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HISTÓRIA-ANTIGA-ORIENTAL-APOSTILA

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NÚCLEO DE 
PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA ANTIGA 
ORIENTAL 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 3 
2. MESOPOTÂMICOS ...................................................................... 4 
2.1. AMORITAS ............................................................................. 7 
2.2. ASSÍRIOS ............................................................................... 9 
2.3. CALDEUS ............................................................................. 10 
3. EGITO ......................................................................................... 12 
3.1. ANTIGO IMPÉRIO (2700-2181 A.C.) ................................... 16 
3.2. MÉDIO IMPÉRIO (2040-1782 A.C.)..................................... 17 
3.3. NOVO IMPÉRIO (1570-1069 A.C.) ....................................... 17 
3.4. DIVISÃO SOCIAL ..................................................................18 
3.5. RELIGIÃO EGÍPCIA ............................................................ 24 
4. NÚBIA ........................................................................................ 28 
4.1. PERÍODO MEROÍTA ........................................................... 29 
5. HEBREUS .................................................................................. 32 
6. FENÍCIOS .................................................................................. 37 
7. PERSAS ...................................................................................... 40 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 43 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Fonte: essaseoutras.com.br 
 
A história antiga oriental diz respeito aos povos localizados no 
leste da Europa, norte da África e Oriente Médio. 
Esses povos tinham como características a autonomia política 
de cidades, produção agrícola às margens de rios e produção 
comercial diversificada denominada por alguns historiadores como 
Modo de Produção Asiático. (PINTO, s/d) 
A Idade Antiga compreende o período entre 4000 a.C. e 476 
d.C., durante esse período grandes civilizações despontaram como 
figuras de destaque com um grande desenvolvimento cultural e 
econômico. Nos capítulos a seguir estudaremos tais civilizações mais 
detalhadamente. 
 
 
2. MESOPOTÂMICOS 
 
Os mesopotâmicos viveram na Região do Rio Tigre e Eufrates, 
tiveram sua cultura baseada nas cheias e vazantes desses rios que 
tornavam fértil aquela região. Ali, sumérios, assírios e acádios 
batalharam entre si, ergueram cidades e influenciaram os costumes e 
valores daquele tempo. (SOUSA, s/d) 
 
 
Fonte: Pinterest 
A região da Mesopotâmia continha um solo muito rico por causa 
da vazão dos rios Tigre e Eufrates, razão pela qual Mesopotâmia 
significa “terra entre rios”. No período das cheias, o solo ficava cheio 
de material orgânico permitindo a atividade agrícola e a criação de 
animais, com isso foi possível fixar aldeias e estabelecer a vida 
sedentária naquela região. (SILVA, s/d) 
Os sumérios foram a primeira grande civilização a habitar a 
região da Mesopotâmia construindo cidades independentes por volta 
de 5000 a.C., as cidades por eles fundadas foram: Ur, Uruk e Nippur 
(conferir mapa acima). Eles foram destaque na construção de 
barragens para evitar que as águas dos rios chegassem às cidades, 
foram pioneiros na construção de reservatórios de água e na utilização 
dos canais de irrigação para a agricultura. Historiadores relatam que 
essa técnica fora utilizada por outro povo que viveu antes dos 
sumérios chamados ubaídas. 
O termo “sumério” significa terra de reis civilizados e o nome 
tem origem no idioma dos acádios, os mesmos se autodeclaravam 
“povo da cabeça negra”. 
As cidades sumérias eram organizadas de modo em que cada 
uma continha sua independência, sua forma de governo, leis próprias 
diferente umas das outras, cada uma possuía um governante 
responsável. Essas cidades possuíam um idioma comum fazendo 
parte de uma estratégia de guerra, pois lutavam constantemente pela 
hegemonia e por uma disputa de terras mais favoráveis, sendo assim 
essas cidades também tinham como característica muralhas 
fortificadas. 
Os sumérios desenvolveram também a escrita cuneiforme na 
qual era utilizada um objeto pontiagudo chamado cunha e escreviam 
sob blocos de argila. Cuneiforme significa simplesmente “em forma 
de cunha”, pois assim eram confeccionados os primeiros documentos 
dos sumérios. 
 
 
Fonte: Múltiplos Caminhos 
 
Os sumérios tiveram seu domínio encerrado com a chegada dos 
Acádios que conquistaram a região fundando cidades e construindo 
um Império, o principal rei desse povo foi Sargão I, o mesmo foi 
responsável pela construção do Império Acádio, porém de curta 
duração, pois foi substituído pela conquista das terras pelos amoritas, 
mais precisamente conhecidos como Babilônios. 
 
2.1. AMORITAS 
 
 Os amoritas foram povos semitas originários do deserto sírio-
árabe que invadiram as cidades-estado da mesopotâmia após derrotar 
o Império acadiano, eles foram responsáveis por fundar a cidade de 
Babilônia que se tornou o principal centro comercial da Mesopotâmia 
por volta de 2000 a.C. 
O Império babilônico foi marcado por disputas até a unificação 
do mesmo, sendo erguido por Amoreu Sumuabum em 1984 a.C e 
consolidado pelo imperador Hamurabi formando assim o Primeiro 
Império Babilônico. 
O Império Babilônico teve como características a forte 
influência dos Sumérios, seu principal rei foi Hamurábi que foi 
responsável por estabelecer leis rígidas conhecidas como Código de 
Hamurábi, esse código seguia o princípio da Lei de Talião que 
significava “olho por olho”, “dente por dente”, ou seja, o delito 
cometido era punido da mesma forma que foi praticado, na mesma 
proporção. 
 
