Buscar

RESUMO DE ECONOMIA POLITICA

Prévia do material em texto

A estrutura da narrativa é uma SEQUÊNCIA DE FATOS relacionados entre si de forma coerente, em que há uma ordem TEMPORAL e CASUAL
Texto Narrativo: 
Objetivo: Expor os fatos relevantes do caso concreto a ser solucionado no Judiciário
Importancia do fato: Cada fato representa uma informação que compõe a situação fática a ser conhecida pelo judiciário.
Tempo verbal utilizado: O pretérito é o tempo fundamental. O presente é usado para os fatos que se iniciaram no passado e que perduram até o momento da narração. O futuro não é utilizado porque fatos futuros são incertos, hipotéticos.
Pessoa do discurso: Utiliza-se da 3ª pessoa do singular, por marcar a imparcialidade do advogado, passando, assim, maior veracidade aos fatos narrados.
Organização: Os fatos são narrados e descritos em ordem. Pretéritos (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), porque todos os fatos narrados já ocorreram. O presente é usado somente cronologicamente, isto é, na mesma ordem em que aconteceram no mundo natural (= relógio/calendário)
Perfeito – expressa uma ação pontual, ocorrida em um momento anterior à fala.
Imperfeito – expressa uma ação contínua, ocorrida em um intervalo de tempo à fala.
Mais que perfeito – contrasta um acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao momento da fala.
Elementos Constitutivos da narrativa: O quê? (fato gerador do conflito/pedido) ; quem? (partes processuais); onde? (local do fato); quando? (momento do fato ? dia, mês, ano); como? (modo como os fatos ocorreram); por quê? (nexo de causalidade/razão/motivo/consequência).
*O quê? - É sempre um fato jurídico. EX: No caso do porteiro Maximiniano: O quê? É o homicidio e NÃO a briga de casal. No caso da Iolanda: O quê? É o constrangimento e NÃO a forte diarreia. 
Natureza do texto: A narrativa possui função informativa, mas é também entendida como um excelente recurso persuasivo a serviço da argumentação. 
NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS - É uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial (não tem preferência)
NARRATIVA VALORADA DOS FATOS -É uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o pedido (pretensão da parte autora) e recorre a modalizadores. Parcial (defende um ponto de vista) USA-SE MODALIZADORES
1) Primeiro passo para a elaboração de uma narrativa é selecionar os fatos a serem relatados.
O quê – fato/ação Quem – partes envolvidas: autor e réu Como – modo como o fato/ação é desenvolvida Onde – momento em que o fato ocorreu Por quê – motivo dos acontecimentos
*Começar com: Trata-se de... 
*Terminar com: É o parecer/relatório 
EX: O quê, Quando, Onde, Quem:
Trata-se de um pedido de indenização por danos morais e materias , devido ao acidente no dia 9 de setembro de 2014, no Parque de DIversões Mundo da Fantasia, Avenida Alegria, Barra da Tijuca, Rj que resultou na internação de Jóse da Silva. 
Como/ Por quê Decorrer dos fatos ( pode ser parcial ou imparcial). 
*Não se deve confundir relatar com resumir; tendo, pois, que relatar e descrever a cada parágrafo apenas um fato, as provas referentes a ele, e as circunstâncias em que o fato ocorreu.
IMPORTANTE:
1. Não inicie a narrativa jurídica pela data ou outro elemento similar (lugar, horas), pois o texto deve ser iniciado sempre pelo seu protagonista e na narrativa jurídica o protagonista é o autor. Logo, inicie a narrativa jurídica sempre pelo autor da Petição Inicial. Não há necessidade de qualificá-lo, pois as descrições do autor já foram feitas anteriormente, em outro momento (Qualificação das Partes).
2. Não faça uma narrativa jurídica confusa, ora usando o nome civil das partes, ora usando as nomenclaturas autor e réu. Esse procedimento afeta a clareza textual.
3. Na narrativa jurídica, a repetição da nomenclatura autor e réu faz-se necessária à clareza do texto.
4. Se usar Autor com a primeira letra maiúscula ou todo ele em caixa alta, ou até negritado, adotar o mesmo critério para a parte contrária. Não estabelecer diferenças de estilo de escrita entre as partes para evitar interpretações distorcidas.
