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Sumário “A INTEGRAÇÃO DA PRODUÇÃO ATRAVÉS DAS REDES DE COMUNICAÇÃO: AS REDES LOCAIS INDUSTRIAIS” I — AS REDES E OS NÍVEIS HIERÁRQUICOS DA INTEGRAÇÃO FABRIL 1.1. O MODELO CIM 1.2. A INTEGRAÇÃO NO MODELO CIM: TIPOS DE REDE » DEVICEBUS/CONTROLBUS, FIELDBUS, ENTERPRISE NETWORK Sumário II — AS REDES LOCAIS INDUSTRIAIS 2.1. MOTIVAÇÕES 2.2. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS REDES INDUSTRIAIS: – COMPORTAMENTO TEMPORAL – CONFIABILIDADE – REQUISITOS DO MEIO AMBIENTE – TIPO DE MENSAGENS – INTERCONECTIVIDADE/INTEROPERABILIDADE 2.3. PROJETOS DE PADRONIZAÇÃO DAS REDES INDUSTRIAIS – PROWAY – IEEE802 E ISO/IEC 8802 » IEEE 802.3: Ethernet, switched ethernet, fast ethernet » IEEE 802.4: Token-bus » IEEE 802.5: Token-ring » IEEE 802.11: Redes sem fio – MAP/TOP – FIELDBUS Sumário III — O PROJETO MAP 3.1. MOTIVAÇÃO E HISTÓRICO 3.2. A ARQUITETURA MAP 3.3. A PROPOSTA MAP-EPA 3.4. A PROPOSTA MINI-MAP 3.5. O PADRÃO DE MENSAGENS MMS – Objetos MMS – Serviços MMS Sumário IV — O PROJETO FIELDBUS 4.1. MOTIVAÇÕES E REQUISITOS DO FIELDBUS 4.2. A PROPOSTA FRANCESA FIP – Introdução – A camada Física – A camada de Enlace – A Camada de Aplicação – Funções de gerenciamento da rede 4.3. A PROPOSTA ALEMÃ PROFIBUS – Introdução – A camada Física – A camada de Enlace – A camada de Aplicação Sumário 4.4. A PROPOSTA ISA/IEC FIELDBUS (FIELDBUS FOUNDATION) – Introdução – A camada Física – A camada de Enlace – A camada de Aplicação – Camada do Usuário – Serviços de Gerenciamento de rede Sumário V — ALGUNS PRODUTOS EXISTENTES E SUA APLICABILIDADE EM AUTOMAÇÃO 5.1. INTRODUÇÃO 5.2. REDES PARA INSTRUMENTAÇÃO: GPIB 5.3. REDES PARA AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS: ETHERNET, TOKEN-RING, ARCNET 5.4. REDES INDUSTRIAIS, PREDIAIS E OUTRAS: PROFIBUS DP/PA/FMS, BITBUS, CAN, VAN, HART, INTERBUS-S, ASI-BUS, FAIS, LON, P-NET, SERCOS, MODBUS, REDES IBM (TOKEN-RING, TOKEN-BUS, SNA), UCA, etc. Introdução - Primeiros computadores: • Máquinas complexas, grandes, caras • Requeriam salas isoladas com ar condicionado • Operadas apenas por especialistas • programas submetidos em forma de “jobs” seqüenciais • Usuário inseria programa por meio de cartões perfurados • Várias idas ao NPD eram necessárias para rodar um programa, mesmo pequeno. Introdução • Primeiros computadores: ¾ 1946: ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator) ¾ 1948: UNIVAC, primeiro computador comercial ¾ 1953: IBM 701 ENIAC pesava 30 toneladas e ocupava 180 m² de área construída Introdução • Anos 60: – usuários conectados ao computador por terminais – terminais necessitavam técnicas de comunicação de dados com computador central => inicio das redes teleprinter Televideo 925 Introdução • Anos 60: – Esforços para melhorar interação entre computador e usuários. – Surge técnica de time-sharing, primeiros sistemas multi-usuários – Usuários conectados ao computador por terminais – Cada terminal atendido por um interpretador de comandos – Comunicação entre terminais e computador central: » Definição de uma interface (serial, paralela), conectores, cabos, etc. » Definição de unidade básica de informação (bit = binary unit) – definir duração, sinais 0 e 1, sincronização, etc. » Definição de códigos para representar letras, números e outros símbolos alfanuméricos – ASCII, EBCDIC » Definição de protocolos para envio, recepção, detecção de erros, etc. – Surgem primeiras técnicas de comunicação Sistemas Multiuser Terminal 2 Terminal 3 Terminal 4 Terminal 1 Mainframe com time-sharing OS st1 st2 st4 st3 RR Introdução - Anos 70: • surgem microprocessadores • computadores muito mais baratos => difusão do uso - Após década de 70: • Computadores cada vez mais velozes, tamanho menor, preço mais acessível • Surgem novas aplicações • Incremento na capacidade de cálculo e armazenamento • Aplicações mais complexas requerem computadores cada vez mais poderosos (PC, Workstation, Mini, Mainframe, Supercomputador, etc.) • Computadores conectados podem ter desempenho melhor do que um mainframe, além de custo menor => Sistemas Distribuídos • Necessidade de desenvolver técnicas para interconexão de computadores => redes Introdução - Informatização crescente das empresas - Sistemas de Bancos de Dados muito úteis - Primeiros setores a serem informatizados: - Finanças, folha de pagamento, compras, vendas, setor de pessoal - Posterior informatização do chão de fábrica: - CNC, CLP, RC, IC, Sistemas de aquisição de dados, etc. - Mais recente: Sensores e Atuadores microprocessados. - Métodos iniciais de comunicação de dados: - fitas K7, cartões, fitas perfuradas, disquetes. - Método moderno: redes de comunicação (LA Introdução - Requisitos de comunicação fabril: ¾Compartilhamento de recursos; ¾Gerenciamento da heterogeneidade; ¾Gerenciamento de diferentes tipos de diálogo; ¾Garantia de um tempo de resposta médio ou máximo; ¾Confiabilidade dos equipamentos e da informação; ¾Conectividade e interoperabilidade; ¾Evolutividade e flexibilidade. - Introdução - Necessário definir arquiteturas, topologias e protocolos apropriados para redes de comunicação industriais. - Redes do tipo ponto-a-ponto: falha em uma máquina pode afetar comunicação entre outras máquinas (centralização das funções de comunicação). - Redes de difusão: falha em uma máquina não necessariamente afeta comunicação entre outras máquinas (possibilidade de descentralização da comunicação). - Idéia do final dos anos 70/ início 80: rede única para toda a fábrica. - Idéia atual: não existe uma rede única que atende as necessidades de todas as atividades existentes em uma fábrica. Os Níveis Hierárquicos de Integração Fabril Administração Corporativa Planejamento (Factory) Área (Shop) Célula (Cell) Subsistema (Subsystem) Componente (Component) S A S A S A S A CAD, CAE, CAP, CAPP, CAQ, etc... FMS FMC Torno, Manipulador, Centro de Usinagem, etc... Motores, Chaves, Relés, etc... SISTEMA DE COMUNICAÇÃO Enterprise- network (MAP, TOP) Fieldbus, MAP- EPA, Mini-MAP RTLAN Características da comunicação em CIM Vida útil e tamanho médio dos dados Tráfego médio Quadros / seg. Tempo ocioso entre transmissões Número de estações / segmento Administração Corporativa Planejamento Área Célula Unidade (subsistema) Componente Custo médio de uma estação Hostilidade do meio Motivação das Redes Industriais - Na década de 80, maioria das redes de comunicação existentes concebidas para automação de escritórios. - Ambiente industrial tem características e necessidades que tornam redes para automação de escritórios mal adaptadas: - ambiente hostil para operação dos equipamentos (perturbações eletromagnéticas, elevadas temperaturas, sujeira, áreas de segurança intrínseca, etc.); - troca de informações se dá entre equipamentos e, as vezes, entre um operador e o equipamento; - tempos de resposta críticos; - segurança dos dados crítica; - grande quantidade de equipamentos pode estar conectada na rede => custo de interconexão crítico. Características e requisitos básicos das redes industriais • Comportamento temporal • Confiabilidade • Requisitos do meio ambiente • tipo de mensagens e volume de informações • Conectividade/interoperabilidade (padronização) a) Comportamento temporal - Aplicações Industriais freqüentemente requerem sistemas de controle e supervisão com características de Tempo-Real. - Em aplicações tempo real, importante poder determinar comportamento temporal do sistema de comunicação. - Mensagens em STR podem ter restrições temporais: – Periódicas: tem que ser enviadas em intervalosconhecidos e fixos de tempo. Ex.: mensagens ligadas a malhas de controle. – Esporádicas: mensagens sem período fixo, mas que tem intervalo de tempo mínimo entre duas emissões consecutivas. Ex.: pedidos de status, pedidos de emissão de relatórios. – Aperiódicas: tem que ser enviadas a qualquer momento, sem período nem previsão. Ex.: alarmes em caso de falhas. Sistemas Tempo-Real • Um STR é um sistema computacional que deve reagir a estímulos (físicos ou lógicos) oriundos do ambiente dentro de intervalos de tempo impostos pelo próprio ambiente. • A correção não depende somente dos resultados lógicos obtidos, mas também do instante no qual são produzidos. Sistema a Controlar (Ambiente) Sistema de Controle SENSOR ATUADOR INTERFACE estímulo resposta Arquitetura para Sistemas Tempo-Real A Problemática da Comunicação em Tempo-Real M1 DL = 10 End. 01 M2 DL = 15 End. 02 M3 DL = 50 End. 03 M4 DL = 25 End. 04 M5 DL = 5 End. 05 • Mensagens pendentes em cada estação devem ser entregues a seu destino antes de um prazo limite (deadline) associado. Comunicação em Tempo-Real • Problema de comunicação tempo real: – Queremos garantir que todas as mensagens sejam entregues antes de seu deadline – Como atribuir prioridades: » priorizar mensagens individuais ou estações? – Como escalonar uso do meio (recurso compartilhado)? – Como verificar se escalonamento está correto? – Escalonar com base em eventos (event trigger) ou no tempo (time trigger)? – como definir concessão do direito de acesso ao meio entre estações diferentes de forma e respeitar prioridades ? • Protocolo MAC deve atender mensagens periódicas com a maior eficiência possível, respeitando seus deadlines. • Protocolo MAC precisa garantir rápido acesso ao barramento para mensagens esporádicas de alta prioridade. • MAC deve