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tributos encargos precificaçao versão 2012

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Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antonio Victorino Avila 
Eng.º Civil, MSc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão – 2.5 
http://pet.ecv.ufsc.br 
Florianópolis 
2012 
� 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 2 
∴ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Homenagem aos Engenheiros 
de 1971 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191. 
 
 
 
A958c AVILA, Antonio Victorino. 
 Custos, Encargos Sociais & precificação / Antonio 
Victorino Avila; Antonio Edésio Jungles. – Florianópolis. 
"Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil - UFSC", 
2011. 
 276 p. : il. color. ; 24 cm 
 
 
 
 Inclui Bibliografia. 
 ISBN 
 
 
 1. Custos industriais. 2. Precificação. 3. Contabilidade. 
I. Jungles, Antônio Edésio. II. Título. 
 CDU 624 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSSSUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIOUMÁRIO 
12 – O LUCRO & A LUCRATIVIDADE ......................................... 6 
12.1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................6 
12.2 - VISÃO COMERCIAL ..........................................................................................6 
12.2.1 - Definições. ..............................................................................................6 
12.2.2 - Caso do comércio. ..................................................................................7 
12.2.3 – Caso da construção. ...............................................................................8 
12.3 – MÉTODO DUPONT. ..........................................................................................9 
12.4 – EXEMPLOS DE CASOS .....................................................................................9 
12.5 – APLICAÇÃO DO SISTEMA DUPONT. ............................................................... 11 
12.6 – PARADIGMA DO LUCRO ................................................................................ 11 
12.7 - EXERCÍCIO..................................................................................................... 12 
13 - TRIBUTOS .................................................................................. 14 
13.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................... 14 
13.2 – TIPOS DE TRIBUTOS ...................................................................................... 14 
13.2.1 - Impostos ............................................................................................... 15 
13.2.2 - Contribuições ........................................................................................ 15 
13.2.3 - Taxas. ................................................................................................... 15 
13.2.4 - Fundos. ................................................................................................. 15 
13.3 – CALCULO DO TRIBUTO E BASE DE CÁLCULO ................................................ 16 
13.3.1 – Enquadramento tributário. ................................................................... 16 
13.3.2 – Ramo da Empresa ................................................................................ 17 
13.3.3 – Regimes de tributação .................................................................... 17 
13.4 – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS. .................................................................. 19 
13.5 – O ICMS. ....................................................................................................... 20 
13.5.1 – Do Imposto .......................................................................................... 20 
13.5.2 – Exemplo ............................................................................................... 21 
13.6 – O IPI. ............................................................................................................ 22 
13.6.1 - Conceituação ........................................................................................ 22 
13.7 – REGIME DO LUCRO REAL. ............................................................................. 24 
13.8 – O IMPOSTO DE RENDA – LUCRO REAL. ......................................................... 26 
13.8.1 – Conceituação ........................................................................................ 26 
13.8.2 – EXERCÍCIO I. RENDA - LUCRO REAL .......................................................... 27 
13.9 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – LUCRO REAL ............... 28 
13.9.1 – Conceitos e alíquotas ........................................................................... 28 
13.9.2 – Exercícios de aplicação ........................................................................ 28 
13.10 – COFINS E PIS-PASEP ............................................................................... 29 
13.10.1 - Regime de incidência cumulativa ....................................................... 29 
 
Tributos, Encargos Sociais e Precificação 
 
Este opúsculo é um excerto de outra obra denominada Custos 
Industriais e Precificação, visando atender às exigibilidades de 
disciplinas do curso de Engenharia Civil. 
 
 O objetivo é contribuir para que o aluno disponha, 
antecipadamente, do conteúdo a ser ministrado em sala de aula. A 
assim tenha condições de conhecer, acompanhar a evolução do 
programa e discutir a matéria durante a sua apresentação. 
 
 É intenção do autor evitar que o aluno copie conteúdo ou teoria 
apresentada em quadro negro. 
 
 Deste modo, ao findar o curso, o discente disporá de uma 
expressão documental contínua e coerente com o que foi discutido, 
apresentado ou resolvido durante em sala de aula. 
 
 Ela não dispensa a consulta e o estudo da bibliografia em 
referência ou complementar, pois representa simples notas de aula, 
resumo do conteúdo tratado. 
 
 O autor recomenda ao aluno resolver os exercícios constantes 
da apostilha e, refazer, aqueles solvidos em sala de aula visando à 
devida fixação do conteúdo discutido. 
 
Florianópolis, março de 2012. 
 
Antonio Victorino Avila 
Engenheiro Civil, MSc. Engª de Produção 
 
Versão 2.5 – março de 2.012 
Copyright do Autor 
Permitida cópia e reprodução, citada a fonte. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 4 
13.10.2 - Regime de incidêncianão-cumulativa ............................................... 29 
13.11 – REGIME DO LUCRO PRESUMIDO ................................................................. 30 
13.11.1 – Conceituação ..................................................................................... 30 
13.11.2 – Imposto de Renda – Lucro Presumido. ............................................. 32 
13.11.2.2 - Percentuais de presunção. ....................................................... 33 
13.11.2.3 – Construção Civil. ....................................................................... 34 
13.11.3 – CSLL – Lucro Presumido. ................................................................ 34 
13.11.4 - Conceito de Receita Bruta ................................................................. 36 
13.11.5 - Valores Integrantes da Base de Cálculo ............................................ 36 
13.11.6 - Receitas Tributadas na Fonte ..................................................... 38 
13.11.7 – Exemplos de Aplicação. .................................................................... 40 
13.12 – O SIMPLES NACIONAL. .............................................................................. 42 
13.12.1 – Definições. ........................................................................................ 42 
13.12.2 – Calculo do Tributo ............................................................................ 43 
13.12.3 – Exemplo ............................................................................................ 44 
13.13 – DA INCORPORAÇÃO DE EDIFÍCIOS. ............................................................ 45 
13.14 – CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................... 45 
13.14.1- Composição dos tributos sobre o faturamento. ................................... 45 
13.14.2 - Análise de Sensibilidade .................................................................... 46 
13.15 – EXERCÍCIOS ............................................................................................... 51 
13.15.1 - Exercícios Resolvidos ........................................................................ 51 
13.15.1 - Exercícios Propostos.......................................................................... 56 
14 - ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS. .......................... 58 
14.1 - INTRODUÇÃO. ............................................................................................... 58 
14.2 – CÁLCULO DOS ENCARGOS. .......................................................................... 59 
14.2.1 – OS TIPOS DE ENCARGOS. .......................................................................... 59 
14.2.2 – Metodologia. ....................................................................................... 59 
14.2.3 – Índice de Encargos. ............................................................................. 60 
14.2.4 – Horas normais e extraordinárias. ........................................................ 60 
14.3 – DEFINIÇÃO DOS ENCARGOS ........................................................................ 63 
14.3.1 - Contribuição ao INSS ......................................................................... 63 
14.3.2 - Encargos Previdenciários Básicos. ...................................................... 63 
14.3.3 – Descanso Semanal Remunerado - DSR. ............................................. 64 
14.3.4 - Auxílio-doença. ................................................................................... 65 
14.3.5 - Encargos mensais sobre 13º Salário. ................................................... 66 
14.3.6 – Encargo sobre Férias. .......................................................................... 66 
14.3.7 - Reincidência de Encargos Previdenciários. ......................................... 67 
14.3.8 - Multa FGTS – Rescisão sem justa causa ............................................. 67 
14.3.9 – Aviso Prévio Indenizado. .................................................................... 68 
14.3.10 - Adicional de Periculosidade. ............................................................. 69 
14.3.11 - Adicional da insalubridade. ................................................................ 69 
14.3.12 - Salário Família. .................................................................................. 70 
14.4 – EXEMPLOS DE CALCULO DE ENCARGOS........................................................ 70 
14.4.1 – Caso do Trabalhador Permanente – Mensalista ................................... 70 
14.4.2 - Caso de Trabalhador Temporário. ........................................................ 72 
14.5 – EXERCÍCIO .................................................................................................... 73 
14.5.1 – Salário Líquido. ................................................................................... 73 
14.5.2 – Custo do empregado. ........................................................................... 73 
15.1 – INTRODUÇÃO. ............................................................................................... 77 
15.2 - PREÇO POR COMPOSIÇÃO DE CUSTOS. ........................................................... 78 
15.2.1 – Preço sob regime do lucro real. ............................................................ 78 
15.2.2 – Preço sob regime do lucro presumido .................................................. 80 
15.2.3 – Preço sob o regime do simples nacional ........................................... 81 
15.2.4 – Exercício ............................................................................................. 82 
15.3 – CASO DO PROFISSIONAL LIBERAL – PREÇO POR PROJETO. ............................. 82 
15.3.1 – Produção e mercado. ............................................................................ 82 
15.3.2 - O preço por projeto ............................................................................ 85 
15.3.3 – Produção Anual de Equilíbrio - PAE. .............................................. 87 
15.3.4 - A Produção Anual Máxima. ................................................................ 89 
15.3.5 – Resumo da Metodologia. ................................................................... 90 
15.3.6 – Exercícios resolvidos. .......................................................................... 90 
15.3.7 – A influência dos tributos e o lucro. ...................................................... 91 
15.3.8 – Exercício ............................................................................................. 93 
15.4 - PROFISSIONAL LIBERAL – PREÇO POR VISITA ................................................. 95 
15.4.1 – Metodologia. ........................................................................................ 95 
15.4.2 – Exercício proposto. .............................................................................. 95 
15.5 – INDÚSTRIA E COMÉRCIO – MARK-UP ............................................................ 96 
15.5.1 – Definição do mark-up. ......................................................................... 96 
15.5.2 – Metodologia de formação do mark-up ............................................. 97 
15.5.3 – Exemplo. .............................................................................................. 97 
15.5.4 – Exercício proposto ............................................................................. 98 
15.6 – PREÇO HORÁRIO DE EQUIPAMENTO. .............................................................. 99 
15.6.1 – Custos administrativos e financeiros.................................................... 99 
15.6.2 – Custos de manutenção. ........................................................................ 99 
15.6.3 – Custos de operação. ............................................................................. 99 
15.6.4 – Impostos e Taxas............................................................................... 100 
15.6.5 – Metodologia. ...................................................................................... 100 
15.6.6 – Exercício. ........................................................................................... 101 
15.7 – PREÇOS DE SERVIÇOS POR ENCOMENDA – BDI .......................................... 103 
15.7 1. - Metodologia....................................................................................... 103 
15.7.2 – Exemplo de aplicação ........................................................................ 105 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 5 
15.7.3 – Exercícios propostos ......................................................................... 106 
15.8 – FORMAÇÃO DO PREÇO INDUSTRIAL. .......................................................... 107 
15.9 – PREÇO DE VENDA DE PRODUTOS. .............................................................. 109 
15.9.1 – Metodologia ..................................................................................... 109 
15.9.2 - Exemplo – Caso de um Produto ..................................................... 110 
15.10 - PREÇO DE MIX DE PRODUTOS. .................................................................. 111 
15.10.1 – Teoria. ............................................................................................. 111 
15.10.2 - Aplicação. ........................................................................................ 113 
15.11 – PREÇO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS. ....................................................... 115 
15.11.1 – Metodologia ................................................................................... 115 
15.12 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS. ......................................................................... 116 
16 - PREÇO ESTRATÉGICO DE MERCADO. ........................... 120 
16.1 – ATRIBUIÇÃO DE PREÇOS DISTINTOS. ......................................................... 120 
16.2 – PREÇOS COMPETITIVOS. ............................................................................ 120 
16.3 – PREÇOS POR LINHA DE PRODUTO. ............................................................. 121 
16.4 - COMENTÁRIOS. ........................................................................................... 122 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ........................................... 123 
 
