está ligado à reforma religiosa que substituiu o culto a Amon-Rá por Aton e determinou o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, esta reforma buscava: a) limitar a riqueza e o poder político crescente dos sacerdotes; b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas pelos nomarcas; c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos cultos antropomórficos; d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos; e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa. Questão 05 Leia com atenção as afirmativas abaixo sobre as condições sociais, políticas e econômicas da Mesopotâmia. I) As condições ecológicas explicam porque a agricultura de irrigação era praticada através de uma organização individualista. II) Na economia da baixa Mesopotâmia, as fomes e crises de subsistência eram frequentes, causadas pela irregularidade das cheias e também pelas guerras. III) Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos graças à riqueza que os sacerdotes administravam à custa do trabalho de grande parte da população. IV) A presença dos rios Tigre e Eufrates possibilitou o desenvolvimento da agricultura e da pecuária e também a formação do primeiro reino unificado da História. Sobre as afirmativas acima, é correto afirmar: a) I e II são verdadeiras. b) III e IV são verdadeiras. c) I e IV são verdadeiras. d) I e III são verdadeiras. e) II e III são verdadeiras. Questão 06 Observe a ilustração, apresentadaabaixo. Considerando a representação da escrita egípcia, é correto afirmar que: a) a utilização de recursos decorativos favoreceu a escrita em virtude de facilitar a compreensão popular. b) os sinais apresentados constituíam um aperfeiçoamento da arte profana como forma de expressão. c) a diversidade de sinais utilizados tornava complexa a representação do que se queria exprimir. d) a diversidade de sinais utilizados na escrita resultou de uma imposição religiosa. e) os desenhos elaborados representavam uma simplificação da escrita hierática. Questão 07 As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de: a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de grandes civilizações hidráulicas; b) serem povos orientais que formaram diversas cidades Estado, as quais organizavam e controlavam a produção de cereais; c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social; d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares. Anotações 12 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) Questão 08 Observe o mapa abaixo: Sobre a importante civilização que ocupou o espaço representado no mapa acima e que se desenvolveu na Antiguidade, podemos afirmar, corretamente: a) A irrigação era fundamental para o aproveitamento das áreas agriculturáveis das margens dos rios Tigre e Eufrates. b) O poder dos faraós se manteve estável nas diversas dinastias, entre os anos 3.000 e 332 A. C., quando se deu a conquista do Egito por Alexandre. c) As inundações do Nilo e a consequente produção agrícola atenuavam os conflitos sociais. d) A ideologia religiosa era dispensável para o exercício do poder faraônico. e) O conceito de Modo de Produção Asiático é completamente inadequado para o estudo do Egito antigo. Questão 09 O chamado Código de Hamurábi - escrito sobre uma coluna de pedra medindo 2,25 metros de altura por 1,50 metros de circunferência - encontra-se no Museu do Louvre, em Paris. Sobre o Código de Hamurábi, podemos afirmar, corretamente, que se trata de: a) um conjunto de leis redigidas a partir do reconhecimento da existência de diferenças sociais naquela sociedade. b) um conjunto de leis básicas, criadas pelo legislador e rei da Babilônia, a ser adotado pelo mundo civilizado. c) um corpo de leis que visava eliminar as diferenças sociais entre ricos e pobres. d) um simples documento revelador de aspectos interessantes da língua babilônica. e) uma legislação voltada para a defesa dos interesses comuns dos escravos e de seus proprietários. Questão 10 Um estudo comparativo entre as sociedades egípcias e as sociedades da Mesopotâmia permite-nos dizer que: a) existe uma estrutura mental distinta na Mesopotâmia, isto é, a ausência do pensamento místico. b) na Mesopotâmia o patesi era o próprio deus. c) no Egito o faraó era o representante de deus. d) a relação religião/poder é suficiente para explicar o processo histórico naquelas sociedades. e) em ambas as sociedades, a atitude mental em relação ao governante era de