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AO JUÍZO DE DIREITO DA__ VARA DA COMARCA DE CAMPINA
GRANDE/PB
Processo nº xxxxxxxxx
Acusado: TÍCIO
TÍCIO, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado
que esta subscreve, vem, perante Vossa Excelência, apresentar: ALEGAÇÕES
FINAIS, com arrimo no artigo 403, do Código de Processo Penal.
I- DOS FATOS
O requerente foi preso em flagrante no dia 25 de maio de 2019, em
virtude da suposta prática das condutas tipificadas no art. 14 da Lei
10.826/2003.
Segundo a guarnição o mesmo não estava portando nenhum
possível armamento, ora o mesmo tinha acabado de sair de uma festa nas
imediações. Voltando para averiguar o local onde o promovente foi preso a
guarnição se depara com uma arma e já se deduz que seja do promovente.
II- DO MÉRITO
Embora os elementos amealhados no curso da investigação
tenham servido de lastro para a propositura de ação penal, tais indícios,
quando submetidos ao contraditório, não se transmudam num arcabouço firme
apto a ensejar um decreto condenatório em desfavor do acusado, de maneira
que a sua absolvição é o único caminho a ser trilhada, consoante a
argumentação perfilhada adiante.
III- DO DELITO PREVISTO NO ARTIGO 14 DA LEI 10.826/2003:
Em que pese à denúncia oferecida pelo representante do parquet
ter embasamento em depoimentos testemunhais ocasionados por flagrante
delito, será devidamente comprovado conforme a vir ser demonstrado nessa
defesa, que, a arma relatada na acusatória, não se encontrava na posse do
acusado no momento da abordagem, pelo contrário, a referida arma estava
fora do alcance do acusado e em nenhum momento foi mencionado o acusado
portando ou em posse da arma.
No momento da abordagem, o acusado não portava nenhuma
arma, sendo inclusive relatado pela guarnição que o acusado caiu em solo e
não portava nenhuma arma. Ademais, consoante relato na peça informativa o
inquérito, que ele não estava com arma, apenas foi pego nas proximidades que
foi apreendida uma arma.
O artigo 386, V, do Código de Processo Penal é categórico ao
afirmar que a hipótese constante dos autos é caso de absolvição, senão
vejamos:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na
parte dispositiva, desde que reconheça:
(...) Omissis
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a
infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de
2008)
A hipótese trazida no texto legal acima invocado retrata-se a
evidência da existência de um fato criminoso, contudo, no caso em tela não
restou cabalmente demonstrado que o denunciado é autor do fato delituoso.
A realidade construída através das provas colhidas, quais sejam,
o denunciado não foi encontrado na posse direta da arma, no processo
expressa merecimento por parte do acusado de obter a absolvição, uma vez
não se tendo construído um universo sólido de evidências contra sua pessoa.
Sendo assim, os elementos probatórios carreados nos autos não
demonstram ter o acusado, de qualquer forma, contestado para a prática da
infração penal, devendo ser absolvido.
Insta salienta, ainda que não é possível afirmar com certeza que o
denunciado era proprietário ou estava na posse do objeto do crime, uma vez
que nada de ilícito foi encontrado com ele quando na abordagem policial, assim
como a fala, uma vez que, repise-se o denunciado não foi encontrado com a
arma.
IV- DA APLICAÇÃO DO IN DUBIO PRO REO
Caso o entendimento de Vossa Excelência seja diverso, postula-se
pela aplicação do artigo 386, VII do Código de Processo Penal, senão vejamos:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na
parte dispositiva, desde que reconheça:
(...) Omissis
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
Conforme é cediço, é dever da acusação provar os fatos narrados
na denúncia, contudo, no caso em tela, a acusação não se desincumbiu do
ônus inalbergável de provar os fatos narrados na denúncia, uma vez que, não
restou cabalmente demonstrado que o denunciado não cometeu o ato ilícito.
Desta feita, se a acusação se propõe a provar um fato e, ao término
da instrução, existe dúvida razoável sobre sua existência, não pode declará-lo
como provado, devendo tal evento ser considerado inexistente e não provado,
aplicando-se a sentença absolutória do inciso VII.
