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CULTURA DO FEIJÃO

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CULTURA DO FEIJÃO
Seminário de Produção vegetal II
17/05/2021
1
Importância econômica;
CULTIVADO MAIS 100 PAÍSES;
47% PRODUÇÃO NAS AMÉRICAS;
 PRESENTE NA CULINÁRIA 27 ESTADOS BRASILEIROS;
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Mesmo sendo uma cultura considerada de subsistência e produção familiar, os agricultores técnificados que dispõem de maior quantidade de terras, maquinários e investimentos aplicados no cultivo, tornam a produção desta leguminosa mais promissora.
Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um dos produtos agrícolas de maior importância econômico-social, devido principalmente à mão-de-obra empregada durante o ciclo da cultura.
 No Brasil, um dos principais pilares do agronegócio, alimento altamente nutritivo, sua cadeia também é grande geradora de emprego através de seus fluxos de abastecimento no mercado atacadista.
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Principais países produtores.
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Em 2019; 21,67%
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PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES	
[PORCENTAGEM]
CENTRO-OESTE	SUL	SULDESTE	NORDESTE	NORTE	26	26	24	21	3	
PRODUÇÃO POR REGIÕES/ESTADOS BRASILEIROS
6
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7
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A produção brasileira de feijão em 2020/2021 deve ficar em 3,104 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso representa queda de 3,7% na comparação com a safra anterior, de 3,222 milhões de toneladas.
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	SAFRA 2020/2021 – MARÇO 2021
			
	Safra
	PLANTADA
 
	COLHIDA	TONELADAS
	1ª safra 
	1,555,297 (Ha)
	1,519,095 (Ha)
	 
 1,309,818 (T)
	2ª safra 
	 
 977,040 (Ha)	 948,477 (Ha)	 1,007,288 (T)
	3ª safra 
	 212,444 (Ha)	 212,240 (Ha)	 
 570,589 (T)
	Fonte; IBGE – Levantamento sistemático da produção agrícola.			
• O cultivo superprecoce de feijão é a mais importante inovação do
melhoramento genético dessa cultura no Brasil.
• Dois anos depois do lançamento da primeira variedade superprecoce
desenvolvida no País pela Embrapa Arroz e Feijão (GO) a BRS FC104,
produtores começaram a anunciar bons resultados de produtividade (média
de 3.792 kg/ha) em um ciclo de 65 dias em vez dos 90 dias do feijão
tradicional.
• Além da boa produtividade, diminuem 30% dos custos de água e
eletricidade, e são grãos mais resistentes às doença do feijoeiro.
PRODUTIVIDADE
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Linha do tempo
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Existem relatos de que em 1568 já havia a indicação da existência de muitos feijões no Brasil e que em 1587 uma grande variedade de feijões e favas era cultivada na Bahia.
O cultivo do feijão é bastante antigo. Há referências a ele na Grécia antiga e no Império romano, onde feijões eram utilizados para votar (um feijão branco significava sim, e um feijão preto significava não).
O feijão teria surgido na América do Sul, porém existem registros históricos de plantio e consumo de feijão que datam há pelo menos 9 mil anos a.C.
O feijão foi introduzido na Europa em 1540 e o seu o cultivo, entre outras culturas, livrou a Europa da fome. A expectativa de vida aumentou e a mortalidade infantil decaiu significativamente.
Linha do tempo
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O feijão também faz parte do prato principal da culinária brasileira, a feijoada. Há quem diga que a feijoada começou a ser feita nas senzalas a partir do ano de 1549 com a chegada dos primeiros escravos da África. 
No Brasil, os índios por volta do século XVI chamavam o feijão de “comanda” e comiam com farinha. 
Os portugueses trouxeram receitas e alguns ingredientes como orelha, focinho, rabo e linguiça de porco.
