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Resumo de Processo Civil I • Princípios: ➔ Inércia da jurisdição: começa por iniciativa da parte (petição inicial) e se desenvolve por impulso oficial. ➔ Inafastabilidade da jurisdição ➔ Boa-fé ➔ Igualdade ➔ Contraditório: não se proferirá decisão (resolução do mérito) contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida , inclusive nas questões envolvendo ordem pública (eliminar decisões surpresas de questões que podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz). Exceto questões liminares: tutela provisória de urgência, tutela da evidência, ação monitória. OBS: Princípio do livre convencimento motivado: mudou para princípio do convencimento motivado. • Competência: delimitação da função jurisdicional do órgão. (1) Internacional ✓ Concorrente: ação pode ser proposta tanto no Brasil quanto em outro país, observadas regras previstas em tratados e convenções internacionais. Vale para as seguintes ações: i. Em que o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; ii. Em que no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; iii. Em que o fundamento seja fato ocorrido ou praticado no Brasil; iv. De alimentos quando: (a) o credor (alimentando) tiver domicílio ou residência no Brasil ou (b) o réu (alimentante) mantiver vínculo no Brasil, tais como bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos. v. Decorrentes de relação de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil. vi. Em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeteram à jurisdição nacional OBS: Não compete a autoridade judiciária brasileira o processo da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. ✓ Exclusiva: exclusivo ao Poder Judiciário do Brasil. Vale para as seguintes ações: i. Ações relativas a imóveis situados no Brasil; ii. Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. iii. Em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. OBS – Cooperação internacional: busca da celeridade e da efetividade. Objetos da Cooperação internacional: ➔ Citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial. ➔ Colheita de provas e obtenção de informações. ➔ Homologação e cumprimento de decisão. ➔ Concessão de medida judicial de urgência. ➔ Assistência jurídica internacional. ➔ Qualquer outra medida judicial e extrajudicial não proibidas em lei. ➔ Auxílio direto ➔ Carta rogatória: prática de ato de citação, intimação, notificação jud icial, colheita de provas, obtenção de informações e cumprimento de decisão interlocutória, sempre que o ato estrangeiro constituir decisão a ser executada no Brasil. (2) Interna Princípios: ➔ Perpetuação da competência : Art 43 – “Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem competência absoluta”. OBS: As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. ✓ Territorial: divisão geográfica estabelecida pela legislação. i. Regra geral: (a) Foro do domicílio do réu nos casos de direito pessoal ou direito real mobiliário e (b) Foro do local do imóvel nos casos de direito real imobiliário. Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova . OBS: Segundo entendimento da jurisprudência, a ação de anulação de negócio jurídico (doação) tem natureza de direito pessoal. Dessa forma, terá competência relativa e o foro será o do domicílio do réu. ii. Exceção: (a) Foro do réu incapaz é o domicílio de seu representante; (2) Foro do guardião de incapaz é o juízo do domicílio do guardião do incapaz; (3) Foro do alimentando é o foro do domicílio ou residência do alimentando; etc. ✓ Matéria: natureza jurídica da lide - especializar a justiça – relação com o objeto – militar, trabalhista, eleitoral, estadual ou federal. ✓ Valor da causa: expressão econômica do direito discutido em juízo. ex: até 40 salários mínimos (rito sumaríssimo/juizados especiais). ✓ Funcional: função exercida pelo órgão dentro da estrutura do poder judiciário. ➔ Pela prevenção: juízo já provocado para uma primeira medida terá competência para as subsequentes. ➔ Em uma fase subsequente do processo: competência do juízo da fase cognitiva para a fase de cumprimento da sentença. ➔ Casos das sentenças determinativas, nas quais a cláusula rebus sic stantibus fica ativa, permitindo adequação do que foi decidido às modificações de fato. (ex: revisão da ação de alimentos). ✓ Pessoa Ratione Personae: há determinados casos, previstos na legislação, em que a parte litigante possui órgãos competentes para análise. Ex: Varas da fazenda pública (analisa questões que envolvam a fazenda pública). • Incompetência: devem ser alegadas como questão preliminar na contestação. ✓ Absoluta: + grave ➔ Matéria de ordem pública (normas cogentes) ➔ Não há preclusão (qualquer tempo e grau de jurisdição) ➔ Não é passível de modificação pela vontade das partes ➔ Vício insanável ➔ Reconhecido ex officio pelo juiz ou pelas partes ➔ Material, Funcional e pela Pessoa OBS: os atos decisórios praticados, mesmo pelo juízo absolutamente incompetente, conservam seus efeitos até a manifestação do juízo competente, salvo decisão judicial em sentido contrário. ✓ Relativa: ➔ Matéria de ordem privada (poder de escolha das partes) ➔ Há preclusão – juiz inicialmente incompetente passa a ser competente. ➔ É possível de modificação pelas partes ➔ Vício sanável ➔ Territorial e Valor Exceção: o juiz pode, de ofício, declinar da competência fixada por meio de cláusula de eleição de foro, verificada sua abusividade. OBS: se não houver decisão em contrário, os atos mantêm-se válidos até a manifestação do juízo competente. • Modificação da competência: previsão legal – serão julgados pelo mesmo magistrado – COMPETÊNCIA RELATIVA ➔ Conexão: quando houver duas ações com o mesmo pedido e causa de pedir, não exigindo que sejam as mesmas partes. Se estiverem sendo processadas em juízos diferentes, deverão ser reunidas em um só juízo para uma decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Além disso, serão reunidos, para julgamento em conjunto, os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. ➔ Continência: as mesmas partes e mesma causa de pedir e o pedido de umtem que ser maior do que o outro. ➔ Inércia: o réu deve arguir a incompetência como preliminar de sua contestação, caso contrário e, desde que o juiz não a declare de ofício no caso de ser abusiva, o juízo torna -se competente pela inércia do réu. ➔ Vontade das partes: as partes podem eleger o foro no qual será proposta a ação nos casos relacionados ao território e ao valor da causa (contrato entre as partes). OBS: o foro é a comarca, não o juízo (sorteio/distribuição) (1) A eleição do foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. (2) O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. (3) Antes da citação, a clausula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. Após a contestação, deverá o réu alegar a abusividade, sob pena de preclusão. • Conflito de competência: (1) 2 ou + juízes se declaram competentes; (2) 2 ou + juízes se declaram incompetentes; (3) entre 2 ou + juízes surge controvérsias a cerca da reunião ou separação de processos. O juiz que não acolher a competência já declinada por outro juiz deverá suscitar (avisar) o conflito, salvo se atribuir a outro juiz. • Sujeitos do processo: ✓ Juiz: ➔ Garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. ➔ Princípio da inércia – deve decidir o mérito da causa nos limites propostos pelas partes. Petição inicial (autor) ou contestação (réu) ➔ A ausência de impedimento (+grave) e suspenção garante a imparcialidade no julgamento. ✓ Órgãos auxiliares: trabalham apoiando o judiciário. Ex: escrivão, distribuidor, mediador, conciliador, interprete, oficial de justiça, etc. ✓ Partes: autor e réu. ✓ Promotor ✓ Advogado • Litisconsórcio: instituto processual relativo à pluralidade de partes da demanda (autor/réu). Somente pode ocorrer somente nos casos previstos em lei. Promove a economia processual. Modalidades: Ativo Passivo Misto + de um sujeito no polo ativo + de um sujeito no polo passivo + de um sujeito em ambos os polos Facultativo (não obrigatório) Necessário (obrigatório) (1) Entre elas comunhão de direitos ou obrigações relativamente à lide (2) Entre as causas conexão pelo pedido ou pela causa de pedir (3) Afinidade de questões por ponto em comum de fato ou de direito Todos os litisconsortes devem estar presentes sob pena de ineficácia (os que não foram citados) ou nulidade absoluta (decisão uniforme a todos que deveriam integrar o processo). Ocorre por determinação legal ou em razão da natureza da relação jurídica (poder discricionário do juiz) Pode ser irrecusável (embora não seja obrigatório, é irrecusável pela parte) ou recusável (depende de acordo tácito ou expresso entre os litigantes) OBS: Litisconsórcio multitudinário: quando há um nº expressivo de litisconsortes capazes de comprometer o andamento do processo, poderá o juiz limitar o número de litisconsortes. Comum (simples) Especial (unitário) Quando a decisão proferida pelo juiz pode ser diferente para cada parte. Quando a decisão do juiz deve ser necessariamente igual para todas as partes. Originário (inicial) Superveniente (ulterior) Formado desde o início da ação (regra) Formado em momento posterior ao início da ação • Intenção de terceiros: só é possível mediante expressa autorização legal. É a oportunidade legalmente conhecida à aqueles que não participaram da relação jurídica adentrar no processo ou ser convocado na defesa de interesses jurídicos próprios. Modalidades: (1) Assistência: é uma intervenção voluntária em que o terceiro ingressa no processo para auxiliar um dos demandantes , em razão da existência de interesse jurídico na vitória da parte assistida. Pode ocorrer a qualquer tempo e grau de jurisdição, assumindo