O Código de Hamurabi estabelecia regras de vida e de 
propriedade, estendendo a lei a todos os súditos do império. 
Seu texto de 282 preceitos foi reencontrado em Susa (1901-
1902), por uma delegação francesa na Pérsia, sob a direção 
de Jacques de Morgan, sob as ruínas da acrópole de Susa, e 
transportado para o Museu do Louvre, Paris. Consiste de 
um monumento em um tronco de cone de dura pedra negra 
de 2,25m de altura, 1,60m de circunferência na parte 
superior e 1,90m de base, ou seja, gravado em uma estela 
cilíndrica de diorito. Toda a superfície está coberta por 
denso texto cuneiforme, de escrita acádica. (Costa, s/d) 
 
Hamurabi possuía um grande talento em administrar, ele 
conquistou um vasto território na Mesopotâmia usando armas ao 
mesmo tempo que usava a pacificação e ações administrativas. 
Ele construiu muralhas, canais de irrigação expandindo a 
agricultura e a navegação, permitiu os cultos aos povos conquistados 
reconstruindo também suas cidades e obteve um grande sucesso na 
área jurídica. 
 
 
Fonte: Todo Estudo 
 
 Com a morte de Hamurabi, o reino dos amoritas se enfraqueceu 
e foi dominado pelos Assírios que tinham como característica o 
militarismo, ações extremamente agressivas e cobrança de altos 
tributos. 
 
2.2. ASSÍRIOS 
 
Os assírios eram conhecidos por sua crueldade nas batalhas, 
eles usavam armas de metais, carros de guerra puxados por cavalos, 
seus exércitos eram extremamente organizados e suas formas de 
execução e tortura eram feitas com muita severidade. 
Assurbanipal foi um dos reis mais importantes do povo assírio, 
o mesmo foi responsável por ordenar a construção da Biblioteca de 
Nínive pois admirava a erudição, essa biblioteca continha uma grande 
quantidade de escrita cuneiforme em blocos de argila, além de 
registros culturais, políticos e sociais desse reinado, o que possibilitou 
os historiadores a explorar os conhecimentos daquela região. 
O enfraquecimento dos Assírios ocorreu justamente devido àsconstantes práticas brutais, o que abriu portas para revoltas 
constantes e facilitou a conquista daquela região pelos caldeus, que 
foram auxiliados pelos medos por volta de 612 a.C. Os caldeus 
conseguiram dessa forma fundar o Segundo Império Babilônico, 
também conhecido como Império Neobabilônico, que teve como 
principal rei Nabucodonosor, ele ordenou a construção dos jardins 
suspensos de Babilônia considerados uma das maravilhas do Mundo 
Antigo, porém o reinado dos caldeus foi considerado curto. 
 
 
2.3. CALDEUS 
 
Nabucodonosor foi um rei ousado, ele conseguiu destruir 
Jerusalém, lutou mais de 30 anos para conquistar territórios no Egito, 
Assíria, Jerusalém e Fenícia. Embora tenha sido Nabopolassar o 
responsável pela tomada da Babilônia foi Nabucodonosor o 
responsável pela expansão do império. 
Em seu governo foram realizadas muitas reformas e muitas 
obras construídas com o dinheiro arrecadado em pesados tributos 
impostos aos povos dominados. Entre suas grandes obras destacam-
se: o Zigurate de Marduk e os Jardins Suspensos da Babilônia. 
 
Representação artística dos 
Jardins Suspensos da Babilônia 
 
 
Fonte: Xapuri 
 
Após a morte de Nabucodonosor o Império entrou em lenta 
decadência e Nabonido foi seu último rei, sendo derrotado pelo 
Império Persa, comandado por Ciro, que dominou a região. 
 
Representação artística do Zigurate de Marduk, 
também conhecido como Torre de Babel 
 
 
Fonte: R7 
 
3. EGITO 
 
Assim como as nações que dependiam dos rios Tigre e Eufrates 
o Egito era dependente do rio Nilo. As terras próximas ao rio eram 
férteis e garantiam a produção agrícola que mantinha o povo daquela 
região. Além da fertilidade das terras que circundavam o Nilo em 
períodos de cheia suas águas inundavam as margens depositando 
húmus, uma matéria orgânica principalmente vegetal, decomposta ou 
em decomposição, sendo uma grossa camada de limo que fertilizava 
o solo, o que era conhecido como crescente fértil. Além disso, os povos 
que ali viviam construíam barragens e deslocavam a água do rio para 
algumas regiões que não eram atingidas pela cheia, aumentando 
assim as áreas produtivas. 
 
