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Cultivo de Algodão em Boa Vista - RR

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Cultivo do algodão 
Boa vista – RR
Novembro de 2018
Faculdade roraimense de ensino superior – fares
disciplina de grandes culturas
professor: Pedro Henrique
Boa vista – RR
Novembro de 2018
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Cesar augusto
helvécio deeke
Leonardo torres
Letícia angelim
Marcelo Silva
Ronaldo franco
Valdenizio 
Introdução
A cotonicultura está concentrada basicamente em sete países: China, Estados Unidos, Índia, Paquistão, Usbequistão, Brasil e Turquia, os quais respondem por aproximadamente 80% da produção mundial de algodão. 
Atualmente são cultivados no mundo dois tipos diferentes de algodão: o arbóreo a o herbáceo.
O algodão arbóreo é aquele que parece uma árvore mediana, de cultivo permanente. Já a espécie herbácea é um arbusto de cultivo anual. Cerca de 90% das fibras de algodão comercializadas no mundo são provenientes de algodão herbáceo.
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Objetivos 
O seguinte trabalho tem como objetivo apresentar a Ecofisiologia, as necessidades da planta, as exigências climáticas, a forma de cultivo, os tratos culturais, o manejo de pragas e doenças e os cuidados na colheita e pós colheita.
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Fisiologia
Solos de alta fertilidade 
Umidade adequada
Alta luminosidade
Embora o algodão seja conhecido por ter certa resistência a seca, para obtenção de altas produtividades é necessária uma quantidade de água na ordem de 700mm durante todo o ciclo da cultura.
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Morfologia 
A raiz principal situa-se em sua grande maioria nos primeiros 20 cm de profundidade no solo, podendo atingir até 2,5 metros de profundidade. 
O caule é cilíndrico e ereto.
As folhas do algodão são simples e existem três tipos de folhas, as primeiras que surgem após a germinação, os prófilos que são pequenas folhas que surgem na base da gema próxima à axila da folha verdadeira, e as folhas verdadeiras que não possuem bainha.
 A flor é do tipo hermafrodita e simétrica
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Morfologia 
O fruto é em forma de cápsula, apresentando de três a cinco lóculos, cada um com seis a oito sementes. Podem apresentar formato arredondado ou alongado na ponta.
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Fenologia
A fenologia do algodoeiro subdivide-se em duas fases: vegetativa e a reprodutiva.
A fase vegetativa inicia-se com a emergência da plântula e termina com a formação do primeiro ramo frutífero. Esta fase é identificada pela letra “V”. A fase reprodutiva inicia-se com o surgimento do primeiro botão floral e termina quando as fibras no capulho atingem o ponto de maturação para colheita. Esta fase é identificada pela letra “R”.
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Fenologia 
VE – Emergência: Saída da alça do hipocótilo da plântula (gancho), elevando os cotilédones acima do solo.
VC – Afastamento dos cotilédones: Exposição da gema apical vegetativa à radiação solar. Primeira folha enrolada entre os cotilédones.
V1 – Primeiro nó vegetativo: Primeira folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e segunda folha também em forma de coração aberta. Folha aberta significa que os respectivos bordos não se tocam.
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Fenologia 
V2 – Segundo nó vegetativo: Segunda folha cordiforme com 30% a 50% de expansão e primeira folha lobada aberta.
V3 – Terceiro nó vegetativo: Primeira folha lobada com 30% a 50% de expansão e segunda aberta. Os cultivares anuais (algodoeiro herbáceo) associados ao ambiente e ao manejo completam o ciclo natural com 20 a 25 folhas.
VR – Primeiro ramo frutífero: A partir do V5 ou V6 surge o primeiro ramo frutífero com botão floral e folha correspondente fechados. 
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Fenologia
R1 – Primeiro botão floral: Primeiro botão floral (BF) com 5 mm de comprimento, na sequência, surgem botões florais na ordem padrão espiral. 