ter comportamento determinista e, idealmente, permitir escalonamento ótimo global de mensagens. • LLC (Controle Lógico de Enlace) deve escalonar mensagens locais pendentes por deadline ou prioridade associada. Comunicação em Tempo-Real Arquitetura de rede para CTR Camada de Aplicação Controle Lógico de enlace (LLC) Controle de Acesso ao Meio (MAC) Camada Física AP APSoftware Aplicativo 1 2 7 Serviços de enlace para CTR Serviços sem conexão: • SEND (receptor, mensagem, requisitos TR); • mensagem = RECEIVE (emissor); Serviços com conexão: • rtcid = CONNECT(receptor, requisitos TR); • SEND (rtcid, mensagem); • mensagem = RECEIVE (rtcid); • DISCONNECT(rtcid); Classificação dos Protocolos MAC • Alocação fixa: alocam o meio às estações por determinados intervalos de tempo, independentemente de haver ou não necessidade de acesso (ex.: TDMA = Time Division Multiple Access); • Alocação aleatória: permitem acesso aleatório das estações ao meio (ex.: CSMA = Carrier Sense Multiple Access). Em caso de envio simultâneo por mais de uma estação, ocorre uma colisão e as estações envolvidas tem que transmitir suas mensagens após a resolução do conflito resultante (protocolos de contenção); • Alocação controlada: cada estação tem direito de acesso apenas quando de posse de uma permissão, que é entregue às estações segundo alguma seqüência predefinida (ex.: Token-Passing, Master-Slaves); • Alocação por reserva: para poder usar o meio, as estações tem que reservar banda com antecedência, enviando pedidos a uma estação controladora durante um intervalo de tempo pré-destinado e este fim (ex.: CRMA = Cyclic Reservation Multiple Access); • Híbridos: consistem de 2 ou mais das categorias anteriores. Classificação dos Protocolos MAC • Classificação com relação ao comportamento temporal: – protocolos deterministas: caracterizados pela possibilidade de definir um tempo limite para a entrega de uma dada mensagem (mesmo que somente em pior caso); – protocolos não deterministas: tempo de entrega não determinável (aleatório ou probabilístico). Protocolos MAC não deterministas - CSMA - CSMA: Carrier Sense Multiple Access = Acesso Múltiplo por Detecção de Portadora - método não deterministico com controle distribuído - variantes: - CSMA não persistente: - emissor escuta o meio - se meio livre, transmite msg - se meio ocupado, tenta retransmitir mais tarde - CSMA 1-persistente: - meio livre, transmite com probabilidade 1 (100%) - meio ocupado, espera na escuta (persiste) até o canal ficar livre - CSMA p-persistente: - meio livre, transmite com probabilidade p ou atrasa a tx em um dado tempo com probabilidade (1-p); se canal ainda livre, repete procedimento; se ocupado, aguarda liberação e reinicia - meio ocupado, aguarda liberação e reinicia CSMA persistente e não persistente • CSMA 1-persistente: faz melhor uso da banda, mas tem grande chance de gerar colisões • CSMA não persistente: faz pior uso da banda, mas tem menor probabilidade de gerar colisões • CSMA p-persistente (p<1): compromisso entre as soluções anteriores. tempo np P-p 1-p CSMA - Todas as variantes: não impedem colisão => escuta só no início - Estação receptora envia quadro de reconhecimento (ACK) a emissora se msg Ok - Em caso de colisão ou erro de tx: msg retransmitida após Time- out no emissor CSMA/CD (ETHERNET) - CSMA/CD: Carrier Sense Multiple Access with Colision Detection = Acesso Múltiplo por Detecção de Portadora com Detecção de Colisão - Método de acesso não determinístico com controle distribuído - operação: - emissor escuta meio - Se meio livre, enviar primeiro byte do quadro - emissor escuta meio durante sua tx e compara com byte enviado - Se igual, não houve colisão => enviar resto da mensagem - Se diferente, houve colisão => parar tx, esperar tempo randômico e reiniciar operação (repetida no máximo 16x) limite tempo de espera na i-esima colisão= 2i - 1 [time slots] - Se tx bem sucedida (sem colisão), emissor espera ACK do receptor O protocolo CSMA/CD - Inovação: escuta e envio podem estar ativos ao mesmo tempo! emissor emissor receptor emissor O protocolo CSMA/CD • Métodos de acesso CSMA convencionais: – Simplicidade; – Autonomia das estações; – tempo de reação não pode ser exatamente determinado (não determinismo). • Tempo de espera é randomizado segundo algoritmo BEB (Binary Exponential Backoff) Randomização de tempo no CSMA/CD (Binary Exponential Backoff) start Station Ready ? New Frame ? Ether Silent ? transmit Collision ? nc = nc+1 limit = 2nc-1 Wait=random [0,limit] nc = 0 no no no yes CSMA/CD Probabilidade de colisão Tráfego x número estações CSMA/CD - Desempenho muito melhor que CSMA, pois: • não perde tempo enviando dados após colisão • ocorrência da colisão detectada logo no início da tx - Razões do não-determinismo: • não se sabe se haverão colisões • não se sabe quantas colisões seguidas podem ocorrer • não se conhece de antemão tempo aleatório de espera em caso de colisão - Esta característica torna protocolos CSMA e CSMA/CD ruins para aplicações com restrições de tempo de resposta (sistemas tempo real), muito comuns na automação de chão de fábrica. Protocolos MAC Deterministas - Métodos de acesso deterministas: tem tempo de resposta limitado e determinável (ao menos em pior caso). - Podem ser classificados em: - métodos com comando centralizado (ex.: Mestre-Escravos, árbitro de barramento) - métodos com comando distribuído (ex.: Token-Passing, variantes deterministas do CSMA). - Comando Centralizado: Mestre-escravos escravo escravo escravo escravo Comando Distribuído: Token-bus receptor emissorficha Comando Distribuído:Token-Ring Estação Interface p/ anel anel unidirecional TAP Token Comando Distribuído: Forcing Headers - Variante determinista de CSMA (CSMA/NBA = CSMA with Nondestructive Bitwise Arbitration – usado em CAN). - Estações enviam bit a bit um identificador da mensagem, que define prioridade da mesma. - Cada mensagem tem que ter prioridade diferente das demais. - Se todos os bits do identificador são 0, prioridade máxima. - Camada física executa AND sobre cada bit enviado ao barramento (CD ativada ao enviar um 1 e desativado ao enviar um 0). - Transmissão interrompida quando um 1 é enviado e ocorrer colisão (0 é lido). - Se identificador transmitido até o fim sem colisão, resto da mensagem é enviado. Comando Distribuído: Forcing Headers 100 dados 000 dados 001 dados 010 dados 011 dados Frame a enviar Nó 4 Nó 0 Nó 1 Nó 2 Nó 3 Header do frame Comando Distribuído: Forcing Headers • Para evitar monopólio do meio por nó gerador de mensagem de alta prioridade, espaço entre quadros preenchido por campo de bits em 1 inserido no final de cada quadro. • O barramento só é considerado livre para o mesmo nó enviar nova mensagem após ter detectado que o espaço interframes não foi interrompido por um bit em 0. • Estação possuidora da mensagem de alta prioridade terá que esperar ao menos o envio de uma mensagem de prioridade menor para tomar o barramento para si novamente. Comando Distribuído: Comprimento de Preâmbulo - Variante determinista de CSMA/CD - A cada mensagem é associado um preâmbulo com comprimento diferente, que é transmitido com CD desativada. - Após término de envio do preâmbulo, CD reativada - Se há colisão, existe outra mensagem mais prioritária sendo enviada e estação fica a espera de meio livre. Comando Distribuído: Comprimento de Preâmbulo Frame a enviar Nó 4 Nó 0 Nó 1 Nó 2 Nó 3 Preambulo do frame Comando Distribuído: Comprimento de Preâmbulo Mensagem do nó 4 Mensagem do nó 3 Mensagem do nó 2 Mensagem do nó 1 Mensagem do nó 0 Instantes de inicio de detecção de colisão em cada estação Comando Distribuído: CSMA/DCR - CSMA with Deterministic Collision Resolution - determinismo garantido através de busca em árvore binária balanceada - prioridades são atribuídas a cada estação => “Índices” - cada estação deve conhecer: - status do barramento: - livre - ocupado com transmissão - ocupado com colisão - seu próprio índice - número total de índices consecutivos alocados às fontes (Q) - tamanho da árvore binária q = menor potência de 2 maior ou igual a Q (ex.: Q = 12, q = 16) CSMA/DCR - operação como CSMA/CD até colisão - em caso de colisão, iniciado período de resolução por busca em árvore binária => “época” - estações envolvidas se auto-classificam em dois grupos: Winners (W) ou Losers (L): - W = índices entre [0,q/2[ - L = índices entre [q/2, q] - estações do grupo W tentam nova transmissão - se nova colisão, nova divisão em grupos: - W = [0,q/4[ - L = [q/4, q/2] CSMA/DCR - se não ocorrer nova colisão (só sobrou uma estação no grupo W), estação transmite seu frame de dados - estações do grupo L desistem e aguardam término de transmissão bem sucedida de outro nó seguida de meio livre - se grupo W vazio, busca revertida => nova subdivisão de nós a partir do último grupo L: - W = [q/2, 3q/4[ - L = [3q/4, q] - Época encerrada quando todas as estações envolvidas na colisão original conseguiram transmitir seus dados - tempo de duração de uma época pode ser calculado => determinismo ! - seqüência de concessão de direito de acesso ao meio = seqüência de índices crescentes => nós mais prioritários transmitem primeiro ! CSMA/DCR - Exemplo - 6 estações de uma rede com 16 fontes enviam frames simultaneamente - Índices de cada estação conforme figura acima - Q = 16 - q = 16 (24) - altura da árvore binária = log2 16 = 4 Índice 2 Índice 3 Índice 5 Índice 12 Índice 15Índice 14 CSMA/DCR - Exemplo [0,15] [0,7] [0,3] [4,7] [8,15] [8,11] [12,15] [0,1] [2,3] [4,5] [6,7] [8,9] [10,11] [12,13] [14,15] 3 1 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Árvore binária balanceada completa para Q = 16 12 C 14,15 W= 14 L=15 CSMA/DCR - Exemplo 0 C 2,3,5,12,14,15 W= 2,3,5 L=12,14,15 1 C 2,3,5 W= 2,3 L=5 2 C 2,3 W= L=2,3 3 V 4 C2,3 W=2 L=3 5 T 2 6 T 3 7 T 5 8 C 12,14,15 W= L=12,14,15 9 V 10 C12,14,15 W= 12 L=14,15 11 T 12 13 T 14 14 T 15 Evolução do algoritmo CSMA/DCR - O tempo até o inicio da transmissão da fonte com índice 5 será: - 4 colisões + 1 vazio = 5. slot-time - 2 transmissões = 2.