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	ESTÁGIO	DESENVOLVIMENTO
	V0	Germinação
	V1	Emergência 
	V2	Folhas primarias abertas 
	V3	Primeira folha trifoliolada aberta e plana
	V4	Terceira folha trifoliolada aberta e plana
	R5	Primeiro racimo floral nos nós inferiores – pré floração 
	R6	Primeira flor aberta
	R7	Formação de vagem 
	R8	Enchimento de grãos 
	R9	Maturação 
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA:
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA:
V1 – Emergência
Começa com a aparição dos cotilédones até a abertura das folhas primárias (folhas cotiledonares/simples).
O foco de manejo aqui ainda são as pragas que atacam sementes e plântulas e as podridões-radiculares. 
Um bom tratamento de sementes garante que a lavoura passe por esta fase ilesa e saudável. 
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V0 – Germinação
Nesta fase, a lavoura está mais suscetível a pragas como a lagarta-rosca, a larva das sementes, gorgulho-do-solo e larva-alfinete, que atacam diretamente as sementes. 
Nesse estádio, a lavoura é muito sensível ao estresse hídrico, requerendo 1,3 mm de lâmina d’água diariamente em média.
V0
V1
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V2 – Folhas Primárias
Essa fase se inicia com a abertura das folhas primárias e termina com a abertura da primeira folha trifoliolada. 
Aqui começam os cuidados com pragas desfolhadoras e sugadoras/raspadoras, que podem atacar a planta até o final do enchimento de grãos (R8).
Nesta fase, o cuidado deve ser redobrado, pois as plantas apresentam pouca área foliar que, se comprometida, pode prejudicar severamente a produtividade.
O foco aqui deve ser as vaquinhas, que podem atacar os meristemas apicais, além da mosca-branca que, apesar de apresentar dano direto baixo, transmite o vírus do mosaico dourado do feijoeiro.
Deste estádio até V4, a cobertura do solo por palha reduz em até 30% a evapotranspiração da lavoura, reduzindo a demanda por água.
V2
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA:
V4 – TERCEIRA FOLHA COMPOSTA ABERTA; 
Inicia-se com a abertura completa da terceira folha trifoliolada. Esta fase é menor nos feijoeiros de crescimento determinado e maior nos de crescimento indeterminado. 
Aqui começam os ataques de pragas dos caules, como a broca-das-axilas e o bicudo-da-soja. As principais doenças para iniciar o controle de infestação nessa fase são a antracnose, o mosaico-dourado, o mosqueado-suave e a mela.
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V3 – PRIMEIRA FOLHA COMPOSTA ABERTA;
Começa com a abertura da primeira folha trifoliolada (composta) e termina com a abertura da terceira folha.
Da fase V3 a R8, as plantas ficam suscetíveis a ataques de nematoides como o Meloidogyne incognita e javanica, além do famoso P. brachyurus.
V3
V4
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA:
R6- FLORAÇÃO;
Ocorre quando a planta apresenta pelo menos 50% das flores abertas. Nesta fase, pragas da vagem são a maior preocupação.
Nessa época termina o período crítico de prevenção da interferência das plantas daninhas, sendo que, de V4 até aqui (R6), é importante que haja um controle efetivo com herbicidas.
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R5 – Pré-floração;
Começa com o surgimento dos primeiros botões florais. Desta fase até R7 há outro pico de demanda hídrica do feijoeiro.
Os botões florais e as flores são extremamente sensíveis ao clima. Temperaturas maiores que 35℃ e menores que 12℃ podem provocar abortamento das flores.
R5
R6
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA:
R8- ENCHIMENTO DAS VAGENS;
Neste estádio ocorre a murcha das flores e a formação das primeiras vagens, que irão definir o crescimento em comprimento.
Deficiência hídrica nesta fase induz à queda das vagens novas (canivetinhos) e prejudica a formação de grãos nas vagens, podendo representar perdas de até 68% na produtividade. estádios fenológicos de feijão
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R7- FORMAÇÃO DE VAGENS;
Neste estádio ocorre a murcha das flores e a formação das primeiras vagens, que irão definir o crescimento em comprimento.
