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Resumo Geologia P1

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Resumo Geologia - P1 
- Princípio da Superposição 
Ocorre sempre por ordem cronológica da base para o topo da coluna estratigráfica. Desta forma, 
numa sucessão de estratos cuja ordem não foi alterada, cada estrato é mais antigo do que aquele 
que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base. Esta disposição pode ser alterada 
por movimentos tectônicos. 
 
 
- Princípio da Horizontalidade Original dos Estratos 
Princípio de cronologia relativa que estabelece que os sedimentos são sempre depositados em 
camadas horizontais, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente à medida que vão 
chegando à bacia sedimentação, por efeito gravítico. Qualquer fenómeno geológico que altere a 
horizontalidade é sempre posterior à sedimentação. 
 
 
- Princípio da Continuidade Lateral dos Estratos 
Afirma que uma camada tem a mesma idade em todos os seus pontos, o que implica que os limites 
inferior e superior de uma camada representam superfícies isócronas. Importante por permitir 
correlacionar observações praticadas em locais diferentes. Isto permite datar, em colunas 
estratigráficas de lugares afastados, sequências de estratos idênticas (mesmo que os estratos de 
ambas tenham dimensões variáveis), desde que as sequências de deposição sejam semelhantes. 
 
 
- Princípio das Relações de Corte a das Inclusões 
Este princípio, introduzido por James Hutton, afirma que uma rocha ígnea intrusiva ou falha que corte 
uma sequência de rochas, é mais jovem que as rochas por ela cortadas. Esse princípio permite a 
datação relativa de eventos em rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, sendo fundamental 
para o trabalho em terrenos orogênicos jovens e antigos. Este princípio é válido para qualquer tipo de 
rocha cortada por umas das estruturas acima relacionadas. 
OBS: Rochas sedimentares podem perder seus extratos e se tornar uma rocha única, graças a 
atuação de vermes que misturam os sedimentos. 
 
 
- PRINCÍPIO DA INCLUSÃO 
Identificado por N. Steno, neste princípio assume-se que qualquer corpo lítico existente no interior de 
outro, foi formado necessariamente antes do corpo que o inclui. Um exemplo simples e fácil de 
compreender é o das rochas sedimentares detríticas, nomeadamente os conglomerados. Estas 
rochas são constituídas por fragmentos de outras rochas, preexistentes, que foram sujeitos a 
meteorização, transporte, deposição e, posteriormente, sofreram a diagénese formando uma rocha 
que se resulta da consolidação de fragmentos de rochas mais antigas. Outro caso éo de rochas 
encaixantes de um corpo ígneo, como um filão, que são incluídas no corpo filoniano a quando da sua 
instalação. 
 
 
- Princípio da Sucessão Faunística 
Cada espécie fóssil viveu por um determinado tempo, não podendo reaparecer jamais após sua 
extinção. Conhecido o tempo de existência de uma espécie, as rochas que apresentam esses fósseis 
têm a mesma idade de formação dos fósseis. Ao longo do tempo as condições ambientais mudam e 
os animais que vivem mudam. 
 
- Princípio do Actualismo 
As transformações ​morfológicas da ​crusta terrestre no passado se deveram a fenómenos análogos 
aos que se observam na atualidade. É um princípio que dá base ao ​Uniformitarismo​( reprodução 
uniforme dos dados observáveis em fenómenos geológicos atuais, para a interpretação da ocorrência 
destes fenómenos no passado)​, assim como ao ​Catastrofismo​(​defende que em seu passado, a Terra 
sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações, que resultaram nas 
configurações geológicas e biológicas atuais, o que explica, por exemplo, a ocorrência de fósseis 
marinhos em regiões distantes da costa.)​, porém diferindo entre si, quanto ao grau de intensidade 
dos fenômenos geológicos. 
 
Netunismo x Plutonismo 
Todas as rochas se formaram a partir de um grande oceano primordial – rochas com minerais - 
solúveis se formaram no início; rochas + solúveis à medida que o oceano evaporasse. 
 
O ​Plutonismo é um fenômeno magmático que se processa nas regiões profundas da crosta terrestre 
quando o magma, ao penetrar na crosta terrestre, não consegue rompê-la ficando preso, retido em 
suas profundezas, onde se dá a sua consolidação. 
 
*Como interpretar a falta de um período na datação da rocha? 
1) Não existiu rocha naquele momento; 
2) A rocha que existiu foi erodida. 
 
Teoria Nebular 
 
-Formação do sol 
Sob a atração da gravidade, a matéria começou a deslocar-se para o centro, acumulando-se como 
uma proto-estrela, a precursora do sol atual. Comprimido sob seu próprio peso, o material do 
prato-Sol tornou-se mais denso e quente. A temperatura interna do proto-Sol elevou-se para milhares 
de graus, iniciando-se então uma fusão nuclear. A fusão nuclear do sol, que continua até hoje, é a 
mesma reação nuclear que ocorre em uma bomba de hidrogênio. Em ambos os casos, átomos de 
hidrogênio sob intensa pressão e em alta temperatura fundem-se para formar hélio. Nesse processo, 
parte da massa é convertida em energia. Como é um número muito grande, uma pequena 
quantidade de massa pode gerar uma grande quantidade de energia. O sol emite parte dessa 
energia como luz; uma bomba-H, como uma grande explosão. 
 
-Formação dos planetas 
Embora a maior parte da matéria da nebulosa original tenha sido concentrada no proto-sol, restou um 
disco de gás e poeira, chamado de nebulosa solar, envolvendo-o. A nebulosa solar tomou-se quente 
quando se achatou na forma de um disco e ficou mais quente na região interna, onde mais matéria 
se acumulou, do que nas regiões externas menos densas. Uma vez formado, o disco começou a 
esfriar e muitos gases condensaram-se. Ou seja, eles mudaram para suas formas líquidas ou 
sólidas, assim como o vapor d'água condensa em gotas na parte externa de um copo gelado e a 
água solidifica em gelo quando esfria até o ponto de congelamento. A atração gravitacional causou a 
agregação de poeira e material condensado por meio de colisões "pegajosas" em pequenos blocos 
ou planetesimais de 1 km. Por sua vez, esses planetesimais colidiram e se agregaram, formando 
corpos maiores, com o tamanho da Lua. Num estágio final de impactos cataclísmicos, uma pequena 
quantidade desses corpos maiores - cuja atração gravitacional é também maior - arrastou os outros 
para formar os nossos nove planetas em suas órbitas atuais. Quando os planetas se formaram, 
aqueles cujas órbitas estavam mais próximas do Sol desenvolveram-se de maneira marcadamente 
diferente daqueles com órbitas mais afastadas. A composição dos planetas interiores é muito 
diferente daquela dos planetas exteriores. 
 
