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RESUMO DE ECONOMIA POLÍTICA

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ECONOMIA POLÍTICA
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CONTEÚDO
Introdução
Economia: é ciência que distribui os recursos escassos as necessidades ilimitadas.
Política: é a ciência que estuda o surgimento do Estado.
Economia Política: é a ciência que estuda as relações do Estado com a Economia.
Evolução: Economia política é a ciência que estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais que visam atender as necessidades humanas, identificando as leis que regem tais relações. O termo foi originalmente introduzido por Antoine de Montchrestien em 1615 em seu livro "Tratado de Economia Política", com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia. Nesse livro o autor aborda temas como Monopólio, proteção para a indústria, trabalho, etc. O nome passou a ser utilizado para o estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. Em contraposição com as teorias do mercantilismo, e, posteriormente, da fisiocracia, nas quais o comércio e a terra, respectivamente, eram vistos como a origem de toda a riqueza, a economia política propôs (primeiro com Adam Smith) a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho é a fonte real do valor. No final do século XIX, o termo economia política foi paulatinamente trocado pelo economia, usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classista da sociedade, repensando-a pelo enfoque matemático, axiomático e valorizador dos estudos econômicos atuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.
As raízes da economia política
Existem elementos nos escritos dos precursores da economia política que nos permitem considerar a economia política tanto como um desdobramento da filosofia do direito natural, como uma resposta específica às questões suscitadas pelos crescimentos questões suscitadas pelo crescimento agrícola e manufatureiro anterior à Revolução 
- Industrial, bem como o elemento político contido na ideologia liberal. 
- Racionalismo e Iluminismo
- Racionalismo e Iluminismo
- Controvérsias sobre temas econômicos correntes,
- Liberalismo
Racionalismo e Iluminismo se constituem nas raízes filosóficas da economia política. 
Jusnaturalismo: Existência de uma “natureza humana”, a qual condiciona e determina a ação dos homens e que pode ser conhecida pela Razão. Daqui se segue que o comportamento humano é tido como certo e regular, sendo passível, portanto, de conhecimento por parte da razão. A economia política também herda o debate sobre os fundamentos da vida em sociedade. 
O racionalismo Jusnaturalista funda o Estado e a legitimidade do poder na contraposição entre a sociedade civil e o estado da natureza. 
O Estado
Primeiros estudos: Sócrates, Aristóteles e Platão
Idade Média: Agostinho e Tomaz de Aquino
Pensamento Moderno do Estado
Maquiavel
- Nasceu em Florença em 03/05/1469 e morreu em 21/06/1527, aos 58 anos,
- Viveu no período áureo do Renascimento,
- Conseguiu seu primeiro emprego público em 1498 onde ficou por 14 anos, 
- Em 1512 os Médicis assumiram o governo de Florença, 
- Dissolvem a República e demitem Maquiavel mantendo-o exilado dentro do próprio território italiano.
- Em 1513 começa a escrever O Príncipe,
- Ficou afastado das funções públicas até 1520, 
- Recebeu a incumbência pública de escrever a história de Florença.
- Em 1527 os Médicis foram depostos, a República restituída e os novos republicanos o acusaram de ser aliado da família deposta. 
Sua Obra
- “O Príncipe” dá origem à modernidade política. 
- Tem uma preocupação de criar um governo eficaz que unisse a Itália.
- Defendeu um príncipe dirigente sem preocupações morais ou éticas, 
- Defende um dirigente que não olha a sensibilidades para atingir os seus fins.
- A política, era assim a arte de governar,
- Ou seja, a técnica que permite ao dirigente ou governante alcançar os fins 
- Iindependentemente dos meios, 
- Não visa a realização geral mas sim pessoal.
- Criou o método comparativo-histórico fazendo comparações entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores através de exemplos. 
- Introduziu e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal. 
1 - Como se apresentava o quadro político da Europa na época de Maquiavel?
- Em Portugal, Espanha, França e Inglaterra a tendência era a centralização do poder político que coincidia com a própria formação da Nação. 
- Isso não ocorreu na Itália e na Alemanha, 
- Onde a tendência à centralização do poder foi local. 
- Tal centralização se deu por motivos econômicos e sócio-políticos. 
- O feudalismo deu lugar ao mercantilismo que influenciou as relações sociais,
- Gerou novos grupos capazes de disputar o poder político, 
- A posse da terra não era mais o único medidor de riquezas. 
- Os comerciantes aumentaram sua esfera de influência
- Surge a necessidade de unificar os meios de troca,
- Isto é, as moedas, os pesos e medidas para fortalecer o poder real. 
- Na política, os poderes do Sacro Império e do papa começam a enfraquecer.
- PAPEL DO ESTADO
- Estabelecer a ordem e garantir um convívio harmonioso entre os homens,
- Trabalhar sobre duas bases instáveis: a natureza humana e a existência de dois grupos na sociedade
- Os que querem dominar e os que não querem ser dominados.
- Para Maquiavel o problema político e o papel do Estado é:
- Encontrar formas para tornar as bases instáveis em bases estáveis. 
- Dois foram os mecanismos apresentados pela história: o Principado (ou monarquia) e a República. 
- Formas de governo que são necessárias de acordo com as contingências e não com as ideas abstratas.
- AS FORMAS DE GOVERNO
- De Platão e Aristóteles se vê modelos composto por três formas de governos - Mas Maquiavel diz: “Todos os ESTADOS que existem e já existiram são e foram sempre repúblicas ou principados (monarquia) ”.
- Com essa afirmação Maquiavel rompe com a visão clássica da tripartição, 
- Governo de um, de poucos e de muitos, que deu origem a teoria aristotélica 
- Introduz o termo ESTADO (ao que os gregos chamavam de Polis e os romanos de Res Publica).
Preocupação de Maquiavel que permeia todas as suas obras e por que ele escreve “O Príncipe”
- Se o Estado estiver desordenado, desagregado e deteriorado (como era o caso da Itália de seu tempo), 
- Só um “príncipe” virtuoso poderia restaurar um governo forte e ordenado.
- Quando o Estado tiver alcançado a estabilidade, o povo - este agora virtuoso- estaria preparado para viver na República.
- Assim, a formação de um Estado italiano é o que mais preocupava Maquiavel. - Foi para mostrar “quem” deveria conseguir esse objetivo.
Qual deve ser o objetivo desse Príncipe?
CONQUISTA E MANUTENÇÃO DO PODER
- Para manter o poder é necessário a sabedoria 
- Ser bom quando necessário e mau quando a situação exige,
- O segredo do sucesso na política é a manutenção do poder,
- Isto é, a estabilidade e a legitimação do poder.
- E é esse o conceito que ele utiliza para distinguir entre as formas de governo boas e más.
RUPTURA ENTRE AS DUAS MORAIS
- Disso se chega à conclusão que um príncipe sábio é aquele que se guia pelas necessidades e não pelos preceitos cristãos,
- Deve aparentar a bondade cristã, porém, ao mesmo tempo, demonstrar sua força cruel quando as circunstâncias assim pedirem. 
- Simboliza este homem como a fusão do leão (força) e a raposa (astúcia).
- Em suma, a política tem uma ética e uma lógica próprias 
- Que envolvem o Estado e que não são as mesmas que envolvem a Igreja.
CRITÉRIO DE DISTINÇÃO
- Como distinguir dessa maneira a boa política e a má? É o êxito da política.
- Este êxito é medido pela capacidade de manter o Estado,
- Maquiavel diz no capítulo 8 do livro: “os que aplicam a força e a violência somente uma vez com o fim de conquistar o poder, podem se redimir diante de Deus e dos homens, ao procurar mantê-lo. 
- E qual é o fim do príncipe? Depoisde conquistar, manter o poder!
HOBBES
- Nasceu no final do reinado de Elizabeth I (em 1588).
- Seu pai era rude e sem muita educação, 
- Foi criado por seu tio pastor. Só então pode ter uma boa educação.
- Terminado seus estudos trabalha como educador de filhos de nobres ricos, 
- Convivia com a nobreza e dependia dela.
- Sua obra: O Leviatã 
- O estado de natureza é o estado do egoísmo, da vaidade, da violência e do desejo de glorificação. 
- É a guerra de todos contra todos, 
- Cada um na busca de seus fins pessoais a fim de sobreviver,
- A liberdade é a lei maior e não existe um soberano para regular as forças,
- O pior mal que o homem faz ao outro é a morte,
- É a situação pré-cívica do convívio humano,
- Prevalece a lei do mais forte,
- Hobbes tem uma visão negativa, pessimista da natureza humana,
- Alguns lugares se vivem assim ainda hoje,
- A guerra de todos contra todos não é permanente e a paz é passageira,
- Tão precária e fraca, que pode ser quebrada a qualquer momento,
- Pelo ataque das armas.
- Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei há injustiças,
- Nesse estado cada homem só possui aquilo que ele é capaz de conseguir, 
- E enquanto ele for capaz de conservá-lo.
- A própria lei da natureza impõe ao homem a procura da paz, 
- Estabelecendo regras que os homens devem procurar na vida civil,
- O Estado é uma necessidade, um impositivo para os homens, 
- Somente o Estado é capaz de impor a ordem e um governo comum,
- Onde as leis, regras e a justiça prevaleçam na sociedade,
- A ideia da guerra é algo abominável e que todos tentam fugir dela,
- Senão: todos serão eliminados por todos,
- O Estado civil existiria para evitar o Estado de guerra,
- O Estado:
- Então as pessoas abandonam a liberdade original. 