R2 – Primeira flor: Início do florescimento com abertura da primeira flor, na primeira posição do primeiro ramo frutífero (RF). Plantas com 14 a 16 folhas. O florescimento prossegue seguindo o padrão espiral.
R3 – Crescimento da primeira maçã: Inicio da frutificação. Primeira maçã com 1,0 cm de diâmetro na primeira posição do primeiro ramo frutífero.
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Fenologia
R4 – Primeira maçã visível: Plantas com florescimento pleno fechando o dossel. Maçã visível na primeira posição do primeiro ramo frutífero.
R5 – Primeira maçã cheia: Primeira maçã na primeira posição do 1º RF, iniciando a pigmentação com sementes e fibras imaturas.
R6 – Final do florescimento efetivo e frutificação plena: Fertilização da última flor economicamente viável, isto é, que origine um capulho possível de ser colhido. Flor localizada a partir do 5º nó vegetativo do ponteiro para baixo. Planta com altura final definida, predominando as maçãs.
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Fenologia 
R7 – Primeiro capulho: Final da frutificação e maturidade fisiológica. Primeiro capulho na primeira posição do 1º RF. Acentuada queda de folhas a partir do baixeiro da planta. Maturação das sementes e desidratação das maçãs cheias, consistentes e pigmentadas.
R8 – Maturidade plena: Planta com 2/3 de desfolha contendo 60%a 70% de capulhos. Colheita viável desde que a umidade nas fibras esteja por volta de 12% a 15%.
O ciclo da planta dura certa de 180 dias
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Preparo do Solo
A eliminação dos restos de cultura do algodoeiro deve ser feita o mais cedo possível após a safra para reduzir a incidência de pragas na cultura seguinte. 
A aragem deve ser feita 1 vez se o cultivo do algodão já é feito naquela terra e 2 vezes para solos mais danificados e sem o cultivo de algodão anteriormente.
Quando o terreno é recém desbravado o algodão deve ser precedido, pelo menos de 1 ano por outra cultura, como milho por exemplo.
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Época de plantio
Em Roraima é no período de abril e maio.
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Semeação
O mais importante a ser observado é a calha de plantio, que deve ser superficial, cerca de 5 a 8 cm, nessa profundidade terão as melhores condições de sobrevivência e germinação. 
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Calagem
Deve-se retirar amostras de solo da área de plantio, enviar para laboratório de solos para obtenção de resultados de análise e recomendações para aplicação de corretivos de solo e adubos em geral. Caso haja necessidade de uso de calcário aplicar metade da dose antes da aração e a segunda metade antes da 1ª gradagem.
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Nutrição da Planta
Nitrogênio (N): Aquele que o algodoeiro retira em maior proporção do solo. Promove o desenvolvimento da planta, inclusive na floração, no comprimento/resistência da fibra.
Fósforo (P2O5): Concentra-se nas folhas e frutos principalmente; é responsável por boa polinização, por frutificação, maturação e abertura dos frutos e formação/crescimento de raízes.
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Nutrição da Planta
Potássio (K2O): O potássio participa direta ou indiretamente na fotossíntese e respiração, no transporte de alimentos na planta. Aumenta tamanho das maçãs, peso do capulho e das sementes e promove qualidade das fibras do algodão.
Cálcio (CaO): Bastante exigido pelo algodoeiro; é importante para a utilização do N pela planta, para crescimento e germinação da semente. 
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Nutrição da Planta
Enxofre (S): É requerido continuadamente pelo algodoeiro; é importante para aparecimento/desenvolvimento dos botões florais.
Como micronutrientes importantes destacam-se: boro (para flor, frutos), manganês (folhas do ponteiro), zinco (folhas novas), molibdênio, ferro, cloro, cobre.
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Adubação
O nitrogênio deve ser fornecido ao algodoeiro na ocasião do plantio e fracionado em cobertura até 40 dias após emergência. A planta requer grandemente o fósforo entre 30 e 50 dias, o potássio entre 30 e 50 dias e em torno de 90 dias, o magnésio a partir de 35 dias, o enxofre em torno de 50 dias e 80 dias após a emergência.