Deficiência hídrica nesta fase induz à queda das vagens novas (canivetinhos) e prejudica a formação de grãos nas vagens, podendo representar perdas de até 68% na produtividade. 
R7
R8
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R9- MATURAÇÃO;
Nesta fase as vagens já estão secas e adquirem cor e brilho. Aqui é importante se atentar à aparição de carunchos que prejudicam e desvalorizam o produto durante o armazenamento. Um dos grandes inimigos climáticos nesse estádio é a chuva, que pode depreciar a qualidade dos grãos e atrasar a colheita. 
Quando isso ocorre, pode se tornar um problemapara a semeadura da próxima safra. A cultura possui estádios de crescimento variáveis que vai de acordo com o tipo de feijoeiro, divididos de acordo com o seu habito de crescimento que pode ser tipo 1 que são ereto e determinado ou tipo 2, 3 e 4 que são indeterminado. 
Tipo 1:0
Quando entra na fase reprodutiva ele cessa por completo a fase vegetativa.
Tipo 2:
Quando entram na fase reprodutiva, continuarão vegetando e emitindo novas folhas. Os tipos de crescimento indeterminado variam o quanto irão vegetar após a planta entrar na fase reprodutiva, variando assim a duração do ciclo e a uniformidade da produção.
R9
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Variação do ciclo do feijoeiro em diferentes cultivares;
Exigências de clima 
• O feijão é uma planta de clima tropical. Dentre os elementos climáticos que mais influenciam na produção de feijão salientam-se:
• Temperatura: em torno de 25ºC (18º a 30ºC)
• Altas temperaturas tem efeito prejudicial no florescimento e na frutificação,
• Temperaturas baixas reduz o rendimento, provoca abortamento de flores.
.
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Exigências de clima 
• Radiação solar: A planta de feijão pode ser considerada foto neutra, que não depende do fotoperíodo para florescer.
• Déficit Hídrico: mais suscetível à deficiência hídrica durante a floração e o estádio inicial de formação de vagens,
• Período crítico, 15 dias antes da floração
• Entretanto, um período seco, da maturação fisiológica da semente até a colheita, contribui para a obtenção de um produto de boa qualidade.
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Solo
 • De modo geral, a planta do feijoeiro exige:
 • Solos férteis, com bom teor de matéria orgânica.
 • Areno-argilosos, mais ou menos profundos.
 • Se forem muito argilosas e arenosas, a solução será o uso de matéria orgânica semidecomposta.
 
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Solo
• Bem arejados. 
• pH em torno de 6,0 (5,0 a 6,5).
• Sendo muito ácidas, as terras deverão ser corrigidas através da calagem, no mínimo um mês antes do plantio. 
• Recomenda-se não plantar feijão na mesma área durante dois ou mais anos seguidos pois a produção diminui, rapidamente, pela ocorrência de doenças.
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PREPARO DO SOLO
•É importante que o terreno esteja bem preparado para o plantio, para facilitar a germinação das sementes e para que o feijoeiro possa aprofundar as suas raízes, conseguindo aproveitar melhor a água e os nutrientes do solo.
• Aração, para aumentar a porosidade do solo, e deve ser feita a uma profundidade de 25 a 30cm, utilizando preferencialmente arados reversíveis.
• Gradagem, deve-se fazer no máximo duas gradagens, assim como a aração, a gradagem deve ser feita sempre cortando as águas, como medida no controle de erosão.
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Espaçamento e densidade de plantio
 O feijão deve ser semeado de modo a facilitar a realização dos tratos culturais e com espaçamento e densidade de plantio que resultem em alta produtividade. Essa é uma prática cultural de baixo custo, de fácil entendimento e adoção pelos agricultores.
