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DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 1 Descrição Caso concreto Leia ao caso concreto narrado abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas de acordo com os temas abordados no plano de aula: Joana Bela e João Charmoso, jovem casal de namorados com 19 e 20 anos, respectivamente, decidem que no carnaval deste ano pularão em todos os blocos da cidade. Para tanto, decidem beber muito líquido durante as danças a fim de evitar desidratação. No primeiro dia de maratona, após ingerirem uma quantidade expressiva de cerveja, João Charmoso não consegue se controlar e acaba por urinar escondido atrás de uma banca de jornal. Sendo certo que a mídia tem veiculado uma série de notícias condenando esta atitude, indaga-se: a) A conduta de João Charmoso é, sob o aspecto penal, juridicamente relevante? b) Caso João Charmoso não tivesse tido o cuidado de se esconder atrás da banca de jornal e, ao contrário, abaixasse a bermuda e urinasse em meio ao bloco de carnaval mirando os demais foliões, a resposta seria a mesma? Questão objetiva. O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, a partir das missões do Direito Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: I. Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e sancionatória. II. No Brasil, em um primeiro momento, a União Federal pode legislar sobre matéria penal. No entanto, de forma indireta e urgente, leis estaduais podem impor regras e sanções de natureza criminal. III. Pode-se afirmar, no tocante aos objetivos e às missões do Direito Penal, que a opinião majoritária considera que a missão do Direito Penal é a de proteger bens jurídicos de possíveis lesões ou perigos, sendo que tais bens devem ser aqueles que permitem assegurar as condições de existência da Sara Teles Máquina de escrever Compete privativamente à União legislar sobre Direito Penal (§único, do art. 22 da CRFB/88). sociedade, a fim de garantir os aspectos principais e indispensáveis da vida em comunidade. IV. A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples. a) As assertivas I, II e III estão corretas. b) As assertivas II, III e IV estão corretas. c) As assertivas I e III estão corretas. d) As assertivas II e III estão corretas. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - CASO CONCRETO Sara Teles Máquina de escrever A conduta de João Charmoso é, sob o aspecto penal, juridicamente relevante?nullnullEm que pese tenha urinado em via pública, a conduta descrita não possui relevância jurídica PENAL, visto não tratar-se de conduta típica, antijurídica e culpável. O jovem, após ingerir excesso de líquido, apenas precisou satisfazer suas necessidades fisiológicas, em local escondido, sem nenhuma conotação sexual. Todavia, poderá responder pelo ilícito civil praticado, caso haja lei municipal proibindo tal conduta. Unicamente a condenação da mídia não enseja punição a João Charmoso. nullnullCaso João Charmoso não tivesse tido o cuidado de se esconder atrás da banca de jornal e, ao contrário, abaixasse a bermuda e urinasse em meio ao bloco de carnaval mirando os demais foliões, a resposta seria a mesma?nullnullNão. A atitude de urinar em publico pode se encaixar em outra descrição penal constante do artigo 61 do Decreto-Lei n.º 3.688 de 1941, que traz a conduta de IMPORTUNAÇÃO OFENSIVA AO PUDOR, com a seguinte redação: "Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor: Pena – multa. Entretanto, para a configuração da conduta descrita acima é necessário que a ofensa ao pudor seja dirigida a pessoa determinada, por exemplo, um indivíduo que venha a urinar se com intuito de provocar outra pessoa, ou urinando em terceiro ou em direção à ele, nesses casos ocorreria a contravenção penal, fora essa hipótese, a contravenção não seria constatada. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO OBJETIVA Sara Teles Máquina de escrever LETRA C - As assertivas I e III estão corretas.nullnullO item I está correto. O Direito Penal traz, além de sanções, normas de condutas para a sociedade, balizando o comportamento dos indivíduos, desestimulando, portanto, condutas tidas como indesejáveis para a sociedade. nullnullO item III também está correto. A doutrina majoritária compreende que, no tocante aos objetivos e missões, o Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos, mormente àqueles que protegem a vida, a dignidade da pessoa humana, ou seja, os valores mais caros e mais nobres à pacificação social, à preservação dos direitos fundamentais, para uma melhor convivência entre os indivíduos. Sara Teles Máquina de escrever ALTERNATIVA CORRETA Sara Teles Linha Sara Teles Linha Sara Teles Máquina de escrever (A pena é a ultima racio, devendo ser utilizada apenas nos casos nos quais outras medidasnull se mostrarem insuficientes). Sara Teles Máquina de escrever Fonte: nullnullTJDFT. Urinar na Rua. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/direito-facil/edicao-semanal/urinar-na-rua. Consultado em: 11 set. 2018. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 2 Descrição Caso concreto. Leia o caso concreto abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. Fulano de Tal, foi denunciado como incurso nas sanções do art. 306 da Lei n. 9503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), pela prática dos fatos delituosos a seguir descritos: No 10 de junho de 2016, por volta das 23h44min, na BR 386, KM 248, o denunciado conduzia, em via pública, o veículo GM/Astra, Placa XXXX, cor prata, com a capacidade psicomotora alterada, em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. Na oportunidade, o Policial recebeu um comunicado de que o denunciado estava andando em zigue-zague pela via em questão, momento em que ao passar pelo Posto da PRF empreendeu alta velocidade, sendo acompanhado pelos policiais cerca de 10 quilômetros até ser abordado. Durante a abordagem, os Policiais Federais constataram que o denunciado apresentava visíveis sinais de embriaguez. Assim, foi solicitada a realização do teste do etilômetro. Realizado o teste com aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro), constatou-se que o denunciado estava com concentração de álcool por litro de sangue de 0,74 miligramas na primeira tiragem e 0,82 miligramas na segunda tiragem, conforme consta na folha 15 do expediente. A defesa aduziu, dentre outras, a tese defensiva no sentido de que não restou comprovada qualquer circunstância indicativa da alteração da capacidade psicomotora, porquanto o acusado não se envolveu em nenhum acidente e tampouco gerou perigo de dano. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do Direito Penal, identifique, de forma objetiva fundamentada, quais princípios foram suscitados pela acusação e pela defesa. Questão objetiva. “O suicídio é um crime (assassínio) [...]. Aniquilar o sujeito da moralidade na própria pessoa é erradicar a existência da moralidade mesma do mundo, o máximo possível, ainda que a moralidade seja um fim em si mesma. Consequentemente, dispor de si mesmo como um mero meio para algum fim discricionário é rebaixar a humanidade na Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar própria pessoa (homo noumenon), à qual o ser humano (homo phaenomenon) foi, todavia, confiado para preservação” (KANT, Immanuel, a Metafísica dos Costumes). A lei penal brasileira tipifica aconduta de terceiro que induz, instiga ou auxilia alguém a suicidar-se, conforme prevê o art.122, do Código Penal, todavia, caso o suicida sobreviva, não incidirá a ele qualquer sanção penal. Tal medida de política criminal tem por fundamento o princípio: a) Da lesividade. b) Da legalidade. c) Da intranscendência. d) Da Humanidade. e) Da Alteridade. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - CASO CONCRETO Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO OBJETIVA Sara Teles Máquina de escrever No caso em comento, estão presentes os indícios de autoria e materialidade delitiva, quanto ao disposto no Art. 306, do Código de Trânsito Brasileiro, parágrafo único, §§1º e 2º. nullnullEm sua defesa, os advogados do acusado de crime de trânsito argumentaram que "não houve lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado (nullum crimen sine injuria), apenas suposto perigo abstrato, razão pela qual o juiz deve reconhecer a inconstitucionalidade da norma, haja vista o Princípio da Ofensividade". nullnullPor sua vez, a acusação, ante o Princípio da Legalidade, arguiu que "existe lei anterior que pune a conduta descrita no tipo, havendo, portanto cominação legal para crimes de trânsito (CF, art. 5º, XXXIX, e CP, art. 1º). Ademais, continuou acusação, a melhor doutrina admite como válidos os delitos de perigo abstrato por constituírem uma forma legítima de punição de infrações penais em sua fase embrionária". null Sara Teles Linha Sara Teles Linha Sara Teles Máquina de escrever Correta a alternativa E. O princípio da alteridade ou da transcendentalidade proíbe a incriminação de atitude meramente subjetiva, que não ofenda bem jurídico alheio. A ação ou omissão puramente pecaminosa ou imoral não apresenta a necessária lesividade que legitima a intervenção do direito penal. Por conta desse princípio, não se pune a autolesão, salvo quando se projeta a prejudicar terceiros, como no art. 171, § 2º, V, do CP (autolesão para fraudar seguro); a TENTATIVA DE SUICÍDIO (O nosso CP somente pune a participação no suicídio alheio — art. 122); o uso pretérito de droga (o porte é punido porque, enquanto o agente detém a droga, coloca em risco a incolumidade pública). Sara Teles Máquina de escrever Fonte: nullnullDireito penal : parte geral / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia e Thaís de Camargo Rodrigues. – São Paulo : Saraiva, 2015. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 3 Descrição Caso concreto. Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. Operação apreende mais de 100 mil CDs e DVDs piratas no Centro de Teresina Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia. Do G1, em Brasília, 01/12/2017, disponível em: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/operacao-apreende-mais-de-100-mil-cds-e-dvds- piradas-no-centro-de-teresina.ghtml Uma operação da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária Econômica e Relações de Consumo (Decoterc) apreendeu mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, na manhã desta sexta-feira (1º) no Centro de Teresina. A ação policial ocorreu em seis lojas que reproduziam áudio e vídeo ilegalmente. Os estabelecimentos foram fechados e os respectivos donos encaminhados à Central de Flagrantes. O objetivo da operação é combater a sonegação de impostos e a pirataria em diversos estabelecimentos de Teresina. De acordo com o delegado Laércio Eulálio, os prejuízos para Receita são avaliados em R$ 1 milhão, que seriam aplicados em impostos e pagamento de direitos autorais. "Este tipo de comércio ilegal prejudica a economia, já que enfraquece as lojas que pagam impostos. Essa rua, segundo investigações, tem um histórico de produção e venda desse tipo de produtos", informou o delegado. A quantidade de material apreendido surpreendeu a polícia. "A demanda aqui é tão grande que estamos com problemas de carros para conduzir o material apreendido”, afirmou o delegado Laércio Eulálio, acrescentando que os sete veículos que estão no local, dentre eles um microônibus, estão lotados com os objetos encontrados nos estabelecimentos. Seis pessoas serão conduzidas de forma coercitiva para prestar depoimentos na delegacia. Segundo o delegado, elas poderão responder processos judiciais após a abertura do inquérito. "As investigações vão continuar e em breve teremos o desencadeamento de mais trabalhos como esse para combater cada vez mais a ilegalidade", finalizou o delegado. Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: Aplica-se ao caso concreto o princípio da adequação social para fins de exclusão da tipicidade material relativa à conduta dos agentes? Questão objetiva. De acordo com o Professor Luiz Flávio Gomes: “A subtração de um par de chinelos (de R$ 16,00) vai monopolizar, em breve, a atenção dos onze ministros do STF, que têm milhares de questões de constitucionalidade pendentes. Decidirão qual é o custo (penal) para o pé descalço que subtrai um par de chinelos para subir de grau (na escala social) e se converter em um pé de chinelo. No dia 5/8/14, a 1ª Turma mandou para o Pleno a discussão desse tema. Reputado muito relevante. No mundo todo, a esse luxo requintadíssimo pouquíssimas Cortes Supremas se dão (se é que exista alguma outra que faça a mesma coisa). Recentemente outros casos semelhantes foram julgados pelo STF: subtração de 12 camarões (SC), de um galo e uma galinha (MG), de 5 livros, de 2 peças de picanha (MG), etc. Um homem, em MG, pelo par de chinelos (devolvido), foi condenado a um ano de prisão mais dez dias-multa. Três instâncias precedentes (1º grau, TJMG e STJ) fixaram o regime semiaberto para ele (porque já condenado antes por crime grave: outra subtração sem violência) (...)”