 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 6 
 
12 – O LUCRO & A LUCRATIVIDADE 
 
 
12.1 – Introdução. 
 
 Atualmente é reconhecido pelos estudiosos da 
administração e por executivos de empresas líder, que o maior 
objetivo de uma organização é a captação de clientes, pois 
estes propiciam a sobrevivência da empresa como entidade 
prestadora de bens e serviços, a médio e longo prazo. 
 
 O lucro, por sua vez, mede o sucesso obtido pelos 
serviços prestados, ou melhor, pelo desempenho da capacidade 
gerencial. 
 
 Para analisar como acontece a realização desta medida, 
o lucro, serão apresentados dois pontos de vista, um comercial 
e outro financeiro que, como não poderiam deixar de ser, levam 
a mesma conclusão quanto à formação do lucro. 
 
12.2 - Visão Comercial 
 
Do ponto de vista comercial, o lucro ou a lucratividade de 
um obtido na realização de uma aplicação financeira, de um 
negócio ou na operação de uma empresa é função direta da 
margem de lucro desejada e do número de vezes que o capital 
empatado é movimentado durante um dado exercício. 
 
Visando caracterizar a importância do entendimento e o 
impacto que a movimentação do capital, ou giro, causa na 
formação do lucro de uma empresa, alguns conceitos serão, a 
seguir, definidos para que haja um bom entendimento do 
assunto. 
 
12.2.1 - Definições. 
 
a) Lucro é definido como o ganho, expresso em expressão 
monetária, obtido na realização de uma aplicação financeira, um 
negócio ou na operação de uma empresa. 
 
b) Giro do capital, tendo como nomenclatura ρ, é definido como 
o número de vezes em que um dado capital é movimentado num 
certo período de tempo. Período esse adotado, normalmente, 
como sendo um mês ou um ano. 
 
icadoCapitalApl
oFaturament
=ρ
 
 
c) Margem de Lucro, µ – corresponde à porcentagem de ganho 
desejada e estabelecida a talante do interessado e aplicada 
sobre cada unidade de produto ofertado pela empresa ou de 
capital. Ou seja, a priori, ao ser determinado o preço. 
 
d) Lucratividade, Retorno do Capital, ou Taxa de Lucro, £, é 
definida como a razão entre o lucro total obtido e o capital 
aplicado durante certo período de tempo. 
 
 A lucratividade também é expressa em porcentagem e, 
comumente, se refere ao período de tempo de um mês ou ao 
ano. 
 
 Alerta-se que a lucratividade corresponde ao percentual 
medido após a realização de um empreendimento ou a 
aplicação de um capital. Ou seja, a posteriori, quando da 
apuração do lucro obtido. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 7 
 
£ =
�����
�	
��	
�
��	��
 
 
 Dado as definições acima, é possível estabelecer o 
modelo da lucratividade em função do giro e da margem de 
lucro. 
 
£ = µ × ρ 
 
Esta expressão define lucratividade como função do número 
de vezes em que um capital é movimentado num certo 
período de tempo. 
 
 É comum haver equivoco no entendimento e na utilização 
dos dois conceitos: taxa e margem de lucro. 
 
 Matematicamente, os dois conceitos são equivalentes 
quando o giro do capital, em determinado período de tempo, 
for igual à unidade. 
 
 Analisando a variação do giro e considerando que a 
margem seja preestabelecida e constante para o período, 
tem-se: 
 
 Quando o giro = 1, a margem de lucro e a lucratividade 
são iguais no período de tempo considerado. Então, a 
margem de lucro expressa a lucratividade desejada para o 
período considerado. 
 
 Quando o giro > 1, a lucratividade é superior à margem 
de lucro pré-estabelecida, aumentando a capacidade da 
empresa em realizar lucro – L. Tal fato demonstra que houve 
competência da administração da empresa em utilizar os 
recursos disponíveis, pois ela movimentou mais de uma vez o 
capital disponível no exercício considerado. 
 
 Sendo o giro < 1, ocorre a redução da lucratividade, com 
expressão direta na redução do volume monetário do lucro 
esperado. Assim sendo, a margem de lucro pode ser maior do 
que a lucratividade no período considerado. Isto quer dizer, que 
o resultado final foi inferior àquele pré-definido. 
 
12.2.2 - Caso do comércio. 
 
No caso de empresas comerciais e especialmente 
aquelas que atuam na venda de bens, podem ver incrementada 
a sua competitividade e aumentado o volume de vendas quando 
se aplica o conceito de lucratividade por produto. 
 
 Ao se considerar a margem de contribuição equivalente 
à lucratividade, pode-se alterar a margem de lucro com vistas a 
promover um maior giro de capital, fato que propicia uma maior 
lucratividade. 
 
Fazendo então: MC(%) ≡ £(%), tem-se que 
 
MC(%) = µ × ρ 
 
Margem de lucro - 
% Tipo de Negócio 
Pequena 
Negócio para produçãoem massa. 
Ganho no giro do capital. 
Exemplo: pão, farinha, promoção de roupa 
Grande 
Negócio de artigos de luxo ou diferenciados. 
Ganho na margem de lucro. 
Exemplo: roupas de luxo, automóveis, imóveis, 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 8 
 Da expressão acima pode-se concluir ser possível reduzir 
a margem de lucro por produto e manter ou mesmo aumentar a 
margem de contribuição quando ocorre, ou se força, um 
aumento no giro do produto. 
 
