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A dialética hegeliana

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A dialética hegeliana: Quero iniciar esse estudo partindo da antiga Grécia, mais precisamente no governo de Péricles onde a Democracia  lá existente sustentava idéias de filósofos, entre eles Sócrates.
A dialética de Sócrates é diferente de Hegel, não confunda-os, entretanto Sócrates utilizava de um procedimento adotado pelo intelecto humano como forma de desvendar um conflito que estava aparente em dois conceitos opostos (o desvendar de temas como Justiça, Ética...).
No entanto a dialética hegeliana representa uma perspectiva muito peculiar do termo, tendo em vista que, em parâmetros filosóficos e enquanto a teoria geral da filosofia e da história, lastreada no real, somente com Hegel é que se pode usar, apropriadamente, o termo.
A grande inovação do pensamento hegeliana, em relação á dialética, reside justamente no fato de que o conflito entre tese e antítese, entre os opostos, é um conflito real. (o real é racional). A síntese é superação desses conflitos. Superação, nesse sentido, não tem a ver com a correção de impropriedades no que diz respeito ás afirmações da tese e da antítese, mas tem a ver com um momento outro, que faz por transformar o próprio conflito.
A dialética representa a troca de patamares. A síntese, em Hegel, é negação da negação da tese. É algo novo, portando surgido na história. Não é algo já dado previamente e ao qual só basta operar procedimentos ideais para descobri-lo, nem é a escolha de um dos dois lados do conflito. É superação original. Nessa superação original, de negação da negação, perfaz-se o processo histórico.
Para Hegel, o processo dialético compreende um momento de afirmação abstrata, outro de negação e outro posterior de afirmação racional positiva. Nesse processo trifásico se perfaz o caminho da dialética. A dialética, para Hegel, é um processo ao mesmo tempo de entendimento racional e filosófico do mundo, mas é também o próprio modo pelo qual se dá o desenvolvimento da realidade.
O indivíduo, por meio de sua apreensão imediata, percebe o conflito; dialeticamente, consegue entender racionalmente o quadro geral no qual está inserida a realidade conflituosa, e entende a razão que está ligada a esse ser. Assim, a dialética é o processo de entendimento do mundo.
O movimento dialético, para Hegel, assume essa característica de ligação entre real e racional. A síntese é um processo de plenificação do absoluto, e esse absoluto é a identificação plena entre real e racional. No entanto, a tradição hegeliana, ainda inscrita nos quadros do idealismo alemão, faz compreender que a dialética, arrastando imediatamente, no processo histórico, ideia e realidade, é movida pela primeira. 
A dialética hegeliana é essencialmente idealista. O entendimento dialético é processo da racionalidade humana, mas, mais que isso, o idealismo dialético hegeliano quer dizer que a alteração e a transformação do mundo - do processo, da história - se fazem por meio da racionalidade. Posteriormente Marx irá refutar a dialética hegeliana.
www.metaresumos.com.br // Matheus Dias Caldeira

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