. (Disponível em:<http://http://professorlfg.jusbrasil.com.br/ noticias/ 132988796/plenario-do-stf-vai- julgar-subtracao-de-um-par-dechinelos). Com base no referido texto, a esses casos descritos, os quais seriam julgados pelo STF, qual princípio limitador do Poder Punitivo Estatal poderíamos aplicar a fim de dar resolução ao caso penal? a) Da legalidade e da reserva legal. b) Da intervenção mínima. c) Da insignificância. d) Da adequação social. e) Da fragmentariedade. Sara Teles Oval Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO OBJETIVA Sara Teles Máquina de escrever No caso em comento, o STF (HC 123.108), denegou a ordem, mas concedeu habeas corpus de ofício para fixar o regime aberto para o cumprimento da pena, após entendimento que não se aplica o Princípio da Insignificância apenas considerando o valor do bem subtraído, mas a reincidência do acusado e relevância penal ou social de sua aplicação. Conclui-se, portanto, que esse princípio poderia ser aplicado, todavia não o foi a esse caso concreto. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - CASO CONCRETO Sara Teles Máquina de escrever Não se aplica o Princípio da Adequação Social para fins de exclusão da tipicidade material no crime de pirataria (art. 184, § 2º1, do CP), assim entendeu o STJ sobre a criminalização do mercadeio de produtos que infringem direitos autorais, publicando inclusive a Súmula 502 ("Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º1, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas").nullnullO Supremo Tribunal Federal, em recentes decisões também tem demonstrado esse entendimento relacionado à tipicidade do crime em questão, ressaltando três dimensões de implicações advindas de sua prática: a do titular do direito autoral violado, a dos cofres públicos e a dos comerciantes que legitimamente desempenham a atividade de distribuição4. Em conjunto com a afirmação de que a conduta doartigo 184, § 2º, do CP segue sendo objeto de represão estatal, menciona esses itens como aptos a infirmar a tese de que estaríamos diante de um tipo que se tornou letra morta. Sara Teles Máquina de escrever Fontes:nullPINHEIRO, Luciana A. Pirataria, adequação social e insignificância. Disponível em https://www.migalhas.com.br/PI/99,MI189654,91041-Pirataria+adequacao+social+e+insignificancia. Acesso em: 25 set. 2018. nullnullPLANALTO. Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de Dezembro de 1940. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm. Acesso em: 25 set. 2018. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 4 Descrição Caso concreto Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas. Belízia e Adamastor mantém um relacionamento estável e moram juntos há um ano, entretanto Adamastor esconde da amada uma dívida de R$5.0000,00 por temor que ela o abandone em decorrência da mentira. Cobrado da dívida, ele decide pegar emprestado o valor com Belízia sem o conhecimento desta. Desta forma, forja um investimento e diz a ela que o rendimento será enorme em um curto período de tempo. Belízia transfere a referida quantia para a conta corrente de Adamastor certa de que terá a restituição e os respectivos frutos em breve. Sendo certo que, desde o início, Adamastor induziu Belízia a erro a fim de pagar sua dívida sem contar à amada, em tese, sua conduta configura a figura típica de estelionato, previsto no art.171, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos acerca da Interpretação e Integração da norma penal, responda de forma objetiva e fundamentada: a) qual fundamento será utilizado pela defesa para fins de aplicação do disposto no art.181, I, do Código Penal? b) Diferencie analogia, interpretação analógica e interpretação extensiva. Questão objetiva. Motorista é preso por embriaguez ao volante após acidente em Itapetininga Segundo a PM, acidente foi registrado no Jardim Itália. Condutora do outro veículo foi socorrida com ferimentos leves. (disponível em: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2018/07/23/policia- prende-motorista-por-embriaguez-ao-volante-em-itapetininga.ghtml, atualizado em 23/07/2018 11h37) Um homem foi preso suspeito de dirigir embriagado após se envolver em um acidente com outro carro, neste domingo (22), no bairro Jardim Itália, em Itapetininga (SP). De acordo com a polícia, a batida aconteceu no cruzamento entre a rua Antonio Fogaça de Almeida e Expedicionários Itapetininganos. Devido ao impacto, a motorista do veículo atingido foi socorrida com ferimentos leves e levada ao Hospital Regional. Ainda segundo a polícia, o motorista que causou o acidente não ficou ferido, mas durante o atendimento da ocorrência os policiais notaram que ele estava embriagado. Porém, o homem se negou a fazer o teste do bafômetro. Após o acidente, o motorista foi levado para a delegacia, onde foi autuado por embriaguez ao volante. Uma fiança de R$ 1 mil foi arbitrada e, após pagamento, ele foi liberado. A CNH dele foi suspensa. No caso exposto, uma vez que a condutora do outro veículo sofreu lesões corporais culposas, surge o denominado conflito aparente de normas entre figuras típicas do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro, (CTB. Lei n.9503/1997). O referido conflito deverá ser solucionado pelo princípio: a) Alternatividade b) Especialidade c) Consunção d) Subsidiariedade Sara Teles Oval Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO DISCURSIVAnullnullnulla) Qual fundamento será utilizado pela defesa para fins de aplicação do disposto no art.181, I, do Código Penal?nullnullDe acordo com o art. 181, I, do Código Penal, não se pratica fraude patrimonial contra o cônjugue, a saber: "é isento de pena quem comete delitos contra o patrimônio