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UNIVERSIDADE DE SOROCABA (UNISO) Arquitetura e Urbanismo ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA Julia Rosa Juliana Fino Rodrigo Hessel Sorocaba – SP 07 de novembro de 2018 Sumário 1. Caracterização do Solo 1.1. Uso do Solo 1.2. Gabarito 1.3. Cheios e Vazios 1.4. Sistema Viário 1.5. Pontos de Interesse 2. Descrição do Projeto 2.1. Dados e informações 2.2. Sistema Construtivo 3. Impactos 3.1 Adensamento Populacional 3.2 Infraestrutura Urbana 3.3 Uso e Ocupação do Solo 3.4 Valorização Imobiliária 3.5 Mobilidade 3.6 Equipamentos Institucionais 3.7 Iluminação e Ventilação 3.8 Paisagem e Patrimônio 3.9 Poluição 4. Medidas 4.1 Potencializadoras 4.2 Mitigadoras 4.3 Compensatórias 1. Caracterização do Solo 1.1 Uso do Solo Imagem: Retirada do Mapa de Zoneamento de Sorocaba e editada por Julia Rosa A região escolhida para intervenção se localiza na Zona Central da cidade, que compreende o centro histórico e as áreas próximas a ele. Na Rua Cesário Mota, definida como CCS 3 (Corredor de Comércio e Serviço 3), há a predominância de construções voltadas ao uso comercial. A maioria das construções com mais de um pavimento, possuem comércio no pavimento térreo e salas para alugar ou algum tipo de serviço nos pavimentos superiores. No entorno da mesma rua e do terreno escolhido, as construções são, basicamente, voltadas para o uso residencial. Há, também, um CCR (Corredor de Circulação Rápida) nas proximidades da área central escolhida, a Avenida Juscelino Kubitschek, que faz ligação da área central com a rodoviária. 1.2 Gabarito Imagem: Acervo pessoal de Juliana Fino Imagem: Acervo pessoal de Juliana Fino O Coeficiente de Aproveitamento (CA) da zona de intervenção é de 4,0. Logo, supõe-se que a área contemple um gabarito alto, porém, na rua Cesário Mota, a rua importante mais próxima do terreno, possui um gabarito máximo de 4 pavimentos, sendo, majoritariamente, construções de 3 pavimentos. No entorno, as casas residenciais se restringem a 2 pavimentos e há algumas exceções com 3 pavimentos. Próxima a Rua Santa Clara, onde se consolidou construções exclusivamente comerciais, o gabarito aumenta, com a presença de edifícios de até 20 pavimentos 1.3 Cheios e Vazios Imagem: Acervo pessoal de Juliana Fino Imagem: Acervo pessoal de Juliana Fino Analisando a área, no geral, percebe-se que os miolos de quadra são mais vazios. Considerando apenas a quadra de construção do Museu, pode-se identificar uma área mais livre de edificações. Sobre adensamento, há quadras com prédios com mais de 16 pavimentos ao norte da área e, ao sul, as construções não passam de 3 pavimentos. Considerando as edificações da avenida, uma ao lado da outra, possuem no máximo 3 andares. 1.4 Sistema Viário Imagem: Retirada do Mapa do Sistema Viário de Sorocaba e editada por Julia Rosa O sistema viário público consolidado é bem estruturado, com ponto de ônibus na Praça Frei Baraúna, que se localiza em frente ao terreno de intervenção, e alguns mais próximos à área. A rua principal, Cesário Mota, possui um fluxo constante de carros e ônibus no período comercial e só admite uma direção. As ruas da região residencial aparentam ser mais calmas e com menor fluxo de carros. Outro fator que ajuda é a proximidade da região com os terminais de ônibus, Santo Antônio e São Paulo, e com a rodoviária. 1.5 Pontos de Interesse Imagem: Retirada do Google Earth e editada por Julia Rosa Como proposta de intervenção, o terreno escolhido está próximo ao Mosteiro de São Bento, em frente à Praça Frei Baraúna e próximo à construção do Fórum Velho. Do outro lado da praça, está situada a Casa Modernista, que por sua vez, se situa próxima a uma escola. No centro da Praça, há um obelisco construído em memória aos sorocabanos que morreram na 2ª Guerra Mundial. 2. Descrição do Projeto 2.1 Dados e Informações - M²: - Nº de Pavimentos: 2 pavimentos - Nº de Pessoas: XXX (de acordo com o Corpo de Bombeiros) - Localização: - Área do terreno: 2.2 Sistema Construtivo Construção em estrutura metálica, com fechamento em alvenaria e acabamento exterior em aço corten. Possui grandes aberturas, voltadas aos edifícios históricos e importantes do entorno. No térreo, fechamento em portas xxxx de vidro e no primeiro pavimento, há o fechamento de uma passarela em brises também de aço corten, que protegem a entrada do espaço de exposição temporária. 3. Impactos 3.1 Adensamento Populacional Para calcular o número de pessoas a mais que irão frequentar a região, foi utilizado a premissa dada pelo Corpo de Bombeiros: 1 pessoa para cada 3m² de área de exposição. Considerando que a área de exposição do museu analisado é de 0000m², a estimativa é que XXX pessoas a mais freqüentem o local. 3.2 Infraestrutura Urbana A infraestrutura existente, composta por iluminação artificial, distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, etc. suportará a construção do Museu de Artes na região. 3.3 Uso e Ocupação do Solo Segundo o Plano Diretor de Sorocaba, a Zona Central abrange o centro histórico e a região em seu entorno, como a área voltada para o comércio. Com a variedade de funções existentes no local, Mosteiro de São Bento, lojas e comércios, instituições educacionais, Fórum Velho, etc, o Museu interage e complementa a variabilidade de usos da região. 