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Trabalho Tempos e Metodos Rev final

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ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
TEMPOS E MÉTODOS
		
GUARULHOS 
2018
TEMPOS E MÉTODOS
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação da disciplina Tempos e métodos, 9° Semestre do curso de Engenharia, na Universidade Guarulhos.
Professor: Marcos Eduardo Campos
GUARULHOS
2018
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho ilustra constatação da importância dos estudos de tempos e métodos para obtenção de dados seguros no que tange ao tempo padrão visto que este é base para definição do universo nele contido, tais como: roteiro de trabalho, balanceamento de linha, viabilizações, carga homem, carga máquina, indicadores da produtividade e qualidade, custos e outros, pautados na didática da principal ferramenta de Tempos e Métodos e na exposição de uma aplicação. E por fim a discussão de aspectos relevantes ao impacto da diferença entre valores reais obtidos e valores anteriormente estimados ou históricos, bem como as considerações finais.
2 TEMPOS E MÉTODOS
Conhecido como o “Pai do estudo do tempo”, Taylor foi o grande propulsor e iniciador das análises nos processos produtivos, realizava experiências identificando melhores maneiras para execução das atividades bem como introduziu a utilização do cronômetro em seus estudos. Estes pilares de análise deram início aos estudos de tempos e métodos.
Os Estudos de Tempos é métodos tem como base a definição do Tempo padrão, a “explosão” dos processos passo a passo e aplicação da Cronoanálise. A utilização do tempo Padrão se dá, pois são necessários dados coerentes e verdadeiros para obtenção de processos robustos, por este motivo é importante a realização deste estudo e não apenas basear-se em experiência ou “achismo” pois processos construídos com estas bases não apresentam nível de confiabilidade elevado e também dificultam a identificação de oportunidades de melhorias.
Apenas identificar o Tempo padrão por si só ainda não possibilita identificação das perdas no processo, por isso dentro de Tempos e Métodos aplica-se a Cronoanálise, onde o processo tem todas as suas etapas analisadas passo a passo e assim é possível a identificação dos pontos a serem trabalhados para melhoria no processo.
2.1 CRONOANÁLISE
Para aplicação da Cronoanálise é premissa fundamental o estudo do Tempo Padrão, para que em posse destes dados o Cronoanalista possa atuar. O processo ao qual será desenvolvido o estudo é divido por Elementos, que nada mais é que um movimento ou operação que faz parte do ciclo de atividades. 
O ciclo de trabalho é dividido em Elementos com os seguintes objetivos:
Obter a descrição detalhada do método de trabalho;
Em posse da descrição é possível refazer o método de maneira padronizada;
A padronização do método traz a coerência e uniformidade nos tempos e possibilita identificar os “Ladrões” de tempo;
Avaliar o ritmo dos Recursos balanceando as linhas.
Para determinar o que é um elemento devemos considerar a possibilidade de mensuração de tempo com princípio e fim definidos e a descrição deve ser de fácil entendimento, com clareza e riqueza de detalhes. Deve se separar o que é elemento natural do elemento máquina e verificar sempre o que é constante e o que é item variável.
O Ciclo é a realização completa de todos os elementos de uma operação, tendo os elementos mapeados é possível monitorar o ciclo com precisão.
Dentro da Cronoanálise é importante identificar o Ritmo normal que é o tempo em que um operário qualificado realiza um elemento ou um ciclo dentro do andamento normal dos operários em geral. Após identificar o Ritmo normal, o mesmo deve ser avaliado comparando a rapidez e a precisão ao qual o operário está empregando com o conceito adquirido pelo observador no tempo normal.
Tolerâncias ou Suplementos são fatores de acréscimo incluídos no tempo com o objetivo de compensar interrupções não previstas e fatores humanos. Em posse de todos estes fatores é possível realizar as atividades de Cronoanálise.
3. ESTUDO DE CASO
3.1 COMO FAZER O ESTUDO DE TEMPOS / CRONOANÁLISE
Pode ser executado o estudo de tempos no método tradicional em uma folha de papel padrão. Na proposta deste artigo visando modernização e adequação à realidade atual, em uma planilha eletrônica, formatada em Excel avançado, aqui sugerida (figura 1 e 2) em resumo aplicando a metodologia específica para estudo de tempos e métodos devem ser executados, conforme figura 1, os seguintes principais passos:
Identificar, produto, processo, materiais e código;
Dividir o processo em estudo em elementos, ou seja, descrever em etapas o ciclo de trabalho, obtendo etapas passíveis de cronometragem;
Cronometrar cada etapa conforme o ciclo definido. É recomendável pelo menos 20 tomadas de cada etapa para extrair média;
Elementos estranhos devem ser desconsiderados;
Atribuir o ritmo de trabalho observado na cronometragem obtendo automaticamente na planilha eletrônica o tempo normal.
Figura 1 Rosto 1 da planilha eletrônica sugerida para tempos e métodos (Anis, 2010)
Obtido o tempo normal ou normalizado, visto que já na planilha eletrônica as fórmulas cabíveis estão afixadas reduzindo a possibilidade de erros humanos, estas referências são automaticamente transportadas para o rosto dois da planilha eletrônica onde conforme (figura 2) devem ser executados os seguintes passos básicos:
Atribuir percentuais referentes às tolerâncias e suplementos;
Definir quais são os elementos com tempo manual, tempo máquina e tempo manual durante tempo máquina, respectivamente Tm, TM e tm D TM;
Definir em forma de fração em que frequência ocorre cada elemento;
Eletronicamente se obtém o tempo padrão e consequentemente produção hora;
Evidenciar as referências do processo e produto com respectivas codificações evidenciando o elaborador aprovador e datas, e se houver número de revisão e data a fim de documentar conforme as normas previstas no sistema de gestão ISO 9000.
Figura 2 Rosto 2 ou folha 2 da planilha eletrônica sugerida (Anis, 2010).
Aplicando metodologia para o estudo de tempos e métodos é possível definir o tempo padrão real para cada etapa do processo, onde os passos delineados acima se referem unicamente a cronometragem e estudo dos tempos. Já a cronoanálise propriamente dita trata a observação das melhorias possíveis deste estudo de tempo, o qual poderá ser observado na aplicação do estudo de caso aqui apresentado.
METODOLOGIA E APLICAÇÃO
3.2.1 Metodologia 
Escolher um processo da empresa;
Verificar dados atuais para comparação;
Aplicar metodologia de estudo de tempos e métodos.
O Estudo de tempos e métodos, possuí duas etapas:
Cronometragem – Obtendo o tempo padrão;
Aplicação da Cronoanálise para observação e melhorias.
3.2.2 Aplicação
Processo de injeção de lentes plásticas em acrílico:
Lente Acrílica 4x1 (duas cavidades);
Lente Acrílica 4x2 (uma cavidade);
Lente Acrílica 3x1 (molde com duas cavidades).
Tabela 1 Dados iniciais referentes à Produtividade, Custos e Qualidade (Anis, 2010).
Aplicando o estudo de tempos e métodos para obtenção do tempo padrão:
Tabela 2 Dados reais obtidos através de estudo de tempos/ cronometragem (Anis, 2010).
3.2.3 Cronoanálise
Podem-se observar através da cronometragem, pontos possíveis de melhoria e verificação da viabilização de aperfeiçoamentos. Na verificação do estudo, foi evidenciado um elemento variável que por sua grande variabilidade tornava-se um elemento acíclico que por vezes parecia um elemento estranho.
 Referia-se a extração do produto que não tinha constância e não tinha repetibilidade e algumas vezes interrompia o ciclo de trabalho, desta forma ponto evidente da necessidade de melhorias. O mesmo fator provocava a alta de refugo em função das interrupções do processo.
Na ação de correção dos moldes a fim de solucionar o problema evidenciado na cronoanálise, foi verificada também a viabilização do aperfeiçoamento da produtividade incrementandoe duplicando cavidades nos moldes.
3.2.4 Resultado das melhorias
Tabela 3 Evidência das melhorias observadas na cronoanálise (Anis, 2010).
	
