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Divisão Celular e Células Tronco Nome: Sabrynah Oliveira Silva Curso: Ciências Biológicas – LICENCIATURA 2018 Introdução O presente trabalho tem como espoco apresentar a Divisão celular, suas fases principais, o processo de divisão , replicação celular e suas características . Além disso ,irá ser apresentado os grandes avanços científicos a respeito das células tronco, bem como as polemicas que surgem a respeito desse assunto, os obstáculos a serem vencidos, os gastos, legislação nos países, clonagem terapêutica dentre outros. Divisão celular é o processo pela qual uma célula se transforma em duas células-filhas. Esta divisão faz parte de um período denominado de ciclo celular. Ciclo celular é um mecanismo de duplicação e divisão, no qual, uma célula se reproduz por uma sequência ordenada de eventos que duplicam seus componentes e depois a dividem em duas. É didaticamente dividido em duas fases principais: a interfase, caracterizada pelas fases G1, S e G2 e a mitose, caracterizadas pelas fases Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase e Citocinese. Além da mitose, existe outro processo de divisão: a meiose, na qual o número de cromossomos é reduzido à metade nas células-filhas. A redução do número cromossômico ocorre, porque nesse processo há uma única duplicação cromossômica seguida de duas divisões nucleares consecutivas: a meiose I e a meiose II, caracterizadas pelas fases Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I, Prófase II, Anáfase II, Telófase II, respectivamente. As células-tronco destacam-se pela capacidade de se transformar em diferentes tipos celulares, ou seja, são células com grande capacidade de diferenciação. Essas células encontram-se em um estágio em que não estão completamente especializadas, o que permite que elas sejam programadas para desempenhar qualquer função. As células-tronco apresentam capacidade de diferenciação e autorrenovação. Por essa razão, podem ser usadas no tratamento de doenças degenerativas. DIVISÃO CELULAR A divisão celular se trata da capacidade de uma célula se dividir dando origem a outras células. Essa capacidade é de suma importância para todos os organismos vivos. Por exemplo, os organismos pluricelulares, como os humanos, contêm dezenas de milhões de células. Entretanto, esse complexo organismo foi gerado à partir de uma única célula denominada célula ovo. Além disso, as divisões celulares são, também, as responsáveis pela regeneração de diversos órgãos, como o fígado. Sob uma ótica mais elementar, a própria célula ovo, mencionada anteriormente, só pode existir graças às divisões celulares que originam os gametas masculinos e femininos. Com relação aos organismos unicelulares, esse processo de gerar outras células também se mostra fundamental para a geração e o crescimento de uma colônia. A divisão celular não é um processo que ocorre do nada e por acaso. Esse processo é estimulado, interrompido e controlado por fatores genéticos e pela sinalização química de diversas substâncias. Isso quer dizer que a frequência, quando e como vai ocorrer depende da espécie que pertence a célula e, também, de substâncias que desencadearão eventos que culminarão na divisão celular. Os cromossomos são responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários, ou seja, dos caracteres que são transmitidos de pais para filhos. Os tipos de cromossomos, assim como o número deles, variam de uma espécie para a outra. As células do corpo de um chimpanzé, por exemplo, possuem 48 cromossomos, as do corpo humano, 46 cromossomos, as do cão, 78 cromossomos e as do feijão 22. Os cromossomos são formados basicamente por dois tipos de substâncias químicas: proteínas e ácidos nucléicos. O ácido nucléico encontrado nos cromossomos é o ácido desoxirribonucléico – o DNA. O DNA é a substância química que forma o gene. Cada gene possui um código específico, uma espécie de “instrução” química que pode controlar determinada característica do indivíduo, como a cor da pele, o tipo de cabelo, a altura, etc. Cada cromossomo abriga inúmeros genes, dispostos em ordem linear ao longo de filamentos. Atualmente, estima-se que em cada célula humana existam de 20 mil a 25 mil genes. Os cromossomos diferem entre si quanto à forma, ao tamanho e ao número de genes que contêm. Para que as células exerçam a sua função no corpo dos animais, elas devem conter todos os cromossomos, isto é dois cromossomos de cada tipo: são as células diploides. Com exceção das células de reprodução (gametas), todas as demais células do nosso corpo são diploides. Porém, algumas células possuem em seu núcleo apenas um cromossomo de cada tipo. São as células haploides. Os gametas humanos – espermatozoides e óvulos – são haploides. Portanto os gametas são células que não exercem nenhuma função até encontrarem o gameta do outro sexo e completarem a sua carga genética. Nos seres humanos, tanto o espermatozoide como o óvulo possuem 23 tipos diferentes de cromossomos, isto é, apenas um cromossomo para cada tipo. Diz-se então que nos gametas humanos n= 23 (n é o número de cromossomos diferentes). As demais células humanas possuem dois cromossomos de cada tipo. Essas células possuem 46 cromossomos (23 pares) no núcleo e são representadas por 2n = 46. Nas células diploides do nosso corpo, os cromossomos podem, então, ser agrupados dois a dois. Os dois cromossomos de cada par são do mesmo tipo, por possuírem a mesma forma, o mesmo tamanho e o mesmo número de genes. Em cada par, um é de origem materna e outro, de origem paterna. A função mais básica do ciclo celular e duplicar exatamente a vasta quantidade de DNA nos cromossomos e então distribuir de modo preciso as copias para as células filhas, geneticamente idênticas. A duração do ciclo celular varia muito de um tipo de célula para outro. Uma levedura unicelular pode dividir-se a cada duas horas em condições ideais, re uma célula hepática de mamíferos se divide, em media, menos do que uma vez por ano . Descreveremos brevemente a sequencia de eventos que ocorre em uma célula de mamífero que se divide corretamente de forma rápida (proliferação ). Ciclo celular Eucariótico O Nucleo se divide , um processo chamado de mitose, e quando a célula se divide em 2 a célula e chamada citonese . Esse dois processos juntos constituem a fase M do ciclo celular. Em uma célula de mamífero típica, toda a fase M dura cerca de uma hora, que e apenas uma pequena fração do tempo total do ciclo celular. O período entre uma fase M e a próxima fase e chamado de interfase. Sob o microscópio, parece, um intervalo sem ocorrência especiais durante o qual a célula simplesmente aumenta em tamanho. Entretanto, a interfase e um momento muito atarefado para a célula