 
Fonte: Todo Estudo 
 
Conforme Gamal Mokhtar, arqueólogo egípcio, a boa 
administração dos recursos hídricos foi fundamental para o 
desenvolvimento humano, conforme evidencia-se no trecho abaixo: 
 
Sem o rio, o Egito não existiria. Isso foi dito e redito mil 
vezes desde Heródoto: trata-se de uma verdade básica. De 
fato, as condições rigorosas que o rio impunha às 
sociedades humanas que viviam às suas margens, e que a 
ele deviam sua subsistência, só foram reconhecidas pouco a 
pouco. Tornaram-se inelutáveis apenas quando a 
civilização egípcia tinha mais de 700 anos. Os grupos 
humanos que constituíram essa civilização tiveram tempo, 
portanto, para se acostumar gradualmente às exigências 
impostas pela ecologia do Nilo. (2011, págs. 44 e 45) 
 
O Nilo era tido como sagrado pelos povos egípcios, 
principalmente por ser o responsável pela manutenção da vida na 
região, pois, com a crescente do Nilo eram possíveis a agricultura e a 
agropecuária. 
Infelizmente governantes da atualidade não mantém essa 
importância aos recursos hídricos, o que tem gerado uma crise de uso 
desenfreado dos recursos naturais conforme relatório mundial das 
nações unidas sobre o desenvolvimento de recursos hídricos: 
 
Percursos de desenvolvimento insustentável e falhas de 
governança têm afetado a qualidade e disponibilidade dos 
recursos hídricos, comprometendo a geração de benefícios 
sociais e econômicos. A demanda de água doce continua 
aumentando. A não ser que o equilíbrio entre demanda e 
oferta seja restaurado, o mundo deverá enfrentar um déficit 
global de água cada vez mais grave. 
 
Uma retirada excessiva é frequentemente o resultado de 
modelos antigos de uso de recursos naturais e de 
governança, onde a utilização de recursos para o 
crescimento econômico tem regulação deficiente e é 
realizada sem controle adequado. (2015, pág. 3) 
 
A formação do Egito Antigo se dá aproximadamente em 3200 
a.C. quando Namer unificou os reinos do Alto Egito e do Baixo Egito 
já existentes durante o quarto milênio. Há evidências que 
demonstram que a região do Nilo já era ocupada por povos não-
nômades desde meados de 7000 a.C. 
 
 
Fonte: Infoescola 
Pode parecer contraditório o fato de o assim chamado “Alto 
Egito” estar situado ao sul e o “Baixo Egito” ao norte, porém, isso se 
dá, pois, a região do Alto Egito é marcada por formações 
montanhosas, o que o deixa em altitude superior em relação ao Baixo 
Egito, que se encontra no delta do Nilo. 
Ambos os povos possuíam similaridades marcantes na cultura e 
religião, o que foi primordial para que a unificação ocorresse através 
de Namer (também conhecido como Menés I). Antes da unificação, 
cada um dos líderes do Egito possuía uma coroa distintiva, o que 
também foi unificado, dando origem a uma terceira coroa que era 
composta pela junção das duas anteriores, conforme pode ser 
observado: 
 
 
Fonte: Incrível História 
 
O Antigo Egito Unificado passou por três grandes fases 
separadas por períodos intermediários, que serão discorridos a 
seguir: 
3.1. ANTIGO IMPÉRIO (2700-2181 A.C.) 
 
Conforme BRAICK E MOTA: 
 
Teve início com a mudança da capital do Império 
para Mênfis, promovida pelo faraó Djoser. A paz interna e 
a prosperidade econômica do período foram importantes 
para a realização de grandes obras, como a construção das 
pirâmides de Gizé. Crises políticas e rebeliões camponesas 
enfraqueceram o Império e facilitaram as invasões de povos 
nômades. (2011, pág. 58) 
 
 
Fonte: Egito.com 
3.2. MÉDIO IMPÉRIO (2040-1782 A.C.) 
 
Antes de sua unificação o Egito possuía muitas regiões que eram 
organizadas em formato de clãs. Cada um destes clãs era regido por 
um chefe que recebia o nome de nomarca, visto que os gregos 
chamavam essas regiões de nomus. Aproveitando-se da instabilidade 
deixada pelo Antigo Império os nomarcas assumiram o poder e 
tornaram suas regiões pequenos estados independentes. Após um 
período de aproximadamente quarenta anos onde os nomarcas 
dominaram o Egito a unidade política do Egito se restabeleceu, dando 
origem ao Médio Império. 
No Médio Império a capital egípcia foi transferida de Mênfis 
para Tebas, além da expansão territorial ocorrida com o anexo de 
territórios pertencentes à Núbia e das relações comerciais terem se 
intensificado com outros povos. 
Obras públicas de irrigação ampliaram as áreas agrícolas, o que 
permitiu um excedente de mantimentos, dando assim mais tempo 
para os egípcios se concentrarem em seu desenvolvimento artístico e 
cultural. Entretanto, os hicsos (povo nômade semita originário da 
Ásia) invadiu as terras egípcias por volta de 1782 a.C e o ocupou até 
1570 a.C. fundando suas próprias dinastias. 
 
3.3. NOVO IMPÉRIO (1570-1069 A.C.) 
 
Em 1570 inicia-se um processo de expulsão dos povos hicsos, o 
que deu origem ao Novo Império Egípcio. No Novo Império a política 
expansionista fez com que o Egito expandisse seus domínios até a 
Palestina, Fenícia e Síria. Uma figura importante neste período foi o 
farão Ramsés III, que foi o segundo faraó da XX dinastia egípcia, e é 
considerado como o último grande faraó do Império Novo a exercer 
uma grande autoridade sobre o Egito. Com sua morte o império se 
desintegrou em 1069 a.C. e veio a ser invadido e conquistado 
posteriormente pelos núbios e pelos assírios. Em 525 a.C. os persas 
assumiram o controle da região, e o Egito manteve-se incorporado ao 
Império Persa até ser conquistado em 333 a.C. por Alexandre, o 
Grande. 
 
