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Instalações prediais de água fria 1 Sistemas Hidráulicos e Sanitários Engenharia Ambiental e Sanitária Professor Paulo Ricardo Frade Introdução Atendimento das mais elementares condições dede habitabilidade, higiene e conforto 2 Introdução 3 ABNT (1998). NBR 5626 – Instalação predial de água fria. Roteiro que fixa exigências técnicas mínimas , quanto à higiene, segurança, economia e conforto dos usuários Consulta a outras normas citadas na NBR 5626 Introdução 4 Introdução 5 6 Introdução 7 Introdução 8 Introdução 9 Introdução 10 Medição de água individualizada Importância: Redução do desperdício de água Volume de efluentes de esgoto Inadimplência Identificação de vazamentos o Flutuação do volume Introdução 11 Introdução 12 Introdução Exigências mínimas da NBR-5262/98 13 Preservar a potabilidade da água; Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o funcionamento das peças de utilização; Promover economia de água e de energia; Introdução 14 Possibilitar manutenção fácil e econômica; Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente; Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais exigências do usuário. Abastecimento de água aos prédios 15 Rede pública ou sistema individual Rede pública A entrada de água será feita pelo ramal predial, executado pela concessionária responsável, que interliga a rede pública à instalação predial. Poços O órgão público responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos deverá ser consultado previamente. Abastecimento de água aos prédios 16 Redes de abastecimento de água Abastecimento de água aos prédios 17 Antes de solicitar o fornecimento de água, deve-se fazer uma consulta prévia à concessionária – informações sobre: oferta de água, limitação de vazão, variação de pressão, constância de abastecimento, etc. Se a rede pública passar pela residência - o proprietário deve fazer a ligação. Se houver mistura dos 2 sistemas eles terão de ser isolados. Abastecimento de água aos prédios 18 Poços Aquífero livre: poço freático Aquífero confinado Poço artesiano Poço semi-artesiano Abastecimento de água aos prédios 19 Abastecimento de água aos prédios 20 Abastecimento de água aos prédios 21 Conjunto Motor-bomba submersa 22 Segundo a necessidade do uso da água o abastecimento pode ser feito com água potável ou não potável. Abastecimento de água aos prédios Abastecimento de água aos prédios 23 Partes de uma instalação predial 24 Sistemas de distribuição 25 1. Sistema direto Alimentação da rede predial é feita diretamente da rede de abastecimento. Não existe reservatório domiciliar e a distribuição é feita de forma ascendente. 26 Sistemas de distribuição 27 Vantagem: normalmente garante água de melhor qualidade devido à taxa de residual existente na cloro de reservatório no prédio. água e devido à inexistência Baixo custo de instalação. Desvantagem: irregularidade no abastecimento público e a variação da pressão ao longo do dia provocando problemas no funcionamento de aparelhos como os chuveiros e válvulas de descarga. Sistemas de distribuição 2. Sistema indireto Adotam-se reservatórios para minimizar os problemas referentes À intermitência ou a irregularidades no abastecimento, e as variações de pressões na rede pública. A água provém de 1 ou + reservatórios existentes no edifício, com ou sem bombeamento. 28 29 30 Sistemas de distribuição 31 3 pavimentos ou mais – 9 metros Sistemas de distribuição 32 Pressão acima de 400 kPa Sistemas de distribuição 33 Válvula reguladora de pressão Sistemas de distribuição 34 Válvula reguladora de pressão Sistemas de distribuição 35 Sistema misto Sistemas de distribuição 36 Sistema misto Sistemas de distribuição 37 Sistema misto Reservatórios 38 Segundo NBR 5626 A capacidade dos reservatórios deve levar em consideração o padrão de consumo de água no edifício e a frequência e duração de interrupções do abastecimento Consumo de 24 horas sem considerar a reserva para incêndios -- - NO MÍNIMO Residência pequena, 500 L Garantia de potabilidade da água nos reservatórios no e, atendimento à disposição legal ou regulamento que estabeleça volume máximo de reservação Reservatórios 39 NBR 5626 – volume para o mínimo de 24 horas Rompimento de adutoras e linhas distribuidoras, reparos, ampliações na rede, defeito nas elevatórias Muitos engenheiros preveem: O volume de água reservado deve ser > 24 h de consumo no edifício, sem considerar o volume para combate a incêndio. Volume máximo de reservação < 3 vezes o consumo diário. 