Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Antonio Gerson Bernardo da Cruz UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA GERAL IC-348 GASES E TEORIA CINÉTICA MOLECULAR 10 Pressão dos gases • M o l é c u l a s g a s o s a s m o v e m - s e constantemente. • Colidem com a superfície empurrando-a. üempurrar = força • A pressão de um gás representa a força exercida pelas moléculas gasosas quando estas atingem a superfície de um recipiente. üpressão = força por unidade de área. A unidades de pressão são: Força= kg m s-2 = N (Newton) Pressão = kg m s-2/ m2 = kg m-1s-2 = N / m2 = Pa (Pascal) [SI] O efeitos da pressão • A pressão exercida por uma gás pode causar alguns efeitos surpreendentes. • O gás fluirá da área de alta pressão para a de baixa pressão. üQuanto maior a diferença de pressão, mais forte será o fluxo de gás. • Diferenças na pressão do ar resultam no clima e no padrão dos ventos. • Quanto mais para alto se vai na atmosfera, menor é a pressão atmosférica ao redor. üNa superfície a pressão atmosférica é de 1 atm, a 3000 m a pressão é apenas 0,68 atm. • mudanças bruscas na pressão atmosférica podem fazer seus ouvidos "estalarem" devido a um desequilíbrio de pressão entre a pressão dentro e fora do ouvido. O efeitos da pressão Características dos Gases 1. Os gases são altamente compressíveis e ocupam o volume total de seus recipientes. 2. Quando um gás é submetido à pressão, seu volume diminui. 3. Os gases sempre formam misturas homogêneas com outros gases. 4. Os gases ocupam somente cerca de 0,1 % do volume de seus recipientes. 5. É fácil correlacionar pressão, volume, temperatura e quantidade de gases usando as leis dos gases. – Não existem leis comparáveis para sólidos ou líquidos. gravity Medindo a pressão atmosférica • U s a - s e u m b a r ô m e t r o (Evangelista Torricelli, 1643) • A coluna de mercúrio é suportada pela pressão do ar; • A força do ar sobre a superfície do mercúrio equilibra-se pela ação da gravidade que atua na coluna de mercúrio; –1 atm = 760 mmHg = 760 torr = 1,01325x105 Pa = 101,325 kPa. Medindo a pressão de um gás • A pressão de um gás em um recipiente pode ser medida usando um instrumento chamado de manômetro; • manômetros são tubos em U, parcialmente preenchidos com um líquido, com uma extremidade conectada à amostra gasosa e a outra extremidade aberta ao ar; • Estabelece-se uma competição entre a pressão atmosférica e a pressão do gás; • A diferença no nível do líquido é uma medida da diferença de pressão entre a pressão do gás e a pressão atmosférica; Medindo a pressão de um gás • A pressão de um gás em um recipiente pode ser medida usando um instrumento chamado de manômetro: (a) Pgás igual a Pbarométrica (b) Pgás maior que a Pbarométrica (c) Pgás menor que a Pbarométrica As propriedades dos gases • As propriedades físicas de qualquer gás pode ser descrita por quatro variáveis: • Pressão (P) • Volume (V) • Temperatura (T) • Quantidade de matéria (número de moles) • As relações específicas entre estas quatro variáveis são as leis dos gases, e um gás que se comporta seguindo exatamente estas leis é chamado de gás ideal. • Existem quatro equações chaves que foram determinadas empiricamente, as quais são combinadas na lei dos gases ideais. A lei de Boyle • Em 1662, Robert Boyle descobriu que o volume de um gás é inversamente proporcional à sua pressão (se a temperatura e quantidade do gás permanecerem constantes). • À medida que P aumenta, V diminiui pelo mesmo fator • P x V = constante • P1 x V1 = P2 x V2 A lei de Boyle Relacionando Pressão e volume gasoso – Lei de Boyle. P1V1 = P2V2 V2 = P1V1 P2 = 694 L Vtanque = 644 L A lei de Boyle • Um gráfico de V versus P é uma hipérbole. • Da mesma forma, um gráfico de V versus 1/P deve ser uma linha reta passando pela origem. A lei de Boyle Quando dobra-se a pressão sobre um gás, o volume gasoso reduz pela metade. A lei de Boyle • Uma vez que a água é mais densa do que o ar, a cada 10 m abaixo da superfície, a pressão s o b r e o s p u l m õ e s aumenta em 1 atm. Se o seu tanque tiver ar a uma pressão de 1 atm, dependendo da profundidade talvez