3.4. DIVISÃO SOCIAL 
 
O modo de produção egípcio, assim como o mesopotâmico, era 
o asiático. Nele, a sociedade era centralizada no poder do líder do 
estado. No Egito tudo era pertencente ao Faraó, tido como líder 
político, militar e religiosomáximo. O faraó também era proprietário 
de todos os recursos materiais do Egito, não existindo propriedade 
privada. 
 
 
Fonte: Toda Matéria 
No aspecto religioso, o líder egípcio era visto como a 
reencarnação da divindade Rá, o criador do mundo, atribuindo assim 
caráter divino às suas ações e decisões. As obras públicas financiadas 
pelo faraó eram grandes como um símbolo da grandeza representada 
pelo governo do ente divino-humano. 
 
Após a família real, os nobres e sacerdotes compunham o topo 
da pirâmide da sociedade egípcia. Possuíam inúmeros privilégios e 
eram comumente escolhidos entre aqueles que eram mais bem 
instruídos, além de não pagarem impostos e possuírem facilidade de 
enriquecimento devido aos negócios particulares que conseguiam 
realizar no Império. 
Os soldados garantiam a manutenção da ordem no Egito, além 
de serem a força que era utilizada nas conquistas e dominação de 
outros territórios, também mantinham a vigilância das fronteiras 
contra os ataques de outros povos, e faziam a segurança do soberano 
egípcio e de sua família. 
Os escribas, como próprio nome evidencia, eram do minoritário 
grupo que sabia ler e escrever. Trabalhavam para o Estado na 
arrecadação de impostos, fiscalização de obras e construções, 
distribuição de recursos, registros de contratos, testamentos e 
inventários, e demais funções públicas. 
Os comerciantes também tinham grande importância para o 
desenvolvimento da economia egípcia ao promoverem a circulação de 
riquezas entre seu povo e as demais civilizações vizinhas. Graças à sua 
ação, era possível o acesso a uma série de produtos, como a madeira, 
utilizada na construção de embarcações e sarcófagos; o cobre e o 
estanho, metais úteis na fabricação de armamentos militares; e ervas, 
geralmente empregadas na medicina e nos processos de mumificação. 
No antigo Egito, o comércio era feito entre os egípcios e também entre 
outros povos. O comércio exterior era organizado pelo Faraó, que 
ficava responsável por comandar as expedições. Geograficamente o 
Egito era favorecido e mantinha negócios com algumas ilhas gregas, 
com a África e com a Ásia. Utilizava-se como câmbio a troca de 
mercadorias. 
Os artesãos eram pessoas que não trabalhavam nas lavouras ou 
em outras atividades. Nesse grupo estão inseridos os pedreitos, 
carpinteiros, construtores de barcos, oleiros, ceramistas, escultures, 
pintores, entre outros. Eles, juntamente com os escribas, 
conseguiram deixar o legado que conhecemos hoje. Desde artefatos 
pequenos até os maiores, os artesãos foram os responsáveis por toda 
a beleza decorativa do antigo Egito. 
 
 
Fonte: Imprensa FM 
 
Os camponeses eram a classe formada pela maior parte dos 
antigos egípcios, compondo 80% da população. Eram pessoas que 
trabalhavam nas lavouras e na criação de animais a fim de gerar todo 
o sustento necessário. Ficavam com uma parte do que era cultivado, 
mas a grande maioria arrecadada permanecia com os nobres ou com 
o próprio Faraó. Nos períodos com pouca atuação nos campos, devido 
aos períodos de cheia e vazante do Nilo eram realocados para os 
trabalhos de construção, reparos e reformas, tanto de templos como 
de palácios e monumentos. 
Já a camada mais explorada do Antigo Egito era a dos escravos. 
Normalmente eram prisioneiros de guerra que foram aprisionados, 
fazendo parte de um grupo reduzido, que se dedicava a diversos tipos 
de atividades, como artesanato, serviços de casa, trabalhos em 
pedreiras, minas e trabalho rural. Esse grupo fazia parte da base da 
pirâmide social do Egito, correspondendo a um grupo social 
numericamente pequeno em comparação com a totalidade da 
sociedade egípcia. 
 
 
Fonte: R7.com 
Os escravos viviam de acordo com a atividade que 
desempenhavam na sociedade. Alguns escravos domésticos tinham 
um tratamento melhor do que aqueles que trabalhavam no campo e 
nas pedreiras, por exemplo. 
Uma característica da escravidão no Egito Antigo é que o 
escravo egípcio não era considerado uma mercadoria, mas sim um ser 
humano. Assim, os escravos podiam ter propriedades, podiam se 
casar com pessoas livres e tinham, inclusive, o direito de depor contra 
os próprios donos. 
Conforme YOYOTTE: 
 
“As listas de títulos e as genealogias mostram 
claramente que não havia uma casta de escribas distinta da 
casta de guerreiros ou dos sacerdotes. A classe dirigente era 
única e se confundia com os quadros administrativos. Em 
geral, todo bom estudante podia ocupar um cargo e 
ascender perante o rei, teoricamente o único árbitro em 
matéria de promoção social. Contudo era normal 
transmitir-se aos filhos pelo menos parte das funções, e não 
devemos dar muito crédito a uma retórica que se apressa 
em representar todo funcionário como alguém que o rei 
tirou do nada. ” (2011, pág. 79) 
 