(tamanho quadro em slot-times) - Assumindo que cada quadro tem um tamanho fixo de 6 slot-times e considerando 1 slot-time como 40 microssegundos, o tempo para início da transmissão da mensagem da fonte com índice 5 seria: - Tinicio 5 = 5.40 + 2.6.40 = 680 microssegundos (não é ainda pior caso) - O tempo de duração total da época será: - 7 colisões = 7.slot-time - 2 vazios = 2. slot-time - 6 transmissões = 6 .(tamanho do quadro em slot-times) - Assumindo 1 slot-time = 40 microssegundos: - T época = 7.40 + 2.40 + 6.6.40 = 1800 microssegundos = 1.8 ms CSMA/DCR - Cálculo do tempo de pior caso pode ser formalizado como segue... - Seja: − ϕ (v) = número de ramos da árvore binária percorridos por uma mensagem proveniente de um nó com índice v - q = menor potência de 2 maior ou igual ao maior índice disponível − σ (v) = número de potências de 2 contidas em v - s = 1 slot-time (2 vezes o tempo de propagação do sinal na rede) − μ = tempo máximo de transmissão da uma mensagem no meio físico (depende do comprimento da mensagem em bits e da taxa de transmissão) CSMA/DCR - Para uma mensagem participando de uma dada época, temos que: − ϕ (v) = log2 q + v - σ(v) - Tespera (v) = ϕ (v).s + v.μ - Para o exemplo anterior, tomando uma mensagem da estação com índice 5, temos: - q =16 - v =5 − σ (5) = 2 (5 = 22+20) − ϕ (5) = log2 16 + 5 - 2 = 7 - T espera (5) = 7.s + 5.μ - Assumindo s = 40 microssegundos e μ = 6.s = 240 microssegundos, obteremos para o pior caso de tempo de espera da mensagem da fonte com índice 5 o valor de 1480 microssegundos. - O tempo de duração da época, no pior caso, é dado por: T época = ϕ (q-1).s + Q.μ - Para uma mensagem que chega a fila de emissão de uma fonte com índice v em um instante qualquer, o pior caso de tempo de espera é maior, pois a nova mensagem pode chegar na fila imediatamente após o inicio de uma época, da qual ela ainda não faz parte. - Neste caso, o pior caso do tempo de espera será dado por: T max espera (v) = T época + ϕ (v).s + v.μ CSMA/DCR Abordagens Para CTR Abordagem Atribuição de Prio- ridades com teste de escalonabilidade Off-line (em tempo de projeto) Circuito Virtual TR com escalonamento On-line de mensagens Reserva com escalonamento global Requistos MAC com resolução de prioridades MAC com tempo de acesso ao meio limitado Requer cópias locais de todas as filas de mensagens, difundidas em “slots times” de reserva Ex.de Protocolos Token-Ring c/Pr. Dif. atrasos Comp. Preâmbulo Forcing Headers (CSMA/CA) TDMA Token-Passing Waiting Room CSMA/DCR PODA b) Confiabilidade - Em aplicações industriais, erro de 1 bit pode ter conseqüências desastrosas => dispositivos ON/OFF. - Para aumentar confiabilidade, enlace usa teste cíclico de redundância (CRC - Cyclic Redundancy Check) sobre quadros (técnica polinomial). - Em sistemas que necessitem de uma operação contínua, pode ser utilizado um meio de transmissão eestações redundantes. - Recomenda-se usar cabos blindados em ambientes com fortes campos magnéticos. - Uso crescente de fibra ótica. c) Requisitos do Meio Ambiente - Perturbações eletromagnéticas requerem escolha adequada do meio de transmissão. - Fonte: acionamentos de motores elétricos de grande porte, fontes chaveadas, estações de solda, conversores estáticos, etc. Par trançado (assíncrono) Par trançado (síncrono) Cabo coaxial Fibra Ótica Custos Sensibili- dade à pertur- Taxa de transmissão Distância bações Suportes de Transmissão - Com guia físico - Cabos elétricos - Par trançado - Cabo coaxial - Fibra ótica - Sem guia físico: - Ondas de rádio - Ondas de luz (laser, infravermelho) Par Trançado (Twisted Pair) - forma mais barata e clássica de conexão - cabo composto de “n” pares de fios de cobre isolados e arranjados de forma helicoidal - Efeito do arranjo helicoidal => reduzir induções eletromagnéticas parasitas => fios paralelos formam antena ! - Categoria 3: telefone, LAN - Categoria 5: isolamento teflon, LAN - Usados com HUBs, Switchers Par Trançado (Twisted Pair) - Servem para transmissão analógica e digital - Usados na rede telefônica e em LANs - Taxas de transmissão de dezenas de Kbps até ~100 Mbps (distâncias pequenas) - Banda passante depende de: - diâmetro fios - pureza cobre - isoladores - comprimento do cabo Par Trançado (Twisted Pair) Conector RJ45 UTP Par Trançado Blindado (STP) Cabos Coaxiais •2 tipos mais usados: impedância de 50 Ohms (sinais digitais, baseband versões thin e thick) e 75 Ohms (sinais analógicos, broadband) •Constituídos de 2 condutores concêntricos separados por isolante Capa protetora Trança metálica Capa isolante Alma de cobre Cabos Coaxiais - Possuem melhores características elétricas do que par trançado => menos sensíveis a interferências eletromagnéticas - Usados para distâncias de até 1Km => taxas de transmissão de 1 a 2 Gbps em banda base possíveis - Usados para distâncias maiores (100Km) se usada transmissão analógica (broadband com modulação ASK, FSK ou PSK) - Muito usados para transmissão em banda larga => vários canais simultâneos de comunicação em faixas de freqüência diferentes - Requerem terminadores => impedâncias terminais para impedir ressonâncias na rede Cabos Coaxiais Cabo com conectores BNC (British Naval Connector ou Bayonet Neil Concelman ou Bayonet Nut Connector) Fibras Óticas - Sinais binários transmitidos como impulsos luminosos: - lógico 1 => presença de luz - lógico 0 => ausência de luz - Pode transmitir sinais com taxas de vários Gbps (109 bps) a distâncias de até 100Km sem repetidores. - Imune a perturbações eletromagnéticas => fóton sem carga elétrica - Fibra => fio de silício (núcleo) com capa externa para retenção de luz Fibras Óticas E i R fibra i - sistema de transmissão composto de 3 elementos: - Fibra: transmite sinal ótico - Emissor: converte sinal elétrico em ótico (LED ou diodo Laser) - Receptor: converte sinal ótico em elétrico (Fotodiodo ou Fototransistor) Fibras Óticas - Princípio de transmissão na fibra: - ângulo de incidência grande => reflexão e refração - ângulo de incidência pequeno => reflexão total α1 β1 α2 β2 α3 β3 Silício Ar fonte de luz multimodo monomodo Fibras Óticas • Fibra multimodo com índice degrau: núcleo constituído de um único tipo de material (plástico, vidro) e tem índice de refração constante. Os raios de luz refletem no cladding em vários ângulos, resultando em comprimentos de caminhos diferentes para o sinal. Isto causa o espalhamento do sinal ao longo da fibra e limita a largura de banda do cabo. Este fenômeno é chamado dispersão modal. A atenuação é elevada (maior que 5 dB/km), fazendo com que essas fibras sejam utilizadas em transmissão de dados em curtas distâncias (até 2 km). Fibras Óticas • Fibra multimodo com índice gradual: a interface núcleo/cladding é alterada para proporcionar índices de refração diferentes dentro do núcleo e do cladding. Os raios que viajam na direção do cabo tem um índice de refração menor e são propagados mais rapidamente. O objetivo é ter todos os modos do sinal à mesma velocidade no cabo, de maneira a reduzir a dispersão modal. Essa fibra pode ter larguras de banda de até 500 Mhz.km. O núcleo tem, tipicamente, entre 125 e 50 μm e a atenuação é baixa (3 dB/km), sendo por esse motivo empregada em telecomunicações. Fibras Óticas • Fibras monomodo: O núcleo de 8 µm de diâmetro e o índice núcleo/cladding permite que apenas um modo seja propagado através da fibra, diminuindo a dispersão do pulso luminoso. A emissão de sinais monomodo só é possível com laser, podendo atingir taxas de transmissão na ordem de 100 GHz.km, com atenuação entre 0,2 dB/km e 0,7 dB/km. Contudo, o equipamento como um todo é mais caro que o dos sistemas multimodo. Essa fibra possui grande expressão em sistemas telefônicos. Fibras Óticas Feixe de fibras óticas Conectores ST para fibra ótica Cabo multimodo 62.5/125 micrometros Fibras Óticas - Muito usadas em WAN, MAN e CAN - Uso crescente em LAN, com topologia ponto-a-ponto => difícil realizar derivações (bifurcações) em T para barramento - Técnicas de realização de derivações: - derivação passiva: usa princípios óticos (p.ex. prismas) => problemas de perda de intensidade luminosa - derivação ativa: converte sinal ótico para elétrico nos pontos de derivação => aumenta custo, requer alimentação, perde velocidade e introduz pontos sensíveis à perturbações eletromagnéticas - Muito usadas com HUBs e Switchers Transmissão Sem Guia Físico - Sistemas com guia físico implicam na construção de canalização ou postes para condutores => caro para grandes distâncias - Técnicas com emissor e receptor de luz direcionados: - Laser - Infravermelho - Bom para distâncias médias - Técnicas com sinal de rádio: - antena / antena => distâncias médias ou grandes - antena / satélite / antena => distâncias muito grandes Transmissão Sem Guia Físico Sinais de Rádio: Vantagens: - Flexibilidade - Interconexão completa - Estações móveis Desvantagens: - Problema de autenticação - Privacidade - Dependência de regulamentação pública Limitações / compromissos: - Banda passante - área de cobertura - interferências - regulamentações - custos Meio de Transmissão Meio Sinalização Bitrate (max.) Distancia* (p. Bitrate max.) Par trançado Digital 10Mbps (CAT-3) 16Mbps (CAT-4) 100Mbps (CAT-5) 300 Mbps (STP) 100m 100m 100m 100m Cabo coaxial Digital Analógica 2 Gbps 3 Mbps 1 Km 100 Km Fibra ótica Digital 1 Gbps 1 Tbps 100 Km 1 Km Rádio VLF, LF, MF Microwave 50 Mbps (telecom.) 