em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal (inciso I) e de ascendentes ou descendentes, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, civil ou natural (inciso II)".nullnullAssim, a defesa alegará que Belízia e Adamastor vivem em união estável, não em casamento civil, portanto, não aplicar-se-ia o disposto nesse artigo. Já a acusação poderá requerer a aplicação da interpretação extensiva, para que o dispositivo legal também se aplique ao companheiro(a). Essa imunidade é absoluta. Todavia, terceiro em conluio responde por estelionato.nullnullb) Diferencie analogia, interpretação analógica e interpretação extensiva:nullnullAnalogia: é um processo de integração do direito, utilizado para suprir lacunas. Aplica-se uma norma existente para uma determinada situação a um caso concreto semelhante, para o qual não há qualquer previsão legal.nullnullInterpretação analógica: é o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança.nullnullInterpretação extensiva: é o processo de extração do autêntico significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de se atender a real finalidade do texto. nullnullnullFONTE: nullnullNUCCI, Guilherme. Interpretação extensiva, interpretação analógica e analogia no processo penal. Disponível em: http://www.guilhermenucci.com.br/dicas/interpretacao-extensiva-interpretacao-analogica-e-analogia-no-processo-penal. Acesso em 09 out. 2018. nullnullPLANALTO. Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de Dezembro de 1940. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm. Acesso em: 25 set. 2018. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 5 Descrição Caso concreto Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 20 de março de 2016, por volta de 23h25min, na Estrada Ademar Ferreira Torres, 230, na cidade do Rio de Janeiro, Carlos agindo de forma livre e consciente, mediante grave ameaça exercida por palavras de ordem e pelo emprego de arma de fogo, subtraiu, em proveito próprio, coisa alheia móvel, consistente em bens de propriedade de Abelardo, dentre os quais um veículo GM Cruze, cor preta, placa XYZ 0000, um aparelho de telefone celular e documentos pessoais. Dos fatos, Carlos restou denunciado como incurso nas penas do art. 157, §2º, incisos I, do Código Penal, todavia a sentença julgou parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal e condenou o denunciado Carlos pela prática da conduta típica prevista no artigo 157, § 2º-A, do Código Penal por força da alteração legislativa ocorrida no referido dispositivo pela Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre lei penal no tempo, responda de forma objetiva e fundamentada: a decisão do magistrado ao adotar a nova lei quando da aplicação da sentença está correta? Questão objetiva. Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de: A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar SaraTeles Oval D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO DISCURSIVAnullnullA Lei n.13.654, de 23 de abril, de 2018, introduziu importante alteração no Código Penal, majorando a pena em 2/3 quando o crime de roubo for cometido com emprego de arma de fogo. nullnullAssim, a conduta de Carlos é mais gravosa à luz da nova lei, logo o magistrado não deveria aplicá-la quando da exaração da sentença, visto que piora a situação do réu, que tinha uma lei mais benéfica ao tempo do crime (teoria da atividade). nullnullnullFONTES: nullnullMILEO, Luis. Majorantes da Lei 13.654/2018 sobre furto e roubo: posição favorável. Disponível em: http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/majorantes-da-lei-136542018-sobre-furto-e-roubo-posicao-favoravel/18208. Acesso em: 09 out. 2018. nullnullPLANALTO. Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de Dezembro de 1940 (Código Penal). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 09 out. 2018. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 6 Descrição Caso concreto. Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 03h20min, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, n. 10, Vila Aparecida, em Alvorada/RS, o denunciado portava arma de fogo de uso permitido, consistente em uma pistola, marca Taurus, calibre 380, numeração suprimida, municiada com 11 (onze) munições de mesmo calibre, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Na ocasião, o acusado dispensou no chão arma de fogo, após perceber a presença de viatura da Brigada Militar, os quais efetuavam patrulhamento de rotina na região. Posteriormente, foi localizada a arma de fogo acima referida sendo apreendida e submetida à perícia preliminar de exame de eficácia, a qual constatou estar a mesma em condições normais de uso e funcionamento. Dos fatos, o agente restou denunciado pela conduta prevista no art. 16, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 10.826/03 - Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ( Estatuto do Desarmamento). Com base nos estudos realizados sobre a classificação dos delitos, indaga-se: a) Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada. b) No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lei n.10826/2003? Questão objetiva. Segundo a qualificação doutrinária dos crimes, assinale a alternativa incorreta: a) Ocorre delito putativo por erro de proibição quando o agente supõe estar infringindo uma norma penal que na realidade não existe. Já no delito putativo por erro de tipo o agente se equivoca quanto a existência das elementares do tipo. Um exemplo do primeiro poderia ser o da mulher que supondo estar grávida (quando não está na verdade) ingere substância abortiva; b) Crime próprio é o que somente pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade. Um exemplo Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Oval Sara Teles Máquina de escrever (CRIME IMPOSSÍVEL) Sara Teles Riscar pode ser o crime de aborto provocado pela gestante. Já o crime de mão própria é aquele que somente pode ser cometido pelo sujeito em pessoa, como o falso testemunho; c) Para o crime habitual é necessária reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida, como o crime de curandeirismo. O crime continuado difere do habitual, porque naquele cada ação praticada constitui-se isoladamente em crime; já no crime habitual, cada conduta tomada isoladamente não se constitui em delito; d) Crime instantâneo é o que se perfaz num só momento, como o homicídio. O crime permanente é aquele cujo momento consumativo se protrai no tempo, como o sequestro. Já no crime instantâneo de efeitos permanentes, o crime se consuma em um dado momento, mas os efeitos da conduta perduram no tempo, como o homicídio; e)Crime de ação múltipla é aquele que contempla no tipo várias modalidades de ação para sua prática, como o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Já no crime de forma livre, a descrição típica não encerra qualquer forma de ação específica para sua prática, como o homicídio. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO DISCURSIVAnullnulla) Qual a distinção entre crimes de dano e perigo? Responda de forma objetiva e fundamentada.nullnullO crime de Perigo é aquela espécie de injusto penal que se satisfaz/se consuma com a mera ameaça de lesão (ou perigo de lesão) ao bem jurídico tutelado. Ex.: art. 132 do CP (perigo para a vida ou a saúde de outrem). É um conceito abstrato.nullnullJá no crime de Dano, o injusto penal configura-se com o dano efetivo, ou seja, concreta lesão ao bem jurídico tutelado. Ex.: art. 121 do CP (homicídio). Efetivamente ocorre a lesão. nullnullb) No caso concreto, qual a correta classificação do delito previsto no art.16, da Lei n.10826/2003?nullnullA correta classificação do crime praticado pelo denunciado está insculpida no art. 14 da Lei n.10826/2003 (Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido). nullnullnullnullFONTES: nullnullMACHADO, Leonardo M. Roteiro: teoria geral dos crimes de perigo. Disponível em:https://leonardomachado2.jusbrasil.com.br/artigos/121940781/roteiro-teoria-geral-dos-crimes-de-perigo. Acesso em: 09 out. 2018.nullnullPLANALTO. Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de Dezembro de 1940 (Código Penal). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 09 out. 2018. null DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 7 Descrição Caso concreto. Leia à situação hipotética narrada abaixo e responda às questões formuladas: Ratão e Ratinho, por volta das 13 horas, invadiram uma residência e anunciaram o assalto à Adriana, adolescente, que estava sozinha na casa. Amarraram a vítima, trancando-a em um dos quartos do imóvel. Os dois permaneceram por aproximadamente 45 minutos no local, buscando objetos e valores. Quando já estavam saindo, carregando uma TV e um notebook, ouviram um barulho, que identificaram como sendo uma sirene de viatura policial. Temendo serem presos, empreenderam fuga, sem nada levar. Socorrida a vítima e acionada a Polícia Civil, restou esclarecido que a sirene supostamente ouvida pelos assaltantes era a sineta de encerramento de aula de uma escola situada ao lado da residência. Os autores do crime foram descobertos em seguida e denunciados como incursos na conduta de roubo tentado majorado por concurso de agentes e restrição da liberdade da vítima (art.157, §2º, II e V n.f art.14, II, ambos do Código Penal). Sendo certo que a responsabilização penal pela tentativa se encontra descrita no art.14, II e parágrafo único, do Código Penal e não na própria figura típica do art.157, do Código Penal pergunta-se: A partir dos estudos realizados sobre a relação entre Tipo Penal, Tipicidade e Adequação Típica, qual a natureza jurídica do tipo penal descrito no art.14, II, do Código Penal? Responda de forma objetiva e fundamentada. Questão objetiva. Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo. I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal. II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal. III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas. Quais estão corretas? a) Apenas I.b) Apenas II e III. Sara Teles Riscar Sara Teles Oval c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO DISCURSIVAnullnullO art.14, II, do Código Penal é uma norma de extensão. O legislador não criou um nome específico para o tipo penal tentativa, por isso é necessário uma adequação ao tipo, sem a qual é absolutamente impossível enquadrar a conduta. Assim, o ajuste do fato à lei incriminadora se dá de forma indireta.nullnullFONTE: nullnullGOMES, Luiz, F. Quais são as formas de adequação típica? Disponível em:https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121924502/quais-sao-as-formas-de-adequacao-tipica. Acesso em: 09 out. 2018. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 8 Descrição Caso concreto. Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 'Pena já foi a morte', diz delegado sobre pai que esqueceu filho em carro Menino de dois anos morreu após passar 5 horas trancado em carro em MT. Causa da morte foi asfixia por confinamento, segundo laudo do IML. 28/01/2016 18h18 - Atualizado em 28/01/2016 18h24 Disponível em http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/01/pena-ja-foi-morte-diz- delegado-sobre-pai-que-esqueceu-filho-em-carro.html A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio do inquérito que apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um carro em Cuiabá. Frederico era filho do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e morreu na última terça-feira (26). O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Segundo o delegado Eduardo Botelho, o procedimento de investigação é comum na polícia e, após o fim da apuração do caso, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário. O delegado disse que aguarda apenas o encaminhamento do expediente por parte da DHPP, que atendeu o caso, e o resultado do exame de necropsia da criança para realizar a abertura do inquérito. A partir da situação narrada e dos estudos realizados sobre as teorias da conduta, responda às questões formuladas: a) Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas? b) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente garantidor? Questão objetiva. Analise as assertivas abaixo e selecione a opção correta: I. Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e desenvolvida sob o domínio da vontade do agente, razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida em estado de inconsciência, como no caso de quem, durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme ao seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade não é psicológica, nem psicológico-normativa. II. Os princípios da adequação social e da insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, que afetam a tipicidade material do fato. III. Os crimes omissivos impróprios são de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado. IV. Segundo o Código Penal, a omissão imprópria tem relevância penal sempre que houver o dever de impedir o resultado, independentemente do omitente ter ou não possibilidade de evitá-lo. Estão corretas as assertivas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, II e III. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - QUESTÃO DISCURSIVAnullnulla) Qual a distinção entre as condutas comissivas e omissivas?nullnullUma conduta comissiva exige que o agente tenha uma atividade concreta, uma ação; ou seja, o agente faz o que uma norma o proíbe de fazer (exempl o: subtrair para si algo móvel). Já as condutas omissivas se subdividem em próprio ou impróprio (ou impuro) . A conduta omissiva própria são as que objetivamente são descritos como uma conduta negativa, de não fazer o que a lei determina, consistindo a omissão na transgressão da norma jurídica e não sendo necessário qualquer resultado naturalístico. São delitos nos quais existe o chamado de vergenérico de proteção. A conduta omissiva imprópria (ou comissivo por omissão) só pode ser praticada pelas pessoas referidas no § 2º do art. 13 do C.P. , uma vez que para elas existe u m dever especial de proteção. São e l as: I – pessoa que se encontre na posição de garante ou garantidor, ou seja, q ue te n ha a obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância; II – Pessoa que, de outra forma, assuma a responsabilidade de impedir o resultado; III – Pessoa que , com seu comportamento anterior, tenha criado o risco da ocorrência do resultado. nullnullb) Qual o fundamento para a responsabilização penal do denominado agente garantidor?nullnullA fundamentação para a responsabilização penal apresenta-s e no §2º do art. 13 do C.P (A ) " § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuid ado, proteção ou vigilância;" “Só a Justiça pode conceder o perdão judicial . Mas ele é normalmente aplicado em casos como esse, porque se entende que não há pena maior para o pai do que a morte do próprio filho. Sara Teles Riscar Sara Teles Oval DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 9 Descrição Caso concreto. Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: No dia 31 de março de 2012 (sábado), por volta das 19h30 min, na Avenida X, Antonino, dirigindo o veículo VW/Fusca 1300, placas XXX, cor verde, ano de fabricação/modelo 1976, atropelou Felizberto, causando-lhe lesões corporais das quais adveio sua morte por hemorragia encefálica consecutiva a fraturas de ossos do crânio. Restou comprovado que Antonino estava conduzindo seu veículo em estado de embriaguez alcoólica e em velocidade aproximada de 50km/h, durante a noite, com os faróis do veículo desligados, bem como sem possuir habilitação para conduzir veículo automotor, quando simplesmente colheu frontalmente a vítima, a qual caminhava bem próximo ao meio fio da calçada, causando-lhe as graves lesões corporais que o levaram a óbito. O acusado foi preso em flagrante e, no mesmo dia, posto em liberdade mediante o pagamento de fiança. Ante o exposto, a partir dos estudos sobre a teoria finalista da ação, responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: a) diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores. b) No caso concreto ora narrado, a conduta se configura dolosa ou culposa? c) A conduta restará tipificada no Código Penal ou no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.9503/1997)? Questão objetiva. Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatário. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a explosão.Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem. Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes de homicídio sucederá a) por dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente e ao motorista. b) por dolo eventual em relação ao motorista; aos torcedores e ao funcionário. c) por dolo direto de segundo grau em relação ao presidente e ao motorista. d) por dolo eventual apenas em relação aos torcedores. e) por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTAS - CASO CONCRETOnullnulla) Diferencie (a partir dos estudos sobre a teoria finalista da ação) as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores.nullnullPara a teoria finalista da ação, atualmente consagrada e adotada pelo ordenamento penal pátrio, não se pode dissociar a ação da vontade do agente, já que a conduta é precedida de um seu raciocínio que o leva a realizá-la ou não, ou seja, conduta é o comportamento humano, voluntário e consciente (doloso ou culposo) dirigido a uma finalidade. A teoria finalista da ação prevê que para todo e qualquer comportamento humano existe uma finalidade específica e não apenas uma simples conduta aleatória. A ação é, portanto, um acontecimento finalístico (= dirigido a um fim), não um acontecimento puramente causal ou uma modificação do mundo fenomênico.nullAssim, o dolo e a culpa fazem parte da conduta (que é o 1° requisito do fato típico) e, dessa forma, quando ausentes, o fato é atípico. Um crime culposo é aquele resultante da inobservância do cuidado objetivo necessário, imposto a todos que convivem em sociedade, que se exterioriza numa conduta (imprudente, negligente ou imperita) que produz, em regra, um resultado naturalístico não querido, porém, previsível. Os elementos caracterizadores da culpa são: conduta humana voluntária, violação de um dever de cuidado objetivo, resultado naturalístico, nexo causal, previsibilidade e tipicidade. Poder ser: consciente ou inconsciente. Já os elementos caracterizadores do dolo são: representação e vontade (no caso do dolo natural) ou representação, vontade e consciência atual da ilicitude do fato (no caso do dolo normativo). Poder ser: direto, indireto, eventual ou alternativo.nullnullFONTES:nullhttp://www.conteudojuridico.com.br/artigo,elementos-do-dolo,55092.html https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2614565/quais-sao-os-elementos-do-crime-culposo-denise-cristina-mantovani-ceranullnullb) No