𝑪𝒅 < 𝑹𝒆𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂çã𝒐 < 𝟑𝑪𝒅 Adota-se reservação total mínima: Rt = 2 x Cd. Reservatórios 40 Reservatório superior: capacidade para consumo diário Reservatório inferior: entre 2 Cd e 3 Cd O critério pode e deve ser planejado pelo engenheiro em função da intermitência no abastecimento de água no município! Reservatório superior a 4000 L dividido em dois ligados por barrilete provido de registros Reservatórios inferior e superior: 40% RS e 60% RI. Válvulas de flutuador (torneira de bóia) Reservatórios 41 Reservatórios superiores acima 80 cm no mínimo do piso do compartimento Reservatório inferior em áreas em que existam canalizações e dispositivos de esgotos sanitários, devem ser instalados ralos para escoar eventuais refluxos de esgotos Até 2000 L sob o telhado Acima de 2000 L Sobre o telhado, com estrutura adequada de suporte Reserva de incêndio: estimada em 15 a 20% do consumo diário ou de acordo com legislação específica Reservatórios 42 Reservatórios 43 Reservatórios 44 Reservatórios 45 Reservatórios 46 Reservatórios 47 Reservatórios 48 Reservatórios 49 Reservatórios 50 Consumo de água nos prédios Informações preliminares 51 características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias, características da água, etc.); características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões, constância do abastecimento, características da água, etc.); necessidades de reservação, inclusive para combate a incêndio; no caso de captação local de água, as características da água, a posição do nível do lençol subterrâneo e a previsão quanto ao risco de contaminação. Consumo de água nos prédios 52 Linhas abastecedoras públicas Consumo global por habitante Clima, grau de civilização e costumes locais Cidade densamente povoadas e clima quente: 400 L/habitante/dia Núcleo Consumo Meiorural 50L/habitante/dia Pequenacidade 50a100L/habitante/dia Cidademédia 100a200L/habitante/dia Grandecidade 200a300L/habitante/dia Consumo de água nos prédios 53 Cidade Média 100 a 200 L/habitante/dia Uso doméstico............................................... 100 L Uso no local de trabalho............................... 50 L Usos diversos................................................. 25 L Perdas............................................................. 25 L Total................................................................200 L/ hab./ dia A parcela do uso doméstico Asseio pessoal................................................ 50 L Bebida, cozinha.............................................. 15 L Banheiro....................................................... 20 L Lavagem de casa e roupa............................... 15 L Total................................................................100 L/ hab./ dia Consumo de água nos prédios 54 Consumo de água nos prédios 55 Consumo de água nos prédios 56 Consumo de água nos prédios 57 Consumo de água nos prédios 58 Consumo de água nos prédios 59 Consumo de água nos prédios 60 OBS:Código de obras do município Consumo de água nos prédios 61 Exercício 1: Calcular o consumo de água de uma residência de 4 quartos (3 com área de 12,5 m2 e 1 com 11,0 m2) e 1 quarto de empregada. Considerar apartamento de luxo. Exercício 2: Calcular o consumo de água de um edifício com 12 pavimentos que tenha 2 apartamentos por pavimento. Cada apartamento tem 3 dormitórios de área de 9,0 m2 e 1 quarto de empregada. Determinar as capacidades dos reservatórios superior e inferior. Exercício 3: Calcular o consumo de água de uma edificação que abriga 1 cinema de 200 lugares, um restaurante que serve 500 refeições por dia e 1 mercado de 300 m2. Consumo de água nos prédios 62 No caso de sistema indireto, admite-se Abastecimento contínuo Vazão suficiente para o consumo diário Se Cd (L) é o consumo diário 𝐿 𝐶𝑑 𝑄𝑚í𝑛(𝑠) = 86400 Tipos de reservatórios 63 Tipos de reservatórios 64 Altura e localização dos reservatórios 65 Altura e localização dos reservatórios 66 Colunas, Ramais e Sub-ramais 67 Cada coluna deverá conter um registro de gaveta à montante de seu primeiro ramal Deve-se utilizar colunas independentes para válvulas de descarga, a fim de se evitar interferências Dispositivos controladores de fluxo 68 Torneiras Misturadores Registros de gaveta Registros de pressão ou globo Válvulas de descarga Válvulas de retenção Válvulas redutores ou reguladoras de pressão Instalação de registros 69 Altura dos pontos 70 Sigla Aparelho Altura(cm) BS Baciasanitáriac/válvula 33 BCA Baciasanitáriac/caixaacoplada 20 DC Duchahigiênica 50 BI Bidê 20 BH Banheira dehidromassagem 30 CH Chuveiroouducha 220 LV Lavatório 60 MIC Mictório 105 MLR Máquinadelavarroupa 90 MLL Maquinadelavarlouça 