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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS PROFESSOR: LUCAS MACHADO e-mail: lucasmachado@unescnet.br BIBLIOGRAFIA BÁSICA BOTELHO, M. H. C.; RIBEIRO, G. A. Jr. Instalações hidráulicas prediais: Usando Tubos de PVC e PPR. 3 ed. Editora. Blucher. 2006. CREDER. H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2013. MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4 ed. Editora LTC. 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. BATALHA, B. M. L. Fossa séptica. São Paulo: CETESB, 1985. MELO, V. O. Instalações prediais hidráulicas - sanitárias. São Paulo: Edgar Blücher, 1990. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA São as tubulações e equipamentos utilizados ao longo do percurso da água desde sua captação até o consumo humano Este percurso é dividido em dois segmentos: o sistema de abastecimento e a instalação predial INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA O conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, a partir do ramal predial, destinados à distribuição e abastecimento dos pontos de utilização de água do prédio, em quantidade suficiente e garantindo a qualidade de água fornecida pelo sistema de abastecimento PROJETO HIDRÁULICO É o conjunto de cálculos, plantas, detalhes e especificações técnicas, necessários para a elaboração do orçamento da instalação e sua posterior execução NBR 5626: Instalações Prediais de Água Fria OBJETIVOS: “garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de utilização e dos sistemas de tubulações" “preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis de ruído" “preservar rigorosamente a qualidade da água do sistema de abastecimento" TERMINOLOGIA: SISTEMA DE ABASTECIMENTO: rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a instalação predial RAMAL PREDIAL: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial RESERVATÓRIO INFERIOR: reservatório entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinado a reservar água e funcionar como poço de sucção da instalação elevatória ALIMENTADOR PREDIAL: tubulação entre o ramal predial e a primeira derivação ou a válvula do reservatório Torneira de bóia: válvula destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios quando se atinge o nível Nível de transbordamento: nível do extravasor em reservatórios ou em caixas de descarga, ou nível atingido pela água ao verter do aparelho sanitário Extravasor: tubulação destinada a escoar caso haja excesso de água nos reservatórios Tubulação de sucção: entre o reservatório inferior e a entrada da bomba Tubulação de recalque: aquela entre o orifício de saída da bomba e o reservatório de distribuição Instalação elevatória: conjunto de tubulações e equipamentos destinados a elevar a água do reservatório inferior até o reservatório de distribuição ou final Reservatório de distribuição: ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição Coluna de distribuição: tubulação vertical derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais Barrilete: tubulações horizontais que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais SISTEMAS DE ABASTECIMENTO O abastecimento compreende os processos de captação, tratamento e transporte de água desde sua fonte natural até os ramais prediais, garantindo sua qualidade e continuidade. Sistemas públicos de abastecimento: fonte: rios, lagoas tratamento: potabilização transporte: adutoras, alimentadoras e linhas distribuidoras (rede pública) SISTEMAS DE ABASTECIMENTO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO Sistemas privados de abastecimento: fonte: lagoas, poços artesianos, nascentes, córregos, riachos tratamento: filtros, decantação, cloração (se necessários) transporte: direto ao alimentador predial ou à bomba Sistemas mistos de abastecimento: distribuidor público + fonte particular SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO De acordo à forma em que a água é distribuída no prédio, a partir do ramal predial Sistema direto de distribuição: A alimentação é feita diretamente pelo alimentador predial A rede predial é uma extensão da rede pública Sendo necessário abastecimento contínuo Em prédios não é muito usado SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO Sistema indireto de distribuição: A água que chega através da rede pública tem pressão para subir, mas sem continuidade Havendo a necessidade de possuir um reservatório superior A alimentação do prédio é descendente, por gravidade É o sistema mais utilizado em residências de até dois andares SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO Sistema indireto de distribuição, com bombeamento: Quando além de não haver continuidade no fornecimento de água, não há pressão suficiente pra água subir para o reservatório superior Havendo a necessidade de um reservatório inferior, de onde a água é sugada e bombeada Mais comum em edifícios, hotéis, etc. SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO Sistema hidropneumático de distribuição: Utilizado quando, por razões estruturai ou arquitetônicas, não é possível utilizar um reservatório superior Neste caso é utilizado um reservatório cilíndrico de aço, que possui ar comprimido e água Quando a água do tanque baixa, a pressão baixa fazendo que a bomba ligue automaticamente e encha o tanque Sistema caro SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO Sistema misto de distribuição: É aquele que combina dois ou mais sistemas, por exemplo, o direto (rede pública) e o indireto (com reservatórios) Por exemplo: um edifício utiliza a rede pública no pavimento térreo em torneira de quintal, garagem e jardins, mas utiliza reservatórios e bomba para o consumo interior em banheiros, cozinhas e lavanderias SISTEMAS INTERNOS DE DISTRIBUIÇÃO Sistema de distribuição com bombeamento direto: Não previsto na norma brasileira É usado nos Estados Unidos em prédios, fábricas, hospitais e hotéis Funciona com um grupo de bombas e válvulas automáticas, sem reservatório superior, nem tanque hidropneumático DEFINIÇÕES E CÁLCULOS INICIAIS DO PROJETO HIDRÁULICO Consumo diário de um prédio (Cd) ou demanda diária predial: Quantidade de água a ser consumida diariamente por um prédio em função de sua população Calculado pelo produto do número de habitantes do prédio e o consumo per capita diário previsto Resultado em litros A partir do valor obtido calcula-se a reserva necessária DEFINIÇÕES E CÁLCULOS INICIAIS DO PROJETO HIDRÁULICO Taxa de ocupação Em residências ou apartamentos: 2 pessoas por cada quarto social e 1 pessoa por cada quarto de serviço Em outros locais: Consumo diário por habitante (per capita): EXEMPLOS: 1 - Calcule o consumo diário predial de uma residência térrea, com 3 quartos e 1 de serviço 2 - Seja um prédio de 10 pavimentos, 4 apartamentos por andar, cada apartamento com 3 quartos e 1 de empregada, mais o apartamento do zelador com 2 quartos. Calcular o consumo diário predial 3 - Calcular o consumo diário para um shopping center de 3.500 m², dos quais 500 m² correspondem à área de alimentação
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