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AULA_NBR_6122_CEUB

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NORMA DE FUNDAÇÕES 
NBR 6122/2010 
1-1 
DEFINIÇÕES: 
1. Fundação Superficial (ou rasa ou direta) 
Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, 
predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da 
fundação (H < 2B). Inclui-se neste tipo de fundação: sapatas, 
radier, blocos, sapatas associadas, vigas de fundação e as 
sapatas corridas, 
1.1. Sapata 
Elemento de fundação concreto armado, dimensionado de modo 
que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas 
pelo emprego de armação especialmente disposta para esse 
fim, 
1.2. Bloco 
Elemento de fundação de concreto, dimensionado de modo que 
as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo 
concreto, sem necessidade de armação. 
1.3. Radier 
Elemento de fundação superficial que abrange parte 
ou todos os pilares da edificação, distribuindo os 
carregamentos, 
 
1.4. Sapata associada 
Sapata comum a dois pilares, 
 
1.5. Sapata corrida 
Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída 
linearmente ou de pilares de uma mesmo 
alinhamento. 
2. Fundação Profunda 
Elemento de fundação que transmite a carga ao 
terreno pela base (resistência de ponta), por sua 
superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma 
combinação das duas, devendo sua ponta ou base 
estar assente em profundidade superior ao dobro 
de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 
3m. Neste tipo incluem-se estacas e tubulões, 
 
2.1. Estaca 
Elemento de fundação profunda executada 
inteiramente por equipamentos ou ferramentas, 
sem que, em qualquer fase de sua execução 
descida de pessoal. Os materiais empregados 
podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, 
concreto moldado “in situ” ou mistos. 
2.2. Tubulão 
Elemento de fundação profunda escavado no terreno 
em que, pelo menos na sua etapa final, há descida 
de pessoal, 
 A descida do pessoal se faz necessária para 
executar o alargamento de base (ou pelo menos a 
limpeza do fundo da escavação) uma vez que 
neste tipo de fundação as cargas são transmitidas 
essencialmente pela ponta, 
2.3. Estaca cravada por percussão 
 Estaca introduzida no terreno por golpes de 
martelo de gravidade, de explosão (vapor, diesel, 
ar comprimido), vibratório e hidráulico, 
2.4. Estaca de concreto moldadas in loco 
 Estaca executada preenchendo-se com concreto as 
perfurações previamente executadas no terreno, 
 
2.5. Estacas de reação (mega ou prensada) 
 Estaca introduzida no terreno por meio de macaco 
hidráulico reagindo contra uma estrutura já existente 
ou criada especificamente para esta finalidade, 
denominada de cargueira. 
2.6. Estaca raiz 
Estaca armada e preenchida com argamassa, 
moldada in loco executada através de perfuração 
rotativa ou roto-percussiva, revestida 
integralmente por um conjunto de tubos metálicos 
recuperáveis no trecho de solo, 
2.7. Estaca escavada com injeção ou micro-estaca 
Estaca armada e injetada moldada in loco com 
injeção de calda de cimento ou argamassa por 
meio de tubo “manchete”, executada através de 
perfuração rotativa ou roto-percussiva. 
 
2.8. Estaca escavada mecanicamente 
Estaca perfurada no solo através de trado mecânico, 
sem emprego de revestimento ou fluido 
estabilizante, para que em seguida o furo seja 
preenchido com concreto que é vertido a partir da 
superfície com auxílio de um funil, 
2.9. Estaca Strauss 
Estaca executada por perfuração por meio de uma 
sonda ou piteira, com revestimento total 
recuperável, realizando-se a concretagem pelo 
lançamento do concreto e retirando-se 
gradativamente a camisa metálica de revestimento, 
com simultâneo apiloamento do concreto. 
2.10. Estaca escavada com fluido estabilizante 
Estaca executada pela rotação de uma ferramenta 
denominada balde, sendo a estabilidade da parede 
da perfuração assegurada por lama bentonítica, 
fluido estabilizante ou revestimento metálico total 
ou parcial, 
2.11. Estaca Franki 
Estaca executada através da cravação de um tubo de 
ponta fechada por meio de sucessicos golpes de 
um pilão sobre uma bucha seca de pedra e areia 
na extremidade inferior do tubo. 
 