60 PIA Pia 110 TQ Tanque 115 TL Torneiradelimpeza 60 TJ Torneiradejardim 60 RP Registrodepressão 110 RG Registrodegaveta 180 VD Válvuladedescarga 110 Altura dos pontos 71 Altura dos pontos 72 Dimensionamento 73 NBR 5626 → fixa exigências e critérios de dimensionamento Cada peça necessita de uma vazão → peso das peças Instalação dimensionada trecho a trecho. Tubulações dimensionadas como conduto forçado → definidos no projeto hidráulico, para cada trecho, os quatro parâmetros de escoamento: vazão, velocidade, perda de carga e pressão. Velocidade máxima 3 m/s ruídos Dimensionamento 74 Dimensionamento 75 Consumo máximo provável 76 Cada peça de utilização necessita de uma determinada vazão para um perfeito dimensionamento – Peso das peças Para garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se determinar a vazão em cada trecho da tubulação corretamente Consumo máximo provável Consumo máximo provável 77 Critério: uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo ramal é pouco provável e na probabilidade do uso simultâneo diminuir com o aumento do número de aparelhos Etapas: Verificar o peso relativo de cada aparelho sanitário (tabela) Somar os pesos dos aparelhos alimentados em cada trecho de tubulação Calcular a vazão em cada trecho da tubulação através da equação Consumo máximo provável em que, Q em L/s 78 Dimensionamento sub-ramais 79 Dimensionamento de ramais Diâmetros de tubos de PVC rígido e vazões em função da soma dos pesos 80 Dimensionamento sub-ramais 81 Dimensionamento ramais 82 Exemplo: Vamos determinar os diâmetros das tubulações da instalação das figura a seguir, que ilustra uma instalação hidráulica básica de uma residência. Temos a divisão desse sistema em vários trechos: AB, BC, DE, EF EFG. O cálculo deve ser iniciado partindo do reservatório, ou seja, trechos AB e DE. Vamos iniciar calculando o trecho AB e os ramais que o mesmo atende. Trecho AB A vazão que passa por esse trecho é correspondente à soma dos pesos de todas as peças alimentadas por esta tubulação, portanto: A vazão de água que passa pelo trecho AB (1° barrilete), corresponde ao peso da válvula de descarga que atende o vaso sanitário. Olhando na tabela , encontramos o peso relativo de 32. Com esse valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para o trecho AB, que neste caso corresponde a 40mm (para tubulação soldável) ou 1. ¼” (para tubulação roscável). Trecho BC É igual ao trecho AB, pois serve ao mesmo aparelho: A válvula de descarga. Sendo assim, o trecho BC terá o mesmo valor de peso relativo que o trecho AB: Peso = 32 Também nesse caso, verificando no ábaco luneta, concluímos que a tubulação indicada é de 40 mm(para tubulação soldável) ou ¼”(para tubulação roscável). Trecho DE Vamos calcular agora o diâmetro necessário para a tubulação do trecho DE, ou seja, o ramal que abastecerá a ducha higiência, lavatório, chuveiro elétrico, pia da cozinha(com torneira elétrica), tanque e a torneira de jardim. Primeiramente então devemos somar os pesos dessas peças de utilização, obtidos através da tabela anterior: Ducha higiênica = 0,4 Torneira de lavatório = 0,3 Chuveiro elétrico = 0,1 Pia (torneira elétrica) = 0,1 Tanque = 0,7 Torneira de jardim = 0,4 Somando todos os pesos, chegamos a um total de 2,0. Com este valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para esse trecho de tubo. Cálculo dos Trechos EF e FG A vazão de água que passa pelos trechos EF (coluna) e FG (ramal), é igual a soma dos pesos dos aparelhos atendidos pelo trecho DE. Trecho EF = Trecho FG = Trecho DE Logo, pode-se utilizar o mesmo raciocínio utilizado para o cálculo do trecho DE, onde a soma dos pesos é igual a 2,0 e o diâmetro correspondente é de 25mm(para tubulação soldável) ou ¾” (para tubulação roscável). Cálculo dos Sub-ramais Vamos calcular agora os sub-ramais, que são os trechos de tubulação compreendidos entre o ramal é a peça de utilização. Para tanto, analisa-se individualmente o peso de cada peça de utilização, verificando em seguida qual será o diâmetro para cada uma no ábaco luneta: Ducha higiênica = 0,4 Torneira de lavatório = 0.3 Chuveiro elétrico = 0,1 Pia(torneira elétrica) = 0,1 Torneira de jardim = 0,4 Obs: Nota-se que todos estão compreendidos no trecho entre 1,1 e 3,5 no ábaco luneta. Concluímos então que para esses sub ramais, o diâmetro das tubulações deve ser 25 mm ( para tubulação soldável) ou ¾” (para tubulação roscável) Conclusão: Para o nosso exemplo, utilizaremos os seguintes diâmetros: Trechos AB e BC: 40mm ou 1 ¼”, Trechos DE, EF e FG: 25mm ou ¾”, Sub-ramais: 25mm ou ¾”
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