Importante, também, é ressaltar o papel das mulheres no Egito. 
Enquanto em outras regiões imperava o regime patriarcal onde as 
vontades e liberdades das mulheres eram desprezadas, no Egito 
mulheres poderiam ocupar cargos públicos, optar pelo divórcio, 
dispor livremente de seus bens e tinham o mesmo direito que os 
homens a heranças. 
Na cultura egípcia a vida após a morte era uma continuação da 
vida terrena, por isso os bens de um falecido eram sepultados com ele, 
para que este chegasse bem ao outro lado. 
Era comum também que esposas e escravos fossem sepultados 
juntamente com um faraó quando este morria. Uma das maravilhas 
do mundo antigo são as pirâmides erigidas em Gizé (Necrópole de 
Gizé), que foram construídas a mando dos faraós para servir de local 
para depósito de seus corpos após a morte. 
Acreditava-se que uma parte do espírito do faraó, chamada ka, 
permanecia com seu cadáver. O cuidado adequado com os restos 
mortais era necessário para que o ex-faraó pudesse executar suas 
novas funções como o rei dos mortos. De acordo com essa teoria, as 
pirâmides não só serviam como um túmulo para o faraó, mas também 
como local de armazenamento para os vários itens que ele iria 
precisar na vida após a morte. O povo do Antigo Egito acreditava que 
a morte na Terra era o início de uma viagem para o próximo mundo. 
O corpo embalsamado do rei era enterrado embaixo ou dentro da 
pirâmide para protegê-lo e permitir sua transformação e ascensão 
para a vida após a morte. 
 
Panorama da Necrópole de Gizé com destaque para as pirâmides de 
Quéops, Quéfren e Miquerinos, além da Esfinge. 
 
Fonte: Domínio público 
 
3.5. RELIGIÃO EGÍPCIA 
 
Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam e veneravam um 
grande número de divindades, com papéis e características variadas. 
Os deuses da mitologia egípcia tinham características semelhantes 
aos humanos, podendo nascer, envelhecer, morrer; além de 
possuírem um nome, sentimentos e um corpo que deve ser 
alimentado. 
 
Principais deuses egípcios 
 
Fonte: Toda Matéria 
Conforme BRAICK e MOTA: 
 
Para os egípcios, todos os elementos da natureza 
eram manifestações de divindades. Por exemplo, Rá era o 
Sol, Geb era a Terra, Hapy, as cheias do Nilo, Shu, o ar e 
Nut, o céu. Os deuses podiam ter forma humana 
(antropomórfica), animal (zoomórfica) ou a combinação 
das duas (antropozoomórfica). 
 
O primeiro deus do panteão egípcio, Rá-Atum é o responsável 
pela criação do mundo. Representado pelo Sol, ele é descrito de 
diversas formas, sendo a mais comum com a face de uma ave de 
rapina. Os egípcios acreditavam que seu rei (o Faraó) era a 
encarnação de Rá. 
Descendente de Rá, Osíris é o filho mais velho do casal Geb e 
Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro Faraó do Egito. 
Esposa-irmã de Osíris, Ísis era protetora, piedosa e estava relacionada 
à magia. Com Osíris teve o filho Hórus. 
Deus do caos, Set é responsável pelas guerras e por toda a 
escuridão. Com a forma do porco-formigueiro, ele matou seu irmão: 
Osíris. 
Nephthys é irmã-esposa de Set e após a morte de Osíris,separou-se de seu esposo e juntou-se à sua irmã Ísis em luto. 
Filho de Osíris e Ísis, Hórus é representado com cabeça de falcão 
e corpo de homem. É o protetor dos faraós e das famílias. Lutou 
contra Set pelo trono do principal deus do Egito após o assassinato de 
seu pai, Osíris. 
A deusa guardiã das mulheres e protetora dos amantes, Hathor, 
é esposa de Hórus, representada com a cabeça ou as orelhas de uma 
vaca. 
Com cabeça de chacal, Anúbis nasceu da união de Osíris e 
Nephthys. Foi responsável pela mumificação ao embalsamar o corpo 
do pai. Daí deriva-se a prática de mumificar os mortos, visto que desta 
forma os egípcios acreditavam estar preservando os corpos para a 
existência após a morte. 
O processo de mumificação acontecia retirando os órgãos e o 
cérebro do falecido e deixando o corpo desidratar por quarenta dias 
sobre a ação de um sal conhecido como natrão. Após esse período o 
corpo era lavado com óleos aromáticos, coberto com betume e 
enrolados com linho fino, sendo depositado em um sarcófago de 
madeira ou ornado com ouro. Por ser um processo caro somente os 
mais abastados podiam pagar por ele, sendo os mais pobres envoltos 
em linho e depositados na areia. 
 
