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1 Fundamentos da Administração • Professor: Fabiano Cunha Marinho e-mail: fcmarinho01@gmail.com Prof. Fabiano Cunha Marinho fcmarinho01@gmail.com Ementa Teoria geral da administração. Administração financeira. Administração de pessoal. Os modelos de gestão empresarial. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Compreender os conceitos da administração, seu contexto como ciência social aplicada e suas áreas de atuação; Analisar a aplicabilidade da administração nas organizações e focalizar as suas respectivas áreas funcionais; Situar a evolução do pensamento administrativo, de modo a caracterizar a importância e a utilidade do estudo da teoria administrativa; Compreender a contribuição que as diversas correntes de pensamento trouxeram à Ciência Administrativa; Compreender as principais funções da Administração (planejamento, organização, direção e controle), seus processos básicos e técnicas mais usuais. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Atuar em equipes ultidisciplinares; Comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo postura de flexibilidade e disponibilidade para possíveis mudanças. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO História das empresas; História da Teoria da Administração; Funções Básicas do Administrador. TEORIA COMPORTAMENTAL Novas Proposições sobre a Motivação Humana; Hierarquia das Necessidades de Maslow; Teoria dos Dois Fatores de Herzberg; Processo Decisórial; A Organização como um Sistema de Decisões; Teoria das Decisões; Etapas do Processo Decisorial. MÓDULO I 2 MÓDULO II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Função Financeira; Demonstrações; Financeiras e Análise; Administração do Ativo Circulante; Disponibilidade; Contas a Receber; Estoques; Fontes de Financiamentos de Empresa; Planejamento e Orçamento Empresarial. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Abordagem Logística; Planejamento dos Materiais; Classificação dos Materiais; Padronização; Dimensionamento e Controle de estoques; Sistemas de Controle de estoque; Classificação ABC; Princípios de estocagem de materiais; Classificação e codificação de materiais. ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL: • A Administração de Recursos Humanos; Recrutamento de Pessoal; Seleção de Pessoal; MÓDULO III Avaliação Nota I - Prova com questões objetivas e subjetivas valendo 8,0 (oito) pontos. Um trabalho no valor de 2,0 (dois) pontos. Nota II - Prova com questões objetivas e subjetivas valendo 8,0 (oito) pontos e uma avaliação integrada com valor de 2,0 (dois) pontos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA • CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001. • MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2006. • DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B. Fundamentos da administração da produção. 2008. Porto Alegre: Bookman, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. • KWASNICKA, Eunice Lacava. Teoria geral da administração: uma síntese. São Paulo: Atlas, 2006. • COSTA, Benny Kramer; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro (Org.). Estratégia contemporânea: internacionalização, cenários e redes. Campinas: Akademika Editora, 2008. • PARREIRA, Carlos Alberto. Formando equipes vencedoras - lições de liderança e motivação: do esporte aos negócios. Rio de Janeiro: Bestseller, 2006. • ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2008. LIVROS DE TGA 3 SUMÁRIO Primórdios da Administração Conceitos Introdutórios A Administração e o Administrador Liderança Teorias da Administração Teoria da Administração Científica Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Teoria Neoclássica Prof. Fabiano Cunha Marinho fcmarinho01@gmail.com Disciplina de Fundamentos da Administração Retornar Os Primórdios da Administração História da Administração A história é recente. Tem pouco mais de cem anos e é o resultado da contribuição cumulativa de vários precursores: filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários. A moderna administração utiliza conceitos e princípios empregados nas ciências exatas (Matemática e Estatística), nas ciências humanas (Psicologia, Sociologia, Biologia, Educação), e em ramos da Física, Química, Direito, Engenharia, Tecnologia da Informação, etc. Os Primórdios da Administração História da Administração Influência de Filósofos: Sócrates, Platão, Aristóteles, Francis Bacon, Descartes Influência da Igreja: A igreja católica e sua hierarquia de autoridade (Papa) Influência da Organização Militar: Sun Tzu (A Arte da Guerra), Unidade de comando, Autoridade e responsabilidade Influência da Revolução Industrial: Aparecimento das fábricas no lugar dos artesãos, Aparecimento dos sindicatos, Crescimento das cidades, Surgimento da administração pública Influência dos Economistas Liberais: Livre concorrência (Adam Smith) Influência dos Pioneiros e Empreendedores: Aparecimento das Teorias Administrativas Prof. Fabiano Cunha Marinho fcmarinho01@gmail.com Disciplina de Fundamentos da Administração Retornar Conceitos Introdutórios ADMINISTRAÇÃO É a ciência social que estuda todas as atividades de um empreendimento, objetivando que seus propósitos sejam alcançados da maneira desejada. “AD” Prefixo latino = Junto de “MINISTRATIO” Radical = Obediência, Subordinação, Aquele que presta serviço. 4 Conceitos Introdutórios FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (Willian Newman) Planejar, Organizar, Liderar e Controlar (Peter Drucker) Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar (Henry Fayol) Prever, Planejar, Implantar, Comandar, Coordenar e Controlar (Nogueira de Faria) Conceitos Introdutórios FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Prever = Conhecer antecipadamente nossas necessidades e possibilidades com relação ao que pretendemos construir. Planejar = É a distribuição mais racional no tempo e no espaço dos elementos destinados a construção dos organismos. É estabelecer antecipadamente o que um grupo de pessoas deve fazer. Implantar = É tornar efetivo tudo aquilo que foi previsto e planejado. Conceitos Introdutórios FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Comandar = É tirar o organismo da inércia dinâmica ou estática, fazendo-o funcionar e justificando sua existência. É gerir a organização durante a realização das tarefas. Coordenar = É a Função administrativa que apara as arestas e estimula a comunicação nos diversos níveis hierárquicos da empresa. Controlar = É a verificação e comparação dos resultados obtidos com os previstos e planejados. É restringir e regular os fatores administrativos de modo que os projetos sejam completados conforme previstos. Conceitos Introdutórios SÍMBOLO DA ADMINISTRAÇÃO Prever, Planejar, Implantar, Comandar, Coordenar e Controlar ORGANIZAÇÃO ADMINISTRAÇÃO HEXÁGONO - figura com 6 lados, onde cada lado representa uma função administrativa. Conceitos Introdutórios ORGANIZAÇÃO e ADMINISTRAÇÃO ORGANIZAÇÃO = Conjunto de pessoas trabalhando juntas de modo estruturado para alcançar um ou mais objetivos. Exemplos: faculdade, equipe esportiva, empresa, grupo de música, exército, etc. (organização formal x informal) ADMINISTRAÇÃO = Processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos. Conceitos Introdutórios RECURSOS DA ORGANIZAÇÃO Recursos Financeiros (capacidade de investimentos) Recursos Tecnológicos (sistemas, equipamentos) Recursos Humanos (as pessoase suas idéias) Recursos Emocionais (empatia, visão, poder de influência, canalização dos erros ao aprendizado) IDEAL: Buscar um nível de excelência destes quatro tipos de recursos. Administrador Líder 5 Conceitos Introdutórios Por que as organizações e os administradores são necessários? As organizações servem a sociedade (as empresas geram produtos ou serviços, as delegacias de polícia aumentam a segurança,) As organizações realizam objetivos (facilitam o alcance de objetivos que seriam impossíveis de serem alcançados sozinho) As organizações preservam o conhecimento (universidades, museus, bibliotecas) As organizações proporcionam carreiras (fonte de sobrevivência, de satisfação e de auto-realização pessoal) Conceitos Introdutórios RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA O alcance dos objetivos da organização depende dos seus administradores Desempenho do Administrador = A medida do quão eficiente e eficaz é o administrador, e da competência com que ele determina e alcança os objetivos apropriados. EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ( ? ) Conceitos Introdutórios • A eficiência – É a capacidade de fazer certo as coisas. Um administrador eficiente é aquele que obtém produtos, ou resultados à altura dos insumos (trabalho, materiais e tempo) usados para alcançá- los. Os administradores que conseguem minimizar os custos dos recursos necessários para se alcançar os objetivos estão agindo com eficiência. • A eficácia, em contraste, implica escolher os objetivos certos. Nenhuma quantidade de eficiência pode substituir a falta de eficácia. Na verdade, segundo Druker, a eficácia é a chave do sucesso de uma organização. Assim, antes de podermos focalizar a eficiência, precisamos descobrir quais são as coisas certas a fazer. Prof. Fabiano Cunha Marinho fcmarinho01@gmail.com Disciplina de Fundamentos da Administração Retornar A Administração e o Administrador Conceito de Administração “A administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.” Um processo é um modo sistemático de fazer as coisas. A administração é definida como um processo porque todos os administradores, independente de suas aptidões ou habilidades particulares, participam de certas atividades interrelacionadas visando a alcançar seus objetivos. Planejar Significa que os administradores pensam antecipadamente nos seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum método, plano, ou lógica, e não em palpites. São os planos que dão à organização seus objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los. A Administração e o Administrador 6 Organizar É o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros da organização de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma. Objetivos diferentes requerem estruturas diferentes. Assim os administrados devem adequar a estrutura da organização aos seus objetivos e recursos. A Administração e o Administrador Significa dirigir, influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas essenciais. Enquanto planejar e organizar lidam com os aspectos mais abstratos do processo administrativo, a atividade de liderar é muito concreta: ela envolve o trabalho com pessoas. Liderar A Administração e o Administrador Controlar Certificar-se de que os atos dos membros da organização rumam aos objetivos estabelecidos. Envolve três elementos principais: (1) estabelecer padrões de desempenho; (2) medir o desempenho atual; (3) comparar esse desempenho com os padrões estabelecidos e caso sejam detectados desvios, executam-se ações corretivas. A Administração e o Administrador A Administração e o Administrador Seqüência Ideal das Atividades PLANEJAR ORGANIZAR LIDERAR CONTROLAR Lógica e Métodos Distribuir Autoridade e Recursos Motivação Rumo A Administração e o Administrador Áreas da Administração Finanças Marketing Geral Recursos Humanos Informação Produção Vendas Bens ou Serviços A Administração e o Administrador Tipos de Administradores Pelo nível que ocupa na organização Pelo âmbito da atividade que é responsável - Gerentes de Primeira Linha; - Gerentes Médios; - Administradores de Topo. - Administrador (Gerente) Funcional; - Administrador (Gerente) Geral. 7 A Administração e o Administrador Gerentes de primeira linha (ou de primeiro nível): Gerentes responsáveis apenas pelo trabalho de empregados operacionais não supervisionam outros administradores; são o “primeiro” nível (ou o mais baixo) dos gerentes na hierarquia organizacional. Gerentes médios: Gerentes em posição intermediária na hierarquia organizacional: são responsáveis por outros gerentes e, algumas vezes, por alguns empregados operacionais. Administradores de topo: Responsáveis pela administração global da organização. Estabelecem políticas operacionais e conduzem a interação da organização com seu ambiente. Pelo nível que ocupa na organização A Administração e o Administrador Gerente Funcional: Responsável por apenas uma atividade da organização, como finanças ou recursos humanos. Gerente Geral: O indivíduo responsável por todas as atividades como produção, vendas, marketing e finanças de uma organização, uma empresa ou uma subsidiária. Pelo âmbito da atividade que é responsável A Administração e o Administrador Habilidades dos Administradores Em todos os níveis, os administradores planejam, organizam, lideram e controlam. Diferem, contudo, na quantidade cada um devota a cada uma dessas atividades. Algumas dessas diferenças dependem do tipo de organização para a qual o administrador trabalha. Outras diferenças no modo como os administradores usam o tempo dependem dos níveis que ocupam na hierarquia da organização. A Administração e o Administrador Habilidades dos Administradores Técnica, Humana e Conceitual Habilidade técnica é a capacidade de usar os procedimentos, técnicas e conhecimento em um campo de especialização. Habilidade humana é a capacidade de trabalhar com outras pessoas, de entendê-las e motivá-las como indivíduos ou membros de grupos. A Administração e o Administrador Habilidades dos Administradores Técnica, Humana e Conceitual Habilidade conceitual é a capacidade de coordenar e integrar todos os interesses e atividades de uma organização. Implica em ver a organização como um todo, compreendendo como suas partes dependem uma das outras e prevendo como uma mudança em qualquer uma das partes afetará o todo. A Administração e o Administrador Habilidades dos Administradores Técnica, Humana e Conceitual Habilidade Técnica é mais importante nos níveis mais baixos. Habilidade Humana, ao contrário é importante em todos os níveis. Habilidade Conceitual aumenta à medida que os indivíduos galgam os níveis do sistema administrativo, com base em princípios hierárquicos de autoridade e responsabilidade. 8 A Administração e o Administrador Habilidades dos Administradores Técnica conhecimentos, métodos para as tarefas Humana pessoas, compreender e motivar, liderar Conceitual compreender a organização globalmente e orientar comportamentos A Administração e o Administrador Habilidades Necessárias Conceituais Humanas Técnicas Níveis Administrativos Alta direção Nível médio Nível de supervisão Prof. Fabiano Cunha Marinho fcmarinho01@gmail.com Disciplina de Fundamentos da Administração Retornar Liderança GERENTE LÍDER Faz certo as coisasEFICIÊNCIA Faz a coisa certa EFICÁCIA Liderança LÍDERANÇA • É a habilidade de compartilhar o ponto de vista com os outros para motivá-lo a cumprir um objetivo. • É a tarefa de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Poder Influência Motivação Liderança • É a capacidade de exercer influência – isto é mudar as atitudes ou o comportamento de indivíduos ou grupos. Poder Influência Motivação • Quaisquer ações ou exemplos de comportamento que causem uma mudança de atitude ou de comportamento em outra pessoa ou grupo. • Fatores que provocam, canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo. 9 Liderança “Um líder deve ser capaz de entender os seus seguidores, o ambiente e ser flexível para se adaptar a mudanças contínuas” O estilo de liderança é influenciado por muitos fatores: a organização e suas metas, a tecnologia empregada, as suas habilidades, as suas experiências e a motivação de seus seguidores. Liderança CARTER REAGAN Engenheiro (analítico) Absorve muitos dados Tendência a tomar decisões de forma isolada Ator e Comunicador Ouvinte e orador Confiança na equipe de trabalho Presidentes Americanos Diferentes estilos de liderança Características da liderança Os líderes possuem traços comuns? Carismáticos, entusiásticos, corajosos, inteligência superior, boa aparência, autoconfiança, habilidades de comunicação, capacidade de motivação, determinação, criatividade... Os atributos pessoais, sociais, físicos e intelectuais definem os líderes e os diferenciam dos não-líderes. Liderança Liderança Autocrática (Líder Liderado) Participativa (Líder Liderado) Não-interventora ou Liberal (Líder Liderado) Estilos de Liderança Autocrática – o líder fixa as diretrizes, as formas de execução das tarefas e as atribuições de cada um no grupo. Subordinados Líder Liderança Democrática – as diretrizes, as formas de execução e as tarefas de cada um são debatidas e decididas pelo grupo, com o apoio e estímulo do líder. SubordinadosLíder Liderança 