- Fazem um contrato com o consenso da maioria entre a maioria e o soberano,
- E isso é feito por força da lei natural que manda a busca pela paz.
- Para que ele, o Estado, que é um poder abstrato personificado no soberano,
- Possa organizar a convivência em sociedade. 
- O soberano tem poder incomum sobre os homens.
- O poder é um conjunto de meios empregados para obter vantagens futuras.
- E decidir o destino e a justiça. 
- A motivação para a criação do estado é o temor da Morte violenta.
- O pacto de união da sociedade civil é irrevogável, absoluto e indivisível,
- A obediência ao soberano deve ser cumprida,
- A não ser, que o soberano não esteja oferecendo a sociedade paz e segurança ou a ordem do soberano põe em perigo a vida do súdito,
- Isto significa que o súdito deve obedecer qualquer comando, salvo quando se trata de sua própria vida.
- Os súditos devem honrar o compromisso de manterem-se fiéis ao pacto,
- Para Hobbes isso é justiça,
- A lei é apenas um instrumento do soberano para conduzir o Estado
- Hobbes estuda a perturbação que existe no perigo da dissolução do Estado,
- Ele está convencido que a causa do mal está na cabeça dos homens,
- Nas falsas opiniões sobre o que é justo e o que é injusto,
- Sobre os direito e deveres, respectivamente dos soberanos e dos súditos. 
- Seu esforço é para a unificação, pacificação e reintegração da sociedade.
 - O leviatã é um monstro (polvo gigante) legendário mencionado para ilustrar a figura artificial do Estado. 
- Portanto: O Estado representa a forma pela qual se pode garantir pacificamente o convívio humano, ante a ameaça de dissolução, de anarquia, de destruição e retorno ao estado de natureza belicoso.
- É o medo da desagregação, da corrupção completa do Estado, do enfraquecimento, que leva Hobbes a preferir a monarquia. 
- Para ele as monarquias estão menos sujeitas a isso que os outros governos.
JOHN LOCKE
- Nasceu em Wrington, 29/08/1632 e morreu em Harlow em 28/10/1704
- Foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo,
- É considerado o principal representante do empirismo britânico
- E um dos principais teóricos do contrato social.
- Nega o conhecimento inato e enaltece empirismo. 
- O conhecimento humano é profundamente dependente da experiência.
- O conhecimento origina-se da experiência. 
- Quando nascemos somos iguais a uma folha em branco,
- Paulatinamente é que o conhecimento vai se formando
- Com base em experiências e nas demais atividades sensoriais. 
- Locke parte de pontos de vista diferentes de Hobbes.
- Inicia dizendo que o Homem, no estado de natureza, não é bom nem é ruim. - - Para ele o ser humano é neutro. Mas tem a tendência de ser bom, 
- Porque ele tem três direitos naturais: direito a vida, o direito à propriedade privada e o direito de punir.
- Além desses direitos o homem tem as leis naturais e as leis criadas por Deus. - Essas leis não foram criadas pelo homem.
- Afirma que os homens, por influência dessas leis (da natureza e de Deus),
- São neutros, mas possuem a tendência de serem bons,
- Com isso pode-se perceber que, o estado de natureza de Locke é muito bom,
- Diferente do Estado de Natureza de Hobbes, onde o homem é mau,
- As pessoas são boas ou tem a tendência de serem boas,
- Por isso, elas não vão criar conflitos entre si. 
- Para Locke o direito natural mais importante é o direito à propriedade privada,
- Pois no Estado de Natureza um indivíduo vai reconhecer o limite do outro
- E reconhecendo este direito não irá invadir esta propriedade,
- Assim como o outro não irá invadir a propriedade sua.
- Essa propriedade privada por sua vez irá garantir o direito à vida. 
- Neste Estado de Natureza alguns indivíduos podem querer invadir a propriedade ou o território do outro.
- Então o prejudicado poderá executar o terceiro direito que possui, 
- Que é o direito de punir, ou seja, 
- O indivíduo lesado pode (no estado de natureza) punir o invasor. 
- Este direito não é a punição com a morte (ato desproporcional ao fato ocorrido). 
- Então no Estado de Natureza o homem tem o direito de punir, 
- Ele não pode julgar o outro porque corre o risco errar em seu julgamento.
- Pode acontecer que um ache a punição correta, mas o outro acha a punição exagerada. 
- Quem vai julgar os fatos? Que punição serão adotadas? 
- Então no Estado de Direito criam-se juízes imparciais para julgar os atos,
- Cometidos pelos homens e cria-se o Poder Coercitivo. 
- Esse poder usará a força para que o julgamento e a decisão da punição
- Então: No Estado de Natureza o direito de punir não é concluído. 
- Por isso cria-se o Estado de Direito para garantir a boa vida que o homem já tem no estado de natureza. 
- Então os indivíduos vivem cada um em seu território, 
- Respeitando os limites de suas propriedades, comercializando entre si, 
- Trocando mercadorias e vivendo em harmonia. 
- Mas, se no estado de natureza de Locke a situação é boa, então porque os homens criariam o Estado?
- Apesar de ser bom, o estado de natureza poderia ficar melhor,
- Com algumas inclusões de novos elementos.
- Esses elementos seriam as leis estabelecidas e aprovadas pelos homens. 
- No estado de natureza o homem não é totalmente livre, 
- Porque não participou da criação das leis da natureza nem as leis de Deus.
- Faltam as leis criadas pelos homens para que estes sejam livres totalmente através de seus consentimentos.
- No novo Estado de Direito o homem cede seus direitos a esta nova instituição. 
- Ele é dono de seus direitos, mas outorga ao Estado uma concessão temporária de seus direitos para que este possa agir em seu nome. 
- Para que o Estado não abuse de seu poder ele cria um sistema para limitá-lo
- Criado este Estado, ele propõe a sua limitação através da separação dos poderes: executivo (administra - Rei), legislativo (cria as leis - Parlamento) que representa o povo:
- Também concebe o Poder Federativo, que, sendo diferente dos demais,
- Está vinculado ao Poder Executivo 
- E tem como objetivo “gerir a segurança e o interesse público externo através do poder de decidir sobre a guerra e a paz e de firmar ligas e promover alianças e todas as transações com todas as pessoas e sociedades políticas externas.” (LOCKE, 1998, p. 516). 
- Locke é um dos primeiros autores a falar de eleições
- Para renovar constantemente o poder legislativo e o federativo, 
- A classe que pode ser eleita é a Nobreza rica. 
- O rei teria seu poder limitado pelas leis criadas pelo legislativo, 
- Que seria renovada através das eleições de tempos em tempos, 
- Essas eleições seriam realizadas pelos indivíduos, 
- Que cederam seus direitos ao Estado, 
- E que agora através do voto estão exercendo seu direito natural, 
- Escolhendo novos representantes para exercer o poder por eles outorgados,
- Nos demais momentos é o Estado que exerce o poder em nome dos cidadãos
- Essas ideias não são uma visão das Instituições modernas,
- Pois estas já melhoraram esses conceitos, mas é seu embrião.
- Essa limitação do Estado garantiria mais liberdade individual ao homem. 
- Então para Locke a função do Estado é fazer o mínimo possível, 
- Ou seja, intervir só quando for necessário, 
- Pois o homem vem de um estado de natureza, 
- Onde existia determinada ordem e os conflitos eram raros, 
- Agora no Estado de Direito o homem vai continuar sendo bom e os conflitos continuaram sendo raros.
- Se não houver conflitos o Estado seria uma mão invisível que estaria ali presente quando fosse necessário.
CHARLES DE MONTESQUIEU 
- Nasceu em 18/01/1689
- Morreu em 10/02/1755
- Foi um político, filósofo e escritor francês. 
-Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes,
- Aristocrata, filho de família nobre e cedo teve formação iluminista, 
- Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, 
- Adquiriu conhecimentos humanísticos e jurídicos, 
- Em 1714, entra para o tribunal provincial de Bordéus de 1716 a 1726.
- Fez longas viagens pela Europa e esteve na Inglaterra.
- Escreve sobre a natureza e o princípio de um governo, 
- Ou seja, os fenômenos que caracterizam as formas de governo 
- E a relação dessas formas com as leis que regulam e criam as instituições.
- INFLUÊNCIAS: 
- Viveu em um período de transição influenciado pelos Contratualistas, 
- Não seguiu a mesma metodologia.
- Leu os clássicos, principalmente Aristóteles e Maquiavel, 
- Mas não os segue de totalmente,
- Utiliza da dedução para chegar a algumas conclusões, 
- Mas procura associá-las ao historicismo, ou seja, evolução real da história,
- Em outras palavras tudo o que acontecia e que era de seu conhecimento, 
- Todas as descobertas científicas e os relatos históricos, acabaram por repercutir em suas obras.
- No século XVIII em pleno iluminismo, difunde idéias políticas,
- Que têm por base a ação humana. 
- A geografia dos Estados e a geopolítica se tornam importante,
- Nas análises políticas e introduz o método comparativo de base geográfica;
- Faz a distinção entre república, monarquia e despotismo, 
- Afirma que o despotismo deveria ser erradicado.
- Pois na república o poder pertence ao povo ou a uma parte esclarecida deste;
- Na monarquia o poder pertence ao monarca; 
- No despotismo, o poder pertence a um indivíduo, o déspota. 
- Governa sem honra, utiliza o terror e a violência como métodos do poder; 
- Apresenta a separação d0s poderes (Executivo, Legislativo e Judiciáio),
- De forma que o poder seja descentralizado das mãos de uma só pessoa, 
- Para que não o use em proveito próprio.
