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19.11.TCC unisa.marta.naty

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UNIVERSIDADESANTO AMARO
CUROS DE SERVIÇO SOCIAL
IEDA BETHANIA PRATES
MARTA MARIA DA SILVA
NATALIA CRISTINA RAFAEL
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO COM ALZHEIMER
São Paulo
2017
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IEDA BETHANIA PRATES
MARTA MARIA DA SILVA
NATALIA CRISTINA RAFAEL
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO COM ALZHEIMER
Monografia de TCC apresentada como exigência para obtenção do título de bacharel em Serviço Social da Universidade de Santo Amaro. 
Orientador: Prof. Henrique Manuel Carvalho silva
São Paulo
2017
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IEDA BETHANIA PRATES
MARTA MARIA DA SILVA
NATALIA CRISTINA RAFAEL
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO COM ALZHEIMER
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade de Santo Amaro – UNISA, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Prof. Esp. Henrique Manoel Carvalho Silva
São Paulo, ____ de_______________ de 2017.
Banca Examinadora
​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​________________________________
Prof. Esp. Henrique Manoel Carvalho Silva
________________________________
Prof. Me. Emanuel Jones Xavier Freitas�
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RESUMO
Esta pesquisa consiste em um trabalho de conclusão de curso, requisito para obtenção de título em bacharel de Serviço Social. Possui o objetivo geral apresentar reflexões embasadas em estudos bibliográficos, acerca do da intervenção profissional a pessoa idosa com Alzheimer, sob os objetivos específicos, de compreender o atendimento do profissional frente a demanda; Identificar as Políticas Públicas direcionadas as pessoa idosa com Alzheimer; Apresentar o acesso as Políticas e a atuação do assistente social com relação à autonomia e convivência social do idoso com DA. A metodologia de pesquisa é a bibliográfica. A bibliográfica se utiliza da fonte de autores que debatam a temática proposta e que possam contribuir com as reflexões do estudo. Um dos maiores avanços referente aos direitos dos idosos foi o Estatuto do Idoso (2003), essa Política Pública de Proteção e Promoção dos direitos da pessoa idosa, veio fortalecer o processo de envelhecimento pelo qual passa a população brasileira. O tema pode contribuir ao Serviço Social, por meio das bases teóricas, aprimorando a atuação profissional neste campo.
Palavra-Chave: Idoso com Alzheimer, Serviço Social, Políticas Públicas.
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ABSTRACT
This research consists of a course completion work, requisite for obtaining a bachelor's degree in Social Work. It has the general objective to present reflections based on bibliographical studies, about the professional intervention of the elderly person with Alzheimer, under the specific objectives, to understand the care of the professional against the demand; Identify the Public Policies directed towards the elderly with Alzheimer; To present the access to the Policies and the work of the social worker regarding the autonomy and social coexistence of the elderly with AD. The research methodology is bibliographical. The bibliography is used from the source of authors who debate the proposed theme and who can contribute with the reflections of the study. One of the major advances regarding the rights of the elderly was the Elderly Statute (2003), this Public Policy for the Protection and Promotion of the Rights of the Elderly, reinforced the aging process through which the Brazilian population passes. The theme can contribute to Social Service, through the theoretical bases, improving the professional performance in this field.
Keywords: Alzheimer's disease, Social work, Public policies.
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SUMÁRIO
7INTRODUÇÃO	�
11CAPÍTULO 1 – A DOENÇA ALZHEIMER E OS IDOSOS	�
111.1.	Conceitos do Envelhecimento e Perspectiva de Vida	�
121.1.2.  Política Social e Estatuto do Idoso no Brasil	�
131.2.	Políticas Publicas	�
131.2.1.	Saúde	�
141.2.2.	Em Situação de Violência e Abandono	�
141.2.3.	Quanto ao Transportes Coletivos	�
141.2.4.	A Cerca da Assistência	�
141.2.5.	Lazer cultura e Esporte	�
151.2.6.	Em relação ao Trabalho	�
151.2.7.	Na área da Habitação	�
151.3.	A Compreensão do Envelhecimento com Doença de Alzheimer	�
181.3.1.	Contexto familiar e o Idoso com DA	�
21CAPÍTULO 2 – SERVIÇO SOCIAL UMA PROFISSÃO EM TRANSFORMAÇÃO	�
212.1. Serviço Social: Um breve histórico	�
292.2. O Serviço Social na Atualidade	�
342.3. A Intervenção do Assistente Social com os idosos com Doença de Alzheimer	�
39CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
42REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem apresentar reflexões embasadas em estudos bibliográficos, acerca das políticas públicas direcionadas a pessoa idosa com Doença de Alzheimer (DA), compreendendo o atendimento do profissional do Serviço Social diante desta demanda. Para atender o objetivo serão realizadas pesquisas bibliográficas autores que abordam o tema referente aos serviços o qual o idoso necessita percorrer para receber atendimento. 
Com o crescimento da população idosa no Brasil, os olhos governamentais vêm se direcionando a esta população referente a elaboração das políticas públicas e sociais. A preocupação com as atividades de recreação e lazer para idosos e o convívio familiar, como expressão das redes de suporte das relações sociais, tem estado em debate em conferencias e seminários.
 A elaboração das Políticas Públicas, tem o objetivo de promover a socialização dos idosos com DA, de forma especifica, visando à amizade e criação de laços sociais; reduzir os efeitos agravantes através da mobilização das habilidades mentais e do exercício físico; participar de trabalhos de grupo contribuindo com, seu entrosamento pessoal. 
É neste contexto que a atuação do assistente social especializada, irá contribuir, o trabalho aborda as atribuições do Serviço Social no atendimento a esta população, e também a tentativa de promover teoricamente. Informações que possam proporcionar embasamento teórico para o profissional do Serviço Social facilitando a compreensão desta demanda.
O aumento da expectativa de vida é uma realidade mundial. O Brasil acompanha essa mudança na pirâmide etária da população idosa. No entanto, essa expectativa de vida vem aumentando de uma maneira acelerada e o país não está preparado para suprir a demanda de cuidados e atenção presente nessa população. No cenário da pessoa com DA não é diferente. O envelhecimento atípico e precoce na maioria dos casos requer uma visão diferenciada no atendimento a esse público, afirma Fávero (2004), “deficiência intelectual encontramos uma diversidade de tipos e graus de comprometimento que requerem um estudo sobre as necessidades específicas de cada pessoa”.
Dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, indica que houve um aumento na expectativa de vida do idoso, porém a pessoa com DA é perceptível a presença de prejuízos relacionados à sua funcionalidade envolvendo alterações da autonomia e independência da inclusão desse público em equipamentos e redes da sua comunidade. Apesar dos dados apresentarem precisão, é visível que a população idosa com DA não foge a essa tendência. O Censo Demográfico de 2012 destaca que 47 milhões de pessoas afirmam ter alguma deficiência, uma porcentagem de quase 26% da população brasileira, sendo 3.910.025 com deficiência intelectual (BRASIL, 2010, p.132). As relações sociais na velhice dessa população requerem um melhor delineamento, Costa (1998) afirma que na velhice as relações sociais incluem os amigos, filhos, netos, desta forma, é possível envolver a pessoa com DA em uma rede de relações de proteção, cuidados e inclusão social. Essa relação social pode contribuir não só para uma melhor assistência, mas contribui de maneira direta com o envelhecimento bem sucedido. Atualmente, no Brasil, existem, por volta de 15 milhões de pessoas com maisde 60 anos de idade, porém 6% delas sofrem da DA, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ, 2008).
Há legislações que fornecem diretrizes à defesa e proteção dos direitos sociais dos idosos, como exemplo, o Estatuto do Idoso, que dispõem do direito à vida no capítulo I:
Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente. Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. (ESTATUTO DO IDOSO, 2013, p. 48)
A partir do Estatuto do Idoso (2003), houve um avanço significativo no que tange as Políticas Públicas para pessoa idosa, e com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (2015), obtivemos outro marco importante foi a Lei 7.713 /88 que garante a pessoa com DA, acesso aos seus direitos. Sabe-se que para as pessoas idosas existem as Políticas Públicas que garantem seus direitos, contudo, essas políticas públicas em conjunto com socialização vivida pelo idoso com DA, vem proporcionar melhor qualidade de vida ao mesmo, porém a pergunta é: Qual a intervenção do assistente social na qualidade de vida do idoso com Alzheimer, parte-se da hipótese de que o atendimento a este idoso, necessita de aprimoramento profissional, conhecimento dobre a doença e disseminação informativa a familiares e pacientes, assim compreender e promover melhor os cuidados. A DA é avaliada como uma demência inserida no patamar das doenças graves, desta forma, diversos são os benefícios concedidos aos seus portadores. 
O objetivo do estudo é apresentar reflexões embasadas em estudos bibliográficos, acerca do atendimento do Serviço Social com o idoso com DA. Compreender o atendimento do profissional diante desta demanda; Identificar as Políticas Públicas direcionadas as pessoas com DA; Apresentar o acesso as Políticas e a atuação do assistente social com relação à autonomia e convivência social do idoso com DA. 