• Os planetas interiores Os quatro planetas interiores, em ordem de proximidade do Sol, são: 
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Eles também são conhecidos como planetas terrestres ("parecidos 
com a Terra"). Em contraste com os planetas exteriores, os quatro planetas interiores são pequenos 
e constituídos de rochas e metais. Eles cresceram próximos ao 
Sol, onde as condições foram tão quentes que a maioria dos materiais voláteis - aqueles que se 
tomaramgases e evaporaram em temperaturas relativamente baixas - não pôde ser retida. O fluxo 
de radiação e matéria proveniente do Sol impeliu a maior parte do hidrogênio, do hélio, da água e de 
outros gases e líquidos leves que havia nesses planetas. Metais densos, como o ferro e outras 
substâncias pesadas constituintes das rochas que formaram os planetas interiores, foram deixados 
para trás. 
A partir da idade dos meteoritos, que ocasionalmente golpeiam a Terra e são tidos como 
remanescentes do período pré-planetário, deduzimos que os planetas interiores começaram a 
acrescer há cerca de 4,56 bilhões de anos. Cálculos teóricos indicam que eles teriam crescido até o 
tamanho de planeta num intervalo de tempo impressionantemente curto, de menos de 100 milhões 
de anos. 
•Os planetas exteriores gigantes A maioria dos materiais voláteis varridos da região dos planetas 
interiores foi impelida para a parte mais externa e fria da nebulosa. Isso possibilitou ao sistema solar 
formar o planetas exteriores gigantes, constituídos de gelo e gases - Júpiter, Saturno, Urano e 
Netuno -, e seus satélites. Os planetas gigantes, suficientemente grandes e com forte atração 
gravitacional, varreram os constituintes mais leves da nebulosa. Assim, embora tenham núcleos 
rochosos, eles (como o Sol) são compostos predominantemente por hidrogênio e hélio, além de 
outros constituintes leves da nebulosa original. 
 
 
-Aquecimento e fusão da Terra primordial Para entender a atual estrutura em camadas 
da Terra, devemos retornar ao tempo em que ela foi exposta aos violentos impactos dos 
planetesimais e de corpos maiores. O movimento de objetos carrega energia cinemática ou de 
movimento. (Pense no modo como a energia do movimento comprime um carro numa colisão.) Um 
planetesimal colidindo com a Terra numa velocidade típica de 15 a 20 km/s liberará uma energia 
equivalente a 100 vezes o seu peso em TNT.2 Quando planetesimais e corpos grandes colidiram 
com a Terra primitiva, a maior parte da energia cinética foi convertida em calor, uma outra forma de 
energia. A energia de impacto de um corpo, com aproximadamente o dobro do tamanho de Marte, 
colidindo com a Terra seria equivalente a explodir vários trilhões de bombas nucleares de 1 megaton 
(= energia de 1 milhão de toneladas de TNT ou 1.015 cal; uma só dessas terríveis bombas destruiria 
uma grande cidade). Isso seria suficiente para ejetar no espaço uma grande quantidade de detritos e 
gerar calor suficiente para fundir a maior parte do que restou da Terra. Muitos cientistas agora 
pensam que tal cataclismo de fato ocorreu durante os estágios tardios de acrescimento da Terra. O 
grande impacto criou uma chuva de detritos tanto da Terra como do corpo impactante, que se 
propalou para o espaço. A Lua agregou-se a partir desses detritos (Figura 1.5). A Terra teria se 
reconstituído como um corpo em grande parte fundido. Esse monumental impacto acelerou a 
velocidade de rotação da Terra e mudou seu eixo rotacional, golpeando-o da posição vertical em 
relação ao plano orbital da Terra para sua atual inclina- ção de 23o. 3 Tudo isso há cerca de 4,5 
bilhões de anos, entre o início do período de acrescimento da Terra (4,56 bilhões de anos) e a idade 
das rochas mais antigas da Lua (4,47 bilhões de anos) trazidas pelos astronautas da Apollo. Além do 
impacto colossal, uma outra força de calor teria causado a fusão nos primórdios da história da Terra. 
Vários elementos (urânio, por exemplo) são radioativos, o que significa que se desintegram 
espontaneamente com a emissão de partículas subatômicas. Como essas partículas são absorvidas 
pela matéria do entorno, sua energia de movimento é transformada em calor. O calor radioativo teria 
contribuído para aquecer e fundir materiais da então jovem Terra. Elementos radioativos, embora 
apenas presentes em pequenas quantidades, tiveram um efeito considerável na evolução da Terra e 
continuam a manter o calor interior. Começa a diferenciação Embora a Terra provavelmente tenha 
iniciado como uma mistura não-segregada de planetesimais e outros remanescentes da nebulosa, 
ela não manteve essa forma durante muito tempo. Uma fusão de grande proporção ocorreu como 
resultado de um gigantesco impacto. Alguns trabalhos sobre esse tema especulam que cerca de 30 a 
65% da Terra fundiram-se, formando uma camada externa de centenas de quilômetros de 
espessura, a qual chamaram de “oceano de lava” (rocha derretida). Da mesma forma, o interior 
aqueceu-se até um estado “leve” (menos denso), no qual seus componentes podiam mover-se de um 
lado para outro. O material pesado mergulhou para o interior para tornar-se o nú- cleo e o material 
mais leve flutuou para a superfície e formou a crosta. A emersão do material mais leve carregou 
consigo calor interno para a superfície, de onde ele poderia irradiar-se para o espaço. Dessa forma, a 
Terra resfriou-se e grande parte dela solidificou-se e foi transformada em um planeta diferenciado ou 
zoneado em três camadas principais: um núcleo central e uma crosta externa separados por um 
manto (Figura 1.6). Um resumo dos períodos de tempo que descrevem a origem da Terra e sua 
evolu- ção num planeta diferenciado é mostrado na Figura 1.12. Núcleo da Terra O ferro, que é mais 
denso que a maioria dos outros elementos, correspondia a cerca de um terço do material do planeta 
primitivo. O ferro e outros elementos pesados, como o níquel, mergulharam para formar o núcleo 
central. Os cientistas consideram que o núcleo, o qual começa numa profundidade de cerca de 2.900 
km, é líquido na parte externa, mas sólido numa região chamada de núcleo central, que se estende 
desde uma profundidade de cerca de 5.200 km até o centro da Terra, a cerca de 6.400 km. O núcleo 
interno é sólido porque a pressão no centro é muito alta para o ferro fundir-se (a temperatura em que 
qualquer material se funde eleva-se com o aumento da pressão). Crosta da Terra Outros materiais 
líquidos e menos densos separaram-se das substâncias geradoras flutuando em direção àsuperfície 
do oceano de magma. Aí resfriaram-se para formar a crosta sólida da Terra, uma fina camada 
externa com cerca de 40 km de espessura. A crosta contém materiais relativamente leves com 
temperaturas de fusão baixas. A maioria desses materiais, que facilmente se fundem, é composta de 
elementos de silício, alumínio, ferro, cálcio, magnésio, sódio e potássio combinados com oxigênio. 
Todos eles, com exceção do ferro, estão entre os elementos sólidos mais leves. (O Capítulo 3 
discutirá os elementos químicos e os compostos que eles formam.) Recentemente, no oeste da 
Austrália, um fragmento do mineral zircão foi datado com a idade de 4,3 a 4,4 bilhões de anos, 
constituindo-se no mais antigo material terrestre já descoberto. Análises químicas indicam que ele foi 
formado próximo à superfície, na presença de água, sob condições relativamente frias. Se essa 
descoberta for confirmada por dados e experimentosadicionais, podemos concluir que a Terra pode 
ter resfriado o suficiente para formar uma crosta somente 100 milhões de anos depois de ter se 
reconstituído do gigantesco impacto. Manto da Terra Entre o núcleo e a crosta encontra-se o manto, 
uma região que forma a maior parte da Terra sólida. O manto é o material deixado na zona 
intermediária depois que grande quantidade da matéria pesada afundou e a matéria mais leve 
emergiu. O manto abrange profundidades que vão desde 40 até 2.900 km. Ele consiste em rochas 
com densidade intermediária, em sua maioria compostos de oxigênio com magnésio, ferro e silício. 
Existem mais de cem elementos, mas as análises químicas das rochas indicam que apenas oito 
constituem 99% da massa da Terra (Figura 1.7). De fato, cerca de 90% da Terra consistem em 
apenas quatro elementos: ferro, oxigênio, silício e magnésio. Quando comparamos a abundância 
relativa dos elementos constituintes da crosta com sua abundância em relação a toda a Terra, 
podemos constatar que o ferro soma 35% da massa desta. Devido à diferenciação, entretanto, há 
pouco ferro na crosta, onde os elementos leves predominam. Como se pode ver na Figura 1.7, as 
rochas crustais sobre as quais estamos são constituídas por quase 50% de oxigênio. 
 