10 Liberal – as formas de execução e as tarefas de cada um são decididas exclusivamente pelo grupo, sem a participação do líder, que não interfere no curso dos acontecimentos. Subordinados Líder Liderança Liderança Autocrática (Líder Liderado) Os dirigentes comandam a organização sozinhos Tem pulso firme e autocrático Exemplos: J. P. Morgan e Henry Ford Estilos de Liderança Participativa (Líder Liderado) O líder toma a decisão final, mas é aberto a discussão Teve origem no Japão Liderança Liderança Autocrática (Líder Liderado) A Ford lança em 1908 o Modelo T (Inovador) 1o automóvel de centenas de americanos Em 1914 tinha 50% do mercado USA Idéia: “Os americanos podem ter o automóvel que quiser desde que seja preto” Os concorrentes (GM e CHRYSLER) aumentam a variedade e apresentam modificações nos carros. O CASO FORD Liderança Henry Ford se recusa a mudar o modelo T A Ford começa a perder mercado com a queda das vendas do modelo T Queda nas vendas até 1927 (fim do modelo T) Em 1940 a Ford tem menos de 40% do mercado americano Em 1945 o neto Henry Ford II adota um estilo mais participativo e reverte o declínio nas vendas. O CASO FORD Liderança “Gerenciar com pessoas e não gerenciar as pessoas” Quanto maior o grau de instrução da força de trabalho, maior é a exigência em participar do processo de tomada de decisão. Deve-se ir ao processo produtivo e perguntar a quem mais entende do assunto. Tendência Moderna de Liderança Liderança Perspectiva da tarefa-orientada Perspectiva orientada ao empregado Quem é mais importante, a tarefa ou o subordinado? 11 Liderança Perspectiva da tarefa-orientada Maior preocupação com a tarefa Menor preocupação com as pessoas - “é só uma peça” O líder só se preocupa com o resultado em números Liderança Perspectiva orientada ao empregado O valor do empregado e suas necessidades tem peso A motivação no trabalho é analisada A satisfação no trabalho é uma meta O empregado deve contribuir se lhe for permitido Liderança Perspectiva da tarefa-orientada + Perspectiva orientada ao empregado A eficiência e a eficácia são alcançadas quando tarefa e empregados são enfatizados. “Sempre enfatizar os dois” Liderança O Líder deve compreender o ambiente de trabalho e saber como trabalhar os Recursos Humanos Nunca esquecer que os trabalhadores querem: Salários, Desafios, Satisfação no trabalho, Relações de apoio, Oportunidades de contribuir Liderança A insatisfação, a desmotivação ou necessidades não atendidas dão origem aos CONFLITOS ORGANIZACIONAIS Entre pessoas (líder e liderado) Entre departamentos (Produção x Marketing) Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar os objetivos. A palavra administração vem do latim: Ad: (direção, tendência para) Minister: (subordinação ou obediência) Significa a pessoa que exerce uma função abaixo do comando de outra pessoa. 1. Conceito de Administração 12 A rosácea da administração: a reunião de competências necessárias Foco em Objetivos estratégicos Convergência Comunicação Desempenho Foco em Resultados Pro atividade E visão Antecipada Visão de Futuro Visão Sistêmica e Holística Networking Missão e Valores Liderança Eficiência e Eficácia Planejamento Organização Direção Controle Teoria de Taylor • No século XX, surge Frederick Winslow Taylor, nascido em 20 de Março de 1856 e falecido em 21 de Março de 1915, engenheiro americano, apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência utilizando os métodos científicos cartesianos. Teoria de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) As propostas básicas de Taylor: • Planejamento; • Padronização; • Especialização; • Controle; • Remuneração. Trouxeram decorrências sociais e culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora que as propostas de Taylor acarretaram não se pode deixar de admitir que elas representassem um enorme avanço para o processo de produção em massa. Teoria de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo. O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study). Teoria de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) • O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de produção. • Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris. • Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas. Teoria de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) • Os empregados deviamser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida. • Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados. 13 Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) O segundo período de Taylor corresponde a época da publicação de seu livro Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário. Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) • Taylor assegurava que as indústrias que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores: Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) 1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) • Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são: – O erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários; – O sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses; – Os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo. Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) 1. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização. 2. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho. Segundo período de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo. 14 Teoria de Taylor (Estudo de Tempos e Movimentos ) Para Taylor. os elementos da Administração Científica são: 1. Estudo de tempo e padrões de produção; 2. Supervisão funcional; 3. Padronização de ferramentas e instrumentos; 4. Planejamento das tarefas; 5. Princípio da exceção; 6. A utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo; 7. Fichas de instruções de serviço; 8. A idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente; 9. Sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura; 10. Sistema de delineamento da rotina de trabalho. Teoria de Taylor Organização Racional do Trabalho - ORT A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). Teoria de Taylor Organização Racional do Trabalho - ORT Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Teoria de Taylor Organização Racional do Trabalho - ORT Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente. Teoria de Taylor Princípios da Administração Científica Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir: Teoria de Taylor Princípios da Administração Científica 1. Princípio de Planejamento: substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método. 15 Teoria de Taylor Princípios da Administração Científica 2. Princípio do Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. Teoria de Taylor Princípios da Administração Científica 3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível. Teoria de Taylor Princípios da Administração Científica 4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. Teoria de Fayol • Jules Henri Fayol (nascido em 29 de Julho de 1841 viveu até 19 de Novembro de 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria Clássica da Administração e autor de Administração Industrial e Geral. Teoria de Fayol • Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos de Funções: 1. Funções Técnicas 2. Funções Comerciais 3. Funções Financeiras 4. Funções de Segurança 5. Funções Contábeis 6. Funções Administrativas Teoria de Fayol 1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa; 16 Teoria de Fayol 2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação. Teoria de Fayol 3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. Teoria de Fayol 4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens. Teoria de Fayol 5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. Teoria de Fayol 6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. Teoria de Fayol A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, as vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade. 17 Teoria de Fayol FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO • Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação. • Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa. • Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos globais. • Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e açõesem suas proporções certas e adapta os meios aos fins. • Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos devem estar equilibradas entre si. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo. 18 PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 6. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 8. Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 11. Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 19 PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto melhor. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL 14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização. PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL Fayol X Taylor • A teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre as partes. Restringe-se apenas apenas aos aspectos da organização formal. • Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são analisadas de cima para baixo (da direção para execução) e do todo para as partes (da síntese para análise), exatamente ao contrário da abordagem da Administração Científica. Introdução Os teóricos da Administração Científica e da Teoria Clássica de Administração consideravam que o importante era aperfeiçoar os sistemas de trabalho, elaborando os sistemas mais eficientes e racionais possíveis. Acreditava-se que sistemas perfeitos e bem ajustados seriam suficientes para obter os resultados desejados. 20 Introdução Enquanto se desenvolvia e avançava as Escolas da Administração de Taylor e Fayol, crescia paralelamente o modelo burocrático de Weber, com seu estruturalismo organizacional e princípios comportamentais rígidos. Foi surgindo assim uma necessidade de humanizar e democratizar a administração. Algumas Características das Teorias Anteriores • A organização é tratada como uma máquina; racionalismo • Enfatiza as tarefas (Administração Científica de Taylor) • Enfatiza a estrutura (Teoria Clássica de Fayol) • Inspirada em sistemas mecânicos • Forte especialização e competência técnica • Acentuada divisão do trabalho • Autoridade centralizada e linhas claras de autoridade • Confiança nas regras e nos regulamentos • Recompensas financeiras Origem da Teoria das Relações Humanas Foi necessário reformular os conceitos rígidos e mecanicistas das teorias anteriores de modo a adequá-los aos novos padrões de vida do povo americano A abordagem humanística propõe que a ênfase colocada nos métodos de trabalhos e na organização formal e os princípios da administração cedam lugar para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais. Origem da Teoria das Relações Humanas Na verdade a abordagem humanística começou logo depois da morte de Taylor (1915), mas foi só por volta da década de 1930 que ela passou começou a encontrar enorme aceitação nos EUA, principalmente por suas características democráticas. Sua divulgação fora dos estados Unidos só ocorreu depois do final da Segunda Guerra Mundial. Origem da Teoria das Relações Humanas O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia. As idéias da funcionalismo de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin foram fundamentos para o humanismo na administração. A Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo. Funcionalismo O funcionalismo, como escola formal, teve início na Universidade de Chicago com John Dewey. John Dewey, filósofo, educador e psicólogo – criador de uma pedagogia baseada no instrumentalismo, variedade do pragmatismo, que renovou o método de ensino nos EUA. Em 1886 publicou Psychology; muito popular no começo mas, depois, acabou sendo eclipsada por Principles of Psychology,de William James. O funcionalismo tende a considerar o funcionamento das atividades do grupo como conjuntos estruturados e hierarquizados entre si. 21 Psicologia Dinâmica Kurt Lewin (1890 a 1947) nasceu na Prússia e recebeu sua educação superior nas universidades de Freiburg, Munique e Berlim, doutorando-se em 1914. Após cinco anos de serviço militar, voltou a Berlim onde exerceu atividades acadêmicas até 1932, quando foi para os EUA – esta ida deveu-se a ascensão do nazismo e a sua ancestralidade judaica. Passou pelas universidades de Stanford, Cornell, Iowa e, por fim, MIT Psicologia Dinâmica Contribuições de Lewin • Problemas de interação social; • Papel de minorias sociais; • Desenvolvimento de conceitos e técnicas experimentais, como o nível de aspiração, muito aceitos nos campos da personalidade e da motivação; • Contribuições para a psicologia social – estudos pioneiros sobre o comportamento em Climas sociais, experimentalmente manipulados; • Estudos sobre dinâmica de grupo; • Problemas relacionados com a influência e a liderança; • Ecologia psicológica. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo • A Teoria das Relações Humanas surgiu como conseqüência das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo • No período entre 1927 e 1932 foram realizadas pesquisas em uma das fábricas da Western Electric Company, localizada em Hawthorne, distrito de Chicago. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo Características da Companhia – A Western Eletric Company, companhia norte- americana que fabricava equipamentos para empresas telefônicas. – A fábrica de Hawthorne possuía cerca de 40 mil empregados. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo Características da Companhia – Continuação – Durante mais de 20 anos não teve nenhuma greve ou manifestação. –A companhia se caracterizara pela preocupação com o bem estar de seus funcionários; se caracterizava por um clima amigável, e os funcionários confiavam na competência de seus administradores. – A empresa não estava interessada em aumentar a produção, mas sim em conhecer melhor seus empregados. 22 A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência • Objetivo: identificar uma possível relação entre fatores ambientais e a eficiência dos trabalhadores, medida pelos níveis de produção alcançados; • Coordenação: Elton Mayo • Equipe: três membros da empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de Empresas de Harvard. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Primeira Fase • Em 1924 foi iniciada uma série de estudos para determinar uma possível relação entre a intensidade da iluminação do ambiente de trabalho e a eficiência dos trabalhadores, medida pelos níveis de produção alcançados. • Foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho. 1. Grupo de Observação: trabalhava sob intensidade de luz variável 2. Grupo de Controle: trabalhava sob intensidade de luz constante A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Primeira Fase (conclusões) – Os pesquisadores não encontraram relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de produção; – Eles verificaram que os resultados da experiência eram afetados por uma variável, difícil de ser isolada, denominada fator psicológico; – Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas; – Como os pesquisadores consideraram inoportuno o fator psicológico, tentaram eliminá-lo ou neutralizá-lo. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência – Continuação Primeira Fase (conclusões) Efeito Hawthorne – O fato dos trabalhadores se comunicarem e serem observados pelos pesquisadores durante seu trabalho levou os empregados a considerarem que havia maior interesse e preocupação por parte da direção com a melhoria de suas condições de trabalho e a produzir mais, independente da variação da iluminação; – O simples fato de serem observados altera o comportamento dos empregados – Chamou-se a atenção para as necessidades afetivas dos empregados. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Segunda Fase – A segunda fase teve inicio em 1927 e foi dividida em 12 períodos. – Objetivo: estudar os efeitos gerados por certas mudanças nas condições de trabalho (intervalos de descanso, lanches etc.). – Foi criado um grupo de observação formado por seis moças (cinco montadoras e uma fornecedora de material) que trabalhavam no departamento de montagem dos relés de telefone. – As moças, convidadas a participar da pesquisa, foram esclarecidas quanto aos objetivos da mesma e eram informadas dos resultados – A produção do grupo de observação foi o índice de comparação com o grupo de controle. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Segunda Fase (conclusões) – As moças gostavam de trabalhar na sala de provas: era divertido; – Havia pouca supervisão, podiam trabalhar com mais liberdade e sem pressões. Não havia temor ao supervisor; – Havia um ambiente amistoso e, a conversa era permitida, aumentando a satisfação no trabalho; – As moças fizeram amizades entre si que se estendiam-se para fora do trabalho; – As moças passaram a se preocupar umas com as outras. Tornaramse uma equipe. O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns. 23 A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Terceira Fase – Com os resultados da segunda fase, os pesquisadores passaram então a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho. – A terceira fase teve inicio em 1928 com um Programa de Entrevistas. – Essas entrevistas visavam conhecer melhor os empregados, ouvir suas opiniões e sugestões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam etc. – O programa foi bem recebido e foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o programa de entrevistas. – O programa de entrevista revelou a existência de uma organização informal dos empregados para se protegerem de ameaças. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Conclusões da Experiência – O nível de produção dos empregados era influenciado pela capacidade social do trabalhador (integração social) e não por sua capacidade física ou fisiológica; – A empresa passou a ser visualizada como uma organização composta de grupos informais (organização informal); esses grupos são influenciados por elementos trazidos de suas culturas e hábitos. – A produtividade dos trabalhadores era determinada por padrões e comportamentos informais estabelecidos pelo grupo de trabalho. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo A Experiência - Continuação Conclusões da Experiência – Cada indivíduo tem uma personalidade diferenciada que influi no comportamento e atitudes das pessoas com quem mantém contatos. – Os indivíduos desenvolvem relações humanas em seus grupos informais; a compreensão da natureza dessas relações humanas pode permitir ao administrador melhores resultados de seus subordinados. A Experiência em Hawthorne de Elton George Mayo Conseqüências da Experiência – A experiência de Hawthorne trouxe à tona a importância dos fatores humanos na administração. – Os pesquisadores começaram a se preocupar com os aspectos “intangíveis”da organização, tais com liderança, comunicação, motivação, organização informal a fim de melhor compreender o comportamento humano na empresa e conseguir respostas mais completas para os problemas organizacionais. Grandes Figuras Grandes Figuras Mary Parker Follet (1868 - 1933) Precursora da escola das Relações Humanas. Seus escritos são bem anteriores aos estudos de Hawthorne. Mas só foi descoberta pelos discípulos da administração aos 50 anos e a ajuda veio por parte da interferência de seu pai, como filósofo, político e crítico social. Em 1920 publicou O Estado Novo, o que fez dela uma força eminente na política e no mundo governamental. Discursou diversas palestras ao redor do mundo, principalmente entre 1925 e 1929, ano da quebra da bolsa de Nova Iorque 24 Grandes Figuras Mary Parker Follet – Fez importantes observações sobre conflitos de interesse entre os grupos informais de trabalhadores e as regras de trabalho formais. – Esses conflitos desequilibram o sistema de produção. Follet mostrou que a unidade da sociedade não se encontrava nos indivíduos, mas nos grupos sociais Grandes Figuras Mary Parker Follet Três métodos para solucionar o conflito 1. Método da força: objetivos seriam atingidos usando ameaças; 2. Método da barganha: conflitos se resolveriam por meio das concessões e do compromisso mútuo entre empregados e patrão. 3. Método da integração:soluções seriam encontradas através de uma uma solução apresentada por terceiros, de forma integradora e que atenderia as partes envolvidas. Grandes Figuras Mary Parker Follet A Escola de Administração Científica pensava na solução dos conflitos em termos de força. A Escola de Relações Humanas pensava em: “Aumentar a lucratividade por meio da diminuição dos custos causados por conflitos internos da empresa” Grandes Figuras Psicólogo industrial australiano que em 1929 foi ensinar na Universidade de Harvard. Em 1923 foi chamado para investigar as causas da alta rotatividade de pessoal do departamento de fiação de uma empresa têxtil localizada perto de Filadélfia. Ele já acreditava que a solução dos problemas estava na mente e no corpo: • Aborrecimentoconduz a pensamentos depressivos • Monotonia à fadiga Grandes Figuras Elton George Mayo Em seu livro “The Social Problems of Industrial Civilization”muda um pouco seu ponto de vista: Indica que pelo fato das pesquisas empíricas terem sido realizadas no trabalho introduziu um caráter afetivo mostrando aos empregados que seus problemas não eram ignorados. Grandes Figuras Elton George Mayo Resultados das Pesquisas – Desloca o foco de interesse da administração da organização formal para os grupos informais e suas interrelações – Valorização de incentivos não monetários (psicossociais). 25 Grandes Figuras Chester Branard Foi diretor da New Jersey Bell Telephone Company. Chester Branard deslocou a análise da organização formal para os grupos informais. Para Chester “As organizações informais são necessárias ao funcionamento da organização formal, como um meio de comunicação, coesão e proteção da integridade individual.” Grandes Figuras Chester Branard - Continuação – Obra de Chester: “As Funções do Executivo” – Enfatiza tensões entre indivíduos e a organização. – As organizações são construídas com fins determinados mas empregam indivíduos que possuem seus próprios objetivos que podem não estar de acordo com os objetivos da organização. Grandes Figuras Chester Branard - Continuação – As organizações são sistemas cooperativos que surgem porque os indivíduos, que detêm objetivos próprios, não podem realizar esses objetivos sozinhos, então se associam a fim de satisfaze-los. – As organizações são meios para satisfação dos objetivos individuais. Grandes Figuras Chester Branard - Continuação Procedimentos de seleção e treinamento não são suficientes para garantir a colaboração dos indivíduos e sua obediência às regras. Forma de controle e integração Desenvolvimento de valores comuns e de uma ética que gerassem comprometimentos dos indivíduos com a organização. Nas organizações existem forças que obrigam os indivíduos a colocarem de lado seus objetivos próprios e a buscar os objetivos da organização. O executivo deve no máximo encorajar os sentimentos de cooperação mas não deve intervir nesse processo de socialização na organização. Grandes Figuras Chester Branard - Continuação Funções Centrais do Executivo – Criar formas de incentivos e recompensas que levem os indivíduos a cooperarem. – Criar métodos de persuasão, valores e outras formas de obter o comprometimento dos indivíduos para os objetivos organizacionais, – Formas normativas e morais de incentivo não precisam do uso de força e coerção e são mais baratas que os incentivos monetários Idéias Centrais da escola de Relações Humanas Substituição do homo economicus pelo homo social O homem possui um comportamento complexo; não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas. O homem é condicionado pelos sistema social e pelas demandas de ordem biológica. O homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação, prestígio e auto-realização. 