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VI.GLP.AULAS.GAS.LIQUEFEITO.DE.PETROLEO.SIMON

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VI GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO 
ENG. SIMON BOLIVAR 
1.0 – GENERALIDADES 
• Definição de instalação de gás: Conjunto de canalizações, 
medidores, registros, aparelhos de utilização destinados à 
condução e ao uso do gás combustível. 
• O gás pode ser distribuído no interior dos prédios para fins de 
aquecimento e para consumo em fogões, aquecedores de 
água e equipamentos industriais. 
• O gás é fornecido nas seguintes formas: 
a) Gás de rua ou gás encanado: obtido do craqueamento da 
nafta, um subproduto do petróleo que destila entre 100 oC e 250 
oC 
 
O gás de rua pode vir também de poços petrolíferos, é o 
chamado gás natural encanado. 
Ex.: Rio de Janeiro – gás dos poços na região de Campos. O 
gasoduto tem capacidade para conduzir mais de 2.000.000 
m3/dia de gás. 
b) GLP – Gás Liquefeito de Petróleo ou gás engarrafado: é uma 
mistura de propano e butano, hidrocarbonetos obtidos pela 
destilação do petróleo ou pelo craqueamento de suas frações 
mais pesadas. 
• Poder calorífico: 
- Gás de rua: W = 5.700 kcal/m3 
- GLP: W = 10.000 kcal/m3 
W (No de Wobbe): É a relação entre o poder calorífico do gás em 
Kcal/m3 e a raiz quadrada da sua densidade em relação ao ar. 
 
2.0 – DISTRIBUIÇÃO DO GLP 
a) Em recipientes transportáveis: 
- Bujões de 2kgf (para camping) 
- Bujões de 5kgf (para camping) 
- Bujões de 13kgf (para residência, são os tradicionais) 
- Cilindros de 45 kgf (para instalações de médio porte, usa-se 
baterias de cilindro) 
- Carrapetas de 90 kgf, agrupadas em baterias (para grandes 
instalações) 
 
 
 
b) A granel 
Utiliza-se recipientes estacionários (fixos) com capacidade que 
varia de 500 kgf a 60.000 kgf – São abastecidos por caminhões 
3.0 – PRESSÃO DE UTILIZAÇÃO 
O GLP pode ser fornecido em pressões de 50 a 150 psi (3,5 a 10 
kgf/cm2 ). Na saída do bujão ou cilindro, sua pressão é reduzida 
para 15 psi pela ação do regulador de alta pressão ou de 
primeiro estágio. Para ser usado nos aparelhos a 0,4 psi (280 mm 
de coluna dágua), o gás deve sofrer uma redução de pressão, o 
que é conseguida com o regulador de baixa pressão ou de 
segundo estágio. 
Em certos casos, o regulador colocado junto ao cilindro já reduz 
imediatamente a pressão para 0,4 psi. 
 
 
4.0 – INSTALAÇÃO 
a) Residência 
Usa-se um botijão de 13 kgf e outro de reserva para alimentar o 
fogão. 
 
 
 
 
O tubo de cobre recozido sai da válvula do botijão, passa pelo 
regulador 2o estágio até o fogão 
 
COZINHA 
b) Prédio de apartamentos: 
- Instalação individual em cada apartamento: 
Usa-se bujão de 13 kgf que deve ser instalado em contato direto 
com o exterior (na prática nem sempre ocorre isso). 
Inconveniente: transtorno do vai e vem de bujões 
- Instalação coletiva: Usa-se uma bateria de cilindros de 45 kgf 
ou 90 kgf, cada. 
Do manifold (barrilete) partem uma ou mais tubulações gerais 
que em cada pavimento dão ramificções para cada apartamento. 
Os medidores dos apartamentos são localizados nos respectivos 
pavimentos e em local de fácil acesso para anotação da leitura 
do consumo de gás. 
Obs.: Pode-se optar pela não instalação de medidores individual. 
 