Figura 3 Comparativo de custos da manufatura
Figura 4 Comparativo de custos da qualidade (refugo)
No comparativo de custos (figura 3) e (figura 4) é possível observar que os custos iniciais eram estimados e os maiores encontrados. Na tabela dois da fase de cronometragem, ou seja, simplesmente estudo de tempos, já se observa números reais com redução de custos. Na tabela 3 da fase de cronoanálise, ou seja, da aplicação de melhorias e aperfeiçoamentos uma nova redução de custos e de maior impacto monetário. 
Comparando os gráficos podemos ver que os tempos de produção definidos por histórico ou por estimativa geram impacto no custo do produto, preço de venda e custo da qualidade e seus indicadores.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
Através da leitura do artigo feita pelo grupo, ficou evidenciado a importância do estudo de tempos e métodos, pôde se perceber os objetivos e resultados alcançados pela empresa. Após a primeira fase, e através das adaptações necessárias obteve se um aumento significativo na produtividade, reduzindo os custos por retrabalhos.
O estudo demonstra a importância do planejamento, da mensuração dos dados como carga homem, estudo de layout, a importância dos indicadores, para gerar históricos. Como foi dito o custo do produto está diretamente ligado na questão do estudo de tempos, e para uma empresa se manter competitiva no mercado, nada melhor do que conseguir enxugar os seus custos, e aumentar sua produtividade.
Um fato importante é a importância que Taylor deixou, através dos seus estudos, até hoje é bastante comentado, dentro das faculdades, no chão de fábrica, onde se aplica de fato o método de estudo dos tempos.
REFERÊNCIAS
ANIS, G.C. A importância dos estudos de tempos e métodos para controle da produtividade e qualidade. 2010. 17 f. Dissertação (MBA em Qualidade e Produtividade) – Universidade Nove de Julho,	São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.polimeroseprocessos.com/imagens/tempometodos.pdf>. Acesso em: 07 out. 2015.

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