Um dos maiores avanços referente aos direitos dos idosos foi o Estatuto do Idoso (2003), essa Política Pública de Proteção e Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa, veio fortalecer o processo de envelhecimento pelo qual passa a população brasileira, o interesse pelo tema nasce da observação que se conquistou nas Políticas Públicas para essa população perde-se nas relações sociais, e o atendimento do profissional do Serviço Social se limita diante dos obstáculos de acesso as Políticas Públicas. O tema pode contribuir ao Serviço Social, por meio das bases teóricas, aprimorando a atuação profissional neste campo. 
A metodologia de pesquisa é a bibliográfica. A bibliográfica se utiliza da fonte de autores que debatam a temática proposta, Assim como Leis e Estatutos, que possam contribuir com as reflexões do estudo. Visando a uma melhor compreensão da temática e da pesquisa este trabalho foi estruturado em referencias teóricas como do autor, AGUSTINI, Fernando Coruja que aborda os direitos do idoso e a COSTA, Elizabeth M. que refere sua obra a qualidade de vida no envelhecimento, ARAÚJO, P. B. Alzheimer: idoso, a família e as relações humanas. A Lei 7.713 /88, que refere a legislação do Portador de Alzheimer. Aborda-se, também, uma contextualização sobre as mudanças fisiológicas relativas ao idoso com DA no Brasil e a Proteção Social destes idosos, suas conquistas e garantias, dispostas nas legislações, e leis de proteção social e Políticas Públicas direcionadas a estes idosos.
O trabalho foi desmembrado em dois capítulos, o primeiro aborda o conceito de envelhecimento e perspectiva de vida deste idoso com DA, apresentando as Políticas Públicas e Sociais direcionadas ao idoso, a Proteção do Estatuto do Deficiente em conjunto com o Estatuto do Idoso e a compreensão do idoso com DA. No segundo capítulo, apresenta brevemente a trajetória do Serviço Social até a atualidade, compreendendo a intervenção profissional diante desta demanda, por fim as considerações finais mostrando os resultados obtidos com a conclusão do trabalho.
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CAPÍTULO 1 – A DOENÇA ALZHEIMER E OS IDOSOS
Conceitos do Envelhecimento e Perspectiva de Vida
Envelhecer é um processo natural da vida, se caracterizando em mudanças físicas, psicológicas e sociais, o envelhecimento é entendido como parte integrante e fundamental na trajetória da vida de cada ser (FACCHINI, 2006). Nada difere dos deficientes intelectuais no ocorrente envelhecimento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), define como idoso, a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos e prevê que em 2025 o número de idosos no planeta será superior ao número de crianças. Em 1995 já eram 578 milhões. Na Itália já tem mais pessoas acima 65 anos o que menores de 15 anos, a estimativa é de que até a primeira metade do século XXI os demais países industrializados chegarem a esse patamar (BRASIL, 2017) 
Ao falar do envelhecimento, observamos um grande desafio no atendimento dos atuais serviços de saúde pública. O envelhecimento dos deficientes intelectuais, tem se mostrado um fenômeno a ser pesquisado, por estar ocorrendo de forma intensa, pois a sociedade não consegue se reorganizar para lidar com essa nova demanda, seja no setor social, saúde ou político. Para Araujo (2011), esse potencial pode ser constatado por dados estatísticos que conferem o crescimento desta população, Atualmente existem cerca de 15 milhões de brasileiros com mais de 60 anos de idade com deficiência intelectual, e possivelmente em 2020 será de 15% a mais. Entende-se que o envelhecimento, deve ser com qualidade, com ações preventivas frente a doenças crônicas. Essas doenças muitas vezes estão associadas a mudanças, com agravamento aos idosos com deficiência intelectual, pois os mesmos já passaram a vida com cuidados especiais. No envelhecimento isso tende a ser mais preciso. 
O Brasil também vem passando por essa transição no seu perfil populacional, com o significativo aumento da população idosa, Porém, nas últimas décadas, o aumento da expectativa de vida de pessoas com deficiência intelectual foi mais significativo do que aquele apontado na população em geral. 
A condição humana exige que o indivíduo idoso embora exista e aja como um ser autônomo, faça isso somente porque ele possa primeiramente identificar a si mesmo como algo mais amplo, como um membro de uma sociedade, grupo, classe, estado ou nação, de algum espaço ao qual ele reconheça intimamente incluso (LOW, 2008). O idoso encontra-se em constante fragilidade, pois o envelhecimento se associa ao isolamento social, suas perdas materiais e dos amigos, fatores que consequentemente levam o idoso a sofrimento emocional, ele próprio se enxerga como um ser causador de transtornos aos familiares. Faleiros (2007), relata que o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos. O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza bem como é necessário existir a proteção da família, sociedade e Estado.
Segundo Flores (2010, p. 71), “Mesmo que haja algum tipo de dependência, a autonomia pode ser vivenciada no cotidiano do idoso, a partir do momento em que os profissionais consideram as suas escolhas e lhe dão liberdade para agir”, para o autor, é preciso saber identificar a autonomia do idoso como referência na sua experiência de vida, o idoso tem suas próprias convicções e desrespeitara-las é desrespeitar sua autonomia.
 
1.1.2.  Política Social e Estatuto do Idoso no Brasil 
Na década de 1970, quando o ministro do trabalho e Previdência Social promulgou a primeira medida normalizadora de Assistência aos idosos, dispôs aos benefícios do sistema Previdenciário, porém passaram-se 20 anos para que fosse sancionada a Lei 8842/1994, dispondo sobre a Política Nacional do Idoso que é regida pelos princípios de proteção, onde a Família, a Sociedadee o Estado, tem a obrigação de assegurar ao idoso dignidade e bem estar. O idoso não pode sofrer discriminação, deve ser respeitado no processo de envelhecimento: O principal objetivo desta política é 
Assegurar os direitos sociais do Idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, prevendo ações governamentais nas áreas de promoção e assistência social, saúde, educação, trabalho e previdência Social, habitação e urbanismo, justiça e cultura, esporte e lazer (MONMA, 2005, p. 13)
Porém, para a formação desta política faz-se necessário a definição clara do aporte de recursos financeiros para sua execução diante do grande número de idosos ainda desassistidos, todos os direitos incluem qualquer característica do idoso, seja portador de deficiência ou não. 
O artigo 5º da Política Nacional do Idoso, compete aos órgãos responsáveis pela assistência e promoção Social, coordenação desta política concomitante a participação dos conselhos nacionais e estaduais do Distrito Federal e municípios. Contudo mesmo diante dessas garantias percebeu-se a necessidade de ampliar os direitos dos idosos, sendo assim em 2004, foi elaborado através da lei 10.741, o Estatuto do Idoso, expandindo os direitos da pessoa com mais de 60 anos. 
O Estatuto do Idoso, é mais específico que a Política Nacional do Idoso, e constitui de penalidades árduas em caso de desrespeito ao idoso. Monma (2009, p. 15), afirma que “a velhice, precisa ser enfrentada como jornada parte da trajetória da vida, com suas possibilidades e limites, e não o fim da mesma”. Ressalta, que entre as dificuldades de enfrentar a velhice como realidade, o fato de que a sociedade sempre viu a velhice de forma negativa, como algo ruim, prestem a ruir e que só traz prejuízos. A autora se atenda a necessidade de quebrar este tabu e reconstruir a imagem negativa tornando-a positiva, como parte da trajetória da vida. 
É preciso expor a valorização desta população, tornando possível assumir tranquilamente o envelhecimento e buscando-se como identidade social. O texto da Constituição de 1988, aborda o avanço nos direitos sociais; Lei 8842/1994 – Política Nacional do Idoso, onde nela há um conjunto de ações governamentais com o objetivo de assegurar os direitos sociais dos idosos; Lei 10741/2003 – Estatuto do Idoso onde representa um marco fundamental na luta pelos direitos da pessoa idosa (BRASIL, 2017)
Políticas Publicas
O campo de proteção à terceira idade é um dos modelos que mais frisa a necessidade de uma "intersetorialidade" na ação pública, pois a Política Nacional do Idoso só pode ser concretizada no setor das políticas sociais setoriais, através da articulação entre os segmentos como, saúde, assistência social, educação, habitação, trabalho e previdência social, justiça, cultura, esporte e lazer, com finalidade de cumprimento das suas responsabilidades como, formular, coordenar, supervisionar e avaliar as ações executadas.
Saúde
A papel da saúde atua, é de promover, prevenir, proteger e recuperar a saúde do idoso, por meio de programas e medidas de tratamentos, pois através do Sistema Único de Saúde (SUS) o atendimento à saúde se torna universal a população em geral.
Postulando o artigo 15° referente o direito á saúde, o estado tem obrigação no fornecimento de remédios incluindo os de usos continuo e de alto custo, assim como outros recursos referentes ao tratamento de habilitação ou reabilitação e ao atendimento especializado por meio do Sistema único de Saúde- SUS sem qualquer discriminação.
 
 Em Situação de Violência e Abandono 
Toda e qualquer forma de negligencia, violência, discriminação, crueldade ou opressão contra o idoso, quem o fizer estará sujeito a pena de 6 meses a 1 ano de reclusão, além de multa, assim como a forma de abandono nos ambientes hospitalares pelas famílias, sem a supressão das necessidades básicas podem ser condenadas à pena de 6 meses de 3 anos de detenção e multa, em casos de idosos reprimidos a condição desumana, ausência de alimentos, proteção, higiene, caso o idoso venha a falecer, exerce o agravo da pena de até 12 anos de reclusão. E 1 ano de reclusão para quem usurpar de bens do idoso.