26 Idéias Centrais da escola de Relações Humanas Grupo Informal O grupo Informal emerge dentro de uma organização quando as interações entre um número de indivíduos começa a intensificar-se e tomar corpo. Para a Escola de Relações Humanas, um dos Estudos mais importantes para a administração é o que diz respeito ao grupo informal. É preciso identificar-se os fatores que provocam as interações Idéias Centrais da escola de Relações Humanas Participação nas Decisões A escola de Relações humanas, em sua preocupação entre moral e produtividade, colocou na motivação a grande possibilidade de levar o indivíduo a trabalhar para o objetivos da organização. O homem para isso não podia executar tarefas que não conhecia; ele precisava da decisão, com restrições, que desse origem à sua tarefa. O tipo de liderança mais eficaz seria a democrática; o subordinado deveria ter liberdade de opinar sobre seu trabalho, contribuindo para seu aperfeiçoamento, bem como estaria sujeito a controle pode resultados e não por supervisão cerrada Escola de Relações Humanas e Organizações A Escola de Relações Humanas só tratou da organização informal; a estrutura formal da empresa não foi analisada. Organização Informal: conjunto de relações sociais, que surgem de forma espontânea e que não está prevista em regulamento e organogramas. Escola de Relações Humanas e Organizações A organização informal é a impossibilidade de se reduzir o comportamento humano a um conjunto de reações mecânicas e automatizadas a regulamentos restritos. Os comportamentos no trabalho não são só as conseqüências do salário e das aptidões técnicas dos indivíduos. Existem forças afetivas envolvendo aspectos motivacionais. Conhecer essas forças passa a ser um aspecto importante da administração COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA CLASSICA E A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Trata a organização como máquina. Trata a organização como grupos de pessoas; Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas. Inspirada em sistemas de engenharia; Inspirada em sistema de psicologia; Autoridade centralizada Delegação de autoridade; Linhas claras de autoridade; Autonomia dos empregados; Especialização e competência técnica Confiança e abertura. Acentuada divisão do trabalho. Ênfase nas relações entre as pessoas. Confiança nas regras e nos regulamentos. Confiança nas pessoas; Clara separação entre linha e staff. Dinâmica grupal e interpessoal. Decorrências da Teoria das Relações Humanas • O que veremos adiante: – A influência da motivação humana; – A liderança; – A comunicação; – A organização informal; – A dinâmica de grupo; – A apreciação crítica da Teoria das Relações Humanas. 27 Decorrências da Teoria das Relações Humanas • Fala-se agora em Motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo, etc; • Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização, princípios gerais de administração, etc, passam a ser contestados; • O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo; • O método e a máquina perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. • O homo economicus cede o lugar para o homem social. • Essa revolução na Administração ocorreu nos prenúncios da Segundo Guerra Mundial, ressaltando o caráter democrático. • A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. O HOMEM SOCIAL • Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, dotados de sentimentos, desejos e temores; • O comportamento no trabalho é uma conseqüência de muitos fatores motivacionais; • As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio de grupos sociais; • O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de supervisão e liderança; • As normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. MOTIVAÇÃO HUMANA • A motivação procura explicar por que as pessoas se comportam; • O ser humano é motivado, não por estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais. MOTIVAÇÃO HUMANA “Isso ajuda se você é um vegetariano.” TEORIA DE CAMPO DE LEWIN Kurt Lewin elaborou a teoria de campo que se baseia: O comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Campo dinâmico é o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico. Para Lewin toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, um predisposição à ação. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS • A TRH constatou a existênciadas necessidades humanas básicas. • Necessidades ou motivos são forças conscientes ou inconscientes que levam o indivíduo a um determinado comportamento. • A motivação refere-se ao comportamento que é causado por necessidade dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. • O ser humano é considerado um animal dotado de necessidades. • Satisfeita uma necessidade surge outra em seu lugar, e, assim por diante, contínua e infinitamente. • Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de Motivação: à medida que cresce e amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis mais elevados. 28 Necessidades Fisiológicas • São as necessidades primárias, vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São inatas e instintivas; • Exige satisfação periódica e cíclica; • São as de alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo, proteção contra os perigos. Necessidades Psicológicas • São necessidades secundárias e exclusivas do homem; • São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. As necessidades psicológicas são: • Necessidade de segurança íntima: leva o indivíduo à auto-defesa, procura de proteção contra o perigo, ameaça ou privação. • Necessidade de participação: aprovação social, reconhecimento do grupo, de dar e receber amizade. • Necessidade de auto-confiança: refere-se à maneira pela cada pessoa se vê e se avalia, ao auto-respeito e à consideração que tem para consigo mesmo. • Necessidade de afeição: é a necessidade de dar e receber afeto, amor e carinho. Necessidades de Auto-Realização • São as necessidades mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa; • É o impulso de realizar o próprio potencial de estar em contínuo autodesenvolvimento. CICLO MOTIVACIONAL • O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade. • Toda vez que surge uma necessidade esta rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. • Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. • Satisfeita a necessidade o organismo volta ao equilíbrio, caso contrário ela pode ser frustrada. • Outras vezes a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas transferida ou compensada, ou seja, quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho. CICLO MOTIVACIONAL Equilíbrio Estímulo ou Incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou Ação Satisfação A motivação no sentido psicológico, é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando a satisfação de uma ou mais determinadas necessidades 29 MORAL E CLIMA ORGANIZACIONAL • O moral é uma decorrência do estado motivacional provocado pela satisfação ou não satisfação das necessidades individuais das pessoas. • O moral é responsável pelas atitudes das pessoas. • O moral elevado é acompanhado de uma atitude de interesse, identificação, aceitação, entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho. MORAL E CLIMA ORGANIZACIONAL • O moral baixo é acompanhado por atitudes de desinteresse, negação, rejeição, pessimismo e apatia com relação ao trabalho. • Clima Organizacional é o ambiente psicológico e social que existe em uma organização e que condiciona o comportamento de seus membros. Moral e Atitude • Fanatismo • Euforia • Atitudes positivas • Satisfação • Otimismo • Cooperação • Coesão • Colaboração • Aceitação dos objetivos • Boa vontade • Identificação • Atitudes negativas • Insatisfação • Pessimismo • Oposição • Negação • Má vontade • Resistência • Dispersão • Diaforia (mal estar) • AgressãoMoral Baixo Moral Elevado MORAL: decorrência do estado motivacional provocado pela satisfação ou não satisfação das necessidades individuais Frustração e Compensação • Toda necessidade não satisfeita é motivadora de comportamento. Quando, porém, uma necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo frustrado. Frustração e Compensação • A frustração pode levar a certas reações comportamentais, a saber: – Desorganização do comportamento: a conduta da pessoa frustrada pode se tornar repentinamente ilógica e sem explicação aparente. – Agressividade: a pessoa frustrada pode tornar-se agressiva. A liberação da tensão acumulada pode acontecer por meio da agressividade física, verbal, simbólica etc. – Reações emocionais: a tensão retida pela não satisfação da necessidade pode provocar formas de reação, como ansiedade, aflição, estado de intenso nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios, digestivos etc. – Alienação e apatia: o desagrado pela não satisfação da necessidade pode ocasionar reações de alienação, de apatia e desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como mecanismo inconsciente da defesa do ego. Frustração e Compensação Equilíbrio Estímulo ou Incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou Ação BARREIRA • Frustração leva à desorganização do comportamento, agressividade, ansiedade, aflição, doenças, alienação, apatia. 30 LIDERANÇA • A experiência de Hawthorne teve o mérito de demonstrar a existência de líderes informais que mantinham o controle do comportamento do grupo. 