e compreende as três fases restantes do ciclo celular . Durante a fase S ( síntese ) , a célula replica o seu DNA nuclear, um pre requisito essencial para a divisão celular . A fase S é flanqueada por duas fases, nas quais a célula continua a crescer . A fase G, e o intervalo entre o termino da fase M e o inicio da fase S. A fase G2 é o intervalo entre o final da fase S e o inicio da fase M . Durante essas fases de intervalo, a célula monitora o meio termo e externo para assegurar que as condições são adequadas e os preparos são completados antes que ela própria passe para a principal reviravolta da fase S e mitose . A duplicação do DNA na subfase S é um evento muito importante do ciclo celular, pois garanteque as células-filhas possam receber uma cópia exata de cada molécula de DNA da célula parental. As células humanas diploides, por exemplo, tem 2n = 46 cromossomos; portanto, uma célula em G1 é constituída por 46 moléculas de DNA (uma molécula para cada um dos 23 pares de homólogos). Durante a fase S, cada molécula de DNA dá origem à outra idêntica a ela, de tal forma que, em G2, a célula humana contém 92 moléculas de DNA, sendo que um dos 46 cromossomos contém duas moléculas de DNA (denominadas cromátides-irmãs) que se mantém associadas por complexos proteicos denominados coesina. Essas células continuam diploides, tendo 2n = 46 cromossomos, embora com o dobro do conteúdo de DNA. As subfases S e G2 ocorrem somente em células que irão se dividir e, na maioria, têm duração relativamente constante, de sete a oito horas para S e de duas a cinco horas para G2. A duplicação de DNA na interfase pode ocorrer também em células que contém cromossomos politênicos e em células poliplóides. Ainda que a mitose constitua morfologicamente a etapa mais espetacular do ciclo celular, é na interfase que ocorre a duplicação dos componentes da célula-mãe, bem como, em especial, a duplicação do DNA, pré- requisito essencial para que a divisão ocorra. Esse processo pode ser estudado por meio do emprego de precursores radioativos, utilizando-se de métodos bioquímicos ou radiofármacos, ou por citofotometria. Quando precursores radioativos do DNA, como a timidina tritiada (timidina-H³), são dados às células por poucos minutos e estas são então processadas para radioautografia, pode-se observar, ao microscópio óptico, que células em divisão não incorporam a timidina-H³. Por outro lado, células que estavam replicando o DNA no momento da exposição à timidina-H³ produzem a imagem radioautográfica de núcleos marcados, verificando-se que apenas algumas células em interfase estavam replicando seu DNA. A observação, a intervalos de tempo fixos posteriores à exposição, para detectar o momento em que o bloco de células marcadas entra em mitose, permite demonstrar, entre outros aspectos, que as células terminam a replicação do DNA pelo menos 2h antes da mitose. Portanto, nas células eucariontes, a duplicação do DNA está situada em um período intermediário da interfase e não ocupa toda essa fase. Essa descoberta possibilitou a divisão da interfase em 3 períodos sucessivos, ou a divisão do ciclo em quatro fases distintas, que foram chamadas G1, S, G2 e M. No período S ocorre a duplicação ou síntese do DNA, daí o nome dessa fase. A abreviatura G provém do termo inglês gap (intervalo). O período G1 é o intervalo de tempo que transcorre desde o fim da mitose (M) até o início da síntese de DNA (S), por isso é também considerado período pós- mitótico ou pré-sintético. O período G2 é o intervalo entre o término da síntese de DNA e a próxima mitose, também denominado período pós- sintético ou pré-mitótico. Periodo S O início da síntese de DNA marca o início do período S e, na grande maioria dos casos, é um ponto de não retorno do ciclo, que leva necessariamente à divisão celular. Durante o período S, a célula duplica seu conteúdo de DNA, elaborando réplicas perfeitas das moléculas de DNA que contém. Esse processo denomina-se replicação. Toda célula eucarionte diploide inicia seu ciclo em G1 com uma quantidade de DNA igual e 2C. Durante o período S, essa quantidade duplica, passando de 2C para 4C, e assim permanece até a fase do ciclo em que é igualmente repartida para as duas células-filhas, as quais voltam a ter, novamente em G1, a quantidade 2C idêntica à da célula de origem. A replicação do DNA em células eucariontes guarda estreito paralelismo com a replicação de células procariontes. Por isso, o mecanismo de duplicação do DNA tem sido estudado, de preferência, nas células mais simples, como a bactéria Escherichia coli. No entanto, ainda que os resultados obtidos nessa célula procarionte sejam, na essência, válidos também para as células eucariontes, o processo nos eucariontes é muito mais complexo. Células eucariontes têm um genoma enorme, que deve ser duplicado com alta fidelidade uma única vez a cada ciclo celular, e isso deve ser feito dentro de pouco tempo, nas poucas horas ocupadas pelo período S. Soma-se isso ao fato de que, em células eucariontes, o DNA nuclear apresenta-se na forma de fibras de cromatina, formando um complexo com proteínas histonas. Portanto, é a cromatina que deve sofrer duplicação no período S, o que exige que não só o conteúdo de DNA seja duplicado, mas também a quantidade de histonas. Contrariando o que acontece com todas as demais proteínas celulares, as histonas são as únicas proteínas cuja síntese está confinada à fase S, ocorrendo simultaneamente com a síntese de DNA. É neste período também que os primórdios de novos centríolos (chamados pró-centríolos) são observados, formando-se perpendicularmente a cada membro do par de centríolos existentes nas células. Replicação do DNA Com base na molécula de DNA proposto por Watson e Crick, o mecanismo básico de replicação envolve a separação das cadeias de DNA, obtida pelo desenrolamento da dupla hélice, seguido pela cópia de cada cadeia, que serve como um molde para a síntese de uma nova cadeia complementar. A sequência de nucleotídeos da nova cadeia é fixada pelas regras de pareamento de bases, propostas por Watson e Crick. O correto pareamento das bases assegura uma replicação acurada da dupla hélice original. Durante a replicação, as duas fitas do DNA original, também chamadas de parentais, são copiadas, originando duas moléculas-filhas, cada qual com somente uma das fitas recém-sintetizada. Diz-se, portanto, que a replicação é semiconservativa. Assim, cada nova molécula de DNA é cópia perfeita de uma molécula preexistente. A replicação semiconservativa do DNA pode ser estudada por radioautografia, utilizando-se timidina-H3. Pode ainda, ser estudada usando-se um análogo estrutural da timidina, a 5’-bromo-desoxiuridina, que se incorpora ao DNA em substituição àquela base, no momento da