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RESUMO PSICOLOGIA SOCIAL I

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AULA 1 - Introdução a Psicologia Social: conceito, método, características e 
aplicações 
 
- ciência empírica que estuda a forma como as pessoas se influenciam e se relacionam entre si 
(​comportamento social do ser humano​​) 
- fenômenos psicológicos são objeto de estudo da Psicologia Social, principalmente o indivíduo em 
sociedade e não a sociedade propriamente dita (cooperação, altruísmo, agressão, competição) 
- Psicologia Social é o estudo científico da influência recíproca entre as pessoas (​interação social​​) e do 
processo cognitivo gerado por esta interação (​pensamento social​​) 
- a Psicologia Social se fundamenta principalmente no ​método científico e não em meras impressões ou 
intuições - as afirmações provenientes do sentido comum, embora possam ser verdadeiras, carecem de 
comprovação sistemática e não podem ser consideradas como conhecimento sólido e confiável 
- Helmuth Krüger (1986) - os aspectos mais característicos da Psicologia Social são sete 
- individualismo ​​- estudo de processos psicológicos individuais, relacionados com estímulos e situações 
sociais 
- experimentalismo ​​- o uso da metodologia experimental permite confiar mais nos resultados obtidos, 
através de pesquisas em Psicologia Social 
- microteorização ​​- teorias (não muito abrangentes) que organizam suas observações e indicam 
previsões práticas e hipóteses que podem ser testadas 
- etnocentrismo ​​- orientação, predominantemente americana, imprimida nesta ciência - desenvolvimento 
de conceitos a partir de uma determinada tradição cultural e no estudo de temas que são particulares da 
dita sociedade - deveria existir uma integração entre sua produção de conhecimento da Psicologia Social 
e o grupo sociocultural em cuja produção é fundamentada, de maneira que as diversas conclusões 
possam ser sempre contextualizadas e com derivações práticas significativas para a sociedade 
- pragmatismo (ou utilitarismo) ​​- o que a ciência faz é descobrir primeiro as leis que regem os 
fenômenos, constituindo objeto de seu estudo - após entender os fenômenos estudados através da 
metodologia científica, o psicólogo social deve procurar como aplicar as suas descobertas científicas a 
problemas específicos de ordem prática 
- cognitivismo ​​- estudam o processo cognitivo pelo qual formamos impressões sobre nós mesmos, em 
relação ao mundo social, onde vivemos, assim como sobre o ambiente social ao qual pertencemos 
- a-historicismo ​​- o modo de realizar pesquisas deve fixar o objetivo principal na influência de estímulos e 
situações imediatas, relacionados diretamente com as manifestações comportamentais observadas - a 
preocupação do psicólogo social não é tanto a origem dos comportamentos apresentados, mas a sua 
correlação com circunstâncias observáveis 
- aplicações da Psicologia Social ​​- educação, direito, saúde, política 
 
AULA 2 - Percepção social e comportamento social 
 
- proxêmica ​​- quão próximos nos colocamos dos outros, em função de diversos elementos determinantes 
do grupo social (sexo, status, papel social, entre outros) 
- percepção de pessoa - contribuições de cada um de nós na obtenção de informações dos objetos 
examinados - para tornar consciente e dar sentido às sensações provenientes do mundo externo, todos 
os sujeitos interpretam com certo grau de subjetividade, dando sentido a todas essas informações 
- subjetividade do processo perceptivo​​ - pode ser caracterizada de acordo com sua: 
 
- seletividade ​​- os diversos elementos que compõem a realidade objetiva não se apresentam em iguais 
condições para todos os sujeitos (valorizações diferentes) 
- qualidade de ser organizada e significativa - as percepções dos objetos são ordenadas (respondem às 
leis de ordem e significado e precisamos delas para significar nossas sensações) 
- categorização ​​- rótulos verbais a tudo que estimula nossos sentidos - entender as influências de termos 
generalizados na percepção de membros de grupos sociais 
- formação de impressões - a forma como percebemos os outros é o resultado da inter-relação do 
conjunto de traços que caracterizam o sujeito - o resultado dessa mistura de características nos permite 
formar impressões sobre os outros, muito mais do que uma simples soma de cada traço 
- na comunicação não verbal temos expressões faciais (seis grandes manifestações emocionais: raiva, 
felicidade, surpresa, medo, nojo e tristeza), o tom de voz, os gestos, a linguagem corporal, e o modo de 
olhar - servem para expressar emoções, transmitir atitudes, opiniões e preferências, comunicar traços de 
personalidade e facilitar a comunicação não verbal complementando a mensagem falada - o fenômeno 
da comunicação acaba acontecendo por uma multiplicidade de canais, permitindo-nos obter informações 
completas e complementares da mensagem que está sendo transmitida 
- teoria de atribuição de causalidade​​ - analisa como explicamos o comportamento das pessoas 
- dois grupos de fatores relevantes: os fatores ​ambientais ​​e os fatores ​pessoais ​​ou de personalidade - 
estes dois grupos podem exercer pressão em conjunto ou não, e a dinâmica resultante se manifesta no 
comportamento observável - Fritz ​Heider ​​(1958) observou como as pessoas explicam os eventos 
cotidianos e concluiu que a maioria tem a tendência de atribuir o comportamento dos outros a causas 
externas (fatores ambientais, situacionais) ou causas internas (fatores pessoais, características da 
pessoa) - as atribuições internas são particularmente atraentes para os observadores 
- erro fundamental de atribuição - em muitas ocasiões consideramos que os outros são responsáveis 
pelo que acontece e quando se trata de nós mesmos, consideramos que as nossas ações foram 
determinadas pelas circunstâncias - existe uma perspectiva diferente quando analisamos o nosso 
comportamento e de quando analisamos o comportamento dos outros. ao agirmos, o ambiente exige a 
nossa atenção. já quando observamos o que outra pessoa faz, é ela quem ocupa nosso centro de 
atenção e por este motivo, ela parece responsável por tudo o que acontece - o tempo também pode 
alterar nossas perspectivas sobre a explicação de nosso comportamento ou do comportamento dos 
outros - outro fator que contribui no erro de atribuição é a cultura 
- teoria da inferência correspondente ​​(Edward Jones e Keith Davis) - frente a uma história ou relato de 
alguém, costumamos inferir aquilo que desconhecemos, como os motivos internos ou as características 
de personalidade dos envolvido - assim, consideramos que as verdadeiras causas por trás do acontecido 
estão relacionadas com fatores pessoais e passamos a explicar os atos através de disposições internas 
- modelo de covariação (Harold Kelley) - se preocupou em explicar como decidimos em fazer uma 
atribuição interna ou externa - no processo de atribuição, reunimos informações que nos facilitam poder 
chegar a uma conclusão e estes dados são variações do comportamento do sujeito avaliado ao longo de 
certo tempo - ou seja, para poder explicar porque alguém fez o que fez, podemos usar informações 
relativas à maneira como o sujeito vem agindo 
- para Kelley, existem 3 tipos de informação que podemos usar: ​consenso​​(informação relacionada a 
forma como a pessoa avaliada se comporta frente ao mesmo estímulo), ​desintividade ​​(a informação 
distintiva refere-se como o sujeito avaliado reage frente outros estímulos) e ​consistência ​​(descreve a 
frequência com a qual o comportamento observado frente ao estímulo específico se apresenta em tempo 
e em situações diferentes) 
 