não seja possível inalá-lo para dentro dos seus pulmões. Lei de Charles • Por volta de 1787, Jacques Alexandre Charles descobriu que o volume de um gás é diretamente proporcional a sua temperatura (se a pressão e quantidade são mantidas constantes). V/T = constante se T é medido em kelvin Lei de Charles • A pressão do gás dentro e fora do balão são iguais; • Em altas temperaturas, as moléculas do gás movem- se mais rápido, então elas colidem com as paredes do balão mais intensamente – resultando em um maior volume. Lei de Charles • A pressão do gás dentro e fora do balão são iguais; • Em baixas temperaturas, as moléculas do gás não estão se movendo tão rápido, então elas não colidem com as paredes do balão de forma tão intensa – por isso o volume tende a diminuir. Lei de Charles • A valores constante de n e P, o volume de um gás aumenta proporcionalmente à medida que sua temperatura absoluta aumenta. Se a temperatura é dobrada o volume gasoso também dobrará. Lei de Charles • Um gráfico de V versus T é uma linha reta. • Quando T é medida em °C, o intercepto no eixo da temperatura é igual a -273,15°C. • Definimos o zero absoluto, 0 K = -273,15°C, como sendo a temperatura na qual cessa todo e qualquer movimento molecular ou atômico (implicando em energia zero). • Para esta temperatura, um gás ideal deve apresentar volume nulo. • Um gás real, claro, condensa-se em líquido em temperatura próximas a 0 K. – Gases reais não podem apresentar volume nulo. Lei de Charles Lei de Avogadro • Em 1811, Amedeo Avogadro descobriu que o volume de um gás é diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás medido em moles (se a pressão e temperatura são mantidas constantes); • A hipótese de Avogadro nos diz que volumes iguais de gases à mesma temperatura e pressão contem o mesmo número de moléculas; – Não importando qual seja o gás. • A uma pressão de 1,0 atm e temperatura de 0 oC, 1 mol de qualquer gás ideal ocupa um volume de 22,414 L (o volume molar padrão). Lei combinada dos gases • Todas estas leis podem ser combinadas em uma única relação chamada de lei dos gases ideais: • substituíndo a proporcionalidade por uma igualdade introduz- se uma contante R. • ou V α nT P - Lei de Boyle V α 1/P - Lei de Charles V α T - Lei de Avogadro V α n Lei combinada dos gases • Sob condições de T e P padrão e usando o volume molar o valor de R é dada por: • O valor de R depende das unidade de P e V. = 8.3145 m3 Pa mol-1 K-1 = 8,3145 J mol-1 K-1 = 8,3145 m3 Pa mol-1 K-1 R = PV nT = (1,00 atm)(22,41 L) (1,00 mol)(273,14 K) = 0,082057 L atm / mol K Lei combinada dos gases Temperatura e pressão padrão • As condições de 1 atm e 273,15 K são definidas como sendo condições de temperatura e pressão padrão (CTPP). • O volume de 1 mol de gás na CTPP é chamado de volume molar: O volume molar e os gases reais • Todos os gases desviam-se do comportamento ideal, mas na maioria das condições, estes desvios são pequenos. • Os valores observados para os gases reais são muito próximos do volume molar padrão de 22,424 L, havendo alguns pequenos desvios. Densidade de gases • Uma vez que um mol de qualquer gás ocupa aproximadamente o mesmo volume a uma dada pressão, diferenças nas densidade dos gases dependem de diferenças na massa molar. • A densidade é diretamente proporcional à massa molar.PV = nRT PV = m MM ⎛ ⎝ ⎜⎜⎜ ⎞ ⎠ ⎟⎟⎟⎟RT PMM RT = massa V ⎛ ⎝ ⎜⎜⎜ ⎞ ⎠ ⎟⎟⎟⎟⇒ d = PMM RT Massa molar de gases • Um dos métodos usados para determinar a massa molar de uma substância desconhecida é aquecer uma massa conhecida da substância até que esta se torne gasosa. • Mede-se a termperatura, pressão e o volume e usa-se a lei dos gases ideais. PV = nRT PV = m MM ⎛ ⎝ ⎜⎜⎜ ⎞ ⎠ ⎟⎟⎟⎟RT MM = massa PV ⎛ ⎝ ⎜⎜⎜ ⎞ ⎠ ⎟⎟⎟⎟RT ou dRT P Misturas gasosas • Quando gases são misturados, suas moléculas comportam-se de maneira independente uma das outras; – Todos os gases em uma mistura ocupam o mesmo volume; • todos preenchem completamente o recipiente ∴ cada volume gasoso é igual ao volume do recipiente; – Todos os gases em uma mistura têem a mesma temperatura; • Portanto eles têem a mesma energia cinética média; • Porém, em