replicação. A presença desse análogo na molécula de DNA pode ser detectada pela coloração diferencial nas cromátides-irmãs em cromossomos que alcançam a segunda mitose após a incorporação. Caracteristicas da Replicação do DNA Uma análise detalhada da duplicação do DNA demonstrou que a incorporação de precursores marcados, seja timidina-H3 ou o análogo da timidina, bromo-desoxiuridina, não se dá ao mesmo tempo em todas as moléculas de DNA de um núcleo, e que dentro de uma molécula, existe um padrão determinado de sequência de síntese; por isso se diz que a duplicação do DNA é assíncrona. Dentro de um dado tipo celular, regiões específicas do material genético, ou genes individuais, começam e terminam sua duplicação em momentos definidos na fase S. A eucromatina, que constitui a cromatina geneticamente ativa, começa a replicar primeiro, fazendo-o desde o início da fase S, enquanto a heterocromatina geralmente é a última a replicar, no final do período S, sendo considerada, portanto, de replicação tardia. A velocidade de duplicação do DNA é calculada em torno de 30 mm por minuto, na Escherichia coli, e de 0,5 a 2,0 mm por minuto (ou o mesmo que 3.000 bases/min) nos núcleos das células eucariontes dos vertebrados. Com essa velocidade, se o processo começasse por um extremo da molécula de DNA e terminasse no outro, o genoma dos vertebrados gastaria um tempo muito longo para a sua replicação. Calcula-se que seria necessário 1 mês para um cromossomo humano replicar. Mas, isso realmente não acontece, e foi possíveldemonstrar que, enquanto em células procariontes a molécula de DNA inicia a replicação em um único local, chamado origem de replicação, em células eucariontes existem múltiplas origens. Assim, essas células solucionaram o problema de replicar seu enorme genoma no curto espaço de tempo de S e superaram a baixa velocidade de sua replicação. O número de origens de replicação depende do organismo, do tipo celular e é regulado ao longo do desenvolvimento. Esse número pode ser de uma origem a cada 3 ou 300 kpb (3 mil ou 300 mil pares de bases). Como exemplo, em um cromossomo humano médio existem, pelo menos, 200 pontos de origem. Como muitos genes ativos replicam no início da fase S, é possível que o papel de origens de replicação específicas seja o de coordenar a replicação do DNA com a transcrição dos genes. Células eucariontes, ao iniciarem a replicação em várias origens, apresentam então muitas unidades de replicação distribuídas ao longo do genoma, as quais se denominam réplicons. Em cada núcleo de mamífero existem 20.000 a 30.000 réplicons. As unidades de replicação que iniciam simultaneamente a síntese de DNA constituem as chamadas famílias de réplicons (em inglês, replicon clusters), e diferentes famílias destas iniciam em diferentes tempos. Cabe ressaltar que, a cada fase replicativa, todas as unidades de replicação do genoma nuclear são replicadas e que cada réplicon replica somente uma vez, dentro de um único período S. Um complexo enzimático isolado de leveduras, chamado complexo de reconhecimento de origem (ORC, em inglês), liga-se às origens de replicação e sinaliza para que outras proteínas reguladoras venham a se ligar também. Entre estas proteínas, está um grande complexo proteico, o complexo pré-replicativo ou pré-RC. Quando o complexo pré-RC liga-se a uma origem de replicação, o complexo ORC é fosforilado e o processo de replicação é iniciado. Depois de corrida a replicação, o complexo pré-RC se desliga daquela origem de replicação, impedindo outra leitura da mesma origem. Tanto as células procariontes como as eucariontes têm enzimas denominadas DNA-polimerases (DNApol), capazes de sintetizar DNA a partir de seus precursores. Para catalisarem essa síntese, os precursores de DNA devem estar presentes sob a forma de trifosfatos de desoxirribonucleosídios ou desoxirribonucleotídios trifosfatados. Os quatro desoxirribonucleotídios trifosfatados necessários para a síntese de DNA são dATP, dCTP, dTTP e dGTP, contendo as bases adenina (A), citosina (C), timina (T) e guanina (G), respectivamente. Além de serem moléculas estruturais, esses desoxirribonucleotídeos proporcionam energia para a síntese dos novos filamentos de DNA, porque, enquanto são precursores, estão trifosfatados, mas quando incorporados na nova cadeia do DNA são apenas na forma de monofosfatos. A ruptura das ligações fosfato excedentes fornece a energia necessária para a síntese de DNA. Simultaneamente, fosfato inorgânico é liberado. Todas as DNA- polimerases descobertas até hoje obedecem às seguintes propriedades: Células eucariontes apresentam, pelo menos, quatro DNA-polimerases localizadas no núcleo. As DNA-polimerases α e δ são responsáveis pela replicação do DNA nuclear e corresponderiam à polimerase III e E. coli. Durante a replicação do DNA nuclear, parece que essas duas enzimas, em uma conformação dimérica, exercem, exercem suas funções simultaneamente. Em função de suas características particulares, presumivelmente, a poli-δ replica a cadeia contínua enquanto a poli-α replica de maneira descontínua a outra cadeia a retardatária. A polimerase ε parece estar relacionada com os mecanismos de reparo, embora sua função precisa permaneça incerta. A quarta enzima de localização nuclear, a DNA-polimerase β é pequena e funciona no processo de reparo. Ainda existe a DNA-polimerase γ que é responsável pela replicação do DNA presente nas mitocôndrias. TIPOS DE DIVISÃO CELULAR Ocorrem dois tipos mitose e meiose: Antes de uma célula se dividir, formando duas novas células, os cromossomos se duplicam no núcleo. Formam-se dois novos núcleos cada um com 46 cromossomos. A célula então divide o seu citoplasma em dois com cada parte contendo um núcleo com 46 cromossomos no núcleo. Esse tipo de divisão celular, em que uma célula origina duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos existentes na célula mãe, é chamado de mitose. Portanto, a mitose garante que cada uma das células-filhas receba um conjunto complementar de informações genéticas. A mitose permite o crescimento do indivíduo, a substituição de células que morrem por outras novas e a regeneração de partes lesadas do organismo. Na formação de espermatozoides e de óvulos, ocorre outro tipo de divisão celular: a meiose. Nesse caso, os cromossomos também se duplicam no núcleo da célula- mãe (diploide), que vai se dividir e formar gametas (células-filhas, haploides). Mas, em vez de o núcleo se dividir uma só vez, possibilitando a formação de duas novas células-filhas, na meiose o núcleo se divide duas vezes. Na primeira divisão, originam-se dois novos núcleos; na segunda, cada um dos dois novos núcleos se divide, formando-se no total quatro novos núcleos. O processo resulta em quatro células-filhas, cada