 
Fonte: Globo 
 
Ainda sobre as divindades, alguns textos evocam Thoth como 
filho de Rá, enquanto outros, como de Set. Patrono da Lua, da 
sabedoria e da cura, Thoth possui a cabeça de uma ave. 
Ligada à fertilidade, Bastet é a deusa da fertilidade, sexualidade 
e do parto. Com cabeça de gato e corpo de humano, ela é considerada 
a protetora das mulheres. 
Deusa com cabeça de leoa, Sekhmeth é filha de Rá e, por isso, 
reflete o aspecto destrutivo do Sol. 
Durante o período do faraó Amenófis (1388-1335 a.C.) o Egito 
deixou o politeísmo e começou a adorar um único deus, a saber, Áton, 
o deus sol, sendo ele (o faraó) o único mediador entre os homens e 
este deus. Isto ocorreu devido a extensa influência exercida pelos 
sacerdotes, o que gerou preocupação no faraó sobre seu governo. 
Após as modificações religiosas, Amenófis passou a ser 
chamado de Aquenáton, (o que está a serviço de Áton). Entretanto, 
após sua morte o culto a um único deus deixou de ter prestígio, dando 
lugar novamente ao politeísmo. 
 
4. NÚBIA 
 
A Núbia, também conhecida como Cuxe (Baixa Núbia) e Wawat 
(Alta Núbia) era uma extensa faixa de terra entre a primeira e a sexta 
catarata do Nilo. 
 
 
Fonte: Café História 
 
Desde a unificação do Egito em 3200 a.C. os núbios mantinham 
contato e comércio com os povos egípcios. A população núbia era 
composta por negros e alcançou um grande desenvolvimento para a 
época. Por séculos riquezas núbias foram levadas ao Egito. A região 
supria o Egito com ébano, marfim, incenso, óleos, gado, ovos e 
plumas de avestruz, peles de animais, cereais, artefatos como escudos 
e poltronas, escravos e ouro. 
Com o crescente desenvolvimento e organização do Reino de 
Cuxe, seus domínios começaram a se expandir até as fronteiras do 
Egito, que descontentes com tal crescimento, por volta de 1560 a.C. 
tomou o controle do território. 
Com a dominação o Egito construiu com Cuxe uma relação de 
identidade e lealdade, e de assimilação cultural, construindo templos 
e ensinando seus costumes aos jovens cuxitas. Cuxe foi tratada como 
uma espécie de vice-reino de Egito e sua própria elite governava a 
região prestando lealdade aos egípcios. 
Com o enfraquecimento do Egito, Cuxe instalou, por volta de 
800 a.C. uma monarquia local, que liderada pelo cuxita Kashta 
posteriormente invadiu o Egito, se autoproclamando faraó. Seu 
sucessor, Piye, dominou todo o Egito e se tornou o primeiro faraó da 
dinastia etiópica ou dinastia cuxita. 
No entanto, a partir do século VII a.C. a Assíria invadiu o 
território colocando um fim ao domínio cuxita e seus faraós e líderes 
retornaram a região da Núbia. 
 
4.1. PERÍODO MEROÍTA 
 
Após sofrer grandes baixas em confrontos com os Assírios os 
cuxitas retornaram a Napata, porém, no século VI a.C. o Egito 
avançou sobre a região de Napata, obrigando o Império Cuxita e 
deslocar sua capital para Méroe, ponto estratégico nas rotas 
comerciais que ligavam o Mar Vermelho, a África Central e o Oriente 
Médio, dando início ao período meroíta. 
 
 
Fonte: César Mota 
 
Méroe deu continuidade ao esplendor cuxita, afastando-se, 
porém, das raízes egípcias e retornando aos antigos costumes núbios. 
Isso fica evidenciado ao analisar as construções núbias do período, 
marcadas por ângulos mais agudos e construções próprias. 
 
 
Fonte: Tarcivan.com 
Conforme ALI HAKEM: 
 
Méroe era conhecida por ter sido governada por uma 
linhagem de Cabdaces, Kandake, ou rainha-mãe reinantes. 
[...] A rainha mais antiga de que se tem provas é 
Shanakdakhete, do início do século II antes da Era Cristã 
[...]. 
A certa altura, as rainhas devem ter superado em 
importância seus filhos ou maridos, e, num momento 
oportuno, assumido a totalidade do poder. A partir de 
Shanakdakhete, o governo é exercido por uma série de 
rainhas [...]. 
 
 
Fonte: Afrikhepri 
5. HEBREUS 
 
Os hebreus, povo nômade semita originário da região da 
Mesopotâmia, chegaram à Palestina no segundo milênio a.C. 
Enquanto o Egito dependia do rio Nilo os hebreus começaram seu 
desenvolvimento regados pelo rio Jordão, que permitiu a agricultura 
e a criação de rebanhos. 
Para se conhecer melhor os hebreus, é necessário buscar 
informações relevantes nos cinco primeiros livros do Antigo 
Testamento da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e 
Deuteronômio, também conhecido pelos judeus como A Torá. 
Nestes livros a história dos hebreus é iniciada com a chamada 
divina de Abraão, grande líder que organizou um clã sendo seu 
patriarca e prosperando, ora como nômade, ora se estabelecendo em 
regiões habitadas e realizando negócios com os povos ali presentes. 
O Período dos Patriarcas se estende com descendentes diretos 
de Abraão assumindo o controle da família, sendo sucessivamente 
Isaque, Jacó (que teve seu nome mudado para Israel após travar uma 
batalha com um anjo). 
Diferente dos povos circunvizinhos, os hebreus eram 
monoteístas, isto é, adoravam um único Deus chamado Yahweh (יהוה), 
Javé ou Jeová em transliteração. 
Os hebreus possuíam escravos, que podiam ser prisioneiros de 
guerras, indivíduos nascidos de pais escravos ou pessoas que não 
tinham condição de pagar suas dívidas e eram forçadas a vender a si 
mesmas ou os filhos como escravos para pagar as dívidas. Os 
estrangeiros serviriam como escravos por todo o período de sua vida, 
enquanto os hebreus que se tornassem escravos só prestavam serviços 
por seis anos, sendo liberados no sétimo. 
Após a multiplicação dos membros do clã e seu fortalecimento, 
um período de grande seca e fome assolou a região da Palestina, 
obrigando Israel e todos os seus a migrarem para o Egito, onde 
encontraram-se com José (filho de Israel) como um grande 
governante, que os favoreceu concedendo terras, rebanhos e 
possibilidade de crescimento na terra do Egito. 
Porém, com a expulsão dos hicsos os hebreus foram 
escravizados no Egito, sofrendo perseguições e maus-tratos, até que 
um hebreu chamado Moisés liderou o Êxodo, que seria a libertação 
do povo e saída das terras egípcias. Entre a saída do Egito e a chegada 
a Canaã, a Terra Prometida, Moisés recebeu de Deus duas tábuas de 
lei que serviriam de base moral, civil e religiosa dos hebreus, também 
conhecidas como Dez Mandamentos, ou Decálogo. 
 