50 Kbps (celular) 54 Mbps (rede) 1000 Km 50 Km 100 m * Sem repetidores Meios de Transmissão - Cabo coaxial: - Boas características elétricas, porém caro. - Requer impedâncias terminais. - Conectores BNC fáceis de abrir. - Par trançado: - Usualmente usado com HUB/Switcher - Atualmente solução mais usada para chão fábrica. - UTP (Unshielded Twisted Pair) CAT-5 / STP (Shielded Twisted Pair). - Fibra ótica: - Ótimo para rejeitar perturbações eletromagnéticas. - Dificuldade de realizar topologia em barramento (bus). Mais usado em topologias ponto a ponto: anel, estrela, árvore. Emulação de bus com HUB ou Switcher. Áreas de Risco (Segurança Intrínseca) • Sujeitas a incêndio, explosão • Presença de líquidos ou gases inflamáveis/explosivos • Não pode haver faiscamento • Freqüência de sinais elétricos limitada • Modelo FISCO (Fieldbus Intrinsically Safe Concept):desenvolvido na Alemanha pelo PTB (Physikalisch Technische Bundesanstalt) e reconhecido mundialmente como modelo básico para operação de redes em áreas de risco de explosão ou incêndio. Áreas de Risco (Segurança Intrínseca) • Princípios de transmissão segundo modelo FISCO: – Cada segmento possui uma única fonte de alimentação. – Não se alimenta o barramento enquanto uma estação está enviando. – Cada dispositivo de campo consome uma corrente constante em steady-state de pelo menos 10 mA, que alimenta o dispositivo. – Os dispositivos de campo funcionam como uma carga passiva de corrente. – Existe uma terminação passiva em ambos os extremos da rede. – Topologias permitidas: linear, em árvore e em estrela. Áreas de Risco (Segurança Intrínseca) • Norma IEC 1158-2 para camada física: – Transmissão de dados: digital, bit - síncrona, Manchester – Taxa de transmissão: 31,25 kbit/s, modo voltagem – Cabo: STP com 2 fios – Alimentação remota: opcional, via linhas de dados – Classes de proteção contra explosão: Intrinsically safe (EEx ia/ib) e encapsulation (EEx d/m/p/q) – Topologias: linha e árvore ou uma combinação – Numero de estações: até 32 estações por segmento, máximo de 126 com 4 repeaters d) Tipo de mensagens • Níveis hierárquicos superiores da fábrica: ¾ mensagens grandes (KByte) ¾ podem ter tempos de transmissão longos ¾ longos intervalos entre transmissões (meio ocioso) • Níveis hierárquicos mais próximos ao processo: ¾ mensagens curtas, tais como: 9 ligar ou desligar uma unidade ON/OFF -> 1 bit 9 fazer leitura de um sensor / medidor -> 8 Bytes 9 alterar o estado de um atuador -> 8 Bytes 9 verificar o estado de uma chave ou relê - > 1 bit ¾ Taxa de ocupação do barramento elevada (grande número de quadros pequenos transmitidos). d) Tipo de mensagens • Requisitos: - Taxa de transmissão de dados na camada física não precisa ser muito elevada - Mais importante ter tempo de entrega conhecido do que taxa de transmissão muito alta - Desejável protocolo MAC que não permita colisões - Na especificação do protocolo de enlace, é desejável que o frame seja pequeno (envelope grande para carta pequena não é eficiente!). Por exemplo: ¾Frame Ethernet pode ter até 1500 Bytes de dados, mais 14 Bytes de outros campos ¾Frame CAN pode ter até 8 Bytes de dados, mais 8 Bytes de outros campos e) Conectividade / interoperabilidade (padronização) • Identificou-se na década de 80 necessidade de uma especificação de redes locais para aplicações industriais diferente daquela adotada em automação de escritório. • Surgiram diversas redes proprietárias para ambiente fabril, mas não permitem a interligação de equipamentos de outros fabricantes. • Maior entrave à conectividade e interoperabilidade: não padronização das interfaces e protocolos de comunicação. • Grandes esforços tem sido despendidos para solucionar estes problemas => Projetos de Padronização. Projetos de Padronização de redes industriais • Iniciativas mais importantes de padronização para redes industriais: - Projeto PROWAY - Projeto IEEE 802 - Projeto MAP (MAP/EPA e MINI-MAP) - Projeto TOP - Projeto FIELDBUS Projeto PROWAY - Proposta PROWAY (Process Data Highway) iniciada em 1975 pela IEC (International Electrotechnical Commission) para a normalização de redes de comunicação para controle de processos. - Proway passou pelas fases A, B e C. - Proway A e B utilizavam o protocolo HDLC da ISO na camada de enlace, com acesso ao meio tipo Mestre / Escravos. - Proway C adotou a técnica de Token-Passing. - Arquitetura composta de 4 camadas do modelo OSI: - "Line" (camada física), - "Highway" (camada de enlace), - "Network" (camada de rede) e - "Application" (camada de aplicação) Projeto IEEE 802 (ISO/IEC 8802) - IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) iniciou em 1980 o projeto 802, que definiu normas para as camadas Física e Enlace do modelo de referência OSI. - Camada de Enlace subdividida em duas subcamadas: - LLC (Logical Link Control): montagem dos quadros, controle de erros, controle de fluxo, estabelecimento de conexões, serviços às camadas acima; - MAC (Medium Access Control): Controle de acesso ao meio. - Proposta IEEE virou norma internacional: ISO/IEC 8802. IEEE 802 (ISO/IEC 8802) • IEEE 802.1: serviços de gerenciamento de redes e generalidades; • IEEE 802.2: sub-camada LLC da camada de Enlace. Norma prevê três tipos de serviços: • LLC tipo 1 (Sem Conexão e Sem Reconhecimento): não é feito controle de erros nem de fluxo e o receptor das mensagens não envia um quadro de reconhecimento ao emissor; • LLC tipo 2 (Com Conexão): antes de trocar dados, estações estabelecem uma conexão entre si. É feito controle de erros e de fluxo e a entidade receptora envia um quadro de reconhecimento para cada mensagem recebida; • LLC tipo 3 (Sem Conexão mas com Reconhecimento): comunicação sem conexão, mas é realizado controle de fluxo e de erros e o receptor envia um quadro de reconhecimento ao emissor para cada mensagem recebida. IEEE 802 (ISO/IEC 8802) • IEEE 802.3 : descrição da sub-camada MAC e camada Física para redes com topologia em barramento e método de acesso ao meio baseado em CSMA/CD; • IEEE 802.4 : descrição da sub-camada MAC e camada Física para as redes com topologia em barramento e método de acesso ao meio baseado em "token-passing" (Token-Bus); • IEEE 802.5 : descrição da sub-camada MAC e camada Física para as redes com topologia em anel e método de acesso ao meio baseado em "token-passing" (Token-Ring); • IEEE 802.6 : descrição da sub-camada MAC e camada Física para as redes metropolitanas com DQDB (Distributed Queue Dual Bus, barramento dual com filas distribuídas); • IEEE 802.7 : contém recomendações do IEEE para LANs usando Broadband. Na versão da ISO/IEC, define uma subcamada MAC com slotted ring e a camada física correspondente; IEEE 802 (ISO/IEC 8802) • IEEE 802.8 : o IEEE criou o “Fibre optic technical advisory group”, cuja meta era propor um padrão de LAN usando fibra ótica como meio físico em redes com token passing, como FDDI (Fiber Distributed Data Interface); • IEEE 802.9 : IS (Integrated Services) para integrar LANs com RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados, ISDN em inglês) e FDDI; • IEEE 802.10 : aborda questões de segurança na interoperação de LANs e MANs (atualmente define o padrão SDE, Secure Data Exchange); • IEEE 802.11 : padroniza LANs com MAC sem fio (Wireless) e a camada física correspondente (transceivers de rádio); • IEEE 802.12 : método de acesso com demanda priorizada (DPA, Demand Priority Access) e camada física correspondente. IEEE 802 (ISO/IEC 8802) • Mais recentemente foram acrescentados ainda: – IEEE 802.15: trata de Wireless Personal Area Networks (como Bluetooth); – IEEE 802.16: aborda Wireless Metropolitan Area Networks; – IEEE 802.17: padrão para Resilient Packet Ring; – IEEE 802.18: comitê de padrões LAN/MAN. IEEE 802 (ISO/IEC 8802) IEEE 802.1 - Aspectos Gerais e Gerenciamento de Rede IEEE 802.2 - Camada de Enlace Tipo 1 - sem conexão Tipo 2 - com conexão Tipo 3 - com reconhecimento Sub-Camada LLC (Logical Link Control) IEEE 802.3 CSMA/CD (MAC) IEEE 802.4 Token Bus (MAC) IEEE 802.5 Token Ring (MAC) IEEE 802.11 MACA (MAC) Banda Larga (PHY) Banda Base (PHY) (PHY) Banda Larga (PHY) Banda Base (PHY) A norma IEEE 802.3 (CSMA/CD) - Origem: rede Ethernet (Xerox, 1976), criada por Robert Metcalf. - Ethernet original: protocolo CSMA/CD, cabo coaxial de 1000 metros de comprimento, taxa de transmissão de 3 Mbps, até 100 estações conectadas. - Xerox, DEC e Intel definiram um padrão"de fato" para uma rede Ethernet, com taxa de transmissão de 10 Mbps. - IEEE 802.3 (1985) define família de protocolos CSMA/CD 1- persistentes, para diferentes meios de transmissão, com taxas de transmissão