-A formação dos continentes, dos oceanos e da atmosfera da Terra 
 
A fusão primitiva promoveu a formação da crosta da Terra e, fortuitamente, dos continentes. Ela fez 
com que os materiais mais leves se concentrassem nas camadas externas e permitiu que pelo 
menos os gases mais leves escapassem do interior. Esses gases formaram grande parte da 
atmosfera e dos oceanos. Até hoje, remanescentes retidos da nebulosa solar original continuam a 
ser emitidos como gases primitivos em erupções vulcânicas. Continentes A feição mais visível da 
crosta da Terra são os continentes. O crescimento dos continentes começou logo após a 
diferenciação e continuou ao longo do tempo geológico. Tem-se, quando muito, apenas uma noção 
geral do que levou à sua formação. Imaginamos que o magma partiu do interior derretido da Terra e 
ascendeu à superfície, onde esfriou e se solidificou para formar a crosta rochosa. Essa crosta 
primitiva fundiu-se e solidificou-se repetidamente, fazendo com que os materiais mais leves se 
separassem dos mais pesados e ascendessem ao topo, para formar os núcleos primitivos dos 
continentes. A água da chuva e outros constituintes da atmosfera erodiram as rochas, levando-as a 
decomporem-se e desintegrarem-se. Água, vento e gelo desprenderam, então, os detritos rochosos e 
moveram-nos para lugares de deposição mais baixos. Aí se acumularam em camadas espessas, 
formando praias, deltas e os assoalhos dos mares adjacentes. A repetição desse processo durante 
muitos ciclos estruturou os continentes. Oceanos e a atmosfera Alguns geólogos pensam que a 
maior parte do ar e da água da Terra atual vieram de fora do sistema solar por meio de materiais 
ricos em voláteis que impactaram o planeta depois que ele foi formado. Por exemplo, os cometas que 
vemos são compostos predominantemente de gelo mais dióxido de carbono e outros gases 
congelados. Incontáveis cometas podem ter bombardeado a Terra nos primórdios de sua história, 
fornecendo água e gases que, subseqüentemente, deram origem aos oceanos e à atmosfera 
primitivos. Muitos outros geólogos acreditam que os oceanos e a atmosfera podem ter sua origem 
rastreada no “nascimento úmido” da própria Terra. De acordo com essa hipótese, os planetesimais 
que se agregaram para formar nosso planeta tinham gelo, água e outros voláteis. Originalmente, a 
água estava aprisionada (quimicamente ligada como oxigênio e hidrogênio) em certos minerais 
trazidos pela agregação dos planetesimais. De forma similar, nitrogênio e carbono também estavam 
quimicamente ligados nos minerais. Quando a Terra se aqueceu e seus materiais fundiramse 
parcialmente, o vapor d’água e outros gases foram liberados e levados para a superfície pelos 
magmas, sendo lançados na atmosfera pela atividade vulcânica. Os gases emitidos pelos vulcões há 
cerca de 4 bilhões de anos consistiam, provavelmente, nas mesmas substâncias que são expelidas 
dos vulcões atuais (embora não necessariamente na mesma quantidade relativa): fundamentalmente 
hidrogênio, dióxido de carbono, nitrogênio, vapor d’água e alguns outros gases (Figura 1.8). Quase 
todo o hidrogênio escapou para o espaço exterior, enquanto os gases pesados envolveram o 
planeta. Essa atmosfera primitiva era destituída de oxigênio, elemento que constitui 21% da 
atmosfera atual. O oxigênio não fazia parte da atmosfera até que organismos fotossintéticos 
evoluíssem, como será descrito posteriormente neste capítulo. 
 
