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Educação Patrimonial e os Espaços não Escolares

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Educação Patrimonial e os Espaços não Escolares
Marcelle Carmona de Figueiredo Gomes¹
		Talita Nascimento²
	
RESUMO
O presente paper, apresenta de forma sucinta, a trajetória do Patrimônio Cultural até o momento atual, como vem sendo trabalhado e estudado pela Educação, de como a Educação Patrimonial ingressou no espaço escolar e qual seu objetivo a ser desempenhado. Visto que, estes temas são de fundamental importância, na formação da cidadania e da criticidade do indivíduo como ser atuante dentro do local, cidade e país em que reside. Tendo como pressuposto, ideias de como trabalhar a Educação Patrimonial nos espaços não escolares, ou seja, de que forma o educador, em específico, de história pode melhorar a qualidade de ensino e resgatar o interesse dos educandos para com a matéria, tornando-a mais dinâmica, participativa e trazendo para a vivencia do aluno a variedade de temas abordados. É mostrar na prática que cada um é um indivíduo, é autor de sua própria história de vida, familiar, religiosa, da globalização e do entorno ao qual vive, que a construção de sua identidade está atrelada a tudo isso. 
Palavras-chaves: Patrimônio Cultural, Educação Patrimonial, História
INTRODUÇÃO
A Educação Patrimonial e os Espaços não escolares, vem sendo discutida por vários estudiosos da área da educação. Pois, é através dos debates que se questiona o próprio protagonismo, ou seja, sentir-se o lugar, sentir-se parte do local, é tudo o que pode agregar a história de qualquer pessoa, não tendo somente os monumentos como primordial na história coletiva. É preciso um novo olhar para o que, até a algum tempo, não era considerado importante para a história da humanidade.
É visto, atualmente, que existe a necessidade de colocar a Educação Patrimonial no currículo escolar, para que o estudante perceba e entenda seu papel na história e quão importante é sua colaboração para cultura de sua cidade, Estado, país, que também possa ser sanada seu questionamento a respeito de si mesmo, como no questionamento “quem sou eu”. A partir disso, possibilitou que histórias e até mesmo objetos de pessoas “comuns”, passassem a ter importância para a história regional, cultural.
Já para o ensino de História, em específico, os Parâmetros Curriculares Nacionais, acabaram por favorecer, pelo fato, de abranger os espaços além da escola, fazendo com que o trabalho de ensino juntamente com o patrimônio cultural, permita atividades tanto para espaços escolares como para não escolares. O ensino de história engloba várias temporalidades, transpondo objetos e espaços de memória, fazendo com que o estudante faça uma releitura do mundo em que vive, aguçando seu interesse em solucionar indagações significativas a respeito da vida pessoal e coletiva. 
COMPREENDENDO O QUE É PATRIMÔNIO CULTURAL E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Segundo Silva, o conhecimento de Patrimônio cultural se constrói socialmente, sendo que sua origem vem da antiguidade romana em que a compreensão se dava na propriedade e bens familiares do pater. E esta versão é a que mais se aproxima do que usualmente se conhece a respeito, como sendo “o que se tem” ou “o que se possui.” A conotação que se conhece hoje teve origem depois da Revolução Francesa, no século XVIII, quando houve a criação de comissões para preservação do bens e construções da cultura da nação francesa e com essa ideia, aumenta ainda mais, com o fortalecimento dos Estados nacionais, pois, continuaram a buscar elementos que legitimassem as identidades das nações. Mas, somente no século XX, que o Patrimônio Cultural ganha força, tendo:
A ênfase no patrimônio nacional atinge seu ápice no período que vai de 1914 a 1945, quando duas guerras mundiais eclodem sob o impulso dos nacionalismos. Alguns exemplos extremos mostram como mesmo os vestígios mais distantes, no tempo e no espaço, podiam ser lidos como parte da construção da nacionalidade. Assim, os italianos usavam os vestígios dos romanos para construírem uma identidade calcada nesse patrimônio, restaurado, glorificado, exaltado como exemplo do domínio do mundo pelos romanos e seus herdeiros, os italianos. (Funari e Pelegrini, 2006, p.20-21)