- Resolvia-se o perigo do despotismo com a institucionalização dos poderes. 
ROUSSEAU
Nascido em Genebra (1712 - 1778), 
- Foi um dos maiores nomes do iluminismo, 
- Foi convidado pelos enciclopedistas para escrever um verbete sobre a música (sua paixão inicial). 
- Os enciclopedistas o influenciaram até que rompeu com eles,
- Se transforma no precursor do romantismo (“Eu senti antes de pensar”). 
- Longe da nobreza só obteve reconhecimento em 1750,
- Quando ganhou o concurso sobre as ciências e as artes, 
- Promovido pelo governo francês. 
- Morou muitos anos entre a Suíça e a França devido a perseguições.
- Em uma das fugas se hospedou na casa de David Hume. 
- Possui ideias semelhantes de Hobbes e Locke, 
- Na concepção de um Estado de Natureza e de um Estado de Sociedade. 
- Mas vai além de seus antecessores. 
- O objetivo dele é analisar não o aspecto jurídico do Estado, mas o que sustenta este aspecto que é a esfera social.
- Trabalha com três momentos ao contrário de Hobbes e Locke,
- Que trabalharam com dois (o Estado de Natureza e o Estado de Sociedade). -- Hobbes diz que o homem é mau, 
- Locke que é neutro, mas se torna bom ou tem a tendência de ser bom,
- E Rousseau diz que o homem é bom por natureza,
- Para Hobbes no Estado de Natureza o homem entra em contato com outros homens, 
- E é por isso que surgem as guerras de todos contra todos; 
- Para Locke também existe o contato dos homens uns com os outros, 
- E é por isso que fala do direito de propriedade privada e do comércio entre os homens. 
- Mas para Rousseau, no começo da civilização os homens não tinham contato uns com os outros, 
- E nem sabiam que existiam outros grupos.
- Só se preocupavam consigo mesmo
- O indivíduo vivia bem neste estado de natureza porque ele era bom, 
- Tirava tudo o que precisava da natureza e não tinha contato com outras pessoas,
- Consequentemente não sabia o que era propriedade privada. 
- Só que, com o passar do tempo, chega um momento, com o aumento da população, 
- Que os grupos humanos se encontram. 
- Então surge o atrito entre esses grupos e surge a corrupção entre um grupo, 
- Os homens vão se preocupar com o que tinham, 
- Pois antes não precisavam dividir com outros grupos, 
- E que agora terão que dividir. Terão que se precaver com antecedência.
- Isso para ele é a corrupção do ser humano.
- Agora o ser humano irá correr atrás, não mais do que ele precisa, 
- Mas do que ele acha que vai precisar. 
- Então o Estado de Natureza deixa de ser bom para se tornar ruim, 
- Começa a ideia de propriedade privada,
- Surgem os conflitos e os homens terão de defender seu território, 
- Porque surgiu um novo grupo que também está interessado em aproveitar o que esse território oferece. 
- Para se evitar os conflitos será criado o Estado de Sociedade com um pacto social,
- Para ele Estado de Sociedade é ruim porque vai garantir a propriedade privada e está gerará desigualdades.
- É uma visão contrária à de Hobbes e Locke que diziam que a passagem do estado de natureza para o Estado de Sociedade seria bom,
- Para Rousseau o Estado garantirá na lei a igualdade entre todos,
- Mas as pessoas não são iguais em condições econômicas.
- Então o Estado de Sociedade defenderá o direito à propriedade privada,
- E consequentemente em uma eleição, quem se elegerá? 
- Quem terá condições de fazer uma boa campanha? 
- Quem terá condições de correr atrás de votos? 
- Para ele sempre será o rico. E uma vez eleito, o que ele fará com o direito? 
- A situação mais lógica é perpetuar a desigualdade social existente. 
- Isso vai gerar uma ausência de liberdade material. 
- Então no Estado de Sociedade o homem não é completamente livre, 
- Porque ele só vai até onde o dinheiro pode levá-lo. 
- Mas o homem é livre para procurar qualquer condição financeira melhor. 
- Para ele não, porque o homem não vai atrás do emprego que ele quer. 
- Ele vai atrás do emprego que está disponível para ele naquele momento,
- Assim como uma viagem de férias, que só pode ser feita até onde o seu recuso financeiro lhe pode levar,
- As pessoas vão poder eleger qualquer soberano ou qualquer candidato?
- Não. As pessoas vão poder eleger só quem está disponível como candidato,
- Elas vão escolher entre os candidatos que foram propostos,
- Sem seu consentimento.
- Então neste Estado de Sociedade o indivíduo não tem liberdade. 
- Para ele a liberdade e a igualdade neste Estado de Sociedade são falsas
- Porque não são os indivíduos que definem quem serão os candidatos, mas outras pessoas. 
- Então, propõe o Contrato Social e para que este exista, 
- 1º O indivíduo deve saber que no Estadode Sociedade ele não será livre. 
- A lei diz que ele é livre, mas ele não será livre, 
- Porque não fará o que quiser. 
- Ele fará o que outros definem para ele fazer. 
- 2º Deverá ser implantado uma democracia direta, onde o indivíduo participa da criação da lei da qual ele se submeterá. 
- Para Rousseau na democracia representativa, quem criará as leis são os representantes do indivíduo, 
- E estes por sua vez não farão nada a não ser obedecê-la.
- Então qual a liberdade que o indivíduo terá? E na democracia direta o que é esse governo?
- Ele cria a ideia de soberania popular.
- O povo é o soberano e não vai transferir seus direitos individuais para um administrador ou para o Estado.
- Ela é inalienável, indivisível, infalível e absoluta.
- Ou seja, compete ao povo mostrar quais os caminhos que o Estado deve tomar. 
- Quando o indivíduo cria a lei, ele é o soberano e quando obedece a lei é o súdito. 
- E quem executa a lei? 
- Quem executa é o governo, que não é o representante do povo, mas sim o que está executando a lei e está no exercício de uma função no Estado.
- Comparando os pensadores
- Pode-se dizer que na visão de Hobbes quem cria as leis é o Estado Absolutista e essa lei é imposta sobre o indivíduo que não participa de sua criação.
- Locke diz que as leis são criadas pelos representantes e são impostas nos indivíduos
- Rousseau diz que a única forma de se garantir a liberdade do indivíduo na política é através da democracia direta, onde todos os homens participariam da criação das leis pelas quais eles se submeteriam. 
- A liberdade para Rousseau é o indivíduo participar do processo de criação das leis. 
- Para ele a liberdade individual no sistema absolutista de Hobbes e de Locke não dá liberdade ao indivíduo, 
- Porque este não participou de sua criação. O que importa é a participação do indivíduo na criação da lei. 
- 3º É a vontade geral, que não representa a vontade da maioria, 
- Mas fazer aquilo que é o certo.
- Para ele todos os indivíduos são bons, sabem o que é certo e o que é errado, 
- Independente do fato concreto que exista. 
- A lei será um reflexo da vontade geral e consequentemente justa. 
- Com isso se garante a liberdade, igualdade e principalmente a igualdade econômica porque todos estão criando a lei. 
- Para ele, criar distinção entre ricos e pobres não é certo,
- Então se a vontade geral é acabar com a desigualdade, ela é fazer o que é certo. 
- Mas para o ser humano, que era bom, que saiu do estado de natureza para o Estado de Sociedade e que se corrompeu, 
- Não é fácil aceitar a vontade geral. 
- É aí que Rousseau cria o legislador. E quem é o legislador? 
- Por fim Rousseau sugere que na pior das hipóteses,
- Se isso não der certo cria-se a figura de um ditador como no período do Império Romano. 
- Eles eram eleitos, atuavam em um período e em um local por um determinado tempo. 
- Quando o problema era solucionado, o ditador seria dispensado. 
- Para ele a ideia de um ditador, deveria ser imposta por bem ou por mau. 
- A função dele seria levar as pessoas de um estado de natureza para um Estado de Sociedade, 
- Assim terminaria sua função e ele se tornaria um cidadão comum como os outros. 
- Por mais utópico que o pensamento de Rousseau seja, ele deu origem não só ao pensamento de soberania, mas também a Revolução Francesa que após o seu fim surge a ideia da cidadania.
AUGUSTO COMTE
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte
Nasceu em Montpellier em 19/01/1798 
Morreu em Paris em 5/09/1857
- Foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo,
- Trabalhou intensamente na criação de uma filosofia positiva.
- Alertou para a necessidade de analisar com objetividade os fenomenos ou fatos políticos;
- Propôs a teoria positivista, que está expressa na bandeira brasileira, nos dizeres “ordem e progresso”;
Lei dos três Estados 
- Onde se situa sua filosofia, ciência e a política, 
- Aplica-se aos vários âmbitos da existência humana,
- Desde as belas-artes, passando pela política, ciências e pela economia.
- É uma concepção histórica e filosófica, 
- Permite criar a Sociologia, a História das Ciências e também a Psicologia Positiva
- Teve como precursores: Condorcet e Turgot.
- Segundo Condorcet: (A humanidade avança da época bárbara e mística para a civilizada e esclarecida, e em melhoramentos contínuos e em princípio e infindáveis)
- Comte formula a Lei dos Três Estados.
- Observando a evolução das concepções intelectuais da humanidade,
- Percebe que essa evolução passa por três estados teóricos diferentes: 
	O teológico ou fictício, 
	- Caracterizado por explicações sobrenaturais, 
	- Os homens buscavam divindades a fim de darem sentindo as suas práticas tribais (primitivas)
	- Cuja vontade arbitrária comanda a realidade.