 
12.2.3 – Caso da construção. 
 
 No caso da construção civil ou de empresas que 
forneçam bens por encomenda, o giro de capital pode ser 
estabelecido sob o modelo abaixo, em que o Tempo Planejado 
corresponde aquele definido em orçamento. E, o Tempo Real, o 
tempo efetivamente utilizado para o cumprimento de um 
contrato ou de qualquer serviço. 
 
alReTempo
jadoTempoPlane
=ρ 
 
 Neste caso, estabelecidos o Tempo Planejado e a 
Margem de Lucro de um contrato, a garantia de obtenção da 
Lucratividade esperada passa a ser função do tempo de 
execução, isto é, do Tempo Real de execução. 
 
 Similarmente à análise efetuada no item anterior, porém 
analisando o giro em função do Tempo de Execução ou Tempo 
Real têm-se os seguintes casos: 
 
ρ > 1 O Tempo Real foi inferior ao Tempo Planejado, o 
que demonstra uma capacidade técnica maior do 
que a esperada e, consequentemente, a obtenção 
de uma Lucratividade superior à Margem de Lucro 
pré-estabelecida. 
ρ = 1 Sendo o Tempo Real igual ao Tempo Planejado, o 
empreendimento, em termos de tempo ocorreu 
segundo as expectativas realizadas na fase de 
projeto ou planejamento, o que demonstra 
segurança quanto ao domínio do processo de 
construção adotado. 
ρ < 1 O Tempo Real foi superior ao Tempo Planejado, o 
que demonstra uma capacidade técnica inferior à 
desejada, com decorrência em uma Lucratividade 
inferior à Margem de Lucro pré-estabelecida. 
Nessas condições, o empreendimento frustrou o 
ganho financeiro esperado. 
 
 Analisando o modelo abaixo, conclui-se que a obtenção 
da taxa de lucro ou lucratividade - £, uma vez definida a margem 
de lucro - µ , é função apenas do giro do capital. 
 
£ = µ × ρ 
 
 O giro, deste modo, passa a ser uma variável a ser 
gerenciada durante um exercício fiscal ou em qualquer período 
de tempo em que foi dividido o projeto. 
 
 O desafio, então, é atuar com forte capacidade gerencial, 
fazendo acontecer o giro previsto e, consequentemente, 
alcançar a lucratividade desejada. E o giro previsto é aquele que 
iguala a lucratividade com a margem, ou seja, 1. 
 
 Nas obras e serviços de engenharia, o planejamento e o 
controle de desempenho são os instrumentos disponíveis para 
gerenciar empreendimentos e contribuindo tanto para o 
acompanhamento da evolução dos custos orçados como para 
cumprimento dos prazos previstos. Assim, permitem a análise e 
o conhecimento do desempenho havido, em termos de giro do 
capital e da realização dos prazos estabelecidos. 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 9 
 Como exemplo de instrumentos de planejamento tem-se: 
o PERT-CPM, o PERT- Custo, a Linha de Balanço, o Fluxo de 
Caixa Projetado, A Curva S, etc. 
 
12.3 – Método Dupont. 
 
 Partindo do ponto de vista financeiro, o sistema Dupont 
de análise, muito utilizado em análise financeira de balanços, 
permite determinar a taxa de retorno – lucratividade - 
alcançada por uma empresa, sob a forma de 
lucro/investimento e é obtida a partir das seguintes condições: 
 
Taxa de Retorno = Rotação × Margem 
 
 Considerando que, contabilmente, rotação e margem são 
definidas como: 
 
Rotação=Receita de VendasInvestimentos 			 
 
Margem=
Lucro no Período
Receita de Vendas 
 
Efetuando as substituições na equação da Taxa de 
Retorno: 
 
alizadoRetoInvestimen
LucrotornoReTaxaDe =
 
 
Ou, como contabilmente é mais utilizada, 
 
LíquidoPatrimônio
LAIRtornoReTaxaDe = 
 
Em que LAIR é o lucro após a realização do imposto de 
renda e o Patrimônio Líquido corresponde ao montante, tomado 
em média anual, do capital disponível conforme disposto no 
balanço patrimonial. 
 
Analisando a expressão: 
 
Taxa de Retorno = £
 
= margem x rotação, 
 
 Fica fácil visualizar que a obtenção da lucratividade ou 
taxa de lucro de uma empresa é possível de ser medida através, 
principalmente, do comportamento de duas variáveis, a margem 
de lucro definida pela direção da empresa e a rotação do capital, 
medida pela relação receita/investimentos. 
 
 
12.4 – Exemplos de Casos. 
 
 
a) Caso do Combustível. 
 
 Um posto de serviços tem capacidade instalada de um 
(01) tanque de gasolina, vende 1,5 tanques por semana e a 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 10 
empresa pratica uma margem de 3% sobre o custo do 
combustível. Deseja-se saber qual a taxa mensal! 
 
£mês = µ × ρ = 0,03 x 1,5 x 4,34 ⇒0,1958 ou 19,58% ao mês. 
 
 
b) Caso da Concessionária. 
 
 Uma concessionária de tratores constatou ser o tempo de 
permanência, da sua entrada em loja até o momento de venda, 
de dado equipamento em 50 dias. A empresa pratica uma 
margem de 17% sobre o valor de compra. Qual a lucratividade 
anual na venda desse equipamento? 
 
£ = 0,17 × 
50
365
 ⇒ 124,10% ao ano. 
 
c) Caso da Construtora. 
 
 Uma empresa construtora executa seus imóveis com 
recursos próprios, os vende depois de concluídos praticando 
uma margem de 15% na venda de seus produtos. Considerando 
que um dos prédios em execução tem um cronograma previsto 
para dezoito meses de construção, pergunta-se: 
 
 I - Qual a lucratividade anual sobre o empreendimento? 
 
£
 
= 0,15 x ( 12 ÷ 18 ) = 0,10 ou 10% ao ano 
 
II - Havendo um atraso de quatro meses na entrega da 
mencionada obra, qual será a lucratividade anual final? 
 
£ = 0,15 x ( 12 ÷ 22 ) = 0,0818 ou 8,18% ao ano 
 
 
d) Caso da Incorporadora. 
 
 Uma empresa incorporadora, a medida que recebe as 
prestações de seus clientes, as aplica na execução de um 
edifício construído em condomínio. 
 
 Considerando que o contrato da referida edificação 
estabelece o pagamento em prestações mensais e iguais 
durante 24 meses e a empresa pratica uma margem de 10% 
relativa a taxa de administração, pergunta-se: 
 
I – Qual a lucratividade anual da mesma? 
 
£ = 12 × 10 = 120% 
 
II - Sendo o valor da prestação de 2.300,00 reais e a carteira de 
unidades habitacionais dispõe de 78 apartamentos, qual o lucro 
anual? 
 
d) Calcular o giro de capital da Floman, cujo balanço patrimonial 
e DRE estão disponíveis no Capítulo 1. 
 
e) Uma empresa atuante no ramo de vendas a varejo adquiriu 
R$ 320 mil de um dado produto. No final do exercício fiscal, 
somadas as notas fiscais de vendas, verificou ter vendido um 
montante de R$ 860 mil deste produto. Pergunta-se qual o giro 
de capital ocorrido no período. 
 
 
 
 
 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais- Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 11 
12.5 – Aplicação do Sistema Dupont. 
 
 É solicitado analisar o comportamento da lucratividade de 
uma empresa nos quatro exercícios considerados, após dispor 
dos seguintes dados extraídos de balanços. 
 
Elaborar um gráfico que expresse o comportamento da 
rotação da margem e da taxa de retorno para os exercícios 
considerados. 
 
 
Item do Balanço 1997 1998 1999 2.000 
Faturamento 28.620,0 37.508,0 49.344,0 46.491,0 
Lucro 504,4 615,1 841,2 795,4 
Patrimônio Líquido 4.200,0 5.350,3 6.618,8 6.930,5 
Valores em R$ mil 
 
 
Ano Rotação Margem Taxa de Retorno 
1997 28.620÷4.200,0= 6,81 504,4÷28.620= 1,76% 6,81×0,0176= 0,1199 
1998 37.508÷5.350,3= 7,01 615,1÷37.508= 1,64% 7,01×0,0164= 0,1150 
1999 
2000 
 
 
12.6 – Paradigma do Lucro 
 
 A formação do preço e, em decorrência dele, o lucro, é 
função do regime prevalente da indústria onde a empresa se 
situa. 
 
