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CONTESTAÇÃO 4 NEGATIVA DE VÍNCULO

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VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 1
EXMº. SR. DR. JUIZ DA VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE 
ATALAIA – AL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PJe-JT. 0001366-94.2016.5.19.0055 
RECLAMANTE: D. S. DOS S.. 
RECLAMADA: COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA. 
REF. CONTESTAÇÃO. 
 
COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA., pessoa 
jurídica de direito privado, sediada na ......., nr., bairro....., Maceió – 
AL, inscrita no CNPJ. sob o nº. ......., por seu representante legal o 
SR........, brasileiro, casado, comerciante, CPF sob o nº. ...., 
portador do RG nº. ......, por sua advogada legalmente constituída, 
conforme instrumento procuratório anexo, vem, perante V. Exª., 
apresentar, tempestivamente, a sua CONTESTAÇÃO, de acordo 
com o art. 847 da CLT c/c art. 336 do CPC, à pretensão autoral 
deduzida por D. S. DA S. pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos: 
 
DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 106, I e 1003 
DO CPC: 
Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao 
advogado: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu 
número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 2
nome da sociedade de advogados da qual participa, para o 
recebimento de intimações; grifei 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público 
são intimados da decisão. Grifei 
 
Ad cautelam, para maior segurança processual, requer 
o Reclamante que, quando forem realizadas notificações – 
utilizando-se do teor contido no art. 106, inciso I e art. 1003, ambos 
do CPC – sejam esta encaminhadas para o endereço abaixo, tudo 
objetivando o ilibado e célere andamento processual. 
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, 
sala 32, Poço, Maceió-AL. CEP.: 57.020-580. 
 
1. PRELIMINARMENTE. 
 
1.1. DA ILEGITIMIDADE AD CAUSAM – DA INEXISTÊNCIA DE 
VÍNCULO EMPREGATÍCIO – CARÊNCIA DE AÇÃO – 
INDEFERIMENTO DA INICIAL. 
 
Requer a Reclamada/Litisconsorte, desde já, a extinção 
do processo sem julgamento de mérito, de conformidade com o art. 
337, inciso XI, do CPC, uma vez que o Reclamante não tem como 
nunca teve vínculo empregatício com a Litisconsorte, sendo parte 
totalmente ilegítima para pleitear qualquer diferença de verba 
rescisória contra a mesma. 
Isto porque o Reclamante na realidade possui vínculo 
empregatício com a Reclamada principal – A.C DA SILVA 
USINAGEM E CALDEIRARIA-ME, conforme afirmado e provado 
através da cópia de sua CTPS, em sua exordial, devendo a 
Litisconsorte ser excluída do pólo passivo da Reclamatória. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 3
Vale notar que a exordial deve ser indeferida, também, 
sob o pálio do art. 330, inciso II, do CPC, aplicado ao processo 
trabalhista ante a previsão do art. 769, da CLT. Acerca disto, 
vejamos o que diz o art.330, inciso II, do CPC: 
“Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
omissis; 
II – quando a parte for manifestamente ilegítima.” 
 
Destarte, a Litisconsorte é parte totalmente ilegítima 
para figurar no pólo passivo da presente relação processual, uma 
vez que não tem responsabilidade nos supostos direitos exposto na 
exordial; bem como carece de ação o Reclamante por não ter 
titularidade para o presente pleito. 
O Reclamante jamais manteve com a ora Litisconsorte 
uma relação empregatícia, ou seja, NUNCA exerceu trabalho 
subordinado de forma contínua e habitual. 
Na realidade foi contratado um serviço de manutenção 
de maquinários entre a Reclamada principal e a 
Litisconsorte/COPRA, onde o Reclamante acompanhou o seu 
empregador como ajudante da Reclamada principal que recebeu 
pelos serviços executados. 
O trabalho exercido pelo Reclamante era de 
exclusividade da parte Reclamada/principal, não havendo 
subordinação jurídica, nem continuidade ou qualquer tipo de 
jornada de trabalho que caracterizasse o vínculo empregatício, nas 
condições previstas nos art. 2º e 3º, ambos da CLT, nem tampouco 
responsabilidade subsidiária, nos termos da Súmula 331 do TST. 
Disto, pois, deverá advir a extinção do processo sem 
julgamento de mérito e o reconhecimento, por este Juízo, da 
carência de ação, excluindo da lide processual a Litisconsorte; 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 4
indeferindo a peça vestibular, de acordo com art. 485, incisos IV e 
VI, do NCPC, aplicado de forma subsidiária ao Processo do 
Trabalho (art. 769 da CLT). 
1.2. Inépcia e indeferimento da inicial. 
 