2.12. Estaca hélice contínua monitorada 
Estaca de concreto moldada in loco, executada 
mediante a introdução no terreno, por rotação, de 
um trado helicoidal contínuo e injeção de concreto 
pela própria haste central do trado 
simultaneamente com a retirada do mesmo, 
sendo que a armação é colocada após a 
concretagem da estaca, 
2.13. Estaca hélice de deslocamento monitorada 
Estaca constituída por concreto moldado in loco, 
executada por meio de trado especial que extrai 
apenas parcialmente o solo perfurado. 
3. Termos 
 
Cota de arrasamento – nível em que deve ser 
deixado o topo da estaca ou tubulão, de modo a 
possibilitar que a estaca e a sua armação 
penetrem no bloco de coroamento, 
Nega – penetração permanente de uma estaca, 
causada pela aplicação de um golpe do pilão, 
sempre relacionada com a energia de cravação, 
Repique – parcela elástica do deslocamento máximo 
de uma secção da estaca, decorrente da aplicação 
de um golpe do pilão, 
Tensão admissível – tensão adotada em projeto a 
qual aplicada ao terreno pela fundação superficial 
ou pela base de tubulão atende critérios de 
segurança à ruptura e recalque. 
 
Carga admissível sobre uma estaca ou tubulão 
isolado – força adotada em projeto, aplicada 
sobre a estaca ou sobre o tubulão isolado, a qual 
atende com coeficientes de segurança pré-
determinados, aos estados limites últimos 
(ruptura) e de serviço (recalques, vibrações etc), 
Efeito de grupo de estacas ou tubulões – 
processo de interação entre diversas estacas ou 
tubulões que constituem uma fundação, ao 
transmitirem ao solo as cargas que lhe são 
aplicadas, 
 
Recalque – movimento vertical descendente de 
um elemento de fundação, 
Levantamento - movimento vertical ascendente 
de uma fundação superficial ou profunda, 
Distorção – variação do ângulo original entre 
dois elementos estruturais, 
Desaprumo – desvio da verticalidade da 
estrutura como um corpo rígido à rotação da 
fundação. 
 
Recalque diferencial específico – relação entre o 
recalque diferencial e a distância entre dois apoios 
adjacentes, 
Atrito Negativo– é considerado quando o recalque 
do solo é maior que o recalque da estaca ou 
tubulão, 
 Esse fenômeno ocorre no caso do solo estar em 
processo de adensamento, provocado pelo seu peso 
próprio, por sobrecargas lançadas na superfície, por 
rebaixamento do lençol freático, pelo amolgamento 
da camada mole compressível decorrente de 
execução de estaqueamento etc. 
 
 
 4. Investigações geotécnicas e geológicas 
 
 Reconhecimento Inicial 
 Recomenda-se ao projetista de fundações visitar o 
local da obra, observando os seguintes aspectos 
que são de grande importância na elaboração dos 
projetos e previsão do desempenho das fundações: 
a) Feições topográficas e eventuais indícios de 
instabilidade de taludes, 
b) Indícios de presença de aterro (bota fora) na área, 
c) Indícios de contaminação do subsolo, lançada no 
local ou decorrente do tipo de ocupação anterior, 
d) Prática local de projeto e execução de fundações, 
e) Estado das construções vizinhas, 
f) Indícios de peculiaridades geológico-geotécnicas na 
área, tais como: presença de matacões na 
superfície, afloramento rochoso nas imediações, 
zonas brejosas, minas d’água etc. 
 
Investigação Geológica 
 
Em função do porte da obra ou de condicionantes 
específicos, deve ser realizada vistoria geológica de 
campo por profissional especializado, 
eventualmente , complementada por estudos 
geológicos adicionais, 
 
Para qualquer edificação deverá ser feita uma 
campanha de investigaçãogeotécnica preliminar 
constituída, no mínimo, por sondagens a percussão 
(SPT), visando a determinação da estratigrafia e 
classificação dos solos, a posição do NA e medida 
da resistência à penetração NSPT de acordo com a 
NBR6484. 
Em obras de grande extensão, a utilização de 
ensaios geofísicos pode constituir num auxiliar 
eficaz no traçado de perfis geotécnicos do 
subsolo, 
Em função dos resultados obtidos na investigação 
preliminar, poderá ser necessária uma 
investigação complementar, através da realização 
de sondagens adicionais, bem como outros 
ensaios de campo e laboratório. 
Solos Expansivos 
 
Solos expansivos são aqueles que, por sua 
composição mineralógica, aumentam de volume 
quando há um aumento do teor de umidade, 
 
 Nestes solos não se pode deixar de levar em 
conta o fato de que, quando a pressão de 
expansão ultrapassa a pressão atuante, podem 
ocorrer deslocamentos para cima, 
 Por isto, em cada caso, é indispensável 
determinar experimentalmente a pressão de 
expansão, considerando que a expansão 
depende das condições de confinamento. 
 
Solos Colapsíveis 
 
Para o caso de fundações apoiadas em solos de 
elevada porosidade, não saturados, deve ser 
analisada a possibilidade de colapso por 
encharcamento, pois estes são potencialmente 
colapsíveis, 
 Em princípio devem ser evitadas fundações 
superficiais apoiadas neste tipo de solo, a não 
ser que sejam feitos estudos considerando-se as 
tensões a serem aplicadas pelas fundações e a 
possibilidade de encharcamento do solo. 
Dimensionamento estrutural 
 
Deve ser feito de maneira a atender as NBR 6118, 
NBR 7190 e NBR 8800, 
Para o dimensionamento de blocos de fundação 
devem ser tal que o ângulo , expresso em 
radianos e mostrado na figura a seguir, satisfaça 
a seguinte equação. 
 