1. Liderança como um fenômeno de influência interpessoal É a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. Ocorre exclusivamente nos grupos sociais. Ela é decorrente dos relacionamentos entre as pessoas em uma determinada estrutura social. 2. Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo Liderança é um processo contínuo de escolha que permite à empresa caminhar em direção a sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. O líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a tomar decisões adequadas. 3. Liderança como uma relação funcional entre o líder e subordinados Liderança é uma função das necessidades existentes em uma determinada situação e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo. O líder é um estrategistas que sabe indicar os rumos para as pessoas. 4. Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação. O líder é uma pessoa que sabe conjugar e ajustar todas essas características. TEORIAS SOBRE LIDERANÇA Teorias de traços de personalidade Características marcantes de personalidade possuídas pelo líder Teorias sobre estilos de liderança Maneiras e estilos de se comportar adotados pelo líder Teorias situacionais de liderança Adequação do comportamento do líder à circunstância da situação 31 TRAÇOS DE PERSONALIDADE • traços físicos: energia, aparência e peso • traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança • traços sociais: cooperação, habilidades administrativas e interpessoais • traços com tarefas: iniciativa, persistência e impulso de realização ESTILOS DE LIDERANÇAS • AUTOCRÁTICA; • LIBERAL; • DEMOCRÁTICA. AUTOCRÁTICA • Centralização total da autoridade e das decisões na pessoa do líder. Autocrática: o trabalho somente se desenvolve com a presença física do líder LIBERAL• Total liberdade do grupo para tomada de decisões, o líder apenas participa quando é solicitado. Liberal: pouco respeito em relação ao líder e forte individualismo agressivo DEMOCRÁTICA • Caracterizada pela figura do líder como orientador do grupo. As decisões são discutidas pelo grupo com a presença do líder. Democrática: líder e subordinados desenvolvem uma comunicação franca, espontânea e cordial. Há um sentido de responsabilidade mútua. LIDERANÇA SITUACIONAL • Não existe um único estilo o característica de liderança, válida para toda e qualquer situação. • É primordial que o gerente tenha consciência de qual estilo é mais presente na sua administração com o objetivo de melhor avaliar a situação e poder fortalecer o seu desempenho. • Enfim, o melhor estilo é aquele em o gerente tenha abertura para perceber a situação de uma forma tal, que consiga optar pelo estilo mais adequado. • Quanto menor o uso de autoridade pelo administrador, maior a área de liberdade dos subordinados e vice-versa. 32 COMUNICAÇÃO • Proporciona informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas tarefas; • Proporciona as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos; • A pessoa trabalha melhor quando conhece os padrões de seu trabalho; • A organização opera mais eficientemente quando a pessoa e seu chefe têm um entendimento comum de suas responsabilidades e padrões de desempenho que a empresa espera obter deles; • Cada pessoa pode ser auxiliada a dar a máxima contribuição à organização e a utilizar ao máximo as suas habilidades e capacidades. COMUNICAÇÃO • Comunicação é a troca de informações entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da organização social. A comunicação requer um código para formular uma mensagem e envia-la na forma de sinal (como ondas sonoras, letras impressas, símbolos etc.), por meio de um canal (ar, fios, papel) a um receptor da mensagem que a decodifique e interpreta seu significado. COMUNICAÇÃO • As experiências sobre liderança permitiram concentrar a atenção nas oportunidades de ouvir e aprender em reuniões de grupos e avaliar os problemas das comunicações entre grupos nas empresas. Identificou-se a necessidade de elevar a competência dos administradores por meio do relacionamento interpessoal, no sentido de adquirirem confiança e franqueza no seu relacionamento humano. Nesse sentido, a Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sensível sobre a Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações e as pessoas. ORGANIZAÇÃO INFORMAL • O conjunto de interações e relacionamentos que se estabelecem entre as pessoas denomina-se organização informal, em paralelo à organização formal, que é constituída pela estrutura organizacional composta de órgãos, cargos, relações funcionais, níveis hierárquicos etc. o comportamento dos grupos sociais está condicionado a dois tipos de organização: a organização formal ou racional e a organização informal ou natural. A organização formal é conduzida pelas práticas estabelecidas pela lei, por uma política empresarial previamente traçada, pelas especificações e padrões para atingir objetivos e que podem ser modificados pela empresa. A organização formal tem um caráter essencialmente lógico. ORGANIZAÇÃO INFORMAL • Por outro lado, há processos espontâneos de evolução social que se exercem no seio de toda atividade humana organizada, sem qualquer objetivo determinado, consciente ou preciso, e que conduzem à organização informal. A organização informal concretiza-se nos usos e costumes, nas tradições, nos ideais e nas normas sociais. Traduz-se por meio de atitudes e disposições baseadas na opinião e no sentimento. CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO INFORMAL A organização informal apresenta as seguintes características: • Relação de coesão ou de antagonismo: as pessoas em associação com outras, situadas em diferentes níveis de setores da empresa, criam relações pessoais de simpatia (de identificação). • Status: os indivíduos interagem em grupos informais, dentro dos quais cada um, independentemente de sua posição na organização formal, adquire certa posição social ou status em função do seu papel e participação e integração na vida do grupo. • Colaboração espontânea: a organização informal é um reflexo de colaboração espontânea que pode e deve ser aplicado a favor da empresa. • A possibilidade da oposição à organização informal: quando não bem entendida ou manipulada inadequadamente, a organização informal pode se desenvolver em oposição à organização formal e em desarmonia com os objetivos da empresa. 33 CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO INFORMAL • Padrões de relações e atitudes: os grupos informais desenvolvem, espontaneamente, padrões de relações e atitudes aceitos e assimilados pelas pessoas, pois são interesses e aspirações do grupo. • Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: as pessoas participam de vários grupos informais pelas relações funcionais que mantêm com outras pessoas em outros níveis e setores da empresa. Os grupos informais tendem a se alterar com as modificações na organização formal. • A organização informal transcende a organização formal: a organização informal é feita por interações e relações espontâneas, cuja duração e natureza superam as interações e ralações formais. • Padrões de desempenho nos grupos informais: os padrões de trabalho estabelecidos pelo grupo informal nem sempre correspondem aos estabelecidos pela administração. Na organização informal,o individuo quer o reconhecimento e aprovação social do grupo a qual pertence. DINÂMICA DE GRUPO • Os processos grupais e os hábitos sociais não são estáticos; ao contrário, são processos vivos e dinâmicos decorrentes de uma constelação de forças causais. Como a mudança ou a resistência à mudança são grandemente influenciadas pela natureza dos grupos aos qual a pessoa pertence, as tentativas de mudança devem necessariamente considerar a dinâmica de grupos. Da mesma forma que o nível fisiológico do corpo se mantém em um nível relativamente constante durante longos períodos de tempo, por meio de processos reguladores, um grupo pode compensar a ausência de um colega pela contribuição aumentada dos outros membros. DINÂMICA DE GRUPO • A Escola da Dinâmica de Grupo desenvolve uma proposição de que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence. O grau de agressividade ou cooperação de uma pessoa, seu grau de autoconfiança, sua energia e produtividade no trabalho, suas aspirações, sua opinião sobre o que são verdadeiros e bons, seus amores ou ódios e suas crenças e