-A Terra como um sistema de componentes interativos 
Embora a Terra tenha se esfriado desde seu início ardente, ela continua um planeta inquieto, 
mudando continuamente por meio de atividades geológicas, tais como terremotos, vulcões e glacia- 
ções. Essas atividades são governadas por dois mecanismos térmicos: um interno e o outro externo. 
Mecanismos de tal tipo – como, por exemplo, o motor a gasolina de um automóvel – transformam 
calor em movimento mecânico ou trabalho. O mecanismo interno da Terra é governado pela energia 
térmica aprisionada durante a origem cataclísmica do planeta e gerada pela radioatividade em seus 
níveis mais profundos. O calor interior controla os movimentos no manto e no núcleo, suprindo 
energia para fundir rochas, mover continentes e soerguer montanhas. O mecanismo externo da Terra 
é controlado pela energia solar – calor da superfície terrestre proveniente do Sol. O calor do Sol 
energiza a atmosfera e os oceanos e é responsável pelo nosso clima e tempo. Chuva, vento e gelo 
erodem montanhas e modelam a paisagem e, por sua vez, a forma da superfície muda o clima. 
Todas as partes do nosso planeta e todas suas interações, tomadas juntas, constituem o sistema 
Terra. Embora os cientistas da Terra pensem já há algum tempo em termos de sistemas naturais, foi 
apenas nas últimas décadas do século XX que eles dispuseram de equipamentos adequados para 
investigar como o sistema Terra realmente funciona. Dentre os principais avanços, estão as redes de 
instrumentos e satélites orbitantes de coleta de informações do sistema Terra numa escala global e o 
uso de computadores eletrônicos com potência suficiente para calcular a massa e a energia 
transferidas dentro do sistema. Os principais componentes do sistema Terra estão descritos no 
Quadro 1.2 e representados na Figura panorâmica 1.10. Já discorremos sobre alguns deles e 
definiremos os outros a seguir. Dedicaremos nossa atenção às diversas facetas do sistema Terra nos 
capítulos posteriores. Vamos agora começar a pensar sobre algumas de suas feições básicas. A 
Terra é um sistema aberto, no sentido de que troca massa e energia com o restante do cosmos. A 
energia radiante do Sol energiza o intemperismo e a erosão da superfície terrestre, bem como o 
crescimentodas plantas, as quais servem de alimento a muitos outros seres vivos. Nosso clima é 
controlado pelo balanço entre a energia solar que chega até o sistema Terra e a energia que o 
planeta irradia de volta para o espaço. As transferências de massa entre a Terra e o espaço 
decresceram marcadamente depois do período de Bombardeamento Pesado, mas ainda 
desempenham um papel ativo no sistema Terra – é só perguntar aos dinossauros! Embora 
pensemos a Terra como sendo um único sistema, é um desafio estudá-la por inteiro de uma só vez. 
Ao invés disso, se enfocarmos nossa atenção em partes do sistema, estaremos avançando no seu 
entendimento. Por exemplo, nas discussões sobre mudanças climáticas recentes, consideraremos 
primeiramente as interações entre atmosfera, hidrosfera e biosfera, as quais são controladas pela 
energia solar. Nossa abordagem sobre a formação dos continentes enfocará as interações entre a 
crosta e as porções mais profundas do manto, que são controladas pela energia interna da Terra. Os 
subsistemas específicos que encerram elementos característicos da dinâmica terrestre são 
chamados de geossistemas. 10 O sistema Terra pode ser pensado como uma coleção desses 
geossistemas abertos e interativos (e freqüentemente se sobrepondo). Nesta seção, apresentaremos 
dois geossistemas importantes que operam numa escala global: o sistema do clima e o sistema das 
placas tectônicas. O terceiro sistema global é o do geodínamo, o qual é responsável pelo campo 
magnético terrestre, que trata de uma parte importante do funcionamento da Terra como planeta e 
também se constitui em um instrumento-chave para explorar as camadas internas. O geodínamo 
será discutido no Capítulo 21. A sua importância para a compreensão das placas tectônicas é 
discutida no Capítulo 2. Posteriormente, ainda, teremos ocasião de discorrer sobre diversos 
geossistemas menores. Aqui estão três exemplos: vulcões que expelem lava quente (Capítulo 6), 
sistemas hidrológicos que nos proporcionam água para consumo (Capítulo 13) e reservatórios de 
petróleo que fornecem óleo e gás (Capítulo 22). 
 
 
 