- profecias autorrealizadoras - muitas vezes não percebemos que nossas atribuições são erradas 
porque, sem notar, fazemos com que elas se transformem em realidade - isto acontece quando 
interagimos de tal forma com as pessoas que elas acabam reagindo a nós da maneira que esperamos 
 
AULA 3 - A formação do ser social 
 
- desejabilidade social - cuidados que o sujeito tem para se mostrar como mais “certinhos” a fim de serem 
socialmente aceitos 
- através da informação que compartilhamos sobre nós mesmos existem diferentes significados 
relacionados com a forma como nos autopercebemos (parte do nosso autoconceito) 
- autoconceito ​​- crenças específicas pelas quais definimos quem somos (englobam diversas 
características em diversos contextos) - representa nossos ​autoesquemas ​​(modelos mentais que 
utilizamos para representar o que somos para nós mesmos - afetam de forma significativa a maneira 
como processamos as informações sociais - a forma como percebemos, lembramos e julgamos os outros 
e a nós mesmos, depende desses autoesquemas) 
- os autoesquemas constituem o autoconceito e facilitam a recuperação e a classificação das informações 
que chegam até nós. assim, as nossas experiências são, em parte, determinadas pelo autoconceito 
- a maioria das nossas memórias se forma em torno do nosso interesse primário que somos nós mesmos 
- o sentido do Eu se encontra no centro de nossos mundos - o ​egocentrismo ​​é uma característica 
presente em maior ou menor extensão, em todos nós 
- no autoconceito podemos incluir também os “eus possíveis”, ou seja, o que gostaríamos ou desejamos 
ser no futuro 
- socialização ​​- desenvolvimento do eu social - processo de preparação das pessoas para o desempenho 
de papéis sociais, e para isto elas devem desenvolver habilidades psicológicas e físicas de maneira a 
serem capazes de preencher expectativas comportamentais do grupo ao qual pertencem 
- origem ​​do autoconceito - os papéis que desempenhamos, as comparações sociais, as experiências de 
sucesso e o fracasso, os julgamentos das outras pessoas e as relações do indivíduo com a sua cultura 
- papéis sociais - sistemas de prescrições comportamentais objetivos com conteúdo socialmente definido 
- estes papéis são diferenciados segundo sexo, idade, gênero, parentesco, diversas atividades de 
subsistência e convivência, e nas relações de poder 
- comparações sociais - moldam nossa identidade - o autoconceito não se compõe unicamente pela 
identidade pessoal, mas também pela nossa identidade social - sempre estamos nos comparando com as 
outras pessoas ao nosso redor e isto, por sua vez, nos permite entender melhor como diferimos deles 
- experiências de sucesso e fracasso ​​- alimentam o autoconceito porque permitem que os indivíduos se 
autoavaliem 
- autocontrole percebido - muito importante na forma como enfrentamos as coisas - é mais do que o 
esforço realizado para lutar contra, ele representa a nossa percepção do quão forte podemos ser - uma 
convicção positiva das nossas possibilidades é altamente benéfica, pois permite que o indivíduo seja 
mais persistente e mais centrado nos seus objetivos (ligado ao conceito de autoeficácia de Bandura - o 
grau de autoeficácia é a medida do quão competente nos sentimos para fazer alguma coisa) 
- dois grupos de pessoas: aqueles que apresentam um ​desamparo adquirido (pessoas deprimidas que se 
tornam passivas porque acreditam que seus esforços não têm qualquer efeito - sentimento de perda de 
controle sobre o que fazem e como consequência os eventos desagradáveis se tornam profundamente 
estressantes) e aqueles que se apresentam com ​determinação ​​(pessoas que assumem o comando da 
própria vida para procurar realizar todo o seu potencial - pessoas deste grupo são bem menos ansiosas e 
 