preconceitos, todas essas características são determinadas em alto grau pelo grupo a que pertence o indivíduo. As Características dos Grupos • Uma finalidade ou objetivo comum; • Uma estrutura; • Uma organização dinâmica; • Uma coesão interna. As Características dos Grupos As relações entre os membros de um grupo são denominados relações intrínsecas, enquanto que as relações que os membros do grupo mantêm com outros grupos ou pessoas são chamadas de relações extrínsecas. As Relações Humanas são os contatos conscientes estabelecidos entre indivíduos e grupos, entre os empregados e seus colegas, entre os subordinados e seus chefes, entre os elementos de uma seção e aqueles de outra.Um programa de Relações Humanas tem por objeto fomentar a cooperação eficaz entre os membros de uma comunidade de trabalho. Por meio da cooperação se consegue, não só uma maior satisfação das necessidades materiais e espirituais do homem, mas também um substancial aumento da produtividade.CRÍTICAS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Oposição cerrada à Teoria Clássica; • Inadequada visualização dos problemas de relações industriais; • Concepção ingênua e romântica do operário; • Limitação do campo experimental; • Parcialidade das conclusões; • Ênfase nos grupos informais; • Enfoque manipulativo das relações humanas. 34 Teoria Neoclássica da Administração Características da Teoria Neoclássica Administração como técnica social Aspectos administrativos comuns às organizações Os princípios básicos de organização Centralização x Descentralização Funções do administrador Apreciação crítica da Teoria Neoclássica Aspectos Abordados Teoria Neoclássica da Administração • Administrar não significa executar tarefas ou operações, mas sim fazer com que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto. O administrador não é aquele que faz, mas sim o que faz fazer. A administração faz as coisas acontecerem através das pessoas, levando as organizações ao sucesso. Características da Teoria Neoclássica • Ênfase na prática da administração. • Reafirmação dos postulados clássicos. • Ênfase nos princípios gerais de administração. • Ênfase nos objetivos e nos resultados. • Ecletismo nos conceitos. Ênfase na prática da administração • A Teoria Neoclássica caracteriza-se por: uma forte ênfase nos aspectos práticos da Administração, pelo pragmatismo e pela busca de resultados concretos e palpáveis, embora não se descuide dos conceitos teóricos. Os neoclássicos desenvolvem seus conceitos de forma prática e utilizável, visando à ação administrativa. Reafirmação dos postulados clássicos • A Teoria clássica é uma reação à influência das ciências do comportamento no campo da Administração em detrimento dos aspectos econômicos e concretos que envolvem o comportamento das organizações. Os neoclássicos retomam grande parte do material desenvolvido pela Teoria Clássica, redimensionando-o e reestruturando-o de acordo com as condições da época atual, dando-lhe uma configuração mais ampla e flexível. Ênfase nos princípios gerais de administração • Os neoclássicos definem normas de comportamento administrativo. Os princípios de Administração, que os clássicos utilizavam como “leis” são retomados como critérios elásticos para a busca de soluções práticas. O estudo da Administração para alguns autores, baseia-se na utilização de princípios gerais de como planejar, organizar, dirigir, controlar etc. 35 Ênfase nos objetivos e nos resultados • Toda organização existe, não para si mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Daí a ênfase colocada nos objetivos organizacionais e nos resultados pretendidos como forma de avaliar o desempenho das organizações. Ecletismo nos conceitos • Os autores neoclássicos são ecléticos, absorvendo o conteúdo de outras teorias administrativas mais recentes. A pluralidade de autores e idéias somados às diferentes origens de inspiração faz da Teoria Neoclássica ampla e diversificada. Trata-se de um movimento de agregação de idéias. A Administração • “A Administração visa alcançar objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz. E o administrador precisa saber utilizar os recursos organizacionais no sentido de obter eficiência e eficácia, bem como alto grau de satisfação entre as pessoas que fazem o trabalho e o cliente que o recebe.” Administração como técnica social • A Administração não é uma ciência exata, mas uma ciência social, pois, ao lidar com negócios e organizações, ela faz basicamente por meio das pessoas. • Para os neoclássicos, a “Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de pessoas para um objetivo comum. O administrador é aquele que possibilita ao grupo alcançar seus objetivos com o mínimo dispêndio. Administração como técnica social • O ser humano necessita cooperar com outras pessoas para atingir seus objetivos. A Administração é basicamente uma técnica social de lidar com pessoas, influenciando-as para conquistar objetivos e resultados. Administração como técnica social • Conforme as necessidades internas e externas, a organização pode ser estruturada seguindo uma especialização vertical ou uma especialização horizontal, a saber: – Especialização vertical = maior número de níveis hierárquicos – Especialização horizontal = departamentalização - maior número de órgãos 36 Administração como técnica social Aspectos administrativos comuns às organizações • A administração visa alcançar objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz. E o administrador precisa saber utilizar os recursos organizacionais no sentido de obter eficiência e eficácia, bem como alto grau de satisfação entre as pessoas que fazem o trabalho e o cliente que o recebe. Quanto ao desempenho a administração, existem dois critérios: • Eficiência • Eficácia Eficiência X Eficácia • Eficiência é relativa aos meios, como fazer as coisas da melhor maneira possível. Ser eficiente significa executar da melhor maneira possível, evitando desperdícios e maximizando a produtividade. Segundo Stoner (1999) eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização. Eficiência X Eficácia • Eficácia se relaciona aos fins, qual o objetivo correto a se perseguir. É mais importante que a eficiência, pois sem o direcionamento correto a melhor execução só levará a resultados desnecessários. Em uma analogia simples, um processo muito eficiente e pouco eficaz seria como ter a uma indústria com a melhor produção de vodka em um local onde o consumo de bebidas alcoólicas é proibido. Segundo Stoner (1999) eficácia é a capacidade de determinar objetivos apropriados. Eficiência X Eficácia Eficiência • Fazer corretamente as coisas; • Preocupar-se com os meios; • Enfatizar métodos e procedimentos; • Cumprir os regulamentos internos; • Treinar e aprender; • Jogar futebol com arte; • Saber trabalhar; • Ser pontual no trabalho. Eficácia • Fazer as coisas necessárias; • Preocupar-se com os fins; • Enfatizar objetivos e resultados; • Atingir os alvos e objetivos; • Saber e conhecer; • Ganhar a partida de futebol; • Ganhar a guerra; • Agregar valor e riqueza à organização. X 37 Princípios básicos da organização • Os neoclássicos dão algumas pinceladas adicionais no conceito de organização formal. A organização consiste em um conjunto de posições funcionais hierárquicas orientado para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços. Os princípios fundamentais da organização formal são: – Divisão do trabalho. – Especialização. – Hierarquia. – Amplitude administrativa. 1. Divisão do trabalho • O objetivo imediato e fundamental de toda organização é a produção de serviços. Para ser eficiente, a produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. 1. Divisão do trabalho • A divisão do trabalho começou a ser praticada a partir da Revolução Industrial, provocando uma mudança radical no conceito de produção pela fabricação maciça por meio da máquina em substituição ao artesanato e da aplicação da especialização do trabalhador na linha de montagem. 1. Divisão do trabalho • Como a divisão do trabalho, a organização empresarial passa a desdobrar-se em três níveis administrativos que compõem o aparato administrativo necessário para dirigir a execução das tarefas e operações: – Nível institucional, composto por dirigentes e diretores da organização; – Nível intermediário,
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