5. Não se posicione na narrativa jurídica, com a intenção de defender uma tese, isto é, não se justifica, não se fundamenta neste primeiro momento; narram-se apenas os fatos relevantes (fatos simples- auxiliam na composição da lide) e os relevantes juridicamente (fato jurídico- deste advêm consequências jurídicas/direito subjetivo lesionado) necessários à compreensão da lide.
6. Não fazer resumo dos fatos, mas sim a narração dos fatos. Logo narrar e resumir são institutos bem distintos. Para isso, a cada parágrafo narrar e descrever apenas um (1) fato, sempre que possível acompanhado de uma prova ou de um indício, e as circunstâncias em que o fato ocorreu.
7. Não se usa na narrativa jurídica, elaborada pelos representantes legais das partes, nomenclatura jurídica nem tampouco dispositivos legais. Nesse elemento trabalha-se apenas com NARRAÇÃO e DESCRIÇÃO DOS FATOS, PROVAS e CIRCUNSTÂNCIAS em que o fato aconteceu.
8. Não se faz uso dos conectores subordinativos, pois eles fazem parte da argumentação e não da narração. Deve-se optar sempre pelos conectores coordenativos.
9. Evite a expressão “Ocorre que” (verbo + a conjunção integrante “que”) em sua narrativa jurídica, que vem sendo usada frequentemente nos textos jurídicos, mas sem preservar o sentido de sua etimologia. Pode-se vislumbrar, nos textos jurídicos, que há um processo de polissemia (múltiplos sentidos) em relação a esse fenômeno.
10. Cuidado! O advérbio “onde” indica o lugar (estático) em que se está ou em que se passa algum fato. Geralmente, refere-se a verbos que exprimem permanência. O advérbio “onde” não deve ser usado em situações em que a ideia de lugar, mesmo que metaforicamente, não esteja presente. Em termos práticos, “onde” pode ser substituído por: em que lugar, no qual, em que.
11. Prefira a voz ativa à voz passiva. Exemplo: “A Autora e a avó materna cuidaram da criança, durante cinco anos, e o menor nunca recebeu a visita ou auxílio financeiro do Réu, mesmo tendo este reconhecido a paternidade”. Em vez de: “Durante cinco anos, a criança foi cuidada por sua mãe e sua avó materna, nunca tendo o menor recebido visita ou auxílio financeiro do genitor, mesmo tendo este reconhecido a paternidade”. A voz ativa possui força mais persuasiva.
12. Priorize a ordem direta (verbo + sujeito + o restante) em nome da clareza: O autor comprou um aparelho de ar condicionado fabricado pela “G” S. A., empresa sediada no Rio de Janeiro, em função da chegada do verão, em 15 de janeiro de 2015.
13. Lembrar-se sempre de que da narrativa lógica dos fatos que advém a conclusão, isto é, dos fatos narrados decorre logicamente o pedido.
14. Depois de selecionar os fatos, narre-os em ordem cronológica ou linear. 
Teoria Tridimensional 
DESCRITIVO FATO -O cliente de um determinado hotel fica ferido porque, enquanto ele dormia, se soltou doteto um pedaço de gesso.
VALORATIVO (INTERPRETAÇÃO/ QUALIFICAÇÃO DO FATO/ FONTES DO DIREITO) -A queda do gesso foi causada por negligência do hotel.
NORMATIVO ENQUADRAMENTO LEGAL/JUSTIFICATIVA/ ESTRUTURA DO ARGUMENTO SEM DESENVOLVIMENTO - A administração do hotel se comportou negligentemente e deve, por isso, indenizar o cliente.
 
Vozes: 
ATIVA: é usada quando o sujeito gramatical pratica a ação verbal. Indica, assim, que o sujeito gramatical é o agente da ação.
EX: O marido matou a esposa.
PASSIVA: é usada quando o sujeito gramatical sofre a ação verbal.
EX: A esposa foi morta pelo marido.
REFLEXIVA: é usada quando o sujeito gramatical pratica e sofre a ação verbal.
EX: O marido se matou.
POLIFONIA
Trata-se do uso de declaraçãoes e testemunhos de outras para enriquecer a narrativa. Nas narrativas essas citações nunca devem aparecer como discurso direto (ou seja, como fala integral). Tais citações devem compor o texto em forma de discurso indireto (uma produção que mistura as palavras do sujeito citado com a do narrador)
*Saber Citação Direta e Indireta 
*Saber discurso indireto e direto

Continue navegando