o terceiro o processo no estado em que se encontra. ➔ Assistência simples: o terceiro tem interesse jurídico indireto e seu direito não é discutido no processo e ele nem será atingido pelos efeitos da sentença. Ex: intervenção do sublocatário no processo de despejo em que o réu é o sublocador . ➔ Assistência litisconsorcial: o terceiro tem interesse jurídico direto e seu direito está sendo discutido no processo e ele será atingido pelos efeitos da sentença. (2) Denunciação da lide: é uma intervenção provocada em que uma das partes originárias do processo (autor/réu) formulam demanda contra terceiro, trazendo-o para dentro do processo. Nessa demanda, a parte que formula (denunciante) pretende um direito de regresso/reembolso contra o terceiro (denunciado) a fim de ressarcir-se dos prejuízos decorrentes de eventual sucumbência que venha a sofrer na demanda principal daquele processo. É uma nova demanda (lide eventual) num mesmo processo (lide principal). Se o denunciante for o autor – citação do denunciado com o réu Se o denunciante for o réu – prazo da contestação Denunciação sucessivas: Art 125 § 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Hipóteses: (a) Evicção: perda de um direito material em decorrência de uma decisão judicial que tenha como fundamento um fato anterior a aquisição do bem. Ex: João adquire um imóvel de Pedro e, posteriormente, a Ana propõe uma ação em face do João alegando que aquele imóvel é de sua própriedade pq comprará do Pedro antes do João. Dessa forma, o João pode, nesse processo, fazer a denunciação da lide a Pedro (compor o polo passivo da demanda e ser obrigado a fazer o ressarcimento ao João caso a Ana vença). (b) Aquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo: Ex: aconteceu um acidente de trânsito e o autor propõe ação contra o réu. O réu como possui seguro contra terceiro, poderá fazer a denunciação da lide a sua seguradora a fim de que ela responda pelos prejuízos que o segurado (réu) causou. (3) Chamamento ao processo: instrumento de formação de litisconsórcio passivo facultativo por iniciativa do próprio réu. (é facultativo porque o autor pode chamar ou não todos os devedores solidário e, cabe ao réu, chamar ao processo os demais para constituir um título executivo para posterior sub-rogação). O momento é o da contestação sob pena de preclusão. Art 130: É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I - do afiançado (devedor principal), na ação em que o fiador for réu (devedor solidário); II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. (4) Amicus Curiae: colaborador do juízo. Auxiliar do juízo em causas de relevância social, repercussão geral ou cujo objeto seja bastante específico (que precise de apoio técnico). Ele não é parte no processo, mas tem interesse jurídico/institucional na solução do feito ou possui conhecimento técnico que contribuirá para o julgamento. Art 138: O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa naturalou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. O Amicus curiae não tem interesse jurídico na causa em si, sua motivação pode ser econômica, política ou institucional (interesse público). (5) Desconsideração da personalidade jurídica: é o afastamento da autonomia patrimonial do sócio para responsabilizá-lo por obrigação da sociedade (empresa). Poderá ser requisitado pela parte contrária ou pelo Ministério Público. É cabível em todas as fases do processo. Art 133: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. § 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. ➔ Desconsideração inversa: é o afastamento da autonomia patrimonial da PJ para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio. • Atos processuais: todo ato realizado dentro do processo de modo a desenvolvê-lo. (criação, modificação, conservação ou extinção da relação processual) . Atos processuais praticados pelas partes : autor, réu ou terceiros. (1) Atos postulatórios: visam o pronunciamento do juiz sobre a lide ou o desenvolvimento da relação há instaurada. Ex: petição inicial e contestação. (2) Atos introdutórios: inserir na relação processual elementos de prova com os quais pretendem demonstrar seu direito. Ex: provas periciais, documentais e testemunhais. (3) Atos dispositivos: quando as partes dispõem de algum direito ou vantagem. Ex: conciliação. (4) Atos reais ou materiais: praticam conduta processual concreta. Ex: pagamento de custas, protocolar petição, juntada de procuração, comparecimento em audiência. Atos processuais praticados pelo juízo : (1) Atos introdutórios: voltados a busca de elementos de prova necessários para proferir a sentença. (2) Atos decisórios: tem a finalidade de impulsionar ou decidir questões referentes à relação processual instaurada. Ex: sentença (caráter decisório. Julga a lide e extingue o processo. Se não houver recurso, há coisa julgada), decisão