A adubação deve seguir as recomendações da análise de solos; ela é feita no plantio e em coberturas.
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Adubação 
Adubação em Cobertura: Dez dias após o desbaste, mais ou menos, faz-se a aplicação de nitrogênio. O adubo deve ficar em um filete contínuo, retirado 20cm da linha de plantas e sobre o solo.
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Clima
Exige umidade no solo para germinação da semente, para o início do desenvolvimento da plantinha e notadamente para o período que vai da formação dos primeiros botões florais ao início da abertura dos frutos.Luminosidade é importante para a planta na maior parte do ciclo. Muito calor + muita luminosidade + regular umidade no solo são imprescindíveis para desenvolvimento e produção do algodoeiro.
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Clima 
Precipitações anuais entre 500mm e 1500mm distribuídas ao longo do ciclo;
A partir de 130 dias deve existir tempo relativamente seco para abertura dos frutos e boa qualidade do algodão. 
A média mensal de temperatura deve estar acima de 20ºC e abaixo de 30ºC (25ºC como um possível ótimo) 
Umidade relativa do ar em 70% 
Insolação em 2:500 horas luz/ano (em torno de 6,5 horas/dia).
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Solos
Devem ser profundos (2m ou acima) 
Porosos
Bem drenados
Textura média
Ricos em elementos minerais
PH entre 5,5 e 6,5. 
O terreno deve apresentar declividade abaixo de 10% e não deve estar acima de 1.500m de altitude.
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Cultivares
Como resultado do programa de melhoramento, a Embrapa já desenvolveu diversas cultivares de algodoeiro para as condições do Cerrado.
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BRS 286
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BRS AROEIRA
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BRS 368 
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Cultivares 
Entre as principais características utilizadas pelo produtor na tomada de decisão para a escolha da cultivar, além do potencial produtivo, percentagem de fibra e adaptação da mesma a sua região, podemos citar os seguintes fatores:
ciclo fenológico;
tecnologia de transgenia;
resistência a doenças e nematoides;
comprimento da fibra.
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O Cultivo
Generalidades: O algodoeiro é extremamente suscetível à ocorrência de ervas daninhas, portanto deve ser mantido limpo. 
Adubação e Calagem: A adubação é extremamente importante para o cultivo de algodão. Outro elemento extremamente importante é a acidez do solo, tendo que ser corrigido sempre que o ph ficar abaixo de 5.
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O cultivo
Rotação de Culturas: Com a rotação de culturas o agricultor visa a fertilidade do solo. É comprovado que continuados cultivos de algodão no mesmo solo acaba prejudicando a produção, por tanto o melhor a se fazer é a rotação entre as culturas e de preferência com as leguminosas.
Obs.: Dados nos mostram o aumento da produção de algodão, quando intercalado com mamona, milho e amendoim.
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O cultivo
Controle de pragas e doenças: É um dos benefícios da rotação de cultura. Apesar das pragas serem difíceis de se controlar por causa da fácil mobilidade dos insetos, algumas podem ser contidas justamente com essa rotação.
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Tratos Culturais
Desbate
O desbate ou raleamento (diminuição do número de plantas no algodoal) deve ser realizado aos 20-30 dias após emergência ou quando as plantinhas atingirem 15-20cm. de altura; Deve deixar 2 plantinhas vigorosas por cova ou 10 plantinhas por metro de linha de plantio. Isto torna o espaçamento 80cm. x 10cm. o que proporciona população de 125 mil plantas por hectare.
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Tratos culturais
Reguladores de Crescimento/Desfolhantes/Maturadores
Recomenda-se a aplicação de reguladores de crescimento quando o algodoeiro, na floração (50 a 70 dias), ultrapassar a 1,0m de altura com 8 a 10 flores abrindo por 10m de linha de fileira.
