Buscar

COBERTURAS & ok

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

COBERTURAS &
CURATIVOS
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II
Introdução :
Na área da enfermagem durante a internação de um paciente decorrem vários tipos de situações entre elas o surgimento de feridas, que podem ser evitadas ou terem seus danos minimizados através dos cuidados de enfermagem com curativos e coberturas. 
Para isso é necessário que o profissional entenda a semiologia da pele e seu funcionamento além de se aprofundar nos tipos de feridas e coberturas.
Definição: 
A pele é o maior órgão de todo o corpo humano. Além do fato dela desempenhar papel de vital importância, por ser uma barreira contra infecções e outros agentes agressores externos.
Portanto qualquer dano neste tecido pode prejudicar há homeostasia do corpo criando a possibilidade de futuras infecções.
Anatomia:
A pele é constituída por três partes: epiderme, derme e hipoderme. Tecidos finíssimos que tem como função a proteção, termorregulação e captação de estímulos dolorosos e Táteis.
É através da pele que podemos distinguir diferentes 
texturas e consistências, sentir dor e manifestar carinho ao toque. 
Feridas :
Uma Ferida é a interrupção da derme, epiderme ou tecido subcutâneo. As feridas são caracterizadas como soluções de continuidade de pele ou mucosa, de profundidade variável até aponeuroses, músculos, serosa, órgãos internos ou ossos. Que podem ser causadas por diversos motivos, sejam eles aranhões, cortes, laceração, cirúrgicos ou patológicos. Ferimentos tais que podem danificar a cobertura da pele Exigindo que a mesma tenha cuidados específicos para cada tipo de ferida.
Lesão:
Devemos observar sempre:
Idade do paciente, estado nutricional e medicamentos que ele faz uso.
Além de analisar o tipo de lesão, é importante dizer que no processo de cicatrização estão envolvidas células epiteliais, inflamatórias, plaquetas e fibroblastos entre outras células e substâncias químicas. Que irão interagir entre si para restabelecer o tecido atingido.
Classificação:
Causas:
Intencional ou Acidental/Traumática:
Cirurgia
Isquemia
Pressão
Profundidade:
• Superficial
• Profunda
• Transfixante
Coloração:
Vermelha: tecido de granulação saudável e limpo
• Amarela: presença de exsudato ou descamação
• Preta: tecido necrótico.
• Rósea: epitelizada.
Tempo de cicatrização:
Aguda: é a ruptura na integridade da pele.
Crônica: é a ruptura da estrutura e função anatômica tegumentar, normalmente, ocasionada por: pressão, diabetes, circulação deficiente, desnutrição, imunodeficiências, infecção ou outras causas. 
Avanço de um processo sistêmico, que exige do organismo 
ativação e produção de um grande número de componentes 
moleculares e celulares. Estes agem em uma sequência 
ordenada e continua patrocinando todo processo de 
reparação tissular (tecidos). A cicatrização é um processo 
endógeno, que não implica em descuidar - se do tratamento
tópico.
Obs: Contudo concluímos até o momento que os curativo não são os únicos responsáveis pela cicatrização.
Processo de cicatrização
Fisiologia da cicatrização
A cicatrização sempre ocorrerá de baixo para cima (do lado distal para o lado proximal) e das bordas para o centro.
A cicatrização tem 3 fases distintas: 
 Inflamatória
 Proliferativa
 Remodeladora
Inflamatória
A primeira fase é constituída por fatores de coagulação e liberação de
célula fagocitárias, estas células são chamadas de neutrófilos e 
macrofilos que são as células responsáveis pela limpeza da ferida, 
está fase é marcada por dor, calor, rubor, peremia (excesso de 
sangue) e secreção que são sinais clássicos de inflamação.
Não deixar de se atentar para inflamação que nada mais é do 
que resposta do organismo a uma agressão.
Está fase pode durar em média 72h. E diferencia-se em dois tipos:
Inflamação aguda
A inflamação aguda é um processo natural que pretende recuperar o organismo por meio de mecanismos de fagocitose e mediadores químicos. Sua de curta duração e envolve a liberação de exsudato. Caso a inflamação aguda persista, ela pode resultar em inflamação crônica.
Inflamação crônica
A inflamação crônica acontece dentro de semanas ou meses e é caracterizada por inflamação ativa, com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos no caso a cicatrização.
Proliferativa
Já a segunda fase dura em média de 01 á 14 dias e tem como 
principal função a formação de tecidos de granulação e de um 
tecido vermelho vivo. Nesta fase há uma intensa vascularização
e migração de células para o local da ferida.
Remodeladora
Nesta fase ocorre a diminuição da vascularização dando lugar a 
um tecido chamado tecido cicatricial formado na fase anterior, 
ocorre neste momento o realinhamento das fibras de colágenos 
que até então se estava sendo formado de maneira desorganizada.
Função do curativo:
Atualmente existem inúmeros tipos de curativos que variam de acordo com a indicação de cada tipo de ferida. Os curativos tem finalidade de propiciar um meio adequado para a cicatrização cujas funções são as seguintes:
Manter a umidade entre a ferida e o curativo, favorecendo rápida epitelização, diminuindo a dor e aceleração da destruição de tecidos necrosados;