 Em lavouras comerciais para produção de grãos, têm sido recomendados espaçamentos de 40 a 50 cm entre linhas de plantio e densidade de 10 a 15 sementes por metro. Utilizando essa recomendação, espera-se obter uma população entre 200 e 375 mil plantas por hectare, sendo que, de modo geral, procura-se obter 250 mil plantas/ha. Populações maiores implicam maior custo com sementes e populações menores podem resultar em redução da produtividade esperada.
 Em alguns casos, como em áreas infestadas com mofo-branco, doença que tem causado grandes prejuízos aos produtores, tem-se utilizado espaçamentos maiores. Nessa situação, recomenda-se utilizar espaçamento entre linhas de plantio de 50 a 60 cm e, até mesmo, menor densidade de plantio. Essas medidas visam melhorar a circulação de ar entre as plantas e auxiliar no controle da doença.
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Profundidade do plantio
 Em solos argilosos ou úmidos, recomenda-se realizar a semeadura com 3 a 4 cm de profundidade e em solos arenosos, com 5 a 6 cm. A semeadura em maior profundidade contribui para atrasar a emergência das plântulas e deixá-las mais expostas ao ataque de doenças, além de danificar os cotilédones. O adubo de plantio deve ser distribuído ao lado ou abaixo das sementes (3 - 5 cm) para prevenir danos às plântulas e consequente redução no estande (população de plantas).
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Sementes
O uso de sementes testadas pelo produtor adequadas (confiáveis) é fundamental para o sucesso da cultura, uma vez que a maioria das doenças que afetam o feijão comum são transmitidas através das sementes. Portanto, mesmo que as sementes sejam de boa procedência, o tratamento com fungicidas é essencial. Quando os agricultores usam suas próprias sementes, eles devem realizar a coleta / triagem, testes de germinação e tratamento com fungicidas. O número de sementes plantadas em um hectare depende da variedade, espaçamento, número de plantas por metro e da capacidade de germinação das sementes. Portanto, antes do plantio, deve-se fazer um bom planejamento para não chegar no momento do plantio e perda da semente, principalmente se o plantador for alugado e houver contratação de mão de obra.
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 O valor exato da quantidade de sementes pode ser facilmente obtido da seguinte forma:
D xP x10 Q = PGxE , em que: Q = quantidade de sementes, em kg/ha; D = número de plantas por metro; P = massa de 100 sementes, em gramas; PG = poder germinativo, em porcentagem (%); E = espaçamento entre linhas de plantio, em metros (m).
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CALAGEM
O feijão é uma planta sensível à acidez do solo, sendo bem responsivo à calagem, o que está evidente em extensa literatura disponível. Recomenda-se aplicar calcário para elevação do valor de saturação por bases (V) a 70% e do teor de magnésio a um mínimo de 4 mmolc dm-3.
 Em solos muito ácidos, geralmente não se consegue fazer a correção em uma única vez, pois o nível de saturação pretendido não é sempre atingido a curto prazo, já que não se tem reação imediata de todo o calcário. 
Ao mesmo tempo, uma parte das bases aplicadas não é aproveitada porque vai sendo lixiviada. Portanto, é importante monitorar o nível de acidez do solo a fim de se manter o solo com a saturação por bases próxima do ideal, ou seja, pH em CaCl2 próximo de 5,5 e V superior a 50%.
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ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Adubação orgânica indicadas a rotação de culturas e a incorporação de restos vegetais ou, ainda, a adubação verde. A aplicação de estercos, se disponíveis, também é desejável. Se forem aplicados estercos ou compostos, da adubação recomendada deve ser reduzido o conteúdo de nutrientes presentes nesses materiais, considerando-se um fator de aproveitamento de 50% para N e P, e de 80% para K.