Os desfolhantes podem ser específicos e devem ser aplicados quando 60 a 70% dos capulhos já estiverem abertos e sua ação dá-se em 8 a 15 dias.
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Tratos culturais
A desfolha apressa a maturação do fruto e abertura dos capulhos o que facilita a colheita, dá-lhe maior rendimento com produto mais limpo e facilita o controle de pragas. 
O dessecante provoca o secamento da folha sem sua queda, o que resulta em produtos colhidos com alto grau de impureza.
Os maturadores devem ser aplicados quando 90% dos capulhos estiverem abertos. O alvo único é o fruto, acelerando sua maturação e abertura
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Sistema de plantio do algodão 
Sistema de plantio convencional 
Arado 
Grade niveladora
Subsolador
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Sistema de plantio do algodão 
Sistema de plantio semidireto
Manejo do plantio convencional
Acréscimo de planta de cobertura 
Algodoeiro semeado na palha 
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Sistema de preparo mínimo 
Menor revolvimento do solo
Manter restos culturais
Escarificador
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Sistema de plantio do algodão 
Sistema de plantio do algodão 
Sistema de plantio direto 
Mobilização mínima do solo
Cobertura permanente 
Plantio direto na palha 
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Irrigação 
No Brasil, é mais comum o algodão sequeiro, porém, a cotonicultura irrigada começa a ganhar espaço, porque além de garantir a estabilidade da produção, ainda possibilita ganhos excepcionais de produtividade, se comparados com os da agricultura de sequeiro. Os sistemas de irrigação mais comuns no Brasil são de pivô central e por aspersão.
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Irrigação 
Irrigação por aspersão
O sistema de aspersão convencional mais usado no Brasil para irrigar o algodoeiro é o sistema semiportátil, este sistema requer menor investimento de capital; contudo, exige mais mão-de-obra, devido às mudanças de tubulação. 
A aspersão via pivô central no cultivo do algodoeiro no Brasil é mais usada por grandes produtores que visam uma maior eficiência no uso da propriedade com redução de mão-de-obra e automação do sistema. 
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Irrigação 
Irrigação por gotejamento
Neste sistema de irrigação a água é conduzida sob pressão por tubos, até ser aplicada ao solo através de emissores diretamente sobre a zona do sistema radicular. A água é aplicada com pequena. Considerando-se as características do sistema, este método permite elevada eficiência na aplicação dos fertilizantes, no controle fitossanitário e no controle das ervas daninhas. 
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Controle de ervas daninhas
A lavoura do algodoeiro não deve sofrer concorrência de ervas daninhas, notadamente nos primeiros 60 dias após a emergência.
O controle cultural de ervas pode ser feito pelo uso de sementes sem impurezas, época certa de plantio, número de plantas por hectare, preparo adequado de solo, rotação de culturas, outros.
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Controle de ervas daninhas
O controle mecânico – capina – é feito manualmente com enxada (homem) ou cultivador (tração animal ou tratorizada), tendo-se o cuidado de não se cultivar a mais de 3cm. de profundidade no solo.
O controle químico – capina química – é feita através de herbicidas. A aplicação do herbicida pode ser feita antes do plantio, antes da emergência e após a emergência do algodoeiro.
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Controle de Pragas e Doenças
A estratégia de controle passa por:
Controle biológico
Controle cultural
Controle químico
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Manejo de Pragas e Doenças
O manejo inclui o conhecimento das pragas, dos seus inimigos naturais e das doenças que prejudicam o desenvolvimento da cultura.
Como técnica indispensável para determinação do momento certo da aplicação do produto químico.
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Pragas 
Broca-da-raiz
O adulto é besouro de cor preta, jovem é uma lagarta branca ou amarelada (até parda). A fêmea adulta coloca ovos ovais branco-amarelados no caule; deles saem lagartas que penetram no caule, abrem galerias em todas as direções, na região entre o caule e a raiz, em geral. Isto provoca murchamento e até morte do algodoeiro
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O controle é feito preventivamente pelo tratamento das sementes com inseticidas. Em caso de infestação aos 20 dias de vida da planta, pulverizar com produtos à base de paratiom metil.