uma com 23 cromossomos. MITOSE Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras células. A mitose acontece na maioria das células de nosso corpo. A partir de uma célula inicial, formam-se duas células idênticas e com o mesmo número de cromossomos. Isso ocorre porque, antes da divisão celular, o material genético da célula (nos cromossomos) é duplicado. A mitose é um processo importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de regeneração dos tecidos do corpo, pois ocorrem nas células somáticas. Apesar de ser um processo contínuo, a mitose apresenta cinco fases. Fases da Mitose : •Prófase A prófase é a fase mais longa da mitose. Nela se verificam alterações no núcleo e no citoplasma celular: Modificação no núcleo – de início se observa um aumento do volume nuclear. Isso ocorre porque o citoplasma cede água Esse fato faz com que o citoplasma se torne mais denso. No começo da prófase cada cromossomo se apresenta constituído por dois filamentos denominados cromátides, unidos pelo centrômero ao núcleo. À medida que a prófase progride, os cromossomos tornam-se curtos e aumentam sua espessura. É a espiralização cromossômica. Enquanto os cromossomos estão se condensando, o nucléolo começa a se tornar menos evidente, desaparecendo ao final da prófase. O desaparecimento do nucléolo está relacionado ao fato de cessar a síntese de RNA nos cromossomos. Sendo o nucléolo um local de intensa síntese de RNA-r, com a condensação dos cromossomos essa síntese cessa e o nucléolo desaparece. Modificação do citoplasma – no citoplasma verifica-se a duplicação dos centríolos. Após duplicarem-se, estes migram em direção aos polos da célula. •Prometáfase A prometáfase começa com a desintegração da carioteca. Quando isso acontece, os cromossomos caem no citoplasma e dirigem-se à região equatorial da célula, aonde vão se prender as fibras do fuso por meio de centrômero. •Metáfase Na metáfase os cromossomos presos ao fuso pelo centrômero, encontram-se no plano equatorial da célula formando a chamada placa metafásica ou equatorial. Nessa fase da divisão celular, os cromossomos permanecem parados por um longo tempo. Enquanto isso, no citoplasma, verifica-se intensa movimentação de partículase organelas, que se dirigem equitativamente para polos opostos da célula. • Anáfase A anáfase inicia-se no momento em que o centrômero de cada cromossomo duplicado divide-se longitudinalmente, separando as cromátides-irmãs. Assim que separam, as cromátides passam a ser chamadas de cromossomos-irmãos, e são puxados para os polos opostos da célula, orientados pelas fibras do fuso. • Telófase Telófase é a última fase da mitose. Nela ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na prófase e início da prometáfase. A carioteca se reorganiza, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro e as fibras cimetocóricas desaparecem e o nucléolo se reorganiza (com a descondensação dos cromossomos inicia-se a síntese de RNA e consequentemente o núcleo reaparece). MEIOSE Meiose é o nome dado ao processo de divisão celular através do qual uma célula tem o seu número de cromossomos reduzido pela metade.Nos organismos de reprodução sexuada a formação de seus gametas ocorre por meio desse tipo de divisão celular. Quando ocorre fecundação, pela fusão de dois desses gametas, ressurge uma célula diplóide, que passará por numerosas mitoses comuns até formar um novo indivíduo cujas células serão, também, diplóides. Nos vegetais, que se caracterizam pela presença de um ciclo reprodutivo haplodiplobionte, a meiose não tem como fim a formação de gametas,[1] mas, sim, a formação de esporos. Curiosamente, nos vegetais a meiose relaciona-se com a porção assexuada de seu ciclo reprodutivo. A meiose permite a recombinação gênica, de tal forma que cada célula diplóide é capaz de formar quatro células haplóides (três no caso da oogênese) geneticamente diferentes entre si. Isso explica a variabilidade das espécies de reprodução sexuada. A meiose conduz à redução do número dos cromossomos à metade. A primeira divisão é a mais complexa, sendo designada divisão de redução. É durante esta divisão que ocorre a redução à metade do número de cromossomos. Na primeira fase, os cromossomos emparelham-se e trocam material genético (entrecruzamento ou crossing-over), antes de separar-se em duas células filhas. Cada um dos núcleos destas células filhas tem só metade do número original de cromossomos. Os dois núcleos resultantes dividem-se na Meiose II (ou Divisão II da Meiose), formando quatro células (três células no caso da oogênese). Qualquer das divisões ocorre em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Fases da Meiose •Prófase I Fase de grande duração, devido aos fenômenos que nela ocorrem e que não são observados na mitose. Os cromossomos - já com as duas cromátides - tornam-se mais condensados. Ocorre o emparelhamento dos cromossomos homólogos – Sinapse (complexo sinaptonémico), formando um Bivalente, Díada Cromossómica ou Tétrada Cromatídica (cromatídios). Durante a Sinapse, podem surgir pontos de cruzamento entre as cromátides dos cromossomos homólogos – Quiasmas (quiasmata), ao nível do qual pode ocorrer quebra das cromátides, levando a trocas de segmentos dos Bivalentes – Crossing-over (que contribui para o aumento da variabilidade dos descendentes). Desaparece o nucléolo e a membrana nuclear. Os centríolos migram para os polos da célula e forma-se o fuso acromático. •Metáfase I Os bivalentes ligam-se aos microtúbulos do fuso acromático pelo centrômero, com os quiasmas no plano equatorial e os centrómeros voltados para os pólos opostos. • Anáfase I A anáfase I é caracterizada pelo deslocamento dos cromossomos homólogos para pólos opostos na célula. Neste caso, diferentemente da mitose, as cromátides irmãs não se separam, o que ocorre é disjunção dos pares homólogos duplicados (constituídos por duas cromátides unidas pelo centrômero). • Telófase I Descondensação do nucléolo e formação de dois núcleos com metade do número de cromossomos. • Citocinese Pode não ocorrer – divisão do citoplasma, por ação do anel contráctil que leva à formação de duas células haploides (n). •Intercinese Entre a meiose I e a meiose II ocorre um pequeno intervalo chamado de intercinese. Nesse intervalo não ocorre duplicação de DNA. •Meiose II A Meiose II é exatamente semelhante à Mitose. A formação de células haplóides só é possível porque ocorre durante a Meiose II, a separação das cromátides que formam as díades. • Prófase II: Cromossomos condensam-se, o centríolo divide-se e a carioteca e o nucléolo (não representado), desaparecem. Os cromossomos se encontram espalhados pela célula. • Metáfase II: - Cromossomos no equador da célula ligados às fibras polares pelas fibras cinetócóricas. Duas