	- Busca o absoluto e as causas primeiras ("de onde vim? Para onde vou?").
	- Com várias subfases: 
	- O fetichismo: Caracteriza por dar aos objetos concretos da natureza 
	 vida e vontade própria, semelhantes à dos seres humanos.
	- O politeísmo: a vontade dos deuses possui controle absoluto sobre 
	 todas as coisas
	- O monoteísmo: a vontade dos deuses possui controle absoluto sobre 
	 todas as coisas.
	- O metafísico ou abstrato 
	- Pesquisa a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, 
	- A metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade. 
	- O que a caracteriza esta fase são as abstrações personificadas, 
	- De caráter ainda absoluto: a Natureza, o éter, o Povo, o Capital 
	- O científico ou positivo:
	- Ocorre o apogeu que os dois anteriores prepararam progressivamente. 
	- Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, 
	- De ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível),
	- Busca-se o relativo. 
	- A partir disso, atividade pacífica e industrial torna-se preponderante,
	- Com as diversas nações colaborando entre si.
- Cada um dos estágios representa fases necessárias da evolução humana, 
- Onde a forma de compreender a realidade comunga com a estrutura social de cada sociedade 
- E contribui para o desenvolvimento do ser humano e de cada sociedade.
- Cada uma das fases tem suas abstrações, observações e sua imaginação;
- O que muda é como cada um destes elementos conjuga com os demais. 
- Da mesma forma, como cada um dos estágios é uma forma totalizante de compreender o ser humano e a realidade, 
- Cada uma delas consiste em uma forma de filosofar, isto é, todas elas engendram filosofias.
- Como é possível perceber, há uma profunda discussão ao mesmo tempo sociológica, filosófica e epistemológica subjacente à lei dos três estados.
ALEXIS DE TOCQUEVILLE
Alexis-Charles-Henri Clére ou Visconde de Tocqueville
- Nasceu em 29/07/1805
- Morreu em 16/04/1859 
- Foi um pensador político, historiador e escritor francês. 
- Sua mente extraordinária era capaz de detectar tendências que quase nenhum de seus contemporâneos percebia,
- Tornou-se célebre por suas análises da Revolução Francesa, 
- Foi um defensor da liberdade e da democracia, 
- Ele anteviu as insidiosas consequências que, a longo prazo, advêm da intervenção estatal,
- Criou o termo: socialdemocracia,
- Em 1831 foi enviado pelo governo francês para estudar o sistema prisional americano,
- Estudou também o sistema político americano (único no mundo na época),
- Destes estudos escreveu sua obra
Obra: A Democracia da América (4 volumes)
- Uma sociedade, em que todos, com exceção dos escravos, eram iguais perante a lei, independentemente da origem social,
- A igualdade social que significa a inexistência de diferenças hereditárias de condições,
- O que quer dizer que todas as ocupações, todas as profissões, dignidades e honrarias são acessíveis a todos.
- Estão, portanto, inseridas na ideia de democracia a igualdade social,
- Cada indivíduo tem a esperança ou a perspectiva de ascender na hierarquia social,
- Ficou fascinado pela vida social e política americana, 
- Por causadas dificuldades que seu próprio país encontrava, 
- Para desenvolver instituições favoráveis à liberdade, 
- Ele atribuía os problemas políticos franceses ao governo centralizado,
- Estudou a natureza essencial da própria democracia (vantagens e perigos), 
- Interpretou o regime democrático como uma necessidade histórica, 
- Resultante inevitavelmente da difusão da ideia de igualdade, 
- Acentuou os elementos negativos da democracia, 
- Considerava-a tediosa e alertava que ela poderia se tornar uma tirania de massas (regime no qual as minorias não têm direitos assegurados).
- Na sua análise introduziu um conjunto de entrevistas,
- O que lhe permitiu realizar análises comparativas;
- O pensador inglês John Stuart Mill descreveu “A democracia na América” como uma das produções mais notáveis de seu tempo,
Controvérsias sobre temas econômicos
- Tanto na França como na Inglaterra as controvérsias sobre economia e política econômica ganharam um enorme espaço nos séculos XVII e XVIII.
- Mercantilismo: Trata-se de um corpo integrado de políticas de Estado em defesa da Riqueza nacional. 
- Deve-se ressaltar que não existe sob o mercantilismo um pensamento econômico uniforme e muito menos uma escola de pensamento. 
- Os autores mercantilistas divergem em numerosas questões e suas ideais não são apresentadas por um conjunto de procedimentos minimamente coerente. 
„
- A sua importância para o desenvolvimento da economia política está em colocar o pano de fundo para o posterior desenvolvimento da reflexão sistemática em economia. 
- As questões colocadas pelo mercantilismo eram aquelas relacionadas a existência dos Estados Nacionais: discussão a respeito da riqueza da nação e do soberano, digressões a respeito das causas do atraso e do progresso das nações, existência de “puzzles” como, por exemplo, a ultrapassagem dos países Ibéricos pela Holanda e posteriormente pela Inglaterra. 
Os Fisiocratas 
Fisiocratas: François Quesnay (Tableau Économique e Maximes géneráles du gouvernement économique) e Anne Robert Jacques Turgo (Réflexions sur la formation et la distribuion des richesses).
- A escola fisiocrata deve ser considerada um elemento importante para a constituição da economia política clássica, isso porque ela foi capaz de subordinar a intervenção nas questões concretas da vida econômica à um sistema de elevado grau de abstração. 
- Contribuição mais marcante: entendimento do sistema econômico como um conjunto de grupos sociais e setores produtivos interligados entre si por fluxos mercantis; a noção de excedente econômico e de produtividade do trabalho; clara compreensão do conceito de capital e da subordina ação do desenvolvimento econômico à acumulação de capital. 
- Auto intitulam-se fisiocratas um grupo de pensadores franceses reunidos em torno da liderança intelectual de F. Quesnay. 
- O universo social seria regido por leis naturais, as quais compreendiam leis físicas e morais.
- A “ordem natural” da sociedade não é, contudo, da mesma ordem que a da natureza física: os seres humanos podem criar obstáculos a sua realização.
- O Soberano não deveria impor leis que estivessem em desacordo com as leis naturais. 
- A questão concreta que mais preocupava os autores fisiocratas era a questão referente ao atraso econômico relativo que a França tinha com respeito a Inglaterra. 
- Três tópicos principais na agenda política fisiocrata:
- Defesa do livre comércio. 
- Defesa do Imposto único 
- Atenção à infraestrutura produtiva. 
Agenda Política 
- Segundo Quesnay, o livre comércio de cereais seria a condição necessária para a estabilização dos preços agrícolas”.
- A política Colbertista de cerceamento à exportação e cereais e ao livre comércio dos mesmos dentro das fronteiras nacionais teria contribuído para manter os preços dos gêneros agrícolas num patamar baixo, desestimulando a produção agrícola. 
“O imposto único sobre a renda fundiária beneficiaria toda a nação pois nem deprimiria a subsistência dos trabalhadores e nem a capacidade de investimento dos empresários”. 
- Por fim, a realização de obras de infraestrutura, tais como drenagens e estradas, seria uma destinação útil ao excedente convertido em renda, o que permitiria um maior desenvolvimento econômico. 
- “O laissez-faire não implicava omissão do poder público. Muito ao contrário, fornecia o arcabouço de um amplo programa de transformações econômicas” (Coutinho, 1991, p.65). 
Viés Agrícola
- Típico do pensamento fisiocrático não se origina de um culto ingênuo a natureza, mas de uma rigorosa exigência do sistema de pensamento fisiocrático.
- Os fisiocratas estavam interessados fundamentalmente na análise das “leis naturais” que permitem a “reprodução contínua” da vida social, portanto, o seu foco de análise é a “teoria da reprodução”
- A reprodução da vida social exige a geração de um excedente econômico que permita não só a manutenção dos indivíduos que não trabalham diretamente na produção de gêneros de subsistência como também permita a “reprodução ampliada” da vida econômica ao longo do tempo. 
- A subsistência é definida como o consumo de gêneros agrícolas, dessa forma, o excedente (parte da riqueza da sociedade que excede a riqueza consumida ao longo do processo produtivo), tem que ser definido como o excesso de produção agrícola sobre os insumos. 
- O excedente é importante quer por ser a base de um consumo superior ou não necessário quer por ser a fonte de crescimento do sistema por intermédio da acumulação de uma parte desse excedente. 
- Além disso, a existência do excedente permite a construção de uma superestrutura institucional que regula os aspetos legal, social, político e cultural da sociedade. 
- A noção de excedente econômico coloca três questões para serem debatidas: 
- A avaliação do excedente. “A origem do excedente. 
- A atribuição ou a apropriação do excedente. 
- A Avaliação e a Origem do Excedente
Para autores como Napoleoni (1978), os fisiocratas nunca foram capazes de avaliar o excedente em termos de valor, mas unicamente em termos físicos. A avaliação em termos de valor implicaria na utilização de uma “teoria do valor” a qual nunca foi desenvolvida pelos fisiocratas. a qual nunca foi desenvolvida pelos fisiocratas. 
Dada a inexistência dessa teoria, os fisiocratas só podiam avaliar o excedente naqueles setores de atividade nos quais cada um dos bens empregados no processo produtivo se encontra em maior quantidade no conjunto de bens produzidos pelo próprio setor. Esse setor é obviamente a agricultura. 