menos deprimidas, se adaptam com maior facilidade e superam expectativas no desempenho das tarefas 
que realizam) 
- tendenciosidade personalista - viés que adotamos quando justificamos nossos atos ou quando nos 
comparamos aos outros - aceitamos créditos quando nos informam de nossos sucessos, mas somos 
altamente resistentes a aceitar os nossos fracassos - apoiamos a autoimagem atribuindo importância às 
coisas em que somos bons - tendência em aumentar a autoimagem distorcendo a extensão em que os 
outros pensam sobre nós - importante fator adaptativo das pessoas, permitindo que as mesmas se 
protejam da depressão e da rejeição social, mas pode ser vista também como um fator desadaptativo 
- administração da imagem - preocupação importante por parte de cada um de nós em relação à 
autoimagem - estamos sempre administrando as impressões que criamos nos outros 
- autorrepresentação ​​- relaciona-se com a nossa necessidade de representar tanto para uma audiência 
externa, confirmada pelas outras pessoas, como para uma audiência interna, confirmada por nós 
mesmos, tudo isto com a finalidade de escorar a autoestima e de confirmar a autoimagem 
- automonitoração ​​- nossa consciência sobre o outro faz com que muitas vezes ajustemos nosso 
comportamento procurando um acerto social - exige uma grande habilidade social - neste fenômeno a 
cultura tem um papel importante 
- desenvolvimento da moralidade (Kohlberg, Piaget) - há uma grande importância nas interações sociais 
que o indivíduo mantém com o que está a sua volta, na busca de um equilíbrio entre o organismo e o 
meio ambiente 
- o sistema de desenvolvimento da moralidade proposto por Kohlberg compreende três níveis, cada um 
com dois estágios seguindo uma sequência progressiva, onde a passagem de um para o próximo 
depende da boa resolução das demandas do estágio prévio - tais estágios são: ​Punição e obediência, 
Realismo instrumental, Orientação segundo expectativas dos outros, Lei e ordem, Contrato social 
e direto, Ética universal 
- o sujeito vai evoluindo seus princípios morais partindo de uma ética concreta e dependente das figuras 
parentais até uma ética mais individual e complexa - os dois últimos estágios são muito difíceis de 
alcançar 
- a socialização também está relacionada com o surgimento de motivos sociais como, por exemplo, a 
necessidade de realização - qualificada como proativa - fator de motivação e dinamização que orienta o 
comportamento em direção a alvos ou metas, situados em planos distantes, em relação aos já 
alcançados pela pessoa - se relaciona em padrões de busca de excelência no desempenho individual em 
diversos setores - as principais fontes da necessidade de realização são encontradas no ambiente 
familiar - tem consequências tanto no plano individual quanto no plano macrossocial (socioculturais e 
históricos) 
 
AULA 4 - Processos grupais 
 
- grupo não social ​​- conjunto de pessoas que se encontram em um mesmolugar ao mesmo tempo sem 
necessariamente interagir ou se influenciar significativamente 
- Cottrell (1968) - a presença de outras pessoas pode levar à ​facilitação social​​ ou à ​indolência social 
- grupo social ​​- duas ou mais pessoas que não só interagem entre si, mas que também são 
interdependentes em relação às suas necessidades e objetivos - várias pessoas que possuem uma 
relação estável e partilham objetivos em comum com a consciência de que fazem parte de um mesmo 
grupo 
 
- McGrath (1984) - definição de grupo pode ser entendida em termos de grau - um conjunto de pessoas 
pode ser melhor identificado como grupo em função de quatro condições: na medida que o número de 
membros seja mais reduzido; na medida que estes poucos membros mantenham interações mais 
estreitas; na medida que estas interações se mantenham por mais tempo e; na medida que conservem 
perspectivas futuras compartilhadas - possibilidade de caracterizar diversos tipos de grupos (reunir os 
grupos em vários sistemas de classificação considerando várias dimensões e critérios) 
- tipos de grupos​​ e definições básicas: 
- categoria social (grupo sociológico) - conjunto de pessoas que se distingue de outras por ter em 
comum um atributo reconhecível a partir da perspectiva de um observador externo (gênero, idade, 
profissão, etc) 
- grupo psicológico - os próprios membros do grupo se identificam como fazendo parte dele por pertencer 
à mesma categoria social - a diferença com os grupos sociológicos é que eles não precisam da 
perspectiva de um observador externo 
- grupo mínimo - pessoas que passam a ser classificadas de forma casual dentro de um mesmo grupo e 
que começam a atuar em função dessa identificação, chegando a interagir uns com os outros - na 
medida em que estas pessoas adquirem consciência de objetivos em comum elas passam a formar 
grupos sociais 
- grupos compactos - grupos sociais onde seus membros passam a cooperar entre si visando o alcance 
de objetivos interdependentes 
- organização social - grupos sociais que se organizam definindo uma estrutura de poder reconhecível 
com papéis e normas que regulam as interações entre seus membros e formando um sistema social 
hierarquizado que pode competir com outros grupos 
- grupos naturais - podem ser permanentes ou temporários, formais ou informais, mas se diferenciam 
pelo fato de existirem independentemente das considerações de estudiosos e especialistas 
- grupos artificiais - organizados e identificados pelo pesquisador com o fim de avaliar os efeitos da 
manipulação de variáveis sobre seus membros, na observação sistemática de uma pesquisa ou 
experimento 
- fenômenos que só podem ser observados nas interações dos indivíduos de um determinado grupo onde 
há uma interação social mínima: 
- facilitação social - entender como a mera presença de outros pode afetar o comportamento dos 
indivíduos - pessoas que não estão diretamente competindo ou sendo recompensadas, ou punidas, mas 
simplesmente se encontram presentes como uma espécie de audiência ou coatores - fator fortalecedor 
das reações dominantes ou prevalentes em decorrência da presença dos outros 
- vadiagem social - tendência de membros de um grupo gastar menos esforços na realização de tarefas 
em grupo em comparação dos esforços mostrados quando realizam as mesmas tarefas sozinhos - pode 
ser visto como contrário à facilitação social - formas de diminuir: aumentando a identificação e a 
avaliação de cada contribuição; aumentando o envolvimento e a responsabilidade de cada um; 
aumentando o nível de motivação e o atrativo das tarefas realizadas 
- liderança ​​- teoria do indivíduo superior (traços de personalidade decisivos e que nos permitem identificar 
quem é líder de quem não é, qualquer que seja a natureza da situação a ser enfrentada) - porém, temos 
sempre que levar em consideração também a situação (teorias de liderança que centram-se nas 
características do líder, de seus seguidores e da situação) - teoria da contingência da liderança de Fiedler 
(a efetividade de todo líder depende do quão orientado ele é para a tarefa ou para o relacionamento e 
como ele controla sua influência sobre o grupo - dois tipos de líder: orientado para a sua tarefa e 
orientado para o relacionamento) 
 
