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trabalhos sobre a reserva extrativista da baia do iguape

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA DIREÇÃO DE ENSINO DO CÂMPUS PORTO VELHO ZONA NORTE.
	DISCIPLINA: TECNICO EM BIOTECNOLOGIA
TURMA:2017/1 TURNO: MATUTINO PERIODO 2ºANO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
EMILY LYANDRA INUMA CHAVEZ
TEMA: RESERVA EXTRATIVISTA DA MARINHA DA BAÍA DO IGUAPÉ
PROFESSOR: ANTENOR ALVES SILVA
GUAJARA MIRIM
2018
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem objetivo tratar sobre a Reserva Extrativista da Baía do Iguape, que se trata de uma unidade de conservação federal do Brasil, onde a mesma foi criada através do Decreto presidencial de 11 de agosto de 2000 e categorizada como reserva extrativista da Marinha, possui uma área de 8.117 hectares e está localizada no estado da Bahia.
Foi realizada uma pesquisa em diversos sites para desenvolver este trabalho, e expor o máximo do que descobrimos sobre a Baía do Iguape.
2-DESENVOLVIMENTO
2.1-O que é a Reserva Extrativista da Baía do Iguape?
A Baía do Iguape é a área mais conservada da Baía de Todos os Santos, no Estado da Bahia. Extensa faixa de manguezal, Mata Atlântica, mamíferos aquáticos, comunidades tradicionais da pesca e quilombolas, são algumas características que marcaram, em 2000, a criação da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape.
Em 2009, com a intenção do Governo do Estado da Bahia e de empreiteiras em viabilizar a instalação de um Polo Industrial Naval na região, os limites da RESEX foram alterados, aumentando os conflitos com as comunidades locais, que se organizam cada vez mais, inclusive com algumas ONGs ambientalistas e pesquisadores, para defenderem seu território, reconhecendo todos os sujeitos sociais envolvidos a importância histórica, cultural e ambiental da Baía do Iguape.
2.2-CARACTERISTICA
A resex está localizada nos municípios de Maragogipe e Cachoeira, estado da Bahia, abrange uma área total de 8.117,53 ha envolvendo dois ambientes: 2.831,24 ha inclui terrenos de manguezais e 5.286,29 ha de águas internas brasileiras.
2.3-POPULAÇÃO:
 4.960 pessoas, cerca de 903 famílias, estão envolvidas com atividade de pesca e mariscagem na baía do Iguapé; deste universo 68,3% das famílias se dedicam à pesca e 31,67% à mariscagem. Cerca de 31% que tem na mariscagem suas principais atividades consistem de mulheres e crianças, sendo a atividade pesqueira exercida essencialmente por homens.
2.4-INDICADORES DE PRODUÇÃO
A principal atividade econômica é a pesca e a mariscagem de crustáceos (57,1%), destacando o camarão; peixes (15,7%) e moluscos (19,8%) compostos de ostras e sururu; além disso, outras atividades relacionadas à agricultura, artesanato e, mais recentemente, piscicultura vem sendo desenvolvidas pelos extrativistas.
 A produção média de pescado na baía de Iguapé, oriunda tanto de pescarias em períodos de marés altas e baixas, gira em torno de 1 a 5 kg (68%) e de 6 a 10 kg (16%). Para obter essa produção estima-se um esforço de pesca de 4 a 6 horas por dia praticado por 68% dos pescadores. O principal canal de comercialização são os intermediários que levam o produto para Salvador. Apenas 28%, dos pescadores comercializam diretamente ao consumidor. As técnicas de beneficiamento empregadas consistem principalmente na defumação do camarão, realizada por algumas localidades, e em técnicas de lavagem e classificação do marisco, realizado manualmente por mulheres.
 O rendimento oriundo da atividade pesqueira é de 1 a 3 salários mínimos para 46% dos extrativistas; seguido de 1 salário mínimo para 31%. Destaca-se ainda que cerca de 23% possui uma renda acima de 4 salários mínimos em função do bom preço de mercado do camarão.
2.5-ECONOMIA
A população em torno da baía sobrevive basicamente da pesca artesanal, da cultura do fumo e de pequenas agriculturas familiares.
A região ainda constitui o tradicional Polo da Indústria Naval da Bahia, que abrange os municípios de Maragogipe e Saubara e é formado pelos estaleiros da Bahia (EBASA), Enseada do Paraguaçu (EEP) e São Roque do Paraguaçu.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O pretendido desenvolvimento sustentável é, mais uma vez, utilizado como argumento para omitir numerosos impactos sociais, econômicos, culturais e ambientais negativos para as populações tradicionais que o empreendimento do polo naval deve acarretar. Essas populações devem assim sofrer uma desterritorialização sensível pela perda de poder efetivo sobre seu território, no entanto reconhecido por lei federal através da criação da resex, no ano de 2000. O principal problema dos pescadores é de habitar uma área considerada estratégica por sua localização geográfica e condições naturais, assim como por já abarcar um canteiro naval, facilitando assim o aumento de seu valor para os setores modernos através de mais investimentos de infraestrutura. 
REFERENCIAS
NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 232
SECOM-BA (11 de novembro de 2008). «Polo Naval terá investimentos de R$ 2 bi com a implantação de três estaleiros». Consultado em 4 de novembro de 2012.
Resex marinhas no Brasil, CNPT/BNDES, 2002.

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