 
 Quanto ao Transportes Coletivos 
O artigo 39 refere-se ao transporte, o idoso maior de 65 anos (sessenta e cinco) anos está isento ao pagamento de tarifas a todas as linhas urbana de ônibus, exceto nos serviços seletivos e especiais, e por lei deverá ter os assentos devidamente reservados e identificados, sendo respeitado pelos motoristas de ônibus que devem atender suas solicitações de embarque e desembarques. 
 A Cerca da Assistência 
Foi regulamentada através da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei n°8.742/93), que constitui o Benefício de Prestação Continuada. No artigo 20, que consiste no repasse de um salário mínimo mensal dirigido ás pessoas idosas que pertence as famílias com renda Per Capita ou inferior a ¼ do salário mínimo. Entretanto,1988 a idade estabelecida passou para 67 anos e em 2004 para 65 anos de idade. Silva (2006) destaca que o grau de seletividade que existe na LOAS faz com que muitos idosos não sejam incluídos no beneficio.
 
 Lazer cultura e Esporte 
 O esporte, o lazer e a cultura são importantes na vida humana, especialmente na vida do idoso, desta forma é essencial que tenha garantia de participar de eventos culturais, favorecendo o acesso aos locais, por meio de descontos. É necessário que haja uma permanência quanto as memórias e experiências dos idosos, como forma de manter a identidade cultural. O esporte e o lazer são principais fontes de promoção a uma melhor qualidade de vida ao idoso.
Apontando o artigo 20° que refere a Educação, Cultura, Esporte e Lazer, o idoso tem direito no acesso ao ensino fundamental gratuito, ser apoiado na inclusão a universidades A Educação precisa estar inserida na grade curricular no modelo de teores direcionados para o método de envelhecimento, de forma a abolir preconceitos e proporcionar informações sobre o assunto, a educação também necessita abordar temas de gerontologia e a geriatria, incluindo a criação de universidades para a terceira idade, de modo que elabore ações para agregar este público na sociedade.
 
Em relação ao Trabalho 
O idoso tem direito ao trabalho sem que sofre discriminação ou barreira por limite máximo de idade, sendo possível de punição quem o fizer. Na esfera do trabalho e previdência social, é preciso criar e estimular programas, para aprontar o idoso para sua aposentadoria, para suportar impactos e se organizar nessa nova etapa de sua vida.
 
Na área da Habitação 
 A habitação precisa abranger em seus programas, formas de melhoras nas habilidades, adaptando-as a pessoa na terceira idade, considerando sua condição física, mantendo um espaço transitável ao mesmo com suas limitações, ampliando da moradia ao meio urbano, incluindo transportes.
O idoso tem o direito da reserva de 3% em construções residenciais parceiro dos programas habitacionais financiados pelos recursos públicos.
A Compreensão do Envelhecimento com Doença de Alzheimer
Compreender a velhice é algo complexo, vários fatores se juntam e a constitui muitas vezes em contextos negativos, tirando a pessoa da sua rotina independente, lhe impossibilitando bem-estar e qualidade de vida. Porém para O entendimento sobre o fenômeno referente a Doença de Alzheimer é algo novo e muito debatido atualmente, é importante reconhecer os sintomas para se intervir no processo comportamental das pessoas deficientes. Segundo Araujo (2011), a Doença de Alzheimer não se limita nos fatores orgânicos pois ela ainda é uma interrogativa na investigação das deficiências. É importante ressaltar que as pessoas com a Doença de Alzheimer compõem um grupo uniforme, que é caracterizada pela união de diversosproblemas de saúde.
Desta forma, entende-se que a Doença de Alzheimer não é uma doença, mas a ausência de aptidão intelectual em determinadas áreas, de acordo com a habilidade de cada indivíduo. 
A Doença de Alzheimer não pode ser considerada simplesmente uma doença, e sim uma condição. É de suma importância que a família e a sociedade proporcione ao idoso com a Doença de Alzheimer, ambiente de desenvolvimento e bem-estar. (FERNANDES; AGUIAR, 2010, p. 5).
A Doença de Alzheimer, é uma doença degenerativa que devasta células do cérebro gradativamente. O seu nome vem de Aloïs Alzheimer, um psiquiatra e neuropatologista alemão que, em 1906, foi o pioneiro na discrição dos sintomas, assim como os efeitos neurológicos da doença de Alzheimer, afetando a memória e o funcionamento mental, como pensamento e a fala, mas é possível ocorrer outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço (OLIVEIRA, et al, 2005).
De início os sintomas são bem sutis, como um esquecimento simples, raciocínio lento, passando despercebido pela família e até mesmo pessoa com DA, já que esta se encontra no processo de envelhecimento, tais sintomas são comuns neste período. Porém conforme a progressão da doença, os sintomas tornam-se cada momento mais fortes, interferindo no trabalho, atividades domésticas e sociais, consequentemente, passa a ser totalmente dependente dos outros, a doença de Alzheimer não é infecciosa nem contagiosa, ela é terminal, devido as graves complicações de saúde, como a pneumonia, que é considerada a pior degradação da saúde, “quanto mais a Doença de Alzheimer progride mais fragilizado fica seu sistema imunológico, ocasionando perda de peso e infecções pulmonares” (OLIVEIRA, et al, 2005, p. 88). 
Não se pode afirmar que exista um grupo específico de risco, apenas que há pessoas mais sugestíveis a desenvolver a doença, não sendo originada de uma única causa, possivelmente nasce de uma combinação de fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. Aproximadamente uma entre vinte pessoas com mais de 65 anos tem a Doença de Alzheimer, e entre mil pessoas com menos 65 anos desenvolvem a doença (BRASIL, 2016). Apesar que, no processo de envelhecimento, existe a tendência ao esquecimento, idosos de 80 anos continuam lúcidos, portanto não necessariamente a idade avançada é motivar de desencadear a doença. Porém as doenças que surgem na velhice podem contribuir.
Normalmente a doença atinge mais as mulheres que os homens, no entanto, as mulheres vivem mais, se os homens vivessem no mesmo período, talvez estivessem na mesma probabilidade de adquirir. A Doença de Alzheimer é hereditária, o normal, é que metade dos filhos de pais com a doença, vão desenvolve-la em torno dos 35 anos, foi constatado uma ligação entre o cromossoma 21 e a doença de Alzheimer crianças com a síndrome de Down virão a desenvolver a doença (OTTO, FARIAS, 2015).
A doença de Alzheimer é um tipo de demência, progressiva e irreversível, com possibilidade de retardar os sintomas, porém não de origem comum de fatores as outras formas de demência. No entanto as causas permanecem desconhecidas, os cuidados com medicamento e exercícios físicos podem auxiliar na qualidade de vida do indivíduo (OTTO, FARIAS, 2015).
O ciclo de vida do idoso com DA tem um encaixe todo particular, sua idade intelectual, suas relações sociais e culturais são extremamente baixas, comparada ao normal. E esse processo pode piorar na trajetória de envelhecimento. Durante a vida a pessoa cria laços afetivos e sociais e na velhice é esperado a continuidade destes, porém a pessoa com DA em meio ao convívio social, vai depender exclusivamente da sua relação como o externo, de como se comportará diante dos outros. Para Prumes (2007, p. 79) “é importante o preparo do idoso com DA, etapa mais complexa, no convívio em sociedade, pois é um direito que todo cidadão possui”. 
Nessa linha de pensamento, observa-se que a relação social da pessoa idosa com DA, é caracterizada pelos papeis sociais a ela impostos, limitando suas atividades em família. Posteriormente esta pessoa sentirá dificuldades de envelhecer com qualidade de vida e perspectivas de manter o processo de habilidades e convívio social. Envelhecer é um processo natural humano. Nesse contexto, é preciso entender que a pessoa idosa com DA envelhece como qualquer outra.
A deficiência representa a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, reflete perturbações em nível de órgão, ela está ligada à incapacidade e à desvantagem. A incapacidade reflete as consequências das deficiências em termos de desempenho e da atividade funcional do indivíduo.
Pode surgir ainda como consequência direta da deficiência, ou, como resposta do indivíduo sobretudo psicológica as deficiências físicas, sensitivas ou outras. A desvantagem diz respeito aos prejuízos que o indivíduo experimenta devido à sua deficiência e à sua incapacidade; refletem, pois, a adaptação dele e a interação com o meio.
Cardozo (2011, p.132), “ressalva que a pessoa idosa com DA é um indivíduo que como outros, necessita aperfeiçoar suas relações interpessoais”, de maneira a apropriar-se de mais autonomia e qualidade de vida.
Com a mudança de paradigma do conceito de deficiência para o de uma condição biopsicossocial, houve uma transformação no modelo de atenção, anteriormente voltado para o sistema, para outro, de suporte centrado no idoso com DA. Para promover uma mudança conceitual, valorizar o modelo de apoio centrado na pessoa e avaliar objetivamente as necessidades de apoio de um indivíduo em atividades.