- conflito e cooperação - conflito (tensão entre dois ou mais indivíduos como é no caso do dilema social, 
onde a ação que seria mais benéfica para um indivíduo, se escolhida pela maioria, produziria efeitos 
prejudiciais para o grupo como um todo) - dilema do prisioneiro (coloca o desejo de uma pessoa em 
cuidar de seus próprios interesses contra os seus desejos de também cuidar do interesse de seu 
parceiro) - dilema do bem público (os indivíduos tem que contribuir para um fundo comum a fim de 
manter o bem público) 
- coesão grupal e normas - coesão grupal (quantidade de pressão exercida sobre os membros de um 
grupo a fim de que nele permaneçam) - normas (fazem parte de todo grupo social e sem elas o grupo 
não sobreviveria - são aprendidas e constituem um dos mecanismos mais importantes de controle social - 
assim, os membros de um grupo usam as mesmas para julgar e avaliar as percepções, sentimentos e 
ações de seus seguidores - excelente substituto para o uso do poder) 
 
AULA 5 - Atitudes, valores e crenças 
 
- organizamos nosso mundo adotando posturas críticas relativamente estáveis tanto pró como contra 
diversos objetivos sociais de nosso entorno - estas posturas constituem as nossas atitudes e elas, de 
alguma forma, nos permitem entender a maneira como reagimos e nos comportamos em diferentes 
situações 
- para psicólogos sociais de orientação cognitivista - ​atitude ​​- disposição afetiva favorável (quando 
positiva) ou desfavorável (quando negativa) a um ​objeto social (qualquer pessoa, grupo, objeto, 
entidade abstrata ou animal que pode despertar algum tipo de afeição ou interesse social nas pessoas) - 
atitudes sociais têm uma configuração tridimensional composta pelos elementos ​cognitivos​​, ​afetivos ​​e 
comportamentais 
- apesar de não existir uma total correspondência entre atitude e comportamento, é mais do que aceito, na 
Psicologia Social, que o conhecimento das atitudes de um sujeito nos permite antecipar, com certa 
margem de erro, os comportamentos que ele pode manifestar em qualquer momento - atitudes como 
instigadoras de comportamento mais do que como seus determinantes 
- segundo alguns psicólogos, um melhor preditor do comportamento é a intenção de comportar-se de uma 
determinada maneira - as atitudes e as normas sociais influenciam a intenção de comportar-se de um 
jeito ou de outro 
- origem ​​das atitudes - Tesser (origem genética) - mas mesmo que exista um componente genético, a 
experiência social desempenha um papel importante na modelagem das nossas atitudes - embora todas 
elas tenham componentes afetivos, cognitivos e comportamentais, uma determinada atitude pode 
basear-se mais em um tipo de experiência ou componente do que em outro 
- classificação ​​de atitudes:- atitudes de base ​cognitiva - avaliação da pessoa se fundamenta em dados relevantes sobre a 
propriedade do objeto em questão - classificar e pesar os aspectos positivos e os negativos de um 
determinado objeto, para que a partir de tal avaliação o sujeito seja capaz de decidir se vale a pena ou 
não - as crenças e os sistemas de crenças são os elementos principais da cognição 
- atitudes de base ​afetiva ​​- estas atitudes não resultam da revisão racional de informações, não se 
orientam pela lógica, estão fortemente ligadas a valores pessoais (emoções) e por isso são muito difíceis 
de serem mudadas - relacionadas com reações sensoriais ou estéticas (apreciações estéticas ou 
gustativas em geral) - outras atitudes podem ser ainda o resultado de condicionamentos (clássico ou 
operante) 
 
- atitudes de base ​comportamental ​​- tem como fundamento a observação que fazemos sobre como nos 
comportamos em relação ao objeto da atitude 
- funções ​​da atitude - a principal função é a de avaliar - organizar o nosso comportamento em diferentes 
planos, no plano da cognição, no plano dos afetos e no plano da conação (entender porque tal pessoa 
pensa como pensa, sente o que sente e age como age frente a esse objeto social) - orientação do 
comportamento, já que elas contêm uma discriminação afetiva de tudo e do todo existente no nosso 
ambiente psicológico - nos ajudam a formar argumentos e, assim, contribuem nas defesas de nosso eu 
na medida em que podemos nos justificar ou afastar de objetos ou situações desagradáveis - 
desempenham um papel expressivo em relação aos nossos valores 
- mudança de atitude - no modelo tridimensional de atitudes os componentes cognitivo, afetivo e 
comportamental influenciam-se mutuamente procurando uma harmonia - qualquer tipo de mudança em 
um desses três componentes pode gerar mudança nos outros na procura de uma reestruturação (pode 
gerar um estado de inconsistência entre os componentes das atitudes e levar a uma mudança atitudinal) 
- teoria da dissonância cognitiva ​​de Festinger - existem diversos fatores capazes de propiciar mudanças 
de atitudes no sentido de tornar as novas atitudes coerentes com uma cognição de mais difícil mudança, 
fazendo com que se valorize a posição discrepante com que a pessoa se comprometeu mais - porém, 
são difíceis de aplicar em escala macro (nesses casos a comunicação persuasiva é mais adequada) 
- num estudo foi verificado o que torna mais eficaz uma ​comunicação persuasiva​​, tomando por base três 
aspectos principais: ​a fonte da comunicação, a comunicação em si mesma e o tipo de audiência 
(“quem diz o que a quem”) 
- medida de atitudes - escala de formato ​Likert - série de afirmações relativas a um objeto atitudinal (por 
exemplo: aborto, pena de morte, fumar em público e outros temas) onde se trabalha com afirmações 
favoráveis e desfavoráveis sobre o assunto - para cada afirmação o sujeito responde em uma escala de 
cinco alternativas que são posteriormente identificadas com valores numéricos na escala de 1 a 5 
permitindo a soma das respostas de cada sujeito para avaliar o tipo e o grau de atitude de uma 
determinada população, em relação ao tema específico estudado 
- crença ​​- condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma determinada 
ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva (elemento subjetivo do 
conhecimento) - o interesse da psicologia social pelas crenças reside em sua origem, formação, estrutura 
e grau de aceitação - a pesquisa psicossociológica das crenças possibilita obter esclarecimento sobre a 
grande variedade de estilos interpretativos da realidade sociocultural e das correspondentes condutas 
sociais - para Kruguer, as crenças podem ser qualificadas como opiniões, boatos, dogmas, convicções e 
estereótipos que se evidenciam como a relação afetiva entre uma pessoa e um objeto social, quando a 
pessoa manifesta uma determinada atitude em relação a este objeto 
- valores ​​- estudo dos comportamentos e das atitudes dos indivíduos - são dotados de uma estrutura 
atitudinal, mas com a característica de não se aplicarem a objetos particularizados - as atitudes denotam 
valor na medida em que elas se manifestam sobre objetos mais claramente delineados - a atitude é 
congruente com o valor e ela pode nos permitir inferir o valor que está por trás 
 