 O reconhecimento desse fato induz a um comportamento 
distinto na formulação de proposta de preços, atuando a 
empresa em regime de livre concorrência, em oligopolizado ou 
monopolizado. 
 
 No caso da construção civil e especialmente quanto as 
empresas que trabalham sob regime de empreitada, de modo 
geral, pode-se afirmar que os preços dos bens e serviços 
praticados se formam no seio de seu mercado, isto é, em regime 
de livre concorrência. 
 
 Tal situação propicia a formação de preços através do 
embate das forças de mercado, o que leva a imposição da 
prática de determinado patamar de preço para o fornecimento 
de bens e serviços. 
 
 Desta forma, os agentes de mercado, contratantes, 
contratados e concorrentes, pressionam para praticar um preço 
que lhes convém, provocando a ocorrência de um equilíbrio que 
será sempre instável. ( Lima Jr,1993). 
 
 E esse fato se agrava em setores econômicos cuja 
exigência de capital de giro para as operações é pequena, ou 
nos quais não existam tecnologias exclusivas de difícil ou 
custoso domínio. E, reconhecidamente, essa é a situação da 
construção civil. 
 
 Além disso, quando o contratante é o governo, que 
realiza seguidamente obras de construção civil, ele tende a 
definir os preços praticados, reduzindo a margem de lucro dos 
contratados. 
 
 Historicamente, e principalmente no caso da indústria, o 
paradigma para a formação do preço era compor o mesmo em 
função do custo incorrido acrescido da margem de lucro 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 12 
desejada, sendo nesses custos embutidos os custos e despesas 
indiretas de produção. 
 
Preço = ƒ ( Custo + Margem de Lucro ) 
 
 A expressão acima expressa um tipo de comportamento 
tradicionalmente aceito e normalmente praticado, em que o 
preço era uma variável dependente, sendo o custo e a margem 
de lucro variáveis independentes, em que a primeira era 
estabelecida pelos fornecedores de insumos e a segunda 
definida pela empresa ou o profissional interessado. 
 
 Quando o lucro, as despesas e os custos são englobados 
num único fator, ocorre o que se denomina de mark-up - µ. Esse 
fator, aplicado sobre os custos diretos dos produtos, define o 
preço desejado. 
 
Preço = µ × CD 
 
 Atualmente, devido à concorrência, a implementação de 
novas tecnologias e processos, vem ocorrendo um forte embate 
entre os atores do mercado, situação que propiciou o 
aparecimento de um novo paradigma, fato que estreitou as 
margens de lucro praticadas pelas empresas. 
 
 Neste novo paradigma, atingindo principalmente as 
empresas que atuam sob regime de livre concorrência, o preço 
vem se comportando como variável independente. O custo 
continua estabelecido pelos fornecedores de insumos e a 
margem de lucro, em consequência, passou a se comportar 
como variável dependente, o que acarretou a muitas empresas 
perderem a capacidade de arbitragem sobre seus preços. 
 
 O novo paradigma apresenta o seguinte o modelo: 
 
Margem de Lucro = ƒ ( Preço – Custos ) 
 
 Ele mostra que a Margem de Lucro e, em decorrência, o 
lucro a ser auferido, passou, a ser função do Preço praticado 
pelo mercado e dos Custos incorridos. 
 
 Nessa situação, garantir a margem de lucro estabelecida 
a priori, requer um forte acompanhamento e controle nos custos 
incorridos e de todas as etapas dos processos envolvidos na 
elaboração de produtos e serviços, já que o Preço esta fora da 
gestão da empresa. 
 
12.7 - Exercício 
 
a) Sua empresa consegue vender toda a produção elaborada, 
dentro do próprio exercício. 
 
 Pelos valores apropriados contabilmente, ela apresenta 
um faturamento mensal de R$ 3.800.000, montando o capital 
investido em R$ 1.350.000,00. 
 
 Você, como gerente da fábrica, descobriu que consegue 
aumentar a produção em 17%, apenas efetuando pequenos 
ajustes no processo produtivo, o que quer dizer, a um custo 
considerado como irrisório. 
 
 Considerando que sua empresa pratica uma margem de 
lucro na ordem de 35%, em quantos pontos percentuais poderá 
reduzir esta margem, de forma a manter a lucratividade anual e, 
concomitantemente, aumentar a competitividade de seus 
produtos? 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 13 
 
 
RESUMO 
Ponto de Equilíbrio L = Σ Rec - Σ (C+D) = 0 
Margem de 
Contribuição 
MC($) = Vendas – Σ( C. Var + D. Fixas ) 
dasceitadeVenRe
cionalLucroOpera(%)MC = 
Giro de Capital Invest.Cap
oFaturament
=ρ 
alizadoReTempo
oTempoOrçad
=ρ 
Lucratividade £ = µ × ρ 
Taxa de Desconto i = Lucro ÷ ( PL + ELP) 
 
 
�
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 14 
13 - TRIBUTOS. 
 
13.1 – Introdução. 
 
O objeto deste capítulo é permitir um entendimento e uma 
visão geral sobre o sistema tributário brasileiro, de modo a 
cumprir três objetivos: 
 
I - Contribuir para que o interessado possa avaliar o 
impacto dos tributos na composição de orçamentos e 
considerar, adequadamente os tributos na formação do 
preço de produtos e serviços; 
II - Discutir qual a melhor decisão quanto à opção tributária 
a ser definida junto a Receita Federal; 
III - E, elaborar a projeção dos DRE’s e efetuar análise de 
sensibilidade do lucro considerando a tributação devida. 
 
 Seu conteúdo abrangerá, apenas, conceitos gerais, 
quanto aos tributos mais comumente utilizados na indústria, no 
comercio e em serviços, especialmente na construção civil, bem 
como os regimes de tributação instituídos pela legislação fiscal. 
 
Por fugir do objetivo proposto, não serão abordadas 
especificidades da legislação, tais como: isenções tributárias; 
benefícios fiscais; regimes tributários especiais; etc. 
 
 Foge da pretensão do autor esgotar o assunto, já que 
este não é um curso versado em tributação ou direito tributário. 
Mas, simplesmente, permitir ao interessado avaliar a influencia 
dos tributos na composição de custos e realizar uma adequada 
composição dos seus preços. 
 
 
13.2 – Tipos de Tributos. (1) 
 
 Por definição, tributo corresponde a todo numerário 
recolhido aos cofres públicos nos termos da lei. 
 
 Em seu artigo 145,a Constituição Federal prevê a 
existência de três tipos de tributos, sejam de competência da 
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios: os 
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. 
 
 Há, porém, tributaristas e mesmo o entendimento do STF 
que asseveram serem cinco os tipos de tributos: impostos, 
taxas, contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos 
compulsórios. 
 
 Alerta-se, também, quanto à existência de diversas 
contribuições e fundos que mesmo levando essa denominação 
tem caráter de imposto. 
 
 Está pacificado na doutrina e também na jurisprudência o 
entendimento de que as contribuições especiais têm natureza 
tributária. (FERREIRA, 2007). Fato este que, acrescido ao acima 
exposto, demonstra o emaranhado da legislação tributária 
brasileira e as múltiplas oportunidades que o Estado dispõe para 
realizar sua arrecadação. 
 
 Os tributos são criados para preencher diferentes 
necessidades ou finalidades, podendo ser de caráter geral ou 
 
(1) O conteúdo deste item 13.1 e do 13.2 são excertos dos artigos veiculado 
nos portais: 
- web HTTP//www.anjut.com.br. Em 15.11.2007. 
- http://www.sebraesp.com.br//principal: Quais são os impostos que incidem 
sobre as atividades operacionais das empresas?. Em 15.11.2007. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 15 
específico. Ou seja, com ou sem fim específico quanto à sua 
destinação. 
 
 Definindo os tributos: 
 
13.2.1 - Impostos. 
 
 Imposto corresponde ao tributo cobrado das pessoas e 
das empresas para que os governos tenham condições de 
realizar obras e serviços públicos, manutenção da administração 
bem como o pagamento dos salários das pessoas que 
trabalhem no governo. 
 
 Os impostos não têm um motivo ou objetivo único e 
definido e servem para pagamentos em geral. 
 
 
13.2.2 - Contribuições. 
 
 As contribuições são criadas para atender a 
necessidades específicas. 
 
 Como exemplo seja a contribuição de melhoria cobrada 
dos moradores de uma rua quando a mesma é asfaltada, ou 
uma praça é feita, valorizando os imóveis que estão próximos. 
 
 Nesse caso, os donos desses imóveis são chamados a 
pagar uma “contribuição de melhoria” para os cofres da 
municipalidade, em função da valorização que o serviço 
realizado causou ao imóvel. 
 