fibras polares, uma de cada lado, ligam-se á cada cromátide-irmã e irradiam-se para pólos opostos. • Anáfase II: Os centrômeros se dividem e cada cromátide de um cromossomo dirige- se para um pólo da célula. • Telófase II: - Os cromossomos já divididos (n) estão nos pólos de cada célula. As fibras do fuso desaparecem e a carioteca e o nucléolo (não representado), reorganizam-se. Então ocorre a citocinese resultando em quatro células n. CÉLULAS TRONCO As células-tronco possuem a capacidade de se transformarem em qualquer célula do corpo, podendo assim replicarem-se várias vezes, diferentemente de outras células do organismo. Esse tipo de célula pode ser encontrado em células embrionárias e em diversas partes do corpo, por exemplo, no sangue, na placenta, no cordão umbilical, na medula óssea, dentre outros. Além disso, essa capacidade de renovação que acontece por meio da divisão celular, pode ocorrer de maneira induzida nas células-tronco após períodos de inatividade. As células Tronco pode ser de 4 tipos : • Totipotentes: são àquelas capazes de originar um organismo completo, já que possuem a capacidade de gerar todos os tipos de células e tecidos do corpo, incluindo os tecidos embrionários e os extraembrionários (como a placenta, por exemplo). As células-tronco totipotentes podem ser exemplificadas pelo óvulo fecundado (zigoto) e pelas primeiras células provenientes do zigoto. • Pluripotentes: Apesar de não poderem originar um indivíduo completo, porque não são capazes de gerar tecidos extraembrionários, as células- tronco pluripotentes possuem a capacidade de gerar células dos três folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma). Um dos principais exemplos de célula-tronco pluripotentes naturais são as células- tronco embrionárias. • Multipotentes: Possuem a capacidade de gerar um número limitado de células especializadas, as quais podem ser encontradas em quase todo o corpo e são capazes de originar células dos tecidos de que são provenientes. Exemplos de células-tronco multipotentes são as células da medula óssea, as células neurais do cérebro, as células do sangue presente no cordão umbilical e as células mesenquimais. • Unipotentes: Dado que são os tipos mais diferenciados de células- tronco, as células-tronco unipotentes são capazes de se diferenciar ao longo de apenas uma linhagem e são encontradas em tecidos adultos. CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS-TRONCO As células-tronco possuem três características gerais : • dividem-se dando origem a células iguais a ela, • são indiferenciadas e • podem dar origem a células especializadas ou diferenciadas. Os cientistas estão tentando entender: → porque as células-tronco embrionárias têm a capacidade de proliferar durante longos períodos, mais de um ano, em laboratório, sem diferenciarem-se →quais são os fatores nos organismos vivos quenormalmente regulam a proliferação e renovação dessas células. A elucidação dessas questões pode esclarecer como a proliferação é regulada durante o desenvolvimento embrionário normal e durante o processo de divisão celular alterado que leva ao câncer. Além disso, tais informações permitiriam que os cientistas conseguissem cultivar células-tronco embrionárias em laboratório com mais eficiência. As células-tronco são capazes de s e renovar por longo período. Ao contrário de células diferenciadas como musculares, sanguíneas ou nervosas, que não se dividem mais, as células-tronco replicam-se muitas vezes. Uma população inicia l de células-tronco pode multiplicar-se em laboratório muitas vezes. Células com essa característica são ditas o auto-renováveis. Foram necessários mais de 20 anos de pesquisas para que se aprendesse a cultivar células embrionárias sem que elas se diferenciassem espontaneamente. Assim sendo, uma importante área de estudo com células-tronco é entender os sinais, no organismo maduro, que mantém a população de células-tronco proliferando e indiferenciadas até que elas sejam necessárias para reparar em tecido. Essa informação é fundamental para que os cientistas possam cultivar grande número de células indiferenciadas no laboratório para experimentação futura. , pois não possuem nenhuma estrutura tecido- específica que permita a realização de funções especializadas com o, por exemplo, produzir saliva, contrair-se ou transmitir impulsos nervosos. As células-tronco podem originar células especializadas. Quando células indiferenciadas originam células especializadas, o processo é chamado diferenciação. O entendimento dos sinais internos e externos da célula que desencadeiam a diferenciação é ainda incipiente. Os sinais internos são controlados pelos genes, que são os portadores das instruções para o funcionamento da célula. Os sinais externos para a diferenciação incluem substancias químicas secretadas por outras células, contato físico com células vizinhas e certas moléculas no microambiente célula Muitas questões sobre células-tronco permanecem sem resposta. Por exemplo, os sinais internos e externos para a diferenciação são os mesmos para todas as células? Existe um conjunto de sinais que pode ser identificado como indutores de diferenciação para todos os tipos de células? Respostas a essas perguntas podem levar os 25 pesquisadores a encontrar novas maneiras de controlar a diferenciação de células-tronco em laboratório, uma vez que o cultivo de células ou tecidos pode ser usado para propósitos específicos inclusive terapia celular. As células-tronco encontradas em organismos não embrionários, denominadas células-tronco do adulto, normalmente dão origem aos tipos celulares dos tecidos nos quais residem. Por exemplo, célula-tronco de medula óssea normalmente origina células do sangue como hemácias, células brancas e plaquetas. Até recentemente se achava que células hematopoéticas - células que dão origem às células do sangue – não fossem capazes de gerar células de um tecido diferente, como células nervosas do cérebro. Entretanto, muitos experimentos realizados nos últimos anos mostraram que células- tronco de um tecido podem originar células de um tecido diferente, um fenômeno denominado plasticidade . Um exemplo de plasticidade é a origem de neurônios, de células musculares cardíacas e de células produtoras de insulina a partir de células hematopoéticas. Assim, a possibilidade de usar células-tronco de adulto para terapias celulares tornou-se uma área de investigação muito ativa. AS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS Estágios do desenvolvimento embrionário importantes para gerar células- tronco embrionárias as células tronco-embrionárias são derivadas de embriões. No caso da espécie humana, os pesquisadores utilizam apenas células- tronco de embriões que foram obtidos a partir