1
tan
ct
adm 





 
 

 
Ângulo  nos blocos. 
onde: 
adm = tensão admissível do terreno (MPa) 
ct = tensão de tração no concreto (ct=0,4.ftk  0,8MPa) 
ftk = resistência característica à tração do concreto, cujo 
valor pode ser obtido a partir da resistência 
característica à compressão (fck) pelas equações. 
 
10
f
f cktk  para fck  18,0 MPa 
ftk = 0,06. fck + 0,7 MPa para fck > 18,0 MPa 
 

 
Ângulo  nos blocos. 
Disposições construtivas 
 
•A dimensão mínima em planta, para as sapatas ou 
blocos não deve ser inferior a 60cm, 
•A base de uma fundação deve ser assente a uma 
profundidade tal que garanta que o solo não seja 
influenciado pelos agentes atmosféricos e fluxos 
d’água, 
•Em fundações que não se apóiam sobre rocha, 
deve-se executar anteriormente à sua execução uma 
camada de concreto simples de regularização de no 
mínimo 5cm de espessura, ocupando toda a área da 
cava da fundação. 
•No caso de fundações próximas, porém situadas em 
cotas diferentes, à reta de maior declive que passa 
pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um 
ângulo  como mostrado anteriormente, com os 
seguintes valores: 
•solos poucos resistentes   60º 
•solos resistentes  = 45º 
•rochas  = 30º 
 

 
Fundações próximas, mas em cotas diferentes. 
Fundações Profundas 
 
• A carga admissível de uma estaca ou tubulão 
isolado definem a carga admissível do ponto de 
vista geotécnico e o outro aspecto está 
relacionado à carga admissível do ponto de vista 
estrutural. 
Métodos para avaliação da capacidade de 
carga 
 
1. Métodos estáticos 
Podem ser teóricos, quando o cálculo é feito de 
acordo com teoria desenvolvida dentro da 
Mecânica dos Solos, ou semi-empíricos, quando 
são usadas correlações com ensaios “in situ”. 
Os coeficientes de segurança a serem aplicados 
devem ser os recomendados pelos autores das 
teorias ou correlações. 
2. Provas de carga 
 
A capacidade de carga pode ser avaliada por 
provas de carga executadas de acordo com a 
NBR 12131, 
Neste caso, na avaliação da carga admissível, 
FS=2, devendo-se, contudo, observar que 
durante a prova de carga o atrito lateral será 
sempre positivo, ainda que venha a ser negativo 
ao longo da vida útil da estaca, 
3. Métodos dinâmicos 
 
São métodos de estimativa da capacidade de carga 
de fundações profundas, baseados na previsão 
e/ou verificação do seu comportamento sob ação 
de carregamento dinâmico. Entre os métodos 
dinâmicos estão as chamadas “Fórmulas 
Dinâmicas” e os métodos que usam “Equação da 
Onda”. 
O atrito lateral é considerado positivo no trecho do 
fuste da estaca ou tubulão ao longo do qual o 
elemento de fundação tende a recalcar mais que 
o terreno circundante, 
O atrito lateral é considerado negativo no trecho em 
que o recalque do solo é maior que o da estaca 
ou do tubulão, 
 Este fenômeno ocorre no caso de o solo estar em 
processo de adensamento, provocado pelo peso 
próprio ou por sobrecarga lançadas na superfície, 
rebaixamento ou lençol d’água, amolgamento 
decorrente da execução de estaqueamento etc, 
 
Recomenda-se calcular o atrito negativo segundo 
métodos teóricos que levem em conta o 
funcionamento real do sistema estaca-solo. 
 
Tração e Esforços Horizontais 
 
 No caso de prova de carga à tração ou carga 
horizontal, vale o coeficiente de segurança 2 à 
ruptura e o coeficiente de segurança 1,5 em 
relação à carga correspondente ao deslocamento 
compatível com a estrutura. 
Efeito de Grupo 
 
Entende-se por efeito de grupo de estacas ou 
tubulões o processo de interação das diversas 
estacas ou tubulões que constituem uma 
fundação ou parte de uma fundação, ao 
transmitirem ao solo as cargas que lhes são 
aplicadas, 
Esta interação acarreta uma superposição de 
tensões, de tal sorte que o recalque do grupo de 
estaca ou tubulões para a mesma carga por 
estaca é, em geral, diferente do recalque da 
estaca ou tubulão isolado, 
O recalque admissível da estrutura deve ser 
comparado ao recalque do grupo e não ao do 
elemento isolado da fundação.

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