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* FT. KÁTYA COELI DA COSTA LOIOLA * PREMATUROS * * * * 1.CONCEITO: RN pré-termo (prematuro) é todo aquele que nasce antes de 37 semanas completas de idade gestacional. - IG < 37 semanas 2. ETIOLOGIA: Idiopática. Primiparidade. Desnutrição materna. Mães jovens Pequeno intervalo entre as gestações. * Doença cardíaca materna; História de morte fetal anterior.; Malformações; Bx. Peso e estatura materna; Bacteriúria assintomática; Anomalias do sistema genital feminino; Alterações plascentárias (DPP, plac. prévia); Gravidez múltipla; Isoimunização Rh; Aminiorrexe prematura. * 3. INCIDÊNCIA: De 7% a 15% de acordo com a regiaão e o nível econômico materno. 4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: RN PT do grupo I (PT limítrofes): IG 35 a 36 semanas; RN PT do grupo II (PT moderados): IG de 31 a 34 semanas; RN PT do grupo III (PT extremos): IG varia de 24 a 30 semanas. RN do grupo III: cabeça desproporcional ao tórax, pés e mãos s/ sulcos, nd. mamário < 5mm, vérnix caseoso, tecido adiposo ↓, tono↓, fontanelas amplas; * Músculos pouco desenvolvidos, edemaciados, abdomên distendido, toráx facilmente deprimível, téstículos fora do escroto, grandes lábios pouco evidentes. 5. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS: Icterícia fisiológica (7 até a 2 semana de vida): “Kernicterus” . 15/100 ml; ↓ da lipase pancreática: dificulta a absorção de vitaminas lipssolúveis; ↓ da vitamina K: hemorragias; ↓ da vitamina E: anemia (↓ vida média das hemácias - ↓ Hb); Acidose (RN < 1500g); ↓ da função renal e hepática: hipoglicemia, hipoproteinemia, hipoprotrombinemia; Anemia por diluição: volume sangue ↑ e Hb ↓; * ↓ da função respiratória; imaturidade alveolar, pneumócitos II e capilars. Imaturidade dos centros respiratórios (respiração periódica); Incapacidade de manutenção da temperatura corporal: ↓ do tecido adiposo (gordura marron), superfície corporal elevada, glândulas sudoríparas pouco desenvolvidas (arrepio). 6. NECESSIDADES NUTRITIVAS: Calorias: variam de acordo c/ a idade; Água: varia de acordo c/ a idade, peso e circunstâncias; ↑ água: desconforto respiratório, febre, calor, fototerapia, atividade, diarréia; * ↓ água: umidade elevada, sono, repouso, cobertor térmico, ventilação c/ CPAP; Proteína, carboidratos e gorduras; Minerais (Na, CL, K, Ca, P, Mg, Fe); Vitaminas (A, B12, C, D, E , tiamina, riboflavina, ácido fólico, K). 7. ASSISTÊNCIA ESPECÍFICA: 7.1- GRUPO I: PREMATUROS LIMÍTROFES Merecem atenção especial, por apresentarem morbidade e mortalidade maior que os RN de termo de mesmo peso. * Problemas a serem investigados: Regulação térmica; Icterícia (fototerapia); Dificuldade p/ se alimentar: perda de peso; Desconforto respiratório: pouco frequente – membrana hialina. 7.2- GRUPO II: PREMATUROS MODERADOS Infecção antenatal: rotura de membranas (+24hs), líquido amniótico, associada a febre. Realizar culturas. Anóxia perinatal grave: + comum do que em RN de termo; Resfriamento: manter a temperatura em 36,5◦C; * Desconforto respiratório: respiração periódica; Hiperbilirrubinemia: Kernicterus, com fototerapia e transfusão sanguínea; Hipoglicemia: infusãode glicose e alimentação; Hipocalcemia: 3 primeiros dias de vida; Acidose metabólica tardia: letargia, diarréia, RN deixa de ganhar peso. Sistema renal imaturo c/ ↓ da excreção de íons H+ e acúmulo de ácidos através da alimentação. Solução de bicarbonato via oral; Anemia: ↓ da Hb, com necessidade de transfusão e Fe. * * * 7.3- GRUPO III: PREMATUROS EXTREMOS Vigilância respiratória: SMH Monitorização cárdio-respiratória: apnéias de causas variadas. Ventilação mecânica; Controle rigoroso da hiperbilirubinemia: níveis altos de bilirrubina indireta 10/100ml, associada a fatores como anóxia, acidose e desconforto respiratório; Controle da glicemia: hipo ou