Sobre o tema a jurisprudência já se manifestou, senão vejamos:
Apelação criminal 01. Condenação. Artigo 35, cabeça (1º
fato), artigo 33, cabeça (2º fato) e artigo 33, § 1º, inciso II
(3º fato), todos da Lei 11.343/06, e artigo 244-B da Lei nº
8.069/90 (4º fato). Absolvição do delito de furto (5º fato).
Insurgência do órgão ministerial. Pleito condenatório.
Impossibilidade. Inexistência de certeza. Dúvida quanto à
autoria delitiva. Apelo conhecido, porém, desprovido. 1.
Tendo em vista não ter sido demonstrada, de maneira
indene de dúvidas, a existência da certeza necessária à
prolação do decreto condenatório, a manutenção da
sentença absolutória em relação ao crime de furto é
medida que se impõe, em homenagem ao princípio do .in
dubio pro reo Apelação Criminal 02. Condenação. Artigo
35, cabeça (1º fato), artigo 33, cabeça (2º fato) e artigo
33, § 1º, inciso II (3º fato), todos da Lei 11.343/06, e artigo
244-B da Lei nº 8.069/90 (4º fato). Absolvição do crime de
associação para o tráfico. Não há acolhimento.
Estabilidade e permanência evidenciadas.
Prescindibilidade de prova da efetiva corrupção para
caracterização do delito tipificado no artigo 244-B do
Estatuto da Criança e do Adolescente. Reforma do
processo de dosagem da pena. Aplicabilidade da
minorante do tráfico privilegiado aos delitos tipificados no
artigo 33 da Lei de Drogas. Impossibilidade.
Incompatibilidade com crime do artigo 35 do mesmo
diploma normativo. Modificação do regime inicial de
cumprimento da pena em razão da detração.
Descabimento. Instituto que não se presta a modificar o
regime já fixado pelo juízo sentenciante. Substituição da
pena. Impossibilidade. Não preenchimento dos requisitos
legais (artigo 44, do Código Penal). Apelo conhecido,
porém, não provido. 1. A existência de denúncias
anônimas aliada a prova oral colhida no decorrer da
instrução criminal evidencia todas as elementares do tipo
penal insculpido no artigo 35, da Lei de Drogas, tornando
inviável o acolhimento do pleito absolutório. Já decidiu o
Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso
repetitivo, inclusive (tema 221), que o delito do artigo
244-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente
prescinde de prova da efetiva corrupção do menor. A
exacerbação da reprimenda em razão da natureza e
quantidade da droga apreendida é suficiente à elevação
da pena básica em um oitavo (1/8), em consonância com
o que determina o artigo 42, da Lei 11.343/2006. Não se
presta o instituto da detração à alteração do regime inicial
de cumprimento de pena fixado na instância O não
preenchimento dos requisitos a quo estabelecidos no
artigo 44, do Código Penal obsta o acolhimento da
pretensão de ver substituída a pena privativa de liberdade
pela restritiva de direitos. (TJPR - 5ª C.Criminal -
0000979-76.2017.8.16.0120 - Nova Fátima - Rel.: Rogério
Etzel - J. 28.02.2019)
Destarte, diante da insuficiência probatória, posto que a acusação
não conseguiu demonstrar que os fatos efetivamente ocorreram para que
pudessem imputar a prática delituosa ao acusado, não conseguindo,
consequentemente, demonstrar que fora a conduta do denunciado que causou
a lesão ao bem juridicamente protegido, que ressai dos autos, a pretensão
punitiva merece ser julgada improcedente.
V- DO PEDIDO
a) Ante todo o exposto, requer-se a IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO
PUNITIVA deduzida pelo Ministério Público, para absolver o requerente, com
fulcro no art. 386, V ou VII, do Código de Processo Penal.
Termos em que,
Espera deferimento.
Campina Grande-PB, 01 de Outubro de 2021.
ADVOGADO
xxx
OAB/PB
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