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FICHAMENTO ECONOMIA INTERNACIONAL RENATO BAUMANN CAP 4

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ECONOMIA INTERNACIONAL – RENATO BAUMANN
Capitulo 4 – Teoria da Produção 
- Equilíbrio Externo e Intervenções Comerciais
	Supondo que houve um aumento na demanda de determinado produto, a curva de demanda se deslocará horizontalmente de D para D’, desta forma o preço p que estava em equilíbrio, com o deslocamento gerará um excesso de demanda igual qq´ que será preenchido por importações.
FONTE: Economia Internacional, Baumann
	Suponhamos também que qq’ seja um valor elevado das importações comprometendo as contas externas do país, existem dois tipos de ações que podem ser tomados: a primeira é o ajuste automático da contas externas, através da operação das forças de mercado, mantendo tudo o mais constante, as importações são financiadas pela receita advindas das exportações e de acumulação do país. Porem existem limitações, são elas depender de uma vinculação entre variação interna e oferta monetária, levar um equilíbrio das contas externas, mas corre o risco de ocorrer em nível mais baixo que o ideal e envolver prazos de ajustamento muito longos. A segunda é a atuação direta no desequilíbrio das contas externas, reduzindo a necessidade de importação através de uma mudança no volume de gastos governamentais, alteração nos preços relativo, criar restrições as importações através de impostos e elevação dos preços.
- Teoria Positiva da Proteção
	Existem vários instrumentos que podem ser utilizados para restringir as importações. A tarifa ad valorem é uma delas, que é um percentual fixo a ser cobrado em função do produto importado. As quotas de importação consistem em restrições quantitativas que fixam um volume máximo de produtos que podem ser importados. 
	As restrições voluntarias as exportações, são acordos entre países parceiros de comercio, em que um país aceita limitar suas exportações de determinados produtos a outros países.
	Há também as barreiras ao comercio naturais, em que o governo não tem nenhuma ação, mas mesmo assim elas acontecem, um exemplo são os custos de transporte da mercadoria.
- Analise Em Equilíbrio Parcial – O Caso Do “País Pequeno”
	Se uma economia produz um único produto que pode competir com importações, o preço internacional do produto é dado exogenamente.
FONTE: Economia Internacional, Baumann
Num comercio livre, o preço do mercado interno será igual ao do mercado internacional, que é dado por P*. Para esse nível de preço haverá produção até B e o consumo em C. Desta forma a quantidade ideal a ser importada é q2-q1.
O excedente do produtor é dado por A e supera a quantidade mínima para existir produção. O excedente do consumidor é dado pela área A+C+E. 
- Medição Dos Efeitos de Uma Tarifa
	Existem vários efeitos advindos da adoção de uma tarifa, tais como, estimulo a produção interna, redução do nível de produtos importados, aumento da arrecadação fiscal devidos as tarifas de importação, fatores de produção movendo se para setores mais protegidos para concorrer com produtos importados e efeitos distributivos.	
	Os efeitos distributivos abrangem efeito sobre a renda real dos trabalhadores, efeitos da alocação de recursos fiscais advindos dos impostos sobre exportações, implicações conexas ao crescimento da remuneração dos fatores de produção agregados na indústria competidora com importações.
- Equivalência Entre Tarifa e Subsidio a Exportação
	O subsidio é definido como todos os estímulos dados para aumentar a oferta de produtos que possam ser exportados. Já os incentivos as exportações são todos os apoios de maneira direta ou indireta as exportações.
	Os subsídios consistem na transferência de renda real da sociedade a um setor escolhido, neste caso ao setor de exportações. A OMC regulamenta esses subsídios e não raras vezes há questionamento por parte de outros países.
	Os efeitos de um incentivo adicional nas exportações de um país é de que pode haver um aumento na margem de valor adicionado que pode elevar o preço do produto no mercado interno. O excedente exportável também é aumentado, acontece uma perda de excedente do consumidor e ganhos de excedente do produtor e houve uma transferência de renda real para o setor exportador.
- Equivalência Entre Tarifa e Quota
	No geral as quotas são preferíveis as tarifas, porem a quota define um nível maior ao volume importado e o efeito exato depende da estrutura do mercado interno para o produto a ser importado. 
	A tarifa e a quota não aumentam igualmente o nível de preços internos nos casos em que há controle de preços, se os consumidores conseguirem licenças para importar, se existir monopólio na produção interna.
	A imposição de tarifas gera arrecadações fiscais, já que se trata de um imposto, enquanto as quotas são restrições quantitativas. Entretanto há uma arrecadação bastante semelhante, a diferença é que não é a entidade arrecadadora que se beneficia desse ganho, ele é apropriado por vários agentes econômicos.