 
Fonte: Liszt Rangel 
Com a morte de Moisés, antes de chegar a Canaã, Josué passou 
a liderar o povo, e, ao chegar a região foi um importante líder militar 
para a tomada da terra dos habitantes que ali viviam. 
Estabelecidos na terra prometida o povo hebreu se subdividiu 
em doze tribos, mantendo a religião e a língua como fatores comuns 
e sendo governados por juízes. Sempre que ameaçados por outros 
povos os líderes se reuniam formandouma coalisão que se mostrava 
extremamente vantajosa. Com os crescentes ataques viu-se a 
necessidade de unificar o povo definitivamente, instaurando-se uma 
monarquia que teve como seu primeiro rei Saul. 
 
 
Fonte: Richardprins 
Davi sucedeu a Saul no reinado e conquistou Jerusalém, que 
veio a ser a capital do Estado, manteve relações comerciais e 
diplomáticas com os povos vizinhos. Seu filho Salomão, ao assumir o 
reinado impôs uma alta carga de impostos, o que gerou um grande 
acúmulo de riquezas, utilizadas em edificações suntuosas como o 
Templo de Salomão. 
Com a morte de Salomão seu filho Roboão assumiu o trono, mas 
por impor uma carga de tributos ainda maior que seu pai não 
conseguiu controlar a crise política que se instalou, fazendo com que 
as tribos se dividissem, indo dez tribos ao norte e se tornando o Reino 
de Israel e duas ao sul formando o Reino de Judá. Esse episódio ficou 
conhecido como Cisma. 
Conforme BRAICK e MOTA: 
 
Crises frequentes enfraqueceram os dois reinos, que 
ficaram sujeitos às invasões de assírios, egípcios e 
babilônios. Em 721 a.C., os assírios conquistaram o Reino 
de Israel, que foi assimilado culturalmente por outros povos 
e perdeu sua identidade hebraica. Em 586 a.C., 
Nabucodonosor, rei do Segundo Império Babilônico, 
conquistou o Reino de Judá. O Templo de Jerusalém foi 
destruído e a maioria dos hebreus foi levada para a 
Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como Cativeiro da 
Babilônia e durou até 539 a.C., quando os persas 
conquistaram o Império Babilônico e permitiram que os 
judeus retornassem à Palestina. De volta à terra de seus 
ancestrais os judeus construíram o Segundo Templo em 
Jerusalém, em 516 a.C., mas sem a suntuosidade e as 
dimensões do Templo de Salomão. 
 
O Segundo Templo foi destruído e somente restou o muro 
ocidental de pé, que ficou conhecido por Muro das Lamentações e 
constitui um local sagrado para os judeus. 
 
 
Fonte: Época 
 
Os judeus ficaram sob domínio persa até serem conquistados 
por Alexandre, o Grande. Posteriormente os Romanos tomaram o 
controle da região e, devido a muitas revoltas, expulsaram-nos da 
região da Palestina no que ficou conhecido como Diáspora, que quer 
dizer “dispersão”. 
 
6. FENÍCIOS 
 
Situados na região onde hoje é o Líbano, os cananeus, chamados 
pelos gregos de fenícios, foram povos que se fixaram no leste do 
Mediterrâneo. Devido a estarem localizados num terreno pouco 
produtivo e com bastante madeira disponível, construíram muitos 
portos e embarcações tornando a comunicação e o comércio com 
outros povos a base de sua economia. 
Visto que não possuíam muitos produtos para trocar ou vender 
por onde atracavam, os fenícios especializaram-se no artesanato, 
produzindo peças decorativas e de utilidade que agradavam aos mais 
variados gostos. Um dos diferenciais fenícios eram os tecidos cor 
púrpura produzidos a partir de um molusco comum no litoral 
mediterrâneo, o múrice. 
 
 
Fonte: Cultura Mix 
Com o fortalecimento do comércio e o aprimoramento das 
atividades marítimas aliados à construção de portos o poder e a 
influência dos fenícios logo se destacaram, o que pode ser visualizado 
na construção de cidades como Sídon, Biblios, Tiro, Beritos e Ugarit. 
Devido a suas rotas marítimas utilizadas para o comércio, colônias 
foram formada no norte da África (Cártago), ao sul da Península 
Itálica (Sicília) e ao sul da Espanha (Cádis). 
 