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Pragas 
Bicudo
Adulto é besouro acinzentado ou castanho, a forma jovem é lagarta sem patas, cor branca ou creme que vive dentro de botões e maçãs e lá passa a pupa (creme ou branca) donde surge o adulto. A fêmea adulta deposita ovos esféricos, branco-amarelados, dentro dos botões florais ou em maçãs pequenas, onde as lagartas se alimentam.
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Após o ataque os botões tornam-se amarelos, as brácteas (folhas modificadas) abrem-se e os botões caem no solo; há destruição da fibra e das sementes nas maçãs atacadas.
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Pragas
As medidas de controle preconizadas são: Destruição de restos culturais do algodoeiro, catação de botões florais atacados e caídos ao solo, plantio uniforme e plantio-isca. 
Em parte, o bicudo pode ser controlado por inimigos naturais – como a formiga preta grande – e por aplicação de agroquímicos inseticidas
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Lagarta-da-maçã
Adulto é mariposa de cor verde pálido a amareladacom 3 listras cor castanha distribuídas nas asas e tem hábitos noturnos. O jovem é lagarta verde com pontuações no corpo e quando madura a larva pode tomar cor avermelhada.
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Pragas 
A fêmea adulta põe ovos nos ponteiros da planta (preferencialmente) e também em brácteas dos botões florais e em folhas laterais novas. As lagartas podem ser encontradas nos botões florais, nos ponteiros e em maçãs pequenas e grandes.
A lagarta perfura botões florais e maçãs e alimenta-se da parte interna; ela pode penetrar parcial ou totalmente
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Doenças 
Murcha-de-fusarium
É causada por fungo. O patógeno localizado no sistema vascular da planta atinge a casca do caule, indo até o pedúnculo da maçã, penetrando no seu interior e infectando as sementes. Essa doença, além de causar queda acentuada na produção, pode afetar a qualidade ou características tecnológicas da fibra como comprimento, uniformidade, finura, resistência, além do peso de 100 sementes e do capulho.
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Observam-se o amarelecimento e escurecimento das folhas cotiledonares a partir das bordas. Estas folhas secam e morrem, causando a murcha propriamente dita e a morte da plântula. Em geral, as plantas infectadas com a murcha-de-fusarium apresentam um desenvolvimento mais lento, ficando com a altura reduzida, as folhas menores e os capulhos apresentando menor tamanho e peso. 
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Doenças 
Medidas de controle: A principal medida de controle a ser adotada para essa doença é o uso de cultivares resistentes, a utilização de sementes livres do patógeno, aconselha-se a utilização de práticas culturais, como a rotação de culturas. É importante a realização de uma adubação potássica equilibrada, pois esta medida pode reduzir a quantidade de inóculo do fungo no solo.
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Doenças 
Mancha-angular
A mancha-angular é causada por bactéria. Os sintomas provocados ocorrem nas folhas, na forma de lesões angulosas de coloração parda e necrosada. Com o tempo, poderá ocorrer lesões e rasgadura do limbo foliar. 
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Doenças 
Podem ser observadas frequentemente lesões de coloração parda ao longo das nervuras principais. Nas maçãs, os sintomas apresentam-se na forma de manchas arredondadas e irregulares, geralmente deprimidas no centro, de coloração parda. 
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Doenças 
Medidas de Controle: A disseminação da bactéria é feita principalmente pelo vento, água, insetos, animais, homens e sementes. Para prevenir sua disseminação e a ocorrência da doença, o controle deve ser feito por meio do uso de sementes livres do patógeno e de cultivares resistentes. O emprego do controle químico por meio da utilização de compostos à base de cobre tem sido utilizado para o controle da mancha-angular.
