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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA Departamento de Operações e Projetos Industriais Laboratório de Engenharia Química I Prof. Marco Antonio Gaya de Figueiredo FATOR DE ATRITO EM TUBOS DE SEÇÃO CIRCULAR Relatores: Arianne Aparecida da Silva Charles Rodrigues de Medeiros Débora dos Santos Kézia Lisboa Braga Data: 29/10/2013 4.)PARTE EXPERIMENTAL 4.1.Descrição do Equipamento O sistema experimental, ilustrado pela Figura 1, consiste essencialmente de um reservatório de 100 litros, de uma bomba centrífuga (1/3 HP), de dois tubos de latão de seção circular (Tubo "A" - f=6,3 mm e Tubo "B" - f=7,8 mm) e de dois manômetros diferenciais tipo tubo em "U" confeccionados em vidro (fluidos manométricos: Hg e H2O). Em cada um dos tubos há 3 tomadas de pressão que são numeradas como 1, 2, 3 e 4. As válvulas VA1 ou VB1 podem estar conectadas às tomadas de pressão 1 ou 2, excludentemente, ou seja, quando a válvula estiver conectada a uma das tomadas de pressão, a outra deve necessariamente estar fechada (vedada). O sistema experimental é capaz de realizar medidas diferenciais de pressão entre as tomadas 1-3 e 2-3, cujas distâncias são as seguintes: L1-3 = 91,5 cm L2-3 = 61 cm Na descarga da bomba, a tubulação é dividida, fazendo a água bombeada passar por duas válvulas do tipo gaveta, uma que permite a admissão de água no sistema (Vsistema) passando pelo Tubo "A" ou pelo Tubo "B" e outra ue faz a água retornar ao reservatório (Vreciclo). O sistema experimental apresenta, ainda, 13 válvulas frontais e duas traseiras do tipo esfera (aberta/fechada). Ao manusear as válvulas, deve-se observar se as mesmas estão posicionadas totalmente fechadas ou totalmente abertas (posições estas perpendiculares), nunca em posição intermediária. Figura 3 – Vista frontal do conjunto didático experimental 4.2. Considerações sobre a prática A operação deste equipamento permite determinações da perda de carga e do fator de atrito em tubos de seção circular com diferentes comprimentos (L) e diâmetros internos (D). Para cada tubo, a maior diferença de pressão (DP) corresponderá à situação experimental na qual a válvula Vreciclo esteja posicionada totalmente fechada e a válvula Vsistema posicionada totalmente aberta. Nesta situação, a medida do desnível entre os meniscos do manômetro de Hg (Dh) relativa às tomadas de pressão 1-3 ou 2-3 (conforme o sistema escolhido), corresponderá ao valor máximo de (Dh). Para a obtenção de valores menores de Dh e, portanto, de DP, deve-se diminuir a vazão de água no sistema. Inicie abrindo progressivamente válvula Vreciclo girando-a no sentido anti-horário. Após a abertura total desta válvula, para continuar diminuindo a vazão de operação, inicie o fechamento da válvula Vsistema até Dh que atinja o valor ZERO. OBS: é importante seguir o procedimento de fechar progressivamente a válvula Vsistema somente após a abertura total da válvula Vreciclo de modo a nunca permitir que o sistema opere com ambas as válvulas próximas do fechamento total, o que elevaria a pressão ao valor máximo. 4.3. Operação do equipamento e tomada de dados Para uma correta e segura operação do equipamento, siga as instruções: a) Abrir totalmente as válvulas do tipo gaveta (Vsistema e Vreciclo) girando-as no sentido anti-horário; b) abrir a válvula V1 para equalizar o manômetro e fechar novamente; c) ligar o equipamento posicionando o seletor em liga (L) - para cima; d) inicialmente, escolher o tubo A para proceder às medidas experimentais, mantendo-se a válvula VtuboA aberta e fechando a Vtubo B, VB1, VB2 e VB3; e) medir a vazão mássica de água e deixar abertas as válvulas correspondentes para a medida das diferenças de pressão entre os pontos 1-3 e 2-3; f) repetir o procedimento para diferentes vazões; g) escolher o tubo B para proceder às medidas experimentais, mantendo-se a válvula VtuboB aberta e fechando a VTubo A, VA1, VA2 e VA3 e repetir os itens e) e f); 5.) RESULTADOS Todos os cálculos de fator de atrito que serão aqui apresentados foram estimados sob a consideração de tubo liso, isto é, rugosidade = 0. - Tubo A (Di = 6,3 mm) Tabela 1: Dados experimentais do sistema para o tubo A Nº Vreciclo Vsistema Massa de água(kg) Tempo(s) Temp. (ºC) dh1-3 (cmHg) dh2-3 (cmHg) 1 TT. Aberta T.T Aberta 2,9 32 26 11,2 8,0 2 TT. Fechada T.T Aberta 4,4 26 27 32,0 20,5 3 T.T Aberta T.T Fechada 0 0 26 1,0 1,0 4 T.T Aberta Quase Fechada 2,8 32 26 7,5 4,5 5 T.T Aberta Parcial. Aberta 3,3 39 27 8,0 5,0 Parte I. Determinação teórica do fator de atrito - Número de Reynolds (Equação 14 ) Onde: D = diâmetro do tubo, m μ = viscosidade dinâmica do fluido, N.s/m2 ρ = massa específica do fluido, kg/m³ v = velocidade do fluido, m/s, que pode ser dada por: ( Equação 15 ) E Q= vazão volumétrica, /s, onde Q é dado por: ( Equação 16) Nº Massa da água (kg) Temp.