- Caso do “País Não Pequeno”
	Supondo que um país tenha autonomia para afetar o preço do mercado internacional e que ocorra um excesso de demanda por importações, impõe-se então tarifas sobre as mesmas. Essas tarifas acabam por encarecer o produto no mercado interno fazendo com que sua demanda diminua, devido a ser uma grande economia os acontecimentos internos afetarão negativamente o nível da demanda internacional também.
	Em alguns casos impor essas tarifas eleva o bem-estar do país, porém não é sempre que este efeito ocorre, pois, a tarifa ótima teria de tender ao infinito, mas existe um limite e a partir de certo ponto ela causará o fim das importações.
- Teoria Normativa da Proteção
	Esta teoria parte do ponto de que não existem economias totalmente livres, sempre existe algum tipo de barreira ao comercio internacional. Essa percepção ocasionou proposições de existência de distorções na economia, não deveria ser motivo suficiente para procurar soluções através de barreiras de comercio externo, e ainda o uso de tarifas neste caso pode reduzir o bem-estar social.
	Podemos encontrar uma listagem de políticas mais recomendáveis para a proteção no artigo de Bhagwati (1991), que diz que no ponto de equilíbrio haverá igualdade entre a taxa marginal de transformação interna, taxa marginal de transformação internacional e a taxa marginal de substituição no consumo. Quando não é possível atingir este equilíbrio é devido a existência de alguma das distorções como existência de monopólio no mercado internacional, quando existem externalidades na produção e o objetivo é aumentar a produção os setores, quando os importadores cobram a mesma margem sobre os custos a limitação é imposta pelo nível de consumo e operação fora da fronteira de possibilidade de produção.
	A principal condição para que essas referências de política tenham significado é que exista a probabilidade de financiar os subsídios solicitados e que os efeitos distributivos dos subsídios sejam marginais.
A abordagem regulamentaria aceita também identificar razões para que a adoção de tarifas sobre importações seja uma alternativa sensata em termos de política econômica, mesmo com todas as distorções associadas.
Uma tarifa pode ser posta em prática se fundamentando em argumentos de equidade: uma tarifa sobre importação de bens de luxo aflige consumidores ricos, sendo benéfica no âmbito social. Pois nesse caso, uma transferência direta dos mais ricos aos mais pobres admitiria obter os mesmos benefícios, sem os custos derivados da proteção.
O foco da política comercial estratégica incide em identificar uma racionalização que releve um tipo de política industrial em que mesmo setores oligopolistas possam ser incitados através de subsídios ou proteção em relação a produtos importados, a razão fundamental é que através de intervenção governamental se pode aumentar os ganhos dessas empresas nacionais e assim diminuir os ganhos dos competidores externos, aumentando os benefícios para o país.
Para obter tal resultado, os modelos fundamentais desse foco supõem um mesmo mercado para as duas empresas, onde não há entrada denovas empresas, de modo que a análise se concentra nos operadores já existentes. O alvo da política nacional é fazer com que a empresa nacional lucre, em através da estrangeira. As empresas determinam sua produção julgando que a produção da competidora não se altere.
Desta forma, parece aceitavel a intervenção estatal para maximizar os ganhos através do comércio internacional. O resultado prático é evidentemente a racionalização para o novo protecionismo notado nos últimos anos, igualmente como para a ampliação de subsídios a diversos setores.
- A Economia Política da Proteção
	A oferta de proteção é realizada por burocratas e legisladores, já a demanda por proteção é composta por empresas fabricantes de produtos substitutos de importação, sindicatos de trabalhadores, empresas fabricantes de insumos ou produtos complementares aos competidores das importações. 
	Existem grupos que se opõe as barreiras comerciais, mas os seus benefícios são sentidos em menores grupos da população, enquanto os custos abrangem uma área maior, o que causa uma facilidade maior em reagir contra do que mantê-las.
	Como destaca Nelson (1981), de acordo com a tradição os países acordaram em negociações multilaterais de que, se dado país adotasse medidas protecionistas, teria de justificar sua ação. Porém, em vários países esse ônus tem sido transferido aos agentes econômicos que exigem proteção. 
Como resultado, o governo de um país repetidamente atua em negociações internacionais como representantes dos interesses de setores privados, ao mesmo tempo em que internamente encarregam de situar os níveis de proteção.
Esses mecanismos têm ajudado a enfatizar as diferenças entre tarifas e barreiras não tarifárias, no sentido de que as tarifas repetidamente refletem processos políticos de mudanças na legislação correspondente, enquanto as barreiras não tarifarias são geralmente definidas no âmbito puramente administrativo. 
Existem vários motivos para se adotar barreiras comerciais, como o argumento de tarifa ótima, o argumento da maximização dos ganhos de rendimentos crescentes de escala, o argumento da concorrência imperfeita, e razoes não econômicas que podem ser motivadas por política por exemplo.

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