O sistema das placas tectônicas Alguns dos mais dramáticos eventos geológicos do planeta – 
erupções vulcânicas e terremotos, por exemplo – também resultam de interações dentro do sistema 
Terra. Esses fenômenos são controlados pelo calor interno do globo, que escapa por meio da 
circulação de material no manto sólido, em um processo conhecido como convecção. Vimos que a 
Terra é quimicamente zoneada: sua crosta, manto e núcleo são camadas quimicamente distintas que 
se segregaram durante a diferenciação primordial. A Terra é também zoneada pela reologia, ou seja, 
pelos diferentes comportamentos materiais que apresenta ao resistir à deformação. Por sua vez, a 
deformação do material depende da composição química (tijolos são frágeis; barras de sabão, 
dúcteis) e da temperatura (cera fria é frágil; cera quente, dúctil). De certa forma, a parte externa da 
Terra sólida comporta-se como uma bola de cera quente. O resfriamento da superfície torna frágil a 
casca mais externa ou litosfera (do grego lithos, “pedra”), a qual envolve uma quente e dúctil 
astenosfera (do grego asthenes, “fraqueza”). A litosfera inclui a crosta e o topo do manto até uma 
profundidade média de cerca de 100 km. Quando submetida a uma força, a litosfera tende a se 
comportar como uma casca rígida e frágil, enquanto a astenosfera sotoposta flui como um sólido 
moldável ou dúctil. De acordo com a notável teoria da tectônica de placas, a litosfera não é uma 
casca contínua; ela é quebrada em cerca de 12 grandes “placas” que se movem sobre a superfície 
terrestre com taxas de alguns centímetros por ano. Cada placa atua como uma unidade rígida 
distinta que se move sobre a astenosfera, a qual também está em movimento. Ao formar uma placa, 
a litosfera pode ter uma espessura de apenas alguns quilômetros nas áreas com atividade vulcânica 
e, talvez, de até 200 km ou mais nas regiões mais antigas e frias dos continentes. A descoberta das 
placas tectônicas na década de 1960 forneceu aos cientistas a primeira teoria unificada para explicar 
a distribui- ção mundial dos terremotos e dos vulcões, a deriva dos continentes, o soerguimento de 
montanhas e muitos outros fenômenos geológicos. O Capítulo 2 será destinado a descrever 
detalhadamente a tectônica de placas. Por que as placas se movem na superfície terrestre ao invés 
de se fixarem completamente numa casca rígida? As forças que empurram e arrastam as placas ao 
redor da superfície originamse do motor térmico do manto sólido da Terra, o qual causa convecção. 
Em termos gerais, a convecção é um mecanismo de transferência de energia e de massa no qual o 
material aquecido ascende e o resfriado afunda. Tendemos a pensar a convec- ção como um 
processo envolvendo fluidos e gases – como acontece nas correntes de circulação de água fervendo 
num pote, na fumaça ascendendo de uma chaminé ou no ar aquecido que sobe para o teto enquanto 
o frio desce para o chão –, mas ela também pode ocorrer em sólidos que estão em temperaturas 
suficientemente altas, tornando-os frágeis e dúcteis. Observamos que o fluxo dos sólidos dúcteis é 
comumente mais lento que o dos fluidos, pois mesmo os sólidos “frágeis” (como a cera ou o 
caramelo) são mais resistentes à deformação que os fluidos comuns (como a água ou o mercúrio). A 
convecção pode ocorrer em qualquer material que flui, seja um fluido ou um sólido dúctil, quando é 
aquecido na base e resfriado no topo. A matéria quente da base sobe sob a força do empuxo, pois se 
tornou menos densa que a matéria que está sobre ela no topo. Quando alcança a superfície, ela 
perde calor e esfria, a partir do que se move lateralmente e se torna mais densa. No momento em 
que adquire mais densidade que o material subjacente, ela afunda pela atração da gravidade, como 
ilustrado na Figura 1.11. A circulação continuará durante o tempo necessário para que o calor 
existente no interior seja transferido para a superfície fria. O movimento das placas é a manifestação 
superficial da convecção do manto e nos referimos a todo esse sistema como o sistema das placas 
tectônicas. Controlado pelo calor interno da Terra, o material quente do manto sobe onde as placas 
se separam, e então começa a endurecer a litosfera. À medida que se move para longe desse limite 
divergente, a litosfera esfria e torna-se mais rígida. Porém, ela pode eventualmente afundar na 
astenosfera e arrastar material de volta para o manto, nos bordos onde as placas convergem (Figura 
1.11b). Assim como no sistema do clima (que envolve uma ampla variedade de processos 
convectivos na atmosfera e nos oceanos), os cientistas estudam as placas tectônicas usando 
simulações computadorizadas para representar o que pensam ser os mais importantes componentes 
e interações. Eles revisam os modelos cujas implicações estão em desacordo com os dados reais. 
 
RESUMOComo se originou o nosso sistema solar? O Sol e sua família de planetas provavelmente se 
formaram quando uma nuvem primordial de gás e poeira cósmica se condensou há cerca de 4,5 
bilhões de anos. Os planetas variam sua composição química de acordo com sua distância do Sol e 
com o seu tamanho. 
 
Como a Terra se formou e evoluiu através do tempo? A Terra provavelmente aumentou por 
acrescimento de matéria colidente. Logo depois de formada, ela foi impactada por um bólido 
gigantesco. A matéria ejetada para o espaço, tanto da Terra como do bólido, agregou-se para formar 
a Lua. O impacto fundiu grande parte da Terra. A radioatividade também contribuiu para o 
aquecimento e a fusão inicial. A matéria mais pesada, rica em ferro, afundou para o centro da Terra e 
a matéria mais leve ascendeu para formar as camadas mais externas, que constituíram a crosta e os 
continentes. O escape de gases contribuiu para a formação dos oceanos e da atmosfera primitiva. 
Dessa forma, a Terra foi transformada em um planeta diferenciado, com distintas zonas químicas: um 
núcleo de ferro; um manto predominantemente de magnésio, ferro, silício e oxigênio; e uma crosta 
rica em elementos leves como oxigênio, silício, alumínio, cálcio, potássio e sódio e em elementos 
radioativos. 
 
Quais são os elementos básicos da tectônica de placas? A litosfera não é uma casca contínua; ela é 
fragmentada em cerca de 12 grandes “placas”. Governadas pela convecção do manto, as placas 
movem-se ao longo da superfície da Terra com taxas de alguns centímetros por ano. Cada placa 
atua como uma unidade rígida distinta, arrastando-se sobre a astenosfera, a qual também está em 
movimento. O material quente que ascende do manto solidifica-se onde as placas da litosfera se 
separam. A partir disso, esfria e torna-se mais rígido à medida que se afasta desse limite divergente. 
Por fim, a placa afunda na astenosfera, arrastando material de volta para o manto, nos bordos onde 
as placas convergem. 
 
Como fazemos para estudar a Terra como um sistema de componentes interativos? Quando 
tentamos entender um sistema complexo como a Terra, freqüentemente consideramos que é mais 
simples fragmentá-lo em vários subsistemas (geossistemas) para analisar como trabalham e 
interagem uns com os outros. Dois dos principais sistemas globais são o climático, que envolve 
interações controladas pelo calor do Sol, principalmente entre a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera, 
e o sistema das placas tectônicas, que envolve interações predominantemente entre os componentes 
sólidos da Terra (litosfera, astenosfera e todo o manto), controladas pelo calor interno do planeta. 
 