 
13.2.3 - Taxas. 
 
 As taxas correspondem a uma série de tributos cobrados 
diretamente da pessoa quando demanda por um serviço 
realizado por órgão público. A taxa, portanto é um pagamento 
específico e direto como contraprestação pela demanda de 
determinado serviço. 
 
 Exemplos de Taxas são as de lixo, a de água e esgoto, a 
de pedágio. 
 
 
13.2.4 - Fundos. 
 
 Os fundos, da mesma forma que as contribuições, são 
destinados ao desenvolvimento ou implantação de algum 
serviço específico. 
 
 Finalizando, os principais tributos incidentes sobre as 
atividades operacionais das empresas que atuam em território 
nacional em operações internas são: 
 
• IR - Imposto de Renda; 
• CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; 
• PIS - Programa de Integração Social; 
• COFINS - Contribuição Financeira Social; 
• IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; 
• II - Imposto de Importação; 
• IE – Imposto sobre exportação; 
• ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços; 
• ISS - Imposto sobre Serviços; 
 
 Os sete primeiros tributos acima nomeados são de 
competência federal. O ICMS é atribuição do fisco estadual e o 
ISS, de competência municipal. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 16 
 
13.3 – Calculo do Tributo e Base de Cálculo. 
 
13.3.1 – Enquadramento tributário. 
 
 O cálculo do valor dos tributos é efetuado depois 
de estabelecido o enquadramento tributário de cada empresa o 
que permite definir a base de calculo e a alíquota específica. 
 
Genericamente, o valor do tributo é calculado 
multiplicando a alíquota do tributo, α, pela respectiva base de 
cálculo, BC. 
 
Matematicamente: 
 
TRI = α × BC 
 
A base de calculo e a alíquota são definidas em função 
de três parâmetros: 
 
• O ramo da empresa; 
• O regime de tributação; 
• A base de calculo do tributo; 
 
 O valor de qualquer tributo parte da definição e 
consequente quantificação da base de calculo, base esta que 
varia segundo o regime de tributação adotado. 
 
Conforme o regime de tributação adotado, a base de 
calculo pode ser o faturamento e o lucro. Comentando: 
 
• O FATURAMENTO ou o total da receita, considerado com 
acréscimos ou deduções permitidas por lei; 
• E, o LUCRO. Neste caso a base de cálculo corresponderá 
ao lucro real antes da provisão para imposto de renda, o 
LAIR. 
• Ou ambos como base de calculo: o faturamento e o lucro. 
 
Neste capítulo sobre tributos e no de encargos sociais, a 
seguinte nomenclatura será adotada: 
 
BC = Base de calculo do tributo; 
CD = Custo direto dos insumos; 
CI = Custos indiretos; 
CT = Custo total orçado; 
ES = Encargos Sociais 
Fi = Custo financeiro 
IRLP = Imposto de renda sob o regime do lucro presumido; 
IRLR = Imposto de renda sob o regime do lucro real; 
ML = Lucro expresso em valor monetário - $; 
MO 
 
Valor da mão de obra – folha básica; 
P = Preço 
PB = Preço bruto – considera tributos sobre o lucro 
PL = Preço líquido, preço sem a incidência dos tributos; 
R = Retirada mensal do profissional liberal, pró-labore. 
TRI = Tributo, de modo genérico; 
µ = Margem de lucro, expressa em %; 
α = Alíquota do tributo - genérica; 
αSN = Alíquotas do Simples Nacional 
ΣαFAT = Somatório das alíquotas dos tributos incidentes sobre 
o faturamento; 
ΣαLUCRO = Somatório das alíquotas dos tributos incidentes sobre 
o lucro; 
Σε 
 
Índice do total dos Encargos Sociais; 
 
 
 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 17 
Processo
Tributário
Indústria Comércio Serviços
Lucro Real LucroArbitrado
Lucro
Presumido
Simples
Nacional
Base
Faturamento
Base
Lucro
Base
Faturamento
ISS
ICMS
PIS
COFINS
IPI
I. Import.
I. Export.
Imp. Renda
CSLL ISS - ICMS
PIS - COFINS
IPI
I. Import - I. Export
Imp. Renda
CSLL
 
 
 
 
 
13.3.2 – Ramo da Empresa. 
 
 As empresas podem ser enquadradas como atuantes nos 
ramos: de serviços, comercial, ou industrial. 
 
 Conforme o ramo em que se enquadra a empresa, os 
tributos e as alíquotas incidentes sobre produtos e serviços 
podem ser distintos, mesmo sendo o mesmo tributo. Ver. Fig. 
13.1. 
 
 Como exemplo, sejam os tributos que incidem sobre o 
faturamento: 
 
• O PIS e o COFINS são tributos que obrigam a todas as 
empresas indistintamente; 
• O ISS, o ICMS ou o IPI incidirão, respectivamente, sobre 
o ramo de serviços, comercial ou industrial. 
 
 Quanto aos tributos que incidem sobre o lucro, o Imposto 
de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro líquido, incidem 
indistintamente sobre todas elas. Porém, as alíquotas podem 
ser distintas conforme o regime de tributação adotado. 
 
 
13.3.3 – Regimes de tributação. 
 
 A legislação tributáriafederal, ora em vigor, prevê a 
possibilidade de opção pelos seguintes regimes de tributação a 
serem adotados antes do inicio do ano fiscal: 
 
• O lucro real; 
• O lucro presumido; 
• O Simples; 
• E, o Lucro Arbitrado. 
 
 Nos itens a seguir serão discutidos os três primeiros 
regimes de tributação acima discriminados. 
 
 
Fig. 13.1 – Sistema de Enquadramento Tributário 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 18 
Quanto ao Regime do Lucro arbitrado (2) e considerando 
ser este um regime excepcional de tributação e aplicável quando 
o contribuinte descumpre obrigações fiscais, não serão 
efetuados maiores comentários sobre este regime no transcorrer 
deste capítulo. 
 
 O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da 
base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade 
tributária ou pelo contribuinte. 
 
 É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa 
jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à 
determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso. 
 
 Quando conhecida a receita bruta e, desde que ocorrida 
qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação 
fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de 
renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(2) Do site: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/
pr556a585.htm 
Tipo de Imposto Tipo de Atividades Alíquota
Base de 
Cálculo Observação 
IR - Imposto de Renda 
sobre o Lucro Líquido 
Comércio, 
Indústria e 
Serviços 
15% Lucro líquido 
Se o lucro líquido for 
superior a R$ 
240.000 por ano, 
incide um adicional 
de 10% sobre o 
excedente. 
CSLL -Contribuição 
Social sobre o Lucro 
Líquido 
Comércio, 
Indústria e 
Serviços 
9% Lucro Líquido ------------------- 
PIS - Programa de 
Integração Social 
Comércio, 
Indústria e 
Serviços 
1,65% Valor da Venda 
O imposto sobre a 
venda deverá ser 
compensado com o 
imposto sobre a 
compra. 
COFINS - Contribuição 
Financeira Social 
Comércio, 
Indústria e 
Serviços 
7,6% Valor da Venda 
O imposto sobre a 
venda deverá ser 
compensado com o 
imposto sobre a 
compra. 
IPI - Imposto Produtos 
Industrializados Indústria Variável 
Valor da 
Venda 
O imposto sobre a 
venda deverá ser 
compensado com o 
imposto sobre a 
compra. 
II - Imposto de 
Importação Importação Variável 
Valor da 
Importação 
Varia segundo o tipo 
de produto. 
IE - Imposto de 
Exportação Exportação Variável 
Valor da 
Exportação 
Varia segundo o tipo 
de produto. 
ICMS - Imposto de 
Circulação de 
Mercadorias e Serviços 
Indústria e 
Comércio 
Variável 
De 0% 
a 25% 
Valor da 
Venda 
O imposto sobre a 
venda deverá ser 
compensado com o 
imposto sobre a 
compra. 
ISS - 
Imposto sobre Serviços Serviços 
Variável 
De 2% 
a 5% 
Valor da 
Venda 
Fig. 13.3 – Tributos e Alíquotas incidentes sobre o Lucro Real. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 19 
13.4 – Imposto sobre serviços – ISS. 
 
 O ISS, tributo de competência municipal, incide sobre a 
prestação de serviços. Sua competência não atinge empresas 
comerciais e industriais. 
 
 A prestação de serviços é conceituada pelo legislador 
como sendo o produto de esforço humano que se apresenta sob 
a forma de bem imaterial ou, no caso de implicar utilização de 
algum material, preserve a sua natureza no sentido de 
expressar uma obrigação de fazer, isto é, ter como objeto da 
prestação a própria atividade. 
 