- Se o excedente surge precisamente naquela atividade em que a terra intervém como elemento determinante do processo produtivo, segue-se que é a própria terra que se atribui o poder de dar origem ao produto líquido. 
- O único trabalho produtivo é o trabalho agrícola e o excedente se origina da “
fertilidade natural do solo”.
A Atribuição do Excedente „No que se refere ao problema da atribuição do excedente, o pensamento fisiocrático se caracteriza pelo fato de que o produto líquido é inteiramente apropriado sob a forma de renda fundiária. 
A renda obtida pelo arrendatário da terra não é considerada como lucro, mas como parte dos gastos de produção e assimilada ao salário do trabalhado agrícola.
O LIBERALISMO
Contexto histórico
Na Inglaterra durante o século XVIII, inicia-se um movimento que passou a ser chamado de Revolução Industrial que eleva a classe capitalista industrial ao poder no lugar do capitalismo comercial. 
A Revolução Industrial trouxe consigo uma série de mudanças nas atividades produtivas, iniciadas por volta de 1760. O processo de produção foi acelerado por uma sequência de invenções cujo ponto central era a utilização do vapor como força motriz. No plano técnico, houve alteração não apenas na produção de bens de capital e de artigos de consumo, como também nas técnicas agrícolas e nos meios de transporte. Mas, acima de tudo, a Revolução foi marcada pelas modificações econômicas e sociais,o que despertou o olhar crítico e a base para o desenvolvimento das teorias da economia política. 
O pensamento econômico inglês evoluiu e refletiu as mudanças enfrentadas pela sociedade. Se no século XVI, os mercantilistas viam na obtenção do ouro e da prata a maneira mais importante de enriquecer o país, a própria necessidade e a realidade do momento histórico, a ascensão das indústrias, evidenciou aos economistas a verdadeira fonte de riqueza: a capacidade de produzir. Assim, ao decorrer do século XVIII, muitos autores escrevem obras sobre as causas da riqueza, a divisão do trabalho, a ação do Estado, os salários, o mercado que, a partir da experiência da economia inglesa, vão embasar a teoria do liberalismo econômico.
A bandeira do Liberalismo
A Economia Política Clássica ou liberal expressou o ideário da burguesia no período em que esta classe estava na vanguarda das lutas sociais, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o Antigo Regime.
- Uma parte do sucesso da difusão da economia política deve-se ao fato de que ela deu substrato científico ao liberalismo de meados do século XVIII. 
- Deve-se observar, contudo, que o liberalismo não é um mero apêndice ideológico à ciência da economia política, mas é um dos seus elementos constitutivos. 
- Para que se possa entender o porquê dessa afirmação temos que remeter a economia política ao ambiente político e filosófico que a envolveu. 
- Iluminismo: “conhecer para prescrever”. 
- O liberalismo considera a existência de leis econômicas naturais, as quais o governo deveria se esforçar por preservar. 
- Não existiria uma incompatibilidade entre a admissão da existência de e “leis econômicas naturais” e o entendimento de que o conhecimento deve ser utilizado para transformar a sociedade? 
- Naquelas circunstâncias históricas tal incompatibilidade não existiria, isso porque o liberalismo se opunha ao mercantilismo e aos obstáculos que as políticas mercantilistas impunham ao progresso das leis naturais.
Os Liberais: David Ricardo e Adam Smith são considerados os mais importantes.
Adam Smith nasceu em 1723, na cidade de kirkaldy, na Escócia. Foi estudante de filosofia em Glasgow e teologia em Oxford. Tornou-se professor de filosofia na Universidade de Glasgow, em 1752. Graças a seu renome, tornou-se o preceptor do jovem duque de Baccleugh, com a missão de percorrer a Europa em companhia de seu jovem aluno, com o intuito de incentivar o garoto a ter maior interesse nos grandes espíritos da época. Foi assim que Smith conheceu os enciclopedistas (D’ Alembert, Helvétius) e os economistas da escola fisiocrata, como François Quesnay e Turgot. Foram estes que o conduziram á economia política. Então começou a escrever sua obra central, A riqueza das nações, publicada em 1776. No fim da vida, em 1778, foi nomeado comissário das alfândegas em Edimburgo. Faleceu em 1790, com 67 anos. Foi enterrado no cemitério da Igreja de Canongate, numa sepultura em que foi escrito “ali jaz Adam Smith, autor da Riqueza das Nações”. Seria difícil imaginar um monumento mais imortal. 
Smith (é considerado o grande sistematizador dos problemas de Economia Política, tanto que suas reflexões foram e ainda são retomadas por economistas e sociólogos que pretendem entender as inter-relações entre organização social e atividade econômica. A definição que Smith dá à Economia Política consta no Livro IV de sua principal obra, A Riqueza das Nações, de 1776), Vejamos:
A Economia Política, considerada como um setor da ciência própria de um estadista ou de um legislador, propõe-se a dois objetivos distintos: primeiro, prover uma renda ou manutenção farta para a população ou, mais adequadamente, dar-lhe a possibilidade de conseguir ela mesma tal renda ou manutenção; segundo, prover o Estado ou a comunidade de uma renda suficiente para os serviços públicos. Portanto, a Economia Política visa a enriquecer tanto o povo quando o soberano. 
Percebe-se que Smith destaca o caráter pragmático da Economia Política, uma ciência que oferece tanto à sociedade quanto aos chefes políticos as diretrizes para a produção de riqueza, isto é, para o alcance da prosperidade a partir de princípios como o livre-comércio, a propriedade privada e a divisão do trabalho. Esse tema da riqueza é o ponto central da Economia Política, pois está no cerne da chamada Economia de Mercado, a base do sistema capitalista.
Smith escreve que as pessoas deveriam ser livres tanto para comprar e vender como para negociar de acordo com seus interesses, isso porque o comportamento do auto interesse é um princípio da natureza humana. Assim, quem produz o faz com objetivo de ter lucro, quem trabalha tem o objetivo de obter um salário e quem consome tem um objetivo de satis fazer suas necessidades.
Smith ainda discorre sobre o fato de a pobreza e a miséria serem frutos da ordem natural, e dessa forma o Estado nada poderia fazer em relação a isto. De acordo com os clássicos, os trabalhadores deveriam ganhar apenas um salário de subsistência, pois eles não poderiam morrer de fome, a miséria era natural da sociedade, já que existia uma divisão entre os empregados e os trabalhadores de salário muito baixo, o qual diminuía as chances de tornar-se um simples trabalhador em um rico empregador. Ressalta-se então que, segundo Smith, não deveria haver no sistema econômico capitalista, a distribuição igualitária de renda, porque com isso, não só o ciclo econômico seria alterado, mas também a divisão do trabalho, pois assim, esse processo que para o fundador da escola clássico é tão importante para gerar a Riqueza das Nações, desapareceria gradativamente. Contudo, ele era defensor da ideia de que todos são iguais perante a lei, sendo sujeitos dos mesmos deveres e direitos, mas não iguais perante a renda. 
Teoria dos sentimentos morais 
Para Adam Smith, a Teoria dos Sentimentos Morais tinha como função discutir as forças morais que restringiam o egoísmo e uniam as pessoas em uma sociedade trabalhistas, retratando que a solidariedade é um sentimento presente em todo ser humano, e que este é guiado e limitado pelas forças econômicas. A compaixão e a benevolência impedem o egoísmo e fazem com que o indivíduo, sem perceber, promova o interesse da sociedade por meio da caridade e, principalmente da justiça. 
A mão invisível
O conceito de ''mão invisível'' que se encontra na obra a riqueza das nações de Adam Smith que foi baseado na expressão francesa ''laissez faire'' que significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos para ficar à vontade em um ambiente de competição, ou seja, a ''mão invisível é a reguladora da economia. A livre concorrência que é gerada por essa liberdade acaba sendo conduzida pela mão invisível.
A argumentação fundamenta-se na individualidade, ganância e egoísmo, com que o indivíduo visa o que é de melhor a si. Sem intenção de gerar algum ganho para a sociedade. Mas sem o mero interesse do que possa ser bom para a sociedade, com o aumento de lucro individual consequentemente haverá um aumento na renda anual da sociedade. Aí se encontra o papel da mão invisível, sem forçar ou prejudicar qualquer indivíduo, gera consequências globais benéficas a uma nação.
Desenvolvimento econômico para Smith 
Para Adam Smith o desenvolvimento econômico depende do trabalho produtivo, e este depende do liberalismo econômico (laissez-faire), do auto interesse e do aperfeiçoamento advindo da divisão do trabalho, ou seja, esses fatores estão interligados em prol do crescimento econômico das nações, de modo que haja essencialmente a divisão do trabalho para tal ganho. Em sua obra “A Riqueza das Nações” ele usa como exemplo uma fábrica de alfinetes que aumentou a sua produção quando a divisão do trabalho foi aplicada. Esse processo faz com que um trabalhador desenvolva apenas uma ou até duas funções de um produto, adquirindo habilidade e agilidade no desenvolvimento da produção. O auto interesse também é importante, à medida que ninguém produz apenaspor produzir. Em outro fragmento da obra o autor cita “não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles para promover seu auto interesse”. Smith destaca que cada classe- produtora, trabalhadora ou consumidora- tem o seu interesse, e que são individuais e diferentes uns dos outros. Para que todos esses processos anteriormente citados aconteçam de forma harmoniosa, o governo deve intervir de forma mínima, quase que imperceptível no desenvolvimento econômico.
