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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 3º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE TERESINA - PI Proc. Nº ... Asplênio Lorenzeti, brasileiro, casado, funcionário público federal, RG nº 123.456.SSP-PI, CPF: 123.432.546-56, residente e domiciliado na Rua do Mirante, 171, bairro Monte Castelo, Teresina – PI via de seu patrono in fine assinado, (procuração em anexo, onde consta endereço para intimações), permissa máxima vênia, vem perante a preclara presença de Vossa Excelência com fulcro no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal combinado com artigo 310, III, do Código de Processo Penal, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA face aos fatos e razões a seguir perfilados: SÍNTESE DOS FATOS O Requerente, foi preso e autuado em flagrante delito (doc...), como incurso nas penas do artigo 317 do Código Penal, sob a suposta imputação da prática de corrupção passiva cuja pena in abstrato é de 2 (dois) a 12 (doze) anos de reclusão, portanto, dentro do elenco dos delitos que comportam a concessão da liberdade provisória com fiança. O ora acusado conforme documentação em apenso (doc.... ), possui endereço certo, no distrito da culpa, fato que não figura como impeditivo para concessão do benefício pleiteado, exerce atividades laborativas lícitas, além de primário e portador de bons antecedentes, consoante demonstram as certidões em anexo . DO DIREITO DA CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE PAGAMENTO DE FIANÇA Dispõe a Constituição Federal que ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança (art. 5o, LXVI), e, uma vez preenchidos os requisitos legais e não estando presente quaisquer dos impeditivos inscritos no comando normativo dos artigos 323 e 324 do CPP, a concessão do benefício constitui direito subjetivo do acusado, conforme entendimento esposado pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, que assim decidiu: “Satisfeitos os pressupostos legais, a prestação de fiança é direito do réu e não faculdade do Juiz.” (RTJ 116/139). É oportuno ressaltar que nossa melhor doutrina processual penal bem como todos Superiores Sodalícios Pátrios, proclamam que os impeditivos legais impostos nos artigos 323 e 324 são taxativos não admitindo interpretação extensiva a circunstâncias não descritas na norma reguladora das vedações dos benefícios. A moderna doutrina parte para a concepção que nesses casos de benefícios legais, estando presentes as condições exigidas pelo legislador, surge o direito subjetivo do condenado a esse benefício. A comprovar que não estamos diante de uma faculdade judicial - benignitas judicii- há o fato de o legislador impor condições; verificadas estas, a concessão do benefício passa a constituir uma conseqüência normal. Vários autores se posicionam a favor de que se trata de um direito subjetivo do acusado. José Frederico Marques, salienta: "Desde que se encontrem atendidos os pressupostos legais tem o réu direito à liberdade provisória: trata-se de direito público subjetivo, emanado do "status libertatis" do acusado, e que é corolário do disposto na Constituição Federal." (in Elementos de Direito Processual Penal, Forense, 1965, págs. 167/8). Conforme, ficou demonstrado, pela documentação acostada ao presente pedido, o requerentes possui todos os requisitos objetivos e subjetivos para que lhe seja deferido o benefício pleiteado, e não se encontra presentes quaisquer das hipóteses ensejadoras de sua custódia processual, nos termos do artigo 311 e seguintes do CPP, dando ampla garantia ao Juízo da persecução criminal. Portando, o ora acusado além de preencher os requisitos para a aplicação da fiança para gozar de sua liberdade provisória, tem igualmente o direito de ter sua fiança estabelecida no seu mínimo legal com base no artigo 325 do Código de Processo Penal. DA DESNECESSIDADE DE PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA NÃO QUEBRA DE FIANÇA Uma vez prestada a fiança, não há necessidade de parecer por parte do parquet, por expressa previsão legal. Senão vejamos: Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de audiência do Ministério Público, este terá vista do processo a fim de requerer o que julgar conveniente. Da mesma forma, resta evidente que o ora acusado nunca quebrou fiança e nem responde a outros processos (doc. anexo), cumprindo perfeitamente o que preceitua o art. 327 do CPP. (vide Súm. 444 do STJ) . EX POSITIS Espera, o Requerente, seja o presente pedido de arbitramento de fiança, recebido e deferido inaudita altera pars, no mínimo legal, nos termos do art. 325 do CPP, mandando que se expeça os competente ALVARÁ DE SOLTURA, após o depósito da quantia arbitrada, se comprometendo, desde já, a cumprir fielmente todas condições que lhes forem impostas, pois desta forma Vossa Excelência, estará, mais uma vez, restabelecendo o império da Lei, do Direito e da Excelsa JUSTIÇA. Nestes Termos Pede deferimento. Local, data OAB/PI______
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