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10 MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO PARA A JUNTA DE RECURSOS DO CRPS

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10.  MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO PARA A JUNTA DE RECURSOS DO CRPS
ILUSTRÍSSIMO(A) SENHOR(A) CHEFE DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
Segurado(a), nacionalidade, estado civil, residente e domiciliado(a) na Rua, Bairro, Cidade/Estado, CEP, NB 000.000.000-0, com DIB de 00.00.2000, vem, por meio desse, apresentar RECURSO ORDINÁRIO, com base no disposto no art. 29 do Regimento Interno do CRPS e no art. 537 da IN n.º 77/2015.
Requer a reanálise da decisão proferida, bem como o atendimento do pedido já apresentado na defesa administrativa de fls.
Caso não haja a retratação da decisão negatória, que seja o presente processo administrativo encaminhado à Junta de Recursos competente para julgamento.
Requer-se, ainda, o devido pronunciamento da perícia médica da APS.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data.
Segurado(a)/representante legal <quebra de página>
RAZÕES DO RECURSO 
NOBRES JULGADORES
1. DOS FATOS <adequar ao caso concreto>
Em 00.00.2000, foi marcada avaliação médica, para verificar a persistência, atenuação ou agravamento da incapacidade que gerou a concessão da aposentadoria por invalidez ora discutida.
Ocorre que o resultado do exame indicou a cessação da incapacidade, tendo sido o(a) segurado(a) intimado(a) de tal fato na mesma data, para apresentar sua defesa.
A defesa foi tempestivamente apresentada, sendo o(a) segurado(a) intimado(a) da negatória em 00.00.2000. Como justificativa de tal negatória, os funcionários apresentaram:
<colacionar motivos da negatória de defesa>
Concessa venia, os argumentos da negatória não merecem prosperar, não existindo, portanto, motivo que justifique a cessação do benefício ora discutido, restando mais do que comprovada a incapacidade do(a) segurado(a) para o exercício de atividade laborativa.
Apesar da vasta prova apresentada no tocante à incapacidade, a Chefia da Agência da Previdência Social manteve a decisão de cessação do benefício.
Salientamos, ainda, que o correto, no presente caso, se fosse irrepreensível o laudo apresentado pelo perito do INSS, seria a aplicação dos artigos 47 da Lei n.º 8.213/1991 e 49 do Dec. n.º 3.048/1999, de forma que a aposentadoria deveria ser mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de cinquenta por cento, no período seguinte de seis meses.
Destacamos que o benefício do(a) segurado(a) foi cancelado e que não foi feito o pagamento referente à competência de ____________, estando o(a) mesmo(a) totalmente desprotegido(a) financeiramente, tendo o(a) segurado(a) que viver de ajuda de familiares e amigos.
Tal situação obriga o(a) segurado(a) a recorrer a essa nobre Junta de Recursos, para garantir a correta interpretação dos fatos, bem como a devida aplicação do direito pertinente.
2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS <adequar ao caso concreto>
O(A) segurado(a) ainda está acometido(a) da doença que deu ensejo ao benefício ora discutido, qual seja, doença (CID).
Como prova, juntamos ao presente recurso laudo recente do médico Dr. (nome do médico) que trata do(a) recorrente desde o início de seus problemas de saúde. Do mencionado laudo destacamos:
<colacionar atestado e laudo médico que conclui pela impossibilidade de retorno às atividades laborativas>
Anexamos, ainda, ao presente recurso, cópia do receituário, onde constam as medicações tomadas constantemente pelo(a) recorrente, de forma a manter sob controle seu quadro clínico.
<incluir mais detalhes sobre a condição clínica do(a) segurado(a)>
Destacamos que não existe motivo algum para a cessação do benefício; ao contrário, o(a) segurado(a) ainda está em tratamento da doença, não tendo havido, portanto, mudança em seu estado clínico, que justifique a drástica modificação de interpretação da doença por parte do INSS.
Juntamos, à defesa inicial, cópia dos diversos laudos médicos periciais produzidos por peritos do INSS, todos concluindo a incapacidade laborativa do(a) segurado(a).
No caso, primeiro foi concedido ao(a) segurado(a) o benefício de auxílio-doença; entretanto, após não ser constatada melhora, foi recomendada, pelo médico do próprio INSS, a aposentadoria. Do laudo, citamos:
<se tiver, citar detalhes dos diagnósticos do INSS>
Assim, a concessão da aposentadoria por invalidez para o(a) segurado(a) foi embasada em diversos laudos médicos, produzidos por peritos do INSS e médicos que tratavam o(a) segurado(a), sendo que as conclusões eram sempre as mesmas.
Ocorre que, no laudo médico produzido na última perícia do INSS, o médico não levou em consideração o quadro clínico do(a) segurado(a), tampouco analisou os atestados anteriores e o tratamento ao qual o(a) segurado(a) está submetido. O médico limitou-se a CONSTATAR O QUADRO DEPRESSIVO, mas colocou como data-limite para a incapacidade laborativa o dia 00.00.2000.<adequar ao caso>
Tal conclusão não é lógica, tampouco está condizente com os documentos e laudos apresentados.
Desse modo, frente ao erro na avaliação médico-pericial, faz-se necessária a análise do caso por uma Junta Médica que possa reavaliar o estado clínico do(a) paciente e então emitir novo diagnóstico, de forma a garantir o direito de defesa do(a) segurado(a)/paciente. Ou, no mínimo, remarcação de nova perícia, para que o laudo produzido de forma confusa seja esclarecido e nova conclusão seja produzida.