Preço natural e preço de mercado 
Para Smith, o preço natural (PN) é calculado e obtido pelo conjunto de custos que compões a produção de um objeto, incluindo o salário pago aos trabalhadores que fizeram parte do processo produtivo. Tomando como exemplo a produção de alfinetes, na qual o preço natural seria obtido pelo preço do arame utilizado em sua produção e do ferro, e o salário pago aos trabalhadores que participaram das atividades, assim fica clara a maneira como o economista interpretava o conceito de preço natural. 
Já o preço de mercado (PM) pode estar acima, abaixo ou exatamente sobre o preço natural, tudo depende da quantidade de oferta e de demanda em certo período. Um lucro pode ser obtido quando um produto é negociado em seu preço acima do preço natural ou por uma medida desesperada, ele também poderá ser vendido abaixo do preço natural, mas essa medida não deve ser continuada. Assim, o lucro passa a ser um excedente que pode ou não ser reinvestido ou ainda poupado pelo empregador que o obteve. Em suma, o preço de mercado é o valor pelo qual o produto está sendo comprado. Assim, a interação entre o preço natural e o preço de mercado é que determina a preço real e os lucros obtidos.
Críticas à Smith
Alguns críticos de Smith afirmam que ele não foi original em suas obras, devido ao seu método, que se caracteriza por percorrer caminhos já trilhados, buscando, assim, segurança, utilizar elementos já existentes. No entanto, sabe-se que suas obras foram grandiosas para o desenvolvimento do pensamento econômico, devido a sua clareza e ao espírito equilibrado.
Marx se opõe a Smith quanto aos efeitos positivos de uma radical divisão do trabalho, dizendo que os trabalhadores ficam à mercê do empregador na contratação e demissão (nenhuma estabilidade), que há uma banalização da prática produtiva, entre outro malefício. A impossibilidade de se reconhecer o fruto de seu trabalho, somada a falta de promoção, se traduziu na falta de motivação para o trabalhador industrial.
Artur Laffer também critica alguns conceitos de Smith, ressalta os perigos de uma pressão fiscal excessiva sobre a sociedade, demonstrando que um aumento dos impostos obrigatórios se traduz num declínio das receitas fiscais e numa redução no nível de produção e do emprego. Fora de uma lógica de mercado, o Estado assegura a produção dos bens ditos coletivos. Os bens e serviços coletivos são bens “fora do mercado” e sua produção parece justificar e existência de uma economia pública, independente dos mecanismos associados à livre concorrência. 
Conclusão
Adam Smith contribuiu grandemente para formação do sistema capitalista hoje espalhado pelo mundo, suas teorias e fundamentos são de grande importância para entendermos o sistema atual. Como o estado tinha o papel de intervir em todas as relações fazendo com que não existisse liberdade, Smith lança uma tese de que o estado não deveria intervir totalmente na economia, surgindo assim o liberalismo econômico.
Foi através de Smith que a economia passou a ser um gama de conhecimentos sistematicamente organizado, que se refere ao entendimento dos recursos escassos da sociedade. Com isso há uma necessidade em se estudar e compreender a vida de Smith, para assim entendermos como a economia iniciou, e como ela se estende hoje na sociedade.
Um dos prolongamentos do pensamento de Adam Smith pode ser observado no americano Frederick W. Taylor (1856-1915), ele elaborou a pratica do taylorismo, em que o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado. Observa-se então o princípio da divisão do trabalho com o objetivo de aumentar a produção.
David Ricardo
David Ricardo nasceu em Londres na Inglaterra em 1772, terceiro filho de uma família de financistas judeus, começou a trabalhar aos 14 anos com seu pai na bolsa de valores de Londres. Em 1786 começou a trabalhar por contra própria e enriqueceu devido ao sucesso em especulações na bolsa. Aos quarenta anos, deixou os negócios da bolsa de valores, e começou a se interessar pela economia política, onde adquiriu admiração pelos autores Adam Smith e Jean-Baptiste Say, com essa nova empreitada começou a fazer publicações de economia no Morning Chronicle. Em 1819 tornou-se deputado da câmera dos comuns, mas em 1823 deixou o cargo por razoes de saúde, Ricardo veio a falecer no mesmo ano de infecção no ouvido.
Obras
Ensaio acerca da influência do baixo preço do cereal sobre os lucros do capital (1815) Princípios da economia política e tributação (1817) 
PRINCIPAIS TEORIAS
- Analisou o valor dos bens que vem do valor do trabalho incorporado e do trabalho indireto (máquinas e ferramentas).
- Analisou também o valor dos bens cujo valor se dá pela sua raridade,
- E quanto o comprador gostaria de gastar (denominado de bem não reprodutível)
- Discute o preço dos bens no mercado e a quantia de moeda para pagá-los.
- Na segunda teoria decorreu sobre o valor dos salários dos empregados industriais, 
- O trabalhador deve ganhar o suficiente para reproduzir sua força de trabalho e manter sua família,
- Conhecido como o salário de subsistência. 
- Ele também diz que o valor do trabalho depende das condições do mercado,
- Se houver mais trabalhadores do que empregos o valor do salário diminui,
- Se houver muitos empregos e poucos trabalhadores o valor do salário aumenta.
- Teoriza (com base na teoria de Malthus) que se a população aumenta, a produção agrícola não aumenta na mesma proporção,
-Assim a oferta dos bens de subsistência seja menor, elevando seu preço,
- Com a elevação do preço dos bens de subsistência os salários também aumentam, 
- Diminuindo o lucro e
- Isso levaria ao estado estacionário que consiste na queda ou paralização do crescimento econômico. 
- Também fala sobre a emissão de papel moeda e a inflação,
- O aumento desenfreado da emissão de papel moeda elevaria o valor do ouro, 
- Em sua quarta teoria decorreu sobre as trocas internacionais (importação do trigo)
- Lei do trigo (livre comércio e câmbio)
Críticas a Ricardo
Algumas das críticas a Ricardo são sobre o livre câmbio entre as nações, e a falta do protecionismo econômico. Para alguns pensadores a falta do protecionismo econômico faz com que a economia interna se torne frágil, sem o apoio do protecionismo muitos fazendeiros ou industriais poderiam falir por falta de competitividade de seu produto, devido ao valor mais barato de um produto internacional, o que levaria ao desemprego e queda nos valores brutos de produção e lucro. 
Para os marxistas o livre câmbio favorece os países desenvolvidos em relação aos países menos desenvolvidos, pois com um maior acumulo de capital o país desenvolvido consegue exportar produtos que demandem maior quantidade de horas de trabalho, e exportar produtos com menor quantidade de horas de trabalho (teoria do valor do trabalho) mostrando quase uma relação de exploração entre essas nações. Do mesmo jeito a globalização da economia favorece aqueles que possuem melhores estruturas, pois a facilidade de movimentação dos produtos seria maior pra quem possui mais recursos, levando a uma superioridade em relação aos menos favorecidos, desequilibrando a economia internacional. 
Conclusão
Ricardo foi um dos precursores da livre troca entre os países, que inspirou a escola sueca, que embasada na teoria de Ricardo, formulouos conceitos de escassez e abundancia de produtos e a relação de seus valores para importação e exportação, e também definiu novos conceitos para produtos caracterizando produtos que precisam de mais capital do que horas trabalhadas, mas que mesmo assim seus produtos teriam valores elevado devido a especialização no trabalho que foi feito. Isso leva países no dia de hoje a se especializar na produção de alta tecnologia, que faz com que o custo do seu produto seja elevado no mercado internacional, e como se trata de um produto especializado ele é necessário para que outras industrias funcionem, fazendo com que esses produtos sejam importados por outros países movimentando o mercado internacional.
Thomas Malthus - An Essay on the Principle of Population
Nasceu em Rookery, Surrey, em 1766. Depois de estudar matemática e literatura em Cambridge, ele tomou o sacerdócio em 1789, assumindo uma paróquia em 1791. O exercício do ministério o pôs em contato brutal com as realidades de seu tempo: a situação das classes trabalhadoras arrastadas para o processo de industrialização da economia britânica. A análise das desgraças da época o levou á economia política. Em 1805, tornou-se professor de história e economia política na faculdade fundada pela Companhia das Índias Orientais, em Haileybury. Morreu em 1834. 
Contexto histórico
Viveu na Revolução Industrial, momento histórico em que o mundo presenciou inúmeras transformações econômicas, políticas e em especial, drásticas mudanças sociais. Com o advento das maquinas, houve a decorrente migração de trabalhadores do campo para as cidades, todos em busca de emprego, já que este estava escasso no ramo agrícola devido à mecanização dos meios de produção. 
Após a Revolução Industrial, a população urbana começa a conviver com melhores condições de vida e melhores serviços de saúde. A evolução na medicina contribuiu para a melhoria dos serviços de saúde, diminuindo assim a mortalidade da população em geral.
Com a qualidade de vida e condições melhores, houve o aumento do número de habitantes, principalmente nas áreas que se industrializaram primeiro. Por volta de 1750, ocorreu o processo de crescimento populacional nos países europeus que acompanharam a primeira fase da Revolução.
Foi durante esse período que se iniciaram as preocupações com o aumento no número de habitantes, e assim começaram a surgir às teorias populacionais. A teoria malthusiana surge então neste contexto.