originalmente de 1 a 10 Mbps (depois ampliada para 100Mbps, 1Gbps e agora 10Gbps). - Parâmetros iniciais da norma: canal de 10 Mbps em banda base, cabo coaxial de 50 ohms, comprimento máximo 500 m. Quadro IEEE 802.3 - Preâmbulo de 7 bytes (seqüência 10101010). - Delimitador de Início de Quadro (seqüência 10101011). - Endereços de Destino e de Origem, com formatos de 16 ou 48 bits. MSB define se endereço é individual (0) ou de grupo (1), permitindo multicast e broadcast. - Tamanho do Campo de Dados, em bytes (max. 1500 bytes). - FCS: palavra de 32 bits, para o controle de erros por CRC. - Se quadro total menor que 64 Bytes, o quadro deve ser completado através do campo PAD (padding = enchimento, estofamento). PREÂMBULO DEST FONTE DADOS PAD FCS 7 1 2-6 2-6 2 0-1500 46 4 DELIMITADOR DE QUADRO COMPRIMENTO DOS DADOS bytes IEEE 802.3 - Arquitetura Enlace Física LLC (Logical Link Control) MAC (Medium Access Control) PLS (Physical Layer Signaling) AUI (Attachment Unit Interface) MAU (Medium Attachment Unit) MDI (Medium Dependent Interface) IEEE 802.3 - Camada Física • PLS (Physical Layer Signaling): interface entre o nível físico e a subcamada MAC. Fornece à MAC serviços de envio e recepção de bits e de detecção de colisão. • AUI (Attachment Unit Interface): cabos tipo par trançado blindado que permitem conectar à rede estações localizadas a uma certa distância do meio de transmissão (até 50m). AUI interliga a placa de rede ao MAU. • MAU (Medium Attachment Unit): dispositivo eletrônico que transmite, recebe e detecta a presença de sinais no meio e deve estar fisicamente muito próximo a este. • MDI (Medium Dependent Interface): conector que faz conexão entre o MAU e o meio físico em si. IEEE 802.3 - Camada Física • A norma IEEE 802.3 define várias opções de meio físico e taxa de transmissão, especificadas da forma: <taxa em Mbps><técnica de sinalização><tamanho máximo do segmento * 100> • Exemplo: – 10BASE5: define uma camada física com taxa de transmissão de 10Mbps, técnica de sinalização em banda BASE (baseband) e comprimento máximo do cabo de 500 metros. IEEE 802.3 - Camada Física 10BASE5 (thicknet) Placa de rede Conector AUI Cabo AUI Conector de pressão MDI Cabo coaxial grosso 50 Ohms MAU (Vampire tap) IEEE 802.3 - Camada Física 10BASE2 (thinnet) Placa de rede Conector BNC fêmea Conector BNC macho Conector T BNC Cabo coaxial fino 50 Ohms Terminador BNC macho 50 Ohms IEEE 802.3 - Camada Física • 10BROAD36: opera com taxa de transmissão de 10Mbps, técnica de sinalização em Banda Larga e um cabo de 3600 metros. • Especificações adicionais de MAU: • 10BASE-T: define MAU para par trançado, usualmente empregada para conexão com repetidores multiporta (Hubs); • 10BASE-F: MAU para fibra ótica • 10BASE-FL: define MAU para fibra ótica, usada para conectar uma estação a um Hub; • 10BASE-FB: define MAU para interligar repetidores entre si, usada em redes backbone; • 10BASE-FP: define MAU para operar como estrela passiva. IEEE802.3 – Camada Física 10BASE-T Placa de rede Plug RJ-45 Par Trançado HUB Lançada em 1987 IEEE802.3 – Camada Física 10BASE-FL Placa de rede Conector AUI Cabo AUI MAU 10BASE-FL HUB 10BASE-FL R T R T Fibra ótica Max. 2000m IEEE802.3 – Camada Física 10BASE-FP Placa de rede Conector AUI Cabo AUI MAU 10BASE-FP Estrela Passiva 10BASE-FP R T R T Fibra ótica Max. 500m IEEE802.3 – Camada Física 10BASE-FB REPEATER 10BASE-FB R T REPEATER 10BASE-FB R T Fibra ótica Max. 2000m backbone IEEE 802.3u – Fast Ethernet • 3 versões com 100 Mbps, sempre com HUB: – 100BASE-T4: usa 4 pares de cabos UTP categoria 3 (fio telefônico), com sinalização em 25MHz cada, com até 100m até HUB, modo half-duplex. – 100BASE-TX: usa 2 pares de cabos UTP categoria 5 (usa isolante de teflon), um para o HUB e outro de retorno, até 100m até o HUB, modo full-duplex; – 100BASE-FX: lançada em 1995, usa 2 fibras óticas multimodo, uma em cada direção, distância de até 2 Km até HUB. IEEE802.3 – Switched Ethernet • Melhora de performance da ethernet pode ser obtida com fast ethernet, porém requer novas placas de rede • Outra solução: manter placas 10BASE-T e ligar a um switcher (lançado em 1997) LC switcher Placas 10BASE-T (hoje 100BASE-TX) IEEE802.3 – Switched Ethernet • Ainda pode haver colisão no SW se mensagens tem mesmo destino • Solução adotada hoje: alocar buffers para enfileirar mensagens que tem mesmo destino • Cálculo de tempo ainda problemático se porta de saída sobrecarregada (overflow) • Novos SW enviam pacote PAUSE para emissores se buffer de saída lotado • Ok para pacotes unicast (só um destinatário) • Ainda há problemas de não determinismo em pacotes de multicast e broadcast! Gigabit Ethernet • IEEE802.3z 1000BASE-F: lançada em 1998, opera a 1 Gbps, em banda base sobre fibra ótica com concentrador. • IEEE802.3ab 1000BASE-T: idem para par trançado. • IEEE 802.3ae: em andamento, define uma rede de 10 Gbps. A norma IEEE 802.4 (Token Bus) - define topologia tipo barramento, com direito de transmissão transmitido por meio de ficha/bastão. - Inicialização: passagem da ficha se dá segundo ordem descendente do valor do endereço físico das estações. - Estação proprietária da ficha possui o direito exclusivo de transmissão sobre o barramento. - Este direito pode ser exercido durante um certo período de tempo ("token retention time"), após o qual ela deve ceder a ficha para a próxima estação do "anel" lógico. - Protocolo define mecanismo de prioridades de quatro níveis, referenciados por 0, 2, 4 e 6 (nível 0 tem a mais baixa prioridade e o nível 6 a mais alta prioridade). IEEE 802.4 – Inserção e Remoção de Nós - Periodicamente, a estação com token consulta estações inativas para verificar se querem fazer parte do anel lógico (quadro “Solicit_Sucessor"). - Quadro indica endereço da estação emissora e o da estação seguinte no anel lógico. Apenas as estações cujos endereços estiverem entre os dois endereços podem candidatar-se à participação no anel lógico. - Se houver mais de um candidato, haverá colisão, resolvida por um algoritmo de arbitragem executado pelo detentor do token (quadro “Resolve_Contention”). - Se nenhuma estação apresenta interesse, a estação proprietária da ficha retoma a evolução normal do anel. - Se só uma estação apresenta-se como candidata, ela passa a compor o anel lógico e torna-se a próxima destinatária da ficha. - Se uma estação B situada entre duas estações A e C quer abandonar o anel lógico, ela envia à estação A um quadro indicando que a sucessora de A será a estação C (quadro “Set_Sucessor”). Quadro IEEE 802.4 - Preâmbulo (sincronização a nível de bit); - Delimitador de Início de Quadro; - Controle de Quadro: quadros de dados ou de controle; - Endereço Destino e Origem codificados em 16 ou 48 bits; - campo de Dados (até 8182 bytes de comprimento); - FCS: campo de Controle de erros por CRC; - Delimitador de Fim de Quadro. DEST FONTE DADOS FCS 1 2-6 2-6 0-8182 4 CONTROLE DE QUADRO DELIMITADOR DE INÍCIO bytes 11 PREÂMBULO 1 DELIMITADOR DE FIM IEEE 802.4 – Opções de Camada Física • Rede com canal único e modulação FSK (Frequency Shift Keying) fase contínua, com topologia em barra bidirecional, taxa de transmissão de 1Mbps; • Rede com canalúnico e modulação FSK fase coerente, topologia em barra bidirecional, taxas de transmissão de 5Mbps ou 10Mbps; • Rede em banda larga, topologia em barra bidirecional com headend (central repetidora com conversor de freqüências do canal de recepção para o canal de envio), taxas de transmissão de 1Mbps, 5Mbps ou 10Mbps; • Rede utilizando fibra ótica, topologia lógica em barra (mas fisicamente em estrela, com um Hub como elemento central), requer um par de fibras para cada estação (uma para receber e outra para transmitir), taxas de transmissão de 5Mbps, 10Mbps ou 20Mbps. A norma IEEE 802.5 (Token Ring) - Rede em anel: conjunto de ligações ponto-a-ponto, em modo unidirecional. - Cada nó do anel é equipado de um acoplador. - Cada bit é copiado numa memória de espera do acoplador antes de ser retransmitido ao nó seguinte. - Token fica circulando quando não existe transmissão de quadro. - Quando uma estação quer emitir um quadro, ela deve adquirir o token e substituí-lo pelo quadro a enviar. - Como apenas uma ficha está circulando no anel, a emissão de um quadro é ação exclusiva de uma única estação. IEEE 802.5 estação anel unidirecionalinterface para anel IEEE 802.5 IEEE 802.5 • Token-ring com wire center (hub) – parece topologia em estrela (mas não é)! Quadro IEEE 802.5 • Status do Quadro: composto de bits A (Ativo) e C (Copiado). • Valores dos bits A e C: - A = 0 e C = 0: o destinatário está inativo e quadro não foi copiado; - A = 1 e C = 0: o destinatário está ativo mas o quadro não foi copiado; - A = 1 e C = 1: o destinatário está ativo e o quadro foi copiado (serve como acknowledge). DEST FONTE DADOS FCS 1 2-6 2-6 ilimitado 4 CONTROLE DE QUADRO (FC) CONTROLE DE ACESSO (AC) 1 DELIMITADOR DE INÍCIO (SD) 1 DELIMITADOR DE FIM (ED) 1 STATUS QUADRO (FS) 1 IEEE 802.5 - Camada Física • Segmentos com par trançado blindado (STP): – 4 ou 16Mbps – até 250 repetidores no anel • Segmentos com par trançado comum (UTP): – 4Mbps – até 250 repetidores no anel • Bits codificados em Manchester diferencial. IEEE 802.11 - Introdução • Redes sem fio podem usar: –Rádio –Laser – Infravermelho • Boa alternativa para aplicações onde é difícil instalar