hiperglicemia (intolerância a carboidratos); Controle da calcemia; Distúrbios do metabolismo do NA+: hipernatremia até o 3 dia de vida (restrição de líquido). A hiponatremia é mais séria. * Azolemia: ↑ de uréia, que pode levar a insuficiência renal; PCA: taquicardia, dispnéia, tiragens, estertores. Restrição hídrica; Uso de diuréticos; Uso de oxigênio; Manutenção do pH em 703; Indometacina. * FETO PÓS-TERMO * FETO PÓS-TERMO 1. CONCEITO: “Gestação prolongada é toda aquela que ultrapassa 296 dias, contados a partir do primeiro dia da última menstruação". · Menstruação regular (28 dias), duração da gestação em média de 281 +/- 14 dias = 267 a 295 dias. > 42 semanas de estação; · Tríade: duração da gestação > que 296 dias + peso ≥ 4000g + comprimento ≥ 54cm; · Nem todos os recém-nascidos pós-termos mostram sinais característicos deste prolongamento; · RN prematuros ou a termos podem apresentar sinais de pós-maturidade (insuficiência placentária). * 2. ETIOLOGIA: ·Diferenças no mecanismo hormonal ou neuro-humoral entre a gestação a termo e pós-termo, com ↓ da função placentária (↓ estrógenos e predominância da progesterona), repouso miometrial s/ contrações por baixa estimulação β-adrenérgica; ·↓ da excitabilidade neuromuscular miometrial; ·Fatores fetais: poliidrâmio – Anencefalia. Poliidrâmio associado a prematuridade, em alguns casos de fetos anencéfalos verificou-se gestação prolongada; ·Imaturidade da fibra muscular uterina: ↓ da actomiosina (proteína contrátil) – hipossistolia uterina. * 3.DIAGNÓSTICO: É exclusivo para estudo das condições fetais e placentárias, que levem a sofrimento fetal e diagnóstico da sua vitalidade * 4. MÉTODOS CLÍNICOS: 4.1 - DUM: atenção p/ erros em casos de menstruações irregulares, amenorréias anovulatórias e hemorragias pós-implantação; 4.2 - ALTURA UTERINA: 4cm ao mês, no total de 32 a 36 cm ao final da gestação, ·↑ da AU: gemelaridade, macrossomia fetal, ginecopatias (miomas) ↓ da AU: insuficiência placentária c/ ↓ do crescimento uterino. · PERCEPÇÃO DOS MOVIMENTOS FETAIS: 4ª ou 5ª mês de gestação; · SINAL DE RUNGE: ↓ do perímetro abdominal pela ↓ da quantidade de líquido amniótico ; * 6. MÉTODOS RADIOLÓGICOS: ULTRA-SONOGRAFIA: mensuração dos diâmetros biparietal (1mm/semana a partir da 35ª semana), occipitofrontal, torácico e abdominal acima da média. 7. DOSAGENS HORMONAIS: 7.1 – ESTRIOL: Alterações na eliminação do estriol (90% do estrógeno é excretado nessa forma – 12mg na urina 24hs), dependem da unidade fetoplacentária. Qualquer alteração em uma dessas estruturas levará a uma ↓ (6 a 10mg na urina) da sua excreção. < que 4mg óbito fetal iminente; 7.2 – PREGNANDIOL: < 40mg na urina de 24hs (insuficiência placentária). Produto de excreção da progesterona. * 8. ACHADOS CLÍNICOS: PESO AO NASCIMENTO: ≥ 4000g. Não serve como dado isolado; · ESTATURA: estatura mínima p/ pós-termo de 48cm, variando de 54 a 58cm de acordo com os dias finais da gestação; · PELE E ANEXOS: pele seca, descamativa, inelástica, pergaminhosa, desprovida de lanugem, coloração escura da pele, unhas e coto umbilical pela impregnação de mecônio. Unhas ultrapassando a borda digital; · OSSIFICAÇÃO: > desenvolvimento de núcleos de ossificação no fêmur e tíbia; · DADOS LABORATORIAIS: ↓ da saturação de O2, acidose, hipoglicemia, K e uréia ↑; * * * 9. LÍQUIDO AMNIÓTICO: A partir da 36ªsemana de gestação o líquido amniótico vai escurecendo e aumentando a quantidade de grumos de verniz caseoso, apresentando aspecto leitoso o que sugere maturidade fetal. 10. PROGNÓSTICO: Bom quando não apresenta complicações fetais ou placentárias; Ruim em casos de anóxia, malformações e infecções. O feto pode apresentar sinais de sofrimento com disfunção cerebral mínima (hipotonia e hiporreflexia) até um quadro de paralisia cerebral.
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