certas aplicações, a mistura pode ser imaginada como apenas um gás; – Mesmo sendo uma mistura, podemos medir a pressão , temperatura e volume do ar como se ele fosse uma substância pura; – Podemos calcular o número de moléculas total em uma amostra do ar, conhecendo P, V, e T, mesmo sabendo que são moléculas diferentes. Misturas gasosas • A pressão de um único gás em uma mistura gasosa é chamada de pressão parcial; • Podemos calcular a pressão parcial de um gás se – Conhecemos que fração da mistura ele compõe e qual apressão total; – Conhecemos o número de mols do gás em um recipiente de volume conhecido; • A soma das pressões parciais de todos os gases em uma mistura é igual a pressão total; – Lei das pressões parciais de Dalton; – Pois eles se comportam de modo independente. Misturas gasosas • A pressão parcial de cada gás em uma mistura pode ser calculado usando a lei dos gases ideais • Para uma mistura de dois gases, A e B • A temperatura e o volume de tudo de todos na mistura são os mesmos. Misturas gasosas • A concentração de cada componente de uma mistura pode ser expressa em termos da fração molar (χ); • Considere nA a quantidade de matéria de gás A exercendo uma pressão parcial PA, então Lei das pressões parciais • John Dalton, 1801 - A pressão total exercida por uma mistura gasosa é a soma das pressões parciais exercida por cada gás individual na mistura. Lei das pressões parciais Pparcial & Escalada • O corpo humano está adaptado para respirar O2 a uma pressão parcial de 0,21 atm; üSherpa, povos nativos das montanhas do Himalaia , está adaptados a respirar O2 no ar com uma pressão parcial muito menor. • Pressões parciais de O2 menores que 0,1 atm podem levar à hipóxia. üleva à inconsciência ou à morte • Escaladores do Monte Everest carregam cilindros com O2 para evitar a hipóxia. üNo topo do Mt Everest, Pair = 0,311 atm, e PO2 = 0,065 atm. Pparcial & mergulho de profundidade • Em alta profundidade a concentração de O2 aumenta muito, esta condição é chamada de intoxicação por oxigênio; – A intoxicação por oxigênio pode levar a espasmos musculares, visão tunelada e convulsões; • Em altas profundidades também é possível ter muito N2, uma condição conhecida como narcose por nitrogênio; • Em profundidade, a pressão do ar respirado aumenta aumentando a pressão parcial do oxigênio; – A uma profundidade de 55 m a pressão parcial do O2 é 1,4 atm; – Em mergulhos a profunidades superiores a 50 m usa uma mistura de He e O2 chamada heliox. • contém uma menor percentagem de oxigênio e o nitrogênio é substituído por He. Pparcial & mergulho de profundidade Coletando gases sobre água • Quando o produto de uma reação química é gasoso, este é muitas vezes coletados por deslocamento de água. • Zn(s) + 2 HCl(aq) → ZnCl2(aq) + H2(g) • O gás coletado não é puro tendo traços de vapor d'água. • A pressão parcial do vapor dágua, chamada pressão de vapor, depende apenas da temperatura. üDeve-se usar uma tabela para descobrir a pressão parcial do vapor d’água no gás coletado. Ptotal = Pgás +Págua Coletando gases sobre água Teoria cinética-molecular • Usada para explicar por que os gases seguem as leis empíricas; • Consiste de aproximações estatísticas que conectam o comportamento macroscópico dos gases com suas propriedades atômico/moleculares. (Ludwig Boltzmann e James Clerk Maxwell, 1860). • Os postulados da teoria cinética são aproximações que funcionam muito bem em condições normais. • Sob condições extremas, o comportamento dos gases não pode mais ser modelado pela teoria cinética molecular. – Usam-se modelos mais complexos. Postulados da teoria cinético molecular 1) Um gás consiste de átomos ou moléculas em movimento retilíneo e aleatório. 2) O volume e o tamanho das partículas de um gás são desprezíveis comparado com o volume total ocupado. – A maior parte do volume do gás é composto de espaços vazios. 3) As partículas do gás agem independentemente. – Não existem forças atrativas ou repulsivas entre as partículas. 4) As colisões entre as partículas gasosas bem como com as paredes do recipiente são perfeitamente elásticas; – A energia cinética individual pode ser transferida entre as moléculas, mas a energia cinética total é constante. 