Um repertório limitado de habilidades socioeducativas, como se verifica a limitação, pode prejudicar o desempenho social, a inclusão social, os cuidados e treinamento dessas habilidades para essa população pode ser um caminho promissor para a conquista ou fortalecimento da competência social, da independência e da cidadania.
Contexto familiar e o Idoso com DA
O processo de transição da família moderna para a contemporânea foi ilustrado de atribuições, enquanto a primeira ainda se configurava na família matrimonializada e patriarcal, onde o homem era supremacia e os casais se mantinham sem nenhum contato de afeto, a segunda quebrava paradigmas, construindo novos modelos de composição familiar, que dava a todos os membros da família o direito participativo das responsabilidades e dos afetos. 
Na trajetória das transformações a família moderna, adquiriu uma nova identidade, consequentemente os valores se modificaram, causando uma revolução em sua administração, derrubando o autoritarismo patriarcal e colocando a mulher em um papel de concorrente dos homens no mercado de trabalho. Havia fatores que levaram a crise cultural e ético, apresentados em uma liberdade inadequada, chocando a moralidade universalizada. Ou seja, mesmo com família organizada democraticamente, a liberdade foi modificada quanto a sua forma adequada de ser, levando a família a desprezar os valores como respeito e confiança. As transformações da família moderna causam desespero e preocupação, pois aqueles que não souberam lidar com esta “liberdade”, sofreram as consequências
Cabe ressaltar que a família sofreu influência de diferentes fatores e instituições destacando, o Estado, a igreja e as formas de economia. Quando refletimos sobre o conceito de família, há uma tendência a naturalização deste termo, ou seja, existe uma identificação do grupo conjugar alguma forma básica, elementar para sua conceituação, com a percepção do parentesco e da divisão e das atribuições de papéis, como fenômenos naturais essa visão sobre família se constituiu ao longo da história e causou alguns obstáculos para se fazer uma análise sobre essa temática.
O autor Aries (1978), fez um percurso pelos diferentes tempos históricos sobre como estavam organizadas as famílias, para que pudéssemos compreender os arranjos familiares na contemporaneidade, e predominantemente, a nuclear e burguesa, para ele a família feudal da idade média tinha comofunção primordial a manutenção da linhagem familiar, com pouca importância para o casamento, desde que a família se tornava parte da linhagem do marido e caso ele morresse, ela era excluída da organização familiar.
Nos últimos anos uma crescente valorização da entidade familiar como tema de pesquisa subsidiária de políticas voltadas para essa entidade “a família é a mais importante instituição de nossas vidas, ela oferece segurança e estabilidade no mundo em rápida transformação” (SARTI, 2005, p. 53), sabe-se que é instituição familiar sempre fez parte integral dos arranjos de proteção social brasileira, em todo o mundo tem colocado em pauta o discurso sobre a importância da família no contexto da vida social.
Manter a qualidade de vida é um dos desafios para a família da pessoa idosa com DA, pois ao envelhecer os cuidados redobram, envelhecer não indica em doenças ou distanciamento social, é necessário que tenha interação por parte dos familiares com o idoso, com qualquer pessoa ao envelhecer suas funções biológicas e físicas se transformam, o idoso com DA, não é diferente, as alterações cognitivas são mais intensas causando incapacidade e limitações. Desta forma a sociedade que antes já era cenário excludente, passa a considerar o idoso com DA invisível (SIQUEIRA, 2010)
Para Siqueira (2010, p.88), “por este e outros motivos que é importante promover o envelhecimento ativo com vida social”. A pessoa idosa com DA, que tem uma vida ativa, não pode ter mudanças, por vezes suas perdas cognitivas aumentam, portanto, devem desenvolver atividades que potencializem um envelhecimento saudável, fortalecendo suas habilidades e favorecendo sua autoconfiança.
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CAPÍTULO 2 – SERVIÇO SOCIAL UMA PROFISSÃO EM TRANSFORMAÇÃO
2.1. Serviço Social: Um breve histórico
O surgimento do Serviço Social�no Brasil deu-se a partir da década de 1930, primeiramente com a iniciativa de grupos particulares, em evidência a ação da Igreja Católica. Sua primeira marca estava atrelada à visão caritativa estabelecida pela Igreja, à benesse, à benemerência.
O projeto profissional dos anos 30 baseava-se na educação da classe operária, fornecendo-lhes regras de bom senso e razões práticas de moralidade, corrigindo-lhes seus preconceitos, ensinando-lhes a racionalidade, disciplinando-os em seus trajes, seus lares, nos orçamentos domésticos, na maneira de pensar. A função do assistente social nesse período – embebido pelo caráter militante católico – encontra-se na missão ideológica da classe dominante, ou seja, na feitura da personalidade do indivíduo de acordo com a visão de mundo da burguesia adaptada sob a forma de certo humanismo cristão (Verdès-LEROUX, 1986, p. 15).
O surgimento do Serviço Social está relacionado com a ampliação e consolidação do modelo de produção capitalista, social, econômico e político do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, agravando cada vez mais as expressões da “Questão Social” fazendo que a classe burguesa articule uma forma de conseguir mecanismo para manter a ordem e a continuidade do seu poder. “O capitalismo, gera o mundo da cisão, da ruptura, da exploração da maioria pela minoria, o mundo em que a luta de classes se transforma na luta pela vida, na luta pela superação da sociedade burguesa” (MARTINELLI, 2005, p.54). A Questão Social é:
(...) conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da produção, contraposto à apropriação privada da própria atividade humana - o trabalho – das condições necessárias à sua realização, assim como de seus frutos. [...] expressa, portanto, disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando em causa as relações entre amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal (IAMAMOTO, 2008, p. 16-17).
A questão social nesta conjuntura expressava à ausência de acesso a educação, saúde, habitação, ou seja, falta do bem-estar social da população. 
[...] a origem do Serviço Social como profissão tem, pois, a marca profunda do capitalismo e do conjunto de variáveis que a ele estão subjacentes – alienação, contradição, antagonismo, pois foi nesse vasto caudal que ele foi engendrado e desenvolvido (MARTINELLI, 2005, p. 66). 
Consequentemente o Serviço Social estava inserido nessa conjuntura e a profissão tinha uma ação profissional completamente sociotécnica, uma atuação profissional norteada por políticas sociais mínimas e buscando o fortalecimento do Estado.
Como outros profissionais, o assistente social insere-se na divisão sociotécnica do trabalho coletivo (IAMAMOTO & CARVALHO, 1993), sendo que suas atividades surgem relacionadas à prestação de serviços no contexto da ampliação progressiva do Estado, na fase monopolista do capitalismo, quando a fração dominante da burguesia busca diversificar suas táticas de controle e reprodução dos processos econômicos, sociais e políticos em curso, visando à garantia de seus próprios interesses (IAMAMOTO & CARVALHO, 1999 apud GOMES; FRANÇA; FERNANDES, 2012, p. 02).
Em 1932 é criado o Centro de Estudos e Ação Social- CEAS, com objetivo de divulgar a doutrina social da igreja, responsável pela formação das primeiras assistentes sociais. O CEAS desenvolvia cursos, cujos assuntos eram sobre a doutrina social da igreja e sobre a ação católica.
O Serviço Social institucionalizou-se no Brasil em 1936. Sua primeira influencia foi europeia e posteriormente, houve motivação norte americana de Mary Elly Richmond. Na conjuntura dessa mesma década, no Brasil, o país era governado por Getúlio Vargas, popularmente conhecido como pai dos pobres, pois governava com paternalismo e assistencialismo.
Em São Paulo, numa conjunção de esforços da nascente burguesia e de setores da própria Igreja Católica havia sido criado, na esteira do movimento constitucionalista de 1932, o Centro de Estudos e Ação Social - CEAS, que desempenhou um importante papel no sentido de qualificar os agentes para a realização da prática social. Nesse Centro, como fruto da iniciativa das cônegas de Santo Agostinho, no Brasil realizou-se o primeiro curso de preparo para o exercício da ação social que, sob a denominação de Curso Intensivo de Formação Social para Moças, foi ministrado pela assistente social belga Adèle de Loneux, da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas (IAMAMOTO, 2011, p.123).
Foi também em 1936, que surgiu em São Paulo, a primeira escola de Serviço Social Esta tinha como embasamento teórico o Neotomismo, o assistente social trabalhava apenas em casos individuais, entendia-se que o problema estava no sujeito, e não na sociedade qual ele estava inserido, portanto, o profissional tinha uma visão moralista, psicologizante, assistencialista e direcionada para a caridade, vinculada ao ideário da igreja católica. .
Como os ensinamentos eram pautados pelo neotomismo, os profissionais andavam de mãos dadas com o Estado e Igreja, acreditando e afirmando que o problema para a pobreza partia do indivíduo e não da questão social, sendo permitido ingressar no curso somente mulheres.
Getúlio Vargas aliado à igreja católica queria impedir que houvessem reivindicações a pedido de melhorias por alimentação, moradia, saúde, ampliando as bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial, por isso a aliança entre as duas entidades. Sua estratégia era passar-se por bondoso, transmitindo a imagem de chefe de Estado que se preocupara com os menos favorecidos. Enquanto defendia os interesses capitalistas, impedia que a classe trabalhadora se reconhecesse como tal a e fortalecia o processo de industrialização.