Dessa forma, os Estados iniciaram a busca por mais monumentos, objetos, escritos produzidos no passado que pudessem legitimar o que era mostrado no presente, assim o Patrimônio era uma forma de apresentar ao povo o caráter único de como a nação veio construindo ao longo dos anos. Porém, somente após a Conferência Geral da UNESCO, no ano de 1972, foi homologado a concepção de Patrimônio Cultural, da seguinte forma:
O patrimônio cultural é composto por monumentos, conjuntos de construções e sítios arqueológico, de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas (...) A Convenção definiu também que o Patrimônio Natural é formado por monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais. Nele a proteção ao ambiente, do patrimônio arqueológico, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial. Nesse sentido, a Lista de Patrimônio Mundial reside na conformação de um patrimônio comum, partilhado entre todos os países. (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2016) 
E segundo o Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial, distribuído pelo IPHAN e escrito pela por Evelina Grunberg (2007), Patrimônio Cultural:
São todas as manifestações e expressões que a sociedade e os homens criam e que, ao longo dos anos, vão se acumulando com as das gerações anteriores. Cada geração as recebe, usufrui delas e as modifica de acordo com sua própria história e necessidades. Cada geração dá a sua contribuição, preservando ou esquecendo essa herança. Patrimônio Cultural não são somente aqueles bens que se herdam dos nossos antepassados. São também os que se produzem no presente como expressão de cada geração, nosso “Patrimônio Vivo”: artesanatos, utilização de plantas como alimentos e remédios, formas de trabalhar, plantar, cultivar e colher, pescar, construir moradias, meios de transporte, culinária, folguedos, expressões artísticas e religiosas, jogos, etc (Grumberg. 2007;04).
A autora também faz uma colocação a respeito da Educação Patrimonial e de como a população pode apropriar-se desse conhecimento através dessa explicação:
A educação patrimonial é um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no patrimônio cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. Significa tomar os objetos e expressões do patrimônio cultural como ponto de partida para a atividade pedagógica, observando-os, questionando-os e explorando todos os seus aspectos, que podem ser traduzidos em conceitos e conhecimentos. Sem dúvida, a educação patrimonial pode ser um instrumento de “alfabetização cultural”, que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Esse processo leva ao desenvolvimento da autoestima dos indivíduos e da comunidade, e à valorização de sua cultura (Medeiros; Surya; 2012; 279). 
O Patrimônio Histórico Cultural, vem tendo seu conceito construído ao longo dos anos e, atualmente, está sendo administrado pela Constituição de 1988 que, no artigo 216, declara: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.” Fica claro que a Constituição brasileira se atenta a um patrimônio socialmente construído e aos princípios de identidade e memória do povo brasileiro, o que torna evidente a necessidade de abordar o debate a respeito de identidade nacional.
Contudo, a identidade acompanha diversas concepções de acontecimentos sociaisque transpõem a existência de um grupo, assim sendo, este mesmo grupo, pode-se assim dizer, experimenta diversas concepções de identidade ao longo do tempo. Pois, com o fenômeno da globalização vem trazendo novas discussões sobre o pertencimento de lugar, pelo fato de que o fluxo das mercadorias e forças do trabalho, estarem além das suas fronteiras. Por consequência, esse movimento acaba por interferir no sentimento de pertencer ao local, pelo fato de a identidade ser marcada por essa ligação, portanto, não se pode dizer que existe uma identidade única, coesa e sim, múltiplas identidades que se intercruzam, se complementam ou se deslocam. 