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	Cultivares
	Hábito de crescimento	Porte da planta	Floração média	Ciclo	Massa de 100 grãos
	Cultivar Aporé	Indeterminado (entre tipo II e III)
	semiereto	38 dias	84 dias	20,9 g
	Cultivar Pérola	indeterminado (entre os tipos II e III)
	semiereto	46 dias
	90 dias	27 g
	Cultivar Rudá	: indeterminado (entre os tipos II e III)
	semiereto	46 dias
	90 dias	 19,4g
	Cultivar Princesa	: indeterminado – tipo II	 semiereto	32-35 dias	75-80 dias	23 g
	Cultivar BRSMG Talismã		prostrado	35-45 dias	75-85 dias	26,5 g
	Cultivar BRS Requinte	: indeterminado – tipo II	 semiprostrado	42 dias	90 dias	24 g
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PRINCIPAIS TIPOS DE FEIJÃO COMERCIALIZADO NO BRASIL.
Feijão Carioca
Também conhecido como carioquinha, é o mais consumido no Brasil, correspondendo a 85% das vendas.
O grão bege e com listras marrons se popularizou no país a partir da década de 70, se mantendo até hoje. A variedade apresenta sabor agradável e casca fina.
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Feijão Preto
Muito consumido no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, o feijão preto é também apreciado em todo o país como ingrediente da feijoada e da culinária mexicana.
O grão é resistente a períodos de seca e a colheita costuma ser farta. Seu caldo pode ser preto ou de cor amarronzada.
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FeijãoFradinho
 Também é chamado de feijão de corda em algumas regiões, é utilizado para preparar saladas ou pratos especiais.
É um grão que não produz caldo e tem sabor frutado. Na Bahia, por exemplo, é utilizado no preparo do acarajé.
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 Feijão Vermelho
O feijão vermelho é um dos tipos de feijão que é bastante consumido, não é raro encontrá-lo em pratos tipicamente brasileiros, como em sopas, o famoso feijão tropeiro e combinações com carnes, gerando bastante caldo.
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MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
As ervas daninhas podem causar graves danos ao infectar as plantações de leguminosas. Eles competem por água, luz e nutrientes, o que pode causar doenças e dificultar a colheita. Portanto, é necessário garantir que a cultura esteja livre de ervas daninhas durante todo o ciclo.
O período crítico para o controle de plantas daninhas é entre 15 e 30 dias após a emergência da cultura (DAE). A partir do dia 30, devido ao rápido crescimento do feijão, o plantio será encerrado, e a própria lavoura controlará as ervas daninhas (sombras). 
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Os métodos de controle podem ser: prevenção, cultura, maquinários e química, este último é o mais recomendado por ser geralmente mais barato e com maior flexibilidade. Vários herbicidas para o cultivo do feijão foram registrados, e as misturas prontas (Robust) têm sido amplamente utilizadas. Ele contém dois herbicidas: fomesafen (controla as folhas largas) + fluazifop-p-butil (controla as folhas estreitas).
Essa mistura tem uma ampla gama de efeitos, pode efetivamente controlar plantas dicotiledôneas e gramíneas, além de ser seletiva a lavouras. Portanto, apenas um produtor de herbicida resolveu o problema das ervas daninhas. Quando a planta tem dois a três trevos (aproximadamente 25-30 DAE), deve ser aplicado. Se as recomendações não forem atendidas, a aplicação pode causar danos às lavouras.
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Principais doenças da cultura do feijoeiro e seus agentes causadores;
(a) Sintomas em plântula inoculada com antracnose; 
(b) mancha-angular: as lesões são limitadas pelas nervuras, formando ângulos; 
(c) ferrugem;
 (d) mofo branco; 
(e) oídio; 
(f) pulgão, vetor do vírus do mosaico-comum.
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	Fungos da parte aérea
	 
	Antracnose 	Colletotrichum lindemuthianum
	Ferrugem	Uromyces appendiculatus
	Mancha-angular	Pseudocercospora griseola
	Mancha-de-alternária	Alternaria spp.
