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Aula 7 Antropometria de idosos e pacientes acamados (1)

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ANTROPOMETRIA DE IDOSOS E PACIENTES ACAMADOS
IDOSOS
São considerados idosos os indivíduos com faixa etária acima de 60 anos (WHO, 1995).
A Legislação Brasileira, em concordância com o OMS, segundo a Lei n° 8.842/94, em seu artigo 2°, parágrafo único, diz que “são considerados idosos as pessoas maiores de 60 anos, de ambos os sexos, sem distinção de cor, raça e ideologia”.
DIFICULDADES NA APLICAÇÃO DA ANTROPOMETRIA
Dificuldade para caminhar.
Dificuldade para manter o equilíbrio postural.
Diminuição da massa muscular  alteração na elasticidade e na capacidade de compressão dos tecidos.
Declínio da estatura  compressão vertebral, mudanças nos discos intervertebrais, perda do tônus muscular e alterações posturais.
Mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo.
Alteração na compressibilidade e elasticidade dos tecidos.
Redução da massa minerálica óssea – osteoporose.
Diminuição de peso com a idade  redução do conteúdo da água corporal e da massa muscular – mais evidente no sexo masculino.
ESTATURA
Se mantém praticamente inalterada ate os 40 anos de idade, e a partir daí, há evidências de redução de cerca de 1 a 2,5 cm por década, sendo mais acentuada nas idades mais avançadas.
Altura do joelhos (AJ) – Knee Height
Não se altera com a idade
Fortemente relacionada com a estatura
Técnica de aferição:
	Deve ser medida com a perna flexionada, formando com o joelho um ângulo de 90 ° e posicionando-se a base da régua embaixo do calcanhar do pé e a haste pressionando a cabeça da fíbula. Esta medida pode ser feita com o paciente idoso ou acamado deitado em posição supina. A leitura da régua, ou paquímetro ósseo, deve ser feita quando a mesma estiver exatamente paralela a toda extensão da tíbia, e a marcação feita no décimo de centímetro mais próximo (Najas & Sachs, 1996).
4
AFERIÇÃO DA ALTURA DO JOELHO
Estimativa da estatura segundo as variáveis gênero, idade, etnia e comprimento do joelho.
CJ = comprimento ou altura do joelho
Fonte: Chumlea e Guo, 1994.
Brancos
Negros
Masculino
6-18anos
40,54 + (2,22x CJ)
39,60 + (2,18 x CJ)
19-60anos
71,85 + (1,88 x CJ)
73,42 + (1,79 x CJ)
Feminino
6-18anos
43,21 + (2,14 x CJ)
46,59 + (2,02 x CJ)
19-60anos
70,25 + (1,87 x CJ)– (0,06 xidade)
68,1 + (1,86 xCJ) – (0,06 xidade)
Baseado na população americana branca e negra de 60 a 80 anos
Estatura (homens brancos) = (2,08 x AJ) + 59,01
Estatura (mulheres brancas) = (1,91 x AJ) – (0,17 x idade) + 75,00
Estatura (homens negros) = (1,37 x AJ) + 95,79
Estatura (mulheres negras) = (1,96 x AJ) + 58,72
Equações de Chumlea (1987)
Homens = [64,19 – (0,04 x Idade) + (2,02 x AJ em cm)]
Mulheres = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ em cm)]
Envergadura do Braço – Arm Span
Técnica de aferição:
	Consiste na medida de comprimento entre a extremidade distal do terceiro quirodáctilo direito e a extremidade distal do terceiro quirodáctilo esquerdo, utilizando-se uma trena metálica, tendo-se o cuidado de manter o braço estendido, sem flexionar o cotovelo.
Hemi-envergadura 
Técnica de aferição:
	A leitura é feita no nível do segmento central da incisura jugular do osso esterno até a extremidade do terceiro quirodáctilo direito, sem se considerar a unha. A altura eqüivale ao dobro do valor encontrado.
Podem ser realizadas com o paciente deitado.
PESO CORPORAL
	Estimativa do peso corporal para pacientes impossibilitados de serem pesados:
Equações de Chumlea (1985):
Peso de Homens = (0,98 x CP)+(1,16 x AJ)+(1,73 x CB)+(0,37 x PCSE)- 81,69
Peso de Mulheres = (1,27 x CP)+(0,87 x AJ)+(0,98 x CB)+(0,4 x PCSE)-62,35
Onde:
CP = circunferência da panturrilha;
AJ = altura do joelho;
CB = circunferência do braço
PCSE = prega cutânea subescapular
Índice de Massa Corporal (IMC)
50 a 65 anos – IMC elevado  Sobrepeso associado a várias doenças crônicas.
Acima dos 80 anos – IMC baixo  magreza e perda de massa magra associadas a tuberculose, distúrbios pulmonares obstrutivos, câncer de pulmão e estômago.
Início do declínio da massa corporal: 70 a 75 anos.
Recomendação da OMS (1995/1998)
Classificação do Estado Nutricional pelo IMC.
Recomendação da AAFP (American Academy of Family Physicians), 1997.
Adotada pelo Ministério da Saúde.
Classificação do Estado Nutricional pelo IMC para Idosos.
Fonte: Lipschitz, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21 (1): 55-67, 1994.
Pontos de corte diferentes da OMS  alterações corporais típica do envelhecimento:
Aumentos progressivos de massa de gordura corporal.
Mudança no ponto de corte para eutrofia: previne formas graves de desnutrição.
Recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Classificação do estado nutricional de idosos segundo o IMC.