interlocutória (caráter decisório. Pronunciamento no curso do processo e cabe agravo de instrumento. Ex: indeferimento de prova pericial) e despacho (não decisório. Ordens judiciais que dão andamento ao processo e dela não cabe recurso. Ex: determinação de citação de alguma parte). (3) Atos de documentação: reduzir a termo atos praticados verbalmente como depoimentos. (4) Atos reais: praticados no dia a dia e que viabilizam o andamento do processo. Ex: juntada de peças, rubrica de folha dos autos e a assinatura de termos. (5) Atos de comunicação processual: é feito por meio da citação (ato pelo qual se convoca a juízo o réu, o executado ou o interessado, para integrar a relação processual) ou intimação (ato pelo qual se da ciência a alguém dos atos e termos do processo) . Divide-se em: ➔ Real: há certeza de que o interessado foi citado. → Postal (carta registrada), Mandato (oficial de justiça), Escrivão ou chefe de secretaria (quando o citado comparecer em cartório) e por meio eletrônico. ➔ Ficta: se presume que o interessado foi citado. → por edital ou por hora certa. Efeitos da citação válida: A ausência de citação gera nulidade (não há preclusão). a) Induz litispendência b) Torna litigiosa a coisa c) Constitui em mora o devedor Atos praticados pelo juízo tendo como destinatário outro juízo : (1) Carta de ordem: há relação de hierarquia entre os juízos. (2) Carta precatória: comunicação entre comarcas diferentes. (3) Carta rogatória: comunicação entre juízos de países diferentes. (4) Carta arbitral: comunicação entre o arbitro e o juiz. • Princípios: ➔ Instrumentalidade das formas: o ato praticado em desconformidade com o modelo legal e desde que não prejudique as partes será considerado válido. ➔ Da economia processual ➔ Da preclusão: perda de uma faculdade processual aplicada a nulidades relativas. (1) Temporal: dentro do prazo (tempestividade). (2) Lógica: perda da possibilidade de praticar um ato por ser incompatível com outro ato já praticado pelo mesmo sujeito. (3) Consumativa: uma vez praticado o ato, não poderá praticá-lo novamente. • Lugar: regra geral – sede do juízo. Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. • Forma: Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. ➔ Regra geral – os atos processuais sejam sempre escritos e, os orais, reduzidos a termo. ➔ Em língua portuguesa ➔ Em regra, serão públicos, salvo algumas exceções previstas no CPC (interesse público, casamento, divórcio, guarda, arbitragem, etc). • Tempo: ➔ Horário de funcionamento: 6h-20h nos dias úteis. ➔ Serão concluídos após 20h os atos iniciados antes, quando o adiantamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. ➔ Independente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar - se no período de férias forense, dias não úteis ou fora do horário de funcionamento. ➔ Recursos podem ser interpostos até 20h (na sede do juízo) ou até 00h do último dia do prazo (PJe) • Prazos: delimitação do tempo em que a parte pode praticar um ato . ➔ Prazo pode ser fixado na lei, pelo juiz (quando há omissão da lei e de acordo com a complexidade do ato) ou convencionado pelas partes (nas hipóteses autorizadas por lei). Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 horas. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. ➔ Prazos podem ser dilatórios (podem ser ampliados ou reduzidos por convenção entre as partes) ou peremptórios (prazos fixados pela lei de forma imperativa e não cabe alteração pelas partes) ➔ Prazos podem ser próprio (prazos das partes. Se não cumpre, há preclusão temporal) ou impróprios (prazos do juiz. Se não cumpre e houver justificativa, não irá perder o direito de praticar aquele ato processual) Encerrado o prazo para prática do ato processual, cessa para a parte a faculdade de praticá - lo (preclusão temporal). ➔ *Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. ➔ A contagem dos prazos processuais é em dias úteis (exclui sábado, domingo e feriado) ➔ A contagem dos prazos de direito material é em dias corridos. ➔ Suspende o curso do prazo processual entre os dias 20/12 a 20/01 (férias forenses). Interromper (zerar a contagem), suspender (conta o que sobra) e impedimento (impede o início da contagem). ➔ Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa (evento alheio a sua vontade). ➔ Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. § 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidiremcom dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. ➔ Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa. ➔ Art. 226. O juiz proferirá: I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias; II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias; III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 227. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que está submetido. ➔
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