AULA 6 - Preconceito, estereótipos e discriminação 
 
- preconceito - é expressado continuamente não apenas pelas atitudes e práticas cotidianas das diversas 
comunidades, mas principalmente por meio da estrutura social que efetivamente exclui as populações 
sócio-historicamente discriminadas, estratificando de maneira desigual as classes, os grupos, as pessoas 
 
- o preconceito deve ser considerado onipresente - ele pode ser entendido como uma atitude - definido 
como uma atitude negativa ou hostil contra pessoas de um grupo identificável, baseada exclusivamente 
na sua condição de membro do grupo 
- estereótipo - juntamos pessoas em grupos para poder interagir com elas - crenças e atributos 
compartilhados sobre um grupo - tendência de generalizar a partir de similaridades percebidas - crença 
compartilhada e componente cognitivo do preconceito (componente pré-atitudinal)- socialização como 
uma das origens dos estereótipos - com a adolescência o jovem assimila outros estereótipos (que antes 
era feito principalmente por inculcamento dos pais, professores etc) - assim, é pela experiência vivida no 
processo de socialização que os estereótipos são aprendidos, acomodados e assimilados e depois 
integrados em um determinado contexto cultural e sócio-histórico - participam na formação da 
autoimagem de cada indivíduo - os estereótipos grupais com os quais nos identificamos orientam, em 
parte, a forma como atuamos e as expectativas que temos sobre nós mesmos - como eles se manifestam 
na percepção das diferenças segundo o gênero 
- preconceito - a partir desse agrupamento fazemos julgamentos sobre esses grupos - inclusive nós 
mesmos nos identificamos como sendo parte desses agrupamentos 
- discriminação - nos comportamos segundo esse julgamento quando estamos frente alguém que forma 
parte do grupo em questão - comportamento negativo - ação negativa injustificada ou até prejudicial que 
é exercida contra os membros de um grupo vítima do preconceito - as diversas formas de discriminação 
são institucionalizadas nas organizações por meio de sistemas de opressão social (racismo, machismo, 
homofobia etc) - tais práticas, em geral associadas ao assedio moral, podem convergir em qualquer 
forma de violência 
- Como tentativa de explicar o preconceito e a discriminação surge o estudo da personalidade autoritária, 
onde o ponto principal consiste em delegar ao sujeito a responsabilidade de comportamentos racistas 
como o antissemitismo - preconceito como distúrbio da estrutura da personalidade autoritária - o 
preconceito contém fortes raízes emocionais 
- agressividade transferida - a frustração gera hostilidade que é redirecionada e descarregada embodes 
expiatórios - os alvos para essa agressividade étnica representam, muitas vezes, grupos concorrentes 
percebidos como responsáveis pela frustração pessoal 
- por outro lado, o preconceito se compõe também de elementos cognitivos - as convicções estereotipadas 
e as atitudes preconceituosas existem não apenas por causa do condicionamento social e porque 
permitem às pessoas transferir hostilidades, mas também como subprodutos de processos de 
pensamentos normais 
- Em outras palavras, a maioria dos estereótipos não é, na verdade, tanto produto da maldade das 
pessoas e sim da forma com elas simplificam os seus mundos complexos. Os estereótipos equivalem a 
ilusões perceptivas que são subprodutos da nossa capacidade de interpretar o mundo que nos rodeia. 
- para podermos reduzir o preconceito, os estereótipos e a discriminação, segundo especialistas, a melhor 
maneira é a do contato. Mais explicitamente, precisamos colocar as pessoas de grupos diferentes 
colaborando as umas com as outras para poderem alcançar objetivos em comum. Esta seria uma 
atividade para ser praticada especialmente em escolas e com crianças. 
- Na ​ativação automática dos estereótipos não temos controle sobre as ideias e crenças que vem a 
mente, pois crenças muito disseminadas culturalmente nos sobrevêem à mente assim que nos 
deparamos com certas pessoas em dadas circunstâncias (porque é a primeira imagem que faz com que 
tenhamos um pré conceito de um objeto). Na ​ativação controlada teríamos uma possiblidade de por um 
"freio" no processo de discriminação porque é após o contato com o objeto que tiramos as nossas 
conclusões. 
 
 
 