Quais são os principais eventos da história da Terra? A Terra formou-se como planeta há 4,5 bilhões 
de anos. Rochas com até 4 bilhões de anos foram preservadas na sua crosta. A evidência mais 
antiga de vida foi encontrada em rochas com idade de cerca de 3,5 bilhões de anos. Há cerca de 2,5 
bilhões de anos, a quantidade de oxigênio na atmosfera aumentou devido à fotossíntese dos 
vegetais primitivos. Os animais apareceram repentinamente há cerca de 600 milhões de anos, 
diversificando-se rapidamente numa grande explosão evolutiva. A subseqüente evolução da vida foi 
marcada por uma série de extinções em massa, a última delas causada pelo impacto de um grande 
bólido há 65 milhões de anos, o qual aniquilou os dinossauros. Nossa espécie apareceu há cerca de 
40 mil anos. 
 
O que são os minerais? Os minerais - constituintes básicos das rochas - são sólidos inorgânicos, de 
ocorrência natural, com estruturas cristalinas específicas e composições químicas fixas ou variáveis 
dentro de certos limites. Um mineral é cons- 
tituído de átomos, que são pequenas unidades de matéria que se combinam por meio de reações 
químicas. Um átomo é composto de um núcleo de pró tons e nêutrons, circundado por elétrons. O 
número atômico de um elemento é o número de prótons em seu núcleo e sua massa atômica é a 
soma das massas de seus pró tons e nêutrons. 
 
Como os átomos se combinam para formar as estruturas cristalinas dos minerais? As substâncias 
químicas reagem entre si para formar compostos, perdendo ou ganhando elétrons para se tomarem 
íons, ou por meio de compartilhamento de elétrons. Os íons em um composto químico são mantidos 
juntos por ligações iônicas, que se formam pela atração eletrostática entre íons positivos (cátions) e 
negativos (ânions). Os átomos que compartilham elétrons para formar um composto mantêmse 
juntos por meio de ligações covalentes. Quando um mineral cristaliza, os átomos ou íons agrupam-se 
em proporções adequadas para formar uma estrutura cristalina, que é um arranjo tridimensional 
ordenado no qual a configuração básica repetese em todas as direções. 
 
Quais são os principais minerais formadores das rochas? Os silicatos - os mais abundantes minerais 
da crosta terrestre - são estruturas cristalinas formadas por tetraedros de silicato ligados entre si de 
várias formas. Os tetraedros podem ser isolados (olivinas) ou estruturados em cadeias simples 
(piroxênios), duplas (anfibólios), em folhas (micas) ou, ainda, em arranjos tridimensionais 
(feldspatos). Os minerais de carbonato são compostos de íons carbonato ligados a cálcio ou 
magnésio ou ambos. Os óxidos são compostos de oxigênio com elementos metálicos. Os sulfetos e 
sulfatos são compostos de átomos de enxofre em combinação com elementos metálicos. 
 
Quais são as propriedades físicas dos minerais? As propriedade físicas dos minerais, que refletem 
sua composição e esaurura. são: dureza - facilidade com que sua superfície pode ser arranhada; 
clivagem - sua aptidão para se dividir ou quebrar ao longo de superfícies planares; fratura - o modo 
como se quebram ao longo de superfícies irregulares; brilho - o tipo de luz refletida; cor - conferida 
pela luz transmitida ou refletida pelos cristais ou às massas irregulares ou ao seu traço (que é a cor 
do fino pó do mineral); densidade - a massa por unidade de volume; e hábito cristalino - a forma dos 
cristais individuais ou de agregados. 
Tenacidade: é a resistência ao golpe. Traço: cor do pó fino de um mineral em uma superfície de 
porcelana não-vidrada. 
 
-> Isomorfismo 
 
Ocorrência de substâncias minerais com composição química diferente e textura cristalina 
semelhante. 
 
É o caso de um grupo de feldspatos designados por plagiocláses, que são silicatos em que os iões 
sódio e cálcio se podem intersubstituir dado serem muito semelhantes. O mesmo sucede entre os 
iões sílica e alumínio. 
 
-> Polimorfismo 
Ocorrência de substâncias com a mesma composição química e redes cristalinas diferentes. 
 
Como são classificadas as rochas ígneas? Todas as rochas ígneas podem ser divididas em duas 
classes texturais amplas: (1) - rochas cristalinas grossas, que são intrusivas e, portanto, resfriam-se 
lentamente, e (2) as texturas cristalinas finas, que são extrusivas e resfriaram-se rapidamente. Dentro 
de cada uma dessas categorias amplas, as rochassão classificadas, ainda, como félsicas, máficas 
ou intermediárias, com base química dada pelo teor de sílica ou pelo equivalente mineralógico, que 
são as porporções de minerais de cor clara (ou félsicos) e de minerais mais escuros (ou máficos). 
 
Como e onde se formam os magmas? Os magmas formam-se nos locais do manto e da crosta onde 
as temperaturas e pressões são suficientemente altas para produzir, pelo menos, a fusão parcial de 
rochas contendo água. O basalto pode ser parcialmente fundido no manto superior, onde as 
correntes de convecção trazem as rochas quentes para cima, nas dorsais mesoceâaicas. Misturas de 
basalto e de outras rochas ígneas com rochas sedimentares, que contêm quantidades significativas 
de água, têm pontos de fusão mais baixos que as rochas ígneas anidras. Assim, diferentes 
rochas-fonte podem ser fundidas em diferentes temperaturas e, dessa forma, podem afetar as 
composições dos magmas. 
 
Como a diferenciação magmática pode explicar a variedade de rochas ígneas? Se um magma sofreu 
cri talização fracionada porque os cristais foram separados e. portanto. não puderam mais reagir com 
o magma, as rochas finai podem ter maior teor de sílica que os cristais mais máfico . formados nos 
estágios iruciais. A cristalização fracionada pode produzir rochas ígneas máficas nos estágios iniciais 
de cri taliza >ão e de diferenciação, e rochas félsicas nos estágios mais tardios. Mas esse processo 
não pode ser responsável pela abundân ia de granitos. Tampouco a diferenciação magmática dos 
basalto explica a composição e a abundância das rochas ígneas. Diferentes tipos de rochas ígneas 
podem ser produzidos por varia>õe nas composições dos magmas, causadas pela fusão de diferente 
misturas de rochas sedimentares com outras rochas e pela mistura de magmas. 
 
