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ANÁLISE DAS DEMON. CONT. E FINANCEIRAS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Fábio Madureira Guimarães
 Trabalho da disciplina Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras,
 Tutor: Prof. Eduardo de Moura.
 
Belo Horizonte
2018.2
Estudo de Caso : 
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA:
Três Exemplos
REFERÊNCIA: BRUNS JR., William J.; HERTENSTEIN, Julie H.; Demonstração de Fluxos de Caixa: Três Exemplos: Harvard Business School, 112 – P0, 1998. 
Aldhus Corporation era uma fábrica de periféricos para computador que estava em crescimento no mercado e tinha John Stacey como engenheiro de venda. John perdera uma aula de contabilidade de um programa noturno de MBA em que estava matriculado. A aula que ele havia perdido, se tratava de uma discussão sobre a demonstração de fluxo de caixa, e John tinha certeza que esta matéria cairia no teste da próxima aula. John recebeu de uma colega de sala algumas anotações distribuídas pelo professor, porém talvez não ajudasse tanto quem não tivesse assistido a aula. John então procurou a controller assistente da Aldhus, Lucille Barnes, pedindo ajuda no entendimento da DFC. Ela si propôs a ajudar.
Com dúvidas e anotações John foi ao encontro de Lucille em seu escritório. Lucille entregou a John três demonstrações de fluxos de caixa dos relatórios de empresas de alta tecnologia. John receou que Lucille pedisse algum resumo do seu entendimento e descobrisse o tão confuso ele estava. Mas para sua sorte, Lucille começou a explicar, dizendo que a DFC era realmente parte muito útil do conjunto de três demonstrações preparadas pelas empresas, que são eles o Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e a Demonstração de Fluxo de Caixa. Lucille disse também que a DFC em alguns casos, mostra mais da saúde da empresa do que os demais relatórios. Lucille fez a John um breve panorama da DFC e preparou também umas questões a fim de orientar os estudos e se dispôs a encontrar com ele novamente para novas orientações. John ficou agradecido e disse o quanto estava apavorado em ter faltado na aula da matéria. Lucille disse para ele não se preocupar e focar no material disponibilizado por ela.
Lucille explicou a John que a DFC era dividida em três atividades, as operacionais, as de investimento e de financiamento, sendo cada uma delas parte de todas as entradas e saídas de caixa e equivalente caixa. A atividade operacional trata-se de mostrar as entradas e saídas relativas as operações fundamentais da operação principal e básica da empresa, como recebimento por vendas de bens ou serviços e saídas de compras de estoques, pagamento de salários por exemplo. Já as atividades de investimentos mostram os fluxos de caixa para compra e venda de ativos geralmente não comerciáveis, como concessão e cobrança de empréstimos. Nesta parte é que pode se ver se a empresa vendeu um imóvel, comprou equipamento ou por exemplo, concedeu um empréstimo a uma subsidiária. Por fim, a atividade de financiamento mostra os fluxos associados ao aumento ou diminuição de recursos de investidores e credores da empresa, como por exemplo, emissão ou recompra de ações e captações ou pagamento de empréstimos, além de dividendos pagos aos investidores, porém não incluem pagamentos de juros, pois estes são classificados nas atividades operacionais.
John questionou o porquê dos juros de empréstimos não serem classificados como atividades de financiamentos, afinal os juros estavam para empréstimos assim como dividendos estão para capital social. Lucille então explicou que em alguns países, este tipo de operação está de fato classificado como atividade de financiamento, mas nos Estados Unidos o FASB votou que os pagamentos de juros ficassem como atividades operacionais. John admirado, pediu exemplos de cada seção e Lucille explicou que as atividades operacionais eram o motor dos fluxos de caixa da empresa, que quando eficiente, fornece fluxos suficientes para cobrir as necessidades de caixa das operações e que em uma empresa saudável e em crescimento, é esperado aumento nas contas operacionais de capital de giro. Além de fornecer fluxo suficiente para pagamentos de dívidas e de dividendos. 
Lucille continuou dizendo que já as atividades de investimento eram outra história, pois era de se esperar que uma empresa saudável investisse continuadamente em mais fábricas, equipamentos, terrenos entre outros ativos a fim de crescimento. Com isso esperasse fluxos negativos em atividades de investimento, exceto quando a empresa vende um negócio ou uma subsidiária. Os fluxos de caixas classificados em atividades de financiamento podem ser tanto positivos ou negativos em uma empresa saudável, pois tendem a oscilar entre um e outro. Caso a necessidade de caixa da empresa para investimentos exceder o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais, seria preciso um financiamento que gerará um endividamento ou aumento de capital, por isso, um fluxo de caixa financiamento positivo. Por outro lado, se o fluxo das atividades operacionais for superior as necessidades de investimentos, dividas serão pagas, com isso o fluxo das atividades de financiamentos fica negativo.
John, percebendo o quão útil seria o entendimento do fluxo de caixa, quis revisar e compreender analiticamente. Lucille Barnes, explicou dizendo que a melhor abordagem seria iniciar pelas atividades operacionais, verificando se este é maior ou menor que zero e se está aumentando ou diminuindo. Lucille explicou também que haviam duas maneiras de se apresentar o fluxo de caixa das operações. São eles o método direto e o indireto. Completou dizendo que no método indireto, o lucro líquido é ajustado por todas as receitas e despesas que não envolvem caixa, como por exemplo a depreciação. Esta que nunca é uma fonte de caixa, mas é deduzida no cálculo do lucro líquido, devendo então ser acrescida de volta. Isso também deve ocorrer com os estoques adquiridos e não vendidos. Lucille concluiu dizendo que no caso do método direto, este se parecera muito com um extrato bancário. Ao ser perguntada por John qual método era o melhor Lucille respondeu que o método direto era de mais fácil entendimento, mas era pouco difundido pelas empresas, devido ao fato do método indireto já incluir a reconciliação entre o lucro e o caixa das operações.
Partindo do princípio em que os fluxos de caixa operacionais são maiores que zero, o passo seguinte é definir se estes são adequados a gastos cotidianos e fundamentais, e para isso é necessário entender bem o funcionamento da empresa e sua situação. É normal uma empresa iniciante ter um fluxo de caixa negativo, assim como uma empresa em fase de crescimento acelerado, tenha caixa suficiente para investimentos. Porém uma empresa mais madura, é de praxe que esta possua uma geração de caixa suficiente para manter toda a empresa.
 
Não existe porém um valor de caixa necessário para manter os ativos fixos da empresa inteiros, além da demonstração de fluxos de caixa não separar quanto investimento é aplicado apenas na reposição e renovação dos ativos que é aplicado em expansão e crescimento. Depois de considerado o caixa gerado pelas operações e este cobrir os investimentos ativos fixo e dividendos, verifica-se a existência de outras grandes necessidades de caixa como fusões e aquisições, recompra de ações ou pagamento de dívida.
A DFC é um demonstrativo que permite uma visão do panorama geral da empresa. É raro uma empresa onde todas as evidências sejam positivas ou negativas. Com isso, a avaliação deve ser de forma a observar as boas e más notícias em cada DFC e com isso avaliar a importância relativa de cada evidência e sua relação com o panorama geral. Com isso, Lucille conclui dizendo que para ela, a melhor maneira de aprender sobre a DFC seria estudar cuidadosamente alguns modelos, a fim de ter uma visão mais analítica e prática, e que assim John Barnes estaria preparado para o teste da
próxima aula.
Local: Biblioteca da Disciplina 
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