submissão. Anotações Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 13 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 01 Em relação à religião no antigo Egito, pode-se afirmar que: a) a religião dominava todos os aspectos da vida pública e privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a cada ano, para garantir a chegada da inundação e, dessa forma, boas colheitas, que eram agradecidas pelo rei em solenidades às divindades; b) a religião no antigo Egito, como nos demais povos da Antiguidade, não tinha grande influência, já que estes povos, para sobreviverem, tiveram que desenvolver uma enorme disciplina no trabalho e viviam em constantes guerras; c) a religião tinha apenas influência na vida da família dos reis, que a usava como forma de manter o povo submetido a sua autoridade; d) o período conhecido como antigo Egito constitui o único em que a religião foi quase inteiramente esquecida, e o rei como também o povo dedicaram-se muito mais a seguir a tradição dos seus antepassados, considerados os únicos povos ateus da Antiguidade; e) a religião do povo no antigo Egito era bastante distinta da do rei, em razão do caráter supersticioso que as camadas mais pobres das sociedades antigas tinham, sobretudo por não terem acesso à escola e a outros saberes só permitidos à família real. Questão 02 O florescimento da civilização egípcia estava condicionado ao rio, indicado no mapa abaixo, denominado: a) Jordão. b) Ganges. c) Tigre. d) Eufrates. e) Nilo. Questão 03 A História Antiga é um domínio de estudos que se estende desde o aparecimento da escrita cuneiforme (cerca de 4.000 a.C.) até a tomada do Império Romano do Ocidente pelos povos bárbaros (476 d.C.). Sobre as sociedades antigas analise os itens seguintes e assinale o correto: a) a democracia grega era escravista, patriarcal, representativa e imperialista. Apenas os cidadãos gozavam de direitos políticos; b) os assírios formavam a base cultural dos povos da Mesopotâmia; c) diversas passagens bíblicas expressam a influência de outros povos antigos na trajetória dos hebreus; d) A Pérsia, atual Irã, constituía uma Monarquia despótica e teocrática, onde o Xá era o próprio Deus vivo e encarnado; e) A Fenícia era uma talassocracia e apresentava-se politicamente como um forte Estado centralizado. Questão 04 “Imagine que não há países, tente Nenhuma razão para matar ou para morrer. Imagine todos os homens vivendo em paz. Você pode me chamar de um sonhador, mas eu não sou o único...” A utopia de John Lennon de um mundo sem guerras entra em confronto com a História da humanidade, marcada por conflitos violentos entre os povos desde a antiguidade até os tempos contemporâneos. Sobre alguns desses conflitos, analise as proposituras abaixo e assinale o único item correto: a) A Guerra do Peloponeso foi o confronto entre Cartago e Roma pela hegemonia das rotas comerciais do Mar Mediterrâneo; b) As Guerras Médicas culminaram com o triunfo persa diante dos gregos, porque estes não conseguiram superar as enormes diferenças culturais entre espartanos e atenienses; c) Os assírios subjugaram os hebreus no episódio conhecido como “Cativeiro Babilônico”; d) Cristãos e judeus conviveram harmonicamente durante os tempos antigos e medievais irmanados na mensagem comum do amor ao próximo e da rejeição à violência expressa no mandamento bíblico: “Não matarás!”; e) O triunfo sionista na Guerra dos Seis Dias recrudesceu a violência entre palestinos e judeus nas disputas pela “terra santa”. Questão 05 Sobre a cultura dos antigos egípcios, é correto afirmar que: a) A escrita hieroglífica foi difundida, a fim de diminuir o número de analfabetos. b) Os sacerdotes promoveram a difusão do seu saber religioso com o povo. c) A instituição do Direito Civil foi fundamental para as leis ocidentais atuais. d) A religião politeísta foi um dos elementos mais vibrantes em sua sociedade. e) Os faraós tornaram comum o funcionamento de escolas públicas. Questão 06 Analise proposituras abaixo e assinale o corretofrente a característica das sociedades antigas: a) Os fenícios adotaram o modelo clássico do Modo de Produção Asiático através da centralização teocrática do poder e economia de base agrária; b) A religião persa era messiânica, salvacionista, monoteísta e universal baseada nos fundamentos da Torá; c) A diáspora corresponde a saída dos hebreus do Egito e o retorno a “Terra Prometida” da Palestina, liderados por Moisés; d) A democracia grega era escravista, patriarcal, expansionista e representativa, mas excluía da cidadania, escravos, mulheres e estrangeiros; e) Os Sumérios constituíram a base cultural dos povos da Mesopotâmia e deixaram com legados importantes a escrita cuneiforme e templos em forma de zigurates. Questão 07 Eu vejo a soberba desses ignóbeis senhores Que na sua “Boa aparência” escondem a sua ganância Toda a sua indecência Bem cuidados senhores de suas riquezas (...) Das vantagens fáceis do Poder. 