AULA 7 - Dissonância cognitiva 
 
- acepção ​forte do termo teoria - princípio ou conjunto de princípios para explicar, organizar, unificar e/ou 
compreender o sentido de um conjunto de fenômenos 
- acepção ​fraca​​ do termo teoria - crença ou especulação 
- teoria científica - conjunto de afirmações que podem variar em grau de abstração e que se concatenam 
de forma lógica procurando descrever ou explicar a realidade - deve-se fundamentar em evidências 
empíricas, ser verificável e possuir poder preditivo - tentam entender o mundo da observação e da 
experiência e explicar como este mundo natural funciona 
- no caso da psicologia social, não contamos com teorias de grande alcance e sim com ​microteorias - 
muitas das teorias que são usadas são válidas em contextos e condições específicas, se fundamentando 
em pressupostos antropológicos específicos (principalmente as ​cognitivas​​) 
- a primeira característica que chama a atenção na cognição social é a rapidez com a qual 
compreendemos e julgamos os outros 
- a ​dissonância cognitiva é um estado psíquico que consiste em um sentimento de desconforto como 
consequência da discrepância entre o conteúdo que a pessoa acredita ser verdadeiro e aquilo que a 
pessoa sabe de fato que é verdade - ideias conflitantes com as crenças pessoais - ações e tentativas que 
o indivíduo manifesta com o objetivo de diminuir o desconforto destes pensamentos - filtragem de dados 
que o indivíduo realiza procurando depurar as informações que entram em conflito com a bagagem 
informativa na qual ele já acreditava. assim, o indivíduo tenta ignorar as informações novas e procura 
perpetuar as suas crenças 
- teoria da dissonância cognitiva ​​- como anulamos as discrepâncias entre nossas ações reais versus 
nossas íntimas convicções morais? - ressalta que ideias contraditórias funcionam como fonte motivadora 
impulsionando o sujeito a criar novas opiniões, a mudar conceitos pré-existentes, almejando diminuir a 
magnitude da dissonância ou conflito entre as diversas cognições 
- a utilização da teoria enfatiza os elementos que ocasionam uma má adaptação, normalmente relacionada 
com a tendência das pessoas em relutar a aceitar informações que podem gerar conflito ou rompimento 
de hábitos corriqueiros - assim, o indivíduo sustenta uma consciência parcial das informações, 
conseguindo sonegar certos elementos a seu estado de consciência, como uma forma de negação - 
maneira irracional de se defender frente a informação que representa algum risco às crenças e ideias 
pré-existentes no sujeito 
- esse tema é relevante para a Psicologia social já que nossas decisões também são influenciadas pelo 
que os outros pensam ou pensaram delas 
- antes de tomar uma decisão, o sujeito passa por um momento inicial de conflito chamado de ​fase 
pré-decisional do processo decisório - segundo a teoria da dissonância cognitiva, nessa primeira fase o 
sujeito precisa considerar de forma objetiva as vantagens e desvantagens das diversas alternativas pra 
poder avaliar cada uma cuidadosamente 
- após essa primeira fase a seguinte dá forma à ​etapa de tomada de decisão propriamente dita ​​- 
momento em que o sujeito passa a optar por uma das alternativas 
- na terceira fase psicológica, conhecida como ​fase pós-decisional​​, o indivíduo precisa fazer avaliações 
das vantagens e desvantagens da alternativa assumida em contraponto com as alternativas descartadas 
- essa avaliação já não é mais racional como a primeira, mas sim emocional e tendenciosa, pois o 
indivíduo precisa justificar a alternativa escolhida - reduzir a dissonância cognitiva resultante de sua 
escolha - quanto maior o conflito na 1ª fase, maior a motivação para reduzir a dissonância 
 
- após a decisão, existe sempre a experiência de certa Dissonância Cognitiva por parte do indivíduo, 
causada pelo fato de existirem aspectos positivos nas alternativas rejeitadas conjuntamente com 
aspectos negativos na escolhida 
- As pessoas tendem a buscar situações e informações que são consonantes com as atitudes já existentes 
e evitar aquelas que produzem dissonância. E algumas pesquisas afirmam que as pessoas buscam 
informações consonantes para adquirirem o equilíbrio, mas não tendem a evitar as dissonantes. 
- o processo de tomada de decisão pode ser feito de forma individual ou em grupo - as ​decisões grupais 
são, normalmente, muito mais arriscadas - a responsabilidade fica dissolvida entre os membros. assim, 
quando a decisão for na verdade um erro, cada um defende-se atribuindo ao grupo, e não a si mesmo, a 
responsabilidade pelo engano - outro fato é que as grupais tendem a ser mais ousadas e arriscadas, o 
que pode acabar sendo inadequado 
- groupthink - deixar-se levar pelo desejo de manter a coesão de grupo e ignorar aspectos objetivos que 
evidenciam que as decisões tomadas pelo grupo são inadequadas - assim, os indivíduos seguem o curso 
de ação preferido pelo grupo e não confrontam o mesmo para se sentirem aceitos pelo grupo em si 
 
AULA 8 - Atração interpessoal 
 
- determinantes do interesse por relacionamentos: 
- proximidade - pessoas com as quais você mantém mais contato por se encontrar fisicamente perto de 
você acabam sendo com as quais você tem maior probabilidade de desenvolver laços de amizade e amor 
- funciona devido à familiaridade ou ao efeito de mera exposição (quanto mais exposto a um estímulo, 
mais provável que gostemos dele)- semelhança - as pessoas das quais nos aproximamos e nos relacionamos são, de alguma forma, 
semelhantes a nós - gostamos de quem gosta de nós 
- autoestima - pessoas que apresentam um conceito positivo de si mesmas tem uma tendência maior a 
responder a gestos simpáticos dos outros com gestos também simpáticos - o grau de autoestima está 
relacionado com a simpatia que sente pelos outros 
- aparência física ​​- padrões culturais de beleza - traços do rosto 
- teorias da atração interpessoal ​​- implicam atributos e determinantes relativos aos aspectos da situação 
e do indivíduo 
- teoria da troca social - a maneira como o indivíduo se sente a respeito de seus relacionamentos 
depende da forma como interpreta os benefícios que recebe e os custos em que incorre da percepção do 
tipo de relacionamento que merece, e também da probabilidade de que possa ter um relacionamento 
melhor com outra pessoa - baseada no modelo de custo-benefício - conceitos básicos: ​benefícios 
(aspectos positivos e satisfatórios do relacionamento que servem como reforço e lhe atribuem um caráter 
valioso. Aí estão inclusos os tipos de características pessoais e comportamentos dos parceiros, assim 
como nossa capacidade em adquirir recursos externos por conhecermos dada pessoa, ou seja, forma de 
obter status, acesso a dinheiro ou mesmo a outras pessoas interessantes); ​custos (algo da ordem da 
perda, do dispêndio. Suportar os hábitos e as características desagradáveis de outra pessoa implica em 
custo); o ​resultado​​ de um relacionamento constitui uma ​comparação 
- teoria da equidade - os custos e os benefícios que uma pessoa experimenta em um relacionamento 
devem ser aproximadamente iguais aos benefícios e custos da outra pessoa do relacionamento 
- para ​Sternberg​​, o esquema que representa a concepção de amor diz que: no lado formado pelos 
extremos ​intimidade e ​paixão tem o ​amor romântico​​; no lado formado pelos extremos 
 