(ºC) Tempo(s) Massa específica, ρ (kg/ Viscosidade dinâmica do fluido, μ (N.s/ Vazão Volumétrica, Q (/s) Velocidade, v (m/s) Nºde Reynolds Descrição 1 2,9 26 32 996,783 8,73 9,09 2,92 20976,25 R. Turbu. 2 4,4 27 26 996,513 8,53 1,70 5,45 40095,78 R. Turbu 3 0 26 0 996,783 8,73 - - - - 4 2,8 26 32 996,783 8,73 8,78 2,81 20255,78 R. Turbu 5 3,3 27 39 996,513 8,53 8,49 2,72 20048,12 R. Turbu Tabela 2: Condições operacionais do sistema para o tubo A, demonstração do cálculo de Re - Equação de S. E. Haaland (1983) (Equação 17) Figura 4: Gráfico do fator de atrito de S.E. Haaland x Re do tubo A - Equação de Swamee e Jain (1976) (Equação 18) Obs.: Equações válidas para o regime turbulento. Parte II. Determinação experimental do fator de atrito - Perda de Carga (lwf) Para o manômetro de Hg, é dado (de acordo com cada trecho) por: ( Equação 19) (Equação 20) Além disso, (Equação 21) onde: f = fator de atrito L = distância entre as tomadas de pressão (comprimento do trecho de tubulação analisado) D = diâmetro interno da tubulação Assim, rearranjando a equação anterior, é possível determinar o fator de atrito experimentalmente da seguinte forma: (Equação 22) Tabela 3: Cálculo da perda de carga e do fator de atrito experimentais do tubo B Nº Perda de carga 1-3 (m) Experimental Fator de atrito, f 1-3 experimental Perda de carga 2-3 (m) Experimental Fator de atrito, f 2-3 experimental 1 13,84820546 0,022365429 9,891575326 0,02396296 2 39,49290298 0,018309458 25,30014097 0,017594245 3 1,236446918 - 1,236446918 - 4 9,273351868 0,016057871 5,54401121 0,014452084 5 9,873225746 0,018376834 6,170766091 0,017228282 Figura 6: Gráfico do fator de atrito experimental x Re para o trecho 1-3 do tubo A Figura 7: Gráfico do fator de atrito experimental x Re para o trecho 2-3 do tubo A - Tubo B (Di = 7,8 mm) Tabela 4: Dados experimentais do sistema para o tubo B Vreciclo Vsistema Massa de água(kg) Tempo(s) Temperatura (ºC) dh1-3(cmHg) dh2-3(cmHg) TT. Aberta T.T Aberta 4,0 28 27 6,5 6,5 TT. Fechada T.T Aberta 6,2 25 27 22,0 13,5 T.T Aberta T.T Fechada 0 0 27 1,0 1,0 T.T Aberta Quase Fechada 4,1 29 28 7,0 4,0 T.T Aberta Parcial. Aberta 3,1 23 28 7,5 4,5 Nº Massa da água (kg) Temp.(ºC) Tempo(s) Massa específica, ρ (kg/ Viscosidade dinâmica do fluido, μ (N.s/ Vazão Volumétrica, Q (/s) Velocidade, v (m/s) Nºde Reynolds Descrição 1 4 27 28 996,513 8,53 1,43 0,30 2773,84 R. Turbu. 2 6,2 27 25 996,513 8,53 2,49 0,52 4745,97 R. Turbu. 3 0 27 0 996,5138,53 - - - -. 4 4,1 28 29 996,243 8,32 1,47 0,31 2872,92 R. Turbu. 5 3,1 28 23 996,243 8,32 1,35 0,28 2644,43 R. Turbu. Tabela 5: Condições operacionais do sistema para o tubo B, demonstração do cálculo de Re Tabela 6: Cálculo da perda de carga e do fator de atrito experimentais do tubo B Nº Perda de carga 1-3 (m) Experimental Fator de atrito, f 1-3 experimental Perda de carga 2-3 (m) Experimental Fator de atrito, f 1-3 experimental 1 8,021945919 1,51964995 8,021935919 2,279460043 2 27,1513708 1,711940151 16,66747443 1,576368956 3 1,234153218 - 1,234153218 - 4 8,623001943 1,529814957 4,927433110 1,311269963 5 9,238937082 2,009136535 5,443362249 1,808222881 Figura 8: Gráfico do fator de atrito de S.E. Haaland x Re do tubo B Figura 10: Gráfico do fator de atrito experimental x Re para o trecho 1-3 do tubo B Figura 10.. Figura 11: Gráfico do fator de atrito experimental x Re para o trecho 2-3 do tubo B 6.) DISCUSSÃO 7.) CONCLUSÕES 8.) BIBLIOGRAFIA 1 - Foust, Alan S. et al. Princípios das Operações Unitárias. Rio de Janeiro, LTC – Livros Técnicos 2 – Bird R. Byron et al. Fenômenos de Transporte.Rio de Janeiro, ed. 2. LTC – Livros Técnicos Científicos. 3 - BERNARDO, S. Manual de irrigação. 5. ed. Viçosa: UFV, 1989. 596p 4 - IGNÁCIO, R.F. Mecânica dos Fluidos para Eng. Química, publicada no sítio: http://www.es cola davida.eng.br ® 23/04/2000 5 - FOX, R.W.; PRITCHARD, P.J.; MCDONALD. A. T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2006 6 - AZEVEDO NETTO, J.M.; FERNANDEZ Y FERNANDEZ, M.; ARAUJO, R. DE; ITO, A.E. Manual de Hidráulica. 8ª ed. 3ª reimpressão. São Paulo: Editora Edgarda Blücher Ltda, 2003. 7 - GOMIDE, R. Operações Unitárias – Volume II – Fluidos na Indústria. São Paulo: R. Gomide, 1993.
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