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SISTEMA IMUNOLÓGICO AULA NOVA

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EXERCÍCIO
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O sistema imunológico é formado por órgãos linfoides e leucócitos. Qual dentre os órgãos abaixo não faz parte desse sistema?
Resposta correta: coração
Qual a função dos macrófagos?
Resposta correta: fagocitar microorganismos.
A resposta certa é a letra "b", pois os macrófagos atuam no mecanismo inespecífico e com capacidade de fagocitose, além de liberar interleucinas que atuam nos linfócitos T4 estimulando-os a interpretarem o antígeno.
Complete: O ___ é um órgão linfóide desenvolvido em crianças que evolui na adolescência. Atua produzindo hormônios para estimular outros órgãos linfóides.
Resposta correta: Timo
Onde são produzidos os linfócitos T e linfócitos B?
Resposta correta: Ambos são produzidos na medula óssea vermelha, porém os linfócitos T maturam no timo.
O que deve ser aplicado em uma pessoa que foi picada por serpente peçonhenta?
Resposta correta: soro, porque é um tipo de imunização passiva e contém anticorpos.
Por que as vacinas, no geral, aumentam a imunidade das pessoas?
 Resposta correta: Porque estimula a produção de anticorpos contra o agente causador da doença.
A hemocaterese, que consiste na destruição de hemácias envelhecidas, ocorre onde?
Resposta correta: Baço
Complete: Os ___ são órgãos encapsulados que filtram a linfa, ocorrendo, também, fagocitose intensa por ação de macrófagos.
Resposta correta: Linfonodos
Quais das estruturas abaixo são órgãos imunitários secundários?
Resposta correta: baço, tonsilas e linfonodos.
Complete: A imunização ativa é característica das ___.
Resposta correta: Vacinas
INTRODUÇÃO
No corpo humano existem diversos locais onde há produção de células linfoides maduras que vão agir no combate a agressores externos. Alguns órgãos linfoides se encontram interpostos entre vasos sanguíneos e vão dar origem a células brancas na corrente sanguínea. 
Outros estão entre vasos linfáticos, e vão filtrar a linfa e combater antígenos que chegam até eles por essa via. Outros ainda podem ser encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa.
 Os tecidos linfoides são classificados em primários e secundários. Os primários representam o local onde ocorrem as principais fases de amadurecimento dos linfócitos. O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local onde amadurecem os linfócitos T e B respectivamente. Os tecidos primários não formam células ativas na resposta imune, formam até o estágio de pró-linfócitos.
Os tecidos linfoides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que migraram pela circulação e atingiram o tecido. Neles estão presentes os nodos linfáticos difusos, ou encapsulados como os linfonodos, as placas de Peyer, tonsilas, baço e medula óssea.
ÓRGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS
Timo
O timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao coração. É dividido em dois lobos, o direito e o esquerdo. É revestido por uma cápsula fibrosa, que histologicamente vai penetrando pelo parênquima tímico e formando os septos conjuntivos que vai dividindo os lobos em inúmeros lóbulos. Sobre esta cápsula aparece um aglomerado de adipócitos que forma o tecido adiposo extra tímico.
Os lóbulos tímicos podem ser evidenciados por duas zonas, a zona medular e a zona cortical. A zona cortical, que é a mais periférica, apresenta os linfócitos T em maturação e a zona medular possui tecido conjuntivo frouxo e células reticulares epiteliais. Estas células reticulares epiteliais possuem prolongamentos que envolvem grupos de linfócitos em diferenciação na cortical e também formam estruturas de células concêntricas denominadas de corpúsculo de Hassal, cujo centro pode calcificar-se devido à morte de células centrais.
O timo se origina no embrião a partir da terceira bolsa faríngea de cada lado do corpo. Nesta bolsa se formam tubos de células epiteliais que vão crescendo em forma de cordões para baixo até o tórax. Os cordões perdem a comunicação com sua origem e se transformam na medular do timo. Cada cordão representa a medular dos lóbulos de cada lobo (direito e o esquerdo)
. As células reticulares emitem prolongamentos (células reticulares epiteliais) e formam os septos, corpúsculos de Hassal e as áreas onde vão ser ocupadas pelos linfócitos T em maturação na cortical. 
Depois do desenvolvimento do estroma do órgão, surgem as células fontes que vieram do fígado e do baço do embrião. Começa a partir daí a formação de pro - linfócitos T. Esta é a fase hepatoesplenicotímica, e está presente no segundo mês de vida intrauterina.
 O sistema imune segundo Edward Jenner
Edward Jenner FRS (Berkeley, 17 de maio de 1749 — Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que clinicava em Berkeley, filho de um vigário anglicano, Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião de seu povoado natal. Mais tarde, estudou em Londres. 
Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à medicina onde seria conhecido pela invenção da vacina da varíola[1] - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente a Jenner.
 Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de um cano de bambu nas narinas das crianças. 
O sistema imunológico delas produzia uma reação contra o vírus morto e, quando expostas ao vírus vivo, o organismo já sabia como reagir, livrando os pequenos da doença.
Placa comemorativa em Munique, Am Neudeck 1
Jenner também se dedicou a outras áreas de pesquisa, colecionando fósseis e realizando pesquisas em horticultura. A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner, como se verifica no seguinte texto:
	“
	Depois de examinar as partes mais importantes do coração, sem encontrar nada que justificasse a morte súbita do paciente ou os sintomas que a precederam, eu estava fazendo um corte transverso próximo da base do coração, quando a faca se deparou com alguma coisa dura, como se fossem pequenas pedras. 
Lembro que olhei para o velho teto, pensando que algo tivesse caído de lá. Examinando melhor, a verdadeira causa apareceu: as coronárias tinham se transformado em canais ósseos.
	”
Seu legado para a humanidade estará, todavia, sempre ligado ao princípio da vacinação e à varíola.
Descoberta da vacina
Em 1789 Jenner observou que as vacas tinham as tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo de humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina, ou bexiga vacum.
 Em 1796, resolveu pôr à prova a sabedoria popular que dizia que quem lidava com gado não contraía varíola. Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, então ele conduziu sua primeira experiência com James Phipps, um menino de oito anos.
Jenner inoculou com o pus extraído de feridas de vacas contaminadas recolhendo o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço do garoto. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. 
A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.
No ano seguinte, ele relatou seu experimento à Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido -, mas as provas que ele apresentou foram consideradas insuficientes. 
Ele realizou então novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho. Em 1798, seu trabalho foi reconhecidoe publicado. No entanto, seus críticos procuravam ridicularizá-lo, denunciando como repulsivo o processo de infectar gente com material colhido de animais doentes. 
Mas as vantagens da vacinação, porém, logo se tornaram tão evidentes tornando imune à varíola humana, uma das doenças epidêmicas mais mortais da humanidade.
A varíola só seria erradicada na década de 1980, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Edward Jenner foi capaz de descobrir a vacina para essa doença que tanto matava naquela época.

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