Estava muito interessado no crescimento da população na Inglaterra, os meios de subsistência e as causas da pobreza em plena Revolução Industrial. Então começou a acumular dados sobre nascimentos, óbitos, idade dos casamentos, da procriação e fatores econômicos que contribuem para a longevidade das pessoas. Decidi então escrever sua própria visão sobre o futuro da humanidade e o crescimento populacional. Segundo Malthus: ''Pode-se seguramente declarar que, se não for à população contida por freio algum, irá ela dobrando de 25 em 25 anos, ou crescerá em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512,...). Pode-se afirmar, dadas as atuais condições médias da terra, que os meios de subsistência, nas mais favoráveis circunstâncias, só poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10)''. Malthus concluiu que se o aumento da população não for controlado, o aumento de áreas cultivadas seria esgotado, pois todos os continentes estariam completamente ocupados pela agropecuária.
Resumindo: Malthus alerta a população inglesa sobre um possível esgotamento de alimentos, ressaltando os malefícios de um surto populacional. Por meio de uma perspectiva pessimista, o economista pretender chamar a atenção da sociedade para que medidas de melhoramento de solo, melhor aproveitamento de alimentos, menor desperdício de produtos alimentícios e, principalmente, medidas de prevenção e redução da taxa de natalidade sejam tomadas, com o objetivo de evitar a disseminação da pobreza e da miséria.
Proposta de soluções Para Malthus as principais medidas para combater a fome seria controlar o crescimento populacional, ou seja, deveria manter um equilíbrio entre o crescimento da população e a disponibilidade dos alimentos, através do aborto, do controle de natalidade, do adiamento dos casamentos até que as pessoas pudessem sustentar uma família. Outras medidas seria: aumentar a demanda de trabalho agrícola, fomentando o cultivo e, com isso, aumentando a produção no país, e melhorar a condição do trabalhador. 
Falhas da teoria
Quando essa teoria foi elaborada mesmo parecendo muito consistente, tinha erros, pois as previsões estão ligadas principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região, com população predominantemente rural, e as consideraram válidas para todo o planeta no transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura. Hoje, verifica-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a quantidade produzida aumentou, uma vez que a produtividade (quantidade produzida por área; toneladas de arroz por hectare, por exemplo) também vem aumentando ao longo das décadas. 
CRITICAS 
Malthus subestima o papel do progresso técnico na agricultura. A agricultura ocidental teve um aumento no rendimento dos solos, bem como um forte aumento da produtividade do trabalho. Assim hoje, um agricultor francês produz o suficiente para alimentar sete pessoas, em vez de quatro pessoas na época do autor.
Na China, alguns princípios de sua teoria ainda são seguidos, em especial o de controle da taxa de natalidade, as famílias portadoras de um “comprovante de filho único”, recebem vantagens monetárias e prioridades nas escolas e mesmo nas universidades. Por outro lado, os casais urbanos com mais de dois filhos nos campos perdem parte de seus direitos sociais. Isso evidencia a preocupação com a possibilidade de um surto nacional, em que o Estado não seria capaz de assegurar uma boa qualidade de vida para toda a sociedade se houvesse um aumento populacional considerável. 
Obras 
- Ensaio sobre a população (primeira edição anônima em 1798, segunda edição com o nome do autor em 1803).
- Investigação sobre a natureza e a evolução da renda (1815). 
- Princípios de economia política e considerações sobre sua aplicação prática (1820). 
- A medida do valor (1823). 
- Definições de economia política (1827). 
John Stuart Mill
 (em sua obra Princípios de Economia Política, de 1848, percebe-se que ele reitera essa questão da preocupação com a riqueza),
[…] Os autores de Economia Política professam ensinar ou investigar a natureza da riqueza, bem como as leis de sua produção e distribuição, incluindo, diretamente ou de maneira remota, a operação de todas as causas que fazem com que prospere ou decline a condição da humanidade, ou de qualquer sociedade de seres humanos, com respeito a esse objeto universal do desejo humano. Não que algum tratado de Economia Política possa discutir ou mesmo enumerar todas as essas causas; todavia, empreende segundo quais elas operam. 
Esse universalismo característico da Economia Política destacado por Mill foi, com o tempo, desmanchado por conta do nascimento de disciplinas especializadas, como a Sociologia e a moderna Ciência Econômica.
Foi a Economia Política que começou a construir os fundamentos para se equacionar problemas como a questão do preço de mercadorias (desde uma joia ou um alimento até um navio ou um avião) e o tipo de trabalho nela empregado. Foi também essa ciência que deu os instrumentos iniciais para o cálculo político e o cálculo econômico, o que hoje é chamado de políticaeconômica: taxa de juros, equilíbrio entre importação e exportação, inflação, política monetária etc.
Jean Baptiste Say
Nasceu em Lyon na França em 1767. Aderiu às ideias liberalistas do final do século e aos princípios da Revolução Francesa de 1789, voluntariou-se para o exército. Oito anos mais tarde, após adquirir grande notoriedade como jornalista foi chamado por Napoleão, para ocupar uma cadeira no Tribunal, embora não tenha ficado por muito tempo em seu cargo, devido as suas ideias liberalistas que se opunham ao intervencionismo bonapartista. Ao deixar a vida política, Say se tornou um empreendedor e passou a dirigir uma empresa com mais de quatrocentos funcionários. Na restauração da República Francesa foi lhe confiado um estudo sobre a economia britânica, e tornou-se docente primeiramente no Conservatório de Artes e Ofícios e depois no Collège de France, onde ocupou, em 1830, a primeira cátedra de Economia Política. Faleceu em 1832, aos 65 anos.
Como um fiel seguidor e difusor de Adam Smith na França, suas ideias liberais influenciaram os modos de produção, distribuição e circulação de produtos, que por sua vez vieram a modernizar e dinamizar o mercado francês em seu recente processo de revolução industrial. Por se tratar de um economista liberalista percebeu na Revolução Industrial que a verdadeira riqueza provinha da grande produção e escoamento de bens produzidos.
Principais Obras
Tratado de economia política (1803)
Catecismo de economia política (1815)
Curso completo de economia política (1828)
PRINCIPAIS TEORIAS
Baseia sua teoria em três fatores para a produção: os agentes naturais (matéria prima), trabalho humano, e o capital financiador, baseados na oferta e na procura do mercado. Possuía ideias divergentes de Adam Smith que dizia que o valor da riqueza de uma nação está na sua produção industrial, e para Say estava nas interações entre o conjunto das atividades de produção e os serviços prestados. 
Teorizou também sobre o valor dos produtos baseando na variação do custo da matéria prima, os salários a serem pagos para os trabalhadores, e o lucro que será obtido com o bem produzido. Também considerava que a moeda não influenciava no valor do produto por considera-la neutra em relação a economia real, nisso baseou-se sua mais expressiva teoria, a lei dos mercados. 
A lei dos mercados diz que com a produção será gerada renda para a próxima produção, já que dentro do processo de produção capitais já foram distribuídos tanto como no salário dos funcionários como no pagamento dos fornecedores, o que faz com que o capital mantenha-se em circulação, já que o trabalhador com seu salário adquiri produtos, e o fornecedor ao ser pago pode adquirir novos meios de otimizar sua produção, mantendo então um ciclo onde toda produção financia a produção posterior, e capitais adquiridos na produção podem ser usados para melhoria de sua produção e aumento da próxima produção. Para tornar essa teoria valida Say considera que toda produção será escoada no mercado, ou seja, todo produto produzido será vendido, e que para que aja um crescimento econômico deve-se aumentar a produção, pensando que todos os produtos seriam vendidos, e que o período de crise econômica seria justificado por uma baixa taxa de produção, pois sem a produção não há movimentação e distribuição de capital. Say defendia que o papel do estado é aperfeiçoar o processo pelo qual o produto será escoado no mercado, ou seja, o estado deve viabilizar as melhores infraestruturas para transportar o produto pelo território para que não exista um aumento no preço dos produtos devido a um processo de logística ruim.
 CRÍTICAS 
A lógica da lei dos mercados pode ser contrariada por vários pontos como, as flutuações das atividades econômicas, que levaria a uma superprodução, a queda dos preços decidida pelos vendedores, e a não escoação total dos produtos produzidos que levaria ao acumulo de bens em estoques. Outro fator que seria prejudicial a teoria de Say é o acumulo do lucro adquirido com a produção em poupanças, ou seja o capital seria acumulado e deixado de ser reinvestido na produção, interrompendo o ciclo do capital entre os termos das produções. Também deve ser considerado que o produto não seja do agrado da população, o que levaria a uma pequena taxa de venda fazendo com que as vendas dos produtos não sejam capazes de pagar a sua produção levando a indústria a uma crise. Um dos principais pensadores que criticaram as ideias de Say é Thomas Malthus, que critica a teoria em vários aspectos.
A crise da Economia Política Clássica
Entre os anos vinte e quarenta do século XIX, inicia-se a crise da Economia Política Clássica. Aparece na mudança profunda da relação que a burguesia tinha com a cultura da época e que se valera até então. Surge a emancipação política mas não a humana que fora conduzido por ela nos ideais da Revolução Francesa (liberdade, igualdade, fraternidade).
O regime burguês libertou os homens de dependência do feudalismo; mas a liberdade política esbarrava na desigualdade jurídica (todos são iguais perante a lei). Isso nunca pode se traduzir em liberdade econômico-social. 
Portanto a Revolução Burguesa não conduziu ao prometido reino da liberdade. Conduziu a uma ordem social sem dúvida muito mais livre que a anterior, mas que continha limites insuperáveis a emancipação da humanidade. 