A Educação Patrimonial no Espaço Escolar
Os Espaços não escolares vêm se tornando um meio de promover conhecimentos e autoconhecimentos para os estudantes, fazendo-os valorizar o saber local, tais como “o espaço geográfico, os recursos naturais, as manifestações artísticas, religiosas e sociais locais”. (Silva, p. 8) E segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para alunos concluintes do ensino fundamental:
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si mesmo respeito; Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. (BRASIL. MEC, 1998)
Segundo Silva, o patrimônio histórico sócio cultural do povo brasileiro, é muito mais complexo do que as diferenças culturais, pois é repleta de diversas manifestações, da mais variada natureza, cabendo a comunidade reunir os elementos que compõe a identidade local e coletiva e conservar em lugar de memória. Este apresenta, um entendimento muito mais amplo, como se refere Pierre Nora (1993):
São lugares, com efeito nos três sentidos da palavra, material, simbólico e funcional, simultaneamente, somente em graus diversos. Mesmo um lugar de aparência puramente material, como um depósito de arquivos, só é um local de memória se a imaginação o investe de uma aura simbólica Mesmo um lugar puramente funcional, como um manual de aula, um testamento, uma associação de antigos combatentes, só entra na categoria se for objeto de um ritual (...) Os três aspectos coexistem sempre (NORA, 1993: 21-22).
O autor aponta que, até os objetos de uso pessoal podem ser um local de memória, se forem colocados imaginação e lembranças. A escola tem papel fundamental na construção do conhecimento de patrimônio cultural, tornando necessário ponderar em quais espaços públicos terão significados que agregue para a coletividade. Pelo fato de que, o patrimônio possui fundamental importância para o indivíduo, pois a memória afetiva com o lugar e a identidade, devem estar presentes.
Já a autora Maltêz, aponta que foi a partir do 1º Seminário realizado em 1983, no Rio de Janeiro, seguindo um trabalho pedagógico desenvolvido na Inglaterra designado Heritage Education (HORTA et al., 1999), que as práticas e experiências desenvolvidas no país, se multiplicaram e obtiveram repercussão excelentes. E, a partir disso, o Patrimônio Cultural brasileiro, acaba por ganhar uma nova visão pelo fato da diversidade de expressões tocáveis ou não, que podem ser usadas como fontes de conhecimento e aprendizado e, que tenha a possibilidade de implantação nos currículos e nas disciplinas do sistema formal de ensino. Desta forma, houve uma centralização de trabalho contínuo tendo o Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo, no qual, esse contato direto, leva crianças e adultos a um processo de compreensão e valorização de sua herança cultural. E, com base nisso, “a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei 9394/96), indica, em seu artigo 26, que a parte diversificada dos currículos do ensino fundamental e médio deve observar as características regionais e locais da sociedade e da cultura (apud ORIÁ, s.d., p. 1).” Seguindo essa ideia, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), apontam “em um de seus volumes, denominado “Pluralidade Cultural”, a interdisciplinaridade como elemento necessário no trabalho com a Educação Básica, a partir dos temas transversais. A autora coloca que diante disso existe a necessidade de incorporar o Patrimônio cultural junto aos demais conteúdos escolares, uma vez que, o tema é bem abrangente quanto a sua definição, pode-se dizer que a Educação Patrimonial está ligada a:
[…] uma proposta interdisciplinar de ensino voltada para as questões atinentes ao Patrimônio Cultural. Compreende desde a inclusão, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, de temáticas ou de conteúdos programáticos que versem sobre o conhecimento e a conservação do patrimônio histórico até a realização de cursos de aperfeiçoamento e extensão para os educadores em geral […] de forma a habilitá-los a despertar, nos educandos e na sociedade, o senso de preservação da memória histórica e do consequente interesse sobre o tema (ORIÁ, s.d., p. 2.).