cabos. Introdução • Emprego: – computadores portáteis em um ambiente de rede local móvel; – onde rompimento de um cabo pode paralisar todo o sistema; – chão de fábrica: AGVs (Automatic Guided Vehicles), Robôs Autônomos Móveis e Sensores Inteligentes. Introdução • Em 1986 o FCC (Federal Communications Commission) autorizou utilização da tecnologia de transmissão em rádio freqüência "Spread Spectrum" • Até então esta tecnologia era de uso exclusivo Militar. • Foi desenvolvida para utilização em casos de Guerra por sua alta imunidade a interferências e por ser difícil de interceptar transmissão. Arquitetura Wireless e o RM-OSI Conceitos básicos • Redes sem fio dividem a área coberta pela rede em células. • Células são denominadas BSA (Basic Service Area). • O tamanho da BSA (célula) depende das características do ambiente e da potência dos transmissores/receptores usados nas estações. • O sinal emitido por uma estação com uma potência de 100mW cobre uma área de 500 m2. • Áreas maiores podem ser cobertas decompondo a rede em várias células. Conceitos básicos • Em uma célula podemos identificar dois tipos de dispositivos: –Estação remota ou Cliente: é a unidade móvel, onde o usuário se instala –Ponto de acesso (AP): possui a função de gerenciar o transporte de informação “das e para as” estações remotas. Conceitos básicos • BSS (Basic Service Set) – representa um grupo de estações comunicando-se por radiodifusão ou infravermelho em uma BSA. • Ponto de acesso (Access Point – AP) – são estações especiais responsáveis pela captura das transmissões realizadas pelas estações de sua BSA, destinadas a estações localizadas em outras BSAs, retransmitindo-as, usando um sistema de distribuição. • Sistema de distribuição – representa uma infra-estrutura de comunicação que interliga múltiplas BSAs para permitir a construção de redes cobrindo áreas maiores que uma célula. • ESA (Extend Service Area) – representa a interligação de vários BSAs pelo sistema de distribuição através dos APs. • ESS (Extend Service Set) – representa um conjunto de estações formado pela união de vários BSSs conectados por um sistema de distribuição. Conceitos básicos Conceitos básicos • Potência do sinal de rádio decai com o quadrado da distância do emissor. • Pode-se reutilizar a mesma freqüência de transmissão para estações em BSAs diferentes, desde que estejam suficientemente distantes. • Para construir redes cobrindo áreas maiores, BSAs são interligadas por um sistema de distribuição, que consiste de uma rede usando meio físico convencional. Conceitos básicos Rede fixa Wireless Clients AP Host ou Servidor de Aplicações Modos de operação • Ad Hoc mode: rede sem infra-estrutura onde estações se comunicam numa mesma célula, sem necessidade dos APs. • Infrastructure mode: quando existe um AP coordenando a comunicação entre as estações de uma célula. Modos de operação Serviços do Sistema de Distribuição (DSS) • Associação: Antes da estação poder transmitir ou receber quadros, sua identidade e endereço devem ser conhecidos. Para tal, a estação deve estabelecer uma associação com o AP de uma BSS em particular. • Reassociação: habilita uma associação estabelecida para ser transferida de um AP para outro, permitindo que a estação móvel possa se mover de uma BSS para outra (roaming); • Dissociação: notificação oriunda do AP ou da estação de que a associação existente está terminada. Esta notificação deve ser feita antes da estação deixar o ESS ou ser desligada; Serviços do Sistema de Distribuição (DSS) • Distribuição: serviço primário usado pelas estações para trocar quadros MAC quando estes devem atravessar o sistema de distribuição, passando de uma estação em um BSS para uma estação em outro BSS. Neste caso, o quadro obrigatoriamente deve passar pelo AP da primeira BSS, depois pelo sistema de distribuição, chegar ao AP da BSS destino e finalmente repassa à estação receptora; • Integração: responsável pela transferência de dados entre uma estação na rede IEEE 802.11 e outra estação de uma rede 802.x integrada (rede cabeada fisicamente anexada ao sistema de distribuição e cujas estações são logicamente conectadas a rede 802.11 via serviço de integração). Serviços de Estação (SS) • Autenticação: serviço com o qual as estações estabelecem sua identidade com as estações que desejam se comunicar. • Desautenticação: serviço que finaliza uma autenticação; • Privacidade: serviço que previne a leitura de conteúdos das mensagens por entidades que não sejam as receptoras intencionadas. O padrão prove o uso opcional de criptografia para assegurar a privacidade; • Entrega MSDU: A entrega de MSDU assegura-se de que a informação na unidade de dados do serviço do MAC seja entregue entre os APs do serviço de controle de acesso ao meio. AP (Ponto de acesso) • Desempenha as seguintes funções: – Autenticação, associação e reassociação: permite que uma estação móvel, mesmo saindo de sua célula de origem, continue conectada à infra-estrutura e não perca a comunicação (handoff). – gerenciamento de potência: permite que as estações operem economizando energia, através de um modo chamado power save. – Sincronização: garante que as estações associadas a um AP estejam sincronizadas por um relógio comum. Camada 1: Bandas de Rádio • Bandas de freqüência ISM(Industrial, Scientific and Medical) e UNII (Unlicensed National Information Infrastructure) • Podem ser utilizadas sem que seja necessária uma licença. – ISM1: banda 902 até 928 MHz. – ISM2: 2.4 até 2.48 GHz. – ISM3: 5.75 até 5.85 GHz. – UNII usa 5.2 GHz • Camada 1: Modulação • Transmissão por radio de microondas usa tecnologia de Espalhamento Espectral (Spread Spectrum) • Duas formas de modulação: – FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum): Espalhamento espectral com saltos de Freqüência, banda dividida em 79 canais. – DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum): Espalhamento espectral em Seqüência Direta, banda dividida em 11 canais. • interliga equipamentos sem-fio e a rede local cabeada. • Ligação à Ethernet por UTP Características da Comunicação por RF •Freqüência de operação: 2.4 a 2.48 GHz • FH em 79 canais ou DS em 11 canais (3 sem sobreposição). • Potência de Transmissão: 500mW (FH) ou 100 mW (DS) • Antena: Externa, permite uso de duas antenas para melhor recepção (diversidade). • Alcance: Maior que 300m em ambientes abertos; 55 a 95m em ambientes típicos de escritório, industriais , depósito ou varejo. Links repetidores a km de distância, com o uso de antenas adequadas. Ponto de Acesso Ethernet Roaming • Para se agrupar um maior número de estações utiliza- se a arquitetura celular. • Sistema permite o "roaming" ao usuário: caso ele saia do alcance de seu Access Point ele automaticamente conecta-se ao próximo, e assim sucessivamente até retornar ao seu ponto de origem. Roaming • A função do roaming funciona da seguinte forma: – Uma estação móvel, ao entrar em uma nova célula, e não estando em conversação, registra-se automaticamente pelo AP que controla a célula destino. – Na célula visitada, o AP irá verificar se a estação móvel visitante não havia se registrado anteriormente. Caso esse procedimento não tenha sido efetuado, o referido AP irá informar ao AP da célula origem sobre a nova posição. – Com isso, o AP da célula origem fica sabendo da nova posição da estação móvel, e envia a informação a ela destinada, como se a referida estação estivesse em sua própria célula. Gerenciamento de energia • Dispositivos móveis tem restrições de tempo da bateria • Estação cliente móvel usa “sleep mode”. • Mensagens para a estação em sleep mode são armazenadas no AP. • AP executa procedimento TIM (Traffic Information Message): – AP informa as estações se existe alguma mensagem. – Estações tem que “acordar” por uma fração de tempo para escutar o TIM. – Uma vez que não haja mensagem direcionada à elas, estas voltam ao sleep mode. – Havendo mensagem ocorre o recebimento da mesma por parte da estação cliente direcionada. Desvanecimento de Rayleight • Problema típico das redes de rádio • Parte das ondas de rádio são refletidas quando encontram objetos sólidos. • Em decorrência desta reflexão, várias cópias de uma mensagem de rádio podem estar em propagação no meio e chegar a estação receptora em instantes de tempo diferentes. Desvanecimento de Rayleight Desvanecimento de Rayleight • Quando as várias cópias do sinal chegam ao receptor após percorrerem distancias diferentes, elas se somam aleatoriamente, podendo resultar em um sinal muito enfraquecido ou mesmo nulo. • Se a diferença no comprimento dos caminhos for um múltiplo do comprimento de onda da portadora do sinal, os vários componentes podem cancelar-se mutuamente. Camada 2: MAC Wireless • Como várias estações compartilham o meio (rede de difusão) é necessário utilizar um método de acesso. • Idéia inicial: utilizar CSMA. • Problema: alcance do sinal de rádio. • Um sinal oriundo de A pode alcançar B, mas não alcança C nem D. Um sinal oriundo de B alcança A e C, mas não D, etc. (a) estação A transmitindo; (b) estação B transmitindo A B C D A B C D Raio de alcance (a) (b) Hidden Station problem • Suponha que A está enviando dados para B: – Se C escutar o meio, não irá detectar que A esta enviando. – C pode tentar enviar um quadro para B, mas como B está no alcance de C, o quadro enviado por A irá colidir