A mercantilização da Força de Trabalho feminina infantil é considerada uma questão complexa. Sua origem está na situação de "anormalidade social", na desorganização e abandono da família. A mortalidade infantil e abandono do menor, adesagregação moral da família, têm como uma de suas causas principais o "abandono do lar" pela mulher. Mas, se o "chefe da família", em função de suas deficiências individuais, é incapaz de suprir as necessidades mínimas do lar, não restará à mulher e aos filhos mais velhos alternativa (IAMAMOTO, 2014, p. 218-219).
Foi na Inglaterra que iniciou a Revolução Industrial, porém não foi um surgimento repentino, os trabalhadores se expressam em várias transformações no processo de trabalho e na presença de mudanças, como a resistência em forma do movimento ludismo, originou-se de John Ludd, gestor da organização movimentos operários luditas. Eram movimentos que destruíam as propriedades, impediam às contratações de trabalhadores extras, sua rebeldia era relacionada às máquinas que substituíam a mão de obra dos operários, causando desempregos em massa, ou seja, os luditas, reivindicados os direitos sociais.
A inserção de crianças e adolescentes, assim como de mulheres no mercado de trabalho, deriva-se do resultado da questão social: capital X trabalho, que impedia os "chefes de família" de prover o sustento de seus membros. De certa forma, trata-se de uma questão cultural, onde o patriarcalismo se faz presente. 
Nos costumes morais da época, toda a responsabilidade pela criação dos filhos era destinada exclusivamente a mulher, evidenciando o preconceito contra o sexo feminino, pois a responsabilidade de educar os filhos era apenas da mulher e não do casal. Não restara outro meio de sobrevivência diante da situação de pobreza, a não ser, vender sua força de trabalho para promover o sustendo dentro da unidade familiar.
O Serviço Social tem em sua gênese, na sociedade capitalista monopolista, mediante as necessidades da divisão sociotécnica do trabalho, marcado por um conjunto de variáveis que vão desde a alienação, a contradição ao antagonismo. Neste contexto, no Brasil, a expressão da questão social.
Segundo Netto (2007), passou a ser utilizada na terceira década do século XIX e foi conceituado até a metade deste século. A demonstração surge para caracterizar o fenômeno que a Europa Ocidental experimentava, com a industrialização, iniciada na Inglaterra. 
A questão social está diretamente ligada aos desdobramentos sociopolíticos, entretanto na metade do século XIX, com manifestos contra a ordem burguesa, o pauperismo foi nomeado como questão social. Portanto, a questão social está vinculada ao conflito entre o capital e trabalho.
De acordo com Iamamoto (1998): "[...] essa atitude visava principalmente o interesse do Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação" (IAMAMOTO,1998, p. 57). 
Ainda na década de 1930, os controles do Serviço Social por seus primeiros representantes tinham objetivo de manter o crescimento da igreja católica, sendo os primeiros assistentes sociais oriundos da burguesia, (empresários da época). As esposas de políticos eram assistentes sociais que executavam ações pautadas no conservadorismo e "bons costumes" havendo participação lado a lado do Estado e fieis do catolicismo. 
A intervenção do Serviço Social em relação à questão social é caracterizada pelo olhar da Igreja Católica e se individualiza por uma moralidade crítica sobre a problemática. Nessa expectativa assenta-se diante da culpabilidade individual, fatores psicológicos vivenciados pelos sujeitos. (GOMES, 2001, p.3).
Na década de 1940, “o Serviço Social ainda é um projeto embrionário de intervenção profissional”, (SILVA, 2009, p. 25), ou seja, ainda era uma profissão que estava aprendendo como fazer a sua ação profissional. Por conta da falta de maturidade profissional, mas como desejo de ser tecnificar, o Serviço Social brasileiro se aproxima das experiências norte americana, passa a ter o positivismo como teoria metodológica, com finalidade de ajustar o sujeito a sociedade atribuindo culpa ao mesmo pela situação vivenciada. 
[...] embora ainda guardasse uma forte influência de sua origem, como uma abordagem individual apoiada na linha psicanalista. [...], os assistentes norte americanos haviam desenvolvido um novo método de trabalho com grupos. A década de 40 trouxe, porém, uma nova exigência em termo de ampliação desse método para a comunidade (MARTINELLI, 2009, p.132).
Em 1942 surge a Legião Brasileira de Assistência intitulada em primeiro momento a prover assistência às famílias dos trabalhadores recrutados para a 2ª Guerra Mundial e após seu término continuou a existir para ajudar famílias em situação de pobreza (MARTINELLI, 2009)
Em 1° de maio de 1943 criou-se a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural, empenhada a garantir três questões: direitos do trabalhador, Justiça do Trabalho e a organização sindical (MARTINELLI, 2009).
Em 1946, o Serviço Social da Indústria (SESI), com o objetivo de planejar e executar formas que proporcionassem ao trabalhador da indústria bem-estar, partindo do princípio da assistência social através de melhores condições de moradia, nutrição e higiene, desenvolvendo entre os trabalhadores o espírito de solidariedade (MARTINELLI, 2009).
De acordo com Barroco (2008) em 1947 foi instituído o primeiro código de ética, este com uma base filosófica humanista-cristã pautada no neotomismo�, no qual a profissão é tratada como algo hegemônico e a ação profissional é tida como vocação, isto é, como compromisso religioso, ocultando os elementos fundantes da “questão social” contribuindo para a reprodução, percebendo as desigualdades de forma moralizante.
No ano de 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que preconizam e referenciam os direitos de homens e mulheres, assim como crianças e adolescentes, além de proteger por meio de tratados e convenções internacionais de caráter universal, normalmente pactos internacionais de direitos humanos. 
A defesa dos direitos humanos (DH) é uma das prescrições constitutiva dos princípios fundamentais do CE de 1993. A compreensão do significado dos DH no interior do CE supõe a mesma lógica adotada em relação aos valores, isto é, demanda a sua relação com a concepção ética e a direção social do CE. Isso se remete a compreensão histórica dos DH e à necessidade de entender seus limites e possibilidades na sociedade capitalista (Código de Ética do Assistente Social, 2012, p.63).
Entende-se que os anos 40, consolidou-se uma nova direção no campo da profissionalização, o Serviço Social busca se desvincular dos princípios neotomistas para se orientar pelo caminho da sociologia e assim poder responder às novas exigências colocadas pelo mercado. Na mesma década surgem os métodos importados dos Estados Unidos, Serviço Social de Caso mesmo que esse predomine, há espaço para a abordagem grupal, com o Serviço Social de Grupo, cujo objetivo de ambos é a solução dos problemas pessoais, de relacionamento e de socialização. 
Sob este aspecto as ações profissionais dos Assistentes Sociais assumem o campo das políticas sociais como zona de interesse teórico, profissional e político. Em que conforme Iamamoto (2012), “o Assistente Social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais, em particular nas políticas públicas” (IAMAMOTO, 2012, p. 20).
Entretanto, as demandas que são originarias da questão social, o objeto de intervenção do Serviço Social, é o que fundamenta a necessidade da inserção do Serviço Social quanto ao acesso aos direitos, uma vez que, este se estabelece na atualidade um espaço múltiplo de adversidades que remete ao trabalho de intervenção do profissional assistente social (SANTOS 2008).
Em 1950, o assistente social tinha visão acrítica e classista. Além de não se enxergar como classe trabalhadora, não tinha perspectiva crítica sobre a conjuntura daquele século. Tratava a questão social como totalidade, não se preocupando com a singularidade de sujeito,atuando de forma controladora e assistencialista. Em sua atuação, propunham mudanças aos indivíduos que estavam desajustados e fora dos padrões morais e religiosos, com a explicação de que era necessário desenvolver sua personalidade. 
O Serviço Social possuiu papel significativo no processo de desenvolvimento da comunidade, juntamente a outros organismos internacionais, cabendo ao profissional a introduzir nas comunidades o interesse em crescer com o país, sendo assim, os assistentes sociais foram cada vez mais contratados pelo Estado, ampliando então o número de escolas. 
A história da origem do Serviço Social inicia-se coma influência norte-americana, principalmente no que diz respeito à literatura. A junção das ciências sociais norte-americanas com as escolas de Serviço Social repercutiu na organização dos currículos, disciplinas e na crítica de profissional de tentativa de teorização e na emersão de um status profissional que até então a profissão não havia alcançado. 
É notável que as ideias de Mary Richmond e Jane Adams, e as teorias de cunho funcionalista e positivista, ressoaram intensamente sobre as assistentes sociais brasileiras e que muitas foram interpretadas erroneamente quando chegaram ao Brasil, contudo, identificam-se traços reatualizados na prática profissional contemporânea.
O governo de João Goulart, popularmente conhecido como "Jango" tentava introduzir a política do nacionalismo desenvolvimentista para promover melhorias nas condições de vida da população. Não por querer tratar o enfrentamento da questão social juntamente à classe menos favorecida, mas sim por interesses próprios. O objetivo era conter os conflitos sociais que foram desencadeados pelos movimentos comunistas cubanos em 1959, que promoveu reivindicações em toda a América Latina. 