Remover o excesso de exsudação com a finalidade de evitar a maceração de tecidos circunvizinhos;
Permitir troca gasosa;
Proporcionar isolamento térmico. A temperatura ficará constante e em torno de 37°C, fator que estimula a divisão celular e consequentemente o processo de cicatrização;
Funciona como barreira mecânica contra a entrada de bactérias. 
OBS: exsudação refere-se ao extravasamento de líquido na ferida devido ao aumento da permeabilidade capilar em resposta aos mediadores inflamatórios.
Tipos de coberturas:
Alginato:
São derivados de algas marinhas e, ao interagirem com a ferida, sofrem alteração estrutural: as fibras de alginato transformam-se em um gel suave e hidrófilo à medida que o curativo vai absorvendo a exsudação. É indicado para feridas com exsudação (grande ou moderada quantidade) e necessita cobertura com gaze e fita adesiva.
Carvão ativado:
Cobertura composta por tecido de carvão ativado, impregnado com prata – exerce ação bactericida – é envolto por uma camada de não-tecido, selada em toda sua extensão. Indicado para feridas com mau odor (eficaz), cobertura das feridas infectadas exsudativas (com ou sem odor). Também necessita, como os alginato, de gaze e fita adesiva na cobertura.
Hidrocoloide:
As coberturas com hidro coloide são impermeáveis à água e às bactérias e isolam o leito da ferida do meio externo. Evitam o ressecamento e a perda de calor e mantêm um ambiente úmido ideal. Indicados para feridas com pouca ou moderada exsudação, podendo durar até 7 dias.
Hidrogel:
Esse tipo de curativo proporciona um ambiente úmido oclusivo, evitando ressecamento do leito da ferida e aliviando a dor. Tem poder de Desbridamento nas áreas de necrose, sendo indicado para uso em feridas limpas e não infectadas.
Filmes:
Tipo de cobertura de poliuretano, promove ambiente de cicatrização úmido, sem capacidade de absorção. Não deve ser utilizado em feridas infectadas.
PAPAÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE PELE
A cada dia, diversas tecnologias para tratamento de feridas são lançadas no mercado e um desses produtos é a papaína, que provém do látex do mamoeiro Carica papaia, encontrado comumente no Brasil. Trata-se de uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e, que causam a proteólise, degradação de proteínas em aminoácidos, do tecido desvitalizado e da necrose, sem alterar o tecido sadio, devido a uma antiprotease plasmática – a α1 -antitripsina, uma globulina humana, presente somente no tecido sadio que inativa as proteases, impedindo a degradação do tecido são.
A atividade enzimática da papaína é decorrente de um radical sulfidrila (SH) pertencente ao aminoácido cisteína, por isso, após diluição apresenta odor semelhante ao enxofre. Além de ser usada como Desbridante, a papaína possui ação anti-inflamatória, atuando na contração e junção de bordos de feridas
de cicatrização por segunda intenção, podendo ser usada nas diversas fases de cicatrização, com diferentes concentrações de acordo com o tipo de tecido da ferida. 
PAPAÍNA: Pomadas a base de enzimas proteolíticas papaína
Ação
Bactericida: são antibióticos com o ponto cresce que destroem a bactéria, por meio de diversos mecanismos, destruição da parede celular, inibição da síntese proteica, inibição na síntese do ácido fólico, eliminando a bactéria. 
Bacteriostática: Um bacteriostático é um antibiotico. São produtos farmacêutico que tem como princípio terapêutico impedir a proliferação dos microrganismos.
Anti-inflamatório: é uma substância ou medicamento que combate a inflamação de tecidos.
Desbridante: Desbridamento ou Debridamento, em Medicina, é a remoção de tecidos desvitalizados para preparar o leito da ferida para a cobertura definitiva.
Ativadora de processos de regeneração e cicatrização, por facilitar a liquefação e retirada de secreção purulenta.
Indicação: Todas as fases da cicatrização, feridas secas ou exsudativas (ação de suar, transpiração), colonizadas ou infectadas, com ou sem área de necrose. 
Contraindicação: Contato com metais, devido ao poder de oxidação. Tempo prolongado de preparo devido à instabilidade da enzima.
Apresentação: Apresentação em pasta e pó;
Enzina proteolítica; Proteases (proteinases, peptidases ou enzimas proteolíticas, EC 3.4) são enzimas que quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas. O processo é chamado de clivagem proteolítica, um mecanismo comum de ativação ou inativação de enzimas envolvido principalmente na digestão e na coagulação sanguínea.
Origem vegetal – látex do mamoeiro “Carica papaya”.  
Normalmente são indicadas as seguintes concentração:
2% (feridas com tecido de granulação);
4 a 6% (quando existe exsudato purulento);
10% (presença de tecido necrótico).
Modo de usar:
A troca pode ser feita 3 vezes ao dia, em lesões mais exsudativas, ou uma vez a cada 24 horas, conforme a exsudação.
Material indicado: madeira, porcelana, vidro e plásticos;
Recipiente: opaco e fechado;
Guardar na geladeira.
CURATIVOS
 É a limpeza de uma área do corpo que sofreu toda e qualquer lesão. Assim , o termo ferida é definido como toda e qualquer lesão que produz a perda da integridade cutânea.
 