Quanto à possibilidade de cancelamento do benefício, é sabido que, enquanto perdurar a análise da presente defesa, o INSS está impedido de cancelar o benefício em questão. Nesse sentido, destacamos a seguinte decisão jurisprudencial:
PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO ANTES DE DECORRIDO O PRAZO PARA RECURSO. ART. 5.º, LV, CF. TRABALHADOR RURAL INDIVIDUALMENTE CONSIDERADO. EXCLUSIVIDADE DE FONTE DE RENDA. REGIME DE ECONOMIA FAMÍLIAR.
1. Não pode ser suspenso o benefício antes de decorrido o prazo para o recurso administrativo, sob pena de total desrespeito ao mandamento contido no art. 5.º, LV, da Constituição Federal, que reza que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
2. Não é razoável submeter o administrado a possibilidade de revisão do ato a qualquer tempo, qualquer que seja o vicio que se lhe atribua, sob pena de infringência a estabilidade das relações jurídicas (TRF 4.ª Região, AC n.º 2001.04.01.001422-0, 6.ª Turma, Rel. Des. Federal Luiz Carlos de Castro Lugon, DJU 11.7.2001).
A jurisprudência do STJ não difere de tal entendimento:
PREVIDENCIÁRIO. RETIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA NA RENDA MENSAL SEM PRÉVIA NOTIFICAÇÃO AO SEGURADO. OFENSA AO ARTIGO 69 DA LEI DE CUSTEIO.
1. A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que o cancelamento ou suspensão de benefício não prescinde da observância do devido processo legal e do respeito ao exercício do contraditório e da ampla defesa ao beneficiário.
2. A determinação legal de que o Instituto mantenha programa permanente de revisão da concessão e manutenção dos benefícios previdenciários, prevista no artigo 69 da Lei n.º 8.212, de 1991, não dispensa o prévio procedimento administrativo que assegure a defesa do segurado (§ 1.º).
3. No caso concreto, a informação de que a Autarquia “primeiro reduziu o benefício e, após, notificou o impetrante deste fato” caracteriza ofensa ao artigo 69 da Lei de Custeio da Seguridade Social.
4. Agravo regimental improvido. 
(AgRg no Ag n.º 1.048.547/SP. 5.ª Turma, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe 15.12.2008).
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CANCELAMENTO DE BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE. INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. EFEITOS PATRIMONIAIS DO MANDAMUS CONTADOS DA IMPETRAÇÃO. SÚMULA 271/STF. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO. SEGURANÇA CONCEDIDA EM PARTE.
1. O Superior Tribunalde Justiça firmou compreensão segundo a qual, em tema de suspensão ou cancelamento de benefício previdenciário por suspeita de fraude ou irregularidade, por repercutir no âmbito dos interesses individuais do segurado, impõe-se a prévia observância dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
2. “Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria” (Súmula 271/STF).
3. Recurso ordinário provido. Segurança concedida em parte. 
(RMS n.º 20.577/RO, 5.ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ 7.5.2007).
Destacamos, ainda, que, no caso de recuperação da capacidade laborativa por parte do(a) aposentado(a) por invalidez, existem regras próprias para o cancelamento desse benefício, que citamos abaixo:
Art. 47 da Lei n.º 8.213/1991 – Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento:
[...]
II – quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 (cinco) anos ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta a atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao termino do qual cessará definitivamente.
E ainda:
Art. 49 do Decreto n.º 3.048/1999 – Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, excetuando-se a situação prevista no art. 48, serão observadas as normas seguintes:
[...]
II – quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 (cinco) anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta a atividade:
a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de cinquenta por cento, no período seguinte de seis meses; e
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Desta forma, ainda que o INSS entenda pelo retorno da capacidade laborativa, o benefício não pode ser cessado imediatamente, devendo ser cumprida a norma disposta no artigo 49, inciso II, do Decreto n.º 3.048/1999.
3. REQUERIMENTOS <adequar ao caso concreto>
Resta comprovado o direito do(a) segurado(a) de ver mantido seu benefício de aposentadoria por invalidez. Quanto ao laudo médico pericial, que constatou a capacidade laborativa do(a) segurado(a), está o mesmo equivocado, sendo necessária nova avaliação por uma Junta Médica, de forma a se garantir o direito de defesa do(a) segurado(a), bem como a melhor análise do pleito.
Se não for possível a análise por uma Junta Médica, requer-se a remarcação de perícia médica, de forma a se garantir a correta avaliação do caso por um especialista na área psiquiátrica.
Salienta-se que deve ser observado, pelo perito ou pela Junta Médica, todo o histórico de saúde do(a) recorrente, de forma que se requer o apensamento ao presente do processo administrativo de concessão do auxílio-doença NB 000.000.000-0.
Em sendo constatada a existência e persistência da incapacidade laborativa, que se determine a continuidade da aposentadoria por invalidez.
Destaca-se, ainda, que, mesmo que o INSS entenda pela melhora clínica bem como a recuperação da capacidade laborativa, o benefício não pode ser cessado imediatamente, devendo ser cumprida a norma disposta nos artigos 47 da Lei n.º 8.213/1991 e artigo 49, inciso II, do Decreto n.º 3.048/1999.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data.
Assinatura do(a) segurado(a) ou de seu representante legal

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