O Movimento de Reconceituação surgiu a partir da década de 1960 e representou uma tentativa da profissão de rever suas ações interventivas. Desde então, iniciou-se o questionamento sob seu referencial teórico-metodológico, bem como seu aparato técnico-operativo e sua postura-política.
Considera que existem quatro “nós” decisivos do processo de renovação do Serviço Social: 1° instauração do pluralismo teórico, ideológico e político no marco profissional; 2° diferenciação das concepções profissionais, com o recurso diversificado a matrizes teórico-metodológicas alternativas (negando a homogeneidade); 3° sintonia da polêmica teórico-metodológica profissional com as discussões em curso no conjunto das ciências sociais; 4° constituição de segmentos de vanguarda (investigação e pesquisa) (NETTO, 2005, p.135).
Nesse período de 1961 a 1964, despertou-se em alguns grupos específicos como, por exemplo: mulheres, camponeses, trabalhadores, intelectuais, cristãos de esquerda que não concordavam com a igreja católica e os defensores do Marxismo a percepção crítica e por isso, protestavam a favor de reforma de base, abrindo espaços para a vertente mudancista. Os assistentes sociais que passaram a seguir a ideologia de Karl Marx foram obrigados a refluir por causa da repressão que a Ditadura Militar estabelecesse a quem fosse contra o sistema.
As três direções eram explicadas através de forma que os remetiam ao pensamento crítico sobre as demandas existentes naquele tempo: Modernizadora remetia o indivíduo diretamente à culpa através dos atendimentos pautados em discursos psicologizantes. A crítica enxergava as pessoas como cidadãos de direitos questionando a conjuntura daquele período; Reatualização do conservadorismo levava aos profissionais entender que cada pessoa é dona de uma história (singularidade).
Os profissionais entendiam que precisavam qualificar e buscar melhorias em suas ações e discursos mudancistas, passando a reconhecer as pessoas como cidadãos de direitos e não mais seres humanos destinados a viverem reprimidos pelo resto de suas vidas. 
A Ditadura Militar no Brasil aconteceu em seguida do golpe de 1964 contra o mandato do Presidente João Goulart. A imprensa e outros políticos apreciaram o golpe de Estado contra o Presidente Legitimado, como uma forma de conter a esquerdização política, pois os movimentos populares realizavam mobilizações e tomava as ruas como palco das lutas de classe.
Segundo Martinelli: "O resultado imediato foi o golpe de Estado de 31 de março de 1964, através do qual se implantava uma nova ditadura no país, destruindo-se de modo abrupto, violento e radical os avanços no processo organizativo das classes populares" (MARTINELLI, 2009, p. 141).
Em meio a esses acontecimentos, os profissionais tentaram romper com o conservadorismo mesmo nesse contexto, organizando 5 seminários que propiciaram a busca de uma nova teorização profissional e o método de Belo Horizonte que indicava ser a saída para as dificuldades na conjuntura profissional. Mesmo com toda essa mobilização não foi possível alcançar com o objetivo esperado. 
O Código de Ética do Serviço Social de 1965 proporcionou a renovação da categoria mesmo em contexto ditatorial, inserindo-os em princípios do pluralismo do profissional, liberalismo e democracia, mas sem desprender-se da influência religiosa. 
• Seminário de Araxá promovido em 1967 em Minas Gerais que via que o Serviço Social precisava de um novo molde através da regulação presente na prática profissional, com discurso orgânico, embasado em outras metodologias de atuação que os levassem ao fim do assistencialismo. 
• Seminário de Teresópolis ocorrido em janeiro de 1970 no Rio de Janeiro que tinha como objetivo romper com a caridade, pautados em intervir na realidade da questão social e outras diretrizes com projeto desenvolvimentista, surgindo então à fenomenologia que os aproximavam do aperfeiçoamento metodológico da profissão.
Em 26 de junho de 1968 aconteceu no Rio de Janeiro o movimento social popularmente chamado e “A Passeata dos 100 mil". Os estudantes clamavam pelo fim da ditadura militar e pela posição que o Estado assumiu ao ser comandado pelos militares. 
Os estudantes questionavam a política de privatização da educação na universidade que exigia pagamento (mensalidade) no ensino superior. Houve repressões a quem se impusesse contra o Estado. Os manifestantes eram estudantes da Universidade de São Paulo (USP) dos cursos de Ciências, Letras e Filosofia que seguiam o comunismo contra os universitários anticomunistas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 
Para Netto (2007), destaca as três grandes perspectivas tendenciais do Serviço Social:  Perspectiva Modernizadora, mudanças significativas do Serviço Social, debate político, agravamento da questão social com o empobrecimento. Perspectiva de Intenção de Ruptura, consolidação do plano ideo-político� e o rompimento com o histórico conservadorismo no Serviço Social. 
Com a revisão do projeto de formação profissional conduzida pela ABESS, e o papel político-organizativo do CFESS/CRESS, destacando-se a elaboração do Código de Ética de 1986, e pôr fim a Perspectiva Reatualização do Conservadorismo, no Serviço Social se faz necessário pontuarmos a denúncia do conservadorismo profissional, iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a influência do movimento de reconceituação do Serviço Social Latino Americano, contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na América latina. 
2.2. O Serviço Social na Atualidade
Um novo Código de Ética do assistente social foi criado em 1986 compostos, pelas vertentes de ruptura do conservadorismo. A profissão ganhou a partir de então, novas características articuladas a luta de classes, havendo definitivamente a clareza de pertencerem a classe trabalhadora.
Significado da Reformulação do Código de 1986, é parte de um movimento iniciado nos anos 1960, que declarou uma renovação da profissão, incentivando o repensar do Serviço Social para a reflexão quanto a prática. Essa reformulação se caracterizou na negação da “neutralidade” profissional, com compromisso de democratizar as informaçõesao usuário, denúncias de falhas institucionais, superação da concepção técnico-imparcial, Superação de uma visão metafísica e idealista do real.
No dia 05 de outubro de 1988 foi promulgada a Constituição Federal, ordinariamente conhecida até os dias atuais como Constituição Cidadã pois reascendeu a democracia no Brasil após a ditadura militar, sendo a Lei Suprema e fundamental que rege todas as leis e políticas sociais além de promover garantias básicas como os direitos à vida, liberdade, igualdade, segurança, propriedade, além de abordar os deveres que todos os cidadãos devem manter compromisso. Somente através de sua promulgação que as crianças e adolescentes deixaram de ser menores e tornaram sujeito de direitos.
Afirmam Behring; Boschetti (2011), “os anos 1980 são conhecidos como a década perdida do ponto de vista econômico, ainda que também sejam lembrados como período de conquistas democráticas, em função das lutas sociais e da Constituição de 1988” (BEHRING; BOSCHETTI 2011, p.138). 
Os avanços da nova Constituição e as marcas repressoras da Ditadura Militar jamais foram apagados, devido ao período ter sido marcado pelo autoritarismo militar que ditava as regras sem olhar para a sociedade, hostilizando aqueles que iam contra o sistema. 
	O Código de Ética do assistente social de 1986 e 1993 representam a ruptura do Serviço Social tradicional, tornando-se novo formato ético-político. O código de 1986 dizia que o profissional formado em Serviço Social deveria atuar em equipe, realizando trabalhos em grupo, pautado em perspectiva coletiva, esquecendo-se da singularidade dos indivíduos, sendo substituído pelo código de 1993. 
Em 1993 é criado novo Código de Ética do assistente social que regulamenta a profissão através da Lei 8.662/93. Sua criação parte do amadurecimento da categoria profissional, após assumir postura crítica e aprimoramento técnico, passando a defender 11 bandeiras de luta: Liberdade, Direitos Humanos, Cidadania, Democracia, Diversidade, Projeto Societário, Pluralismo, Qualidade dos Serviços Prestados, Contrariedade a Discriminação e Articulação com Lutas Emancipatórias.
Esses princípios também se encontram presente em várias regras adotadas pelo Código de Ética do assistente social e sua formulação permite refletir que os assistentes sociais e suas entidades profissionais devem buscar parcerias com movimentos de outras categorias profissionais que tenham identidade com o projeto ético-político do Serviço Social e com a luta dos trabalhadores. Esse princípio nos remete à concepção da necessidade de organização da categoria que ultrapasse os limites do corporativismo, na perspectiva da defesa das lutas coletivas dos trabalhadores (Brasil, Código de Ética do Assistente Social, 2012, p.130).
O assistente social deve unir força com outras categorias profissionais que defendam as mesmas ideologias e lutas emancipatórias, contribuindo com que menos violações de direitos aconteçam através de sua atuação, participando de movimentos contra a discriminação e exploração de crianças e adolescentes inseridos no trabalho infantil ou qualquer outra forma de violência que seja destinado a eles ou a outro cidadão, respeitando acima de tudo os Direitos Humanos.
O Serviço Social terá como um dos importantes compromissos com a política pública na garantia de diretos, através da possibilidade de superação das adversidades vivenciadas pelo usuário e suas famílias (SILVA, 2009). Logo, o Serviço Social no âmbito interventivo atuará em equipes interdisciplinares, mediante a aplicação de diferentes saberes e formações profissionais, na perspectiva de promoção de uma visão de totalidade dos processos sociais. Desta forma, o seu propósito no profissional será o de contribuir com outros profissionais da área, na solução da problemática social presente neste espaço que transcorre também o âmbito das comunidades e o cotidiano das famílias, por meio de encaminhamentos, orientações, informações, projetos, dentre outros, no sentido de promover a cidadania (SANTOS 2008).