com o quadro enviado por C a nível de B. • O fato de uma estação não poder detectar que o meio não está livre porque o concorrente está fora de alcance é chamado de "problema da estação escondida" (hidden station problem). A B C D Raio de alcance Exposed Station problem • Se B estiver transmitindo um quadro para A, C irá detectar a transmissão e concluir que não pode transmitir um quadro para D neste momento. • Mas, como os receptores de A e D não estão na área de interferência uma da outra, nada impede que C envie dados para D enquanto B envia para A ! • Esta situação é conhecida como o "problema da estação exposta" (exposed station problem). • O que interessa ao emissor é saber se há ou não atividade na área do receptor. A B C D MAC Wireless • O DFWMAC (Distributed Foundation Wireless MAC) suporta dois métodos de acesso: um método distribuído obrigatório, e um método de acesso centralizado, opcional. Os dois métodos de acesso podem coexistir. • No IEEE 802.11, uma função de coordenação é um mecanismo que determina quando uma estação específica tem permissão para transmitir. • Se a função de coordenação for distribuída (Distributed Coordination Function – DCF), a decisão de quando transmitir é tomada individualmente pelos nós, o que pode resultar em transmissões simultâneas. • Quando a função de coordenação é pontual (Point Coordination Function – PCF), a decisão é centralizada em um ponto, que determina qual estação deve transmitir em que momento, evitando a ocorrência de colisões. MAC Wireless • DCF usa protocolo CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access with Collision Avoidance). • Emissor deve estimular o receptor a emitir um quadro pequeno que possa ser detectado pelos seus vizinhos antes de mandar os dados. • B quer enviar um quadro para C: – (a) B escuta o meio e se estiver livre, envia para C quadro RTS (Request To Send), contendo o tamanho do quadro de dados que deseja enviar. – (b) C responde com quadro CTS (Clear To Send), contendo a mesma informação de tamanho. • B inicia a transmissão quando recebe o quadro CTS de C. (a) (b) A B C D A B C D Raio de alcance de B RTS Raio de alcance de C CTS MAC Wireless RTS CTS tempo dados ack difs sifs emissor receptor Difs = distributed inter frame space Sifs = short inter frame space sifs sifs MAC Wireless • Estação que captar RTS estará próxima a B e deve se manter em silêncio por tempo suficiente para que B receba o CTS e emita os dados. • Estação que captar CTS estará próxima a C e deve também se manter em silêncio por tempo suficiente para que C receba o quadro de dados que B vai enviar a seguir, cujo tamanho pode ser avaliado examinando o quadro CTS. • Como se comportam as demais estações ? – A escuta o RTS de B mas não o CTS de C, de modo que pode enviar seus quadros a qualquer estação em seu raio de alcance, menos para B (idealmente escolhe outro canal); – D escuta o CTS de C mas não o RTS de B, o que indica que está próxima a uma estação que vai receber um quadro de dados logo a seguir e portanto deve se manter em silêncio até que este seja recebido. MAC Wireless • Apesar destas precauções, colisões ainda podem ocorrer: – A e C podem enviar quadros RTS para B ao mesmo tempo. – Estes irão colidir e ser perdidos. • No caso de colisão, o emissor do RTS espera um certo tempo pelo CTS e, se não receber nada, tenta novamente mais tarde. • O tempo de espera é definido pelo algoritmo BEB (Binary Exponential Backoff) usado na Ethernet. Frame IEEE 802.11 • Duração/ID: tempo restante para receber a próximatransmissão. Para CTS/RTS esse campo contém o período de tempo que o meio vai ficar ocupado. • Controle de Seqüência: usado para controle de fragmentos. • Corpo: dados a transmitir. • FCS: controle de erros por CRC 32 bits. O campo Frame Control • Versão do protocolo: Indica a versão corrente do protocolo 802.11 utilizado. • Tipo e subtipo: determina a função do quadro (controle, dados e gerenciamento) • Para o sistema de distribuição e Do sistema de distribuição: Indicam se o quadro está indo para o DS ou se é oriundo do DS. • Mais fragmentos: indica se mais fragmentos do quadro (dado ou gerenciamento) estão vindo. • Retransmissão: indica se a informação está ou não sendo retransmitida. • Gerenciamento de Energia: indica se a estação que transmitiu a informação está em modo ativo ou em modo economia de energia. • Mais dados: indica para uma estação operando em modo economia de energia que o AP tem mais quadros para enviar. • WEP: indica se está sendo usado no quadro o processo de criptografia e autenticação. • Ordem: indica se todos os quadros de dados recebidos devem ser processados em ordem. Frame IEEE 802.11 • Significado dos 4 campos de endereço: – SA (Source Address): endereço MAC da fonte da msg – DA (Destination Address): endereço MAC do destinatário final – RA (Recipient Address): endereço MAC do próximo AP ou estação – TA (Transmitter Address): endereço da estação ou AP que enviou o quadro para a rede – BSSID: endereço MAC do AP (Infrastructure mode) Equipamentos mais usados Servidores EthernetAP repetidor sem fio Antenas É utilizada uma gama variada de antenas garantindo cobertura ótima de rádio sob as mais diversas condições: • Omnidirecionais espalham igualmente o sinal em todas as direções • Direcionais concentram o sinal em uma determinada direção. Antena Omni Simples 5.5 dBi Antena de uso geral, oferece ótima cobertura omnidirecional. Antena F Plane 3 e 4,5 dBi (também conhecida como Sandra D) Antena ominidirecional de pequeno tamanho, para aplicações em que a antena deve ficar discreta. Antenas Antenas Omni de Alto Ganho - 8, 9 e 12 dBi Antena de uso geral, oferece ampla cobertura omnidirecional Utilizada em áreas abertas e ambientes agressivos. Antenas Antena Patch (7 dBi) Antena direcional, de facho largo. Normalmente montada em paredes. Antena Yagi (13,8 dBi) Antena fortemente direcional, de lóbulo estreito. Antena compacta (1 dBi) Antena ominidirecional de uso geral, empregada em terminais veiculares e em montagens em ambiente de escritório, alem de placas ISA, PCI e PCMCIA. • Plug and Play • Adaptador de rede sem fio • Permite a mobilidade das workstations, sem fio e de forma ininterrupta. • Uso em locais cujo layout é alterado com freqüência ou em redes de PCs onde o cabeamento não é possível. • Drivers padrão ODI ou NDIS Cartão ISA ou PCI Plug and Play Adaptador de rede sem fio PC Card Adaptador de rede sem fio • Padrão PCMCIA • Adaptador de rede sem fio • Alta performance e baixo consumo • Para conexão na rede Spectrum24 de terminais portáteis. • Opções de antena embutida ou externa • Drivers padrão ODI ou NDIS Placa ISA e Cartão PCMCIA MicroAP • Solução para pequenas redes sem fio • Gerencia uma célula com até 16 dispositivos móveis. • Instalado diretamente em um PC desktop ou notebook • Permite a criação de sistemas compactos e móveis, além de “workgroups”. Adaptador Serial e Ethernet • Para conexão de dispositivos seriais ou Ethernet à rede Sem fio. • Permite conectar dispositivos como impressoras, balanças, leitores fixos, câmeras, microcomputadores e outros de forma absolutamente transparente. Wireless com IR Wireless com Laser Interferência em redes wireless • fornos de microondas dividem a faixa de espectro de 2.4GHz; • Essa banda também é dividida com os telefones sem fio; • A proliferação dessas redes em residências e edifícios de escritórios aumenta os problemas de interferência. Segurança em redes wireless • Autorização de acesso: – Para impedir acesso não autorizado, um valor de identificação chamado de ESS-ID, é programado em cada AP para identificar a sub-rede de comunicação de dados. – Se uma estação não puder identificar esse valor, não poderá se comunicar com o AP respectivo. – Alternativa: duplicar a tabela de controle de endereços MAC sobre o AP, permitindo que apenas estações com o endereço MAC reconhecido possam acessar a WLAN. Segurança em redes wireless - WEP • Dados irão trafegar pelo ar e poderão ser interceptados por pessoas com equipamentos apropriados => Criptografia necessária! • A norma IEEE incluiu um mecanismo de criptografia no MAC. • Este mecanismo é chamado WEP (Wired Equivalent Privacy) e é baseado no algoritmo de criptografia RC4. • A possibilidade de interceptação na comunicação é pequena, uma vez que a tecnologia FHSS realiza a comunicação entre os transceptores em freqüências aleatórias (mais de 70 canais de modulação), possuindo cada transceptor uma identidade própria para sincronia com todo o sistema. Variantes de Wireless Networks • IEEE 802.11 – WLAN (Wireless Local Area Network) – Opera na faixa de 2.4GHz ISM (Industrial, Scientific and Medical) ou IR – taxas de 1 ou 2 Mbps – FHSS – Largura de banda de 83.5MHz – Aprovada em Julho de 1997 – Também chamado padrão “Legacy” – Poucos produtos no mercado Variantes de Wireless Networks • IEEE 802.11a (Wi-Fi5, Wireless Fidelity) – atua na banda de 5GHz UNII (Unlicensed National Information Infrastructure), menos comum do que ISM e com problemas de regulamentação em alguns países – Menos interferência, mas mais desvanecimento de Rayleight! – usa OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing), sistema de modulação com múltiplas portadoras – 12 canais independentes – largura de banda de 300MHz – Não compatível com legacy nem 802.11b – taxas de 6, 9, 12, 18, 24, 36, 