 
Fonte: Bourrichon 
 
As cidades fenícias eram independentes, todavia, mantinham 
uma cultura e o idioma em comum. O principal deus cananeu era 
Baal, bastante presente na história bíblica. 
Cada cidade fenícia possuía um monarca que também possuía 
funções religiosas. Liderados por Aníbal enfrentaram o Império 
Romano, sitiou a cidade de Roma, o que gerou um ataque em Cartago, 
levando a um conflito que derrotou os fenícios. 
Entretanto, o fato que mais se destaca na cultura fenícia é a 
invenção de um alfabeto fonético com 22 signos que facilitavam a 
comunicação com os diferentes povos que entravam em contato para 
a realização do comércio. Esse alfabeto foi incorporado pelos gregos 
que a ele acrescentaram vogais. 
 
 
Fonte: Infoescola 
 
 
 
7. PERSAS 
 
Localizado onde hoje é o Irã, o Império Persa surgiu da 
unificação dos reinos da Média e da Persa por Ciro. Seu governo foi 
marcado por uma tolerância religiosa e cultural, que mantinha os 
líderes nobres locais em altas posições nas regiões dominadas 
cobrando impostos e serviços administrativos. 
Os persas construíram grandes estradas, o que facilitava a 
locomoção pelo vasto império e a troca de mensagens. O império era 
divido em vinte partes chamadas satrapias, governadas pelos 
sátrapas. Foram também o primeiro império a padronizar a moeda, 
com Dario, que criou o dárico. 
 
 
Fonte: Wikiwand 
Os imperadores persas se consideravam mensageiros dos 
deuses e suas ações eram tidas como divinas. A sociedade era 
estamental e militarista, suprimindo as revoltas com uma força 
militar devastadora. Com seus métodos conseguiram conquistar 
grande parte do mundo antigo, como se pode visualizar no mapa a 
seguir: 
 
 
Fonte: Fazendo História 
 
Sempre que dominavam um povo ou região os persas adotavam 
hábitos dos povos conquistados e também transmitiam valores de sua 
cultura a estes, criando um intercâmbio cultural que era benéfico a 
ambos os povos, principalmente para a manutenção da identidade do 
império e para evitar revoltas por descontentamento dos povos 
dominados: 
 
Conforme LAVER: 
 
Os persas dominaram a civilização babilônica no 
século VI a.C. Como eram originários de uma região 
montanhosa de clima frio no atual Turquestão, usavam 
trajes mais quentes, mas logo os substituíram pelas túnicas 
franjadas e os mantos do povo conquistado. Além da lã e do 
linho, tinham também acesso à seda trazida da China pela 
longa rota das caravanas. No entanto, conservaram seu 
adorno de cabeça, o chapéu macio de feltro que os gregos 
chamavam de “frígio” e que, cerca de 2 mil anos depois, 
seria adotado pelos revolucionários franceses como “o 
chapéu vermelho da liberdade”. Também conservaram seus 
sapatos característicos, uma bota fechada de couro flexível 
com ponta ligeiramente voltada para cima. A inovação mais 
importante foi o uso de calças, que passaram a ser 
consideradas o traje típico persa e, se pudermos confiar nos 
parcos registros disponíveis, também foram usadas pelas 
mulheres. (2006, pág. 15) 
 
Com um império tão vasto e um contingente militar expressivo, 
surgiram tentativas de conquista a territórios gregos, que resultaram 
em inúmeras derrotas enfraquecendo o exército e desmoralizando a 
confiança na liderança dos generais de guerra em suas campanhas 
terrestres e marítimas. 
Com o Império enfraquecido houveram tentativas de acordos de 
paz com os gregos, entretanto, com a crise política e militar 
instaurada, abriu-se espaço para a conquista do império em 333 a.C. 
por um povo pouco conhecido até então, mas que tomaria o controle 
de toda a região conhecida nos anos seguintes, os macedônios. 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
COSTA, Keilla Renata. "Hamurabi"; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/biografia/hamurabi.htm>. Acesso 
em: 19 de maio de 2020. 
 
DIANA, Daniela. Deuses Egípcios. Toda Matéria. Disponível em: 
<https://www.todamateria.com.br/deuses-egipcios/>. Acesso em: 
01 de junho de 2020. 
 
LAVER, James, A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2006. 
 
MOKHTAR, Gamal. História Geral da África. África Antiga. 3ª 
Edição. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2011. 
 
PINTO, Tales dos Santos. "O que é Antiguidade Oriental?"; Brasil 
Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-
e/historia/o-que-e-antiguidade-oriental.htm>. Acesso em: 07 de 
maio de 2020. 
 
SILVA, Daniel Neves. “Mesopotâmiae os povos mesopotâmicos”; 
História do Mundo. Disponível em: 
<https://historiadomundo.com.br/idade-
antiga/mesopotamia.htm>. Acesso em: 07 de maio de 2020. 
 
 
 
UNESCO. Relatório Mundial das Nações Unidas sobre 
Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, 2015. Disponível em: 
<http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/SC/i
mages/WWDR2015ExecutiveSummary_POR_web.pdf>. Acesso em: 
22 de maio de 2020. 
 
YOYOTTE, J. O Egito faraônico: sociedade, economia e cultura. In: 
MOKHTAR, Gamal. História Geral da África. África Antiga. 3ª 
Edição. São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2011.

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