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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8° VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE GOIÂNIA DO ESTADO DE GOIÁS João Gilberto Braga, já qualificado nos autos ao processo em epígrafe. , por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que a pronunciou, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO com fulcro no art. 581, IV, do Código de Processo Penal. (3) Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça (4). Nesses termos, pede deferimento. Goiânia, 27 de agosto de 2018 Valéria Ferreira da Costa Advogada OAB n° 191071 I – DOS FATOS O acusado envolveu-se em uma briga com sua até então namorada Alice Fonseca. Durante a calorosa discussão, João desferiu golpes contra o pescoço e a região abdominal da vítima, conforme consta do laudo de exame de corpo de delito (fls. 129, 130 e 133). Os vizinhos preocupados com os gritos de Alice e as ameaças de morte advindas de João, chamaram a polícia que conseguiu intervir. O acusado foi denunciado como incurso no artigo 121, §2º, inciso II, c.c. o artigo 14, caput, II do Código Penal. A defesa pugnou pela desclassificação do delito de tentativa de homicídio para o de lesões corporais previstos no art. 129, §9º do CP, alegando ausência de intenção homicida. Devidamente instruído o processo, o Juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, acolhendo a tese do Ministério Público, pronunciou o acusado no dia 13 de agosto de 2018. È o relato II - Do Direito Diante do exposto se faz necessário reconhecer a ausência de “animus decandi’ e consequentemente desclassificação do crime previsto no Art. 121, caput,parágrafo ,inciso II,CP,(tentativa de homicídio, ambos do código penal para o crime previsto no Art. 129,parágrafo 9°, CP, por não haver provas cabais de que o réu queria o resultado letal em relação a vítima, pois a intervenção da policía que foi chamada pelos visinhos, a de se convir que o réu teve tempo suficiente para matar a vítima,não podndo deslembrar que um dos elementos integrativos do crime de homicídio tentado, é o fato de não de consumar por circunstâncias alhias a vontade do agente. Reflitamos na seguinte indagação: o réu não prosseguiu na empreitada porque não pôde ou porque não quis? A resposta está na prova, que indica que ele poderia prosseguir e não o fez, o que descaracteriza, portanto, o crime capitulado na exordial. Não se verificou o indispensável “animus necandi”, elemento subjetivo constitutivo do delito de homicídio tentado, tendo o réu incorrido na prática de crime diverso, que refoge à competência do , o Juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, acolhendo a tese do Ministério Público. III - Dos Pedidos Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, impronunciando-se o Recorrente, como medida de Justiça. Termos em que, pede deferimento. Goiânia 24 de agosto de 2018 ____Valéria Ferreira da Costa__________________________ Advogado OAB nº 191071
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