5) A energia cinética média das partículas é proporcional à temperatura absoluta da amostra. Explicando as propriedades dos gases • Volume indefinido: Como os gases apresentam energia cinética suficiente para superar as atrações, eles se mantém em movimento e se expandindo até ocupar todo todo o volume do recipiente. • Como resultado, os gases assumem a forma e o volume do recipiente em que se encontra. Explicando as propriedades dos gases • Compressibilidade: Como os gases apresentam uma grande quantidade de espaços vazios em sua estrutura, as moléculas dos gases podem ser aproximadas diminuíndo o volume. Explicando as propriedades dos gases • Baixa densidade: Como os gases tem baixa massa e uma grande quantidade de espaços vazios em sua estrutura, isso resulta em uma relação m/V muito pequena. • Pressão: Resultado do constante movimento das moléculas gasosas e de suas colisões com a superfície ao seu redor. • Quando se adicionam mais moléculas, mais e mais moléculas atingem o recipiente a cada instante, resultando em uma maior pressão. üe também maior densidade. Explicando a lei de Boyle • A lei de Boyle: V ∝ 1/P • Com a diminuição do volume aumenta a probabilidade e a frequencia das colisões pois mais moléculas são forçadas a ocupar um espáco menor - maior pressão. Explicando a lei de Charles • A lei de Charles: V ∝ T • Com o aumento da temperatura aumenta-se a energia cinética média, a frequência e a intensidade das colisões; • Para manter a pressão constante, o volume deve aumentar. Explicando a lei de Avogadro • Quanto mais partículas existirem numa amostra de um gás, mais volume as partículas necessitarão (a valores constantes de P e T) para evitar o aumento de suas colisões com as paredes do recipiente. • Assim, O volume aumenta à medida que aumenta o valor de n. Explicando a lei de Dalton • Segundo a teoria cinética-molecular as moléculas gasosas são pequenas e interagem entre si; • Em uma mistura gasosa, as moléculas de cada gás agem independente contribuindo com suas próprias colisões com a mesma energia cinética; Velocidades moleculares • A energia cinética de uma partícula é dada por: • A teoria cinética-molecular afirma que partículas com diferentes massas tem a mesma EC média - isso só seria possível se viajassem com velocidades diferentes; • A velocidade média quadrática, urms, é definida como: • que é a média do quadrado de todas as velocidades. • Para um mol de partículas,a energia cinética média é dada por: EC = 1 2 mv 2 urms = v 2∑ n = u2 ECmédia = 1 2 NAmu 2 Velocidades moleculares • Sabendo que EC ∝ T, logo: • R = 8,314 J/K.mol • Igualando as duas expressões tem-se: • NAm = MM • Resolvendo para urms tem-se: • A velocidade média quadrática, urms, é diretamente proporcional à temperatura (K) e inversamente proporcional à massa molar (g/mol); • Gases mais leves movem-se mais rapidamente e colidem com maior frequência do que gases mais pesados e com menor força. – Para ter a mesma energia cinética média, moléculas mais pesadas movem-se com menor velocidade média. 1 2 NAmu 2 = 3 2 ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ RT urms = 3RT NAm = 3RT MM ECmédia = 3 2 ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ RT Temperatura e velocidade molecular • À medida que a temperatura aumenta, a velocidade média aumenta. üA função de distribuição se achata e o máximo da curva se move para velocidades maiores. Velocidades moleculares • Para que tenha a mesma energia cinética média, moléculas mais pesadas devem se mover com menor velocidade média. Caminho livre médio • O caminho livre médio é definido como a distância percorrida por uma molécula gasosa entre as colisões. – Partículas de um gás viajam em linha reta até que colidam com outras partículas ou com o recipiente. • O caminho livre médio diminui à medida que a pressão aumenta. – No nível do mar, o caminho médio livre é aproximadamente 6×10-6 cm. Difusão e efusão (a) Difusão é a mistura de moléculas de gás por movimento aleatório com ocorrência de colisões