E apesar de todo esse trabalho difundido pela LDBEN e pelos PCN, é visto que a Educação Patrimonial é pouco reconhecida no meio educativo. Portanto, a Educação Patrimonial, “mesmo tendo seu significado e suas metodologias definidas, envolve diversos aspectos que acabam por simplificar ou mesmo não considerar sua relevância no processo de educação formal.” (MALTÊZ, C.R. At All., Pedagogia em ação, v.2, n.2, p 45). Ainda, segundo MALTÊZ, Patrimônio Cultural caracteriza-se por ter significado amplo por divulgar-se através de elementos materiais e imateriais dando ao tema, a compreensão de seu conceito. E mesmo tendo sido colocado em prática a divulgação do Patrimônio Cultural, através de cartilhas, museus e centros culturais, é visto que, o trabalho de reflexão e reconhecimento desse tema na formação dos sujeitos, conclui em sua desvalorização, principalmente, no que diz respeito a variedade de possibilidades didáticas. A autora também coloca que, apesar de todo o esforço empenhado de fato não efetiva realmente seu trabalho, pelo fato de os professores terem a liberdade de usarem ou não os materiais disponibilizados para tal fim. Um exemplo do que foi dito, está na questão de uma visita ao museu que pode se transformar em apenas um passeio com os alunos, sem que haja a reflexão de diversos fatores que acercam o cotidiano deles. E sabe-se que atualmente, o Patrimônio Cultural não implica somente em grandes monumentos, mas sim, em tudo o que está relacionado ao cotidiano de cada pessoa, do local em que mora, cidade, país. Então, como poderia ser colocada a Educação Patrimonial, de forma a estimular a curiosidade e por consequência, o desenvolvimento deste tema?
As linguagens da cidade têm um caráter pedagógico: porque a materialidade e a subjetividade da cidade expressam as relações e os valores sociais, políticos, racistas, de classe, de exclusão ou inclusão, que estão presentes na sociedade. Então, esses símbolos, esse patrimônio, representam a experiência cotidiana do cidadão e, ao mesmo tempo, educam o olhar e a percepção do outro, o que é fundamental para a construção da identidade. (ARROYO, 2005, p. 34).
	De acordo com a autora, além dos materiais criados para auxiliar na aprendizagem, colocar a Educação Patrimonial juntamente com a Educação Urbana, implica em possibilidade de uma abordagem mais efetiva, uma vez que:
O estudo dos remanescentes do passado motiva-nos a compreender e avaliar o modo de vida e os problemas enfrentados pelos que nos antecederam, as soluções que encontraram para enfrentar esses problemas (moradia, saneamento, abastecimento de água, etc.). Podemos facilmente comparar essas soluções ideais para o futuro, um exercício de consciência crítica e de cidadania. (HORTA, 2004, p. 3 apud. MORAES, s.d., p. 6).
Partindo desse raciocínio, a Educação Urbana tem papel fundamental de conscientizaçãona vida de cada um, e o urbanista Fernando Pedro estabelece suas possibilidades, mostrando que
A educação urbana deve contribuir para preparar cada um para o exercício de convivência no espaço público. Deve mostrar a necessidade do indivíduo se deslocar para a ótica do coletivo; deve sensibilizar a todos sobre a interferência das construções privadas ou públicas sobre a qualidade do espaço público; deve acentuar necessidade de preservar o patrimônio cultural, as áreas livres e o ambiente natural. (FERNANDO PEDRO, s.d.).
Nesse sentindo, a Educação Patrimonial pode desempenhar seu papel tendo o espaço urbano como auxiliador na aprendizagem do cotidiano de cada um.