 A legislação entende que este imposto deva ser recolhido 
à municipalidade do local onde o serviço foi prestado, sendo que 
cada municipalidade dispõe de competência constitucional para 
estabelecer as alíquotas do mesmo. 
 
 Matematicamente o valor do tributo é calculado: 
 
ISS = αISS x BCMO 
 
 A base de calculo deste tributo pode ser o valor do 
serviço prestado ou o total de nota fiscal. 
 
a) Valor da nota fiscal. 
 
 Quando a base de calculo é, simplesmente, o valor da 
nota fiscal, há municipalidades que distinguem os serviços 
eminentemente de lavor daqueles em que haja a concorrência 
de mão de obra e fornecimento de materiais. As alíquotas nesta 
situação podem ser diferenciadas. 
 
 Ver Tab.13.12 e 13.13, exemplo da P.M. de 
Florianópolis, SC, em que esta municipalidade estabelece em 
3% do valor da nota fiscal a alíquota do serviço quando ocorre o 
fornecimento de material. E, em 5%, para serviços quando este 
fato não ocorre. 
 
Não se inclui na base de cálculo do imposto o valor dos 
materiais fornecidos pelo prestador dos serviços. Para tanto, na 
nota fiscal deverá ser discriminado o valor total da mão de obra 
e dos materiais empregados. 
 
Quando os serviços de empreitada forem prestados em 
territórios de mais de um município, a base de cálculo será 
proporcional à extensão do serviço prestado no município. 
Como exemplo sejam as obras da ferrovia, rodovia, dutos e 
condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou 
ao número de postes, existentes em cada Município. 
 
 
b) Valor da Mão de Obra. 
 
 Ressalta-se que muitas prefeituras recomendam a 
discriminação em separado, no corpo da nota fiscal, do valor da 
mão de obra e o valor dos materiais utilizados em empreitadas 
de material e mão de obra. 
 
 A base de calculo do ISS, neste caso, corresponde ao 
valor da mão de obra discriminada em separado. 
 
 Em casos de empreitadas com fornecimento de material, 
há municipalidades que entendem ser o montante da mão de 
obra equivalente entre 30 a 40% do valor da nota fiscal. 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 20 
 No caso de notas fiscais de projetos, o recolhimento pode 
ser efetuado na localidade onde se encontra o escritório da 
empresa. 
 
 Recomenda-se, deste modo, a conhecer os 
procedimentos adotados em cada município antes de se efetuar 
qualquer orçamento, já que o tributo deve ser recolhido no local 
onde o serviço foi prestado. 
 
13.5 – O ICMS. 
 
13.5.1 – Do Imposto. 
 
 O ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços, incide sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre as prestações de serviços de transporte 
interestadual, intermunicipal, de energia e de comunicação. É 
um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal. (3). 
 
 Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei 
Complementar 87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada 
posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e 
102/2000. 
 
Cada Estado da Federação tem liberdade para adotar 
regras próprias, e aí se inserem os valores das alíquotas, 
relativas à cobrança deste imposto respeitado os requisitos 
mínimos fixados na Constituição Federal e pelo Código 
Tributário Nacional. 
 
 
(3 ) O item 13.6 foi extraído do site: 
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html 
 O imposto é não-cumulativo. Ou seja, compensa-seo que 
for devido em cada operação relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o 
montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou por 
outro Estado. 
 
Alíquota do ICMS - α Coeficientes* 
7% 
12% 
17% 
18% 
25% 
1,07527 
1,13636 
1,20481 
1,21951 
1,33333 
Tab.13.5– Alíquotas do ICMS 
 
 Em decorrência da assertiva acima, alerta-se ao 
interessado verificar qual a alíquota adequada ao produto ou o 
serviço em orçamento. 
 
 É assegurado àquela pessoa jurídica que deve recolher o 
tributo, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado 
em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, 
real ou simbólica, no estabelecimento. 
 
 Como exemplo desta compensação, seja uma empresa 
cujo total do ICMS a recolher ao fisco estadual, num 
determinado mês, seja de R$ 50.000,00. 
 
 Sabe-se que o valor do imposto anteriormente cobrado, 
decorrentes de entradas de mercadorias foi de R$ 10.000,00. 
 
 O valor do ICMS a pagar, então é de: 
 
ICMS = R$ 50.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 40.000,00. 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 21 
 A base de cálculo do ICMS, regra geral, corresponde ao 
preço de venda da mercadoria. É o que determina o art. 13 da 
Lei Complementar 87/96. 
Assim sendo deve-se saber que: 
i) nas vendas à vista, a base de cálculo do ICMS é o preço de 
venda da mercadoria, com as exceções previstas. Não se 
pode falar em inclusão ou não de juros na referida base 
de cálculo; 
ii) nas vendas financiadas por instituição financeira ou 
administradora de cartão de crédito, a base de cálculo do 
imposto não deve, da mesma forma, incluir o montante 
relativo aos juros; 
iii) nas vendas a prazo, por outro lado, deve-se incluir os juros 
na respectiva base de cálculo do ICMS. 
 
 Como falado, a base de calculo deste tributo é o preço de 
venda da mercadoria ou serviço. Porém, a legislação prevê que 
o tributo integra a sua base de calculo, nisto decorre ser o valor 
real da alíquota do tributo superior àquele expresso na letra da 
lei. 
 
 Demonstrando a assertiva acima se pode escrever, 
matematicamente: 
 
Preço Vendas = Preço Orçado + ICMS 
 
 Considerando que o tributo integra a própria base de 
cálculo, o imposto a pagar pode ser escrito em função do preço 
orçado, PL, sob o seguinte modelo: 
 
ICMS = αICMS (PO + ICMS) ∴ 
 ICMS = αICMS PO + αICMS ICMS 
 32� ,&06
,&06
×
−
= )α(
α
 ICMS 
 
 
 Da expressão acima se deduz que a alíquota real do 
ICMS é dada por: 
 
)α(
α
α ,&06
,&06
5($/
�
−
= 
 
 Considerando que o tributo integra sua base de cálculo, 
tem-se: 
PO = PV - ICMS ∴ PO = PV - ,&06
α
 PV 
PO = PV (1 - ,&06
α ) 
 
�� =
��
(1 − ,&06
α )
 
 
13.5.2 – Exemplo. 
 
 Seja calcular o preço de venda e o valor do ICMS de um 
produto sujeito à alíquota de 25%. O preço orçado do produto 
(preço líquido) sem a incidência do ICMS montou em R$ 
40.000,00. 
 
 Sendo: Preço Venda = Preço Orçadoo + ICMS 
 
Então, 
32�3239 ,&06
,&06
×
−
+= )α(
α
 ∴ 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 22 
$,.),(
.,
.
5�����
������
���
��������
��39 =
−
×
+= 
 
 Ao ser aplicada a alíquota de 25% sobre o preço do 
produto, tem-se o valor do ICMS, R$ 13.333,33. 
 
 
13.6 – O IPI. 
 
13.6.1 - Conceituação. 
 
 O IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados, tributo 
de competência da União Federal, como o próprio nome sugere, 
incide sobre operações com produtos industrializados, nacionais 
e estrangeiros, obedecidas, contudo, as especificações 
relacionadas na TIPI (tabela de incidência do imposto sobre 
produtos industrializados). Decreto Nº. 4544 de 26 /12 /2002. 
 
 O fato gerador deste imposto é a industrialização 
conforme artigo 46, parágrafo único, do Código Tributário 
Nacional, que considera industrializado o produto que tenha sido 
submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou 
a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. 
 São obrigados ao pagamento do imposto como 
contribuinte ou contribuinte autônomo (4): 
 
(4) Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de 
importador, industrial ou comerciante, em relação a cada fato gerador que 
decorra de ato que praticar. 
Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/IPI/conceito.htm. 
10.10.2008 
• O importador, em relação ao fato gerador decorrente do 
desembaraço aduaneiro de produto de procedência 
estrangeira; 
• O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da 
saída de produto que industrializar em seu 
estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos 
geradores decorrentes de atos que praticar; 
• O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato 
gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem 
assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de 
atos que praticar; 
• Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou 
remeterem a pessoas que não sejam empresas 
jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão 
de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela 
imunidade prevista na Constituição Federal. 
 A alíquota do IPI varia conforme o produto, segundo 
expresso na Tabela de Incidência do IPI – TIPI, sendo o tributo 
calculado segundo o modelo abaixo: 
 
IPI = αIPI × Preço de Venda 
 
 O valor do IPI pode variar caso ele integre ou não a base 
de calculo do ICMS. 
 