14 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) Senhores do tráfico de influência Eles herdarão as Ruínas da Babilônia Eles herdarão os escombros da Babilônia Até o chão fugirá dos seus pés Ruirá com eles a sua grandeza” (Ruínas da Babilônia - Tribo de Jah) A cidade de Babilônia foi a capital do império amorita que entrou nas “chamas da destruição” ocasionada pela invasão dos assírios. A reconstrução dessa cidade foi realizada por um povo liberado por Nabucodonosor, os: a) caldeus b) sumérios c) acádios d) persas e) fenícios Questão 08 Em relação aos povos da Antiguidade é correto afirmar que: a) Os assírios foram submetidos por Nabucodonosor, originando o episódio conhecido como o Cativeiro da Babilônia. b) Os fenícios foram os criadores do alfabeto, posteriormente aperfeiçoados pelos gregos e latinos. c) Os hebreus criaram um quadro religioso caracterizado pelo politeísmo e mumificação. d) Os egípcios estabeleceram, em 300 a. C., o importante Código de Hamurabi, um dos primeiros códigos jurídicos escritos. e) Os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre, conseguiram anexar o território grego ao seu império. Questão 09 Sobre o Egito Antigo, assinale o correto: a) O sistema econômico tinha como uma de suas características o fato de não sofrer a influência do poder centralizado na figura do faraó. b) As várias formas de organização política tinham como característica predominante a organização teocrática de poder e os constantes conflitos entre o poder central e os poderes locais. c) No novo império egípcio, a revolução promovida por Amenófis IV teve grande significado porque consistiu na introdução da religião politeísta, a fim de limitar a influência política dos sacerdotes, que representavam um perigo para a monarquia. d) Os egípcios desenvolveram uma civilização geográfica e culturalmente potâmica, organizada politicamente em satrapias. e) A religião monoteísta era o elemento de embasamento da civilização egípcia, orientadora das instituições e grande inspiradora da arte. Questão 10 Analise as seguintes proposições sobre as civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia. I. A primeira civilização mesopotâmica foi a dos sumérios que, pelo seu desenvolvimento, se constitui a base cultural das civilizações posteriores. II. A supremacia da Babilônia atingiu seu apogeu na época de Hamurábi, que fundou o primeiro império Babilônico. III. Os assírios tiveram o primeiro exército organizado do mundo. IV. A dominação assíria aos povos vencidos sempre se caracterizou pela brandura. V. O Segundo Império Babilônico foi dominado pelos assírios. a) estão certas I e III. b) estão certas I, III e V. c) estão certas I, III e IV. d) estão certas II, IV e V. e) estão certas I, II e III. Questão 11 As primeiras civilizações, no Oriente Antigo, apresentavam condições gerais semelhantes, apesar das especificações de cada uma, assim podemos afirmar exceto que: a) nas sociedades agrícolas, a construção de obras hidráulicas requereu a centralização do poder despótico. b) na medida em que o intercâmbio de mercadorias se tornou imprescindível, civilizações como a Babilônia e a Fenícia desenvolveram o comércio. c) situada em litoral extenso e pouco fértil, a Fenícia desenvolveu a navegação e o comércio. d) ao nível político, o despotismo não atingiu a sociedade egípcia. e) entre os fenícios, os comerciantes formavam a camada privilegiada. Questão 12 Leia os textos a seguir. I. (...) “Estes nomos eram cidades Estado, nas quais se iniciou a dissolução da propriedade coletiva, com o surgimento, no interior de cada um , de uma espécie de aristocracia, proprietária das melhores terras”. II. (...) “Era o Estado, personificado na figura do chefe supremo, que desenvolvia os grandes canais de irrigação, como meio de desenvolver a agricultura, dirigindo este fim o trabalho excedentes das comunidades”. III. (...) “Tivemos também a cristalização das camadas sociais, tendo-se formado