de óvulos fertilizados in vitro e que foram doados para fins de pesquisa científica. Os embriões dos quais as células-tronco humanas são derivados têm cerca de 4 a 5 dias e estão no estágio de blastocisto . Os blastocistos têm três estruturas: o trofoblasto que é uma camada de células que rodeia o blastocisto, a blastocele – cavidade no interior do blastocisto e a massa interna de células, com aproximadamente 30 células, localizada numa extremidade da blastocele. Fases iniciais do desenvolvimento embrionário. → A - Estágio de 8 células, → B – Mórula, → C – início de blastocisto, → D – blastocisto. A ,B, C, D Zona pelúcida Mas a interna de células Cavidade do blastocisto, trofoblasto, Zona pelúcida em degeneração . Células embrionárias são classificadas em : •Células-tronco totipotentes: as quais geram tecidos extraembrionários originando organismos completos. Elas podem se diferenciar em todos os tecidos do corpo humano. Um exemplo é o zigoto. •Células-tronco pluripotentes: especializadas em gerar células dos três folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma). Assim, elas podem se transformar em quase todos os tecidos do corpo, exceto placenta e anexos embrionários. Células Tronco Adultas As células-tronco adultas são células indiferenciadas que possuem a função de renovar e reparar os tecidos do corpo. Porém, elas são menos versáteis do que as células-tronco embrionárias. No organismo vivo células-tronco do adulto têm a função de manter e reparar os tecidos nos quais elas se encontram. Essas células são também chamadas células-tronco “adultas” ou células-tronco teciduais. A origem das células-tronco do adulto nos tecidos é desconhecida. Nos últimos anos, células-tronco do adulto ser usadas em transplantes de células. Na realidade, as células-tronco da medula óssea foram encontradas em um número grande de tecidos. Esse fato levou os cientistas a se perguntarem se elas não poderiam (hematopoiéticas), que dão origem às células do sangue, vem sem transplantes a cerca de 30 anos. Certos tipos de células-tronco do adulto têm a habilidade do usadas em de se diferenciarem num grande número de tipos celulares quando colocadas em ambiente apropriado. Se a diferenciação dessas células puder ser controlada em laboratório. Elas poderão vir a ser tornar a base para terapias de muitas doenças. As células-tronco adultas são encontradas em todas as partes do corpo humano, especialmente na medula óssea e sangue do cordão umbilical, sendo retiradas dos próprios pacientes para fins medicinais. Em outras palavras, as células-tronco adultas apresentam maior dificuldade para se dividirem que as embrionárias e, por isso, as pesquisas atuais utilizam em grande parte as célula-tronco embrionárias, Cientistas do mundo inteiro estão tentando encontrar maneiras de crescer células-tronco do adulto em cultura e manipula- las para gerar tipos celulares específicos que com o intuito de produzirem outras possam ser usados no tratamento de lesões de diferentes tipos. Alguns exemplos de potenciais tratamentos incluem a substituição de células produtoras de dopamina no cérebro de doentes de Parkinson, células produtoras de insulina para tratamento de diabetes do tipo I e reparo do músculo cardíaco danificado por enfarto com células da musculatura do coração. SEMELHANÇAS ENTRE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS E CÉLULAS- TRONCO DO ADULTO Tanto as células-tronco embrionárias humanas como as células-tronco do adulto apresentam vantagens e desvantagens com relação ao seu potencial de uso em terapia celular regenerativa. É claro que as células-tronco embrionárias são pluripotentes enquanto as células-tronco do adulto são multipotentes. Assim sendo,as células- tronco do adulto são geralmente limitadas a diferenciar nos tipos de células diferentes presentes em seus tecidos ou órgãos. Entretanto, há evidencias de plasticidade, como comentado acima, aumentando assim o número de tipos celulares que elas podem originar. Grande número de células-tronco embrionárias pode ser obtido em cultura, enquanto as células-tronco de adulto são raras nos tecidos e os métodos para expandir seu número em cultura ainda não foram desenvolvidos. Essa é uma diferença importante, pois um grande número de células é necessário para as terapias regenerativas.Uma vantagem potencial do uso de células-tronco do adulto é que as células do próprio paciente podem ser expandidas e reintroduzidas. Isso significa que não haverá problemas de rejeição das células transplantadas. Células-tronco induzidas As células-tronco induzidas são aquelas produzidas em laboratório, as primeiras foram produzidas a partir de células da pele, em 2007. Após alguns teste, foi comprovado que estas células podiam se diferenciar nos três folhetos embrionários. E tem sido daí que são retiradas as células para reprogramação, mesmo que teoricamente, qualquer tecido do corpo possa ser reprogramado. O processo de reprogramação se dá através da inserção de um vírus contendo 4 genes. Estes genes se inserem no DNA da célula adulta, como, por exemplo, uma da pele, e reprogramam o código genético. Com este novo programa, as células voltam ao estágio de uma célula-tronco embrionária e possuem características de autorrenovação e capacidade de se diferenciarem em qualquer tecido. Assim, elas são retiradas de um individuo adulto, o que diminui alguns dos conflitos bioéticos do uso de células-tronco ao excluir o uso de embriões. Essas células representam a possibilidade de tratamento de alguns tipos de doenças, pois representam a possibilidade de reconstrução de tecidos e órgãos. Aspectos éticos do uso das células-tronco embrionárias humanas Células-tronco embrionárias humanas pluripotentes, são capazes de gerar qualquer tipo celular do organismo, exceto a célula da placenta. Sabe-se que 90% dos embriões gerados em clínicas de fertilização e que são inseridos em um útero, em condições ideais, não geram vida. Embriões de má qualidade, que não tem potencial de gerar vida, mantem a capacidade de gerar linhagens de células-tronco embrionárias e, portanto, de gerar tecidos. A certeza de que células tronco embrionárias humanas podem produzir células e órgãos que são geneticamente idênticos ao paciente ampliaria a lista de pacientes elegíveis para tal terapia. A técnica de clonagem terapêutica para obtenção de células-tronco Primeiramente o que é clonagem ? A CLONAGEM é um mecanismo comum de propagação da espécie em plantas ou bactérias. De acordo com Webber (1903) um clone é definido como uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original e entre elas. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se originam da divisão de um óvulo fertilizado. A grande revolução da Dolly, que abriu caminho para possibilidade de clonagem humana, foi a demonstração, pela primeira vez, de que era possível clonar um mamífero, isto é, produzir uma cópia geneticamente idêntica, a partir de uma célula somática diferenciada. A grande notícia da Dolly foi justamente a descoberta de que uma célula somática de mamífero, já diferenciada, poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser totipotente. Isto foi conseguido através da transferência do núcleo de uma célula somática da glândula mamária da ovelha que originou a Dolly para um óvulo enucleado. Surpreendentemente, este começou a comportar-se como um óvulo recém-fecundado por um espermatozóide. Isto provavelmente ocorreu porque o óvulo, quando fecundado, tem mecanismos, para nós ainda desconhecidos, para reprogramar o DNA de modo a tornar todos os seus genes novamente ativos, o que ocorre no processo normal de fertilização. Para a obtenção de um clone, este óvulo enucleado no qual foi transferido o núcleo da célula somática foi inserido em um útero de uma outra ovelha. No caso da clonagem humana reprodutiva, a proposta seria retirar-se o núcleo de uma célula somática, que teoricamente poderia ser de qualquer tecido de uma criança ou adulto, inserir este núcleo em um óvulo e implantá-lo em um útero (que funcionaria como uma barriga de aluguel). Se este óvulo se desenvolver teremos um novo ser com as mesmas características físicas da criança ou adulto de quem foi retirada a célula somática. Seria como um gêmeo idêntico nascido posteriormente. Dolly só nasceu depois de 276 tentativas que fracassaram. Além disso, dentre as 277 células "da mãe de Dolly" que foram inseridas em um óvulo sem núcleo, 90% não alcançaram nem o estágio de blastocisto. A tentativa posterior de clonar outros mamíferos tais como camundongos, porcos, bezerros, um cavalo e um veado também tem mostrado uma eficiência muito baixa e uma proporção muito grande de abortos e embriões malformados. Penta, a primeira bezerra brasileira clonada a partir de uma célula somática morreu adulta, em 2002, com um pouco mais de um mês. Ainda em 2002, foi anunciada a clonagem do copycat o primeiro gato de estimação clonado a partir de uma célula somática adulta. Para isto foram utilizados 188 óvulos que geraram 87 embriões e apenas um animal vivo. Na realidade, experiências recentes, com diferentes tipos de animais, têm mostrado que esta reprogramação dos genes, para o estágio embrionário, o qual originou Dolly, é extremamente difícil. Apesar de todos estes argumentos contra a clonagem humana reprodutiva, experiências com animais clonados têm nos ensinado muito acerca do funcionamento celular. Por outro lado, a tecnologia de transferência de núcleo para fins terapêuticos, chamado clonagem terapêutica, poderá ser extremamente útil para obtenção de células- tronco. Se em vez de inserir em um útero o óvulo cujo núcleo foi substituído por um de uma célula somática deixar que ele se divida no laboratório tem a possibilidade de usar estas células - que na fase de blastocisto são pluripotentes - para fabricar diferentes tecidos. Isto abrirá perspectivas fantásticas para futuros tratamentos, porque hoje só se consegue cultivar em laboratório células com as mesmas características do tecido do qual foram retiradas. É importante que as pessoas entendam que, na clonagem para fins terapêuticos, serão gerados só tecidos, em laboratório, sem implantação no útero. Não se trata de clonar um feto até alguns meses dentro do útero para depois lhe retirar os órgãos como alguns acreditam. Também não há porque chamar esse óvulo de embrião após a transferência de núcleo porque ele nunca terá esse destino. Uma pesquisa publicada na revista Sciences por um grupo de cientistas coreanos (Hwang e col., 2004) confirma a possibilidade de obter-se células-tronco pluripotentes a partir da técnica de clonagem terapêutica ou transferência de núcleos (TN). O trabalho foi feito graças a participação de dezesseis mulheres voluntárias que doaram, ao todo, 242 óvulos e células "cumulus" (células que ficam ao redor dos óvulos) para contribuir com pesquisas visando à clonagem terapêutica. As células cumulus, que já são células diferenciadas, foram transferidas para os óvulos dos quais haviam sido retirados os próprios núcleos. Dentre esses, 25% conseguiram se dividir e chegar ao estágio de blastocisto, portanto, capazes de produzir linhagens de células-tronco pluripotentes. A clonagemterapêutica teria a vantagem de evitar rejeição se o doador fosse a própria pessoa. Seria o caso, por exemplo, de reconstituir a medula em alguém que se tornou paraplégico após um acidente ou para substituir o tecido cardíaco em uma pessoa que sofreu um infarto. Entretanto, esta técnica tem suas limitações. O doador não poderia ser a própria pessoa quando se tratasse de alguém afetado por doença genética, pois a mutação patogênica causadora da doença estaria presente em todas as células. No caso de usar-se linhagens de células- tronco embrionárias de outra pessoa, ter-se-ia também o problema da compatibilidade entre o doador e o receptor. Seria o caso, por exemplo, de alguém afetado por distrofia muscular progressiva, pois haveria necessidade de se substituir seu tecido muscular. Ele não poderia utilizar- se de suas próprias células-tronco, mas de um doador compatível que poderia, eventualmente, ser um parente próximo. Além disso, não sabemos se, no caso de células obtidas de uma pessoa idosa afetada pelo mal de Alzheimer, por exemplo, se as células clonadas teriam a mesma idade do doador ou se seriam células jovens. Uma outra questão em aberto diz respeito à reprogramação dos genes que poderiam inviabilizar o processo dependendo do tecido ou do órgão a ser substituído. Em resumo, por mais que sejamos favoráveis à clonagem terapêutica, trata-se de uma tecnologia que necessita de muita pesquisa antes de ser aplicada no tratamento clínico. Por este motivo, a grande esperança, a curto prazo, para terapia celular, vem da utilização de células-tronco de outras fontes POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO HUMANAS E OS OBSTÁCULOS A SEREM VENCIDOS PARA VIABILIZAR SEU USO EM TERAPIA Há vários entraves de ordem técnica que precisam ser vencidos para que as células-tronco possam passar a ser empregadas rotineiramente em terapia celular. Um dos principais objetivos das pesquisas com células-tronco embrionárias humanas é a identificação de como as células indiferenciadas tornam-se diferenciadas. Os cientistas sabem ligar ou desligar determinados genes é um processo crucial. Algumas das mais sérias condições médicas como câncer e defeitos congênitos são devidos a anormalidades na divisão celular anormal e na diferenciação. Uma melhor compreensão do controle genética e molecular desses