Educação Patrimonial, Patrimônio Cultural e o Ensino de História
Segundo Santos, o ato de aprender a preservar é nas dependências da escola, pois “é a escola o lugar apropriado para o conhecimento e valorização dos elementos constitutivos do patrimônio cultural, associando esse patrimônio a história local” (Nunes e Pina, 2007, p.149). Tudo o que é produzido pelo homem e pela sociedade é cultura, pois “Somos animais construtores do nosso mundo, da nossa cultura” (Souza,2007, p.41). Os indivíduos constroem sua cultura a partir da sua produção social, ou seja, de suas vivências. Pois, entender o indivíduo como construtor do fazer social, mostra “esses modos diferentes do ser humano é só que denominamos de cultura.” (Souza, 2007.p 43)
De acordo com Silva, a história local sendo trabalhado com os alunos possibilita atividades especulativas em torno “do espaço geográfico dos recursos naturais, das manifestações artísticas, religiosas e sociais locais e permite um rompimento com um ensino de história mecânico que se atém a currículo petrificado da história dos grandes heróis nacionais que foi muito praticado no passado e que não muito raramente ainda encontramos nas escolas brasileiras.” (Silva, At All, p. 7,8). A autora considera que tendo um ensino de Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial dentro da sala de aula, pode-se cogitar uma aula de sucesso para incluir estudos do local e regional. Silva, em suas pesquisas, observou que ao se ter uma aula prática, estimula a assimilação do conhecimento transformando em desejo em conhecer mais sobre o tema e claro, tendo o professor como facilitador que formará o elo entre o conhecimento adquirido e o novo conhecimento. E tendo essa observação como base, a autora registrou o depoimento dos alunos referente ao ensino prático do tema:
[...]A professora levou agente para uma praça que fica perto da igreja e comentou sobre a origem do nome da cidade, foi bem interessante porque não era só falando ela estava mostrando para agente onde e como foi, depois tivemos que fazer uma redação sobre o que foi visto naquele e pesquisar um pouco mais na net sobre o assunto [...]aluno 1 
 
[...] No ano passado o professor levou agente para a Xingó a viagem foi muito boa tivemos no museu que não lembro o nome, o que eu mais gostei de verdade foi conhecer o lago da hidroelétrica. [...] aluno 2 (SILVA, At All, p. 11)
É perceptível, como cada aluno reage a aula, e que se o professor se organizar, montar bom um roteiro, a aula pode ser sim, divertida e trazer uma transformação na visão de quem está adquirindo o conhecimento. E com base nisso, foi perguntado aos alunos o que estes achariam de ter uma aula no museu ou local histórico de sua cidade, e os depoimentos foram estes:
[...]Acho bom porque vemos coisas novas e assim entendemos melhor as coisas, os objetos de museus são bem legais [...]aluno 3 
 
[...]Acharia bem melhor porque pelo menos seria mais fácil de entender [..]aluno 4 
 
[...]Não, eu até gostaria de ter aula em um museu para conhecer as obras, artes antigas. A aula de história até que é legal porque nos ensina os tempos antigos .[...] aluno 5 
 
[...]As aulas de história são chatas sair da escola e ver em um museu o que esta em um livro deve ser muito legal.[...] 
 
[...]As aulas de história não são monótonas. Ter uma aula em um museu e outros locais são bons porque a gente aprende mais e ver aquilo que estamos estudando deve ser bem melhor.[...] (SILVA, At. All, p. 11)
O que Silva observou, foi que os alunos estão interessados em ter uma nova forma de aprender e conhecer, porém, cabe ao professor querer agarrar essa ideia e deixar a aulas que, muitas vezes, se tornam maçantes pois ficam limitadas ao quadro negro e ao livro didático. A aula de história é muito rica em assuntos, principalmente, quando envolve a Educação Patrimonial e Patrimônio histórico. Infelizmente, para muitos professores, o conceito de cidadania se restringe a algumas datas comemorativas e estes não se interessam ou não conseguem abranger esses conteúdos, contextualizando diariamente nas aulas. Porém, não se pode culpar somente ao professor, pois existe uma equipe pedagógica por de trás do planejamento e apoio e está muitas vezes, também não se interessa em auxiliar ou não concordam com o professor na organização de sua aula prática. Outro ponto, está no planejamento, que na maioria dos casos já estão prontos ou a própria Secretaria de Educação de cada Estado, acabam por entregar pronto as escolas. E essa situação abafa o professor que chega tendo boas ideias para por em prática com os alunos e terminam tendo que seguir à risca estes planejamentos o que torna a aula “tradicional” e maçante. 