uma poderosa burocracia estatal (administrativa e religiosa) que tornou seus cargos hereditários”. IV. (...) “Esta reforma religiosa, que estabeleceu o monoteísmo no Egito, teve por finalidade enfraquecer o poder dos sacerdote de Amon, que representavam um perigo para a Monarquia”. Os textos acima estão ligados corretamente: a) a Amenófis IV; à estratificação social dos impérios teocráticos com agricultura de regadio; ao reinado de Ramsés II; à unificação política do Egito; b) à formação do Império Assírio; ao regime político dos impérios teocráticos com agricultura de regadio; a Amenófis IV; à formação de um Novo Império Egípcio; c) à formação do Império Egípcio; a Amenófis; à estratificação social dos impérios teocráticos com agricultura de regadio; à conquista do Egito pelos hicsos; d) à formação dos reinos egípcios; ao regime político do império teocrático com agricultura de regadio; à estratificação social dos impérios teocráticos de agricultura de regadio; a Amenófis IV; e) ao regime político dos impérios teocráticos com agricultura de regadio; à formação do Império Egípcio; a Amenófis IV; à implantação do monoteísmo judaico no Egito. Questão 13 “O deus Amon criou o mundo, ele é o senhor de todos os homens; ora, o Rei do Egito é Amon encarnado; detém, por sua natureza divina, a soberania universal: resistir-lhe é rebelar-se contra o próprio criador.” (PIRENNE, J Le Grandys Courantes de L ‘Histoire Universalle: Des Oregines à L ‘Islam). Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 15 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Assinale o que é FALSO sobre a civilização egípcia. a) O Estado egípcio era uma monarquia despótica, em que o soberano era um deus. Todas as regiões do Egito eram consideradas como de sua propriedade; b) Devido a importância da religião para os antigos egípcios, os sacerdotes, oriundos da aristocracia, acumularam riqueza e poder; c) A ideologia religiosa era dominante na sociedade do Antigo Egito, influenciando a vida econômica e dando origem a toda uma produção política, jurídica e cultural; d) A elevação de Amon, o deus protetor da cidade de Tebas, à condição de divindade dinástica e nacional, acarretava poder e prestígio para os sacerdotes que cuidavam de seu culto; e) O principal objetivo da reforma religiosa feita no Novo Império estabelecendo a crença apenas em Amon, o deus Sol, abolindo o politeísmo, era o de reforçar o monarquia, enfraquecendo o poderio crescente do clero de Aton em Tebas. Questão 14 A religião tinha uma importância muito grande na civilização do Antigo Egito e podemos apontarentre as suas características as seguintes: a) ausência de antropomorfismo, proibição do culto de imagens e de culto de animais sagrados; b) materialista e mundana, só servia ao Estado e não se preocupava com a imortalidade da alma e a outra vida; c) monoteísta e espiritualista, não estava ligada à vida econômica, nem aos interesses do Estado; d) politeísta, acreditava na imortalidade da alma, no julgamento dos mortos e na existência de um lugar de repouso para os justos; e) Monoteísta, fundada na crença da vinda de um Messias libertador. Questão 15 No Egito Antigo predominava o modo de produção asiático. Em relação a este modo de produção, é incorreto afirmar: a) o Estado dirigia a economia e controlava a produção; b) havia uma base social formada por comunidades aldeãs; c) a Classe Dominante, mais ou menos identificada com o Estado, explorava as comunidades aldeãs, mediante a exigência de tributos pagos em produtos e trabalho: conhecido como corveia real; d) predominava uma sociedade do tipo socialista; e) o papel decisivo do Estado devia-se à necessidade de construírem grandes obras hidráulicas para que fosse possível a agricultura irrigada. Questão 16 No Egito Antigo, as várias formas de organização da estrutura tinham como características predominantes: a) a grande mobilidade na organização social; b) a preocupação da igualdade social, através da manutenção da posse coletiva da coletividade; c) a organização teocrática do poder, onde o faraó mantinha uma centralização política que entrava no conflito com os nomarcas; d) ausência de ligação entre os procedimentos políticos e religiosos; e) política de cunho nacionalista, principalmente no Antigo Império Egípcio. Questão 17 “Se um homem negligenciar a fortificação de seu dique, se ocorrer uma brecha e o cantão inundar-se, o homem será condenado a restituir o