caso concreto ora narrado, a conduta se configura dolosa ou culposa?nullnullExtrai-se do caso em tela, que Antonino não se embriagou com o intuito de praticar o crime, ou seja não houve intenção de matar, configurando-se, portanto, homicídio culposo na direção de veículo, notadamente na modalidade culpa inconsciente, que caracteriza-se quando, apesar de possível, o agente não prevê o resultado. Ademais, Antonino conduzia o veículo em baixa velocidade, em que pese os faróis do veículo desligados, bem como sem possuir habilitação para conduzir veículo automotor. Todavia, houve também culpa da vítima, vez que caminhava fora da calçada, na área destinada aos veículos, expondo-se portanto, a acidente de trânsito. nullnullFONTES: nullhttps://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2626425/qual-e-a-distincao-entre-dolo-direto-dolo-eventual-culpa-consciente-e-culpa-inconsciente-denise-cristina-mantovani-ceranullhttps://jus.com.br/artigos/21122/dirigir-embriagado-uma-conduta-varias-consequenciasnullnullc) A conduta restará tipificada no Código Penal ou no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.9503/1997)?nullnullSeguramente no CTB, que, tratando-se de lei especial, avocou para si o munus publico de criar, abstratamente, as infrações penais realizadas pelos condutores de veículos no trânsito. O CP terá caráter subsidiário nas questões que envolvam infrações no trânsito. null Sara Teles Riscar Sara Teles Riscar Sara Teles Riscar Sara Teles Riscar Sara Teles Oval Sara Teles Máquina de escrever [Dolo de 2º grau somente em relação ao motorista (consequência necessária). Em relação ao presidente será o dolo de 1º grau (vontade do agente, direcionada a determinado resultado, efetivamente perseguido, englobando os meios necessários para tanto) e em relação aos torcedores e funcionário será dolo eventual (o resultado é possível, mas incerto)]. DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 10 Descrição Caso concreto. Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas: Acidente envolvendo três veículos causa uma morte na RS-115 em Taquara Rodovia, no limite entre Taquara e Igrejinha, ficou bloqueada por cerca de quatro horas neste sábado (disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/transito/noticia/2018/04/acidente- envolvendo-tres-veiculos-causa-uma-morte-na-rs-115-em-taquara- cjfzeow47000a01qlhzjfs6aa.html.Atualizada em 14/04/2018 - 11h07min) Um acidente envolvendo três veículos causou uma morte, por volta de 6h30min deste sábado (14), entre os quilômetros 3 e 4 da RS-115, no limite entre Taquara e Igrejinha. A vítima está no local, aguardando perícia, e a via ficou totalmente bloqueada por cerca de quatro horas. Segundo informações iniciais, o acidente foi quase em frente ao posto do Corpo de Bombeiros de Taquara. Houve uma colisão frontal entre um veículo Uno, com placas de Taquara, e um caminhonete Montana. O condutor do Uno, Telminho Santos da Silva, 51 anos, foi arremessado para fora do carro após o impacto. Ele morreu no local. Duas pessoas que estava na caminhonete ficaram feridas. Logo após a colisão, um veículo Corolla bateu no Uno e ainda atingiu a vítima que estava na pista. O motorista do Corolla não ficou ferido. O Batalhão Rodoviário da Brigada Militar sinalizou o trecho e orientou motoristas sobre desvios no local. No entanto, com a chegada da perícia e com a retirada dos carros que estavam na pista, a rodovia foi liberada logo depois das 10h30. A Em relação ao trabalho pericial, um servidor deslocado para atender a ocorrência informou que foi acionado somente por volta de 8h30min. Os nomes das pessoas feridas não foram divulgados. Ante o exposto, responda de forma objetiva e fundamentada: a) Quais as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da Relação de Causalidade? b) No caso narrado, caso a vítima que se encontrava na pista em decorrência do acidente entre o veículo Uno e a caminhonete Montana, tivesse vindo a óbito em decorrência da conduta do motorista do Corolla, o resultado morte seria imputado a todos os condutores envolvidos no acidente? Questão objetiva. Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Analise as assertivas abaixo, acerca da Relação de Causalidade e Resultado e assinale a opção correta: I. Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima morre quando poderia ter sido salva, caso levada, logo após o fato, a atendimento médico, responde o agente da ação com animus necandi por homicídio consumado. Mas, se levada a socorro em hospital, morresse por efeito de substância tóxica ministrada por engano pela enfermeira, o agente responderia por tentativa de homicídio e não por homicídio consumado. II. Para a teoria da imputação objetiva, o ato de imputar significa atribuir a alguém a realização de uma conduta criadora de um risco relevante e juridicamente proibido e a produção de um resultado jurídico. Pressupõe um perigo criado pelo agente e não coberto por um risco permitido dentro do alcance do tipo. O risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido, quandorelevante, à tipicidade. A imputação objetiva constitui elemento normativo implícito do tipo penal. III. Considera-se o delito de extorsão mediante sequestro, previsto no art.159, do Código Penal, um crime instantâneo de efeito permanente, já que seu momento consumativo é instantâneo, mas seus efeitos perduram no tempo. IV. Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido. Estão corretas as assertivas: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) I e II. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - CASO CONCRETOnullnulla) Quais as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da Relação de Causalidade?nullnullNo campo penal, a doutrina aponta, essencialmente, três teorias a respeito da relação de causalidade, a saber: da equivalência das condições ou equivalência dos antecedente ou conditio sine que non, segundo a qual quaisquer das condutas que compõem a totalidade dos antecedentes é causa do resultado; da causalidade adequada, que considera causa do evento apenas a ação ou omissão do agente apta e idônea a gerar o resultado; da imputação objetiva, pela qual, para que uma conduta seja considerada causa do resultado é preciso que: 1) o agente tenha, com sua ação ou omissão, criado, realmente, um risco não tolerado nem permitido ao bem jurídico; ou 2) que o resultado não fosse ocorrer de qualquer forma, ou; 3) que a vítima não tenha contribuído com sua atitude irresponsável ou dado seu consentimento para o ocorrência do resultado.nullnullnullb) No caso narrado, caso a vítima que se encontrava na pista em decorrência do acidente entre o veículo Uno e a caminhonete Montana, tivesse vindo a óbito em decorrência da conduta do motorista do Corolla, o resultado morte seria imputado a todos os condutores envolvidos no acidente?nullnullNão. O nexo causal é o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido; examinar o nexo de causalidade é descobrir quais condutas, positivas ou negativas, deram causa ao resultado previsto em lei. Assim, para se dizer que alguém causou um determinado fato, faz-se necessário estabelecer a ligação entre a sua conduta e o resultado gerado, isto é, verificar se de sua ação ou omissão adveio o resultado. No caso em comento, a morte da vítima se deu exclusivamente por culpa do motorista do Corolla. Assim, não há que se falar em imputar o resultado MORTE a todos os motoristas envolvidos no acidente, conforme preceitua o CP, Art. 13: "o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido". nullnullnullFONTES: https://jus.com.br/artigos/5539/relacao-de-causalidade-no-direito-penal | https://temistoclestelmo.jusbrasil.com.br/artigos/222882585/relacao-de-causalidadenullnull Sara Teles Destacar Sara Teles Máquina de escrever V Sara Teles Máquina de escrever V Sara Teles Máquina de escrever V Sara Teles Riscar Sara Teles Riscar Sara Teles Oval DIREITO PENAL I - CCJ0007 Título Caso Concreto 11 Descrição Caso concreto Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas: https://www.google.com.br/amp/g1.globo.com/ro/vilhena-e-cone- sul/noticia/2016/07/homem-e-flagrado-em-loja-com-pe-de-cabra-em-tentativa-de-furto- em-ro.amp (03/07/2016 ) VILHENA E CONE SUL Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento. Suspeito tem condenação por furto e foi levado para Ressocialização. Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tentativa de furto em uma loja de móveis e eletrodomésticos na madrugada deste domingo (3). A Polícia Militar (PM) foi chamada a comparecer no estabelecimento, no bairro Cristo Rei, em Vilhenax (RO), pois alguém teria quebrado o vidro do local. No endereço, os policiais flagraram o suspeito com um pé de cabra. Conforme a PM, ao ver a viatura, o homem tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo. Na loja foram encontrados uma bolsa, uma chave de roda de caminhão e outro objeto utilizado para estourar cadeados. Ele foi levado para o Centro de Ressocialização Cone Sul, pois já tem condenação por furto. Diante da situação fática narrada e dos estudos sobre o iter criminis, responda de forma objetiva e fundamentada às questões formuladas: a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava. b) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais? Questão objetiva. Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e informa do seu desejo, pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na residência, no que foi atendido. No dia do fato, considerando que a porta já estava aberta, João ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Sara Teles Destacar Pablo, e subtrai uma TV. Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, narrando todo o ocorrido ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o registro próprio. Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que: a) nenhum deles responderá pelo crime, tendo em vista que houve arrependimento eficaz por parte de João e, como causa de excludente da tipicidade, estende-se a Pablo. b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena apenas a João, em razão do arrependimento posterior. c) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena para os dois, em razão do arrependimento posterior, tendo em vista que se trata de circunstância objetiva. d) João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do arrependimento posterior, enquanto Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio. Sara Teles Máquina de escrever RESPOSTA - CASO CONCRETOnullnulla) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava.nullnullVê-se do enunciado, que o agente encontrava-se na fase de execução do crime de furto, o qual não fora consumado por razões alheias à vontade do agente, sendo sua conduta classificada, portanto, como tentativa de furto. Considera-se início da execução o primeiro ato realizado que seja capaz de levar à consumação do crime, momento em que se inicia, de fato, a ofensa ao bem jurídico tutelado, e que o agente compreenda como um passo nesta direção.nullnullb) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais?nullnullA conduta desse agente configura tentativa, haja vista que não atingiu seu intento apenas porque avistou a polícia, desfazendo-se da ferramenta que utilizaria na ação delitiva, a fim de não produzir provas contra si. Crime tentado é o crime que, tendo sido inicia da sua execução, não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente, nos termos do artigo 14, inciso II, do Código Penal Brasileiro, conforme se lê: [...] quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. nullnullCONSECTÁRIOS PENAIS: Parágrafoúnico - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)nullnullDesistência voluntária ocorre quando o agente começa a praticar os atos executórios do tipo penal pretendido, mas voluntariamente impede a consumação do crime ao interromper sua conduta. Destaca-se que a desistência não precisa ser do arrependimento, exigindo-se apenas que seja voluntária, no sentido de que o agente poderia prosseguir, se quisesse. Quando o impedimento for externo, haverá tentativa de crime.nullnullCONSECTÁRIOS PENAIS: CP, Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. nullnullnullnullFONTES: nullhttps://direitosbrasil.com/iter-criminis-o-caminho-do-crime/ nullhttps://canalcienciascriminais.com.br/iter-criminis/nullhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htmnull Sara Teles Oval
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