	Mancha-de-ascoquita	Ascochyta spp
	Oídio	Erysiphe polygoni
	Sarna	C. dematium f. sp truncata
Principais doenças da cultura do feijoeiro e seus agentes causadores.
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	 Fungos de solo	 
	Mela	Thanatephorus cucumeris
	Mofo-branco	Sclerotinia sclerotiorum
	Murcha-de-fusário	F. oxysporum f. sp. phaseoli
	Podridão-cinzenta-do-caule	Macrophomina phaseolina
	Podridão-do-colo	Sclerotium rolfsii
	Podridão-radicular	Rhizoctonia solani
	Podridão-radicular-seca	Fusarium solani f. sp. phaseoli
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	Bactérias	 
	Crestamento-bacteriano-comum	Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli
	Murcha-de-curtobacterium	C. flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
	Vírus	 
	Mosaico-comum	Bean common mosaic virus
	Mosaico-dourado	Bean golden mosaic virus
	Nematoides	 
	Nematoide-das-galhas	Meloidogyne javanica, M. incognita
	Nematoide das lesões	Pratylenchus brachyurus
	Outras doenças	 
	Carvão	Microbotryum phaseoli n. sp.
	Ferrugem-asiática	Phakopsora pachyrhizi
	Fogo-selvagem	Pseudomonas syringae pv. Tabaci
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(a) Adulto de Diabrotica speciosa (vaquinha); 
(b) adulto de Bemisia tabaci (mosca-branca) – imagem ampliada; 
(c) galeria provocada por larva de moscaminadora; 
(d) teia produzida pela lagarta-das-folhas;
 (e) lagarta-das-folhas (lagarta-enroladeira) Omiodes indicata.
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A
B
C
D
E
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Pré colheita 
Dessecação da lavoura;
 Esta operação é recomendada para facilitar a atividade, quando a lavoura apresentar alta infestação de plantas daninhas, maturação desuniforme ou o preço do feijão estiver atrativo e a antecipação da colheita seja vantajosa. 
Para tal será feita a pulverização herbicida Diquate e, deve ser realizado após a lavoura atingir o estádio fenológico R9, ou seja, a maturidade fisiológica, sendo a alteração da cor das vagens e a coloração definitiva de grãos um indicativo desse momento. 
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A colheita
Colheita manual:
 normalmente realizada em pequenas áreas devido ao alto custo de mão-de-obra. Nessa operação, as plantas são arrancadas inteiras quando os grãos apresentarem teor de água em torno de 18%, dispondo-se as plantas no campo, em leiras e com as raízes para cima, até reduzirem o teor de água para 14%. Em seguida, as plantas devem ser recolhidas e levadas para terreiros, dispostas em camada de 30 a 50 cm de altura para serem trilhadas. A trilha pode ser realizada por batedura com varas flexíveis, pela passagem de trator por cima das plantas ou por pisoteio e, em seguida realizada a abanação para separação dos grãos das outras partes vegetais.
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 Colheita semi-mecanizada: 
as plantas devem ser manualmente arrancadas na fase como descrita anteriormente e enleiradas, para completarem a secagem até chegarem ao teor de água ideal para serem trilhadas (~ 16% de umidade). A trilha pode ser feita utilizando trilhadora estacionária, recolhedora-trilhadora acoplada a trator ou por colhedoras automotrizes adaptadas com recolhedores de plantas. Essas máquinas devem ser adequadamente reguladas para evitar perdas de grãos junto com a palha, e não causar danos aos grãos ou sementes quando for o caso. 
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 Colheita mecanizada:
 Pode ser feita em uma ou duas operações.
 Em única operação, ou colheita mecânica direta, sendo as cultivares eretas mais adaptadas a esse tipo de operação. exige-se que a cultivar utilizada possua plantas eretas, já estejam totalmente desfolhadas e com umidade do grão em torno de 15%. Neste caso utiliza-se a colhedora automotriz. com a barra de corte ‘flutuante’ ou com barras flexíveis adaptáveis, minimizando perdas na operação. O ajuste da altura de corte é importante, para evitar o recolhimento de terra junto com as plantas e manter a qualidade dos grãos colhidos. 