trigo destruído por sua culpa. Se não puder restitui-lo, será vendido, assim como seus bens, e as pessoas do cantão de onde a água levou o trigo repartirão entre si o produto da venda". Este texto faz referência: a) à doutrina de Zoroastro e a seu livro Zend-Avesta; b) à Lei de Talião e ao Código de Hamurabi; c) ao Livro dos Mortos; d) à Sátira das Profissões; e) ao Hino ao Sol, de Amenófis IV. Questão 18 O Despotismo Oriental (Mesopotâmia, Egito) revela, em sua denominação, a natureza das relações entre governantes e governados. Esse tipo de governo: a) eliminou as desigualdades sociais; b) garantiu a autonomia dos camponeses em relação ao Estado; c) subordinou autocraticamente a sociedade ao Estado; d) possibilitou ampla mobilidade social; e) era talassocrático, pois o poder estava concentrado em comerciantes e navegantes. Questão 19 Os clamores da revolta e da destruição de Nínive, registrados na Bíblia, devem-se: a) ao pacifismo do povo assírio. b) às soluções arquitetônicas dos sumérios. c) ao mundo de produção asiático dos caldeus. d) aos atos despóticos e militaristas dos assírios. e) à região politeísta dos mesopotâmicos. Questão 20 “Em cada cidade-estado havia um templo dedicado à divindade principal. Os deuses eram considerados proprietários das terras de cultivo, preparadas pelos camponeses, através da secagem dos pântanos e da irrigação dos desertos. Os sacerdotes administravam os templos e também a riqueza dos deuses como se fossem propriedade privada.” AQUINO, R.; FRANCO. D.; LOPES, O. História das Sociedades. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986. p. 110. O texto acima refere-se à: a) sociedade grega antiga, onde havia uma distinção clara entre o setor da produção, de caráter coletivo, e o religioso, de caráter privado. b) estrutura social da Mesopotâmia, cuja unidade ideológica e econômica se baseava no setor religioso, representado por santuários. c) organização do setor produtivo da Judéia, o qual se baseava num regime de parceria entre a classe sacerdotal e a camponesa. d) estrutura sócio religiosa das cidades fenícias, onde o poder político e econômico provinha de uma aristocracia latifundiária. CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL Prof. Monteiro Jr. VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência AULA 2 – CIVILIZAÇÃO HEBRAICA INTRODUÇÃO Os hebreus constituiram uma das mais imporantes civilizações que se desenvolveram no Crescente Fértil. O traço singular dos hebreus e seu legado mais importante para a posteridade foi a crença monoteísta que serviu de base para as três grandes religiões monoteístas universais: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. FONTE HISTÓRICA O Antigo Testamento, livro sagrado dos judeus, é a principal fonte de estudo para a reconstituição da trajetória histórica hebraica. Cabe ao historiador separar o fato histórico da versão fantasiosa da Bíblia. A crença de que há um livro sagrado se baseia na fé (e não na razão). Assim, a Bíblia acaba refletindo a visão mítica que os hebreus tinham de si mesmo e da realidade. Além da Bíblia, a arqueologia tem funcionado como importante aliado para desvendar os segredos históricos dos hebreus. Descobertas recentes dos manuscritos do Mar Morto, preservados em pergaminho, localizados em cavernas, datados do século I a.C., produzidos por comunidades religiosas isoladas, têm fornecido importantes dados sobre a cultura hebraica. POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO Os hebreus, povo de origem semita, formavam uma pequena comunidade de pastores que habitavam perto de Ur, na Mesopotâmia. Segundo a Bíblia, Abraão recebeu a promessa de Jeová ( Iavé - Deus ) de uma Canaã ou paraíso onde mana o leite e o mel para o seu povo escolhido. Assim Abraão conduziu seu povo da Mesopotâmia à Palestina, a esperada terra prometida. O território da Palestina constitui o atual Estado de Israel e é formado por uma estreita faixa de terra entre o Mar Mediterrâneo e os desertos árabe e líbio. A terra prometida não era bem um paraíso. Na verdade, a Palestina era um território de clima semi-árido, de poucas chuvas e raros vales férteis. Além disso, era uma área de travessia, localizada entre os grandes impérios do Egito e Mesopotâmia. Isto favoreceu o surgimento de grandes cidades comerciais nas escalas de rotas caravaneiras e transformou a palestina em palco de sangrentas batalhas. EVOLUÇÃO HISTÓRICA “Sai da tua terra , e da