Quais são as formas das rochas ígneas intrusivas? Os grandes corpos ígneos são denominados de 
plútons. Os maiores plútons são os batólitos, espessas massas tabulares com um furui central. Os 
stocks são corpos plutônicos menores. Menos gigantescos que os plútons são as soleiras, que são 
concordantes com suas encaixantes, sendo paralelas a seu acamamento, e os diques, que 
seccionam o acamamento. Veios hidrotermais formam-se onde há abundância de água, no magma 
ou na rocha encaixante vizinha. 
 
Como as rochas ígneas estão relacionadas com a tectônica de placas? Os dois principais locais de 
atividade magmática são as dorsais mesoceânicas, onde os basaltos jorram do manto superior, e as 
zonas de subducção, onde uma série de magmas diferenciados produz tanto rochas extrusivas como 
intrusivas, em arcos vulcânicos de ilhas ou continentais, à medida que a litosfera oceânica em 
processo de subducção move-se em direção à crosta profunda e ao manto superior. 
 
 
 
 
 
 
Diagênese: conjunto de processos físicos e químicos sofridos pelos sedimentos 
após sua deposição, e que resultam em litificação. Ex.: compactação, 
recristalização, dissolução, precipitaçãode minerais, etc. 
 
 
 
 
Regolito (manto de intemperismo): parte superficial da crosta 
terrestre afetada pelo intemperismo; depósito de detritos 
rochosos não consolidados e de espessura variável, que descansa 
 
sobre rocha não-intemperizada. 
 
Solo: é a cobertura mais superficial da crosta terrestre, que contém substâncias 
inorgânicas e orgânicas, tendo sido formada por intemperismo de rochas. Ele 
é o produto do intemperismo, do remanejamento e da organização das 
camadas superiores da crosta terrestre, sob a ação da atmosfera, da hidrosfera 
 
e da bioesfera. 
 
Erosão: Conjunto de processos geológicos que implicam em retirada e 
transporte do material solto (solo e regolito) da superfície do 
terreno, provocando o desgaste do relevo. (Dicionário Livre de 
Geociências). 
 
Sedimentação 
Sedimentação é um processo de separação em que a mistura de dois líquidos ou de um sólido suspenso 
num líquido é deixada em repouso (sedimentação em batch) ou adicionada continuamente em uma 
unidade de sedimentação em contínuo. A fase mais densa, por ação da gravidade deposita-se no fundo 
do recipiente, ou seja, sedimenta. Sedimentologia é a disciplina que estuda as partículas de sedimentos 
derivados da erosão de rochas ou de materiais biológicos que podem ser transportados por um fluido, 
levando em conta os processos hidroclimatológicos, com ênfase à relação ​água-sedimento​, ou outros 
aspéctos geológicos. 
 
Um dos principais motivos de sua importância, na engenharia hidráulica, é devido ao fato dos sedimentos 
serem prejudiciais a projetos e operações de obras hidráulicas, bem como conservação das terras (ver 
solo) e recursos hídricos . 
Um dos pioneiros no estudo da sedimentologia foi o engenheiro hidráulico Hans Albert Einstein, filho do 
famoso físico Albert Einstein. Sua tese foi sobre o estudo dos fenômenos de transporte de materiais 
sólidos (sedimentos) nos rios que resultou num modelo matemático conhecido como Método de Einstein 
para cálculo de transporte sólido nos rios, muito utilizado em Hidrologia e em Sedimentologia , 
posteriormente modificado por outros hidráulicos e hidrólogos, entre os quais o russo Kalinsky e o 
português Veiga da Cunha do LNEC, em Lisboa. 
 
Sobre o relacionamento com o pai, Albert Einstein, ele declarou ao New York Times em 1973: 
"​Provavelmente o único projeto do qual ele desistiu fui eu. Ele tentou me dar conselhos, mas logo 
descobriu que eu era cabeça-dura demais e que ele estava apenas perdendo tempo.​" Um dos conselhos 
do pai foi para que ele desistisse de estudar os fenômenos de transporte sólido nos rios e se dedicasse a 
física quântica, "pois este era assunto menos complicado do que a sedimentologia dos rios" . Alguns 
hidráulicos brasileiros trabalharam com modelos físicos de sedimentologia em Laboratórios de Hidráulica 
Fluvial, entre os quais Díocles Rondon, Jorge Paes Rios e Alfredo Ribeiro da Costa. 
 
No Brasil o estudo dos sedimentos tem grande importância por causa de inteferências antrópicas, como 
por exemplo, mau uso do solo, causando diversos problemas pela erosão, voçorocas, transporte de 
sedimentos nos rios, depósitos em locais indesejáveis e assoreamento das barragens. A deposição de 
sedimentos em reservatórios é um grande problema no país, pois a maioria da energia consumida vem de 
usinas hidroelétricas. No caso da Usina hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, foi calculado em 400 anos o 
tempo necessário para o assoreamento total do reservatório da barrage. 
 
 
Erosão 
Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo 
vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água 
congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas 
são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água. 
 
A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério em todo o mundo. Devem ser 
adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema. 
 
 
Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena equase inexistente, mas é um processo natural 
sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói 
as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a 
desertificação 
 
Erosão tomando parte de estrada rural 
A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que formam as 
rochas, como por processos naturais da degradação e também de erosão. Uma vez que a rocha é 
quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou 
gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão. 
 
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes 
inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação; se essa camada é retirada, 
esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer 
que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação. 
 
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico em nutrientes e materiais orgânicos, quer 
ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com esses materiais e esse fenômeno 
de enchimento chama-se assoreamento. 
O arrastamento do solo causa no terreno a erosão. 
 
Na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão. 
Análise do efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos: A erosão depende 
fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais acentuado ou não), do 
tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é, sem dúvida, a principal causa para que 
ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a sua quantidade e frequência, mais irá influenciar o 
fenômeno. Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos. 
 