O Reclamante é carecedor da presente ação de acordo, 
com o disposto no artigo 17 do NCPC, devendo assim ser 
declarada, nos termos do artigo 485, inciso VI do CPC, por lhe faltar 
interesse e legitimidade, em razão de que pleiteia direitos que não 
tem, como alegado na exordial, em nome da Litisconsorte. 
O Reclamante, ao ajuizar a reclamatória trabalhista, 
procedeu de forma não condizente com as normas do Direito 
Trabalhista Pátrio, vez que não ficou consignada a verdade dos 
fatos, ao contrário, utilizou-se de fatos inexistentes, evasivos e 
sem qualquer arrimo jurídico, ou seja, não provou nenhum dos 
fatos alegados. 
Além disso, de acordo com o artigo 818 da CLT, “A 
prova das alegações, incumbe à parte que a fizer”. 
In casu, o Reclamante alega supostos direitos de horas-
extras, com adicional de 50% e reflexos, bem como diferenças de 
verbas rescisórias, na tentativa de atribuir responsabilidade a 
Litisconsorte, mesmo NÃO tendo vínculo empregatício, nem 
prestado tampouco prestado qualquer serviços com a mesma. 
Nota-se, que o Reclamante NÃO formulou causa de 
pedir que justifique os seus pedidos, em face da Litisconsorte, 
estando à petição inicial totalmente confusa, estando em total 
desarmonia com o art. 319, incisos III e IV do NCPC. 
Diante do exposto, DEVE a presente reclamatória 
trabalhista ser considerada INEPTA, visto que, a Reclamante não 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 5
formulou a causa de pedir que justifique o referido pleito, estando 
em desarmonia com o art. 319, III e IV, do CPC, aplicado de forma 
subsidiária ao Processo do Trabalho, por força do art. 769 da CLT. 
Vale notar que a inicial deve ser indeferida sob o pálio 
do art.330, I, do CPC, cujo teor transcrevemos in verbis: 
“Art. 330. A petição inicial será indeferida: 
I – quando for inepta; 
§ 1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a 
conclusão”. Nossos grifos. 
 
Configurada, portanto, a FALTA DE REQUISITOS do 
art. 330, tais como: FALTA DE CAUSA DE PEDIR, FALTA DE 
FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA, bem como das questões meritórias 
adiante explicitadas, conclui-se pela inépcia da inicial (art.330, § 1º 
e art.337, IV, ambos do CPC), devendo ser declarada a extinção do 
processo sem resolução de mérito, na conformidade do disposto no 
art.354, do CPC, indeferindo a petição inicial (art.485, I, IV CPC). 
Caso Vossa Excelência NÃO acolha as preliminares 
suscitadas, o que sinceramente não espera a Reclamada passa a 
seguir a contestar a referida demanda, em respeito ao princípio da 
impugnação especificada e da eventualidade, nos moldes do art. 
336, do CPC. 
2. DO MÉRITO. 
 
2.1 DAS ALEGAÇÕES DO RECLAMANTE. 
 
Alega o Reclamante que o motivo de incluir a 
Litisconsorte no presente processo é pelo o fato de sempre ter 
trabalhado de forma exclusiva para a mesmo, em suasede, tanto 
no período clandestino, quanto no período de CTPS anotada. Alega 
ainda, que a Litisconsorte se beneficiou de forma direta pelos os 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 6
supostos serviços prestados, sendo responsável subsidiária pelos 
supostos direitos trabalhista. 
Também alega que laborou em dois períodos para a 
Reclamada principal, quais sejam: 
01/10/2013 a 25/01/2014 – período clandestino; 
26/01/2014 a 21/03/2015 - com CTPS anotada; 
01/08/2015 a 10/04/2016 – período clandestino. 
Diz que percebia salário mensal de R$ 800,00 
(oitocentos reais), laborando no seguinte horário: 
De segunda a sábado das 07h30min até às 
18/19/20h00, com 1 (uma) hora para descanso e alimentação, 
laborando mais de 44 horas semanais, sem receber pelas ás 
supostas horas-extras laboradas, com adicional de 50%. 
Alega que laborava em alguns feriados e domingos no 
mesmo horário, sem receber a dobra. 
Diz ainda que a Reclamada/principal, não depositou o 
seu FGTS e nem a multa de 40%, do período clandestino e que não 
recebeu o aviso prévio, por não ter tido a redução de 2 horas ou de 
7 dias corridos. Que não recebeu às férias proporcionais com 1/3, 
13º salário proporcional do período clandestino, requerendo ainda a 
multa do art. 467 e 477 da CLT. 
Por fim, pleiteia indenização de 1(um) salário mínimo 
por mês pelo o suposto acumulo de função, já que foi contratado 
para exercer a função de maçariqueiro e acumulava também a 
função soldador em todo o período laborado. Condenação da 
litisconsorte de forma subsidiária. 
 
Eis, em apertada síntese os fatos alegados pelo 
Reclamante. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 7
2.2. DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
DE RETIFICAÇÃO DE CTPS, HORAS-EXTRAS COM ADICIONAL 
DE 50% E DOBRAS DE DOMINGOS E FERIADOS E SEUS 
REFLEXOS, BEM COMO DIFERENÇAS DE VERBAS 
RESCISÓRIAS. 
Caso Vossa Excelência, não acolha as preliminares 
acima suscitadas, o que não espera a litisconsorte, passa a 
CONTESTAR O MÉRITO, conforme abaixo: 
Como já dito em sede de preliminar, o Reclamante 
NUNCA teve vínculo empregatício com a litisconsorte, apesar de 
alegar em sua exordial que laborou com exclusividade, entro da 
sede da Litisconsorte, sem, contudo, ter elementos que embase à 
sua suposta tese, já que é empregado da Reclamada principal, 
conforme alega em sua petição inicial. 
Não obstante às alegações do Reclamante cabe aqui 
destacar que não há como reconhecer vínculo empregatício, nem 
tampouco responsabilidade subsidiária, entre o Reclamante e a 
Litisconsorte, em relação aos pleitos da exordial, isto porque o 
Reclamante acompanhava o seu empregador na montagem de 
equipamentos industrial da Reclamada e que, após o término do 
serviço o seu empregador/Reclamada recebia pelo o trabalho 
efetuado, de acordo com às notas fiscais em anexo. 
Como já dito alhures, a Litisconsorte contratou os 
serviços da Reclamada principal e não do Reclamante, não 
existindo qualquer responsabilidade a ser atribuída a Litisconsorte, 
como quer o Reclamante, sendo parte totalmente ilegítima para 
figurar no pólo passivo da presente demanda. 
Portanto, ante a AUSÊNCIA de responsabilidade para 
com os direitos do Reclamante, e por não possuir vínculo de 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 8
emprego com o mesmo CONTESTA a Reclamada/Litisconsorte os 
pedidos de retificação de CTPS, acumulo de função, supostos 
pagamentos de horas-extras com adicional de 50%, dobras de 
supostos domingos e feriados laborados, e seus reflexos, bem 
como pagamento de diferenças de verbas rescisórias, FGTS com 
40% de multa, e as multas do art. 467 e 477 da CLT, devendo a 
RECLAMATÓRIA SER JULGADA TOTALMENTE 
IMPROCEDENTE. 
2. 3. DA ADMISSÃO, FUNÇÃO, SALÁRIO E DEMISSÃO. 
O Reclamante afirma que foi admitido pela Reclamada 
principal laborando nos seguintes períodos: 
01/10/2013 a 25/01/2014 – período clandestino; 
26/01/2014 a 21/03/2015 - com CTPS anotada; 
01/08/2015 a 10/04/2016 – período clandestino. 
Diz que percebia salário de R$ 800,00 (oitocentos 
reais), pleiteando anotação em sua CTPS, referente ao labor 
clandestino laborado na Reclamada/principal, bem como, no aviso 
prévio, férias + 1/3, 13º salários e FGTS + 40%. 
Alega que, apesar de ter sido demitido sem justo motivo 
pelo o seu empregador, não recebeu de forma correta os seus 
haveres trabalhistas. 
Não obstantes às alegações supra mencionadas, o que 
na realidade o Reclamante busca é atribuir a responsabilidade no 
pagamento dos seus supostos haveres trabalhistas para a 
Litisconsorte, o que não é possível, uma vez que não houve 
nenhuma contratação para que o Reclamante prestasse serviços 
nas dependências da Litisconsorte de forma exclusiva. 
Como já dito, o que poderia acontecer era o Reclamante 
ter acompanhado o seu empregador, para a montagem de 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 9
equipamentos industrial nas dependências da Reclamada, ocasião 
que a Litisconsorte realizava o pagamento dos serviços prestados 
para a Reclamada principal e única empregadora do Reclamante. 
Portanto, não há como reconhecer qualquer vínculo 
empregatício entre Reclamante e Litisconsorte nem tampouco, 
responsabilidade subsidiária no pagamento de supostos direitos 
trabalhistas, pleiteados em sua petição inicial, nem tampouco 
retificação a ser feita na CTPS do Reclamante. 
Pelo que CONTESTA. 
Pede-se pela IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 
 
2.4. DOS PERÍODOS LABORADOS DE FORMA CLANDESTINA. 
 
No que tange aos períodos laborados, estes foram 
exclusivamente para a Reclamada principal, NÃO tendo a 
Litisconsorte, qualquer responsabilidade, com a anotação de CTPS, 
nem tampouco de suposto direitos trabalhistas e verbas trabalhistas 
ao Reclamante, isto porque ele sempre foi empregado da 
Reclamada, posto que NÃO há relação de emprego entre 
Reclamante e Litisconsorte, nem tampouco responsabilidade 
subsidiária a ser atribuída, uma vez que a Reclamada principal 
prestou alguns serviços na sede da Litisconsorte, na montagem de 
maquinários industrial. 
 Pelo que CONTESTA. 
Portanto, deverá o pleito supra ser julgado 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
2.5. DA ALEGADA JORNADA DE TRABALHO E DAS HORAS-
EXTRAS COM ADICIONAL DE 50% E SEUS REFLEXOS, BEM 
COMO SUPOSTAS DOBRAS NOS DOMINGOS E FERIADOS. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 10
O próprio Reclamante afirma em sua exordial que foi 
empregado da Reclamada principal e que laborava em jornada 
extraordinária de segunda a sábado, das 07h30min até às 
18/19/20h, com intervalo intrajornada de 1 (uma) hora por dia, sem 
a devida percepção de horas extras. 
Alega também que laborava em domingos e feriados, no 
mesmo horário acima declinado, sem, receber pelas às supostas 
horas laboradas e seus reflexos. 
Impugna a Litisconsorte a jornada de trabalho declinada 
na exordial, uma vez que o reclamante NUNCA prestou labor na 
Reclamada, para pleitear as supostas horas-extras. 
Ora, MM. Julgador, como já foi dito o Reclamante não 
laborou para a Litisconsorte, não podendo esta ser responsável 
pela suposta jornada acima declinada, por não ter contratado os 
serviços do Reclamante. 
Desta forma, o pedido de horas extras, com adicional de 
50% e dobras de domingos e feriados, supostamente laborados, e 
suas repercussões legais, são totalmente IMPROCEDENTES. 
Portanto, CONTESTA a Litisconsorte qualquer labor 
extraordinário a ser deferido ao Reclamante e seu respectivo 
adicional, bem como asrepercussões aviso prévio, 13º salário, 
férias + 1/3, RSR e FGTS + 40%, ante o fato do Reclamante NÃO 
laborado para a Litisconsorte. 
3. DA RESCISÃO CONTRATUAL E SUPOSTAS DIFERENÇAS 
DE VERBAS RESCISÓRIAS. 
 
No que tange ao pedido de diferenças de verbas 
rescisórias, mais uma vez razão não assiste ao Reclamante, posto 
que NÃO há relação de emprego entre Reclamante e Litisconsorte, 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 11
nem tampouco serviços prestados, para responsabilizar a 
Litisconsorte no pagamento das ditas verbas rescisórias, assim 
como de aviso prévio com projeção em férias + 1/3, 13º salário e no 
FGTS + 40% de multa. 
Pelo que CONTESTA. 
Portanto, deverá o pleito supra ser julgado 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
 
4. DA INDENIZAÇÃO DO FGTS + MULTA DE 40% E SUAS 
REPERCUSSÕES DO SUPOSTO PERÍODO CLADESTINO E 
HORAS-EXTRAS. 
 
Aduz o Reclamante que não recebeu seu FGTS + multa 
dos 40% (quarenta por cento) com os reflexos aviso prévio, férias + 
1/3, 13º salários, do suposto período clandestino. 
Como já dito, e bastante demonstrado não há como ser 
deferido o respectivo pedido ao Reclamante, uma vez que não 
houve qualquer relação de emprego na Litisconsorte, nem 
tampouco prestação de serviços. Pelo que CONTESTA. 
Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 
 
5. DO ALEGADO ACÚMULO DE FUNÇÃO. 
O Reclamante alega que foi contratado pela a 
Reclamada/principal para exercer a função de maçariqueiro, mas 
que também fazia as atividades de soldador em todo o período 
laborado e que não recebia pelo o acumulo de função, pleiteando o 
recebimento de 1 (um) salário mínimo por mês de todo o período 
laborado. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 12
CONTESTA a Litisconsorte o referido pleito, uma vez 
que NÃO tem nenhuma responsabilidade, sequer, subsidiária, isto 
porque o Reclamante NÃO prestou serviços para a mesma e sim 
para a Reclamada/principal. 
Caso Vossa Excelência no mérito julgue procedente o 
referido pleito, há de se observar que a Litisconsorte, jamais se 
beneficiou desta situação, não tenho tendo nenhuma 
responsabilidade de indenizar o Reclamante, sendo totalmente 
responsável a Reclamada principal. 
Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 
6. DAS MULTAS DOS ART. 467 E 477, DA CLT. 
Mais uma vez o Reclamante não atendeu os requisitos 
imposto na lei – causa de pedir, que justifique os pedidos das 
multas do art. 467 e 477, da CLT, em desfavor da Litisconsorte. 
Devendo os mesmos serem julgados IMPROCEDENTES e também 
pelo fato de existência de vínculo empregatício, nem tampouco 
responsabilidade no pagamento das referidas multas. Pelo 
CONTESTA. 
Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 
7. DA FALTA DE PROVAS. 
Em primeiro lugar e pelo fato mesmo de ser parte 
ilegítima no presente processo, é que o Reclamante não acostou – 
posto que não as têm – provas de suas alegações, conforme se vê 
nos autos. 
Trata-se de obrigação imposta pelo art.787 da CLT, o 
qual reproduzimos in verbis: 
 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 13
 “Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) 
vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se 
fundar”1. Grifos nossos. 
 
Observe-se que a norma supra, corporificada no art.787 
da CLT, não é só um artigo inserto na CLT, mas também um 
princípio – o princípio da concentração dos atos -, onde fica 
vedado às partes deixar de apresentar as provas em que fundam 
suas alegações, sob pena de serem admitidas como verdadeiras as 
alegações da parte adversa. 
Acerca da falta de provas, vejamos a lição de 
Mascardus: 
“Quem não pode provar é como quem nada tem; aquilo que não é 
provado é como se não existisse; não pode ser provado, ou não ser 
é a mesma coisa”2 
 
Destarte, ante a hialina inexistência de provas que 
sustentem as alegações do Reclamante, requer a Litisconsorte seja 
julgado a presente Reclamatória TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
 
8. DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. 
 
A conduta do Reclamante é reprovável, posto que é 
contrário aos conceitos de lealdade, probidade, honestidade, ínsitos 
no direito como princípios que devem nortear todos aqueles que 
tomam parte no processo. 
Neste passo, o mestre uruguaio Eduardo Couture assim 
definiu má-fé: 
“(...) qualificação jurídica da conduta, legalmente sancionada, 
daquele que atua em juízo convencido de não ter razão, com o 
ânimo de prejudicar o adversário ou terceiro, ou criar obstáculos 
ao exercício do seu direito”3. 
 
1 Idem. Consolidação das Leis do Trabalho. Art.787. 
 
3 Eduardo Couture apud Moacyr Amaral Santos. Primeiras linhas de Direito Processual Civil. 17ª ed. 
2° Vol. São Paulo: Saraiva. Pág. 318/319. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 14
 
O Reclamante, como demonstrado anteriormente, nunca 
teve vínculo empregatício com a Litisconsorte e, mesmo assim, 
aventurou acioná-la nesta Especializada para obter, indevidamente, 
vantagens financeiras. Resta, pois, caracterizada a litigância de má-
fé, na forma do art. 80, incisos II, III, do NCPC. O citado artigo 
assim preceitua: 
“Art.80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I – omissis; 
II – alterar a verdade dos fatos; 
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;”4. 5 
 
Evidencia-se, pois, o ânimo do Reclamante em 
prejudicar a parte adversa para, assim, obter vantagens ilícitas. A 
Justiça do Trabalho não se compra com uma atitude dessas. Assim, 
este MM Juízo deverá aplicar a pena inserta no art.81 do NCPC. 
Destarte, por querer ludibriar a Justiça, o Reclamante 
deverá ser condenado na forma do art. 81 do NCPC, bem como o 
INDEFERIMENTO de todos os pedidos do Reclamante, posto que 
não se alicerçam em bases fáticas, mas em alegações não 
condizentes com a verdade. 
 
9. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
 
Indevidos os honorários advocatícios na Justiça do 
Trabalho, uma vez que não foram atendidas as disposições da Lei 
n° 5.584/70 e da Súmulas 219 e 229 do TST. 
O pleito deverá, pois, ser julgado TOTALMENTE 
IMPROCEDENTE. 
 
 
5 Brasil. Código de Processo Civil. Art. 17 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 15
10. DOS DESCONTOS INERENTES AO INSS E IMPOSTO DE 
RENDA. 
 
Requer, ad cautelam, que no caso de uma eventual 
condenação, o que se admite apenas ad argumentandum tantum, 
que seja a Reclamada/Litisconsorte autorizada a proceder aos 
descontos inerentes ao INSS e ao Imposto de Renda, na forma da 
lei. 
Referente a retenção do Imposto de Renda na Fonte, o 
que preceitua a Lei n° 8.212, de 29.08.1991, no seu art. 27, seja 
determinado por V. Exª, que seja abatido de qualquer crédito 
supostamente devido a Reclamante. 
Deverá ser procedida a retenção relativa à contribuição 
previdenciária nos termos dos arts. 20, 43, 44, da Lei n° 8.212/91, 
hoje com nova redação dada pela Lei n° 8.620/93. 
11. DO VALOR DA CAUSA. 
 
O Reclamante, não obstante NÃO ter prestado serviços 
a Litisconsorte, bem como NÃO tendo vínculo empregatício com a 
mesma, ainda pleiteia um VALOR ALTÍSSIMO E DE FORMA 
HIPOTÉTICA, além de ser totalmente FANTASIOSO E ABSURDO, 
ou seja, o valor de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). Ora, resta 
mais que evidenciada a litigância de má-fé, pois a todo custo o 
Reclamante almeja obter vantagens financeiras da 
Reclamada/Litisconsorte. 
Portanto, CONTESTA a Reclamada o valor atribuído á 
causa pelo o Reclamante,por ser totalmente desprovido de arrimo 
jurídico para á sua sustentação. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 16
Assim, este Novel Juízo, além de julgar 
IMPROCEDENTE in totum a exordial, deverá aplicar a pena 
prevista no art. 81 do CPC, uma vez que resta caracterizada a 
litigância de má-fé. 
Em face dos argumentos acima expendidos e dos 
documentos acostados, deverá este Novel Juízo julgar o valor 
supra, ora combatido, TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
Pelo que CONTESTA. 
12. DAS PROVAS. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas 
admitidas em direito, especialmente: documentos, testemunhas, e 
demais provas que se fizerem necessárias ao bom andamento do 
presente processo. 
13. DO PEDIDO. 
 
Ex positis, REQUER a Reclamada/Litisconsorte que 
sejam acolhidas as preliminares suscitadas, caso Vossa Excelência 
não acolha as preliminares, que no mérito seja a presente 
Reclamação Trabalhista ora combatida JULGADA TOTALMENTE 
IMPROCEDENTE, nos termos desta contestação. 
Ao tempo que IMPUGNA todos os documentos 
acostados na exordial pelo Reclamante, devendo ser aplicada, 
também, a penalidade prevista no art. 81 do CPC pelo fato do 
Reclamante estar litigando de má-fé. 
Deverá ainda ser condenado o Reclamante nas custas 
processuais e honorários advocatícios, estes no importe de 20% 
(vinte por cento) sobre a condenação, por ser este um ato da mais 
lídima JUSTIÇA! 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
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Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Maceió, 27 de junho de 2016. 
 
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES. 
ADVOGADA – OAB/AL 5.543. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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