tua parentela, e da casa de teu pai, e vem para a terra que te mostrarei. E eu te farei pai de um grande povo, e te abençoarei; tornarei célebre o teu nome e tu serás Bendito ” (Gênesis, capítulo 12) As palavras bíblicas acima foram ditas por Iavé (Deus) ao primeiro patriarca dos hebreus, Abraão. Esta narrativa, na verdade, é bem posterior ao fato narrado – a saída dos hebreus da Mesopotâmia em direção a Palestina – pois Iavé ainda não era o Deus dos Hebreus à época de Abraão. Nessa época os hebreus estavam divididos em clãs, tribos formadas por pessoas que possuem um antepassado comum e cultuam uma mesma divindade protetora. Cada clã era constituído pelo patriarca, seus filhos, mulheres e servos. A principal atividade econômica era o pastoreio e a autoridade do patriarca era absoluta. O poder político se diluía entre as várias tribos. A religião patriarcal era marcada pelo culto ao “Deus do pai” que era o Deus primitivo do antepassado imediato reconhecido pelos filhos. Chegando à Palestina, os hebreus se defrontaram com povos que cultuavam o Deus El, senhor dos deuses e dos homens, criador do universo. A fusão dessas crenças originou o traço fundamental da cultura hebraica: a crença monoteísta de um único Deus criador. Em homenagem a Deus, os patriarcas construíamaltares e sacrificavam animais que, depois de oferecidos a Deus eram servidos como refeição aos membros da tribo. OS PATRIARCAS HEBREUS Abraão: Foi o Primeiro patriarca dos hebreus. Isaac: Filho de Abraão Jacó: neto de Abraão, filho de Isaac. Jacó também era conhecido como Israel, por isso seus descendentesforam chamados de israelitas. Os doze filhos de Jacó tornaram-se chefes das dozes tribos hebraicas. Moisés: Comandou a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio e, segundo a crença religiosa dos judeus, recebeu de Deus, no Monte Sinai, Os Dez Mandamentos. Abraão comandou a retirada dos hebreus da Mesopotâmia, mas foi sob o comando de Jacó que teve início a ocupação da Palestina. Aula 2 – Civilização Hebráica 17 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Nessa época a Palestina era habitada por diferentes povos. Filisteus e Cananeus viviam no litoral; nômades semitas percorriam o sul; Edomitas, Moabitas e Arameus habitavam o leste e o norte. O aramaico, idioma falado pelos Arameus, tornou-se a língua usada por todos os comerciantes do Oriente Médio. Os hebreus permaneceram por três séculos na Palestina. Ao final deste período uma terrível seca assolou a região e, tangidos pela fome e sede, os hebreus emigraram para o Egito. A chegada dos hebreus ao Egito foi contemporânea da ocupação do Egito pelos invasores hicsos. Os hebreus tornaram-se aliados dos hicsos na conquista do Egito e, após a derrota e expulsão dos hicsos, os hebreus passaram a sofrer perseguições, condenados a altos impostos ou a escravidão. Moisés, segundo a tradição bíblica, foi criado pela família de um faraó após ter sido encontrado em um cesto abandonado num rio. Moisés comandou os hebreus durante o Êxodo, ou seja, a libertação da servidão no Egito e o retorno a Palestina. Durante a travessia, ainda segundo a Bíblia, Iavé selou uma aliança com os hebreus e o símbolo dessa aliança foi a entrega, no Monte Sinai, de duas tábuas contendo os “Dez Mandamentos”. As dificuldades da travessia do duro retorno à “Terra Prometida” se fizeram acompanhar, em vários momentos, do retorno à idolatria e ao politeísmo entre os hebreus. Contudo a crença em um único Deus, Iavé, e em um único líder, Moisés, reforçava a autoridade de Moisés sobre o seu povo e todos os desvios de religião ou de conduta eram fortemente combatidos. O Êxodo teria durado quarenta anos e foi repleto de momentos fascinantes como a travessia do Mar Vermelho. Contudo Moisés morreu antes da chegada final dos hebreus a Palestina. AS DEZ PRAGAS DO EGITO. Por muitos anos, os judeus foram escravos no Egito. O livro do Êxodo conta que Deus escolheu Moisés para ser seu agente na libertação dos judeus e na sua condução para fora do Egito. Os egípcios, no entanto, não queriam perder sua fonte de trabalho gratuito. A fim de persuadi-los, Deus enviou dez pragas ao Egito. O rio Nilo transformou-se em sangue; rãs saíram do rio e cobriram a terra; houve um enxame de mosquitos e uma praga de moscas, e todos os rebanhos egípcios pereceram. O povo egípcio foi então acometido de úlceras e pústulas, houve tempestades de pedra e uma praga de gafanhotos; e veio a escuridão por três dias. Por fim, todos os seus primogênitos morreram. Isso acabou por convencer o faraó a libertar os israelitas. Deus havia mostrado seu poder. Ele então disse o primeiro mandamento: “Eu sou Iahweh teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terá outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:2-3). (John Bowker. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. P. 117.) OS DES MANDAMENTOS 1. Amar a Deus sobre todas as coisas. 2. Não tomar seu santo nome em vão. 3. Guardar o Dia do Senhor e os das festas. 4. Honrar pai e mãe. 5. Não matar. 6. Não pecar contra acastidade. 7. Não furtar. 8. Não levantar falso testemunho. 9. Não desejar a mulher do próximo. 10. Não cobiçar as coisas alheias. Algumas das principais festas do judaísmo PÁSCOA – A Páscoa judaica comemora a libertação dos judeus do Egito e dura uma semana. ANO NOVO/TROMBETAS – Um tempo de reconciliação com Deus. YOM KIPPUR-DIA DA EXPIAÇÃO(PERDÃO) – É o dia mais santo de todo o calendário judaico. Os judeus devotos jejuam durante 24 horas, passam todo o dia na sinagoga e usam uma veste branca como símbolo de pureza. No fim do dia, o crente considera- se espiritualmente renascido. TABERNÁCULOS – Festival de colheitas agradecendo a Deus pela sua bondade e os cuidados com os judeus durante os quarenta anos de travessia do deserto. OS JUÍZES E A FORMAÇÃO DA MONARQUIA HEBRAICA De volta a Palestina, os hebreus viram suas terras ocupadas por cananeus e filisteus o que provocou lutas entre esses povos pela posse da terra. Nesse período, os hebreus foram liderados por comandantes militares e políticos chamados de Juízes, destacando-se entre eles Samuel e Sansão, famoso por sua força. A divisão política dos hebreus em tribos provocou várias derrotas militares especialmente para os filisteus que conquistaram grande parte da Palestina. A formação da Monarquia hebraica foi uma necessidade militar, de centralizar a luta dos hebreus para a reconquista da Palestina. Saul foi o primeiro rei dos hebreus. Sua popularidade inicial foi solapada diante de derrotas militares e da oposição de Samuel, o último dos Juízes ,que pretendia se perpetuar no poder. Samuel passou a estimular o ambicioso Davi a disputar a liderança dos hebreus com Saul. Este, por sua vez, fragilizado e ferido em combate, pediu a um escudeiro que o matasse. Diante da recusa do soldado, Saul suicidou-se com a própria espada. 18 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. Davi derrota o gigante Golias Davi foi o segundo rei hebraico. Segundo a Bíblia, Davi derrotou o gigante filisteu Golias acertando-lhe uma pedrada lançada de uma funda. Esta é, na verdade, uma metáfora que, fazendo uso de uma simbologia, quer dizer que, sob o comando de Davi, os Hebreus derrotaram os filisteus e reconquistaram a Palestina. O apogeu da Monarquia hebraica ocorreu no governo de Salomão, filho de Davi. São várias as histórias bíblicas que narram as virtudes de Salomão tido como um rei justo e sábio. Por exemplo, um dia duas mulheres tiveram filhos na mesma noite. Uma das mulheres, dormindo, rolou na cama e acabou por matar, acidentalmente, o filho que dormia ao seu lado. Desesperada, esta mulher acabou por trocar os filhos com a outra mulher. Esta, ao acordar, notou com tristeza a morte do filho. Olhou-o com atenção e viu que o bebê morto não era seu filho, que estava nos braços, bem vivo, da outra mulher. As duas mulheres brigaram pela posse do bebê. Salomão interveio e, ameaçou cortar o bebê ao meio com uma espada, entregando a cada mãe uma metade. A falsa mãe aceitou o trato enquanto a verdadeira mãe disse: - Não! Ela pode ficar com o filho. Mais uma vez Salomão interferiu e entregou a criança a mãe, dizendo que apenas o amor de mãe se comportaria dessa forma. Na verdade Salomão assassinou seu irmão e praticou vários atos de violência contra o seu povo. Vivendo em suntuoso palácio ao lado de 700 esposas e 300 amantes, as noites do Rei Salomão eram bastante agradáveis em contraste com o dia-a-dia dos hebreus submetidos a exorbitantes impostos e trabalhos forçados. Salomão selou aliança com Hiram, rei fenício da cidade de Tiro. Os fenícios forneciam madeira e arquitetos para a construção do Templo de Jerusalém, onde seria abrigada a Arca D’Aliança contendo os dez mandamentos. Em troca, a cada três meses, 30 mil hebreus trabalhavam gratuitamente na Fenícia e nas minas do
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