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a elaboração deste paper, foi utilizado trabalhos acadêmicos, artigos científicos e canais do youtube que dissertam sobre o tema, e o método utilizado é a leitura dos artigos e visualização destes vídeos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Haja visto que, o Patrimônio Cultural e Educação Patrimonial, são de fundamental importância para construção do conhecimento, tem-se a necessidade de implementar não somente a teoria como a prática nas aulas e fazer com que o educando vivencie o conteúdo explanado em sala de aula. A experiência a ele ofertada o ajudará a fortalecer em suas tomadas de decisões bem como na formação de sua cidadania, seus direitos e seus deveres junto a sociedade, ou seja, o tornará um cidadão mais crítico.
E para que tal situação se concretize, os educadores devem estar dispostos a novas formas de ministrar suas aulas, tornando-as mais fáceis de assimilar e que provoquem a curiosidade do educando a buscar por mais informação, tirando-o da alienação lousa/livro didático. Portanto, aula teórica e aula prática devem ser trabalhadas paralelamente, dando espaço a debates onde cada aluno possa expor suas ideias, opiniões e vivencias e que posam contribuir não só para seu próprio aprendizado, como para o aprendizado de outro aluno e porque não dizer do professor, pois algumas situações vividas por alguém, podem exemplificar e dar mais esclarecimentos ao assunto abordado ou para aprendizado de vida.
A Educação Patrimonial e o Patrimônio Cultural, na atualidade, não estão ligados somente a monumentos históricos ou monumentos naturais, tombamentos, estão ligados ao cotidiano, a oralidade, imagens, entre outras coisas. Então, é notório que a disciplina de história tem contribuição na construção do conhecimento de cada educando e que os professores podem trabalhar de forma mais dinâmica e estimular a curiosidade, com isso, transformar o pensamento e a criticidade. 
BIBLIOGRAFIA
SILVA, Aletícia Rocha da. PATRIMÔNIO CULTURAL E ENSINO DE HISTÓRIA: A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL. XXIX Simpósio de História Nacional. Universidade Federal de Tocantins. http://www.snh2017.anpuh.org/resources/anais/54/1502031269_ARQUIVO_AEDUCACAOPATRIMONIALCOMOESTRATEGIADEENSINODEHISTORIA.pdf. Acessado em 21 de abril de 2018.
SANTOS, Luziane dos. O ENSINO DE HISTÓRIA E A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: ENTRAVES E PÉRSPECTIVAS. GT2 Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis. https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/viewFile/1327/113. Acessado em 21 de abril de 2018.
MALTÊZ, Camila Rodrigues. At. All. Educação e Patrimônio: O papelda Escola na preservação e valorização do Patrimônio Cultural. http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/viewFile/4840/5023. Acessado em 21 de abril de 2018.
KROHN, Ellen Christina Ribeiro. At. All. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. Programa Mais Educação. Ministério da Educação - Secretaria de Educação Básica/MEC. http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_EducPatrimonialProgramaMaisEducacao_fas1_m.pdf. Acessado em 21 de abril de 2018.
Za, Gize. Momento Patrimônio 4 - Educação Patrimonial. Youtube. 17 de novembro de 2011. https://youtu.be/g81T3lG-uVE. Acessado em 21 de abril de 2018.
Za, Gize. Momento Patrimônio - Compacto "Educação Patrimonial no Currículo escolar". Youtube. 07 de julho de 2012. https://youtu.be/J_ntVchOxo0. Acessado em 21 de abril de 2018.
UNIMEP, Tv. Pensando Educação - Educação Patrimonial. Youtube. 19 de agosto de 2014. https://youtu.be/CPN4J1v1yyk. Acessado em 21 de abril de 2018. 
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - História (FLXO539) – Prática do Módulo IV - 21/04/2018
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