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Para duas operações, se utiliza na primeira operação a plataforma ceifadora-enleiradora. Esta etapa deve ser feita com as plantas, ainda com folhas, logo após atingirem a maturidade fisiológica, e somente deve ser utilizada em terrenos bem nivelados e com o deslocamento da máquina, preferencialmente, no sentido contrário ao que se constatar a predominância das plantas acamadas, tendo como resultado leiras de plantas colhidas.
 Dependendo do teor de água das plantas é necessário virar as leiras de plantas com equipamentos próprios, para que elas completem a secagem e facilite o recolhimento. A segunda operação dessa fase é semelhante à descrita anteriormente utilizando recolhedoras-trilhadoras. 
Em qualquer dos métodos de colheita é importante que se determinem as perdas de grãos, o que pode ser feito basicamente por três métodos: o visual, o de quantificação e o do copo medidor. 
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Beneficiamento
Pré-limpeza: para remoção de pedras, terra, torrões e restos vegetais (talos e folhas) remanescentes. Essa operação é feita por máquinas dotadas de peneiras e ventiladores. 
Secagem: pode ser natural ou artificial, até que o teor de água dos grãos atinja porcentagens adequadas para o armazenamento. 
A secagem deve ser realizada de maneira cuidadosa, realizando controle da temperatura, a qual não deve ultrapassar 38°C, quando em secadores, e evitar a exposição prolongada ao sol quando em secagem natural. Objetiva-se com a secagem, alcançar teores de água em torno de 13%, adequados para beneficiamento e armazenamento.
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17/05/2021
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Classificação do produto:
Por tamanho: realizada por meio de peneiras, sendo as mais comuns, as peneiras de 12 a 14, que são determinadas em função do tamanho padrão dos grãos. 
Qualidade: mesa densimétrica é utilizada de forma opcional e serve para o aprimoramento domaterial colhido, separando grãos conforme a densidade. Nessa operação é possível separar grãos de menor densidade, como os atacados por insetos, ardidos, mal formados, dos inteiros e bem formados, os quais terão melhor facilidade para comercialização e consumo. 
Para melhorar a aparência dos grãos, estes ainda podem passar por uma máquina com escovas, a qual retira resíduos de terra e poeira, melhorando assim a qualidade do produto para o comércio. 
Em todo o processo deve-se atentar para a ocorrência de danos mecânicos, danificando o produto final, os quais podem ocorrer durante todas as etapas do processo de beneficiamento, sendo a correta regulagem das máquinas a maneira principal para prevenção.
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 Armazenamento 
O feijão pode ser armazenado a granel, em sacos de aniagem, de polipropileno ou de plástico, e em silos especialmente construídos para este fim. 
Quando o armazenamento destina-se a curtos períodos, não superior a 20 dias, o teor de umidade de 15% garante a boa qualidade do produto.
 Caso haja necessidade de estocagem mais prolongada, recomenda-se reduzir a umidade para 12%. Se os grãos forem armazenados em sacos plásticos ou recipientes vedados, a umidade deve ser inferior a 10%. No caso de armazenamento em recipientes vedados, os grãos devem ser previamente expurgados visando o controle de carunchos. Quando o produto for armazenado em sacos (aniagem ou polipropileno), recomenda-se que as pilhas sejam dispostas de forma a permitir expurgos periódicos e a maior circulação possível do ar entre elas, pois isto reduzirá a perda da qualidade do produto.
Seminário de Produção vegetal II
ALEX TEIXEIRA
BARBARA 
EVANDRO BOYAN
FERNANDO CHICARELLI
NAYARA 
MARIELY
RODRIGO LOUREIRO
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Variação do ciclo do feijoeiro em diferen tes cultivares

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