Fonte: OPAS (2002;2003)
Em homens e mulheres idosos (60-74 anos), o IMC > 27 Kg/m2 mostra-se associado com valores elevados de glicemia, insulimenia, triglicérides, colesterol total e LDL-colesterol.
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Pregas cutâneas: não é o método mais recomendado:
Redistribuição do tecido adiposo – níveis relativamente maiores de gordura subcutânea interna depositada no tronco e não nas extremidades;
Diminuição na elasticidade e hidratação da pele, relacionada à idade;
Diminuição no tamanho das células gordurosas.
 Podem aumentar a compressibilidade da gordura subcutânea e tecidos conjuntivos.
Recomenda-se o uso de métodos alternativos:
Bioimpedância
Medidas de circunferências
Referências para gordura corporal – Lohman e cols, (1992)
Bioimpedância
	Princípio do método: o pressuposto básico é o de que todos os tecidos possuem características de condutividade elétrica identificáveis. Quando um campo elétrico constante é introduzido em um ser humano, a quantidade de resistência encontrada é inversamente proporcional ao volume de líquido. Havendo mais líquido, haverá menor resistência, e, inversamente, havendo menos líquido haverá maior resistência. A resistência é inversamente proporcional ao volume de líquidos de um indivíduo. A reactância é proporcional à massa celular do indivíduo.
	Ângulo de fase: estabelecido a partir de uma relação trigonométrica da reactância sobre a resistência. 
É expresso em graus, com faixa de variação normal entre 4 – 12.
Expressa o equilíbrio entre os espaços intra e extracelular.
Foi relacionado com sucesso à sobrevivência e à evolução da doença.
Quanto maior o ângulo de fase, mais saudável é o indivíduo.
Recomendações gerais para o teste de BIA:
Devem ser realizadas com o paciente deitado em decúbito dorsal, em uma superfície não condutora, com os braços e as pernas confortavelmente separados em torno de 45 ° de ângulo.
As medidas devem ser executadas do lado direito do corpo.
A pele deve ser limpa nos pontos de colocação dos eletrodos com álcool.
Remover jóias e objetos de metal que estejam nos locais onde serão colocados os eletrodos.
Os eletrodos de cabo vermelho devem ser colocados em posição proximal e os de cabo preto em posição distal em relação ao corpo.
Na mão, colocar o eletrodo de detecção (pinça vermelha) em uma linha imaginária que divide a cabeça da ulna e que se inicia na protuberância óssea do punho. Colocar o eletrodo de sinal (pinça preta) no dedo médio.
No pé, colocar o eletrodo de detecção (pinça vermelha) em uma linha imaginária que divide os maléolos medial e lateral. Colocar o eletrodo de sinal (pinça preta) no dedo médio.
Evitar comer ou beber a menos de quatro horas do teste.
Não fazer exercícios a menos de 12 horas do teste.
Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste.
Não ingerir medicamentos diuréticos a menos de sete dias do teste.
Não avaliar idosos com marca-passo.
Posicionamento de eletrodos na avaliação com a BIA tetrapolar
Medidas de pregas cutâneas na avaliação de idosos
	Prega cutânea tricipital (PCT) e Prega cutânea subescapular (PCSE)
Simples de serem aferidas
Podem ser aferidas em pacientes acamados
São menos afetadas peloestado de hidratação
Reduções da PCT e PCSE indicam déficit crônico na ingestão calórica, tornando-se parâmetros adequados para avaliar a desnutrição crônica em idosos.
Medida da PCSE em indivíduo acamado
Medida da PCT em indivíduo acamado
Classificação do estado nutricional pela avaliação percentilar da PCT e PCSE para idosos.
Medidas de circunferências e indicadores mais utilizados na avaliação do estado nutricional de idosos
Circunferência do Braço (CB): reflete a redução da massa muscular e do tecido adiposo subcutâneo.
Circunferência Muscular do Braço (CMB): correlaciona-se com a desnutrição energético-protéica porque reflete o definhamento muscular.
Área Adiposa do Braço (AAB) e Área Muscular do Braço (AMBc): Valores abaixo de P25 para AAB indicam severa depleção de reservas energéticas.
Valores abaixo do P25 para AMBc indicam severa depleção das reservas de proteína somática. (Rombeau e cols., 1989)
Relação Cintura/Quadril
Indicador utilizado na caracterização da distribuição da gordura abdominal.
Possibilita a identificação da distribuição intra-abdominal do tecido adiposo
Acúmulo de gordura abdominal está relacionado ao aumento de processos mórbidos, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
RCQ = Circunferência da Cintura e cm . 
 Circunferência do Quadril em cm
Os pontos de corte para risco são (OMS, 1998)
Homens = RCQ > 1,0
Mulheres = RCQ > 0,85
Circunferência da Cintura
Tem sido utilizada isoladamente como indicador do fator de risco para hipertensão arterial e doenças cardiovasculares relacionadas ao depósito de gordura na região abdominal. 
 