Dentro desse, o Serviço Social terá oportunidade de propiciar um novo olhar em relação às problemáticas existentes em entendimento com as realidades vivenciadas pelas instituições de ensino, sendo que a perspectiva do Serviço Social se caracteriza na direção da prevenção e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, trabalhados desde a realização de atividades que proporcionem à promoção da superação da realidade, através do atendimento assistencial articulado a atuação profissional e as famílias, através de discussões de tema relacionado às suas realidades e respectivamente garantir a promoção do conhecimento sobre seus direitos (SILVA, 2009).
Portanto, é importante que o profissional Assistente Social tenha consciência que a sua inserção será traçada nas contradições da sociedade, no que se refere ao controle social de classes e o papel do Estado em relação a garantias de direitos (CRESS, 2017). 
A atuação profissional terá como grande desafio, o trabalho interdisciplinar, além de atuar nas várias facetas sociais cotidianas que estão expressas tanto nas relações externas, como a família e a sociedade, quanto nas relações internas que compõem o espaço profissional, o exercício da profissão exige um sujeito profissional que tenha competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho e suas qualificações e atribuições profissionais requer além das Cortinas institucionais para buscar aprender no movimento da realidade as tendências e possibilidades ali presentes passíveis de serem apropriados pelos profissionais desenvolvidas e transformadas em projetos de trabalho (GERBER, 2011).
As atuações profissionais são processos de configuração da profissão em sua construção e se origina na realidade social concreta, nas relações sociais, nas necessidades e nas expectativas e práticas determinadas, na reconfiguração de tais necessidades na elaboração de novas relações. Então, o Assistente Social se depara com as multiplicidades de diversidades sociais em função do espaço sócio ocupacional em que atua.
Contudo, pode-se afirmar que a competência profissional perpassa pela formação e pelas práticas institucionais cotidianas, no qual o profissional deve ter domínio das suas competências, lembrando que essas dimensões de competências necessitam estar unidos na atuação, pois trabalhar teoria e prática, ainda é desafiador para o profissional.
Quanto à particularidade da influência profissional, em alguns campos de atuação, tendo em vista a intervenção do profissional, em seu bojo, essencialmente é vinculado à garantia dos direitos do cidadão, desta forma, independente das áreas que esteja atuando, o que deve ser sempre priorizado o projeto ético político da profissão (IAMAMOTO, 2009)
Em suma, “é, planejar e executar políticas públicas, assim como programas sociais voltados ao bem-estar e a integração do indivíduo na sociedade” (SOUSA, 2008, p. 123).
Na trajetória do Serviço Social, este já foi avaliado como aptidão, ou até mesmo arte. De modo recente é disposição, trabalho, metodologia compreendido como profissão, uma particularização de atuação na coletividade, inscrita na divisão social e técnica do trabalho (SOUSA, 2008, p. 125).
A prática profissional é medida não apenas pelo fazer cotidiano, mas também pelas determinações históricas, assim como um trabalho concreto de valor social, orientadas por conhecimento e princípios éticos. Faz-se necessário introduzir as competências profissionais enquanto habilidades fundamentais para a garantia de qualificação profissional. A competência da prática do Assistente Social se constrói dentro do contexto no qual está inserida sua atuação e sempre buscam assistente social competente e preocupado com a ampliação de seus direitos sociais universais e contra as desigualdades.
Para Souza (2008)
“A competência é uma construção do sujeito que trabalha numa relação com o contexto no qual estão inseridosnas relações de poder que ainda estão postas fica claro que não é somente necessário à qualificação adquirida na formação teórica metodológica e técnicas, mas algo que está para além talvez legado as capacidades que mexem de uma situação particular de trabalho” (SOUZA, 2008, p.130).
O Assistente Social deverá incluir em sua atuação um direcionamento e para tanto, precisa reconhecer e identificar o contexto da intervenção profissional, estabelecendo sua objetividade a partir de subsídios e críticas consistência, ou seja, ter um caráter investigativo. Sua atuação deve ser orientada por planejamento intervencional, o qual irá objetivar a elaboração de estratégias coletivas para o enfrentamento de diversas expressões da questão social (GERBER, 2011).
Portanto, ao discorrermos sobre a prática social desenvolvida pelo Serviço Social, se faz necessário compreendermos que se trata de uma profissão inscrita na divisão sociotécnica do trabalho. Neste sentido, essa prática requer, portanto, não somente uma demanda, mas um espaço e tempo social de atuação. Sendo uma profissão de intervenção na realidade social. 
Segundo Yasbek (2008, p. 2),
Para uma abordagem do Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais, partimos da posição de que o significado social da profissão só pode ser desvelado em uma inserção na sociedade, ou seja, a análise da profissão, de suas demandas, tarefas e atribuições em si mesmas não permitindo desvendar a lógica no interior da qual essas demandas, tarefas e atribuições ganham sentido (YASBEK; 2009, p. 2).
Assim, o conceito fundamental para a compreensão da profissão na sociedade capitalista é o conceito de reprodução social. Como prática profissional, cabe aos Serviço Social intervir a partir dos aspectos ligados à gestão da vida cotidiana.
2.3. A Intervenção do Assistente Social com os idosos com Doença de Alzheimer
A inclusão do assistente social no campo da Política do Idoso deve ser ponderada de uma forma que o profissional use instrumentos para sobrepor atividades que alcancem todas os círculos de convivência do idoso como: a prevenção de doenças, o lazer, habitação adaptada, saneamento, alfabetização, diversão, laços familiares, pois a assistência social age no cargo de organização geral desta política.
O Serviço Social constitui-se como uma profissão propositiva quanto a essas específicas demandas, atuando sob os princípios do projeto ético político profissional, como a igualdade, justiça social, acesso aos direitos, autonomia e emancipação do cidadão. A atuação do assistente social não se baseia somente na singularidade do cidadão, mas inclui a investigação-ação, no contexto da realidade, onde o profissional, trabalhando com a família, comunidade, fortalecimento das relações sociais, por vezes são fragilizados. De acordo com Souza (2003) “a família ou comunidade pertencente ao idoso deve ser orientada a respeitá-los em qualquer circunstância, principalmente em suas tomadas de decisões, vendo-os como pessoas conscientes e respeitando sua autonomia e liberdade pessoal” (SOUZA, 2003, p. 31).
O Serviço Social é uma profissão que atua com as diversas expressões da questão social na intermediação entre as demandas da população usuária de políticas públicas no acesso aos serviços sociais, 
Para Iamamoto (2009),
Em sua atuação assistente social pode abrir possibilidades para acesso das famílias aos recursos e serviços além de acumular um conjunto de informações sobre as expressões contemporâneas da questão social pela via de estudo social (IAMAMOTO; 2009 p. 357)
Em razão das precárias condições da população usuária são esses exigidas do profissional respostas emergenciais que muitas vezes não serão encontradas. Para que sua atuação não se limite em ações emergenciais o técnico deve buscar ter um conteúdo teórico-metodológico e uma posição crítica criativa. É importante que o Assistente Social conheça as condições dos usuários e das famílias que ele está atendendo, como se dão as suas relações e suas capacidades e proteger, além de conhecer as políticas públicas que vier a proteção dessas famílias e desses usuários. 
Segundo Raichelis (2009) é reservado assistentes sociais:
A relação com segmentos sociais mais o planeta acessado pelas sequelas da questão social e que buscam nas políticas públicas especialmente nas políticas sociais e seus programas e serviços respostas às suas necessidades mais imediatas prementes (RAICHELIS,2009, p. 380).
Essas ações devem estar centradas nos usuários enquanto sujeitos de direitos, estabelecendo e constituindo caminhos para que tenham acesso e faço usufruto dos seus direitos civis políticos e sociais (MIOTO, 2009)
 Faleiros (1999, p.163) afirma que,
O empoderamento do sujeito individual e coletivamente para mudar suas relações se constitui como base estratégia de intervenção Serviço Social em nossas perspectivas para enfrentar essas exigências e resgatar sua autonomia e sua cidadania. Nesse contexto precisa trabalhar as categorias e território cultura sujeito integração (FALEIROS,1999, p.163).
O assistente social atua nos processos relacionados à produção social da vida interferindo em situações sociais que afetam as condições concretas em que vivem a população em geral e sobretudo os setores mais empobrecidos da sociedade objetivando melhor essas condições sobre múltiplos aspectos a intervenção profissional leva em consideração relações de classe gênero e etnias aspirações religiosas e culturais além de componentes de ordem afetiva e emocional.
O trabalho do assistente social pode reproduzir resultados concretos nas condições materiais sociais e culturais da vida do usuário em seu acesso a políticas sociais programas sociais e cursos de bens em seus comportamentos e valores, em seu modo de viver e de pensar, suas formas de luta e organismos, em suas práticas de resistência. O Serviço Social como profissão intervém no âmbito de políticas socioassistenciais, na esfera pública ou privada, desenvolvendo tanto atividades que envolvam abordagem Direta com a população como; “entrevistas, atendimentos de plantão social, visita domiciliar, orientações, encaminhamentos, reuniões, trabalhos com indivíduos, famílias, grupos, comunidades, ações de educação e organização popular” (YAZBEK,2004, p.14). 
