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Ação de Aposentadoria

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EXM. SR. DR. JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL ADJUNTO DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE TUCURUÍ/PA
Maria da Silva, brasileira, casada, pescadora, portadora do RG nº 654321 - SSP/PA, inscrita no CPF sob o nº 000001002-34, sem endereço eletrônico, telefone: (94)980000100 residente e domiciliada no Km 07 – Vila Criolas cidade de Breu Branco, Estado do Pará, CEP: 68488-000, por meio de seu advogado (procuração anexo), com endereço eletrônico, e escritório profissional na Rua.., nº.., Bairro.., cidade..,/UF, onde recebe intimações, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 25, II, art. 48, § 1º e art. 142 da Lei nº 8.213/91, propor a presente:
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE COM TUTELA ANTECIPADA – APOSENTADORIA POR IDADE RURAL,
em face de
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com endereço na, Avenida Sete de Setembro, S/N bairro Esperança, Município/UF, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
DOS FATOS
A parte autora postulou, junto ao INSS, concessão de aposentadoria por idade rural; entretanto, teve seu pedido indeferido. O requerimento da aposentadoria possui DER em 10/03/2018 e NB 123456.
A Autora conta atualmente com 55 anos de idade completados em 20 de janeiro de 2018 sendo pescadora artesanal, na qualidade de segurada especial, que faz da pesca profissão habitual e principal meio de vida, juntamente com o cônjuge e com filhos, de acordo com a alínea B do inciso VII do art. 11 da Lei nº 8.213/1991, que, trabalham com o grupo familiar respectivo. 
A autora nasceu e se criou na Ilha do Sol no município de Breu Branco, no estado do Pará, firma que casou-se há mais de 30 anos com o senhor Manoel da Silva, aposentado, em regime de comunhão parcial de bens de acordo com a certidão em anexo, na época o sr. Manoel era lavrador e ela era do lar, após o casamento, mudaram-se para Km 07 – Ilha Criolas, em Breu Branco no Estado do Pará, seu marido trabalhava na lavoura e ela para ajudar nas despesas da família começou então a dedicar-se às lides pesqueiras no local acima citado, onde teve seus três filhos em domicílio. Viveram das atividades acima descritas até o seu marido sr. Manoel se aposentar. Após se aposentar a família passou a viver da pesca e da aposentadoria do marido. Atualmente vivem da aposentadoria do marido e da pesca, a produção é pequena e se destina à subsistência da família, sendo a atividade exercida em condições de mútua dependência e colaboração entre eles sem utilização de empregados. 
Registre-se, por oportuno, que a autora nunca possuiu vínculo trabalhista.
Os requisitos para a concessão do benefício de aposentadoria por idade estão atendidos, eis que a autora completou 55 anos em 20/01/2018. Os documentos apresentados servem de início de prova material, haja vista comprovarem o exercício de tais atividades em período idêntico à carência do benefício, na forma do art. 25, II, art. 48, § 1º e art. 142 da Lei nº 8.213/91. 
Segundo o INSS, o indeferimento do benefício se deu por falta de período de carência. 
Não restando a autora senão, buscar a correção de tamanha injustiça, na via judicial competente.
DO DIREITO
II.1- DO RECONHECIMENTO DA CONDIÇÃO DE SEGURADO ESPECIAL PESCADORA ARTESANAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR
O exercício da atividade pesqueira é para o sustento da parte autora, sendo que a atividade é desenvolvida juntamente com seus filhos e marido, em regime de economia familiar.
Para comprovar a atividade de pesca, a parte autora juntou no processo administrativo comprovantes de atividade pesqueira, tais como Carteira de Pescadora, recibos de sacado de benefício recebido em época do defeso e Comprovante de Recadastramento de Pescadora Profissional Artesanal. 
Assim, comprovadamente, a autora exerce atividade de pescadora artesanal desde seu casamento, razão pela qual faz jus ao benefício de aposentadoria por idade rural, visto que possui 55 anos de idade.
Ademais, a Lei 8.213/91, alterada pela Lei 11.718/2008, em seu art. 11, VII, alínea B afirma que é considerado segurado especial:  “pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida”.
Os documentos juntados corroboram a qualidade de pescadora da autora (anexo), a saber: Indeferimento do INSS; Certidão de Casamento, datada de 1988, que qualifica o marido da autora como lavrador; Certidão de casamento; Cópia do RG, CPF, Título Eleitoral; A Carteira Profissional de Pescadora Artesanal, Filiada a Colônia dos Pescadores emitida em 2006; CTPS; Certidão de cadastro Eleitoral; Declaração de exercício de atividade pesqueira.
Assim, a parte autora recorre a este nobre Juízo para garantir a concessão da aposentadoria, posto que implementou todos os requisitos necessários para o deferimento do pedido administrativo.
lII – DOS PEDIDOS
Isso posto, requer:
a citação do Instituto Nacional do Seguro Social da propositura desta ação, bem como sua intimação para audiência de tentativa de conciliação e/ou instrução e julgamento, bem como para apresentar contestação e juntar aos autos os documentos necessários para o esclarecimento dos fatos, principalmente o processo administrativo, se houver.
a condenação do Instituto Nacional do Seguro Social a conceder o benefício de aposentadoria por idade, na qualidade de segurada especial, na forma do art. 143, c/c art. 48, § 1º e 142 da Lei 8.213/91, com sua imediata implantação e pagamento das parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o requerimento administrativo. 
a ANTECIPAÇÃO DE TUTELA para a concessão da aposentadoria por idade a segurada especial.
a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita por ser a parte autora pobre na acepção legal do termo.
Dá à causa o valor de R$ 18.126,00 (dezoito mil cento e vinte e seis reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Breu Branco/PA, Data
Advogado
OAB nº...
 
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