48 e 54Mbps – Aprovada em Setembro de 1999 – Primeiros produtos surgiram em 2001 Variantes de Wireless Networks • IEEE 802.11b (Wi-Fi) – opera na banda de 2.4 GHz ISM – DSSS – usa CCK (Complementary Code Keying), sistema de modulação com uma única portadora; – taxas de 1, 2, 5.5 e 11 Mbps; – Usa tecnologia direct sequence spread spectrum (DSSS) – Aprovada em Setembro de 1999. – Alcance de 30m a 11 Mbps, 90m a 1Mbps – Com antenas fixas direcionais de alto ganho, alcance pode chegar a 8Km. Variantes de Wireless Networks • IEEE 802.11g – Lançado em junho de 2003 – Opera na banda de 2.4GHz ISM – taxas de 1, 2, 5.5, 6, 9, 11, 12, 22, 24, 33, 36 e 54Mbps – Usa CCK (como b) para taxas de 5.5 e 11 Mbps e OFDM (como a) para demais taxas – Compatibilidade com o sistema Wi-Fi (802.11b) para taxas ≤ 11Mbps – Ampla aceitação no mercado Variantes de Wireless Networks • IEEE 802.11n – Em fase final de homologação. – Tem sua largura de banda de até 540 Mbps e opera nas faixas de 2,4 Ghz e 5 Ghz. – Promete ser o padrão wireless para distribuição de mídia, pois oferecerá, através de configurações MIMO, taxas mais altas de transmissão (até 500 Mbps), maior eficiência na propagação do sinal e ampla compatibilidade reversa com demais protocolos. – O 802.11n atende tanto as necessidades de transmissão sem fio para o padrão HDTV, como de um ambiente altamente compartilhado, empresarial ou não. Padrões IEEE 802.11 • IEEE 802.11 - Padrão original: 1 Mbit/s e 2 Mbit/s, 2.4 GHz RF e IR (1999) • IEEE 802.11a - 54 Mbit/s, 5 GHz (1999, produtos lançados em 2001) • IEEE 802.11b - Melhoramentos para 802.11 atingir taxas de 5.5 e 11 Mbit/s (1999) • IEEE 802.11c - Procedimentos de operação em pontes; incluído no padrão IEEE 802.1D (2001) • IEEE802.11d - Extensões de Roaming Internacional (2001) • IEEE 802.11e - Melhoramentos: QoS, incluindo packet bursting (2005) • IEEE 802.11F - Protocolo Inter-Access Point (2003) Retirado Fev 2006 • IEEE 802.11g - 54 Mbit/s, 2.4 GHz (compatível com b) (2003) • IEEE 802.11h - 802.11a com gerenciamento de espectro (5 GHz) regulamentação Européia (2004) • IEEE 802.11i - Segurança melhorada (2004) • IEEE 802.11j - Extensões para o Japão (2004) • IEEE 802.11k - Melhoramentos de medição de recursos de rádio Padrões IEEE 802.11 • IEEE 802.11l - (reservado) • IEEE 802.11m - Manutenção do padrão. • IEEE 802.11n – Melhorias de taxas de transmissão de dados • IEEE 802.11o - (reservado) • IEEE 802.11p - WAVE - Wireless Access for the Vehicular Environment (para automóveis e ambulâncias) • IEEE 802.11q - (reservado, não será usado pela fácil confusão com 802.1Q VLAN trunking) • IEEE 802.11r - Roaming rápido • IEEE 802.11s - ESS Mesh Networking • IEEE 802.11T - Wireless Performance Prediction (WPP) – métodos e métricas de teste • IEEE 802.11u - Intertrabalho com redes não 802 (por exemplo, celular) • IEEE 802.11v – Gerenciamento de rede sem fio • IEEE 802.11w – Gerenciamento protegido de frames • IEEE 802.11x - (reservado) • IEEE 802.11y - 3650-3700 Operação nos EUA Outros padrões Wireless • IEEE 802.15 – WPAN (Wireless Personal Area Network) – Opera na banda de 2.4GHz ISM, padrão baseado na especificação Bluetooth; – Para taxas ≥ 20Mbps, permitindo baixa potência, e soluções de baixo custo visando aplicações de multimídia e imagens digitais em estações portáteis. – Aprovada em Março de 2002. – A especificação Bluetooth é uma solução de baixo-custo que pode fornecer links entre celulares, computadores e outros dispositivos portáteis, e conectividade à internet. Ela é um complemento as WLAN. Conclusões • Redes sem fio cada vez mais usadas em automação • Muito úteis em dispositivos móveis (AGVs, Robôs, etc.) ou estações fixas em locais de difícil colocação de cabos • Ainda existem problemas de: – alcance – segurança – interferência Projeto MAP - Manufacturing Automation Protocol: iniciativa da GM (1980), com a finalidade de definir rede voltada para automação da manufatura (baseada no RM-OSI). - MAP bem adaptada para comunicação entre equipamentos de chão de fábrica, tais como: Robôs, CNC, CLP, terminais de coleta de dados, Computadores, etc. - Para aplicações com tempos críticos foi definida a versão MAP/EPA (Enhanced Performance Architecture), que apresenta duas pilhas de camadas: arquitetura MAP completa (7 camadas) e uma arquitetura simplificada (camadas 1, 2 e 7). - Versão mais simplificada: MINI-MAP implementa somente as camadas 1, 2 e 7 do RM-OSI. Projeto TOP - Technical Office Protocol: desenvolvido pela BOEING a partir de 1983. - Redes para automação de áreas técnicas e administrativas. - Baseado no modelo OSI de 7 camadas. - Serviços: - correio eletrônico; - processamento de textos; - acesso a base de dados distribuída; - transferência de arquivos; - CAD/CAM distribuído; - troca de documentos; - transações bancárias. - A partir de 1986: MAP e TOP reunidos (projeto MAP/TOP). Projeto FIELDBUS - Fieldbus (Barramento de Campo): solução de comunicação para os níveis hierárquicos mais baixos dentro da hierarquia fabril. - Interconecta dispositivos primários de automação (Sensores, atuadores, chaves, etc.) e os dispositivos de controle de nível imediatamente superior (CLP, CNC, RC, PC, etc.). - Ainda existe ampla discussão em torno do padrão mundial para o Fieldbus. - Principais grupos envolvidos nos trabalhos de padronização: - Avaliadores: IEC, ISA, EUREKA, NEMA - Proponentes: PROFIBUS, FIP, ISA-SP50 (FF). Introdução • Projeto MAP nasceu no início dos anos 80 por iniciativa da General Motors. • Na época, apenas 15% dos equipamentos programáveis de suas fábricas eram capazes de se comunicar entre si. • Custos de comunicação muito elevados, avaliados em 50% do custo total da automação. • Quantidade de equipamentos programáveis deveria sofrer uma expansão de 400 a 500% num prazo de 5 anos. Manufacturing Automation Protocol MAP: introdução • Opções da GM: - continuar utilizando máquinas programáveis de vários fabricantes e solucionar o problema da maneira como vinha sendo feito; - basear produção em equipamentos de um único fabricante; - desenvolver uma proposta padronizada de rede que permitisse interconectar todos os equipamentos. • Solução adotada: terceira opção. • Em 1981, a GM uniu-se a outras empresas (DEC, HP e IBM) definindo solução baseada no RM-OSI. A arquitetura MAP • Camadas 1 e 2: selecionadas normas IEEE 802.4 (barramento com ficha) e IEEE 802.2 (LLC). • Camada Física: escolhido o suporte de comunicação em broadband, com cabo coaxial. • Escolha de broadband baseada nas razões seguintes: - possibilidade de uso de vários canais de comunicação sobre um mesmo suporte; - permitir a troca de sinais como voz e imagem para aplicações como supervisão, circuito fechado de TV, teleconferência, etc.; - a GM já possuía muitas instalações operando em broadband. A arquitetura MAP • Camada de Enlace (MAC): escolhido Token-Bus, pois: - era o único protocolo suportado em broadband; - muitos equipamentos programáveis já usavam broadband e IEEE 802.4; - possibilidade de atribuir prioridades às mensagens. • Camada de Enlace (LLC): optou-se por LLC tipo 1 (sem conexão e sem reconhecimento). • Camada de Rede: sem conexão, cada mensagem sendo roteada individualmente através da rede. • Protocolo de roteamento definido pelo projeto MAP e normalizado na ISO sob o número 9542. A arquitetura MAP • Camada de Transporte: protocolo classe 4 da ISO (TP4, ISO 8072/73), orientado à conexão, com controle de erros. • Oferece um canal de comunicação confiável, sem perdas, erros, nem duplicação de mensagens. • TP4 assegura ainda as funções de fragmentação e blocagem de mensagens. • Camada de Sessão: norma ISO 8326/27, modo full- duplex e resincronização. • Camada de Apresentação: representação de dados baseada na ASN.1. A arquitetura MAP • Camada de Aplicação: - MMS: troca de mensagens entre equipa-mentos de produção; - FTAM: acesso e a transferência de arquivos; - ROS: gestão de nomes (diretório); - Funções de gerenciamento de rede: gestão dos recursos, medição de desempenho, modificação dos parâmetros da rede. Problemas com MAP • MAP original tinha alguns problemas: – Caro: placas broadband requerem Modem – Lento: protótipos da década de 80 tinham tempos de resposta da ordem de 500 ms – Requer muita memória: necessário armazenar software das camadas 3 até 7 em algum lugar » Não critico em um PC: HD » Problema para dispositivo como CLP, CNC, RC, etc.: EPROM A arquitetura MAP-EPA • Proposta MAP original adequada aos níveis hierárquicos superiores. A arquitetura a 7 camadas oferece um overhead indesejável nos níveis mais baixos da hierarquia. • Solução: Definição de uma versão simplificada denominada MAP-EPA (Enhanced Performance Architecture). • Definição de duas pilhas de protocolos: pilha normal Full-MAP e pilha MAP-EPA, desprovida das camadas de Rede, Transporte, Sessão e Apresentação. • Protocolo IEEE 802.4 (Token-Bus) ainda adotado, porém sobre um suporte de transmissão em baseband a 5 Mbit/s. • Um processo de aplicação tem a opção de enviar seus dados através da pilha normal ou, em casos onde o requisito seja um tempo de resposta rápida, pela pilha MAP-EPA. A arquitetura MAP-EPA convencionais Aplicações MAP EPA Aplicação Apresentação Sessão Transporte Enlace LLC 802.2 Tipos 1 e 3 MAC 802.4 Token Bus Rede Física Banda Base 5 Mbps
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