As intervenções do Serviço Social deve partir de uma reflexão critérios das necessidades e da trajetória de vida dos indivíduos e das famílias Para que sejam percebidas, além de suas demandas, as suas potencialidades e estratégias para enfrentamento das adversidades vividas pela população.
Refletir sobre as questões relativas a família e sempre algo bastante instigante e o mesmo tempo complexo implica perceber que todos têm alguma referência de família mas que essa não é o suficiente para que possamos atua nos diferentes universos familiares para tanto é necessário conhecimento e o aprofundamento e Estudos teóricos e metodológicos nos permitam maior embasamento para nossas intervenções, “A família continua sendo a mediação entre o indivíduo e a sociedade” (SARTI, 2002, p. 33).
Além disso, são fundamentais as revisões constantes acerca dos paradigmas, dos julgamentos morais,
Donzelli (2000, p. 39) relaciona,
Dos preconceitos que adquirimos em nossa trajetória e que permeia nosso íntimo, principalmente quando nos relacionamos diretamente com as famílias, a forma que vemos a família é uma construção social que foi sendo e remodelado ao longo da história da humanidade; portanto, a família é uma instituição que está em constante transformação, recebe a interferência do contexto social, cultural e econômico e ao mesmo tempo interfere na dinâmica social vigente, naquele determinado momento histórico. Dessa forma, não é uma ilha não está isolada, ou seja, influencia e é constantemente influenciada pelo contexto onde está inserida (DONZELLI 2000, p. 39).
Fundamentalmente, é imprescindível que os Assistentes Sociais que vivem constantemente nas suas ações a perspectivade avaliação impactos sobre a superação de vulnerabilidade social no sentido do alcance do direito, autonomia emancipação e cidadania dos sujeitos em questão. 
A atuação do Assistente Social, precisa se integrar a consolidação da Política Nacional do Idoso que administra os princípios de assegurar ao idoso com Deficiência Intelectual ou não, o direito ao convívio com a Família, a Sociedade e o Estado, com dignidade e bem estar. O envelhecimento é um processo em que toda a Sociedade deve estar envolvida, sem discriminação, sendo o Idoso o beneficiário das transformações da política.
O processo de envelhecimento no Brasil, levanta diferentes formas de caracterizar a reflexão sobre o envelhecimento com qualidade, o bem estar do idoso tem sido considerado em vários debates. Quanto às contribuições do Serviço Social, este poderá contribuir com ações que tornem o envelhecimento, como uma prática de inclusão. Trabalhar diretamente com a consciência, com a oportunidade de possibilitar as pessoas que se tornem conscientes e sujeitas de sua própria história, vimos que o profissional de Serviço Social, enquanto habilitado para trabalhar com as expressões da questão social pode exercer sua profissão na comunidade, objetivando emponderar e fortalecer a autonomia dos idosos e assim como das suas famílias.
Dentre as atribuições do assistente social, está a manifestação de lutar pela inclusão social, emancipação, autonomia, embasado na ética, política, moral, cultural, na ampliação do acesso aos direitos sociais e da cidadania, significando assim a tendência representativa das habilidades, buscando a liberdade expressiva, política, econômica e cultural.
Sabe-se que as expressões da questão social se manifestam no contexto intervencional, contudo, depende do ponto de vista como é analisada, podendo ser vista como mero fator social, compreendendo a demanda como situação rotineira, assim como um “sujeito problema”, ao invés disso, pode estar relacionada a questões de uma ordem social.
Quanto à particularidade da influência profissional, em alguns campos de atuação, tendo em vista a intervenção do profissional, em seu bojo, essencialmente é vinculado à garantia dos direitos do cidadão, desta forma, independente das áreas que esteja atuando, neste caso a autonomia da pessoa idosa, o que deve ser sempre priorizado o projeto ético político da profissão. Em suma, é, planejar e executar políticas públicas, assim como programas sociais voltados ao bem-estar e a integração do indivíduo da sociedade.
O assistente social deverá incluir em sua atuação um direcionamento e para tanto, precisa reconhecer e identificar o contexto da intervenção profissional, estabelecendo sua objetividade a partir de subsídios e críticas consistência, ou seja, ter um caráter investigativo. Sua atuação deve ser orientada por planejamento, o qual irá objetivar a elaboração de estratégias coletivas para o enfrentamento de diversas expressões da questão social, que segundo Fraga (2010), deve ser numa probabilidade histórica que entenda a oscilação incoerente do real.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste trabalho permitiu compreender as bases históricas que norteiam a profissão, bem como seu desenrolar da trajetória, proporcionando o estudo e entendimento da contribuição do Serviço Social na Proteção Social aos idosos com Deficiência Intelectual, foi apresentado a estrutura familiar do idoso, sua classificação e conceito, a contribuição da Política Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência para a efetivação de direitos e o Estatuto do Idoso, o estudo alcançou os objetivos de compreender a inserção do profissional nas Políticas de Proteção Social e particularmente na garantia de direitos do idosos com DA, respondendo o questionamento, qual a intervenção do assistente social na qualidade de vida do idoso com Alzheimer, desta forma, concluiu-se que existe um crescente percentual na perspectiva de vida do idoso com DA, porém é necessário acompanhamento familiar, um espaço onde o envelhecimento não seja visto como algo ruim, negativo e sem propósito, já que a fase de envelhecimento é natural na vida, com mudanças fisiológicas, biológicas, psicossociais, culturais, políticas e econômicas e o envelhecimento da pessoa com DA, não difere.
Constatou com o estudo que o idoso é visto como uma espécie de objeto incômodo, inútil, e quase tudo que se deseja é poder tratá-lo como quantia desprezível, especialmente, aqueles que sofrem com a Doença de Alzheimer, a sociedade de consumo vê os idosos como sujeitos que não assume seu papel social, condenando-os à miséria, à solidão e ao desespero, principalmente quando esse idoso, é portador de DA, a sociedade tem a tendência de isolamento, a condição humana exige que o indivíduo idoso embora exista e aja como um ser autônomo faça isso somente porque ele possa primeiramente identificar a si mesmo como algo mais amplo, como um membro de uma sociedade, grupo, classe, estado ou nação, de algum espaço ao qual ele reconheça intimamente incluso. O idoso com DA, encontra-se em constante fragilidade, pois a violência se associa ao isolamento social, suas perdas materiais e dos amigos, fatores que consequentemente levam o idoso com DI a sofrimento emocional, ele próprio se enxerga como um ser causador de transtornos aos familiares.
Apresentou a ineficiência nas Políticas Públicas de Saúde no Brasil, direcionadas a população de idosos com DA, falhas no contexto legislativo e ações que se mostram pouco consolidadas quanto ao Estatuto do Idoso, como por exemplo, a descriminação social, exigindo uma especial atenção por parte dos profissionais, pois a deficiência intelectual não pode ser considerada simplesmente uma doença, e sim uma condição. É de suma importância que a família, Serviço Social e a sociedade proporcione ao deficiente intelectual em fase de envelhecimento, ambiente de desenvolvimento e bem-estar, quanto às contribuições do Serviço Social no âmbito assistencial, este poderá contribuir com ações que tornem a disseminação de informação socioassistencial, como uma prática de inclusão social, de formação da cidadania e emancipação dos sujeitos sociais. 
Ambos, tanto a comunidade como o Serviço Social, trabalham diretamente no combate a negligência quanto ao bem estar do idoso com DA , com a consciência, com a oportunidade de possibilitar as pessoas que se tornem conscientes e sujeitas de sua própria história, o profissional de Serviço Social, enquanto profissional preparado para trabalhar com as expressões da questão social pode exercer sua profissão no espaço público, objetivando emponderar e fortalecer a autonomia aos idosos, assim como das suas famílias.
Constatou-se neste trabalho que as mazelas sobre as expressões da questão social necessitam ser expandidas e sistematicamente debatidas pela categoria profissional, pois existe resistência dos profissionais em concretizar o Código de Ética Profissional. Entretanto, o Projeto Ético Político, norteia o profissional em um indispensável modelo ético, mas para a efetivação deste modelo, o assistente social precisa compreender que a particularidade dos idosos com DA, embora tenha alcançado vitórias, ainda encontra-se em situação de vulnerabilidade social. 
Os assistentes sociais encontram vários desafios a serem afrontados, desde o consideração da seriedade das Política Públicas direcionadas a população idosa a consolidação do Estatuto do Idoso, para o Serviço Social a presunção de atuações que concretizem a inclusão social nos instrumentais empregados, a abatendo os estereótipos ainda atuais no falar profissional desclassificando a população idosa, a utilização dos instrumentos qualificados para a obtenção da autonomia do idoso, finalizando com a amplitude de fóruns com finalidade de combater a discriminação.
Não há dúvidas quanto à relevância e importância do trabalho realizado pelo assistente social para a consolidação dos direitos, e que para realizar um atendimento, por mais simples que possa parecer a atividade e os meios

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