3.4 Valorização Imobiliária Com a instalação do museu de arte no local, a região será valorizada. Porém, os moradores locais se beneficiarão com a situação. Haverá mais pessoas frequentando a região, aumentando a segurança, a construção incentivará a interação entre as pessoas, moradores locais e visitantes e incentivará a construção de novos comércios próximos à área. Supõe-se, então, que não haverá o processo de gentrificação, por exemplo, e as pessoas não serão prejudicadas de alguma forma. 3.5 Mobilidade A região conta com uma avenida bem próxima ao local da construção, bem como estacionamentos parceiros com o Museu de Arte, para suportar o número de carros estacionados para visitação. Ocorrerá um maior movimento de veículos particulares, porém não causará nenhum transtorno maior para a população. Sobre a circulação de veículos públicos, há pontos de ônibus próximos à edificação que facilitam a chegada de pessoas com menor renda ao local, além de ser próximo dos terminais de ônibus e da rodoviária. Por esses motivos, não será necessário alterar a rota dos coletivos. Para melhor atender possíveis excursões, será proibido estacionar carro em frente ao Museu, para reservar tal espaço para parada de ônibus escolares. Além disso, haverá uma faixa de pedestres elevada próxima à testada da construção. 3.6 Equipamentos Institucionais Como o Museu tem o foco voltado para as artes e haverá salas de dança, teatro e vídeo para alugar, incentivando, assim, as pessoas a ingressarem no mundo artístico. Com esse olhar, a região que já conta com uma escola estadual, uma escola de dança, uma escola de teatro e uma escola de línguas, será incentivada a ampliar as instituições educacionais de qualquer natureza. 3.7Ventilação e Iluminação Para o projeto da obra, foi levado em consideração as alturas das construções já existentes. A edificação não deveria se sobressair em altura, para não tirar a importância das edificações históricas existentes. Dessa forma, respeitando o gabarito da quadra, o Museu de Arte não prejudicará as demais construções do entorno quanto à ventilação e à iluminação. 3.8 Paisagem e Patrimônio O propósito deste projeto é fazer uma ligação e/ou relação do mesmo com os edifícios históricos existentes. Em frente à fachada principal, se localiza a Praça Frei Baraúna, onde, no centro, há um obelisco construído em homenagem aos sorocabanos mortos na Segunda Guerra Mundial. Na direção oposta, há a praça ao lado do Mosteiro de São Bento e o próprio Mosteiro. Em frente à Praça Frei Baraúna, perpendicular ao Museu, se encontra o Fórum Velho, uma construção dos anos de 1940 que, atualmente, se encontra abandonado. A fachada principal tem sua vista voltada à valorização do obelisco e ele dá início ao caminho de ligação entre praça-museu-mosteiro. Esse caminho de ligação termina na praça ao lado do Mosteiro, cuja entrada se localiza nas proximidades. O Museu foi pensado para respeitar essas obras tanto em altura quanto em estética. Com revestimento em aço corten, a edificação não se destaca das demais e não chama a atenção que deve ser dada às construções existentes. 3.9 Poluição Não haverá impactos negativos neste quesito. 4. Medidas 4.1 Potencializadoras Um dos pontos positivos da construção é o convite a entrar e passar pelo caminho que liga a Praça Frei Baraúna com a Praça ao lado do Mosteiro. Através desse caminho, que também pode ser utilizado como espaço de permanência, o visitante pode observar as atividades que acontecem no térreo do Museu, que só fecha as portas de vidros após o horário comercial. Há também um café no prédio do Museu, onde o visitante pode escolher se faz a refeição em ambiente fechado ou ao ar livre. Do café, o visitante também pode acessar o museu. O pavimento térreo, no espaço próximo ao auditório, poderá abrigar exposições de artistas amadores que desejam expor a sua arte. Também há salas de aula voltadas para dança e teatro, pintura e uma sala de vídeo, onde a população poderá agendar aulas de workshops e afins e um auditório para possíveis apresentações. Já no primeiro pavimento, se concentra as exposições profissionais temporária e permanente. Além de ter a vista voltada para o Mosteiro de São Bento, através do brise de aço corten de um lado e a vista para o Obelisco, do outro. O fluxo de pessoas nessa área vai aumentar, o que é muito bom pois vai trazer mais vida para este pedaço do centro, trazer uma maior interação dos sorocabanos com a história da sua cidade. A interação maior da comunidade ao redor pode sugerir melhorias na infraestrutura local, como equipamentos de lazer, entretenimento e mobilidade. 4.2 Mitigadoras No processo de construção do Museu, alguma ou algumas vias poderam ficar impossibilitadas de acesso, sujas e deterioradas pelas maquinas mais pesadas. Pode ocorrer também um sobrecarga do trânsito. Fluxo maior de veículos no perímetro pode trazer falta de lugar para estacionar carros. Pode ocorrer também uma valorização imobiliária maior pela adição do Museu. 4.3 Compensatórias Implantação de uma infraestrutura sinalizadora para dar conta da sobrecarga no transito. Ao final da construção, acontecer uma limpeza total do perímetro e refazer o asfalto quando houver algum dano nele. Para compensar a falta de estacionamento do Museu, será possível uma parceria com os estacionamentos localizados próximos da construção. Em relação a ônibus escolares de excursões, será proibido o estacionamento de carros na fachada principal do museu, com o espaço reservado para o estacionamento desses ônibus para embarque e desembarque de alunos. Para a valorização imobiliária não ser tão prejudicial para quem já esta, criar um controle maior e mais rigoroso no plano diretor.
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