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Doença-Azul 
A Doença-Azul é causada por um vírus. O vírus é transmitido pelo pulgão. Os sintomas da doença-azul caracterizam-se pelo encurtamento dos entrenós, o que acarreta a redução do porte da planta. 
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Doenças 
As folhas das plantas atacadas apresentam uma coloração verde-escura à azulada, com amarelecimento ao longo das nervuras, rugosidade e enrolamento dos bordos.
Controle: recomenda-se o controle químico do pulgão, a eliminação das plantas doentes e de hospedeiros alternativos, como a trapoeraba e Malva parviflora L. 
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Colheita
Fatores que influem na colheita: Um dos fatores determinantes é o clima. A colheita deve ser feita em tempo seco. 
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Colheita 
Recomendações: 
Iniciar a colheita quando mais da metade dos capulhos estiver aberta.
Colher o algodão quando estiver seco. 
Não colher carimãs, capulho de algodão mal aberto, seja qual for a razão.
O algodão do baixeiro deve ser colhido separadamente do algodão do meio e dos ponteiros, pois geralmente é mais sujo e uma mistura entre todos, pode causar depreciação da lavoura.
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Cuidados Pós Colheita
A umidade do algodão não deve ultrapassar 10%, pois senão ocorre grande possibilidade de fermentação e o produto será desqualificado por isso. O algodão após a colheita deve, então, ficar exposto ao sol, em cima de oleados ou panos para não sujarem, mas a super-exposição ao sol não é recomendada pois prejudica o produto no seu beneficiamento.
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Cuidados Pós Colheita
O Processo
O caroço e transportado até as indústrias. 
 Retira-se o línter, que protege o caroço e retém a água, agindo como isolante.
A armazenagem tem que ser feita com alguns cuidados:
Evitar umidade acima de 13% (sendo 13% o teto permitido)
Evitar temperaturas acima de 25ºC.
Depois disso é feita a pré-limpeza pelas máquinas chamadas ”Peneirões Pneumáticos”
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Cuidados Pós Colheita
As impurezas retiradas servem de combustível para as caldeiras. Ao chegar na indústria, os caroços, estão envolvidos por uma fibra chamada línter. Esse caroço passa por uma máquina chamada deslintadeiras.
Após a retirada do línter, o caroço tem aproximadamente 5% de lã. O caroço segue então para as máquinas decorticadoras que irão descascar os caroços, separando a casca de baixo teor de óleo. 
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Cuidados Pós Colheita
As cascas livres de fibras são aproveitadas no balanceamento da proteína do farelo ou então como combustível para as caldeiras. 
As amêndoas são levadas para o processamento que consiste em cozimento, trituradores e laminação. Após esse processo vem a prensagem de onde retiramos o óleo.
A extração do óleo pelo solvente constitui uma operação de transferência de massa com contato sólido-líquido.
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Cuidados Pós Colheita
O óleo então é utilizado com vários objetivos, mas o principal é para a culinária e também é utilizado em indústrias para a fabricação de margarinas. Atualmente é o 3º óleo mais produzido no mundo e é um dos poucos óleos reconhecidos e aceitados no mercado por seu reduzido teor de gordura saturada. O óleo de algodão também é rico em vitaminas, especialmente em vitamina E, ativada e também contribui para conservação dos alimentos que ficam longo período nas prateleiras
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Comercialização 
As exportações de algodão do Brasil atingiram 79,1 mil toneladas em janeiro, alta de 152,7% em relação às 31,3 mil toneladas embarcadas em igual mês de 2017. Em receita, o País faturou US$ 130,3 milhões com os embarques da pluma em janeiro, montante 166% superior ao total de US$ 49 milhões registrado um ano antes. 
O preço médio da tonelada de algodão exportada em janeiro foi de US$ 1.646,50, ante US$ 1.634,90 no mês anterior e US$ 1.563,90 em igual período de 2017.
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Algodão em Roraima 
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Algodão em Roraima 
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Cultivo do algodão 
Boa vista – RR
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