Pinças cirúrgicas do tipo kelly ou kocker com ou sem dente;
Pinça anatômica;
Pinça dente de rato;
Gaze;
Solução fisiológica 0,9% morno;
Agulha estéril para realizar pequenos orifícios na forma de chuveiros no frasco de soro;
 Adesivo para fixação das ataduras ou coberturas;
Conforme rotina da instituição, use coberturas descartáveis ou coberturas com gaze ou gaze almofadado.
Material para a realizar o curativo na técnica:
Pinças 
Pinça kelly
Pinça Anatômica
Pinça dente de rato
Oriente o paciente sobre o procedimento
Prepare o material
Disponha o material na cabeceira, coloque as pinças na lateral do campo, disponha as gazes sobre o campo, o frasco de SF0,9% morno de 100ml, com pequenos orifícios, formando um chuveiro, 1 saco de lixo para receber os resíduos do procedimento 
Calce as luvas de procedimento
Retire o curativo já existente sobre a lesão, utilize a pinça dente de rato , despreze o curativo no lixo próprio e descarte a pinça ao lado do campo 
Retire as luvas de procedimento e higienize as mãos 
Procedimento do curativo
Proceda à irrigação ( tipo chuveiro, este tipo de irrigação é indicada para favorecer a promoção do tecido cicatricial ) da lesão com solução fisiológica 0,9% morno, essa irrigação deve ser feita quantas vezes forem necessárias, removendo toda sujidade e ou exsudato da lesão.
Proceda à confecção de uma almofada com gaze estéril e o auxilio das pinças Kelly e a anatômica. Após secar toda a borda lateral da lesão, preservando o leito da lesão úmido, despreze as gases no lixo próprio.
Coloque sobre a lesão o indicado em Protocolo Institucional ou material pedido em prescrição de enfermagem, sobre o curativo primário, utilize cobertura secundaria, sendo mais utilizada gaze para lesões pouco exsudativas e gaze almofadada para lesões exsudativas.
Para contenção do curativo, proceda à fixação com adesivos do tipo esparadrapo ou fitas, dobrando as bordas e favorecendo a retirada na próxima troca.
FINALIDADES DE CURATIVOS
Proteger a gerida de contaminação por microrganismos
Auxiliar na hemostasia
Promover cicatrização por absorver a drenagem e desbridamento da ferida
Sustenta e fornece uma tela ao local da ferida
Protege os pacientes da visão da ferida
Promove o isolamento térmico da superfície da ferida
Promove um ambiente úmido
Câmara Hiperbárica: 
Oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro.
 A câmara hiperbárica consiste em um equipamento médico fechado, resistente à pressão, 
Benefícios da Câmara Hiperbárica
• Inibe a proliferação de bactérias. 
• Útil no tratamento de queimaduras extensas.
• Atua na cicatrização de lesões infectadas, úlceras por pressão e em enxertos cutâneos.
Lesões tratáveis com Oxigenoterapia Hiperbárica
Lesões Teciduais Agudas:
• Queimaduras 
• Traumatismos de ossos 
• Gangrenas ou outras necroses  
• Infecção e outras complicações pós-operatórias.
Lesões Teciduais Crônicas:
• Pés diabéticos 
• Úlceras crônicas de extremidades 
• Osteomielites crônicas 
• Lesões actínicas (pós-radioterapia) 
INTEGRANTES
Eva Pereira			Ra: 201701021801
Francisca dantas Ra:97226
Isaías Trindade de Araújo		 Ra:.71340
Jackson Roberto Diniz Lopes Ra:201703011473
Maycon Windeton Domingos Chin Fook Ra: 201703226518
Suzane Ap. Rosendo D. da S. Santos Ra: 201703314816
Tabata Caroline Martins de Oliveira Ra: 201702126552
SISTEMATIZAÇÃO 2
PROFESSOR AILTON
ENFERMAGEM 3+4 SEM
TRABALHO SEMESTRAL 
ABRIL/2018

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando