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VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 1 EXMº. SR. DR. JUIZ DA VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE ATALAIA – AL. PJe-JT. 0001366-94.2016.5.19.0055 RECLAMANTE: D. S. DOS S.. RECLAMADA: COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA. REF. CONTESTAÇÃO. COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA., pessoa jurídica de direito privado, sediada na ......., nr., bairro....., Maceió – AL, inscrita no CNPJ. sob o nº. ......., por seu representante legal o SR........, brasileiro, casado, comerciante, CPF sob o nº. ...., portador do RG nº. ......, por sua advogada legalmente constituída, conforme instrumento procuratório anexo, vem, perante V. Exª., apresentar, tempestivamente, a sua CONTESTAÇÃO, de acordo com o art. 847 da CLT c/c art. 336 do CPC, à pretensão autoral deduzida por D. S. DA S. pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 106, I e 1003 DO CPC: Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 2 nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; grifei Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. Grifei Ad cautelam, para maior segurança processual, requer o Reclamante que, quando forem realizadas notificações – utilizando-se do teor contido no art. 106, inciso I e art. 1003, ambos do CPC – sejam esta encaminhadas para o endereço abaixo, tudo objetivando o ilibado e célere andamento processual. Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, Maceió-AL. CEP.: 57.020-580. 1. PRELIMINARMENTE. 1.1. DA ILEGITIMIDADE AD CAUSAM – DA INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO – CARÊNCIA DE AÇÃO – INDEFERIMENTO DA INICIAL. Requer a Reclamada/Litisconsorte, desde já, a extinção do processo sem julgamento de mérito, de conformidade com o art. 337, inciso XI, do CPC, uma vez que o Reclamante não tem como nunca teve vínculo empregatício com a Litisconsorte, sendo parte totalmente ilegítima para pleitear qualquer diferença de verba rescisória contra a mesma. Isto porque o Reclamante na realidade possui vínculo empregatício com a Reclamada principal – A.C DA SILVA USINAGEM E CALDEIRARIA-ME, conforme afirmado e provado através da cópia de sua CTPS, em sua exordial, devendo a Litisconsorte ser excluída do pólo passivo da Reclamatória. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 3 Vale notar que a exordial deve ser indeferida, também, sob o pálio do art. 330, inciso II, do CPC, aplicado ao processo trabalhista ante a previsão do art. 769, da CLT. Acerca disto, vejamos o que diz o art.330, inciso II, do CPC: “Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: omissis; II – quando a parte for manifestamente ilegítima.” Destarte, a Litisconsorte é parte totalmente ilegítima para figurar no pólo passivo da presente relação processual, uma vez que não tem responsabilidade nos supostos direitos exposto na exordial; bem como carece de ação o Reclamante por não ter titularidade para o presente pleito. O Reclamante jamais manteve com a ora Litisconsorte uma relação empregatícia, ou seja, NUNCA exerceu trabalho subordinado de forma contínua e habitual. Na realidade foi contratado um serviço de manutenção de maquinários entre a Reclamada principal e a Litisconsorte/COPRA, onde o Reclamante acompanhou o seu empregador como ajudante da Reclamada principal que recebeu pelos serviços executados. O trabalho exercido pelo Reclamante era de exclusividade da parte Reclamada/principal, não havendo subordinação jurídica, nem continuidade ou qualquer tipo de jornada de trabalho que caracterizasse o vínculo empregatício, nas condições previstas nos art. 2º e 3º, ambos da CLT, nem tampouco responsabilidade subsidiária, nos termos da Súmula 331 do TST. Disto, pois, deverá advir a extinção do processo sem julgamento de mérito e o reconhecimento, por este Juízo, da carência de ação, excluindo da lide processual a Litisconsorte; VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 4 indeferindo a peça vestibular, de acordo com art. 485, incisos IV e VI, do NCPC, aplicado de forma subsidiária ao Processo do Trabalho (art. 769 da CLT). 1.2. Inépcia e indeferimento da inicial. O Reclamante é carecedor da presente ação de acordo, com o disposto no artigo 17 do NCPC, devendo assim ser declarada, nos termos do artigo 485, inciso VI do CPC, por lhe faltar interesse e legitimidade, em razão de que pleiteia direitos que não tem, como alegado na exordial, em nome da Litisconsorte. O Reclamante, ao ajuizar a reclamatória trabalhista, procedeu de forma não condizente com as normas do Direito Trabalhista Pátrio, vez que não ficou consignada a verdade dos fatos, ao contrário, utilizou-se de fatos inexistentes, evasivos e sem qualquer arrimo jurídico, ou seja, não provou nenhum dos fatos alegados. Além disso, de acordo com o artigo 818 da CLT, “A prova das alegações, incumbe à parte que a fizer”. In casu, o Reclamante alega supostos direitos de horas- extras, com adicional de 50% e reflexos, bem como diferenças de verbas rescisórias, na tentativa de atribuir responsabilidade a Litisconsorte, mesmo NÃO tendo vínculo empregatício, nem prestado tampouco prestado qualquer serviços com a mesma. Nota-se, que o Reclamante NÃO formulou causa de pedir que justifique os seus pedidos, em face da Litisconsorte, estando à petição inicial totalmente confusa, estando em total desarmonia com o art. 319, incisos III e IV do NCPC. Diante do exposto, DEVE a presente reclamatória trabalhista ser considerada INEPTA, visto que, a Reclamante não VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 5 formulou a causa de pedir que justifique o referido pleito, estando em desarmonia com o art. 319, III e IV, do CPC, aplicado de forma subsidiária ao Processo do Trabalho, por força do art. 769 da CLT. Vale notar que a inicial deve ser indeferida sob o pálio do art.330, I, do CPC, cujo teor transcrevemos in verbis: “Art. 330. A petição inicial será indeferida: I – quando for inepta; § 1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: I – lhe faltar pedido ou causa de pedir; III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão”. Nossos grifos. Configurada, portanto, a FALTA DE REQUISITOS do art. 330, tais como: FALTA DE CAUSA DE PEDIR, FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA, bem como das questões meritórias adiante explicitadas, conclui-se pela inépcia da inicial (art.330, § 1º e art.337, IV, ambos do CPC), devendo ser declarada a extinção do processo sem resolução de mérito, na conformidade do disposto no art.354, do CPC, indeferindo a petição inicial (art.485, I, IV CPC). Caso Vossa Excelência NÃO acolha as preliminares suscitadas, o que sinceramente não espera a Reclamada passa a seguir a contestar a referida demanda, em respeito ao princípio da impugnação especificada e da eventualidade, nos moldes do art. 336, do CPC. 2. DO MÉRITO. 2.1 DAS ALEGAÇÕES DO RECLAMANTE. Alega o Reclamante que o motivo de incluir a Litisconsorte no presente processo é pelo o fato de sempre ter trabalhado de forma exclusiva para a mesmo, em suasede, tanto no período clandestino, quanto no período de CTPS anotada. Alega ainda, que a Litisconsorte se beneficiou de forma direta pelos os VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 6 supostos serviços prestados, sendo responsável subsidiária pelos supostos direitos trabalhista. Também alega que laborou em dois períodos para a Reclamada principal, quais sejam: 01/10/2013 a 25/01/2014 – período clandestino; 26/01/2014 a 21/03/2015 - com CTPS anotada; 01/08/2015 a 10/04/2016 – período clandestino. Diz que percebia salário mensal de R$ 800,00 (oitocentos reais), laborando no seguinte horário: De segunda a sábado das 07h30min até às 18/19/20h00, com 1 (uma) hora para descanso e alimentação, laborando mais de 44 horas semanais, sem receber pelas ás supostas horas-extras laboradas, com adicional de 50%. Alega que laborava em alguns feriados e domingos no mesmo horário, sem receber a dobra. Diz ainda que a Reclamada/principal, não depositou o seu FGTS e nem a multa de 40%, do período clandestino e que não recebeu o aviso prévio, por não ter tido a redução de 2 horas ou de 7 dias corridos. Que não recebeu às férias proporcionais com 1/3, 13º salário proporcional do período clandestino, requerendo ainda a multa do art. 467 e 477 da CLT. Por fim, pleiteia indenização de 1(um) salário mínimo por mês pelo o suposto acumulo de função, já que foi contratado para exercer a função de maçariqueiro e acumulava também a função soldador em todo o período laborado. Condenação da litisconsorte de forma subsidiária. Eis, em apertada síntese os fatos alegados pelo Reclamante. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 7 2.2. DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DE RETIFICAÇÃO DE CTPS, HORAS-EXTRAS COM ADICIONAL DE 50% E DOBRAS DE DOMINGOS E FERIADOS E SEUS REFLEXOS, BEM COMO DIFERENÇAS DE VERBAS RESCISÓRIAS. Caso Vossa Excelência, não acolha as preliminares acima suscitadas, o que não espera a litisconsorte, passa a CONTESTAR O MÉRITO, conforme abaixo: Como já dito em sede de preliminar, o Reclamante NUNCA teve vínculo empregatício com a litisconsorte, apesar de alegar em sua exordial que laborou com exclusividade, entro da sede da Litisconsorte, sem, contudo, ter elementos que embase à sua suposta tese, já que é empregado da Reclamada principal, conforme alega em sua petição inicial. Não obstante às alegações do Reclamante cabe aqui destacar que não há como reconhecer vínculo empregatício, nem tampouco responsabilidade subsidiária, entre o Reclamante e a Litisconsorte, em relação aos pleitos da exordial, isto porque o Reclamante acompanhava o seu empregador na montagem de equipamentos industrial da Reclamada e que, após o término do serviço o seu empregador/Reclamada recebia pelo o trabalho efetuado, de acordo com às notas fiscais em anexo. Como já dito alhures, a Litisconsorte contratou os serviços da Reclamada principal e não do Reclamante, não existindo qualquer responsabilidade a ser atribuída a Litisconsorte, como quer o Reclamante, sendo parte totalmente ilegítima para figurar no pólo passivo da presente demanda. Portanto, ante a AUSÊNCIA de responsabilidade para com os direitos do Reclamante, e por não possuir vínculo de VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 8 emprego com o mesmo CONTESTA a Reclamada/Litisconsorte os pedidos de retificação de CTPS, acumulo de função, supostos pagamentos de horas-extras com adicional de 50%, dobras de supostos domingos e feriados laborados, e seus reflexos, bem como pagamento de diferenças de verbas rescisórias, FGTS com 40% de multa, e as multas do art. 467 e 477 da CLT, devendo a RECLAMATÓRIA SER JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 2. 3. DA ADMISSÃO, FUNÇÃO, SALÁRIO E DEMISSÃO. O Reclamante afirma que foi admitido pela Reclamada principal laborando nos seguintes períodos: 01/10/2013 a 25/01/2014 – período clandestino; 26/01/2014 a 21/03/2015 - com CTPS anotada; 01/08/2015 a 10/04/2016 – período clandestino. Diz que percebia salário de R$ 800,00 (oitocentos reais), pleiteando anotação em sua CTPS, referente ao labor clandestino laborado na Reclamada/principal, bem como, no aviso prévio, férias + 1/3, 13º salários e FGTS + 40%. Alega que, apesar de ter sido demitido sem justo motivo pelo o seu empregador, não recebeu de forma correta os seus haveres trabalhistas. Não obstantes às alegações supra mencionadas, o que na realidade o Reclamante busca é atribuir a responsabilidade no pagamento dos seus supostos haveres trabalhistas para a Litisconsorte, o que não é possível, uma vez que não houve nenhuma contratação para que o Reclamante prestasse serviços nas dependências da Litisconsorte de forma exclusiva. Como já dito, o que poderia acontecer era o Reclamante ter acompanhado o seu empregador, para a montagem de VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 9 equipamentos industrial nas dependências da Reclamada, ocasião que a Litisconsorte realizava o pagamento dos serviços prestados para a Reclamada principal e única empregadora do Reclamante. Portanto, não há como reconhecer qualquer vínculo empregatício entre Reclamante e Litisconsorte nem tampouco, responsabilidade subsidiária no pagamento de supostos direitos trabalhistas, pleiteados em sua petição inicial, nem tampouco retificação a ser feita na CTPS do Reclamante. Pelo que CONTESTA. Pede-se pela IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 2.4. DOS PERÍODOS LABORADOS DE FORMA CLANDESTINA. No que tange aos períodos laborados, estes foram exclusivamente para a Reclamada principal, NÃO tendo a Litisconsorte, qualquer responsabilidade, com a anotação de CTPS, nem tampouco de suposto direitos trabalhistas e verbas trabalhistas ao Reclamante, isto porque ele sempre foi empregado da Reclamada, posto que NÃO há relação de emprego entre Reclamante e Litisconsorte, nem tampouco responsabilidade subsidiária a ser atribuída, uma vez que a Reclamada principal prestou alguns serviços na sede da Litisconsorte, na montagem de maquinários industrial. Pelo que CONTESTA. Portanto, deverá o pleito supra ser julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 2.5. DA ALEGADA JORNADA DE TRABALHO E DAS HORAS- EXTRAS COM ADICIONAL DE 50% E SEUS REFLEXOS, BEM COMO SUPOSTAS DOBRAS NOS DOMINGOS E FERIADOS. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 10 O próprio Reclamante afirma em sua exordial que foi empregado da Reclamada principal e que laborava em jornada extraordinária de segunda a sábado, das 07h30min até às 18/19/20h, com intervalo intrajornada de 1 (uma) hora por dia, sem a devida percepção de horas extras. Alega também que laborava em domingos e feriados, no mesmo horário acima declinado, sem, receber pelas às supostas horas laboradas e seus reflexos. Impugna a Litisconsorte a jornada de trabalho declinada na exordial, uma vez que o reclamante NUNCA prestou labor na Reclamada, para pleitear as supostas horas-extras. Ora, MM. Julgador, como já foi dito o Reclamante não laborou para a Litisconsorte, não podendo esta ser responsável pela suposta jornada acima declinada, por não ter contratado os serviços do Reclamante. Desta forma, o pedido de horas extras, com adicional de 50% e dobras de domingos e feriados, supostamente laborados, e suas repercussões legais, são totalmente IMPROCEDENTES. Portanto, CONTESTA a Litisconsorte qualquer labor extraordinário a ser deferido ao Reclamante e seu respectivo adicional, bem como asrepercussões aviso prévio, 13º salário, férias + 1/3, RSR e FGTS + 40%, ante o fato do Reclamante NÃO laborado para a Litisconsorte. 3. DA RESCISÃO CONTRATUAL E SUPOSTAS DIFERENÇAS DE VERBAS RESCISÓRIAS. No que tange ao pedido de diferenças de verbas rescisórias, mais uma vez razão não assiste ao Reclamante, posto que NÃO há relação de emprego entre Reclamante e Litisconsorte, VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 11 nem tampouco serviços prestados, para responsabilizar a Litisconsorte no pagamento das ditas verbas rescisórias, assim como de aviso prévio com projeção em férias + 1/3, 13º salário e no FGTS + 40% de multa. Pelo que CONTESTA. Portanto, deverá o pleito supra ser julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 4. DA INDENIZAÇÃO DO FGTS + MULTA DE 40% E SUAS REPERCUSSÕES DO SUPOSTO PERÍODO CLADESTINO E HORAS-EXTRAS. Aduz o Reclamante que não recebeu seu FGTS + multa dos 40% (quarenta por cento) com os reflexos aviso prévio, férias + 1/3, 13º salários, do suposto período clandestino. Como já dito, e bastante demonstrado não há como ser deferido o respectivo pedido ao Reclamante, uma vez que não houve qualquer relação de emprego na Litisconsorte, nem tampouco prestação de serviços. Pelo que CONTESTA. Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 5. DO ALEGADO ACÚMULO DE FUNÇÃO. O Reclamante alega que foi contratado pela a Reclamada/principal para exercer a função de maçariqueiro, mas que também fazia as atividades de soldador em todo o período laborado e que não recebia pelo o acumulo de função, pleiteando o recebimento de 1 (um) salário mínimo por mês de todo o período laborado. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 12 CONTESTA a Litisconsorte o referido pleito, uma vez que NÃO tem nenhuma responsabilidade, sequer, subsidiária, isto porque o Reclamante NÃO prestou serviços para a mesma e sim para a Reclamada/principal. Caso Vossa Excelência no mérito julgue procedente o referido pleito, há de se observar que a Litisconsorte, jamais se beneficiou desta situação, não tenho tendo nenhuma responsabilidade de indenizar o Reclamante, sendo totalmente responsável a Reclamada principal. Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 6. DAS MULTAS DOS ART. 467 E 477, DA CLT. Mais uma vez o Reclamante não atendeu os requisitos imposto na lei – causa de pedir, que justifique os pedidos das multas do art. 467 e 477, da CLT, em desfavor da Litisconsorte. Devendo os mesmos serem julgados IMPROCEDENTES e também pelo fato de existência de vínculo empregatício, nem tampouco responsabilidade no pagamento das referidas multas. Pelo CONTESTA. Pede-se a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pleitos supra. 7. DA FALTA DE PROVAS. Em primeiro lugar e pelo fato mesmo de ser parte ilegítima no presente processo, é que o Reclamante não acostou – posto que não as têm – provas de suas alegações, conforme se vê nos autos. Trata-se de obrigação imposta pelo art.787 da CLT, o qual reproduzimos in verbis: VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 13 “Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar”1. Grifos nossos. Observe-se que a norma supra, corporificada no art.787 da CLT, não é só um artigo inserto na CLT, mas também um princípio – o princípio da concentração dos atos -, onde fica vedado às partes deixar de apresentar as provas em que fundam suas alegações, sob pena de serem admitidas como verdadeiras as alegações da parte adversa. Acerca da falta de provas, vejamos a lição de Mascardus: “Quem não pode provar é como quem nada tem; aquilo que não é provado é como se não existisse; não pode ser provado, ou não ser é a mesma coisa”2 Destarte, ante a hialina inexistência de provas que sustentem as alegações do Reclamante, requer a Litisconsorte seja julgado a presente Reclamatória TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 8. DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A conduta do Reclamante é reprovável, posto que é contrário aos conceitos de lealdade, probidade, honestidade, ínsitos no direito como princípios que devem nortear todos aqueles que tomam parte no processo. Neste passo, o mestre uruguaio Eduardo Couture assim definiu má-fé: “(...) qualificação jurídica da conduta, legalmente sancionada, daquele que atua em juízo convencido de não ter razão, com o ânimo de prejudicar o adversário ou terceiro, ou criar obstáculos ao exercício do seu direito”3. 1 Idem. Consolidação das Leis do Trabalho. Art.787. 3 Eduardo Couture apud Moacyr Amaral Santos. Primeiras linhas de Direito Processual Civil. 17ª ed. 2° Vol. São Paulo: Saraiva. Pág. 318/319. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 14 O Reclamante, como demonstrado anteriormente, nunca teve vínculo empregatício com a Litisconsorte e, mesmo assim, aventurou acioná-la nesta Especializada para obter, indevidamente, vantagens financeiras. Resta, pois, caracterizada a litigância de má- fé, na forma do art. 80, incisos II, III, do NCPC. O citado artigo assim preceitua: “Art.80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I – omissis; II – alterar a verdade dos fatos; III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;”4. 5 Evidencia-se, pois, o ânimo do Reclamante em prejudicar a parte adversa para, assim, obter vantagens ilícitas. A Justiça do Trabalho não se compra com uma atitude dessas. Assim, este MM Juízo deverá aplicar a pena inserta no art.81 do NCPC. Destarte, por querer ludibriar a Justiça, o Reclamante deverá ser condenado na forma do art. 81 do NCPC, bem como o INDEFERIMENTO de todos os pedidos do Reclamante, posto que não se alicerçam em bases fáticas, mas em alegações não condizentes com a verdade. 9. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Indevidos os honorários advocatícios na Justiça do Trabalho, uma vez que não foram atendidas as disposições da Lei n° 5.584/70 e da Súmulas 219 e 229 do TST. O pleito deverá, pois, ser julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 5 Brasil. Código de Processo Civil. Art. 17 VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 15 10. DOS DESCONTOS INERENTES AO INSS E IMPOSTO DE RENDA. Requer, ad cautelam, que no caso de uma eventual condenação, o que se admite apenas ad argumentandum tantum, que seja a Reclamada/Litisconsorte autorizada a proceder aos descontos inerentes ao INSS e ao Imposto de Renda, na forma da lei. Referente a retenção do Imposto de Renda na Fonte, o que preceitua a Lei n° 8.212, de 29.08.1991, no seu art. 27, seja determinado por V. Exª, que seja abatido de qualquer crédito supostamente devido a Reclamante. Deverá ser procedida a retenção relativa à contribuição previdenciária nos termos dos arts. 20, 43, 44, da Lei n° 8.212/91, hoje com nova redação dada pela Lei n° 8.620/93. 11. DO VALOR DA CAUSA. O Reclamante, não obstante NÃO ter prestado serviços a Litisconsorte, bem como NÃO tendo vínculo empregatício com a mesma, ainda pleiteia um VALOR ALTÍSSIMO E DE FORMA HIPOTÉTICA, além de ser totalmente FANTASIOSO E ABSURDO, ou seja, o valor de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). Ora, resta mais que evidenciada a litigância de má-fé, pois a todo custo o Reclamante almeja obter vantagens financeiras da Reclamada/Litisconsorte. Portanto, CONTESTA a Reclamada o valor atribuído á causa pelo o Reclamante,por ser totalmente desprovido de arrimo jurídico para á sua sustentação. VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 16 Assim, este Novel Juízo, além de julgar IMPROCEDENTE in totum a exordial, deverá aplicar a pena prevista no art. 81 do CPC, uma vez que resta caracterizada a litigância de má-fé. Em face dos argumentos acima expendidos e dos documentos acostados, deverá este Novel Juízo julgar o valor supra, ora combatido, TOTALMENTE IMPROCEDENTE. Pelo que CONTESTA. 12. DAS PROVAS. Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, especialmente: documentos, testemunhas, e demais provas que se fizerem necessárias ao bom andamento do presente processo. 13. DO PEDIDO. Ex positis, REQUER a Reclamada/Litisconsorte que sejam acolhidas as preliminares suscitadas, caso Vossa Excelência não acolha as preliminares, que no mérito seja a presente Reclamação Trabalhista ora combatida JULGADA TOTALMENTE IMPROCEDENTE, nos termos desta contestação. Ao tempo que IMPUGNA todos os documentos acostados na exordial pelo Reclamante, devendo ser aplicada, também, a penalidade prevista no art. 81 do CPC pelo fato do Reclamante estar litigando de má-fé. Deverá ainda ser condenado o Reclamante nas custas processuais e honorários advocatícios, estes no importe de 20% (vinte por cento) sobre a condenação, por ser este um ato da mais lídima JUSTIÇA! VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS Dra. Maria José Vasconcelos Torres 17 Nestes Termos, Pede Deferimento. Maceió, 27 de junho de 2016. MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES. ADVOGADA – OAB/AL 5.543. AV. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, CEP.: 57.025-580. Maceió_AL. E-mail: mariajtorres.adv@gmail.com – Fones(82) 3326-1328. Cel. 99301-1149.
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