 
 
 
 
 
6 – cilindro 45 kg ou 90 kg 
5 – tubulação de distribuição 
4 – aquecedor por acumulação 
3 – fogão 
2 – prumada 
1 – medidor gás individual 
2 
1 
6 
3 
5 
4 
RELÓGIO MEDIDOR DE GÁS 
Ramificação primária: Trecho da instalação compreendido entre 
o medidor coletivo (ou local do medidor coletivo) e o medidor 
individual (ou local do medidor individual). 
Ramificação secundária: Trecho da instalação compreendido 
entre o medidor individual (ou local do medidor individual) e os 
aparelhos de utlização 
 
MG 
MI FOGÃO 
RAMIFICAÇÃO PRIMÁRIA RAMIFICAÇÃO SECUNDÁRIA 
RG 1O ESTÁGIO 
RG 2O ESTÁGIO 
4.1 – TUBULAÇÕES PARA GLP SOB BAIXA PRESSÃO 
Considera-se instalação de baixa pressão quando a pressão de 
distribuição é igual a 11 pol. de c.a.(0,28 mca), acrescida da 
perda de carga. 
Obs.: 1kgf/cm2 = 10,33 mca = 15 psi 
• Para determinar o diâmetro, pode-se usar a Fórmula de Pole 
quando a vazão do gás é dada em m3/h. 
D =( 
𝛿.𝐿.𝑄2
0,433.ℎ
)1/2 
Onde: D = diâmetro em cm; δ = densidade do gás = 2; L = 
comprimento do encanamento em metros; Q = vazão do gás em 
m3/h; h = perda de carga total 
 
 
1 pé = 30,48 cm 
1 BTU = 0,252 kcal 
BTU = É uma unidade de potência calorífica ( British Thermal 
Unit) 
Exercício: Um forno consome uma potência calorífica de 200.000 
BTU e é alimentado por uma linha de 15,2 m (50 pés), havendo 4 
joelhos curtos e um registro de gaveta. Qual deverá ser o 
diâmentro da tubulação? 
Resp.: 
 Queremos o diâmetro, logo não podemos transformar as perdas 
de carga localizadas em comprimento equivalente. 
- A solução é adotar um comprimento equivalente aleatório para 
as peças. 
Adotou-se os comprimentos eq. para peças de 21/2 pol. 
(TAB.12.3) 
• Joelho 5,5 pés x 4 = 22 pés 
• Reg. de gav. 2 pés 
 Total 24 pés 
Comprimento total = 50 + 24 = 74 pés 
Vamos agora considerar uma perda de carga admissível de 0,6”. 
Entro na Tab. 12.2 com o valor mais próximo do comprimento 
total 74 pés que é 70 pés e com o valor da perda de carga 
admissível de 0,6” e na vertical, para baixo, procuro o valor mais 
próximo de 200.000 BTU que é 232.000 BTU. Seguindo a 
horizontal, à esquerda, tem-se o diâmetro correspondente que é 
de ¾” (20 mm). 
½ 
¾ 
1 
1 ¼ 
1 ½ 
2 
2 ½ 
3 
4 
3/8 
1/2 
3/4 
1 1/4 
1 1/2 
INFERIOR 
RESP.: 
 
TAB 11.7-A 
28 
4.2 – DIMENSIONAMENTO 
DE RAMIFICAÇÕES PARA GLP 
TAB. 11.2 – POTÊNCIA ADOTADA (Pa) E POTÊNCIA CALCULADA (Pc) EM 
KCAL/MIN 
 
Introdução para uso da tab. 11.2 
1 – Determinar a potência para cada aparelho de utilização 
2 – Determinar a potência computada somando-se as potências dos 
aparelhos de utilização a serem abastecidos por cada trecho da 
tubulação. 
3 – Com a potência computada, igual ou imediatamente superior à que 
foi determinada no item 2, determina-se a potência a ser adotada no 
dimensionamento dos trechos de tubulações. Se a potência adotada 
for maior que a potência computada, usar esta última. 
4.3 – DIMENSIONAMENTO DAS PRUMADAS ASCENDENTES 
GLP OU GÁS ENGARRAFADO 
GLP OU GÁS ENGARRAFADO 
MG 
MI FOGÃO 
RAMIFICAÇÃO PRIMÁRIA RAMIFICAÇÃO SECUNDÁRIA 
RG 1O ESTÁGIO 
RG 2O ESTÁGIO 
RESP.: 
POTÊNCIAS 
COMPUTADAS 
POTÊNCIAS 
ADOTADAS - TAB 11.6-a 
35 
42 
35 
42

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