Nos termos do art. 155, parágrafo 2º, inciso XI, da 
Constituição Federal, e o art. 13, parágrafo 2º, da Lei 
Complementar nº. 87/96, o valor do IPI não integra a base de 
cálculo do ICMS quando a operação, realizada entre 
contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou 
comercialização, configurar o fato gerador de ambos os 
impostos. 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 23 
 
 Portanto, segundo as mencionadas disposições, o 
montante do IPI: 
• Não integra a base de cálculo do ICMS quando o produto 
é destinado à industrialização ou à comercialização; 
• Integra a base de cálculo do ICMS quando o produto é 
destinado a uso ou consumo, independentemente de o 
destinatário ser ou não contribuinte. 
Para melhor compreensão e aplicação do acima exposto (5): 
 
 
a) Quando não se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS. 
 
 Neste caso uma empresa recebe um insumo, transforma 
e o remete para nova empresa que dará segmento ao processo 
de industrialização. 
 
 
 
Considerando que o valor do tributo é calculado sobre o 
valor da nota fiscal, o preço de vendas deve ser definido por 
fora, utilizando o modelo abaixo, em que PO expressa a base de 
calculo para o tributo, ou seja, o preço orçado: 
 
 Assim sendo tem-se: PO = PV - αIPI × PV ∴ 
 
 
(5) Extraído do site: Informe B&C em 25.11.2007. 
http://www.barbacovi.com.br/informes/inf0400.htm#BC 
32�
�39 ,,3 ×−= α
 
 
 Ressalta-se que PO, preço orçado, contemplatodos os 
custos incidentes sobre o produto e o lucro desejado. Não inclui 
os tributos como ICMS e IPI. 
 
 
a) Quando se inclui o IPI na base de cálculo do ICMS. 
 
 Neste caso o produto vai a consumo final, havendo a 
incidência do ICMS sobre o valor do IPI. 
 
 
 Do mesmo modo que o anterior, o valor do tributo é 
calculado sobre o valor da nota fiscal. Para determinar o valor 
da operação (base de cálculo com o ICMS embutido, calculado 
inclusive sobre o montante do IPI), teremos de aplicar um dos 
coeficientes (ver como calcular abaixo) sobre o preço líquido do 
produto, conforme as alíquotas do ICMS/IPI a que estiver sujeito. 
 Assim sendo, o preço final deve ser definido por fora, 
utilizando o modelo abaixo: 
 
PO = PV – ICMS – IPI 
∴ 
PO = PV – PV × ( αICMS + αICMS × αIPI) 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 24 
PV =
PO
1 − [ ,&06
α 	 × (1 + α� �)]
 
 
 
13.6.2 – Exercício – Calculo do IPI. 
 
a) Como exemplo de aplicação, seja o caso de um produto 
cujo preço orçado, monta a R$ 7.500,00. 
 
 Seja calcular o preço final do mesmo sabendo que sofre a 
incidência dos seguintes tributos: 25% ICMS e 10% IPI. 
 
item R$ 
Preço Orçado 7.500,00 
Coeficiente para determinação do preço do produto 
com o ICMS embutido 
1,3793 
Preço do produto com o ICMS embutido 
PV = 1,3793 x R$ 7.500,00 = 
10.344,75 
IPI = 10% × 10.344,75 = 1.034,48 
Valor total 11.379,23 
ICMS = R$ 11.379,23 x 25% = 2.844,81 
Tab.13.6 – Exemplo de Calculo de Tributos ICMS e IPI 
 
 
b) Para um mesmo produto, o seu preço final poderá variar 
em função da obrigatoriedade, ou não, de incluir na base de 
cálculo do ICMS o montante relativo ao IPI. 
 
O exemplo exposto nas tabelas 13.6 e 13.7 mostra a 
diferença no preço final do produto, caso ocorra, ou não, a 
obrigatoriedade de incluir na base de calculo do ICMS o valor do 
IPI. 
 
 Considerando, então, a hipótese de um produto cujo 
custo orçado foi de R$ 6.500,00 sujeito às seguintes alíquotas: 
7% de ICMS e 8% de IPI. 
 
item 
IPI incluído 
na base do 
ICMS 
IPI não incluído 
na base do ICMS 
Preço do produto sem o ICMS 
embutido 
6.500,00 6.500,00 
Coeficiente p/ determinação do preço 
do produto com o ICMS embutido 
1,08178 1,07527 
Preço do produto com o ICMS 
embutido 
7.031,57 6.989,26 
IPI 8% 562,53 559,14 
Valor total da operação 7.594,10 7.548,40 
Valor do ICMS (alíquota 7%) 531,59 489,25 
Tab.13.7 – Exemplo de variação de preço 
 
 
 Comparando o resultado final (valor total da operação) 
segundo o apurado neste exemplo, verifica-se que, para o 
mesmo produto, o seu preço pode ser de R$ 7.594,10 ou R$ 
7.548,40. 
 
 
13.7 – Regime do Lucro Real. 
 
Sob este regime, os tributos são calculados sobre o 
faturamento e sobre o lucro líquido. 
 
 É importante notar que a legislação do imposto de renda 
considera como sendo o lucro líquido, o lucro antes do imposto 
de renda, LAIR. Assim sendo, incide sobre o LAIR o Imposto de 
Renda e a CSLL segundo apurado no Demonstrativo de 
Resultados do Exercício. 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 25 
 O LAIR, como já visto, é apurado considerando-se todas 
as receitas, tributos incidentes sobre o faturamento, taxas, 
custos de produção, despesas da empresa, atendendo a 
legislação específica. Para tanto, a empresa deverá dispor de 
um sistema de escrituração contábil segundo princípios e 
normais legalmente instituídas. 
 
Sobre o faturamento incidem: o Imposto sobre Serviços – 
ISS, de competência municipal; o ICMS - Imposto de Circulação 
de Mercadorias e Serviços, de competência estadual; e, de 
exigibilidade federal: o IPI - Imposto sobre Produtos 
Industrializados; o PIS - Programa de Integração Social; o 
COFINS - Contribuição Financeira Social; o II - Imposto de 
Importação; e, o IE - Imposto sobre Exportação. 
 
Sobre o lucro, incidem o Imposto de Renda, IR, e a 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, CSLL. Neste caso, a 
base de cálculo do tributo corresponde ao lucro do exercício, 
também denominado de lucro antes da incidência do Imposto de 
Renda, LAIR, devidamente apurado no DRE segundo as normas 
e procedimentos contábeis aceitos. 
 
 A maioria das empresas pode adotar o regime do lucro 
real. Algumas, porém, são obrigadas pela legislação a adotar 
este regime. 
 
 A empresa não sujeita à obrigatoriedade de adotar o 
regime do lucro real ou que não desejar o fazer, poderá recolher 
seus tributos sob o regime do lucro presumido. Ou, aderir ao 
sistema do Simples Nacional, caso possa ser enquadrada como 
micro ou pequenas empresas segundo estabelecido na 
legislação federal. 
 
 Estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas 
jurídicas (Lei 9.718/98, art. 14): 
 
I – cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja 
superior a R$ 48 milhões de reais ou a R$ 4 milhões de 
reais mensais ( Lei 10.637/2002); 
II – cujas atividades sejam de: bancos comerciais; bancos 
de investimentos; bancos de desenvolvimento; caixas 
econômicas; sociedades de crédito; financiamento e 
investimento; sociedades de crédito imobiliário; 
sociedades corretoras de títulos; valores mobiliários e 
câmbio; distribuidora de títulos e valores mobiliários; 
empresas de arrendamento mercantil; cooperativas de 
crédito; empresas de seguros privados e de capitalização; 
e entidades de previdência privada aberta; 
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de 
capitais oriundos do exterior. Neste caso não se 
enquadram a venda de produtos ou serviços ao exterior; 
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam 
de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do 
imposto; 
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado 
pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma 
do art. 2 da Lei 9.430/96; 
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa 
e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 26 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a 
prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 Também estão obrigadas ao Lucro Real as 
empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as 
operações imobiliárias para as quais haja registro de 
custo orçado (IN SRF 25/99). O custo orçado é entendido 
como a modalidade de tratamento contábil dos custos 
futuros de conclusão de obras. 
 O regime do lucro real tem por vantagens: 
 
• Os tributos incidentes sobre o lucro, o IR e a CSLL, terão 
seus valores definidos quando do fechamento do balanço 
tendo por base de cálculo valores realmente apurados 
segundo o DRE e efetivamente devidos; 
• Os tributos poderão ser recolhidos segundo valores 
efetivamente devidos, parceladamente, durante o exercício 
seguinte, ou seja, após aquele em que ocorrer a apuração do 
lucro. 
 