processos pode dar informações sobre como tais doenças ocorrem e sugerir novas estratégias para terapia. Os cientistas ainda não compreendem completamente os sinais que ligam ou desligam genes na diferenciação das células-tronco. Para realizar as promessas de uso, os cientistas devem ser capazes de reproduzir, manipular e diferenciar as células em número suficiente para os transplantes. A seguinte lista de passos precisa ser obtida: • Proliferar extensivamente e gerar quantidades suficientes de tecido, • Diferenciar as células no tipo celular desejado, • Garantir a sobrevivência das células no corpo do transplantado, após o transplante • Garantir a integração das células transplantadas no tecido do receptor, • Garantir o correto funcionamento das células durante o período de vida do transplantado • Evitar qualquer tipo de dano no transplantado, inclusive rejeição. Legislação sobre a utilização de células tronco •Brasil – permite a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos para fins de pesquisa e terapia, desde que sejam embriões inviáveis ou estejam congelados por mais de três anos.6 em todos os casos, é necessário o consentimento dos pais. A comercialização do material biológico é crime. Em 29 de maio de 2008 o supremo tribunal federal confirmou que a lei em questão é constitucional, ratificando assim o posicionamento normativo dessa nação. •Alemanha – permite a pesquisa com linhagens de células-tronco existentes e sua importação, mas proíbe a destruição de embriões. •Coreia do sul – permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. •Rússia – permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. •Reino unido – tem uma das legislações mais liberais do mundo e permite a clonagem Itália – proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias humanas e sua importação terapêutica. •Japão – permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. •Itália – proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias humanas e sua importação. •Índia – proíbe a clonagem terapêutica, mas permite as outras pesquisas. •França – não tem legislação específica, mas permite a pesquisa com linhagens existentes de células-tronco embrionárias e com embriões dedescarte. •Estados unidos – proíbe a aplicação de verbas do governo federal a qualquer pesquisa envolvendo embriões humanos. Entretanto, estados como a califórnia permitem e patrocinam esse tipo de pesquisa, inclusive a clonagem terapêutica. •China – permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. GASTOS Elas representam uma chance para a descoberta de tratamentos para doenças incuráveis como mal de Parkinson, diabetes, lesões na medula e graves problemas no coração. As células-tronco embrionárias estão hoje no centro das atenções das pesquisas científicas do mundo. No Brasil, o dia 2 de março de 2005 representou o início para o processo de estudos com esse tipo de célula. Com a aprovação da lei de biossegurança no congresso nacional, foi autorizada a manipulação deembriões congelados há mais de três anos nas clínicas de fertilização, que não serão utilizados por não terem a capacidade de se desenvolverem em feto ou por serem excedentes. O ministério da saúde e o ministério da ciência e tecnologia, por meio do conselho nacional de desenvolvimento científico e tecnológico anunciaram para o final de abril o lançamento de um edital no valor de R$ 5 milhões para financiar estudos com células-tronco. Esses valores poderão ser ampliados para R$ 8 milhões, dependendo de negociações entre os dois ministérios. Os recursos serão usados para custear as chamadas pesquisas em fase pré-clínica (estudos de bancada e experimentos com animais) e clínica (experimentos em seres humanos). O diretor do departamento de ciência e tecnologia do ministério da saúde, Reinaldo Guimarães, diz que a publicação do edital já estava prevista antes da aprovação da lei de biossegurança, porém englobava apenas experimentos com células-tronco adultas e de cordão umbilical. Agora, os recursos também poderão ser usados para estudos com as embrionárias. Conclusão Pode-se concluir então que a na Divisão celular,as distinções entre os dois ciclos, na qual a mitose é uma divisão equacional, em que as células-filhas possuem o mesmo número cromossômico. E a meiose é um processo reducional (as células-filhas têm metade do número de cromossomos da célula-mãe). Verificou-se também que o emparelhamento dos cromossomos só ocorre na meiose, assim como a união das cromátides irmãs permanece intacta; o processo de recombinação e crossing-over; as células haplóides do final da meiose contêm informação genética amplamente reorganizada e ausência da duplicação de DNA entre a primeira e segunda divisões. Percebeu-se ainda que ocasionalmente, o processo meiótico ocorre anormalmente e os homólogos não se separam – um fenômeno conhecido como não-disjunção. Já nas células tronco, conclui-se que as células-tronco são células que terão a capacidade de se multiplicar em qualquer tipo de tecido com exceção donervoso. Elas são de extrema importância pois podem permitir transplantes de órgãos incompletos. Suponhamos que uma pessoa que nasceu com uma bexiga urinária deformada e no hospital para que, juntos, realizem o desenvolvimento de células-tronco numa parte de um tecido de uma bexiga urinária saudável para desenvolver uma bexiga nova. As células-tronco só se reproduzirão em tecidos simples, não complexos como o do coração, rins e pulmões. De forma bem simplificada, células-tronco são células primitivas, produzidas durante o desenvolvimento do organismo e que dão origem a outros tipos de células. Existem vários tipos de células-tronco: 1. Totipotentes – podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias; 2. Pluripotentes – podem produzir todos os tipos celulares do embrião; 3. Multipotentes – podem produzir células de várias linhagens; 4. Oligopotentes – podem produzir células dentro de uma única linhagem e 5. Unipotentes – produzem somente um único tipo celular maduro. As células embrionárias são consideradas pluripotentes porque uma célula pode contribuir para formação de todas as células e tecidos no organismo. Referencias Bibliográficas Fon Divisão celular" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2018. Consultado em 07/11/2018 às 16:34. Disponível na Internet em te: Rede Nacional de Terapia Celular. ALBERTS, B. et. al. Fundamentos da Biologia Celular. São Paulo. https://www.todamateria.com.br/celulas-tronco/ Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?vide o=15428 Gilbert, S. F. Biologia do Desenvolvimento. Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora, 5 ed., 2003. Zatz, Mayana. "Clonagem e células-tronco". Cienc. 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