	Os pontos de corte para risco são (Hans e cols.,1995)
Homens: Circunferência da cintura > 94 cm
Mulheres: Circunferência da cintura > 80 cm
	Classificação do risco cardiovascular através da circunferência da cintura, de acordo com a OMS, 1998.
Circunferência da panturrilha
Melhor e mais sensível medida da massa muscular em idosos (OMS, 1998) – indica mudanças da massa livre de gordura que ocorrem com a idade e com a diminuição da atividade.
Para idosos de ambos os sexos: ponto de corte da circunferência da panturrilha de 30,5 cm revela boa capacidade diagnóstica, quando não é possível avaliar a composição corporal (Bonnefoy e cols., 2002).
Paciente amputado
Estimativa do peso corporal
O peso atual deve ser corrigido, subtraindo-se do peso, o peso estimado da parte amputada.
Peso corrigido (Kg) = Peso antes da amputação – [(Peso antes da amputação x % área amputada)/ 100]
 
	Correção do IMC para amputados (Tzamaloukas et al., 1994 – validada por Mozumdar e Roy, 2004)
IMC = Peso atual corrigido .
 E2 x 1 – peso total perdido .
 peso antes da amputação
Classificação de acordo com a proposta da OMS.
 
Cadeirantes
Estimativa do peso
Blissit (1990), refere que indivíduos paraplégicos devem pesar 450 a 670g a menos de seu peso ideal, se saudáveis, e os tetraplégicos, 670 a 900g a menos de seu peso ideal, se saudáveis.
Estimativa da estatura
Composição corporal:
BIA
Estimativa da Densidade Corporal (Bulbulian et al., 1987):
Combinando diâmetro de tórax, dobra cutânea subescapular, circunferências da cintura e da panturrilha.
DC = (1,09092 + 0,00296) x (diâmetro do tórax [cm] – 0,00072) x (DCSE [mm] – 0,00182) x (CC [cm] + 0,00124) x C Panturrilha [cm]
% Gordura = [(4,95/DC) – 4,5] x 100
Não é recomendado para mulheres, crianças e pessoas da raça negra.
	IMC (Kg/m2)
	Classificação Nutricional
	< 16
	Magreza III
	16 – 16,99
	Magreza II
	17 – 18,49
	Magreza I
	< 18,5
	Baixo peso
	18,5 – 24,99
	Normal
	 25
	Sobrepeso
	25 – 29,99
	Pré-obeso
	30 – 34,99
	Obeso classe I
	35 – 39,99
	Obeso classe II
	 40
	Obeso classe III
	Diagnóstico
	IMC (Kg/m2)
	Desnutrição ou magreza
	< 22
	Eutrofia
	22 - 27
	Obesidade ou excesso de peso
	> 27
	IMC (Kg/m2)
	Classificação
	< 23
	Baixo peso
	23 – 27,9
	Normal
	28 – 29,9
	Sobrepeso
	 30
	Obesidade
	
	% de Gordura Corporal
	Interpretação
	Homens
	Mulheres
	Risco de doenças associadas à desnutrição
	 5
	 8
	Abaixo da média
	6 - 14
	9 - 22
	Média
	15
	23
	Acima da média
	16 - 24
	24 - 31
	Risco de doenças associadas à obesidade
	 25
	 32
	Percentil
	Estado nutricional
	< P5
	Redução significativa de gordura
	Entre P5 e P10
	Redução provável de gordura
	Entre P10 e P90
	Normal
	> P90
	Provável obesidade
	> P95
	Obesidade acentuada
	
Gênero
	Risco de complicações metabólicas
	
	Elevado
	Muito elevado
	Homem
	 94 cm
	 102 cm
	Mulher
	 80 cm
	 88 cm

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