Como desvantagem, a empresa deverá dispor de um 
sistema de escrituração contábil necessário a atender a 
legislação específica e manter a guarda da documentaçãodurante determinado período, cinco anos. 
 
 Na tabela da Fig. 13.3 – Tributos e Alíquotas incidentes 
sobre o Lucro Real são relacionados os tributos e a variação das 
alíquotas dos mesmos. 
 
 No caso das alíquotas serem variáveis, recomenda-se ao 
interessado acessar a legislação específica visando determinar 
o valor das mesmas. 
 
 Quando a empresa opta pelo regime do lucro real, 
basicamente, os tributos são calculados seguindo os modelos: 
 
I - Base de calculo o valor do faturamento: 
 
TRI = αFAT × Faturamento 
 
 
II - Base de calculo o lucro: 
 
TRI = αLUCRO × Lucro 
 
 
13.8 – O Imposto de Renda – Lucro Real. 
 
13.8.1 – Conceituação. 
 
 A base de calculo do imposto de renda difere quando a 
empresa opta pelo regime do lucro real, do lucro presumido ou 
do simples nacional. 
 
 A definição, nos dois primeiros casos, será efetuada nos 
itens 13.9 e 13.11 No caso do Simples Nacional, sua 
consideração ocorrerá no item 13.12. 
 
 A base de cálculo do tributo, neste caso, é o lucro real 
líquido apurado no DRE antes da provisão para o Imposto de 
Renda, ou seja, o LAIR. ( BC=LAIR). 
 
 O IR quando calculado sob o lucro real, apresenta dois 
patamares de calculo ( Ver Tab.13.4): 
 
• Uma alíquota de 15% do valor do LAIR; 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 27 
• Uma alíquota adicional de mais 10% sobre o excesso, 
ocorrendo um lucro líquido anual superior a R$ 240 
mil. 
 
 O valor do Imposto de Renda devido, então, será 
calculado sob o seguinte modelo: 
 
IRLR= 0,15 × LAIR + 0,10 × (LAIR – 240.000,00) 
 
 Ressalta-se que, o tributo sobre o excesso a pagar, isto é, 
{0,10 × (LAIR – 240.000,00)}, não pode ser negativo, pois 
ocorreria uma redução do imposto a pagar, o que é incompatível 
tributariamente falando. 
 
O tributo devido, sob o regime do lucro real, é recolhido 
ao tesouro nacional após apurado o balanço do exercício de 
uma única vez ou parcelado, nos termos da legislação do 
imposto de renda. 
 
 O regime do lucro real pode ser financeira e 
economicamente interessante à empresa, pois, além de recolher 
o tributo durante o exercício seguinte à realização do lucro, o 
efetua sobre montante do lucro apurado. 
 
13.8.2 – Exercício I. Renda - Lucro Real 
 
Como exemplo de calculo do Imposto de Renda, seja uma 
empresa que auferiu num dado exercício um lucro (Lair) no 
montante de 530.000,00 R$. O tributo apurado, no montante de 
R$ 108.500,00 foi calculado sob o seguinte procedimento: 
 
TRI = αLUCRO × Lucro 
 
530.000,00 × 0,15 = 79.500,00 
(530.000,00 – 240.000,00) × 0,10 = 29.000,00 
Tributo = R$ 108.500,00 
 
 
I – Imposto de Renda 
Enquadramento Base de Cálculo Alíquota Excesso 
1 – Empresário ou 
Pessoa Física 
Desconta o imposto diretamente na fonte 
pagadora, segundo a tabela progressiva 
mensal. 
Tabela Progressiva Mensal 
2012 - em R$ 
Alíquota 
% 
Parcela do IR 
em R$ 
Até 1.637,11 isento - 
De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78 
De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 306,80 
De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15 
Acima de 4.087,65 27,5 756,53 
2 - Sociedade Civil 
 ou Limitada Lucro Real 15% 
Acima de R$ 
240.000,00 por 
ano, sobre o 
excesso, incide 
mais 10%. 
 
II – Contribuição Social sobe o Lucro Líquido - CSLL 
Todas as empresas Lucro Real 9,00% - 
 
III – PIS – PASEP 
Todas as empresas Faturamento 1,65% - 
 
IV - COFINS 
Todas as empresas Faturamento 7,60% - 
Fonte: Receita Federal 12/2012. 
Tab. 13.4 – Lucro Real – Alíquotas Tributos Federais 
 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 28 
 
13.9 – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – Lucro Real 
 
 A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foi instituída 
pela Lei nº 7.689 de 15.12.1988 e segundo o seu Art. 3º: 
 
 Este tributo pode ter como base de calculo o lucro ou o 
faturamento caso a empresa opte, respectivamente, pelo regime 
do lucro real ou do lucro presumido. Ver alíquotas na Tab. 13.4. 
 
 
13.9.1 – Conceitos e alíquotas. 
 
 Quando opta pelo regime do Lucro Real a alíquota do 
tributo é estabelecida em 9% (nove por cento) incidente sobre a 
base de calculo. No caso, o lucro bruto antes do imposto de 
renda. 
CSLL(LR) = α
 CSLL x LAIR 
 
 No caso da empresa ter optado pelo regime de tributação 
sob o lucro real, a base de calculo do tributo é o lucro real 
apurado no final do exercício fiscal, do mesmo modo que a do 
Imposto de Renda. 
 
Segundo o Art. 2º da Lei anteriormente citada, a base de 
cálculo da contribuição corresponde ao valor do resultado do 
exercício, LAIR, antes da provisão para o imposto de renda, com 
acréscimos e deduções na forma da lei. 
 
 
13.9.2 – Exercícios de aplicação. 
 
 Uma empresa optante pelo regime do lucro real 
apresentou um lucro líquido antes do imposto de renda, LAIR, 
no montante de R$ 365.780,00. Ela deseja saber qual o 
percentual do faturamento comprometido com a provisão para o 
imposto de renda e com a CSLL. 
 
 
a) Provisão para o Imposto de Renda. 
 
 Nesta situação, o imposto de renda a pagar é de, R$ 
67.445,00 conforme abaixo calculado. 
 
LAIR:..................................... 365.780,00 R$ 
Imposto de Renda = 365.780,00 × 0,15 = 54.867,00 R$ 
Excesso de Imp. Renda = 125.780,00 × 0,10 = 12.578,00 R$ 
Imposto de Renda a pagar = 54.867,00+12.578,00 = 67.445,00 R$ 
 
 A alíquota final do Imposto de Renda, então, corresponde 
a 18,44% do Lucro Real ou LAIR. 
 
%,
.
.
FAT
IR
TOTAL 4418780365
44567
⇒==α
 
 
b) Provisão para a CSLL. 
 
$R,..,LAIRCSLL CSLL 2092032780365090 =×=×α= 
 
c) Percentual Total. 
 
 Considerando que o Imposto de Renda e a Contribuição 
Social dispõem da mesma base da calculo, a tributação total 
realizada sobre o lucro líquido antes do imposto de renda, LAIR, 
correspondem, no caso, a 27,44% do mesmo: 
Engº Civil Antônio Victorino Avila Custos – Encargos Sociais - Precificação 
Tributos, Encargos, Precificação ~ Versão 2012.docx 29 
 
%,
.
,.
.
,.,.
LAIR
CSLLIR
TOTAL 4427780365
20365100
780365
20920320044567
⇒=
+
=
+
=α
 
 
13.10 – COFINS e PIS-PASEP. (6) 
 
 Tanto o COFINS como o PIS-PASEP tem por base de 
cálculo o faturamento. 
 
 O valor destes tributos é definido pelo modelo: 
 
TRI = αFAT × Faturamento 
 
As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS são 
efetuadas segundo duas regras gerais de apuração, 
denominadas de incidência cumulativa e incidência não-
cumulativa. 
 
 Sob cada um desses regimes, as alíquotas dos tributos 
são distintas. Ver. Tab. 13.4. 
 
 Porém, alerta-se que esses tributos possuem, ainda, 
diversos regimes especiais de apuração. 
 
Finalizando, seja sob a opção do Lucro Real como a do 
Lucro Presumido, tanto o PIS-PASEP como o COFINS são 
tributos pagos mensalmente. 
 
 
(6) Fonte: excertos do site 
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/PisPasepCofins/RegInciden
cia.htm - Em 15.11.2007. 
COFINS: LC nº 70 de

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