A realidade era uma nova dominação de classe. A burguesia se torna uma classe conservadora. Aqui surge uma divisão na Economia Política: surge duas linhas de desenvolvimento teórico. Os pensadores vinculados a burguesia e os pensadores vinculados aos trabalhadores. A Economia se dividirá em dois campos, uma parte se preocupando com as faces históricas, sociais e políticas (Economia Política) e a Economia se especializará marcadamente na área técnica e com aplicações das áreas exatas (matemática e estatística) para explicar seus conceitos. A economia á a qualquer pretensão de fornecer as bases para a compreensão do conjunto da vida social e deixará os procedimentos analíticos para analisar preferencialmente superficiais imediata da vida econômica (como os fenômenos da circulação), privilegiando o estudo da distribuição dos bens produzidos entre os agentes econômicos.
A crítica da Economia Política
Karl Marx (1844)
Nasceu em Trier, Alemanha, em 1818. Estudou direito e filosofia em Bonn, depois em Berlim, e obteve o doutorado em 1841. Não conseguindo ingressar na Universidade, voltou-se para o jornalismo e colaborou para diversas revistas, como “Gazeta Renana” e “Anais Franco-Alemães”. Devido suas posições políticas em artigos e livros, Marx foi expulso de várias revistas, conduzindo-o a percorrer a Europa. Graças a sua amizade com Friedrich Engels, Marx entrou na política com a criação de comitês operários que se fundiram com a Liga dos Justos, movimento revolucionário britânico. Ele se afirmou como um dos principais dirigentes da Associação Internacional dos Trabalhadores, fundada em 1864. Karl Marx faleceu em Londres no ano de 1883 aos 65 anos.
Concentrou boa parte dos seus esforços para contribuir na organização dos trabalhadores para que estes, rompendo com a dominação de classe da burguesia, realizasse a emancipação humana. Isso dependia do conhecimento da realidade social. Marx descobriu que o surgimento da sociedade capitalista veio da apropriação dos meios de produção e não estavam destinadas a constituir a evolução humana; mas a organização social histórica da elite mantendo os trabalhadores na linha de produção. Isso não significa o fim da Economia Política, mas a sua superação, incorporando as suas conquistas, mostrando os seus limites e desconstruindo os seus equívocos.
PRINCIPAIS OBRAS
“Manuscritos econômico-filosóficos” (1844)
“A ideologia alemã” (1846)
“A miséria da filosofia” (1847)
“Manifesto do Partido Comunista” (1848)
“O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte” (1852)
“Contribuição à crítica da economia política” (1859)
“A guerra civil na França” (1871)
“O capital” (1867-1894)
5.2. CONTEXTO HISTÓRICOPara entender a teoria de Karl Marx, é necessário entender o contexto histórico no qual ele estava inserido. Marx nasceu durante o processo de industrialização, na região que mais se desenvolvia na época. Ele viveu no contexto de surgimento das grandes indústrias, da economia e também do surgimento de uma classe social responsável pela produção (mais conhecida como classe proletária).
Como o próprio Marx explicou, sua obra foi influenciada pela filosofia de Friedrich Hegel, a economia política inglesa encarnada em David Ricardo e o socialismo francês. Marx deu origem a uma filosofia da história de caráter universalista que inspirou a origem dos Estados ditos socialistas, através do método dialético de Hegel.
O economista foi também responsável por apontar as disfunções características da economia capitalista, revelando a oposição de interesses entre a burguesia e o proletariado. Portanto, a obra de Marx constitui uma importante contribuição para o estudo da transformação social, por introduzir a dinâmica das classes socias no processo histórico.
SUAS IDEIAS
Divisão do trabalho: Marx separa a divisão social do trabalho e a divisão manufatureira (criação específica do modo de produção capitalista). A divisão social do trabalho apresenta agentes produtivos independentes submetidos à anarquia do mercado. Já a divisão manufatureira, contribui para a dominação do capital sobre o trabalho, pois a concorrência entre os produtores supõe que cada um deles rivalize com os demais na questão de preço. Mas a divisão do trabalho resulta em uma separação entre o agente produtivo e o produto de seu trabalho, uma sujeição do homem à máquina e aos ritmos impostos pelos proprietários dos meios de produção.
Conceito de “Mais-Valia”: trata-se da diferenciação entre o valor gerado pelo trabalho empregado pelo indivíduo e qual a remuneração que recebe do empregador capitalista. Ou seja, a diferença entre o valor criado pela força de trabalho na forma de produtos vendáveis e a compra dessa mesma força de trabalho pelo seu valor de troca gera um trabalho excedente não remunerado pelo empresário capitalista, chamado de “mais-valia”.
Luta de classes: teoria existente desde o final do século XVIII para designar o confronto entre os opressores e os oprimidos, respectivamente, nesse caso, a burguesia e o proletariado. Vale ressaltar que Marx não criou essa teoria, ele apenas foi o primeiro a mostrar o papel das classes sociais na evolução da história. Segundo ele, a luta de classes seria a força motriz por trás das grandes revoluções na história. Ela teria começado com a criação da propriedade privada dos meios de produção. A partir daí, a sociedade teria sido dividida em possuidores do meio de produção e possuidores, unicamente, de sua força do trabalho. Na sociedade capitalista, a burguesia retêm a mercadoria produzida pelo proletariado, e o produtor dessa mercadoria recebe um salário que é pago de acordo com a qualificação profissional dele. 
CRÍTICAS
Há pessoas que criticam a concepção marxista das classes sociais e a consideram limitada para a análise dos antagonismos sociais das sociedades modernas. Para alguns, a definição das classes sociais pelo lugar que ocupam no modo de produção parece singularmente limitada para explicar a complexidade das relações sociais nas sociedades contemporâneas. Marx elabora as bases de uma filosofia da história em que a classe operária, agente e protagonista do processo histórico, deve permitir a transformação da sociedade capitalista, porém alguns críticos alegam que esse conjunto de proposições parece contradizer o próprio método do autor de “O capital”. 
Para o sociólogo alemão contemporâneo Ralph Dahrendorf, uma teoria de classe baseada na divisão da sociedade entre detentores e não-detentores dos meios de produção perde seu alcance analítico quando há uma separação entre a propriedade jurídica e o poder de controle. Nas sociedades desenvolvidas, o poder de decisão é exercido fora do campo da propriedade efetiva dos meios de produção. Os tomadores de decisão das grandes empresas são assalariados formados em universidades de grande prestígio social. Portanto, são as relações de autoridade – mais do que as relações de propriedade – que fundam as relações antagônicas.
Outra crítica feita a Karl Marx funda-se na história da Rússia coletivista que mostra os limites do raciocínio marxista, uma vez que a abolição da propriedade privada não permitiu a instauração de uma sociedade igualitária. Mascarados pela ideologia, ressurgiram vários sinais de diferenciação social.
Contribuições
As contribuições de Marx foram para os campos da economia, política e até mesmo, filosofia. Os costumes e a cultura podem ter mudado, mas a sociedade continua seguindo a mesma direção. ‘O Manifesto Comunista’ toca em assuntos como a miséria e a exploração do trabalho, que continuam presentes, e é uma ferramenta que poderia ter a capacidade de mudar o mundo.
Marx elaborou uma nova teoria científica da evolução das sociedades e chegou a uma série de conclusões que podem ser resumidas em alguns pontos como: a constante transformação das idéias e dos homens tinha como papel essencial e dinâmico a realidade exterior; A importância da realidade econômica, pois dela depende a sobrevivência e essa determina as relações de produção, relações sociais e relações políticas; A dinâmica de luta de classes, através das relações sociais e interesses antagônicos, entre os que dominam e se submetem aos bens de produção e mecanismos econômicos; A evolução das sociedades humanas como uma sucessão de modos de produção (elite dominadora e minoria).
A importância de Marx para a sociedade atual é fundamental, pois este propôs ‘soluções’ e refletiu o funcionamento das relações existentes nas diferentes esferas: política, econômica e social. Marx propôs novas formas de enxergar o mundo e a sociedade em que vivemos, que continua seguindo o mesmo ciclo de modos de produção. Mudam-se os cenários e os protagonistas, mas os papéis de dominador e dominado sempre estão presentes na história da vida.
Atualmente o termo economia política é utilizado comumente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, sociologia, direito e ciências políticas para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e marxistas, que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia Política foi criticada por Karl Marx em Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política
LÉON WALRAS
Marie-Espirit Léon Walras nasceu em 1834, em Évreux no departamente de Eure. Sua vocação de economista derivou de seu pai, Antoine-Auguste Walras, da Escola Normal, professor de filosofia com vivo interesse na economia. Após o curso secundário, Walras foi admitido na Escola de Minas em 1854, mas logo abandonou o curso para aprofundar seus conhecimentos de literatura, filosofia e, claro, economia. A seguir dedicou-se ao jornalismo e, sem êxito, à literatura. Depois de uma primeira publicação em 1859, opondo-se a Proudhon, tentou obter um cargo no magistério francês, que lhe foi recusado. Apenas em 1870, aos 36 anos, prestou concurso e se tornou titular da cátedra de economia da Academia de Lausanne (Suíça). Aposentou-se em 1892 e se dedicou a seus escritos. Morreu na Suíça em 1910.
Léon Walras pertence a corrente chamada “neoclássica”. Sua outra iniciativa teórica, além de fazer uma modelagem matemática da economia para demonstrar seus mecanismos, também é, a partir não da produção, mas da troca, que lhe parece a ação principal dentro do sistema econômico. A ele se deve o modelo de mercado de concorrência pura e perfeita, assim como as leis de oferta e demanda.
Mas a sua principal contribuição para a economia, de Walras, foi a teoria do equilíbrio geral. Walras pertence a corrente liberal, porém, invoca a intervenção do Estado. Ele justifica essa necessidade, com a existência de