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque a velocidade da água 
escorrendo no solo será diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") que 
agirão como pequenos degraus que evitam a erosão. 
A erosão será diminuída também com as raízes darão sustentação mecânica ao solo; além disso, as 
raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, 
sobrará menos água para correr na superfície. 
 
Outro fator importante é que, se as chuvas são frequentes e o terreno já está saturado de água, a 
tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que cair, correrá pela 
superfície. 
Se o solo é arenoso o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso . 
 Fatores que contribuem 
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo: 
● os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas. 
● o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido 
ao declive do terreno. 
● as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar 
lugar a áreas plantadas. 
● a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de 
absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido 
ao escoamento superficial. 
● muitas pessoas e prédios num lugar com poucas arvores 
 Tipos de erosão 
 Erosão por gravidade 
Erosão por gravidade: Deslize numa montanha, a água debilitou o solo. 
Consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo principalmente devido à força da 
gravidade. 
 Erosão pluvial 
A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. 
Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira ação da 
chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação 
dos torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenômeno 
conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais fino para abaixo da 
superfície, o que provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a 
erosão. 
 
Necessário se faz em separar claramente as ravinas formadas somente por erosão superficial das 
formadas pelo processo de erosão remontante. A ação da erosão pluvial aumenta à medida que mais 
água da chuva se acumula no terreno, isto é, a retirada do solo se dá de cima para baixo. Na erosão 
remontante acontece exatamente o contrário: a retirada do material se dá de baixo para cima, como é o 
caso das boçorocas. Uma ravina de origem pluvial pode progredir em direção a uma boçoroca, mas não 
necessariamente. Da mesma forma podemos ter a progressão de boçorocas independente da erosão 
pluvial, pois esta depende do fluxo subterrâneo e não do fluxo superficial. 
 
Muitos autores e textos didáticos têm erroneamente confundido estes fenômenos. Separá-los, no entanto, 
não é somente uma questão de rigor científico, mas uma necessidade prática, pois as formas de se 
combater um processo erosivo dependerá de que tipo de erosão estamos enfrentando. Muitos processos 
indicados para evitar ou combater erosão pluvial, não funcionam quando se trata de combater erosão 
remontante, principalmente nos casos em que amplas boçorocas já estão instaladas na paisagem. 
 
As principais formas de erosão pluvial são: a) erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela 
superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma 
forma mais amena de erosão, é responsável por grande prejuízo às terras agrícolas e por fornecer grande 
quantidade de sedimento que vai assorear rios, lagos e represas. 
 Erosão eólica 
Erosão eólica, rochas metamórficas nos arredores de Puno 
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em 
mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e 
de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas. 
 Erosão marinha 
O quebrar das ondas causa erosão com o tempo. 
A ​erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam cedendo 
transformando-se em grãos, esse trabalho constante atua sobre o litoral transformando os relevos em 
planície e deve-se praticamente à ação de dois fatores presentes na termodinâmica : calor e frio, 
responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés . 
 
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar 
forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é 
transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral. 
 
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos 
causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até a graves problemas 
ambientais. Para retardarou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, 
sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a 
realimentação de praias. 
Em Portugal, na região de Aveiro, vive-se atualmente uma situação preocupante. A estreita faixa costeira 
que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar para além de várias 
populações serem afectadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afectando todo o 
ecossistema. 
No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de 
areia da praia. 
 Erosão química 
Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, 
água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do 
clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais 
quentes e temperados, a humidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem. 
 Erosão glacial 
As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e 
sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em 
forma de U ou um fiorde, se junto ao mar. 
Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas 
porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e 
sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congela 
novamente no inverno seguinte. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a 
rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e consequentemente, 
levando à formação dos grandes paredões ou fiordes. 
 Consequências da erosão 
 Efeitos poluidores da ação de arraste 
● Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos. 
● Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento. 
● Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante 
para a purificação e oxigenação das águas. 
● Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e 
flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo). 
 Outros danos: 
● Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as 
grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes 
● Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de 
grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes 
tragédias (ver deslizamento de terra). 
As ​bacias sedimentares são um elemento importantíssimo do relevo terrestre, pois constituem a maior 
fonte de informações sobre o passado da ​Terra​, principalmente no que diz respeito aos tipos de fauna e 
flora e constituições do relevo que já existiram na superfície. 
As bacias sedimentares são depressões na superfície que, com o tempo, foram sendo preenchidas por 
sedimentos (substâncias depositadas nestas depressões) de três tipos principais diferentes de acordo 
com a origem: estruturas ou materiais de origem biológica como restos de animais, fragmentos de 
conchas, ossos, recifes de coral (até mesmo inteiros), ou restos de animais; materiais depositados pelo 
efeito da ​erosão de áreas adjacentes à bacia pela ação do vento, água, ​geleiras ou rios; e materiais 
precipitados em corpos d’água dentro da bacia (quando no local da bacia existiu um lago, ou mesmo 
regiões ocupadas pelo mar, por exemplo). Ainda de acordo com a origem dos sedimentos, podemos 
dividir as bacias sedimentares em três tipos: aquelas que são constituídas exclusivamente por 
sedimentos do meio terrestre; as que são constituídas exclusivamente por sedimentos do meio 
marinho; e as que são constituídas por sedimentos de ambos os meios, sendo este último o tipo mais 
comum. 
De acordo com o tipo de material depositado e outras características da bacia sedimentar os estudiosos 
da Estratigrafia (ciência que estuda os estratos – camadas - do relevo) conseguem dizer que tipo de 
relevo existiu naquele determinado local e como ele se formou e modificou ao longo do tempo. A 
Estratigrafia, aliás, é uma das ciências que possibilita aos paleontólogos afirmar sobre a existência de 
espécies diferentes de animais (como os ​dinossauros​, por exemplo), em uma determinada época. 
As bacias sedimentares, assim como a maior parte do relevo terrestre, são áreas que estão em 
constante processo de renovação. Devido ao depósito constante de sedimentos, ou a outros fatores 
tectônicos, elas continuam “afundando” (movimento chamado de “subsidência”) cedendo espaço para 
mais camadas de sedimentos que vão sendo depositados. Só que este movimento é muito lento e não 
pode ser percebido facilmente em um período de tempo curto (a deposição de uma camada significativa 
de sedimentos leva alguns milhares de anos para ocorrer).

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