moleculares. (b) Efusão é o escape de um gás através de orifício sem ocorrência de colisões moleculares. Lei da efusão de Graham • As velocidades de difusão e de efusão de um gás estão relacionadas com a sua velocidade média quadrática. • De acordo com a lei de Efusão de Graham, A velocidade de efusão (ou difusão) de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molar. (Thomas Graham, 1846): • Somente para gases a baixa pressão (escape natural) • Orif ício minúsculo (sem colisões) • Não se aplica à difusão (com colisões) Lei da efusão de Graham • Misturas de gases podem ser separadas em seus componentes puros tirando vantagem de suas diferentes velocidades de efusão. • Ex: Durante a 2a. Guerra Mundial, em Oak Ridge, Tennessee, o U235 (0,72% de abundância) foi separado do U238 (99,28% de abundância) convertendo o urânio elementar em UF6 (PE 56 oC) e separando por efusão através de uma membrana permeável; • U235F6 é 3 u.m.a mais leve, efunde 1,0043 vezes mais rápido do que o U238F6. Gases reais • Em condições extremas o comportamento de gases reais se desvia daquele esperado para gases ideais. • Em altíssimas pressões as moléculas estão cada vez mais próximas e o volume das partículas do gás não pode ser desprezado. • Em altíssimas pressões, as forças atrativas tornam-se mais importantes, e atuam para manter as moléculas um pouco mais próximas, diminuíndo seu volume para uma dada pressão (ou diminuíndo sua pressão para um dado volume). Gases reais Com o aumento da pressão o volume do gás real é maior do que o de um gás ideal pois o volume molecular não pode ser desprezado. O volume de um gás real em altas pressões é corrigido levando-se em conta o volume das moléculas. O Volume ocupado pelas partículas é menos importante em baixa pressão (a) do que em alta pressão (b). Gases reais • Uma vez que as moléculas de um gás real ocupam espaço, o volume molar de um gás real é maior do que o previsto para um gás ideal em altas pressões. Gases reais • À medida que a pressão em um gás aumenta, as moléculas são forçadas a se aproximarem e passam a exercer forças intermoleculares entre si. • Isso diminui a intensidade e a frequencia das colisões; • A pressão de um gás real se torna menor do que o esperado para um gás ideal: • Como consequência, quanto maior for a pressão, mas o gás se desvia do comportamento de um gás ideal. Gases reais • Uma vez que as moléculas de um gás real se atraem mutuamente, o volume molar do gás real é menor do que o previsto para um gás ideal em temperaturas mais baixas. Equação de van der Waals • Ao adicionando os dois termos à equação do gás ideal; • Um para corrigir o volume das moléculas e o outro para corrigir as atrações intermoleculares, obtemos a equação de van der Waals para os gases reais (Johannes van der Waals, 1873): • onde a e b são constantes empíricas chamadas de constantes de van der waals. é correção para as forças intermoleculares, e nb é correção para o volume molecular. Equação de van der Waals a e b são diferentes para cada gás pois suas moléculas apresentam tamanho diferentes. Gases reais • O efeito das forças intermoleculares pode ser avaliado comparando o volume molar de um gás real e o volume molar de um gás ideal sob as mesmas condições, fator de compressão, Z: • Para um gás ideal, Z = 1; desvios deste valor são atribuídos à não idealidade. • Todos os desvios do comportamento ideal podem ser explicados pela presença de forças intermolecularesatrativas e repulsivas entre moléculas. Z = VM real VM ideal Gases reais • Para um gás ideal, • Z (PV/RT) = 1 para todas as pressões. • Em um gás real, Z desvia significativamente de 1. • Z > 1 => VMreal > VMideal Repulsão maior do que atração - volume molecular; • Z < 1 => VMreal < VMideal Atração maior do que r e p u l s ã o - f o r ç a s intermoleculares. Gases reais • À medida que a temperatura aumenta, as moléculas de gás ganham energia cinética e se distanciam mais entre si. • Altas temperaturas significam também mais energia disponível para a superar as forças intermoleculares. – Quanto maior for a temperatura, mais o gás se aproxima do ideal.
Compartilhar