comprometimento e ​intimidade tem o ​amor companheiro​​; no lado formado pelos extremos ​paixão e 
comprometimento​​ tem o ​amor ilusório 
- Zick Rubin ​​especificou três componentes do amor e elaborou uma escala de avaliação pra cada um - 
afeição (necessidade de receber carinho, aprovação e contato físico) - ​preocupação (valorização das 
necessidades e as emoções dos outros tanto quanto as nossas) - ​intimidade (possibilidade de 
compartilhar pensamentos, desejos e sentimentos com outras pessoas) 
- para ​Elaine Hatfield​​, existem dois tipos básicos de amor - amor paixão (emoções intensas, atração 
sexual e grande idealização - passageiro e dura no máximo de 6 a 30 meses - experiência psicológica de 
excitação biológica que sentimos por quem consideramos atraente - intenso estado de desejo e anseio 
para estar com uma determinada pessoa) - ​amor companheiro (relacionamento íntimo com uma ligação 
mais firme, mas também afetuosa - respeito mútuo, apego, afeição e confiança) - para Hatfield, a 
combinação que muitos desejam entre segurança e estabilidade do amor companheiro e intensidade e 
urgência do amor paixão é bem pouco provável - o amor mais valorizado culturalmente é o amor paixão 
 
AULA 9 - Conformidade, conformismo e persuasão 
 
- influência social - ocorre quando uma pessoa consegue fazer com que alguém mude seu 
comportamento original para outra conduta desejada ou preferida pelo agente de influência - no entanto, 
a mudança de comportamento não implica necessariamente em uma mudança de atitudes ou crenças 
- conformidade - mudança de comportamento devido à influência real ou imaginada de outras pessoas - 
pode ser muito radical e associada à obediência - pode apresentar várias formas e intensidades. em 
termos conceituais, a conformidade não é simplesmente “boa” ou “má” em si mesma e por si mesma 
- interesse dos psicólogos em saber o porquê das pessoas se conformarem - mais importante ainda é 
responder ao questionamento básico de até que ponto o ser humano é conformista ou não conformista. 
em qual estágio as decisões que tomamos são baseadas nas influências e no comportamento de outras 
pessoas que determinam o nosso procedimento e nos ajudam a decidir ou, até que ponto nós mesmos 
decidimos de forma independente do outro. parece que assumindo uma posição conformista ou não 
conformista de estar no mundo, ambas as posturas retratam uma ideologia 
- os psicólogos sociais já perceberam que as pessoas submetidas a fortes pressões sociais conformam-se 
em um grau surpreendente 
- influência social informativa - a necessidade de saber o que é certo - a influência dos outros leva-nos a 
nos conformarmos porque vemos neles uma fonte de informações para nos orientar o comportamento - 
conformamo-nos porque acreditamos que a interpretação da situação ambígua que os outros fizeram é 
mais precisa do que a nossa e que nos ajudará a escolher o curso da ação apropriada - pode levar a 
aceitação privada (caso em que as pessoas se conformam ao comportamento dos outros porque 
acreditam sinceramente que os outros estão certos) 
- experimento de Sherif - Durante o experimento, o indivíduo toma consciência de um desvio entre suas 
próprias estimativas e as dos outros membros. Sente um mal-estar que o leva pouco a pouco a reduzir o 
desvio através de um processo de ajustamento recíproco. As diferenças são progressivamente reduzidas 
e constitui-se uma norma para o conjunto do grupo. Cada indivíduo reduz assim a incerteza e encontra 
maior segurança em um julgamento comum. - A ​norma​​ é a fonte de estabilidade 
- Caso exista no grupo uma pessoa cuja competência ou posição é reconhecida pelos demais membros, a 
norma tenderá a se fixar em torno da avaliação dessa pessoa. Neste caso, há ajustamento em torno de 
sua posição. Sua norma individual se torna um ponto de referência em uma situação na qual a ausência 
de indicações cria um mal-estar. 
 
- em nosso cotidiano usamos os outs para definir a realidade social e isso causa grande impacto também 
nas nossas emoções - ​conversão (ocorre quando o indivíduo passa por uma mudança súbita no 
significado de sua vida baseada em um novo conhecimento que ele recebeu de um grupo) 
- influência social normativa - ocorre quando a influência social dos outros nos leva a nos conformarmos 
para sermos amados e aceitos pelos demais - fazemos o que os outros fazem devido ao fato de não 
querermos atrair a atenção e de não sermos objeto de zombaria ou rejeição - resulta em aquiescência 
pública às crenças e aos comportamentos do grupo - necessidade de ser aceito - a conformidade pode 
ser produto de diversas manifestações da busca de aceitação do indivíduo pelo seu grupo social - nos 
conformamos às normas sociais do grupo, ou seja, às regras implícitas de comportamentos, valores e 
crenças aceitáveis 
- conformismo​​ - atitude de quem se conforma com todas as situações 
- conformismo é relativo ao ato em si e conformidade à qualidade de ser conformista 
- Stanley ​Milgram - ​experimento da obediência ​​- conduziu testes psicológicos para investigar como 
pessoas comuns e sem traços violentos podiamser capazes de ações atrozes - acreditava que qualquer 
pessoa, se submetida à pressão da autoridade, terá tendência a simplesmente obedecer 
- A literatura sobre mudança de atitude e persuasão diz respeito aos processos de informação que as 
pessoas se envolvem quando são expostas a mensagens que visam mudar suas atitudes 
- a ​persuasão envolve três variáveis - o ​comunicador​​, também chamado de fonte de persuasão; a 
comunicação ou mensagem propriamente dita; e a ​audiência que representa o alvo da tentativa de 
persuasão - as várias características dessas variáveis podem conduzir a uma mudança de atitude 
- modelo do processo dual da persuasão - as pessoas podem usar duas estratégias diferentes quando 
enfrentam uma tentativa de persuasão - a principal distinção é se as tentativas de influência são 
processos com alto esforço mental ou conscientemente ou se a informação é processada com pouco 
esforço e de forma inconsciente - em outras palavras, se as pessoas são motivadas a prestarem atenção 
à mensagem apresentada elas provavelmente examinarão o conteúdo da mensagem e terão assim 
menor probabilidade de serem persuadidas por fatores como a atratividade ou a similaridade dos 
comunicadores com eles. 
- O poder de ​referência é o poder de influenciar o outro pela força do seu carisma ou por características 
pessoais que são admiradas e servem como referência. O poder de ​recompensa baseia-se na 
capacidade para dispor resultados recompensadores ¿ seja o recebimento de coisas positivas ou a 
eliminação de coisas negativas. A ​competência diz respeito ao conhecimento, a habilidade e as atitudes 
de um profissional 
- A ​desindividuação é um conceito em psicologia social que é considerada como a perda da 
auto-consciência em grupos. Você perder sua individualidade e ser absorvido pela "mente coletiva" 
- A bola baixa ocorre quando um indivíduo, no papel de influenciador, oferece algo muito atraente à 
alguém e só depois que a pessoa já concordou que lhe é falado sobre os aspectos que foram omitidos 
anteriormente. 
 
AULA 10 - Aspectos éticos da intervenção social 
 
- a ​ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade - 
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia 
prejudicado - a ética está nas relações com o outro e não no indivíduo 
 
- o ​objeto de estudo da Psicologia Social está em permanente transformação e precisa de um 
questionamento contínuo tanto das estratégias de conhecimento como dos valores que dirigem nossas 
intervenções 
- paradigma - produção científica que, contendo métodos e valores, passa a ser identificada como um 
modelo representando um padrão a ser seguido pela sociedade 
- são três os paradigmas que fundamentam os valores éticos também implicados na Psicologia Social - 
“lei natural” (é a natureza, ou seja, a partir da atenção dada à natureza é possível estruturar uma ética 
que governe os povos em todas as épocas - visão centrada na ideia de um Criador), ​“lei positiva” (se 
opõe à ideia de que existem leis universais e absolutas - se fundamenta no relativismo cultural refutando 
as leis ditas naturais, universais e transculturais - as leis são determinadas a partir da negociação social 
evitando-se a arbitrariedade) e ​“ética como instância crítica” (a dimensão crítica da ética nos revela 
que esta não pode ser considerada como algo pronto ou acabado. na verdade, está sempre se 
reinventando - ética como uma forma de habitar o mundo apontando para uma atitude de crítica 
permanente de nossa história e nossos valores 
- a chamada ​Psicologia Social da justiça se preocupa em demonstrar o papel crucial que os 
sentimentos, os valores e as crenças têm sobre o que é justo ou injusto nas ações e relações humanas 
- O psicólogo social lida com a realidade social tal como ela é percebida pelos indivíduos que a integram. 
Assim sendo, a justiça não é encarada, ou mesmo avaliada, pelo cientista social como uma entidade 
abstrata, uma regra de conduta válida e correta em si mesma; em verdade, interessa saber como as 
pessoas interpretam as situações sociais em termos do que é justo e injusto. E assim, conferem-lhes 
significados cognitivos e afetivos respondendo de forma socialmente apropriada ou inapropriada. 
- justiça distributiva - ênfase na justiça das distribuições de recursos, compreendidos como bens, salários, 
serviços, promoções, entre outros - apresenta uma percepção sobre o que se tem e o que gostaria de ter 
- analisa as situações sociais em dois grandes grupos: a ​percepção de justiça (pesquisa como as 
pessoas concebem a justiça e como decidem o que é uma justa distribuição de recursos, tanto pra elas 
mesmas quanto pros outros ou entre ambos - as pessoas não participam em relações sociais sem 
alguma expectativa, considerando que o tempo e os recursos que foram investidos nessas relações 
tenham retorno de alguma maneira) e a ​reação à injustiça (estuda como as pessoas se comportam 
diante de situações em que se reconhecem como injustamente tratadas por outros - quando há igualdade 
relativa entre resultados e investimentos da troca de ambas as partes é possível que resulte em 
satisfação) 
- dentro da justiça distributiva existem duas abordagens conhecidas como ​unidimensional e 
multidimensional - a primeira é representada pela ​Teoria da Equidade (o justo é o proporcional. sendo 
assim, a justiça é feita sempre quando aquele que mais contribuiu para uma tarefa recebe uma 
recompensa maior do que aqueles que contribuíram menos) 
- Adams - enfoque das consequências da falta de equidade nos relacionamentos de troca - a partir dos 
desenvolvimentos desta autora podemos inferir a influência da teoria da Dissonância Cognitiva de 
Festinger - a percepção de equidade gera satisfação. esta tensão pode funcionar como força motivadora 
para eliminar ou reduzir a injustiça percebida 
- Os postulados principais de Teoria da Equidade podem ser resumidos em quatro pontos principais: ​a 
percepção da falta de equidade cria tensão na pessoa; a quantidade de tensão é diretamente 
proporcional à extensão da percepção da não equidade; a tensão criada na pessoa irá motivá-lo a 
reduzir esta falta de equidade; a força da motivação para reduzir a falta de equidade é diretamente 
proporcional à percepção dessa falta de equidade. 
- a concepção ​multidimensional de justiça resultou do movimento crítico surgido entre os psicólogos 
sociais diante da pressuposição de que a equidade seria o único princípio válido para a solução de 
 
problemas de justiça - produção científica bastante significativa da abordagem multidimensional, 
passando a representar como uma via teórica alternativa para o estudo e conhecimento das questões de 
justiça que afetam o comportamento social 
- M. ​Deutsch - conceito de justiça está relacionado com a distribuição de condições e bens que 
influenciam o bem-estar de cada indivíduo (incluindo aspectos psicológicos, filosóficos sociais e 
econômicos) - intimamente ligadonão só ao bem-estar individual, mas também ao funcionamento da 
sociedade - ampliação das possibilidades de se fazer justiça além do emprego do princípio da equidade - 
outras normas de justiça podem construir os fundamentos para a repartição de bens e condições sociais 
que vão além da norma de equidade - tudo isso depende também da natureza das relações sociais e dos 
objetivos que os diferentes grupos sociais pretendem atingir 
- justiça restaurativa ​​- quando alguém comete um crime e existe a chance de redefini-lo e de reformulá-lo 
em prol dos padrões sociais e legais 
- justiça retributiva - uma pessoa que comete um crime e a sociedade interpreta a punição como melhor 
medida, sem oportunidade para outra ação

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